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ANO 4 - Nº 12 TOMIE OHTAKE ANO 4 - Nº 12 UMA HOMENAGEM AOS CEM ANOS DA ARTISTA PLÁSTICA QUE DÁ NOME AO FAMOSO INSTITUTO QUE ILUSTRA ESTA CAPA

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ANO 4 - Nº 12

TomieohTake

AN

O 4

- N

º 12

Uma homenagem aos cem anos da arTisTa plásTica qUe dá nome ao

famoso insTiTUTo qUe ilUsTra esTa capa

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Todas as perspectivas e plantas contidas neste material são meramente ilustrativas, podendo sofrer alteração de cor, formato, textura, posição, acabamento, metragem. A vegetação será entregue conforme

especifi cado no projeto do empreendimento, sendo as suas imagens meramente representações da futura fase adulta das espécies. As especifi cações estão contidas no memorial descritivo. Os instrumentos

posteriores a serem fi rmados pelos clientes prevalecerão sobre quaisquer especifi cações constantes deste material. Projeto legal aprovado sob o nº 24/0900/2013 A. PREO: Pedro Gomes da Cunha – CREA: RJ

162545-D. PRPA: Afonso Kuenerz CREA 43397-D. O empreendimento só será comercializado após o registro do Memorial de Incorporação no Cartório de Registro de Imóveis na forma da Lei nº 4.591/64.

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CRECI/1195

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E x p e d i t e n t e

JB Pátria Editora Ltda.

Frederico Pereira

Administrativo: Arno Stupp Engenharia: Henrique Suassuna FernandesFinanceiro: Fernando Roberto Bitu Moreno Produtos / Projetos: Ricardo Costa Carvalho de Gusmão

Regional PE: Múcio Pires de Souto Regional SP: Carlos Roberto Morais Coimbra Regional BA: Luiz Pimentel Regional RJ e DF: Pedro Gomes da Cunha

Jaime BenutteIberê BenutteGabriela S. NascimentoPatricia Torre

Jaime BenutteCarol Boxwell, Carol Neves, Cintia Carneiro, Germana Monte, Natália Di Pietro, Michaella Baratz e Ricardo Leal

Kelly SouzaMatheus Jacob Barreto

Belatrix Ltda.Marcelo PatonSandro Silva

Amanda Sampaio, Manoela Ferreira, Mauro Nakata, Monalisa Vasconcelos e Vanessa Kiyan

Gráfica Santa Marta

Empresa filiada à Associação Nacional dos Editores de Publicações, Anatec.

A Revista PREMIUM QUEIROZ GALVÃO é uma publicação trimestral da JB Pátria Editora Ltda.www.patriaeditora.com.br

Queremos fazer uma revista cada vez melhor para você. Mande seus comentários, sugestões e críticas pelo e.mail [email protected]

Os textos assinados são responsabilidade dos seus autores, que não estão autorizados a falar pela revista.

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Projeto gráfico e arte: Diretor de arte:

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QuEiroz Galvão

PrEmium maGazinE

Editora

4

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ma das inúmeras definições para a palavra arte diz respeito

à habilidade de executar algo prático, de forma consciente

e racional - outra possibilidade designa o talento, a contri-

buição própria da inteligência de um artista.

Podemos, então, dizer que esta edição da revista Premium

está permeada de arte. A começar pela participação do

renomado designer Zanini de Zanine, que indica quais ob-

jetos ele considera mais interessantes no mundo do Design.

Em Brasileiros Ilustres, temos um bate-papo com Antonio Nóbrega, multiartista nascido

em Pernambuco na década de 50, que mostra sua versatilidade por meio do canto, da

dança e da interpretação.

A chamada primeira arte também aparece: a música é tema das matérias sobre os gran-

des musicais estrangeiros que passaram pelo Brasil e de filmes que possuem trilha

sonora inesquecível.

Para coroar esta edição, escrevemos pinceladas sobre a vida e a rotina da artista plástica

japonesa Tomie Ohtake, que fará cem anos em novembro. Tomie é naturalizada brasileira

desde a década de 1960 e, com seu trabalho, ajudou a difundir a arte abstrata por aqui.

E como viver bem também é uma arte, incluímos uma matéria especial sobre cidadania,

com dicas do que podemos fazer para melhorar a convivência urbana.

Espero que aproveitem.

Frederico Pereira

Diretor-presidente

5

E d i t o r i a l

Premium

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e ainda...

Capa: Tomie Othake

Foto: Divulgação

Decore a casa sem sair do sofá: e-commerces de decoração estão cada vez mais populares

Despertar os cinco sentidos em diferentes pessoas é o objetivo dos jardins sensoriais

A pluralidade de Antonio Nóbrega, multiartista seduzido pela cultura popular brasileira

Decor PaisagismoBrasileiros ilustres

12 Top 5

Zanini de Zanine prioriza designers brasileiros ao indicar os cinco objetos que ele mais gosta

8 SpoT

Poltronas assinadas por designers renomados e objetos com material bem trabalhado

20 ArTe ConTemporâneA

A admiração de

profissionais da arquitetura

e do design pelas

cidades que colaboram

com seus trabalhos

24 Luxo

Carlos Ferreirinha, especialista no marketing para a classe A, fala sobre o desejo de consumo

S u m á r i o

6

44 GuiA do viAjAnTe

Especialistas ensinam a montar a mala de forma prática e com itens básicos

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7Premium

52 GourmeT

Aniversários pelo mundo: nativos de diferentes países contam o que costumam beber e comer na data

56 Bem viver

Você é um cidadão exemplar? Veja como melhorar o convívio coletivo em grandes cidades

62 Queiroz GALvão

Empreendimentos de alto-padrão e da linha Slim da construtora

são lançados

em cinco cidades

74 ArT CinemA

Trilha sonora para cinema exige um conjunto de ações para ficar na memória dos espectadores

