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ANO 57 - JULHO A SETEMBRO 2017 - N° 218 ommãçms ESPIRITUAIS DO CREHTE Hebreus 13:18-25 Ele roga as bênçãos do "Deus de paz" sobre os hebreus: uma expressão também encontrada em Romanos 15:33; 16:20; 2 Coríntios 13:11; Filipenses4:9 e 1 Tessalonicenses 5:23. Deus sacrificou "o sangue do pacto eterno" de Jesus Cristo, e o ressuscitou, a fim de dar a Sua paz aos que O recebem como Senhor e Salvador (isto é, a paz de consciência consigo mesmos, a paz com Deus e a paz com seus irmãos na fé). A ressurreição do Senhor Jesus demonstrou que a obra redentora havia sido completada para sempre. Como o Bom Pastor (Salmo 22), Cristo deu a Sua vida pelas ovelhas (João 10:11). Como o Grande Pastor (Salmo 23), Ele ressuscitou dentre os mortos, tendo realizado a redenção (v. 20). Como o Sumo Pastor (Salmo 24), Ele se manifestará novamente para premiar os seus servos (1 Pedro 5:4). A bênção iniciada no versículo 20 é no sentido de que os santos possam ser equipados com toda boa obra para Chegando agora ao final da sua missiva, o autor do livro aos Hebreus apelou aos destinatários para intercederem por ele diante de Deus para que lhes fosse restituído mais depressa (compare com Romanos 15:30; 2 Coríntios 1:11; Colossenses 4:3; Efésios 6:18,19; 2 Tessalonicenses 3:1). Evidentemente já estivera com eles antes de escrever, e agora estava em outro lugar, possivelmente numa prisão, e assim impedido de voltar, dependendo de algum processo. Uma intercessão dessa natureza só pode ser solicitada por quem tem a consciência limpa diante de Deus: o escritor estava persuadido de que tinha, e seu desejo era portar-se correta- mente em tudo. Ele cria no poder da oração para apressar a solução de situações demoradas. Evidentemente tinha um cuidado espiritual pelos leitores, pois não diz simplesmente que deseja voltar, mas que quer ser restaurado a eles, sugerindo um relacionamento espiritual j á existente, além de simples interesse. - 01 -

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ANO 57 - JULHO A SETEMBRO 2017 - N° 218

ommãçms ESPIRITUAIS DO CREHTE

Hebreus 13:18-25 Ele roga as bênçãos do "Deus de

paz" sobre os hebreus: uma expressão também encontrada em Romanos 15:33; 16:20; 2 Coríntios 13:11; Filipenses4:9 e 1 Tessalonicenses 5:23. Deus sacrificou "o sangue do pacto eterno" de Jesus Cristo, e o ressuscitou, a fim de dar a Sua paz aos que O recebem como Senhor e Salvador (isto é, a paz de consciência consigo mesmos, a paz com Deus e a paz com seus irmãos na fé).

A ressurreição do Senhor Jesus demonstrou que a obra redentora havia sido completada para sempre. Como o Bom Pastor (Salmo 22), Cristo deu a Sua vida pelas ovelhas (João 10:11). Como o Grande Pastor (Salmo 23), Ele ressuscitou dentre os mortos, tendo realizado a redenção (v. 20). Como o Sumo Pastor (Salmo 24), Ele se manifestará novamente para premiar os seus servos (1 Pedro 5:4).

A bênção iniciada no versículo 20 é no sentido de que os santos possam ser equipados com toda boa obra para

Chegando agora ao final da sua missiva, o autor do livro aos Hebreus apelou aos dest inatár ios para intercederem por ele diante de Deus para que lhes fosse restituído mais depressa (compare com Romanos 15:30; 2 Coríntios 1:11; Colossenses 4:3; Efésios 6:18,19; 2 Tessalonicenses 3:1). Evidentemente já estivera com eles antes de escrever, e agora estava em outro lugar, possivelmente numa prisão, e assim impedido de voltar, dependendo de algum processo.

Uma intercessão dessa natureza só pode ser solicitada por quem tem a consciência limpa diante de Deus: o escritor estava persuadido de que tinha, e seu desejo era portar-se correta-mente em tudo. Ele cria no poder da oração para apressar a solução de situações demoradas. Evidentemente tinha um cuidado espiritual pelos leitores, pois não diz simplesmente que deseja voltar, mas que quer ser restaurado a eles, sugerindo um relacionamento espiritual já existente, além de simples interesse.

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fazer a vontade de Deus. Há uma curiosa colaboração do divino com o humano:

• Deus nos equipa com tudo de bom. • Deus trabalha em nós o que é

agradável à Sua vista. • Deus faz isso através de Jesus

Cristo.

• Em seguida, fazemos a Sua vontade.

Em outras palavras:

• Deus coloca o desejo em nós de fazer a Sua vontade;

• Deus nos dá o poder para fazê-lo;

• Vamos então fazê-lo; • Deus nos recompensará.

A bênção termina com o reconhecimento de que Jesus Cristo é digno de glória para todo o sempre. '

Amém é uma palavra hebraica: quando dita por Deus, significa "assim é e será"; quando dita por homens significa "assim seja". Era-usada frequentemente pelo Senhor Jesus, traduzida como "em verdade", para introduzir novas revelações da mente de Deus. E sempre repetida no evangelho de João. É também um dos títulos de Cristo (Apocalipse 3:14) porque os propósitos de Deus são estabelecidos através dEle.

O escritor finalmente roga aos seus leitores, seus "irmãos", que suportem estas suas palavras de exortação, admitindo que são poucas. Realmente a matér ia das leis e prát icas do judaísmo, seu cumprimento na pessoa de Jesus Cristo, e a falsidade que se encontrava nas ideias e preconceitos

dos hebreus, é vasta. O pedido que fez indica que sabia que muito do que escreveu poderia ser surpreendente para eles, mas era necessário fazer uma exposição fiel das suas doutrinas fundamentais em oposição ao judaísmo, ainda que abreviada.

