Ano III / nº30 | Preço: Gratuito | Periodicidade: Mensal | www.diariodalagoa.com | www.facebook.com/diariodalagoa | Diretor: Norberto Luís | Setembro 2016

Bárbara Jasmins é uma jovem com um enorme talento. Desde muito nova sesentiu atraída pelas artes. A música é outra paixão.

V Perigrinação Diocesanados Acólitos na Lagoa

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Jovem lagoense buscasucesso nas artes plástias

Lagoa recebe jovensoriundos de França

Estágios abrem novos horizontes aos jovens

Páginas 02 e 03 Página 11

Página 07

Página 08

Diário da Lagoa | setembro 2016Página 02 EDUCAÇÃO/ REPORTAGEM

Os estágios promovem o mérito dos alunos lagoenses e abrem novos horizontes

Os três melhores alunos daEscola Secundária de Lagoa (ESL),o melhor de cada ano do 3º ciclo,7º, 8º e 9º, foram premiadosnuma parceria entre a ESL e aCâmara Municipal de Lagoa, noâmbito do programa Verão Jovem,“Os Exploradores” da AcademiaJúnior da Universidade dos Açores(UAC).

Durante uma semana, os alu-nos tiveram oportunidade de co-nhecer, visitar o CampusUniversitário e de usufruir de ob-servação, análise e exploraçãocientífica, tecnológica, cultural eartística, em iteração com investi-gadores e estudantes da UAc.

Para Elisabete Tavares, verea-dora da Câmara Municipal deLagoa, é com muito orgulho que aCâmara de Lagoa, “colabora com aEscola Secundária de Lagoa”.

“Desta vez estamos a dar ênfase

aos alunos que gostam verdadei-ramente de aprender, aos que seempenham e que por isso obtêmresultados. São resultados quelhes permitem serem seleciona-dos para estágios nacionais degrande renome e assim de integra-rem equipas de profissionais deexcelência”, referiu Elisabete Tava-res ao Diário da Lagoa.

Por outro lado, querendo umaLagoa sempre na “Rota do Futuro”,para a vereadora, “o futuro é hojemesmo! Se hoje os jovens foremalunos de excelência poderão sertudo aquilo que ambicionam!”

“É preciso que eles saibam dopoder imenso que têm: estamosperante uma geração que detémum horizonte de informação bemalargado e que por isso mesmopode ser esta a geração mais cria-tiva dos últimos tempos”, referiuElisabete Tavares.

Por outro lado, a Vereadora da

CML, salientou a existência deimensos apoios a nível de UniãoEuropeia, em matéria de ciência etecnologia, “que urge serem apro-veitados”.

Sendo que despertar os alunospara a ciência é de uma “extremaimportância para a qualificação dapopulação jovem” e é neste sen-tido que a Câmara Municipal deLagoa quer “caminhar e orientar”.

Aliás o NONAGON- Parque deCiência e Tecnologia, do qual a Câ-mara Municipal é sócia, assume-secomo um “símbolo identitário danossa Cidade -"Lagoa na rota dofuturo". É sobejamente conhecidoo trabalho de excelência a nível depedagogia que é promovido peloExpolab e que é procurado portodos os jovens da nossa ilha”.Para o aluno Diogo Sousa, ter fre-quentado este programa duranteuma semana foi uma verdadeira“inspiração para o futuro”, ele que

pretende um dia ser cirurgião.Segundo, Diogo Sousa, a expe-

riência foi “muito agradável”,sendo vista pelo próprio comouma “prenda” e uma “mais valia”por ser fruto “do nosso esforço” e“sermos dignos disso”.

Uma dificuldade apresentadapelos alunos, foi a duração das ati-vidades, sendo que cada umatinha a duração de três horas semintervalo, o que provocou algum“cansaço” e “falta de atenção”para os jovens estudantes.

Para, Íris Branco, as atividadeslúdicas foram “muito interessan-tes” e permitiram aprofundar e ter“mais ideias” de alguma área pro-fissional em que pretende se dire-cionar. A jovem estudante desejaque o seu futuro profissional es-teja ligado às ciências.

Outro aspeto apreciado pelostrês alunos, foi o convívio dentroda UAC e os instrutores terem

“conduzido bem” as diversas ativi-dades, o que aumentou o desejode futuramente irem para a Uni-versidade dos Açores.

A terceira aluna premiada peloseu empenho escolar, foi CatarinaPerry, que achou esse programa“muito interessante”, nomeada-mente o facto de poder conhecerde perto o Campus Universitário e“abranger o nosso conhecimento”.Apesar do estágio de uma semanacoincidir com as férias escolares,os jovens são unânimes em dizerque foi uma “surpresa agradável”,que permitiu abrir horizontes.

(...)

Alunos da Escola Secundária de Lagoa que participaram no programa Verão Jovem na academia açoriana. Foto: DL

Diário da Lagoa | setembro 2016 Página 03

Alunos lagoenses em estágio no Minho e Porto

(...)

A Câmara Municipal de Lagoa anunciou,no aniversário da ESL, que iria apoiar com abolsa “jovens à descoberta” a deslocaçãodos alunos do ensino secundário ao pro-grama Ciência Viva no Laboratório – Ocupa-ção Cientifica de Jovens nas Férias.

Consequentemente, o aluno André Rocha,foi selecionado para o estágio ‘Diagnósticomolecular em neurogenética’, no Instituto deInvestigação e Inovação em Saúde, no Porto.Para André Rocha, o estágio permitiu viveruma “realidade muito diferente” daquelaque está habituado na Escola Secundária daLagoa e da Ilha de São Miguel, salientandoque a Cidade do Porto tem um “ambientecompletamente diferente”.

O jovem estudante lagoense, salientoutoda a importância “desta oportunidade”,sendo uma experiência única que na ESL nãoiria poder usufruir, podendo aprender “coi-sas que também vão ser úteis no futuro”.

Por outro lado, André Rocha, referiu ofacto deste estágio ter sido uma “opção pró-pria”, sem nenhuma pressão feita por parteda escola e que as férias servem exatamentepara se fazer “aquilo que gostamos” e parao próprio, que pretende seguir medicina ogosto pela investigação é fundamental.

“Não temos muita oportunidade para fazereste tipo de experiência e de estar em con-tato com esta realidade e ver todas essaspessoas com tanta paixão pelo que fazem,então eu só podia mesmo aproveitar”, decla-rou André Rocha ao Diário da Lagoa.

A estudante, Mariana Ferreira, usufrui doestágio “Da levedura a novas terapias parapatologias humanas: “os pequenos” podemter grandes missões!”, no Centro de BiologiaMolecular e Ambiental – Universidade doMinho – Braga.

Para Mariana Ferreira, o estágio foi muito“enriquecedor” e permitiu conhecer novastécnicas e novos nomes científicos, pois naESL o “material utilizado é mais simples”.Conhecer a Universidade do Minho emBraga, é visto pela estudante como uma“oportunidade única” e uma “ótima expe-riência”.

Por outro lado, a aluna lagoense salientouo facto de ser “cativante ver como investiga-dores trabalham todos juntos” num verda-deiro ambiente familiar. Assim sendo, foimuito bem-recebida, integrada e acarinhadapor todos, sentindo “fazer parte do grupo” eda família universitária.

“Esta experiência recomendo-a a todospois gostei mesmo muito”, declarou MarianaFerreira, não deixando de agradecer todo oempenho da CML que “pensaram nos deta-lhes todos e tomaram conta de mim da me-lhor forma”.