78 ArT CuLTurA

O Brasil no circuito dos grandes musicais: célebres peças internacionais que chegaram aos palcos brasileiros

82 HABiTAr

Estamos descobrindo os prazeres de partir. O que, graciosa e gratuitamente, nos devolve a aconchegante sensação de voltar

36 40Coimbra democrática: agrada casais, jovens animados, amantes de história e do paladar adocicado

DestinocaPa

58Conheça cinco dos 12 estádios brasileiros que sediarão jogos na Copa do Mundo de 2014

arquitetura

A vida dela renderia infinitas conversas, mas foi necessário resumir em apenas uma matéria: confira pinceladas dos cem anos de vida de Tomie Ohtake

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S p o t

OctOgenária A poltrona Cité foi criada em 1930 em uma competição

para equipar a residência estudantil da Cité Universitaire

de Nancy e, oito décadas depois, ainda tem ares

modernos. É uma das obras-primas do início da carreira

do designer francês Jean Prouvé. O próprio teve uma

dessas poltronas na sala de sua casa. A peça é formada

por uma moldura de chapa de aço, encosto e assento

de tecido ou couro, e tem 83 centímetros de altura, 68

de largura e 95 de profundidade. À venda na Riccó.

Preço sob consulta.

raiz de açOFamoso desde os anos 90 por

trabalhar com grandes marcas,

como Louis Vuitton, Apple,

Nike e Bic, o celebrado designer

francês Ora-Ïto se uniu à marca

Christofle para criar itens para

o lar. O resultado é a coleção

Arborescence, que contempla

diferentes itens para a casa, como

mesa, candelabro e pedestal. Prima

pela elegância e harmonia dos

objetos, que formam uma bonita

composição no ambiente. À venda

na Christofle. Preço sob consulta.

PeçaS únicaS Os produtos da Dinosaur Designs, empresa

australiana na vanguarda criativa desde 1985,

costumam intrigar, seja pela beleza, seja pela

inovação. No caso dos novos produtos da marca,

as duas coisas: uma coleção de vasos que mistura

resinas e se caracteriza por linhas irregulares e

suaves impressões de dedos – o que os torna

peças únicas. A coleção tem a direção artística

assinada por Louise Olsen e Stephen Ormandy. À

venda na Benedixt. Preço sob consulta.

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abraSileiradOO italiano Paolo Ullian criou o banco Row pensando nos brasileiros e na

concepção que o designer tem deles: um povo otimista, que sempre

agrega pessoas e valores novos, e acolhe quem pode e não pode.

Assim, a peça foi feita para ser maleável, que pode se

alongar e encurtar dependendo

da necessidade, e que acolhe

cada vez mais gente à medida

que é esticado. A peça até

rendeu ao designer uma

menção honrosa no prêmio

italiano Compasso d’Oro, que

tem grande autoridade no país.

À venda na A Lot Of. Preço sob

consulta.

Premium

Para VOar MaS POde SentarO banco Bird é um exercício para a imaginação: a peça é plana e rígida em seu

centro, mas à medida que se chega às suas extremidades, o visual minimalista dá

lugar ao caótico. Essa transição gradual nos remete à busca pela liberdade, aos voos

da imaginação – daí o nome da peça, “pássaro”. Projetada pelo paranaense Henrique

Serbena. À venda na A Lot Of. Preço sob consulta.

reinVençãOO sofá K2, do designer italiano Alessandro Mendini, é

uma nova interpretação do sofá Kandissi (1979), feito

pelo mesmo autor, mas concebido com formas diferen-

tes. O K2 tem revestimento contemporâneo, de laca,

e utiliza madeira amazônica e polietileno. Somados às

cores e formas, resultam num sofá moderno, chama-

tivo e belo. À venda na A Lot Of. Preço sob consulta.

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S p o t

charleS eaMeS MiriM Referência no mundo do design, o casal Charles e Ray

Eames deixou um legado criativo que, felizmente, parece

não ter fim. A Mesa Torre Infantil é a versão kids da Mesa

do Casal, projetada pela dupla. Simples, a peça tem

base de inox e tampo de madeira, com acabamento de

fórmica. São 60 centímetros de diâmetro e 49 de altura.

O tampo tem como opções de cor o azul, o amarelo e o

rosa. À venda na Le Design. Preço sob consulta.

bibliOteca MóVelA biblioteca Matt promete tardes

e tardes de estudo. A peça tem

um recorte circular acolchoado,

desenhado para acolher em seu

interior uma criança de forma

confortável em seus momentos de

leitura e lição de casa. Ao redor do

círculo, há espaços que servem

como estante, onde é possível

guardar os livros que a criança lerá.

Além de útil, a peça tem um visual

clean, feita de MDF na cor branca – a

cor da moldura pode variar. À venda

na Bododo. Preço sob consulta.

VruMM...Para as crianças que adoram automobilismo – ou

os pais que dão um empurrãozinho -, as pratelei-

ras em alusão a carros podem agradar. São para-

choques de autos clássicos para lá de estilosos,

como o Shelby (foto), que emolduram tábuas e tra-

zem diversão para o quarto dos pequenos; e, além

disso, brinca com a imaginação da criançada. À

venda na Hits Kids’n’Teens. Preço: R$ 858,00.

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Móbile VerdeA peça Assanga foi produzida artesanalmente pelos designers Alessandra

Clark e Nuno FS. O nome da peça veio do tupi-guarani e significa

“rechonchudo”. Com 13 centímetros de altura, serve para o cultivo de

plantas que não precisam estar fincadas no solo para se desenvolver, como

as orquídeas, já que esta espécie tem raízes aéreas. O material utilizado

pode variar, o que influi no preço: laminado de bambu (R$ 450,00) ou de

compensado naval (R$ 250,00). Elástico de cor vermelha e manta de PVC

arrematam o visual leve da peça. À venda na Mameluca.