A menção de Timóteo aqui não é suficiente para identificar o livro como tendo sido escrito por Paulo, como alguns entendem. São enviadas saudações aos líderes cristãos dos hebreus e a todos os santos. Alguns crentes da Itália estavam com o escritor, e também enviaram suas saudações. Isto sugere que o autor talvez estivesse lá quando escreveu.

Concluindo: O l ivro aos Hebreus mostra

aspectos muito importantes sobre a superioridade do Novo Testamento, as "boas novas" de Jesus, o Enviado de Deus, sobre o relacionamento antigo de Deus com a humanidade que culminou no velho testamento com os hebreus.

O juda í smo não é a rel igião dominante dos que adoram ao verdadeiro Deus, nosso Criador, hoje, como era quando o livro foi escrito. No entanto, o espír i to legalista tem permeado a cristandade desde seus primórdios.

Em seu livreto "Maneje bem a Palavra da Verdade", C. I . Scofield escreve: "Pode-se seguramente dizer que os "judaizantes" da igreja têm feito mais para impedir seu progresso, perverter a sua missão e destruí-la espiritualmente, do que todas as outras causas combinadas. Em vez de prosseguir seu caminho designado de separação do mundo e acompanhamen-

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to do Senhor em sua vocação celestial, ela tem usado escrituras judaicas para justificar-se em abaixar seu propósito para a civilização do mundo, a aquisição de riqueza, o uso de um ritual imponente, a construção de igrejas magníficas... e a divisão da irmandade em "clero" e "leigos"..."

Qual é a mensagem deste livro agora, passados quase dois milénios desde que foi escrito?

Somos impelidos a nos separar de todos os sistemas religiosos em que Cristo não é honrado como o único Senhor e Salvador, e em que Sua obra não é reconhecida como a única, perfeita e eterna oferta pelo pecado. Hebreus nos ensina que os tipos e as sombras do sistema do Velho Testamento encontraram sua realização em nosso Senhor. Ele é:

• O nosso grande Sumo Sacerdote. • O nosso Sacrifício. • O nosso Altar. Ele serve no santuário celestial, e seu

sacerdócio nunca terminará.

Somos ensinados que todos os crentes são sacerdotes, e que eles têm acesso instantâneo à presença de Deus pela fé, a qualquer momento. Eles oferecem sacrifícios de suas pessoas, sua adoração e suas posses. David Baron escreve: "para adotar o modelo do sacerdócio Levítico na Igreja Cristã, que o ritualismo se empenha em fazer, é nada mais que uma tentativa, com mãos profanas, de costurar novamente o véu que o próprio Deus abençoado, reconciliado rasgou em dois; é como dizer, "Afasta-te, não se aproxime de Deus" para aqueles que " pelo sangue de Cristo chegaram perto'' (Ef 2:13).

O livro de Hebreus nos ensina que temos uma al iança melhor, um mediador melhor, uma esperança melhor, as promessas são melhores, uma pátria melhor, um sacerdócio melhor e melhores posses — melhor do que o melhor que podia oferecer o judaísmo. Assegura-nos que temos a redenção eterna, salvação eterna, uma aliança eterna e uma herança eterna.

Solenemente adverte contra o pecado de apostasia. Se uma pessoa professa ser de Cristo, associa-se com uma igreja cristã, depois se afasta de Cristo e junta-se àqueles que são inimigos do Senhor, é impossível para ele ser renovado para arrependimento.

A Epístola aos Hebreus incentiva verdadeiros cristãos a andar pela fé e não pela aparência, porque esta é a vida que agrada a Cristo. Isso também os encoraja a suportar firmemente os sofrimentos, provações e perseguições para que nós possamos receber a recompensa prometida. Hebreus ensina que, por causa de seus muitos pr ivi légios , os cr is tãos têm uma responsabilidade muito especial. A superioridade de Cristo, a quem servem, os torna o povo mais altamente favorecido do mundo. Se tais privilégios são negligenciados, eles sofrerão perda em conformidade com a pena no julgamento de Cristo. Mais se espera deles do que daqueles que viviam sob a lei; e mais, ainda será requerido em um dia vindouro.

Portanto, saiamos até Ele, fora do acampamento, suportando a

desonra que Ele suportou". (Hebreus 13:13 NVI)

R. David Jones

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ESPOimMEIDADE SEM RECIPEOCIDADE Não foram poucas as vezes, prezado

leitor, que escrevi acerca desse assunto. Parece que foi ontem que eu meditava sobre esse mesmo tema, mais de duas décadas se passaram sem que eu desse conta de como o tempo estava a transitar de forma tão acelerada. Talvez, essa falta de percepção se deve ao fato da realidade da eterna mesmice que se observa neste mundo, conforme dito por Salomão; "o que foi, é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer: nada há, pois, novo debaixo do sol" (Eclesiastes 1:9).

De fato, vemos que essa mesmice acaba se tornando odienta para aqueles que não têm a consciência da realidade dos dias em que vivemos. Isto remete a Paulo que nos exorta para que estejamos atentos à forma que aqui vivemos, não como insensatos, mas como sábios, pois os dias são maus e, por conta disso, devemos procurar compreender qual é a vontadedo Senhor para as nossas vidas (Efésios 5:15-18).