A opinião dos alunos da Escola Secundá-ria de Lagoa, é unânime, colocar as férias departe durante uma semana para efetuar osdiferentes estágios, sejam eles na Universi-dade dos Açores, na Universidade do Portoou na Universidade do Minho, foram uma“experiência muito enriquecedora” e quemuitos outros alunos deveriam aproveitar.

DL/AS

André Rocha e Mariana Ferreira, os dois alunos da Lagoa que estiveram em estágio no Porto e no Minho, respetivamente.

Mariana Ferreira no Centro de Biologia Molecular e Ambiente no Minho.

EDUCAÇÃO/ REPORTAGEM

André Rocha no Instituto de Investigação e Inovação em Saúde no Porto.

Fotos: DR

Diário da Lagoa | setembro 2016Página 04 PUBLICIDADE

Diário da Lagoa | setembro 2016 Página 05REPORTAGEM

Noites de Verão na Praça Senhora do Rosário

Fotos: JFNSR/ DL

A animação não tem faltadona cidade de Lagoa, mais precisa-mente na Freguesia de NossaSenhora do Rosário, durante osmeses de julho e agosto, com arealização das “Noites de Verão”.

A Junta de Freguesia, temvindo a realizar uma série de ativi-dades, que tiveram inicio a 8 dejulho, tendo-se prolongado até aofinal do último mês.

O mês de julho terminou com ohabitual passeio com os idosos daFreguesia do Rosario. O passeiofoi para o Parque Florestal do Nor-deste, com passagem pela Lagoado Fogo, Fabrica do Chá da Gor-reana, Nordeste, Furnas onde foioferecido um lanche pela Junta deFreguesia, Vila Franca do Campo.Neste passeio participaram cerca

de 100 idosos.No início do mês de agosto, a

Lagoa recebeu dois grupos Folcló-ricos estrangeiros, o Grupo Folcló-rico da Polónia e da Áustria, queatuaram a 5 de agosto, na Praçade Nossa Senhora do Rosário.

No dia 13 de agosto, foi a vezda banda “Sempre a Abrir” animartodos os presentes na Praça doRosário.

A 14 de agosto teve lugar a atua-ção da Banda Filarmónica Lira doRosário.

A 21 de agosto, foi a vez da“Banda 7ª Geração”, sendo que asFestividades de Verão encerraram,no fim de semana de 27 e 28 deagosto, com a realização da Noitede Fados e da atuação do GrupoFolclórico da Relva.

Algumas imagens da animação do último fim de semana de agosto.

Após dois meses de animaçãona Praça de Nossa Senhora doRosário, numa organização daJunta de Freguesia local, o Presi-dente da edilidade faz um balançopositivo.

Gilberto Sousa Borges consideraque estas atividades fazem parteda atividade anual da freguesia eque a população já espera pelasmesmas. Acaba igualmente porser uma oportunidade para mui-tas das bandas locais poderematuar e mostrar o seu trabalho.

Os vários concertos abrangemtodas as idades e os vários estilosmusicais.

Outro aspeto positivo a destacar

tem sido a adesão por parte dapopulação e inclusive turistas quepela Lagoa circulam nesta épocado ano. “A população tem aderidoaos eventos sendo que houve noi-tes em que mais de meio milharde pessoas assistiram aos váriosmomentos realizados.”

O Presidente da Junta de Fre-guesia, recorda que a atividade deanimação, promovida pela edili-dade não se fica por aqui.

A Junta de Freguesia colaboracom as várias festividades que serealizam na freguesia, organizaprovas de pesca desportiva, assimcomo realiza o habitual passeioanual com idosos da freguesia.

DL

Algumas imagens do passeio de idosos ao Nordeste.

Em cima, algumas imagens da animação do mês de agosto.

Diário da Lagoa | setembro 2016Página 06 LOCAL/ OPINIÃO

A minha passagem pela Alcateia

A minha passagem pelaAlcateia

Quando eu tinha 5 anos entreipara os escuteiros. Queria conhe-cer e viver novas aventuras, acan-tonar, fazer trilhos, jogos ebrincadeiras.

Uma das atividades que mais

gostei foi andar de barco. Fiz a minha promessa com 6

anos passando de pata tenra alobita, nestes 4 anos construímuitas amizades e aprendi coisasnovas, tronei-me uma pessoamelhor.

Este ano é o meu último anona alcateia, vou seguir em frente,

para o ano exploradores e esperoum dia chegar a chefe, ajudandoas crianças como eu, realizarsonhos viver novas aventuras.

Erica Alcaidinho (9 anos)Lobita do Agrupamento 1290-

Santa Cruz

Lobita Érica Alcaidinho (9 anos) Foto: direitos reservados

O espaço que aqui se apresenta resulta em parte, da necessi-

dade de melhor informar os leitores sobre matérias que eventual-mente lhes possam interessar.

Pretende -se de forma simples e objetiva tratar de questões legaisdo dia a dia, dúvidas que poderão se dissipar com uma breve leiturano intervalo para o café!

A Insolvência Pessoal - Um novo começo

LegalmenteFalando

Espaço dedicado ao Agrupamento de Escuteiros 1290 de Santa Cruz - Lagoa

Lagoa com 49 unidades de Alojamento Local

Na ilha de São Miguel existem oficialmente re-gistadas 414 unidades de alojamento local, sendodisponibilizadas um total de duas mil e oitentacamas.

No caso do concelho da Lagoa, surgiram mais26 novas unidades em 2016, ou seja, das 23 unida-des que existiam em agosto de 2015, passou-se paraas 49 registadas este mês. Este aumento represen-tou mais 112 camas disponíveis na oferta turísticade alojamento local.

Os dados divulgados pela Direção Regional deTurismo dizem respeito aos registos que existiam até30 de maio passado e os que surgiram até 12 deagosto desde ano.

Entre 19 de agosto de 2015 e 12 agosto de 2016,foram mais 199 unidades de alojamento local quesurgiram em São Miguel, o que representa mais 949camas no mercado turístico.

A constante e quase sintomá-tica degradação das condições detrabalho, o aumento exponencialda carga fiscal sobre as famílias,o acentuado desemprego quetende a não amainar, levaram aque as pessoas cada vez mais seencontrem impossibilitadas decumprir com as suas obrigações,seja no pagamento da prestaçãoda casa, do carro, das contribui-ções fiscais diversas ou paga-mento genérico das ditas contascorrentes: água, energia, gás,telecomunicações entre outrosbens essenciais.

Apesar de o instituto da insol-vência ter sido preconizado em2004, na realidade, poucos sãoainda os cidadãos que conhecemesta solução para a resolução dosseus problemas de endivida-mento generalizado. Com efeito,verificando-se a impossibilidadede cumprir com o pagamento dasobrigações vencidas, os particu-lares tem a possibilidade derequerer a insolvência pessoal,sendo que, identificados os cre-dores destes, aprova-se um planode pagamentos com vista à recu-peração financeira dos requeren-tes com eventual perdão dedívida ou renegociação do prazoe montante do seu pagamento,ou, não sendo possível a recupe-ração, pedir a exoneração dopassivo restante após declaraçãode insolvência, sendo que, nestamodalidade, após cinco anos de-corridos e uma vez decretada, osparticulares possam começar denovo, ficando exonerados da

dívida que tinham, cumprido opagamento possível durante talperíodo.