SerPenteEm formato de ondas, a Wiggle Stool (1972), alcança uma façanha: a de parecer

delicada e simples, mas ter firmeza. Papelão ondulado e longarinas feitas de

compensado, natural ou laçado compõem a banqueta. A peça, da série de

móveis Edges Easy, do designer Frank Gehry, lembra um pouco assentos

africanos. Pela simplicidade e elegância do design, pode ser posta em todo tipo

de ambiente. À venda na Riccó. Preço sob consulta.

retrôO bom e velho vinil é a matéria-prima destes produtos.

Ele é repensado de diferentes modos e funções,

que vão desde o relógio ao peso de livro para estante,

em peças divertidas e inovadoras. Porta-livro (R$ 64,90,

na foto), relógio de parede, porta-copo e kit pizza são

algumas sugestões de produtos com a temática.

À venda na Imaginarium.

Janela SeM VentOFeita de ferro com acabamento de verniz, esta

escultura artesanal faz alusão a uma janela com

galhos de árvore e pássaros pousados. Outros

objetos podem ser integrados à peça, como velas.

Uma forma simples e lúdica de trazer charme ao

ambiente. Está à venda na Ilumi Design, loja que

só trabalha com designers e produtos brasileiros.

Preço sob consulta.

Premium 11

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e sua jovialidade inspiradora

12

T o p 5

Zanini de Zanine Com 34 de idade e dez de car-

reira, o designer Zanini de Zani-

ne já venceu prêmios importan-

tes na área na qual atua, como

IF Awards Hannover (Alemanha),

em 2012, e Museu da Casa Bra-

sileira, o mais tradicional do Bra-

sil, em 2010. Formado em Dese-

nho Industrial pela PUC-Rio, foi

namoradeira, josé Zanine Caldas (Brasil)“Por ser simples, sofisticada e com

grande brasilidade. Foi a peça que

despertou meu olhar para o design.”

O designer cariOca que despOnta nO cenáriO naciOnal

cOmO um dOs prOfissiOnais mais significantes de sua geraçãO

Poltrona Moeda

estagiário no estúdio do ícone Sergio Rodrigues e já expôs peças em

cidades como Nova Iorque, Milão e Londres.

Filho de José Zanine Caldas, chamado de “mestre da madeira”, ele herdou

do pai o amor pelo material, e, em 2003, passou a produzir móveis de

madeira maciça, com peças de demolição. “O interesse surgiu no começo

da minha adolescência, vendo meu pai desenhar”, conta. Materiais indus-

trializados passaram a fazer parte de sua produção em 2005 e, desde en-

tão, ele mostra que gosta mesmo de inovar, como na criação da poltrona

Moeda, feita com chapas de moedas de dez centavos usadas pela Casa

da Moeda. A pedido da revista Premium, Zanini de Zanine topou apontar

quais são as cinco peças de design das quais ele mais gosta. Confira!

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13Premium

esTanTe, marC newson (ausTrália) Peças de materiais e aparência high-tech ou

inusitada são marcas de Marc Newson. Esta

estante de mármore e formato orgânico chamou

a atenção de Zanini “pela textura criada e pela

complexidade da produção”, diz.

venTilador, maarTen Baas (alemanha) Peça à qual pouca gente presta atenção, um ventilador ganhou formas inusitadas por meio do

trabalho de Baas. Zanine define a obra com uma palavra: “organicidade”.

polTrona mole, sergio rodrigues (Brasil) “É imponente e confortável, e aplica materiais

bem típicos do nosso país.”

polTrona Favela, irmãos Campana (Brasil) “Tem um rico resultado de textura.” Feita de

madeira, foi elaborada em 1991 e é fabricada

pela italiana Edra.

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ElE canta,

dança, toca,

cria E rEinvEnta:

antonio nóbrEga

E sua pluralidadE

artística

muito prazer

14

um brincante,

b r a s i l e i r o s i l u s t r e s

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le não aparece em programas dominicais, não es-

tampa capas de revistas de celebridades, tampouco

sua vida pessoal poderia render manchetes em veículos

sensacionalistas. Estudou em colégios tradicionais,

fez escola de idiomas, foi neto de intelectual e filho de médico.

Mistura de um cearense com uma paulista, nasceu pernambu-

cano. Tem dois filhos, de 29 e 25 anos, frutos do casamento de

três décadas. O que poderia ser o resumo da vida de muitos

brasileiros da classe média alta, no caso dele é apenas o come-

ço da história.

Ele, instrumentista, dançarino e pesquisador, iniciou sua traje-

tória musical aos oito anos, tocando música clássica no violino.

Mas foi seu encontro com a cultura de raiz, por meio de Ariano

Suassuna, que mostrou os elementos que o inspiram a criar

seus mais de 20 espetáculos de música, teatro, dança e aula

espetáculo – que mistura números de dança com uma conversa

sobre o que apresenta.

Ele, Antonio Nóbrega, mergulhou no universo da cultura brasilei-

ra em meados da década de 70, para estudar as manifestações

e os artistas populares. Aprendeu cantorias, toques, danças e o

modo de representar dos brincantes e folgazões. A partir disso

criou um estilo próprio de conceber arte, apresentado em suas

obras.

Seus 40 anos de trabalho também resultaram na idealização

do Instituto Brincante, um local de cursos, oficinas, mostras e

encontros, que dirige junto com sua mulher, Rosane Almeida;

além da Companhia Antonio Nóbrega de Dança, ambos em São

Paulo. Para 2013 está previsto o lançamento do filme Brincante,

uma viagem por sua obra, em um misto de ficção e documen-

tário.

O multiartista, como é conhecido, transformou o gosto pelo fol-

clore brasileiro em seu alimento profissional. Influenciou a car-

reira dos filhos. Mas ainda corre à margem da chamada “grande

mídia”: “A imprensa brasileira não mostra a diversidade cultural

do país”, diz.

Quais são seus projetos atuais? Como está a produção do

filme Brincante?