Pelas muitas décadas já vividas, o Senhor me tem concedido o privilégio de falar ao longo desse tempo em várias localidades, onde tenho observado com muita tristeza o agravamento da escassez de recursos que são destinados à obra missionária. Os provedores diminuem, os corações se endurecem, e pouquíssimo ensino tem sido ministrado nas igrejas locais acerca de um dos mais importantes assuntos contidos na Bíblia, que são as ofertas do povo de Deus ao seu Senhor.

Uma das coisas mais terríveis que

tenho constatado em nossos dias é a negociata que procuram fazer em nome de Deus. As pessoas estão sendo ensinadas, no mundo tido como cristão, que é "dando que se recebe", numa vergonhosa distorção das palavras do Senhor Jesus transmitidas por Paulo em Atos 20:35... "Mais bem-aventurado é dar do que receber". Nenhuma reciprocidade material está implícita nessa afirmação. Não há essa promessa!

De fato, ser bem-aventurado, significa ser feliz, muito feliz, e não é resultante da garantia de ganhos materiais pela prática de alguma bondade, mas pelo sentimento de alegria que invade os corações daqueles que praticam a benemerência. No mesmo trecho, Paulo assevera: "é mister socorrer aos necessitados ". Mais à frente ele escreveria: "enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé" (Gálatas 6:10). Ou seja, sejamos, sempre, espontâneos, sem expectativa de reciprocidade material, pois o tesouro que nos importa é o celestial, aquele que nos aguarda quando lá estivermos.

Tendo em vista a espontaneidade sem reciprocidade, sempre me falou muito ao coração a postura do povo de Deus no deserto, quando trouxeram ofertas espontâneas ao Senhor (Números 7:1-11). Havia Moisés terminado de levantar o tabernáculo, e ali seria o local da presença do Senhor junto ao Seu povo. Moisés entrava na tenda da revelação para falar com o

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Senhor, ouvia a voz do Senhor que lhe falava de cima do propiciatório e assim Se comunicava o Senhor com o Seu povo. Eles eram um povo sem território, mas tinham Deus junto deles. Que glória isso representava! Glória ainda mais superior possuímos nós, nesta atual dispensação, por sermos o tabernáculo de Deus pela habitação do Espírito Santo em nós.

Havia um problema a ser resolvido por eles. O tabernáculo estava pronto, mas ele tinha que ser locomovido ao longo da caminhada pelo deserto. Eles poderiam assim pensar: Isso é problema do Senhor. O tabernáculo é a Sua habitação entre nós. Ele que dê a solução que Lhe convém, afinal Ele é o Chefe. Vamos ficar quietos aguardando que Ele decida a respeito. Quantos em nossos dias, lamentavelmente, pensam dessa mesma forma.

Porém, não era assim que eles pensavam. Eles sentiam no coração que o problema do transporte do tabernáculo era deles, pois grande era o privilégio de ter o Senhor habitando entre eles. De nada adianta sentir ou pensar se não houver ação. Vemos no texto acima indicado que os príncipes de Israel espontaneamente fizeram as suas ofertas! Notem que Moisés, nesta oportunidade, não lhes pediu nada a respeito disso, eles foram liberais, voluntariosos, generosos. Eles estavam em estado de graça, seus corações estavam mais sensíveis que o "órgão" mais importante da imensa maioria das pessoas: o bolso.

Dada essa espontaneidade, será que o Senhor iria achar que houve precipitação por parte desses príncipes?

Será que não seria melhor esperar que Ele lhes dissesse alguma coisa? Nada disso foi questionado por eles. Aquilo que podemos fazer para o Senhor, e que está claramente consistente com a Sua Palavra, nós devemos ser proativos jamais reativos, ou seja, devemos ir à frente e não correr atrás.

O Senhor vendo o intento dos seus corações e a liberalidade com que estavam ofertando, disse a Moisés: "Receba essas ofertas para serem utilizadas no serviço da tenda da revelação". Sem dúvida, o Senhor mede a espontaneidade dos corações. Os ensinos, que essa oferta espontânea nos traz, são preciosos. Primeiramente, ela nos confirma que Deus aceita, ou melhor. Ele quer que Seu povo faça ofertas espontâneas, pois ''Deus ama a quem dá com alegria", não por constrangimento ou obrigação (2 Coríntios 9:7). Ele promete que a alma generosa prosperará (Provérbios 11:24-25), ou seja, aquele que dá liberalmente mais e mais lhe será acrescentado, e isto nada tem a ver com a loucura da pregação de alguns hereges dos nossos dias que ensinam desavergonha­damente que se deve determinar, impor, ou exigir de Deus a prosperidade. A prosperidade é a consequência de um coração generoso e não ganancioso.

Em seguida, vemos que Deus não faz acepção das ofertas dadas com o coração. O Senhor pesa a qualidade e a sinceridade da oferta. Lembremo-nos da viúva pobre, que lançou no gazofilácio dois leptos,,que valiam um quadrante, ou seja, a moeda romana de menor valor, porém o Senhor exaltou o seu feito afirmando que ela dera mais do que todos os que colocavam ofertas

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no cofre, porque todos davam a sobra, ela, porém, deu tudo o que tinha, todo o seu sustento (Marcos 12:41-44). O sacrifício aceitável a Deus é o espírito quebrantado; ao coração quebrantado e contrito Deus não desprezará (Salmo 51:17).

Finalmente, verificamos que Deus se agrada da espontaneidade do Seu povo. ''Recebe-os, disse o Senhor a Moisés". O povo de Deus deve se alegrar em poder contribuir com a Sua obra majestosa. Devemos rejubilar de contentamento quando ouvimos notícias vindas de todos os rincões que as almas estão chegando ao conhecimento da Verdade. Oh, que glória quando vemos os resultados das nossas ofertas trazendo frutos para o Senhor, que serão arrebatados naquele Dia, e essas almas ouvirão do Senhor para que entrem no gozo do Seu reino.