O legislador quis deste modoprecaver que o acumular de dívi-das em que os devedores poucasou nenhumas possibilidades temde as pagar, contribua para queestes nem consigam ter dinheirosuficiente para manter o mínimoda dignidade humana no quetoca à higiene, alimentação esaúde. Por esta via, decretando-se a exoneração do passivorestante, é estipulado um rendi-mento máximo que garanta con-dições dignas para o agregadofamiliar cumprir com as despesasnormais do dia a dia, alimenta-ção, transportes, despesas esco-lares, despesas habitacionais, devestuário etc.

Do ponto de vista terminoló-gico a insolvência não tem acarga negativa que tradicional-mente era atribuída ao termofalência, uma vez que ficar em es-tado de insolvência não tem queobedecer a um juízo de culpa oudesleixo, mas normalmente, aum conjunto de situações impre-vistas ou financeiramente malcalculadas que levaram ao endi-vidamento excessivo, o que legal-mente merece "tutela" a achamada de segunda oportuni-dade para que os cidadãos endi-vidados possam começar denovo, sem dívidas.

Hélder Pimentel MedeirosAdvogado

helderpimentelmedeiros@gmail.com

Foto: DR

Diário da Lagoa | setembro 2016 Página 07ENTREVISTA

Jovem Lagoense busca o sucesso nas artes plásticas

Alguns dos trabalhos desta artista lagoense.

Fotos: direitos reservadosDiário da Lagoa: A Bárbara é

uma artista completa, canta,pinta, escreve. Quem é a Bár-bara?

Bárbara Jasmins: Em primeirolugar gostava de agradecer ao Diá-rio da Lagoa por me ter concedidoesta entrevista, a Lagoa tem sidouma grande aliada nesta minhajornada, por isso antes de mais,um sincero agradecimento.Respondendo a sua questão,desde de muito nova, sempre merecordo de ser fascinada pelomundo das artes, era-me e é entu-siasmante este poder de recriaruma nova realidade através dasminhas habilidades artísticas, con-duzida pela observação previa dascoisas existentes e inexistentes.Nas artes foi onde sempre mesenti em casa, e foi de facto notó-ria esta minha paixão não pas-sando despercebida tanto naescola como em casa. Com a ajudae incentivo de meus pais, frequen-tei a Academia das Artes em PontaDelgada e prossegui os meus estu-dos ao frequentar a Escola Secun-

dária Antero de Quental no cursode Artes Visuais.

DL: A Bárbara canta Fado. Oque lhe atrai e como começou?

Bárbara Jasmins: O fado sem-pre esteve presente na minhavida, meus avós foram e sãoouvintes assíduos deste estilomusical. A minha capacidade vocalnasceu em convívios entre amigos,onde foi perceptível este “dom”por parte dos que me ouviram. Demomento não penso em criar umacarreira musical, mas tenho gostoem participar em quaisquer even-tos onde me possa relacionar como fado, como a minha primeiraatuação na noite dos fados noConvento dos Franciscanos em2014, foi uma experiência única,um expressar de emoções bem di-ferente da pintura.

DL: Além da música a Bárbaratambém pinta.

Bárbara Jasmins: Sim, a pintura,artes plásticas, é a minha paixão.Neste momento, na minha car-reira artística, tenho tido como re-curso de treinamento e promotor,

o retrato. O retrato transpõevárias vantagens nesta fase daminha vida profissional, este já porsi transporta uma ligação emocio-nal com o cliente e ajuda-me nomeu desenvolvimento técnico.Estas encomendas poderão serrealizadas em diversos tamanhose materiais, como a grafite, agua-rela, lápis de cor, tinta acrílica,entre outros, tendo como suporteo papel, tela ou qualquer outroque o cliente proponha. Julgo queao iniciar o meu caminho ao de-monstrar as minhas capacidadestécnicas e artísticas desta forma,será uma rampa de lançamento epermissão, para que um dia tenhaa liberdade artística e reconheci-mento social. Juntamente com apintura “tradicional” tenho vindoa desvincular uma perspetiva etécnica bem aplicada aos nossosdias, através da pintura digital,tem sido uma experiencia inova-dora e entusiasmante com resul-tados bem positivos.

Bárbara Jasmins, uma jovem lagoense cuja paixão são as artes plásticas.

Em tempos tiveste uma exposi-ção no edifício do Município deLagoa. Como surgiu?

Bárbara Jasmins: Sim, a expo-sição Rostos do Poder Local decor-reu em 2013 surgiu no âmbito dehomenagear autarcas que benefi-ciaram para a nossa sociedade,incluindo num dos nomes o meuavô, Olivério Couto. A ideia foi de-senvolvida e apresentada àCâmara Municipal de Lagoa, estaque aceitou de imediato a pro-posta concedendo-me a oportuni-dade de demonstrar as minhascapacidades artísticas em figurasde importante destaque, o que in-fluenciou bastante o meu méritoatual. Os retratos foram todos fei-tos num mês com igual trata-mento, acompanhadas porpinturas das cinco freguesias doconcelho da Lagoa.

Ainda na pintura, tens vindo afazer ilustrações para algumaspublicações?

Bárbara Jasmins: As ilustraçõesque tenho vindo a executar vem acelebrar um sonho tornado reali-dade, para além de ser um grandepasso na minha carreira, tambémfoi uma oportunidade de conhecerpessoas magnificas, criar novoscontatos e conhecimentos. Nestemomento já tenho realizadas qua-tro conjuntos de ilustrações paraquatro livros, em que dois destesjá foram lançados, “É Carnaval eNinguém Leva a Mal, pá!” e“Vamos a Festa do Senhor SantoCristo, pá!”, em que, por exemplo,

nesta coleção todos os livros sãoabordados com temas festivaleirosonde retratam tradições regionais.Estes temas por sua vez fazem umrecuar no tempo, para além dasminhas influencias artistas, comoo artista Tim Burton, mas tambéma recolha de memórias de infância.

No âmbito daquilo que fazes, oque mais gostavas de fazer deBárbara Jasmins: futuro? Qualseria o teu sonho?

Bárbara Jasmins: Tenho comoobjetivo ter sucesso como artistaplástica, posso dizer, quero que aarte conduza a minha vida. Ser ar-tista para mim é como uma per-missão especial de poder expor osmeus sentimentos em algo que osoutros podem contemplar, masacima de tudo ser onde eu me en-contro.

DL: Quanto a projetos futuros,o podemos esperar da Bárbara?

Bárbara Jasmins: Existem váriosprojetos entre mãos mas queainda não estão completos, comoa exposição “As Ninfas dos Aço-res”, em que tem por base articu-lar a pintura de rostos femininosde várias aparências com a culturae artesanato regional.

Para saber mais sobre estaartista lagoense, visite os eu siteoficial na internet: http://bjasminsdesign.wixsite.com/barbarajasmins

“Ser simples, é ser especial.”Bárbara Jasmins é uma jovem com

um enorme talento. A sua carreiracomeçou com retratos de paisagensonde cedo se apercebe das suas capa-cidades técnicas e artísticas.

A jovem já realizou diversos traba-lhos, em várias vertentes do artístico.

Em entrevista ao jornal Diário da

Lagoa, a jovem confessa que desdemuito nova se sentiu atraída pelasartes, onde na realidade se sente emcasa.

Neste momento, na minha carreiraartística, tenho tido como recurso detreinamento e promotor, o retrato.

Mas além da pintura, a musica, éoutra das suas paixões.

Fotos: DR

Diário da Lagoa | setembro 2016Página 08 REPORTAGEM

Jovens franceses em colónia de férias na LagoaA Cidade de Lagoa recebeu,

pelo terceiro ano consecutivo,uma colónia de férias de jovensoriundos de França.