Dar continuidade à companhia por meio de espetáculos e con-

cluir o filme. Estamos fazendo esforços para que o Brincante

saia este ano. Na verdade, há três anos cultivo estes projetos,

além da Ocupação Nóbrega [mostra que ocorreu em São Paulo

e apresentou ao público os processos criativos do artista e um

pouco da história dele]. No caminho, surgiu um quarto proje-

15Premium

Foto

: Ric

her

Alla

n

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b r a s i l e i r o s i l u s t r e s

to, o Lua [espetáculo musical] dedicado a Luiz

Gonzaga. O patrocínio da Companhia de Dança

termina em breve e não sei o que vai acontecer. É

um espetáculo que depende de um conjunto de

pessoas para funcionar, são 13 bailarinos. Estou

pensando em caminhos para trilhar. E tenho uma

nova rodada de trabalho, que é escrever sobre

a minha experiência com a dança, a codificação

que eu faço, essa procura, investigação em torno

da linguagem brasileira de dança.

Como você decide os componentes do seu

próximo show?

O coração que manda, mas pretendo focar na

música nas próximas performances. Tenho duas

ideias de show musical: um de canções autorais,

absolutamente originais, e outro dedicado a mú-

sicas de Caymmi [Dorival Caymmi, cantor e com-

positor].

Por que homenagear Gonzaga e Caymmi?

São dois compositores com os quais eu me iden-

tifico muito. Eles têm um conjunto de obras muito

diversificado, com frevos e baiões, por exemplo.

E isso tem a ver com o meu trabalho, com meu

gosto. Nas minhas performances, já canto Caym-

mi aqui e acolá. E, em 2014, será o centenário

de nascimento dele, por isso pensei em fazer a

homenagem e, ao mesmo tempo, me dar o pra-

zer de cantar músicas deles. O projeto com novas

canções pode ficar para depois, já que pretendo

curtir vagarosamente, degustar cada canção ao

máximo.

Como se deu a sua parceria com Walter Car-

valho, um nome de peso?

Trabalhamos juntos em um especial para a TV

Globo, uns 15 anos atrás, por aí. Surgiu uma em-

patia muito grande e celebramos isso por meio de

sucessivos trabalhos em conjunto. O filme Brin-

cante coroa essa trajetória de parceria.

Você acha que falta qualidade para os músi-

cos brasileiros?

Não. Temos muitos músicos bons. Talvez a gente

não conheça todos, mas eles existem, sim.

Quando se deu seu encontro com a rabeca?

Comecei aos oito anos, com o violino. A rabeca,

na verdade, é um nome popular para o violino.

Uma espécie de violino rústico. Quem me apre-

sentou foi o Ariano Suassuna, que me convidou

para integrar o grupo Quinteto Armorial. Mas, na

verdade, eu sempre toquei o violino – a rabeca,

por ser um instrumento rústico, não dá para tocar

com facilidade.

Você já disse que todo brasileiro deveria car-

regar consigo um pandeiro. Por quê?

Somos um povo musical, dotados de música. E o

pandeiro é um instrumento fácil de tocar, de brin-

car com os ritmos. Seria algo prazeroso e bom

para batucar quando estivermos com raiva. Além

de não fazer tanto barulho quanto o tambor, por

exemplo.

Quem é o seu público atualmente? Você tem

influências populares, mas ao mesmo tempo

o seu trabalho não é conhecido pela grande

massa.

Heterogêneo. Nas apresentações feitas no Audi-

tório do Ibirapuera [em maio, em São Paulo], vi

crianças, jovens e idosos. E não é só etariamente

falando, mas também é um público socialmente

diversificado, com rendas socioeconômicas varia-

das. Já havia feito apresentações no CEU [Centro

Educacional Unificado, complexo caracterizado

como espaço público educacional, esportivo e

cultural, em São Paulo] e tive uma recepção ca-

lorosa de pessoas com renda baixa. Meu show

atende ao gosto erudito e ao popular.

O fato de o seu trabalho não estar nos gran-

des meios de comunicação é por que você

não tem interesse ou não tem público para

isso? Por que você não vai para a televisão,

por exemplo?

De fato, meu trabalho não aparece em programas

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“tive de sair do meu universo para entrar no do outro”

17Premium

como o do Faustão ou do Gugu, por exemplo.

Mas existem programas de grande audiência nos

quais eu gostaria de me apresentar. O do Sergi-

nho Groisman [Altas Horas, misto de entreteni-

mento e jornalismo], por exemplo. Mas ele não

me deu trela, parece não me querer no programa

dele [risos]. Mas eu não iria em programas em

que eu teria de condicionar a minha apresentação

ao ibope, como ter de encerrar a minha participa-

ção porque a audiência caiu.

Você acha que a imprensa brasileira mostra a

diversidade cultural do país?

Não mostra. Está atrelada ao senso comum mi-

diático, o mainstream. A imprensa se tornou uma

entidade corporativa, oligopólios. Quase cartéis.

Você refuta o título de artista popular, embora

tenha como referência a cultura popular...

Refuto completamente. O artista popular que

conheço é aquele que nasceu dentro do univer-

so que ele pratica. Nasci dentro de uma classe

economicamente privilegiada, mas culturalmente

desprovido desse universo cultural que trabalho.

Tive de estudar, sair do meu universo para entrar

no do outro.

Você se considera um multiartista? Este título

também te incomoda?

É um termo meio invocado, mas pode pôr. Deixa

para lá [risos]. Acho que é um termo meio pre-

sunçoso, grandiloquente. Mas não encontro ou-

tro, então, deixa para lá. Pode ser esse, mesmo.

Como você exprime seu temperamento musi-

cal?

Não tenho domínio... Inspiração é algo abstrato.