Quando Davi colocou o seu afeto na casa de Deus, afora tudo quanto tinha preparado em abundância para o santuár io , os seus bens pessoais também foram doados ao Senhor. Após

o seu feito, ele convocou o povo dizendo: ''Quem, pois, está disposto a fazer oferta voluntária, consagrando-se hoje ao Senhor? ". Em resposta, eles fizeram ofertas voluntár ias , espontâneas, à casa do Senhor (1 Crónicas 29:1-9).

Que essa mesma pergunta seja lançada no seio das igrejas, e de forma semelhante, os que crêem com autenticidade respondam com a mesma espontaneidade, e sintam a mesma alegria que o povo daquela época sentiu, e tenham a firme convicção em seus corações de que o nosso Deus suprirá todas as suas necessidades segundo as riquezas na glória em Cristo Jesus (Filipenses 4:19), tendo plena consciência de que o momento em que mais nos identificamos com o Senhor, é quando damos com espontaneidade, porque Ele foi espontâneo para conosco na medida em que entregou à morte o Seu Amado Filho por amor de nós. Permita Deus que assim seja!

José Carlos Jacintho de Campos

FEReUITi lS QUE OS JOVfelS FAZEM

2. COMO UM CRISTÃO D E V E SE VESTIR? Como em muitos outros aspectos da

vida, a Bíblia apresenta princípios gerais em vez de estipular um conjunto de regras. Não deveríamos vestir algo que é indecente na aparência ou extravagante no custo (P Pe 3:3, 4; P Tm 2:9, 10). Isso significa que o que vestimos envolve um exercício de julgamento pelo cristão. Nem todos concordarão sobre o comprimento da bainha, o preço ou o tom da cor.

Quando entramos no domínio da consciência cristã, devemos ser tardios em julgar outros. Temos afirmado, e é necessário enfatizar, que as irmãs devem ser cuidadosas em como se vestir. O mundo não pensa que é errado para uma mulher se vestir de uma maneira reveladora ou sugestiva. De fato, o mundo encoraja as mulheres a se vestirem de uma maneira que acentua sua forma ou curvas.

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Entretanto, uma mulher cristã não deveria procurar se conformar aos valores do mundo. Do mesmo modo, deveríamos lembrar que Deus não se preocupa com a atratividade física. Ele está mais interessado em se vestimos a veste "espiritual" que Ele prepara para o crente (Cl 3:10, 12; Ef4:22,24).

E sobre as reuniões da igreja?

E óbvio que a maneira como nos vestimos é determinada pela atividade em que estamos engajados. Usamos pijamas para dormir. Se formos para a cama com nossas roupas de sair estaremos muito desconfortáveis. Quando vamos subir uma montanha provavelmente colocaremos um par de botas e uma jaqueta quente. Assim, o caráter da ocasião determina como nos vestimos. E assim com as reuniões da igreja. Essas reuniões são ocasiões nobres e solenes. Dessa forma, quando observamos a igreja devemos tentar refletir isso em nossas vestimentas. Se seria desrespeitoso comparecer a um funeral ou a um casamento vestido de qualquer jei to, não seria também desrespeitoso encontrar-se com o Senhor com roupas informais? E claro que não devemos exagerar no modo de vestir ou tentar impressionar as pessoas com nossas roupas, mas devemos nos vestir de uma maneira que condiz com a distinção da reunião da igreja.

Deus está mais interessado no coração do que na aparência exterior? - 1" Sm 16:7

Ele está. O homem mais santo na região pode, em alguns países do

mundo, ser um mendigo vestido em trapos. Romanos 12:2 ensina, porém, que a aparência exterior é frequentemente um reflexo do que somos por dentro. Se uma moça é modesta no espírito, será modesta nas vestimentas. Se um rapaz é sensato no coração, ele não vai querer se vestir com ostentação ou de maneira pretensiosa. Devemos lembrar que as pessoas frequentemente julgam os cristãos pelo que veem! Devemos tentar refletir bem através de nossa aparência nosso Senhor e Salvador.

Que tipo de roupas devo usar? O que vestimos é determinado por

uma variedade de fatores, incluindo nossa idade e renda. O pobre não deve julgar um irmão rico severamente porque ele pode se dar ao luxo de ter um bonito temo. Igualmente a irmã rica não deveria julgar a irmã pobre porque ela não dispõe de um vestido bonito. Entretanto devemos procurar glorificar a Deus na maneira como nos vestimos. Devemos tentar a todo custo evitar ser mundanos em nosso comportamento ou vestimentas. Deve-se observar que não há uma palavra nas Escrituras sobre o tipo de roupas que o Senhor usou. As Escrituras ficam igualmente em silêncio sobre as vestimentas dos apóstolos. E notável que, quando Pedro saiu para encontrar o Senhor Jesus depois da ressurreição, ele percebeu que não deveria estar com suas "roupas de trabalho" (Jo21:7).

Roupas também são uma maneira de preservar a distinção entre os sexos. Embora haja uma tendência hoje de confundir a dist inção que Deus

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estabeleceu entre os sexos, não devemos seguir essa tendência . Deuteronômio 22:5 é principalmente uma condenação daqueles que deliberadamente decidem usar roupas planejadas para o sexo oposto. O versículo também mostra seja como for que a distinção entre os sexos deve ser mantida pelas vestes. Assim, se a

tendência da moda deste mundo confunde essa distinção, devemos ter como nosso guia a Palavra de Deus e não de nossos amigos ou revistas de moda.

Alan Summers Assembly Testemony, set/out 2015

Trad. EFC

PEQUE1'0S EVENTOS) E O QUADEO COMPLETO

Provérbios 3:5-6 oferece aos crentes um conselho prático num mundo confuso. Confia no SENHOR de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-0 em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas.