A empresa SAL (Serviços deLazer e Aventura), com sede emAveiro e Bordeaux em França, com10 anos de existência, já trouxemais de uma centena de jovenspara visitarem a Ilha de São Mi-guel.

Através de uma viagem pessoal,de férias familiares, os empresá-rios André e Pascal Villena, conhe-ceram a Ilha de São Miguel e acidade lagoense, tendo decididoque seria fabuloso trazer jovensfranceses em colónias de férias.

Desde 2014, que vários gruposficaram hospedados na Pousadada Juventude de Lagoa e fizeramexcursões turísticas com a em-presa de turismo lagoense, AzoresDream Tours.

Para Michel Parlange, represen-tante da SAL, este destino é “fabu-loso” tanto para os jovens comopara os adultos, tornando assim otrabalho num momento de prazer,parecido com “férias”.

A Associação “Les Compagnonsdes Jours Heureux” (CJH), sediadaem Saint Germain-en-Laye, emFrança, existente há mais de 45anos, foi quem acompanhou os 26jovens, com idades dos 12 aos 18anos, na sua estadia.

Para os quatro animadores, Ca-roline, Sarah, Merwan e Alexis,trazer um grupo tão grande até àLagoa, tornou-se numa verdadeiraaventura. No entanto, como já tra-balham juntos há muito tempo, aexperiência profissional e de ami-zade contribuiu para organizarestas férias.

Durante 15 dias, os jovens fran-ceses puderam conhecer e visitarmuitos sítios da Ilha de São Mi-guel, com muitas atividades orga-nizadas todos os dias,nomeadamente com atividadesfísicas, com uma corrida pelamanhã e aulas de aeróbica e ginás-tica todos os finais de tarde.Para animar os finais de noite,depois do jantar, no RestaurantePousada da Juventude na Lagoa,os adolescentes organizavampeças de teatro, espetáculos de

mimicas, criando um ambientedescontraído e animado.

Assim, um grupo dinâmico,educado e voluntário, visitou sem-pre com alegria e bom humor di-versos sítios na Cidade de Lagoa,nomeadamente, a CerâmicaVieira, o Complexo Municipal dePiscinas de Lagoa e participaramnas Noites de Verão na Freguesiade Nossa Senhora do Rosário.

Segundo a animadora da CJH,Caroline Philippon, trazer estes jo-vens para os Açores cria um verda-deiro “espírito de equipa”, comouma “família” durante as férias.

As excursões às Sete Cidades,Furnas e à Lagoa do Fogo, assegu-radas pela Azores Dream Tours,permitiu tornar algo que parecia“misterioso e longínquo” atravésde fotografias vistas na Internetantes da chegada a São Miguel,numa maravilhosa e memorávelpaisagem que deslumbra qualquerpessoa.

Para o representante da SAL,Michel Parlange, “são as própriascrianças que vão promover aLagoa e fazer a boa publicidade àsempresas lagoenses e assim atéconvencerem os seus pais a viremvisitar a Ilha de São Miguel”.

No que diz respeito aos lagoen-ses, todos são unanimes, tanto osresponsáveis, como acompanha-dores ou adolescentes, “os lagoen-ses são sorridentes, acolhedores,pessoas adoráveis e que gostamde inserir os turistas no seu dia adia”.

Segundo Matilde, adolescentede 15 anos, “o ambiente do grupoé muito importante e o grupo esteano é muito bom”, nota-se clara-mente “que estamos noutro país,aqui as coisas são muito diferentesde França”, como por exemplo oclima quase “tropical”, a vegeta-ção, a cultura.

De um ponto de vista geral,todos os jovens ficaram muito sa-tisfeitos com as férias, demons-trando muito apreço para com osempregados do Restaurante e daPousada da Juventude de Lagoa epara o guia turístico da AzoresDream Tours, João Correia, sendo“muito simpático, com explicaçõesinteressantes, sempre com muitohumor e boa disposição”.

O Diário da Lagoa acompanhou um dia dos jovens franceses pela ilha. Fotos: DL

Para a empresa de animaçãoturística, Azores Dream Tours, exis-tente desde 2010 e sediada naLagoa, os passeios turísticos pelaIlha de São Miguel e para estesjovens têm que ser efetuados comum “espirito mais familiar”. Conse-guindo assim, adaptar o passeioturístico consoante a “vontade eas escolhas de cada grupo”, sem-pre com um propósito de tornarcada passeio num momento “má-gico e memorável”.

Para Lucie, de 17 anos, a desco-berta de São Miguel foi “muitodivertida”, apesar de nunca ter ou-vido falar dos Açores antes destaviagem, comparou a Ilha de SãoMiguel ao filme “Jurassic Park”com a sua vasta vegetação.

A água dos Açores, com o mar,as praias e as piscinas naturais foio elemento mais apreciado pelosjovens e o facto de olhar à volta e

poderem ver o mar e as monta-nhas em simultâneo.

Segundo, Amaury, jovem de 16anos, as “paisagens são paradisía-cas, eu não esperava algo tãobonito, tenho que ter sempre osolhos bem abertos para não per-der nenhum momento, porqueaqui tudo é maravilhoso”.

“Aqui eu posso pensar, apetecia-me ficar para sempre aqui e acon-selho muitas pessoas a vieramconhecer a Ilha de São Miguel poisisto é magnifico”, declarou Amauryao Diário da Lagoa.

O mais jovem da colónia deférias, Théo de 12 anos, adorou asondas nas praias e piscinalagoense, “diverti-me imenso” epara o seu colega Arthur, de 14anos, o bom ambiente entre todospermitiu que na simplicidade daIlha todos pudessem ser “elesmesmos, sem superficialidades”.

“On donne des nouvelles” é onome do blog, atualizado todos osdias pelos animadores da CJH,com fotografias acompanhadaspor alguns textos, onde os pais dosjovens podem maravilhar-se comas imagens da Ilha e ver a diversãodos filhos. Sendo o lema destegrupo, “Fait Ton Bonheur. Ce qui sepasse en colo reste en colo”, ouseja, “Cria a tua Felicidade. O quese passa na colónia de férias ficana colónia de férias”.

Em agosto, um novo grupo dejovens esteve também na Cidadede Lagoa, sendo que para o ano2017, já estão agendadas novascolónias de férias com a vinda dejovens adolescentes de França.

DL/AS

Diário da Lagoa | setembro 2016 Página 09REPORTAGEM

O Centro Cultural da Caloura(CCC), em Água de Pau, acolheurecentemente uma sessão etno-gráfica dinamizada pela GrupoJovem Pauense.

Esta ação com entrada livre,pretendia divulgar as tradiçõesculturais no âmbito do folclore,mas infelizmente pouco publico seinteressou pela iniciativa.

O Grupo Jovem Pauense apre-sentou o traje folclore e as suas ca-racterísticas, que são umaidentidade etnográfica única, comos instrumentos utilizados, no-meadamente a Viola da Terra, ani-mando assim a apresentação comas suas danças e cânticos.

De referir que o Grupo JovemPauense foi formado em 1984, porjovens adolescentes ainda meno-res de idade e por isso foi neces-sário a criação pelos pais dessesjovens da Associação CulturalGrupo Jovem Pauense (ACGJP),em agosto de 1987.

A principal missão da ACGJP é apreservação e a divulgação dastradições culturais da Vila de Águade Pau, sendo que o Rancho Fol-clórico Grupo Jovem Pauense seestreou dez anos depois, emagosto de 1997.