Tenho uma visão física e espiritual. As coisas têm

uma razão, a inspiração não baixa, está na gen-

te. Talvez a gente crie certas situações para que

esse momento venha à tona. Por exemplo: eu sei

que, quando meu corpo está duro para dançar, se

eu fizer um determinado tipo de exercício o meu

corpo solta e posso até compor uma coreografia. Foto

: Wal

ter

Car

valh

o

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b r a s i l e i r o s i l u s t r e s

Você põe o seu corpo em uma situação de criação.

No meu entender, não é mais do que uma figura-

ção neurológica que ocorre em certos momentos.

Os neurônios trazem uma situação emocional e a

gente compõe. Você carrega o patrimônio genético.

Como é sua rotina?

Tenho um estúdio dentro de casa, então pratico

dança quando acordo, um alongamento, vou para

a Companhia e no fim da tarde pratico a dança no-

vamente. Me identifico com algumas técnicas do

pilates, também.

Seu trabalho exige cuidados com a alimenta-

ção...

Bastante. Sou absolutamente careta nesse senti-

do. Meu trabalho me cobra rigor. Tenho 61 anos,

preciso seguir uma disciplina para que a máquina

continue a trabalhar bem.

Você é religioso?

Não, não tenho credo. Tenho uma briga entre a

“finitude” e a “infinitude”, e ainda não tomei par-

tido nem para um lado, nem para o outro. O dia

que eu souber de um deus que seja macho e

“o entretenimento dificulta o discernimento do que é importante”

Foto

: Wal

ter

Car

valh

o

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19Premium

fêmea ao mesmo tempo, quem sabe eu me

decida.

Como você passa a admiração pela cultura

brasileira para os seus filhos?

Eles gostam e já se apresentaram comigo.

Quando eram mais novos, passei para eles

esse sabor, esse interesse, colocando na mão

deles um pandeiro. Hoje eles ainda tocam

pandeiro e se beneficiaram das informações.

A Maria Eugenia se dedica à dança e o Gabriel

é publicitário.

Considerando-se que a maior parte da popu-

lação brasileira não tem poder aquisitivo para

estudar música, podemos dizer que ter conhe-

cimento musical é um luxo por aqui?

Não sei se é luxo, mas a cultura popular é tudo me-

nos popular. Quando dou palestras espetáculos e

pergunto a qualquer pessoa sobre o estilo Galope

à beira-mar, ninguém sabe falar a respeito. Mas se

eu falar sobre soneto, que é mais erudito, eles sa-

bem. Algumas informações da cultura popular se

tornam tão eruditas quanto a própria dita erudita.

Infelizmente, não acessamos o suficiente os meios

de comunicação. É preciso ler, estudar, conversar

com pessoas que sabem sobre o assunto.

Que futuro você visualiza para a música popu-

lar?

Eu espero que a partir das medidas tomadas em

relação ao ensino de música nas escolas haja pre-

ocupação em entender a função da música. É en-

tretenimento? Ou é para acordar na gente mecanis-

mos de percepção? O caldeirão rítmico brasileiro

oferece recursos para exercitarmos o lado musical,

mas esta questão deveria ser colocada em um de-

bate, em um fórum. Acho que o Brasil deveria abrir

o debate nas escolas. Um país tão musical, tão rico

de ritmos, deveria discutir melhor nossos projetos

culturais.

Você acha que se a indústria cultural se apode-

rasse das manifestações populares, seria uma

forma de difundir a cultura brasileira ou não se-

ria benéfico, pois poderia distorcer o objetivo

principal, como aconteceu com o Carnaval?

O Rio de Janeiro tem marchinhas carnavalescas,

um bom sinal, pelo que vi pela TV. Pode ser que

traga algum componente cultural interessante. Já

os sambas-enredo eram mais bonitos, hoje estão

vulgarizados. Pernambuco não consegue dinamizar

os ritmos locais, que estão em banho-maria. A gen-

te sabe que, na Bahia, a indústria cultural se apode-

rou do Carnaval, tem o bom e tem o ruim. Fica difícil

passar um diagnóstico. A tendência é, sobretudo,

tirar dinheiro fácil das mãos das pessoas.

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20

A r t e c o n t e m p o r â n e a

destaquesLuiz VieirA

Formado nos Estados Unidos na década de 80, Luiz Vieira soube, desde o início, unir o que aprendeu na fa-culdade à sua paixão pela natureza. Assim tornou-se um respeitado arquiteto paisagista, com obras espalhadas pelo Brasil, principalmente no nordeste, mas também em Portugal e Angola.

Após o curso de arquitetura paisagística, de cinco anos, nos Estados Unidos, terminou o curso de arquitetu-ra e urbanismo na Universidade Federal de Pernambuco, a fim de obter a licença para atuar no Brasil e resolveu traba-lhar exclusivamente na área de arquitetura paisagística, “a arte da intervenção na paisagem”, como ele define.

Entre os projetos, são famosos os seus jardins produzi-dos em grandes resorts. “Tenho muitos trabalhos no ramo de hotelaria e condomínios: tem mais procura, é uma ne-cessidade do mercado”, explica.

Seu paisagismo tem características bem marcantes e alinhadas à preocupação global pela sustentabilidade e a boa interação entre o homem e o meio-ambiente em que vive.

“Buscamos valorizar a vegetação nativa e a paisagem local a exemplo de jardins de areia, na região litorânea. Es-tudamos também os elementos naturais, pois os terrenos mostram potenciais, mas também restrições ambientais.”

Perguntado sobre qual lugar gostaria de modificar por meio do paisagismo, ele responde com a cidade do Re-cife, aonde vive, e onde criaria belas paisagens por meio da integração de sistemas de parques e águas. O proje-to, apesar de ainda não passar de um sonho, seria muito bem-vindo.