Quão difícil é confiar em Deus em tudo. Embora seja isso que o Senhor exige. Ele quer que confiemos nEle para salvação, mas Ele também quer que confiemos nEle em nossa peregrinação.

Na história de José no Antigo Testamento, temos um exemplo prático da importância de confiar no Senhor.

José era um sonhador (Gn 37:20). Ele tinha sonhos sobre seu futuro; ele sonhou que seria grande e importante. Quem j á não teve tais sonhos? Sonhamos com o futuro; fazemos planos para fazer nossos sonhos acontecerem, projetamos uma vida que sempre esperamos que poderemos ter um dia.

José tinha sonhos, mas ele também tinha dificuldades. Ele vivia numa

família de 13, todos filhos de um pai, mas de quatro mães diferentes, e a sua mãe já tinha morrido quando deu à luz seu irmão caçula, Benjamin.

Não deve ter sido fácil viver em tais condições, onde a rivalidade entre innãos arruinava a relação entre eles. Esse foi seu mundo, sua família, sua vida.

Porém somos lembrados de que o Senhor era com José em três ocasiões na Palavra de Deus: na casa de Potifar (Gn 39:2), na prisão (Gn 39:21) e quando seus irmãos o venderam como escravo (At 7:9). Deus nunca o deixou e nunca o desamparou. Em todos os acontecimentos de sua vida, o Senhor estava lá, guiando e dando entendimento e direção ao que, pareceriam, ao contrário, coincidências.

Uma dessas coincidências ocorreu quando Jacó mandou José encontrar seus irmãos (Gn 37:14). A narrativa nos diz que inicialmente a busca não resultou em nada. Não só não encontrou seus irmãos, mas também se perdeu no caminho.

Mas então, lemos essas palavras: E um homem encontrou a José... (Gn 37:15). Enquanto procurava por seus

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irmãos num lugar onde não havia ninguém, José encontrou um homem por acaso que foi capaz de guiá-lo a seus irmãos. Nada mais é dito sobre esse homem. Tudo o que sabemos é que ele estava lá, e foi capaz de dizer o paradeiro dos irmãos de José.

Você pode imaginar o que José pode ter pensado enquanto trabalhava como escravo no Egito? "Por que aquele homem estava lá? Se ele não estivesse lá, eu nunca teria encontrado meus irmãos, e se eu nunca tivesse encontrado meus irmãos, nunca teria sido vendido como escravo".

Confia no SENHOR de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-0 em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas (Pv 3:5-6).

Há um segundo "acontecimento" que ocorreu no mesmo dia. Lemos em Génesis 37:25 e 28 que havia um grupo de comerciantes que apenas por acaso estava de passagem e que apenas por acaso estava indo para o Egito. E se eles não tivessem passado? José muito provavelmente teria sido resgatado do buraco por Ruben. Embora ele não soubesse disso, ele certamente poderia crer que as coisas teriam sido muito

diferentes se aqueles comerciantes não tivessem passado naquele dia, naquela hora, naquela área. Como José poderia ter se perguntado em frustração, enquanto ele se afundava, esquecido na cela de uma prisão: "Por que. Senhor? Por quê?"

Entretanto, a narrativa deixa claro que, apesar de todos os eventos estranhos e aparentemente obscuros de sua vida. Deus estava com José. Mesmo no sofrimento, Deus estava trabalhando todas as coisas para o bem do ser humano. E no fmal, José pôde ver a mão de Deus e dizer a seus irmãos: Deus me enviou... não fostes vós que me enviastes para cá, e sim Deus (Gn 45:7-8).

Você está lutando com as perguntas de "por quê"? Os pequenos acontecimentos que nos oprimem frequentemente deixam o quadro completo invisível. Não podemos ver o que Deus vê. Nosso trabalho é confiar e deixar o quadro completo com Ele.

Mark A. Swaim Christian Missions in Many

Lands,nov20l2 Trad. EFC

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FORAM PURIFICADOS,., ONDE ESTÃO OS NOVE? (Lc 17:14, 17)

Quão precioso é ser "purificado"! A corrupção que o pecado traz à condição liumana não deve ser subestimada, e enquanto aqueles dez leprosos "ficaram de longe", conheceram algo do isolamento que a corrupção traz - um isolamento que não é meramente social. Enquanto eles "foram" em obediência ao Senhor e demonstração de sua fé, o poder de um Deus soberano e a responsabilidade pessoal do ser humano misturaram-se com a bênção de indivíduos e a glória de Deus.

Quão mais sério e real era o isolamento que resultava de seus pecados. Mortos em seus pecados (Ef 2:5), não poderia ser mais decisivo! Tal era a condição, que éramos totalmente incapazes de ajudar-nos - afinal de contas, como pode alguém que está morto ajudar a si mesmo? Quão maravilhoso notar que Deus, que estendeu misericórdia aos leprosos, é descrito como "rico em misericórdia", e Alguém que nos ama imensamente. Se -nosso isolamento era grande quando estávamos "sem Cristo", então quão admiravelmente bela é a intimidade que o crente descobre em, juntamente com ele, ser ressuscitado, e estar assentado nos lugares celestiais em Cristo Jesus, (Ef. 2:6).

É uma intimidade que revelará a glória de Deus eternamente

É um tanto triste e desafiador que apenas um leproso retornou para demonstrar seu reconhecimento.

Podemos considerar a sonoridade de sua voz e ver seu testemunho franco e ser desafiados a avaliar quão alto tem sido o "volume" de nosso testemunho. Podemos notar sua postura, como ele se prostra com o rosto em terra aos pés do Senhor, e ser levados a avaliar se nossas expressões de gratidão são verdadeiramente marcadas por auto humilhação, como toda adoração deve ser. Podemos ver que ele era o "estrangeiro", e o desafio é se nossa familiaridade com a verdade tem ofuscado ou não nossa apreciação e aplicação dessa verdade.