Segundo Vitor Sousa, um dosmembros deste grupo, “num

mundo cada vez mais global senão é a nossa cultura perde-se anossa identidade” e assim sendono inicio da criação do GrupoJovem Pauense, elaboraram peçasteatrais para “divulgar o estilo devida tradicional do nosso povo”.

No âmbito do folclore foi reali-zado, um trabalho de recolha“continua e minuciosa dos trajes,cantares e bailes do nosso povo”,atuando assim em todos os Con-celhos da Ilha de São Miguel e emtodas as Ilhas Açorianas e repre-sentando a Região Autónoma dosAçores a nível cultural também noContinente Português.

Os trajes do Grupo foram elabo-rados através das Pinturas do ar-tista Domingos Rebelo, expostasno museu Carlos Machado, emPonta Delgada ou de peças guar-dadas dos antepassados. Assim ostrajes dividem-se em dois grupos,os “trajes de trabalho” quedemonstram as diversas profis-sões existentes na Vila de Água dePau e os “trajes de domingo” queeram mais ricos na sua confeção.

Com uma sonoridade magnifica,outro elemento fundamental doGrupo é a utilização da viola daterra, que para Vítor Sousa “nãofazia sentido nenhum não usar aviola da terra” sendo o “únicoelemento característico do nosso

povo e tem caraterísticas únicasque foram guardadas ao longo dosséculos nas nossas vidas”.

As violas da terra eram decora-das com motivos alusivos ao amore à saudade, cujo orifício onde saio som é em forma de dois cora-ções. Acredita-se que a simbologiaseja “a alma do povo açoriano queteve sempre muito ligada àemigração”, sendo um o coraçãoque parte e outro o coração quefica.

Para o Tomaz Borba Vieira, éessencial que o Centro Cultural daCaloura seja um “polo de difusãocultural” e a escolha do GrupoJovem Pauense, surgiu devido “aoempenho que eles têm pelo trata-mento dos temas culturais”.

“A cultura é qualquer coisa quenasce por si própria e se reproduzpor si própria. E reconheço ahonestidade e seriedade do traba-lho que este Grupo está a fazer”,disse Tomaz Borba Vieira ao JornalDiário da Lagoa.

Salientando ainda que gostou“imenso” da sessão etnográfica,sendo “exemplares, as vozes quecantam são lindíssimas, são puras,as marcações das danças são cor-retíssimas. Uma juventude, umentusiasmo que dá vibração àsatuações deles”.

DL/AS

Grupo Jovem Pauense - uma juventude com entusiasmo que dá vibração às suas atuações

A principal missão é a preservação e a divulgação das tradições culturais de Água de Pau.

Fotos: DL

O grupo participou numa sessão etnográfica no CC da Caloura

Diário da Lagoa | setembro 2016Página 10 OPINIÃO/ POESIA

Uma casa abençoada

1Lutando pela vida com ardorLá vai o homem no dia a diaHonesto, sério e trabalhadorSimpático e cheio de alegria.

2Leva a graça no semblante

Sempre cumprindo o horárioSabendo que o mais importante

É o lucro do seu salário.

3Nos seus olhos leva brilhos

No rosto leva um sorrisoLuta para dar aos filhos

Tudo aquilo que é preciso.

4Que maravilha de amorNuma alegria de afecto

Quando qualquer trabalhadorTem o seu emprego certo.

5Quando o fim do dia se aproxima

Diz consigo cansado estouMas levanta os olhos para cimaE diz graças meu Deus te dou.

6De novo volta ao seu larAgora com mais alegriaPara poder descansar

Da grande fadiga do dia.

7Seus filhos o vão beijar

Também a esposa com certezaEnquanto prepara o jantar

Para por na sua mesa.

8Ela o jantar vai servir

Com a maior satisfaçãoCom seus olhos a sorrir

Dão graças a Deus em oração.

9Depois da oração feita

Agradeceram alimentaçãoTodos na mesa respeita

A hora da refeição.

10Quando termina o jantarTodos beijam a mãe bela

A seguir vão se sentar Na sala para ver a novela.

11Ali está a família unidaUma família de amor

Gozando uma paz queridaEm casa do trabalhador.

12Sente se o pai um homem nobre

Com a maior simpatiaDizendo é uma casa de pobre

Mas vivem com alegria.

13Tudo isso estou agradado

Diz o homem com gratidãoO meu Deus muito obrigadoPor nunca me faltar o pão.

14Responde a esposa ao seu ladoDamos graças a Deus sem fimSe estivesses desempregado

Nós não vivíamos assim.

15É verdade meu amor

Nisso uma lágrima verteuAgradeço a nosso Senhor

Pelo o emprego que me deu.

16Por Deus somos abençoados

Olhando o marido com firmezaTantos que estão desempregados

Sem pão para por na mesa.

17Nisso na porta bateram

De pronto a porta abriramVenho porque agradeceramPor tudo o que adquiriram.

18Quem és tu Senhor

Diz o trabalhador a chorarVenho enviado do Redentor

Para os vir abençoar.

19Nós vivemos abençoados

Por Deus com muita alegriaNossos filhos saciadosPelo o pão de cada dia.

20O Anjo as mãos levantou

E disse em nome do SenhorAssim o Anjo abençoouA casa do trabalhador.

21O que a minha alma deseja

Para todos gente amadaQue a tua casa também seja

Por Deus abençoada.

João Silvério Sousa

Geringonça açoriana

Desde que o Bloco de Esquerda, expe-rimentou uma liderança partilhada, queoutros órgãos políticos, lhe seguiram ospassos.

Enquanto no partido do Bloco, a lide-rança era bicéfala, agora, no governo por-tuguês a gestão é tricéfalo.

De facto, António Costa, apesar de ter onome de primeiro-ministro, pouco ounada manda, sendo Catarina Martinsquem mais manda no governo da repú-blica, secundada pelo líder do PartidoComunista, Jerónimo Sousa.

Dizem, que esta “invenção” da gerin-gonça partiu do açoriano Carlos César, quedesde que chegou à capital, tinha intençãode pertencer ao governo da república, aqualquer custo.

Acredito que sim. Nos Açores, CarlosCésar, fez igual:

Tem um presidente do Governo dosAçores, que pouco ou nada manda;

Tem um Vice-Presidente do Governo,que manda mais que o Presidente;

Tem o próprio Carlos César, que emboraà distância, manda mais que os dois prin-cipais responsáveis do Governo Açoriano.Talvez por isso, mantém a esposa no Palá-cio de Santana e o filho no ParlamentoRegional, para que nada lhe escape.

Estamos perante a Geringonça Açoriana. Foi esta Geringonça, que parece ter

ficado muito ofendida, à declaração quePedro Passos Coelho fez nos Açores, ondereferia que o PS, só sabe governar distri-buindo dinheiro.

Será mentira? O governo regional dopartido socialista foi sem dúvida o governoque, desde a história da autonomia, maisdinheiro recebeu da República e da Europae que, apesar disso, não consegue retiraros Açores dos últimos lugares do Pais,quando se fala em desenvolvimento eco-nómico.

Se analisarmos o Índice Sintético de De-senvolvimento Regional, publicado peloInstituído Nacional de Estatística, em 15 dejunho deste ano, relativo ao ano de 2014,podemos chegar a essa conclusão.