“NO REciFE, FARiA Um

SiSTEmA dE PARqUES,

iNTEgRANdO RiOS, RiAchOS E cANAiS

RESULTANdO NUmA RENOVAçãO

URBANA E UmA NOVA ViSãO

dAS ágUAS”

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rogério Menezescom um estilo que ele próprio define como eclé-

tico, Rogério menezes traz na bagagem muitas ins-pirações sempre que faz uma viagem pelo Brasil ou mundo afora. isso o ajuda a compor uma linguagem própria, a partir da mistura de diferentes referên-cias arquitetônicas que encontra e aprecia. Lugares como chicago, Brasília e Barcelona são seus predi-letos. “As viagens fornecem momentos de tranquili-dade para reflexão e imagens para inspiração” diz.

Segundo ele, o ecletismo enriquece seu trabalho e, mesmo existindo um abismo entre o estilo e as datas de fabricação de peças diferentes, quando há semelhanças entre dois produtos, eles podem ser integrados em um mesmo projeto. “A harmonia vai surgir da percepção destes traços e da exploração deles na ambientação”, diz.

com 17 anos de trajetória profissional, o baiano também utiliza a multiplicidade na hora de compor as cores de seus projetos, para que as pessoas per-cebam sua assinatura. Seus trabalhos comerciais, residenciais e promocionais não estão restritos ao estado da Bahia. São Paulo, Rio de Janeiro e Bra-sília também têm mostras de sua criatividade, além de Estados Unidos e Alemanha. “Não há um projeto preferido, todos são lembrados com a mesma satis-fação”, afirma.

E quando se fala em sonhos? O baiano afirma que já concretizou um deles. “Tinha muita vontade de realizar projetos no exterior e já pude concretizá--los”, conclui.

“Em BARcELONA, Vi O PAViLhãO

PROJETAdO POR miES VAN dER

ROhE [PAViLhãO dE BARcELONA]. FOi

iNTRigANTE E UmA gRANdE SATiSFAçãO

PERcEBER qUE AqUELA OBRA dE

TAmANhO ARROJO E SOFiSTicAçãO FOi

idEALizAdA Em 1929”

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A r t e c o n t e m p o r â n e a

JAnAínA LeiboVitch

A então adolescente Janaína Leibovitch gostava de pegar os panfletos de lançamen-tos imobiliários entregues nos faróis de São Paulo quando passeava de carro. O pai, ao volante, ouvia a menina tecer comentários e sugerir melhorias para o projeto exposto no papelzinho.

Ela queria ser veterinária. O pai dizia que ela levaria jeito como arquiteta. A mãe achava que ela se daria bem como publicitária. Re-provada em medicina Veterinária, resolveu se-guir o caminho aconselhado pela mãe, mas, após um semestre de estudos, largou o curso de Publicidade e deu uma chance às reco-mendações do pai: Arquitetura.

Anos mais tarde, a já adulta e arquiteta Janaína desenvolve projetos cada vez mais reconhecidos e, ironia do destino, tem esses trabalhos divulgados em panfletos, já que, além de designers de interiores, a profissional cria decorados. Suas criações despertam ex-pectativas tão grandes nos compradores que é comum o cliente que visitou o decorado re-correr a ela para decorar a casa na hora que pega as chaves do apartamento.

Profissionalmente estabelecida, o sonho de ser veterinária virou hobby: atualmente ela é criadora e tem vários cães em seu canil, na chácara onde mora.

questionada sobre o que seu pai achou do caminho profissional que ela seguiu, Ja-naína responde que ele ficou satisfeito: “Ele gerenciava obras, é administrador e, hoje, ele cuida do departamento financeiro do meu es-critório. E me incentivou desde o início a ser arquiteta”, diz.

“SE EU PUdESSE mUdAR ALgO Em UmA

cidAdE POR mEiO dO mEU TRABALhO,

SERiA VALOR izAR A ENTRAdA PRiNciPAL

dE EmBU dAS ARTES cOm EScULT URAS

E TRABALhOS dOS diFERENTES ART iSTAS

dE Lá,REmETENdO à cULT URA LOcAL”

Foto

: Alex

Pire

s

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M a r k e t i n g d e L u x o ACLAsse

ormado em Administração, Carlos Ferrei-

rinha passou a ter interesse pelo mercado

focado no público de alto poder aquisitivo

quando virou executivo da grife Louis Vuitton

na América do Sul. Antes disso, ele já havia passado

oito anos em uma multinacional, entre trabalhos no ex-

terior e em São Paulo. Atualmente está na área de ne-

gócios de luxo, à frente da empresa MCF Consultoria.

Confira uma entrevista com o especialista a respeito do

mundo dos negócios classe A.

Qual o objetivo do marketing de luxo?

Exercer uma comunicação com o consumidor, que

o leve a perceber produtos e serviços extraordinários

e que geram um diálogo emocional. É preciso emo-

cionar o indivíduo por meio de diversos atributos.

Produtos de luxo são consumidos pela vontade, não

pela necessidade.

Desde que você começou a atuar neste segmento, você

notou alguma mudança no perfil do consumidor?

O consumo brasileiro é [de uma faixa etária] jovem, di-

ferente do que ocorre em outros países. Isso é muito

positivo porque você gera perspectiva de futuro. O pú-

blico é educado a ser consumidor desde cedo, o que

sugere que ele vai consumir por muito tempo. Outra

característica do mercado de luxo brasileiro é a possi-

bilidade de crescimento em diferentes regiões do país.

Algumas grifes possuem divisões de marca: uma linha

O marketing de luxO pOr CarlOs

Ferreirinha, espeCialista nO assuntO

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25Premium

de produção mais exclusiva e cara, e outra mais bási-

ca e ‘menos cara’. Uma espécie de luxo intermediário,

como faz a Armani. O marketing, neste caso, também

é segmentado?

Algumas marcas criam patamares diversos de aces-

sibilidade, e a Armani é um ótimo exemplo, pois ela

dialoga com consumidores de diferentes possibilida-

des financeiras: o que alcança o topo, e pode nave-

gar por todas as categorias da grife, e o que navega

dentro da mesma marca sem acessar o topo. O ma-

rketing, em casos assim, normalmente é específico

[para cada público].