Talvez o desafio mais significante e relevante seja o mais simples - "dar graças a Ele". Quão simples! Quão eloquente! Não se relata que ele usou muitas palavras, ou se e quais escrituras ele citou. Ele fez o que qualquer crente pode fazer. Ele fez o que todos devemos fazer. Percebo uma tristeza na pergunta do Senhor: onde estão os novel

Devemos encorajar a simples, ordeira expressão de um coração agradecido. Alegraria o Salvador e exalaria nova vida no ajuntamento de muitas igrejas. Não sejamos contados entre os "nove"!

Sandy Jack Precious Seed,

Maio 2017 Trad EFC

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DEUS REINA SOBRE AS NAÇÕES,,, (SI 47:8)

Enquanto este editorial está sendo escrito, os ventos de mudança estão soprando poderosamente sobre as nações do mundo. Eles sempre fazem assim, mas talvez nunca tenha sido tão verdadeiro que ... os perversos são como o mar agitado, que não se pode aquietar, cujas águas lançam de si lama e lodo. Para os perversos, diz o meu Deus, não há paz (Is 57:20-21). Por todo o mundo, nações estão em movimento, fronteiras mudam, grandes poderes disputam influência, e a taxa de miséria humana, sofrimento e lágrimas aumenta inexoravelmente. No Extremo Oriente, a China despertou de muitos séculos de sono, e antigas reinvindicações territoriais ameaçam agora a estabilidade de toda a região. No Oriente Médio , milhões de refugiados estão em movimento e a crise siria se toma de maneira crescente uma guerra por procuração entre Rússia e Ocidente. Nas Américas, turbulências causadas pelas grandes desigualdades sociais ameaçam muitos govemos no sul, enquanto no norte, o efeito numa grande nação de sua indiscriminada rejeição a Deus e Sua Palavra é trágico.

No Reino Unido, e por todo o continente europeu, o vento é frio, e o céu está se tomando mais escuro, com o aumento da instabilidade política, social e financeira. O tempo de debate e a campanha eleitoral para a chegada do referendo sobre a permanência da Grã-Bretanha como membro da Comunidade Europeia está se tornando mais e mais frenético, na quinta 23 de junho (2016),

o povo britânico fará uma decisão de amplas consequências.

A Palavra de Deus diz-nos que a sorte se lança no regaço, mas do SENHOR procede toda decisão (Pv 16:33). Você crê nisso? Nossas almas estão verdadeiramente tranquilas quando lemos que nos céus, estabeleceu o SENHOR o seu trono, e o seu reino domina sobre tudo (SI 103:19)? O Deus que levantou poderosos impérios no passado, e os homens que os governaram, não mudou, nem pode mudar. Quer a Grã-Bretanha permaneça ou não na União Europeia, isso não será decidido por uma eleição, nem por seus políticos:... o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens; e o dá a quem quer e até ao mais humilde dos homens constitui sobre eles (Dn 4:17). Com gratidão descansamos no mfinito poder do eterno Deus que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade... (Ef 1:11).

Nossa confiança de que Deus ainda está no trono não deveria, entretanto, tornar-nos complacentes. Quando momentos críticos surgem na história das nações, há duas responsabilidades particulares que recaem sobre nós como povo de Deus. A primeira diz respeito à nossa própria estabilidade: Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as

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coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade; que chamo a ave de rapina desde o Oriente e de uma terra longínqua, o homem do meu conselho. Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei (Is 46:9-11). Quanta confiança, quanta estabilidade as Escrituras proporcionam! Se nossa primeira responsabilidade é descansar no soberano propósito de Deus, a segunda é observar a parte que nós devemos representar no sistema político. Como cristãos,... nossa pátria está nos céus... (Fp 3:20), então não somos qualificados para participar do processo democrático deste mundo que ignora a Deus. Mas o que podemos, e

devemos, fazer é atender as palavras de Paulo a Timóteo: Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranquila e mansa, com toda piedade e respeito (P Tm 2:1-2). Em momentos tão turbulentos quanto este, precisamos passar mais tempo com nossas Bíblias, pois sua palavra é a verdade (Jo 17:17), e mais tempo em oração,/JOW isto é bom e aceitável diante de Deus... (P Tm 2:3).

Phil Coulson

Believer's Magazine, jun 2016

Trad: EFC

A SENDA DO CRISTÃO Publicação trimestral cristã, sem fins lucrativos e mantida por ofertas voluntárias.

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Bradesco: Ag. 1500-8 - C/C 006478-5 - Favor enviar cópia do depósito por e-mail; cx postal ou uma foto por whatsapp (16) 99998-4714 (da

filha, Margaret) indicando que pessoa ou igreja enviou.

Para orientação das igrejas e dos irmãos, o custo de cada exemplar de A Senda do Cristão é de RS 0,80.

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A VroLÊMCIA ASSUSTA - JESUS TRANSFORMA

Vivemos dias onde o medo é espalliado por toda a parte. Cenas de violência como espancamentos são noticiadas pela televisão e espalhadas nas redes sociais. Agridem com pedaços de paus ou ferros sem quaisquer constrangimentos, e muitos persistem após matarem suas vitimas. Não esboçam qualquer piedade. A naturalidade de tais atos é assombrosa, pois muitos depois dormem um sono tranquilo como se nada tivessem feito.

Uma das lições deixadas por Jesus foi sobre o amor. Ressaltou a importância de amar a Deus, sem esquecerem de amar ao próximo como alguém ama a si. E para elucidar bem sua lição contou a parábola do bom Samaritano descrita no Evangelho de Lucas (10:30-37)

E impossível amar ao próximo sem primeiro amar a Deus, pois seu amor desce ao coração onde é espalhado, e extravasa sobre todos os que nos cercam.