O Índice Sintético de DesenvolvimentoRegional, baseia-se num modelo dedesenvolvimento regional, estruturando-o em três componentes: competitividade,coesão e qualidade ambiental”.

Vejamos então os componentes indivi-

dualmente, no contexto das 25 regiões dospais, que o INE considera neste estudo:

Em relação à competitividade, osAçores, ocupam do vigésimo lugar, no con-texto das 25 regiões e ficam ao nível damaioria das regiões do interior.

Sendo a competitividade, de acordo como INE, “um índice para captar o potencialde cada região em termos de competitivi-dade, assim como o grau de eficiência natrajetória seguida e, ainda, a eficácia nacriação de riqueza e na capacidadedemonstrada pelo tecido empresarial paracompetir no contexto internacional”, seriade esperar que, com os fundos que o GRAteve à sua disposição, estivéssemos numaposição bem melhor.

Em relação à Coesão, os Açores, ocupamdo vigésimo quinto, no contexto das 25 re-giões. Ou seja, somos a pior região a nívelnacional.

Ora, o que se pretende saber com esteíndice de Coesão? De acordo com omesmo documento, “O índice de coesãoprocura refletir o grau de acesso da popu-lação a equipamentos e serviços coletivosbásicos de qualidade, bem como os perfisconducentes a uma maior inclusão sociale a eficácia das políticas públicas traduzidano aumento da qualidade de vida e naredução das disparidades territoriais”. Ora,mais uma vez aqui se dá nota que, apesardas verbas que a Região tem recebido,estes resultados, os piores dos pais, nãosão certamente resultado de uma boaaplicação dos fundos.Por último vejamos o Índice de qualidadeAmbiental. Aqui, a região, certamente de-vido às suas condições únicas de natureza,mas também a boas práticas ambientais,ocupa um nono lugar. No entanto muito sepode ainda fazer certamente, pois os nos-sos colegas ilhéus, Madeirenses, ocupamo quarto lugar neste ranking.Vejamos então o que se pretende avaliarcom este índice de qualidade ambiental,segundo a referida revista do INE: “A qua-lidade ambiental está associada às pres-sões exercidas pelas atividadeseconómicas e pelas práticas sociais sobreo meio ambiente, mas também aos respe-tivos efeitos sobre o estado ambiental e àsconsequentes respostas económicas esociais em termos de comportamentos in-dividuais e de implementação de políticaspúblicas”.

Por último, analisemos então o índiceSintético de Desenvolvimento regional,que, como foi referido anteriormente, é oresultado do desempenho conjunto dostrês índices atrás referidos: Competitivi-dade, Coesão e Qualidade Ambiental.

Neste contexto, podemos ver que osAçores estão em vigésimo quinto lugar, noconjunto das 25 regiões portuguesas emestudo, portanto o último lugar do Pais,em matéria de desenvolvimento regional.È isso, o melhor que a GeringonçaAçoriana sabe fazer.

Rui Menezes

Diário da Lagoa | setembro 2016 Página 11REPORTAGEM

A Cidade de Lagoa recebeu aIV Peregrinação Diocesana dosAcólitos, mais precisamente nafreguesia de Santa Cruz, ondemarcaram presença cerca de duascentenas de acólitos, oriundos devárias ilhas dos Açores.

Para Dom João Lavrador, Bispode Angra, estes encontros trazemsempre muita alegria e sobretudo“muita esperança porque sendoacólitos, sendo adolescentes jo-vens, mostra-nos que afinal a par-tir do altar onde se celebra aEucaristia, podem despontardaqui algumas vocações sacerdo-tais, religiosas. E depois tambémeles reconhecerem que a vocaçãomatrimonial é uma vocação, e érealmente um caminho próprioque Jesus Cristo nos chama”.

Por outro lado, esses convíviostambém servem para unir as pes-soas e sentir que “somos uma dio-cese toda uma, em comunhão unscom os outros” e por isso a impor-tância de várias ilhas terem estadorepresentadas nesta PeregrinaçãoDiocesana.

Segundo Dom João Lavrador, asparóquias saem desses encontros“muito mais enriquecidas” paradepois poderem desempenhar otrabalho que têm a fazer comoacólitos.O primeiro objetivo, era o númerode pessoas a reunir na Peregrina-ção Diocesana dos Acólitos, quefoi claramente superado. O se-gundo propósito foi a dimensão

Diocesana do encontro, encontroeste que começou há quatro anos,na Ilha do Pico, sendo que esteano sete ilhas açorianas estiveramrepresentadas no evento.

“Atingimos o segundo objetivoque era que a Peregrinação vi-vesse uma dimensão Diocesanacomo tem hoje, uma expressãoDiocesana. Nós somos uma dio-cese especial, atendendo quetemos descontinuidade territorial,o que para nós é muitas vezes difí-cil fazer, programar e realizar cer-tos encontros diocesanos. Nestecaso, realmente tivemos a alegriade ter um encontro com uma forteexpressão diocesana”, salientouPe. Marco Luciano, Diretor Dioce-sano do Serviço da Liturgia e Res-ponsável da Peregrinação.

Pe. Marco Luciano, referiu aindao bom acolhimento, por parte daParóquia da Lagoa, no contexto doFestival Zarpar, que é “um con-ceito interessantíssimo”, demons-trando assim ser uma “paróquiacom muito potencial e realmenteperita em acolhimento”.

“Sinto-me muito feliz. Para anossa equipa diocesana quandopensamos numa coisa destas, ini-ciar na nossa diocese a Peregrina-ção dos Acólitos Diocesana, claroque as pessoas a principio pensa-ram que isto não poderia darcerto”, expressou Pe. Marco Lu-ciano, sendo uma diocese em quea pastoral muitas vezes se torna di-fícil e cara, devido à deslocação deilha para ilha.

Assim sendo, as paróquias tive-ram que fazer muitos sacrifícios,“os próprios miúdos, os acólitos,tiveram que fazer angariação defundos para se deslocarem”, mascom trabalho e “quando as pes-soas querem” tudo se consegue.

Finalmente, o Pe. Marco Luciano,referiu toda a importância da pre-sença do Pe. Luís Leal, DiretorNacional do Serviço da Liturgia ede Dom João Lavrador, demons-trando assim que “é um aconteci-mento importantíssimo e raro”,sendo que a “Pastoral Vocacional,assim entendida, também passanecessariamente pelos grupos deacólitos”.

Segundo o Diretor Diocesano doServiço da Liturgia e Responsávelda Peregrinação, foi o Pe. Luís Lealque com a sua motivação e incen-

tivo fez com que nunca desistis-sem e continuassem sempre apromover a Peregrinação.

“No fundo o nosso grande obje-tivo é demonstrarmos que existi-mos, por um lado e por outro lado,também incentivar, ser um esti-mulo e demonstrar a importânciaque os serviços diocesanos têm eque estes encontros têm”, dissepor seu turno o Pe. Luís Leal aoJornal Diário da Lagoa.

O pároco salientou ainda algunspontos de originalidade da Dio-cese de Angra, nomeadamente noque diz respeito à escolha da datada sua Peregrinação, que não éfixa e faz “coincidir com momentosimportantes nalguma Freguesia dealguma das Ilhas”, sendo degrande “valor e enriquecedor”para todos.

O grande objetivo como ServiçoNacional é de “valorizar” todasessas iniciativas e não para “sobre-por” ou para controlar o trabalho,mas sim para apoiar e “dizer queestamos convosco, nessa vossa ini-ciativa”.