Qual a importância da tradição no mercado de luxo?

De uma forma geral, para ser tradicional, não é neces-

sário ser antigo. Você pode criar um diferencial, pro-

dutos que alcancem o patamar da excepcionalidade.

A tradição é um dos códigos deste mercado. Uma

marca que está começando pode se pautar por ou-

tros elementos e mostrar para que veio, de que forma

veio, qual o diferencial que a destaca, e o que tem de

especial e singular em questão de matéria-prima, mão

de obra ou design, por exemplo. Contar uma história.

Como marcas de luxo famosas conseguem manter a

tradição do status que causa o desejo do consumidor,

ao mesmo tempo em que se reinventam para não ficar

para trás?

Marcas assim mantêm a inovação contínua alterando

lojas, ou trazendo ousadia para seus produtos, por

exemplo. Trazer códigos atuais – como convidar ar-

tistas plásticos e designers contemporâneos para as-

sinar a estampa de uma bolsa clássica. Mesclam o

novo e o antigo, têm fôlego contínuo de surpreender

o cliente. O produto é parte disso.

Quando alguma empresa contrata os seus serviços, em

geral, qual o principal objetivo dela?

São dois: conseguir acessar um cliente naturalmente

de alta renda e impregnar seu serviço ou produto de

forma emocional, para estimular o consumo. E a maior

dificuldade é querer resultados imediatos. O luxo toma

tempo de maturação do mercado. Outros pontos di-

fíceis são: manter a capacidade de investimento fre-

quente e o comprometimento com a qualidade, dizer

• 44,7% dos brasileiros compram artigos de luxo fora do país;

• Entre as empresas do mercado de luxo que fazem divulgação em redes sociais, a maioria utiliza o Facebook (98%), seguido do Twitter (64%);

• A maior parte do público

que consome o luxo está na faixa etária de 25 a 45 anos (57%);

• A divisão de consumo do luxo é quase simétrica: 52% homens e 48% mulheres; deste público, 77% é atraído pelo glamour, pela tradição da marca e pela exclusividade.

Dados divulgados pela pesquisa O Mercado de Luxo no Brasil – ano VI, feita pela MCF Consultoria em parceria com o grupo GFK em 2011

não para caminhos fáceis e trabalhar com códigos que

não estão disponíveis para todo mundo – o que é aces-

sível a todos não é exclusivo, e sim, popular.

O que leva uma empresa a ter sucesso no mercado de

luxo?

Comprometimento com a excelência, sem abrir exce-

ções. Isso não é fácil, nem simples.

O mercado de luxo no Brasil ainda perde para o mer-

cado internacional, ou essa distância está mais tênue?

O Brasil sempre perderá. Não é China, não é Fran-

ça. Dentro da nossa região, nos destacamos como o

principal mercado latino americano, mas não é justo

comparar ao mercado norte-americano, por exemplo.

Quais os próximos desafios do mercado de luxo no

Brasil?

Dialogar com um Brasil eloquente. O luxo não é mais

só São Paulo, embora a cidade ainda seja a grande

locomotiva deste mercado. As marcas precisam dia-

logar com um mundo de possibilidades com as quais

eles não estão acostumados, em regiões onde os ne-

gócios de luxo não são tradicionais.

Para você, o que é luxo?

É o patamar absoluto do excepcional. Produtos e servi-

ços que alcançam o especial em todos os níveis.

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D e c o r

Os produtos que ilustram esta matéria estão à venda nas

lojas virtuais citadas no texto

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E-consumiDorEs

Lojas virtuais investem em Layout atraente,

serviços personaLizados e produtos

criativos para atrair internautas

27Premium

Por Manoela Ferreira.com

ojas online de decoração e design com serviços

diferenciados ganham força, seja pela praticidade,

economia ou benefícios, como simulação de am-

biente mobiliado.

Sites neste estilo configuram o que é chamado e-commerce,

e atraem inclusive profissionais já renomados, como a arqui-

teta Fernanda Marques. Ela aderiu a esse mercado em 2011,

quando se juntou às empresárias Renata Marques Ruhman e

Alessandra Campiglia para lançar a loja virtual SD+Fernanda

Marques, visando se aproximar de seus consumidores e admi-

radores. Com a curadoria da própria Fernanda, os itens à ven-

da seguem o estilo contemporâneo e minimalista da arquiteta.

– Sites são os modelos mais eficientes de divulgação e os mais

modernos e econômicos de vendas. Vendemos muitas peças

de design para todas as regiões, até para cidades que nem

conhecíamos –, conta Fernanda.

Como diferencial, as arquitetas fazem um esboço personaliza-

do do ambiente do cliente. “O internauta pode nos enviar uma

planta da casa e nós enviamos a sugestão de layout utilizando

nossos produtos”, diz Renata Marques Ruhman.

Planejamento que deu frutos

Inicialmente um blog, o Casa de Valentina ganhou repercussão,

cresceu e incorporou ferramentas que auxiliam a navegação.

Atualmente são mais de 130 lojas com 17 mil itens expostos. A

Foto

s: D

ivul

gaçã

o

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28

D e c o r

Alguns sites de decoração mostram o produto nas opções

avulso e ambientado

conhEça outras lojas virtuais quE vEnDEm pro Dutos DE DEcoração

EnjoEio internauta pode comprar ou pôr itens à venda – paga-se uma porcentagem do lucro ao site. www.enjoei.com.br

Foto

s: D

ivul

gaçã

o

DEsmobíliaboa opção para garimpar móveis restaurados e acessórios com estilo vintage.www.desmobilia.com.br

Gift ExprEsstem objetos desenvolvidos por empresas de design da Holanda, inglaterra, Estados Unidos, Canadá e brasil. Quando solicitado, os presentes chegam embalados em um pacote caprichado.www.giftexpress.com.br

mEU móvEl DE maDEiraComeçou em 2006 e segue firme vendendo móveis sustentáveis. tem opção de vale presente.www.meumoveldemadeira.com.br

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29Premium

interação com os internautas fez papel de termômetro ao indi-

car o alcance que o site poderia ter se passasse a comercializar

os objetos que mostrava.