Portanto, a violência que tanto nos entristece, parte de corações secos do amor a Deus. O apóstolo Paulo escrevendo aos cristãos de Roma, enfatiza: "não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus; sua garganta é um sepulcro aberto, com suas línguas tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo de seus lábios, cuja boca está cheia de maldição e amargura, e seus pés são ligeiros para derramar sangue" (Rm 1:18-32).

Jesus Cristo veio ao mundo para

mudar este quadro de dor e miséria, e transformar o coração do pecador, que é um ser sem afeição, para um coração como o coração do Salvador, cheio de compaixão.

Enquanto o ser humano não for transformado pelo Evangelho, "que é o poder de Deus para salvação de todo o que crê", suas atitudes e agressividades serão as mesmas e sempre piores. Não há instituições humanas, por mais respeitadas que sejam capazes de mudar o coração.

Quando o amor de Deus for derramado nos corações daqueles que crerem em Jesus, não existirão mais agressores, mas, sim, homens e mulheres dispostos a curar as feridas dos que sofrem, tal como Jesus contou na parábola do bom samaritano: "e aproximando-se, atou-Ihe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; e pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele".

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz ©

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eiMOS E CAHTICOS A 18̂ Edição do hinário "Hinos e

Cânticos" já está disponível na Livraria Evangélica Reviver, localizada na Rua Jesuíno de Arruda, s/n - Loja 1 -Mercado Municipal - Cep 13.560-642 - São Carlos - SP - Telefones (16) 33721996 e 3371-5016.

Sugerimos aos irmãos e igrejas adquirirem o hinário, em substituição ao anterior, pois evitará confusão na hora do louvor, pois alguns hinos foram modificados.

Agradecemos mais uma vez ao nosso Deus por mais este avanço que por certo redundará em Seu louvor, e edificação do Seu povo.

A Comissão do hinário.

EMÁmO "HINOS E

ga EBIÇÃQ

Estamos interessados na doação de um HINÁRIO COM MÚSICA - 2' Edição em bom estado.

Caso algum irmão tenha este exemplar, e deseja doá-lo para a Associação Cristã Editora, o mesmo será bem-vindo, pois o mesmo completará nossa biblioteca, com todos os hinários de música.

A doação poderá ser feita para o Sr. James Crawford, Caixa Postal 19 - Cep 14600-970 - São Joaquim da Barra -SR

A Comissão do hinário.

HOLDEN (1828 - 1886) - Terceira Parte

Em 8 de julho de 1871 o sr. Richard Holden partiu para a Inglaterra., No fim de setembro foi a Dusseldorf, Alemanha, visitar uma de suas irmãs, casada, que lá residia, e em um domingo foram se reunir em uma assembleia dos "irmãos", em Barmene Eberfeld, e disse haver gostado muito.

Emjulho de 1871, com a saldado sr. Holden do Rio, sr. José Maria Martins de Carvalho, que já era auxiliar do sr. Holden, ficou tomando conta do Depósito de Bíblias da Sociedade Bíblica Britânica no Rio, e, em março de 1872 assumiu a super intendência das atividades da referida Sociedade, no Brasil, cargo que ocupou durante sete anos (até 1879), quando mudou-se para Portugal. Durante este período houve um grande aumento no movimento

de vendas de Bíbl ias e no empreendimento missionário.

Em 6 de agosto de 1871 o Rev. Holden escreveu à Igreja Evangélica Fluminense, dando notícias da sua participação, nesse dia, da celebração da Ceia do Senhor na igreja em que Spurgeon era pastor, quando perto de 3.000 irmãos e irmãs participaram do partir do pão. Faz uma exortação aos irmãos no Brasil acerca do significado da Ceia, e continua: "Aquele espetáculo acendeu em mim o desejo ardente de ver, no Rio de Janeiro, um movimento semelhante... Ele é poderoso para fazer todas as coisas mais abundantemente do que pedimos ou entendemos". Ef 3.20.

Em 14 de novembro de 1871 Holden escreveu ao Dr. Kalley comunicando-Ihe que dera ciência à Sociedade

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Bíblica Britânica de que pretendia deixar a Agência desta Sociedade no Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo procurava uma pessoa que o substituísse. Referiu-se também ao sucesso que havia coroado os esforços feitos pelo colportor Viana para a evangelização de Pernambuco.

Em 31 de dezembro de 1871 o Sr. Holden, em-casa de seus pais em Homelands, perto de Large, Fifeshire, condado ao norte de Edimburgo, Escócia, sentado à sua secretária, escreveu as razões, pró e contra a possibilidade de continuar a cooperar na Igreja Fluminense:

"As razões que impedem a minha volta à Igreja Evangélica Fluminense são:

1°) Que eu não estou de tal maneira convencido de que o sistema eclesiástico, adotado pela Igreja Evangélica Fluminense, esteja de acordo com a vontade de Deus, que justifique a minha resolução de aceitá-lo e permanecer definitivamente.

2°) Não há entre mim e o Dr. Kalley uma tão perfeita UNIDADE DE VISTAS, no modo de entender as doutrinas do Cristianismo, que justifique o seu propósito de dirigir-me, ou a minha disposição de trabalhar sob o seu controle.