Por outro lado, foi novamentereforçada a ideia da dificuldade dedeslocação de uma ilha para outra,ou ainda do tempo que nem sem-pre “permite” ou facilita a deslo-cação.

Passando de apenas 60 peregri-nos na I edição, para duas cente-nas na IV, a PeregrinaçãoDiocesana só poderia ter continui-dade para o ano e assim a próximaserá realizada na Ilha das Flores,para criar uma “sensibilização”para o serviço da Liturgia.

DL/AS

“Perigrinação Diocesana dos Acólitos é acontecimento raro”

A Cidade de Lagoa recebeu jovens de várias ilhas dos Açores. Fotos: DL

O Bispo Dom João Lavrador marcou presença entre os jovens açorianos.

Diário da Lagoa | setembro 2016Página 12 PUBLICIDADE

Diário da Lagoa | setembro 2016 Página 13PUBLICIDADE

Diário da Lagoa | setembro 2016Página 14 LOCAL/ NECROLOGIA

Atividade da esquadra da PSP de LagoaNo âmbito da atividade policial recordamos, neste

quadro, algumas das ações desenvolvidas pelos ele-mentos da Esquadra da PSP de Lagoa, e divulgada atra-vés do relatório diário do Comando Regional da PSP.. Ressalvamos que estes são dados que não refletema totalidade da atividade dos elementos desta esqua-dra.

31JUL16 - Foi detido um indivíduo do sexo masculino,de 47 anos, por condução de um veículo sob a influência deálcool, com uma TAS superior a 3.11 g/l.

02AGO16 - Foi detido um indivíduo do sexo masculino,de 48 anos, por condução de um veículo sob a influência deálcool, com uma TAS superior a 1.73 g/l.

04AGO16 - Foram detidos dois indivíduos, do séxo mas-culino, com idades entre os 33 e os 37 anos, por tráfico ecultivo de estupefacientes.

13AGO16 - Foi detido, um indivíduo do sexo masculino,de 51 anos, por condução de um veículo, sob ainfluência de álcool, com uma TAS de 2.05 g/l.

20AGO16 - Foi detido um indivíduo do sexo masculino,de 43 ano, por condução de veículo, sob a influência deálcool, com uma TAS de 2.26 g/l.

21AGO16 - Foi detido um indivíduo do sexo feminino, de32 anos, por condução de veículo, sem habilitação legal,bem como foi detido, um indivíduo do sexo masculino, de35 anos, por cumplicidade.

Freguesia de Nª Sª do Rosário

Pedro Miguel Martins EleutérioNasceu: 27-04-191975Faleceu: 25-07-2016

NECROLOGIA

Freguesia de Nª Sª do Rosário

Maria Adelina Paulo de FriasNasceu: 24-02-1928Faleceu: 16-08-2016

Freguesia de Nª Sª do Rosário

Lúcia de Fátima Rodrigues CâmaraNasceu: 07-06-1971Faleceu: 13-08-2016 (França)

Freguesia da Ribeira Chã

Ana Maria Nascimento Soares Idade: 58 anosFaleceu: 25-08-2016 (Água de Pau)

Ficha TécnicaDiário da LagoaRegisto ERC: 126473Deposito Legal: 402139/15Propriedade: Suzi Paula Melo MonizDiretor/ Editor: Norberto LuísRedação: Norberto Silveira (CP4248),Andréa de SousaDireção Comercial: Telmo Ferreira

Colaboradores nesta edição:Luís Moniz, João Silvério Sousa, RuiMeneses, Hélder Medeiros, Agrupa-mento 1290 de Santa Cruz.Periodicidade: MensalImpressão: Gráfica Funchalense.Rua da Capela da Nossa Senhora daConceição, nº 50 - Morelena2715-029 Pêro Pinheiro – PortugalTelefone: +351 219 677 450

Tiragem: 750 exemplaresNa internet:http://diariodalagoa.comhttp://facebook.com/diariodalagoaSede: Rua Calhau D Areia, nº299560-057 Lagoa - AçoresRedação: Rua do Estaleiro, nº69560-080 - Lagoa - AçoresEmail: diariodalagoa@sapo.ptContacto: 935 319 608

nota: Os conteúdos dos artigos de opi-nião, aqui publicados, são da respon-sabilidade de quem os assina.Os anúncios aqui publicados são daresponsabilidade dos respetivos anun-ciantes, salvo erro tipográfico

Mais conteúdos em:

A Divisão Policial de PontaDelgada, por intervenção da Brigadade Investigação Criminal da EsquadraPolicial da Lagoa, no pretérito dia 04 deagosto, procedeu à detenção de doisindivíduos, do género masculino, pelaprática do crime de tráfico/cultivo deestupefacientes.

No âmbito da estratégia de deteçãoe combate ao tráfico de estupefacien-tes delineada pelo Comando Regional

dos Açores e, após realização de váriasdiligências de investigação desenvolvi-das durante as últimas semanas, foramemitidos dois mandados de busca eapreensão pela competente Autori-dade Judiciária.

No decurso do cumprimento dosmesmos, foram detidos dois indivíduoscom idades entre os 33 e os 37 anos,tendo sido apreendidas um total de155 plantas de “cannabis sativa L”, comtamanhos compreendidos entre os 55

e os 155 centímetros.As diligências realizadas pela Esqua-

dra da Lagoa contribuíram assim paraa diminuição da circulação de produtoestupefaciente, promovendo a susten-tação do sentimento de segurança doscidadãos desta comunidade, refor-çando a confiança dos mesmos nodesempenho da PSP, no que concerneà prevenção e repressão de ilícitos cri-minais neste concelho.

Detenção por tráfico/cultivo de estupefacientes

Produto apreendido pela PSP no âmbito desta operação no concelho de Lagoa. Foto: PSP

Obras no Caminhodo Castelo Branco

Foram inauguradas as obras de pavimentação doCaminho do Castelo Branco, uma obra realizada peloGoverno Regional dos Açores, através da SecretariaRegional da Agricultura e Ambiente e do IROA.

Inscrita na Carta Regional das Obras Públicas, as obrasconsistiram na pavimentação em betão de cimento ecorreção/melhoramento das drenagens, com objetivode garantir o encaminhamento dos caudais que afluemà estrada, uma maior segurança ao tráfego e a umamaior longevidade do seu pavimento.

As obras inauguradas, procuraram dotar o caminhocom um sistema de recolha de águas das chuvas quefosse o mais eficaz possível tendo simultaneamente emconta a relação de custos, os prejuízos devidos às gran-des chuvadas e à proteção a dar aos caminhos.

Esta obra, numa extensão de 1 km; 3,5 m, assumeuma significativa importância para a atividade agrope-cuária do concelho da Lagoa, já que beneficia as acessi-bilidades a cerca de 17 explorações, numa área de20 ha.

O caminho em causa, situado no Perímetro de Orde-namento Agrário da Lagoa, corresponde a um investi-mento de cerca de 72 mil euros. O traçadodesenvolve-se no caminho já existente, e integradonuma zona totalmente agrícola.

Diário da Lagoa | setembro 2016 Página 15PASSATEMPO / HORÓSCOPO

PASSATEMPO HORÓSCOPO DE SETEMBROCarneiro (21/3 a 20/4)

A vida afetiva marca conquistas ecertas mudanças agradáveis preparam en-contros românticos que serão inesquecíveispara o seu par.

A nível profissional os desafios serãoconstantes e, corajosamente, vai transfor-mar magnificamente o destino da carreira.