3°) Não é lícito esperar bênção alguma de um ministério que não esteja baseado NA FÉ; e eu não poderia presentemente voltar ao Rio, na fé firme de que estava sendo conduzido àquele posto por Deus mesmo e de que era da Sua vontade que eu reassumisse as responsabilidades daí decorrentes. EM VISTA DESSAS CONSIDERAÇÕES, decidi esta noite, DIANTE DE DEUS, RESIGNAR MEU PASTORADO na Igreja Evangélica Fluminense e, AO MESMO TEMPO, o serviço da Sociedade Bíblica Britânica no Brasil; e queira Deus manifes-

tar-me, quando Lhe aprouver, o que ELE tenha, depois, para eu fazer!"

As dificuldades para o sr. Holden eram: não estar disposto a ser dirigido pelo Dr. Kalley e as divergências doutrinárias entre eles. A seguir o Sr. Holden escreveu ao Dr. Kalley e à Igreja Fluminense comunicando esta decisão e as razões desta decisão. Escreveu também ao Sr. Carvalho, que ficara encarregado do Depósito da Sociedade Bíblica no Rio comunicando sua decisão de deixar a Sociedade. Tanto a carta para o Dr. Kalley como a dirigida à Igreja foram endereçadas para o Dr. Kalley.

Em 6 de fevereiro o Dr. Kalley encaminhou a carta de Holden para a Igreja, acompanhada de uma carta sua, na qual relata o seu trabalho em procura de uma pessoa para ajudá-lo no cuidado da Igreja, quando esteve bastante doente em 1862, e nos entendimentos que manteve com sr. Holden, que culminaram com a mudança deste para o Rio de Janeiro. Na carta o Dr. Kalley transcreveu o seguinte trecho da carta enviada a ele por Holden, referindo-se à sua mudança para o Rio:

Não duvido de que fui guiado pela Providência para ali; mas, a princípio, fui guiado mais como observador, do que com a convicção decidida de que fui mandado para permanecer ali. Por ora, sinto como uma ordem de Deus, estar parado. Não poderia por ora, voltar ao Rio, na fé de que fui guiado por Deus".

Na sua carta à Igreja Dr. Kalley explicou:

"Ele sempre me escreveu com amizade e franqueza, e eu sempre lhe respondi com iguais sentimentos. Não posso, porém, persuadi-lo a voltar, enquanto não mudarem as circunstâncias atuais, e enquanto não puder voltar, na fé de que é guiado por Deus. Creio que foi pela bondade do Salvador, e em resposta às

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orações que o sr. Holden veio estar e ficou entre nós, por tanto tempo".

Quando os membros da Igreja Evangélica Fluminense souberam da resolução do Sr. Holden de não voltar para o Rio, inúmeras foram as manifestações de pesar e tristeza por parte de muitos deles.

Nessa ocasião, em carta ao sr. João dos Santos, assim se expressou Dr. Kalley:

"Julgo que seria muito conveniente que a Igreja lhe manifestasse muita gratidão por tão grande e tão prolongado serviço (além de pouco recompensado), e que todos nós rogássemos ao Cabeça de toda a Igreja que remova todos os justos impedimentos, que detêm o sr. Holden, e o traga ao meio de nós para ser -mais do que até agora tem sido - uma grande bênção para todo o Seu povo! Eu, de todo o coração, rogo isto a nosso Senhor. Sei que Ele, e, somente Ele, o pode fazer; Ele sabe o que nos é necessário... Convém pedir-lhe com toda a confiança; Ele gosta de ouvir as nossas orações e nos concederá tudo o que nos for proveitoso".

A carta do sr. Holden para a Igreja e a do Dr. Kalley que a acompanhou-só foram lidas à Igreja no domingo, dia 11 de fevereiro, e referindo-se a esta ocasião assim se expressou sr. A. G. de Oliveira, membro da Igreja:

"Ao ler-se a carta do sr. Holden, em todos os semblantes se divisava um profundo pesar, e, em alguns corriam TORRENTES DE LÁGRIMAS. Contudo, à vista da sua declaração, todos concordaram em que ele tinha razão para assim proceder". (LP-III-pág. 253).

Uma apreciação sincera e serena, escrita muito mais tarde, sobre o conceito do sr. Holden na Igreja Flu­

minense é a do sr. João dos Santos que encontramos em "O Cristão", de fevereiro de 1906, escrita quando tudo estava praticamente serenado: "Em 2 de janeiro de 1872, o sr. Holden escreveu, da Inglaterra, resignando o cargo de copastor da Igreja Evangélica Fluminense. Esta notícia ENTRISTECEU, SOBREMODO OS IRMÃOS, pois o sr. Holden era muito estimado por seu zelo, sua dedicação ao serviço de Deus e da Igreja, sendo sempre incansável, e também por sua familiaridade e MODOS AGRADÁVEIS".

Pouco tempo depois da carta que escreveu em 6 de fevereiro, em outra carta, assim se expressou o Dr. Kalley:

"Sinto muito a retirada dele; pois esperava que, quando o GRANDE REI me levasse, entregaria o rebanho aos cuidados de uma pessoa tão bem conhecida e tão amada, como é o sr. Holden; mas, afinal, QUEM tem o maior interesse na Igreja é Jesus..."

Logo depois, sr. Holden escreveu outra carta ao Dr. Kalley, no mesmo sentido da anterior, mas, desta vez com mais firmeza, sobre o passo que ia dar, visto que considerava o seu procedimento perfeitamente correto, e não tinha a menor dúvida de que abraçara a verdadeira doutrina sobre os pontos discutidos — especialmente em relação à LEI e ao SÉTIMO DIA. (LP-111-234).

Por essa ocasião sr. J.H. Spencer, cunhado do Dr. Kalley, escreveu a este, de Nova Zelândia, para onde se mudara, e entre outras coisas informou que havia na cidade onde morava uma assembleia dos "irmãos", com 70 ou 80 membros, da qual faziam parte os parentes da primeira esposa do Dr. Kalley, falecida em Beirute.

.a.! >• A continuar

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