Touro (21/4 a 21/5)

A vida afetiva concede grande dis-posição para transmitir uma energia muitopositiva, porém, evite apresentar atitudesegocêntricas.

A nível profissional a conjuntura é muitoconstrutiva e concede a possibilidade paraconquistar novas realizações importantes.

Gémeos (22/5 a 21/6)

A vida afetiva concede grande dis-posição para transmitir uma energia muitopositiva, porém, evite apresentar atitudesegocêntricas.

A nível profissional a conjuntura é muitoconstrutiva e concede a possibilidade paraconquistar novas realizações importantes.

Caranguejo (21/6 a 23/7)

A vida afetiva é caracterizada porrelações positivamente renovadas e, destaforma, vai dar um novo sentido à sua exis-tência.

A nível profissional aceite críticas e acabecom duvidas relativamente ao caminho aseguir, de maneira a realizar os seus sonhos.

Leão 24/7 a 23/8)

A vida afetiva traz energias positi-vas e anuncia boas evoluções sentimentais,concedendo excelentes momentos român-ticos.

A nível profissional poderá aceitar novaspropostas ou responsabilidades, pois, umdesafio pode surgir surpreendentemente.

Virgem (24/8 a 23/9)

A vida afetiva ganha uma novamotivação e pode aprofundar uma relação,mas é necessário concentrar as energiasnas situações atuais.

A nível profissional finalmente atinge oauge e, com a convicção aliada à autocon-fiança, vai alcançar progressos extraordiná-rios.

Balança (24/9 a 23/10)

A vida afetiva está relacionadacom a sua capacidade de equilibrar os rela-cionamentos, sem esconder a verdade dossentimentos.

A nível profissional está numa época deideias bastante inovadoras que podem serconcretizadas, com dedicação e persistên-cia.

Escorpião (24/10 a 22/11)

A vida afetiva reflete o seu com-portamento, presentemente, mais flexívele receberá o retorno das suas verdadeirasqualidades.

A nível profissional as suas ideias terãobom acolhimento por parte dos envolven-tes, mas terá de “arregaçar as mangas”.

Sagitário (23/11 a 21/12)

A vida afetiva indica que as rela-ções evoluem de forma crescente e intensa.Aumente ao envolvimento, com justiça emuita sabedoria.

A nível profissional pode estabelecernovos contactos e avançar com soluçõesinovadoras que trazem evolução á carreira.

Capricórnio (22/12 a 20/1)

A vida afetiva bastante atribuladae por vezes pisando trilhos pantanosos,exige mudanças radicais ou ruturas impres-cindíveis.

A nível profissional está mais otimista econseguirá resolver os problemas circun-dantes, comunicando com mais discerni-mento.

Aquário (21/1 a 19/2)

A vida afetiva tem mostrado quepara manter a harmonia familiar é necessá-rio conciliar a paciência e a flexibilidademental.

A nível profissional deve ter o maior cui-dado com a originalidade dos seus pensa-mentos e não cometa certas inconfidência.

Peixes (20/2 a 20/3)

A vida afetiva evolui de forma fa-vorável, mas, corajosamente, aumente oseu envolvimento renovando alguns hábi-tos ultrapassados.

A nível profissional os grandes êxitosserão alcançados e, com a dinâmica da suafé, vai atingir todas as metas pretendidas.

Descubra as dez diferenças.

Labirinto: Descubra o caminho correto.

Soluções do passatempo do mês de agosto de 2016

Diário da Lagoa | setembro 2016Última LOCAL / PUBLICIDADE

Há um ano ...

Exatamente há um ano,o Jornal Diário da Lagoa davadestaque, na sua primeirapágina, ao aniversário daFreguesia do Cabouco, amais jovem do concelho deLagoa. Em 2015 foi assina-lado o seu 35º aniversário.

Outro dos destaques daprimeira página foi para ainauguração do Parque daCiência e Tecnologia de SãoMiguel, instalado na zona doTecnoparque, na Cidade deLagoa, o denominado Nona-gon.

Em setembro de 2015 oJornal Diário da Lagoa deudestaque ainda para asFestas de Nossa Senhora dasNecessidades, no Lugar daAtalhada, que decorreram de3 a 7 de setembro.

A abertura de um novoespaço comercial na Lagoafoi ainda tema na ediçãonº 18 do Diário da Lagoa,

destacando o dinamismo dosempresários lagoenses.

Findo o mês de agosto,encerravam igualmente asFestas de Verão no Rosário,cujo balanço era positivo, talcomo referiu nesta edição orpesidente da Junta deFreguesia local, a entidadeorganizadora das atividades.

Em aniversário esteveigualmente Água de Pau quearrancava assim as coemora-ções dos 500 anos de eleva-ção a Vila.

Outra referência nesta edi-ção era dada para o concurso“Os artistas digitais”, con-curso foi direcionado aalunos dos Jardinsde-Infân-cia e Escolas do 1.º e 2ºCiclos do Ensino Básico, dasescolas públicas e privadas.

A integração da Lagoa narede de cidades educadorasfoi outro dos emas em desta-que.

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A chegada das Low Cost a SãoMiguel, em abril de 2015, não serefletiu muito na Lagoa no ano tran-sato.

A opinião é do presidente do Nú-cleo de Empresários da Lagoa(Nelag) que, em declarações à SMTV,considerou que durante o verão de2015, refletiu-se timidamente, entreos 5 a 10%.

Este ano de 2016, já se reflete maisas low cost, que considerou ter sidouma mais valia.

Deixando um desafio de pensar oporquê de não ter vindo mais cedo.

Nesta entrevista, o responsávelrecordou que a Lagoa tem falta deâncoras turísticas, dando o exemplode não ter algo que chame o turistaa vir à Lagoa. “A Cerâmica Vieira, asPiscinas, a Caloura, uma rede de mu-seus pouco procurada e que não épara todo o publico, é o que temos,mas é pouco”, considerou.

Norberto Ponte recorda que aLagoa corresponde a 0,5% da ofertaturística da ilha, sendo um problemagrave a resolver.

Quanto ao que há a fazer, consi-dera o empresário que os governan-

tes é que têm que pensa sobre o quese poderá fazer apra sair desta posi-ção.

Dá o destaque a Fábrica do álcool,que pode ser um ponto de alavanca-gem do turismo na Lagoa, com umedifício devoluto e onde algo poderiaser feito naquele espaço.

Segundo considerou, a Lagoa tempouco para oferecer, havendo muitopouco turismo e a restauraçãocontinua a ser o que de melhor aLagoa tem.

Outro aspeto que o empresáriodestaca é a inexistência de um hotelna Cidade. Reconhece ser um inves-timento grande, mas que poderiahaver outro retorno.

Norberto Ponte diz mesmo que aLagoa nunca foi divulgada comodeve ser, como cidade acolhedora.“O fluxo dos empresários hoteleirostem de ser atraído, e neste sentidotem de haver empenho das autori-dades competentes”.

O empresário admite que oturismo continua a ser pouco naLagoa, apesar de junho, julho eagosto deste ano, ter sido bom, “masé preciso mais”. Norberto Pontedeixa mesmo o apelo aos própriosemigrantes para que possam regres-sar à sua terra e investir, neste casono âmbito do turismo, apelandopara a necessidade do investimentona área hoteleira.

Lagoa continua com pouco para oferecer

Em Água de Pau celebrou-se uma das maiores festividades religiosas da ilha. A Festa deNossa Senhora dos Anjos. Milhares de pessoas deslocaram-se até à vila quinhentista.

Fotos: DR

Foto: DR