– A área de produtos surgiu da demanda dos leitores, que nos

solicitavam informações, queriam saber onde comprar e quais

os valores. Percebemos, então, que existia uma lacuna no mer-

cado online de objetos de decoração e móveis –, explica Lucila

Zahran Turqueto, partner da marca.

O planejamento foi essencial: para entender o perfil do leitor

com quem interagiam e falar a um público definido, o Casa de

Valentina instalou um programa que mapeia a navegação. “O

retorno que tivemos superou todas as nossas expectativas em

relação ao potencial que enxergávamos no mercado nacional”,

diz Lucila.

Bruno Berezaga, diretor de marketing do Maria Presenteira,

também acredita que a compra feita sem sair de casa é ten-

dência: “Ocorrerá cada vez mais, pois a vida está acelerada e

a rua caótica. É clichê, porém verdadeiro: para o consumidor o

grande diferencial é a comodidade”, opina.

Com segmentos que vão da papelaria a produtos infantis e para

pets, o Maria Presenteira faz sucesso mesmo é com os objetos

decorativos. “Cerca de 60% do faturamento é oriundo de deco-

ração”, afirma Berezaga.

Boom de e-commerce de decoração

Criação recente, desde 2012, o site iBacana também aproveita

a onda de vendas pela internet para oferecer produtos de dife-

rentes segmentos, que vão de biscoitos importados a itens es-

portivos. Para decorar a casa, há estantes, luminárias, canecas,

almofadas, esculturas e enfeites, por exemplo.

Com layout atraente e moderno, o site tem atraído público.

“Nós nos preocupamos com as fotos e o descritivo de cada

item. Já temos uma aceitação excelente pelo pouco tempo de

atuação”, afirma Guilherme Marques da Costa, diretor da em-

presa.

A trajetória do Westwing Home and Living corrobora este pen-

samento: apesar de ter começado a atuar no Brasil somente

em 2011, o site é considerado o primeiro clube de decoração e

design online no Brasil, o que sugere que a guinada do conceito

e-commerce voltado para decoração é atual por aqui.

Presente em mais oito países, o site tem recebido retornos ani-

madores do público brasileiro, o que fez a administração repen-

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D e c o r

sEgurança na compra pEla intErnEt

se livrar de filas na hora das compras parece ótimo, porém, ter uma compra tranquila significa pesquisar se o site é seguro, checar a opinião de outros compradores nas redes sociais e testar o atendimento ao consumidor. para marcos junior, especialista em marketing digital e responsável por casos de e-commerce bem sucedi-dos no país, também é importante “que o cliente ache o

produto sem grandes dificuldades e que o processo de finalização da compra e pagamento seja rápido e com o mínimo de cliques possível”.

Ele alerta para os cuidados que o consumidor deve ter ao optar por comprar pela internet: “não existe um método de verificação 100% eficiente, mas existem vá-rios meios para minimizar o risco. a divulgação de um telefone fixo junto com endereço, o Cnpj e o domínio hospedado no brasil (.br) é um excelente indício. Em geral, no rodapé desses sites costuma haver alguns se-los contendo certificações expedidas por empresas que avaliam a reputação das lojas. Quando clicados, estes

sar sua logística. “Mudamos o centro de distribuição para um

lugar quatro vezes maior que o anterior, com o intuito de me-

lhorar o serviço, como diminuir o prazo de entrega ao cliente”,

diz o CEO da marca no Brasil, Antony Martins.

Além de ficar de olho no prazo de entrega dos produtos, o

consumidor deve prestar atenção a informações como peso,

material e dimensões dos itens, para reduzir a chance de frus-

tração. Pesquisar frequentemente e em diferentes lojas tam-

bém ajuda a achar lançamentos interessantes, já que muitos

sites trabalham com ofertas limitadas em relação a tempo e

quantidade.

Internet possibilita popularizar o conceito de design

O slogan “Design para todos”, da Oppa Design, já indica que

encontrar produtos acessíveis é uma das vantagens de fazer

compras no site da empresa. A gerente de relacionamento

da loja virtual, Ana Carparelli, confirma a ideia: “Não temos os

mesmos custos que as lojas físicas. Produzimos em escala e

não agregamos preços aos produtos por não trabalhar com

intermediários, já que nossas peças são enviadas direto do

produtor para o consumidor final”, explica.

Mas nem tudo é benefício no mercado digital: a Oppa Design

sentiu necessidade de inaugurar showrooms, mesmo após o

sucesso da venda online. “A loja física melhora a experiência

de compra dos clientes, pois é onde eles podem interagir, to-

car, sentir e conhecer melhor os produtos. É a alternativa para

os consumidores que não possuem o hábito da compra digi-

tal”, diz Ana.

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selos devem exibir alguma espécie de certificado con-tendo o nome da loja junto com a empresa que o atesta”.

marco junior afirma que não existe razão para se temer as compras online, uma vez que se o titular do cartão não reconhecer a compra o valor pode ser de-volvido pelo banco emissor integralmente. além disso, muitas lojas virtuais contratam empresas como b-Cash e pagseguro para intermediar as vendas. nesse caso, elas garantem o produto entregue ou seu dinheiro de volta.

o melhor a fazer é ler com cautela as políticas de cada empresa e usufruir dos benefícios da venda

online. a arquiteta fernanda marques, por exemplo, acredita que a nova legislação do e-commerce é muito mais favorável ao consumidor do que ao fornecedor. “a compra pode ser devolvida em até sete dias. para tro-ca de peças, os produtos deverão estar intactos, sem uso e em sua embalagem original. Caso a peça che-gue com alguma avaria, o consumidor deverá recusar o recebimento e negociar uma nova entrega. não deve haver multa para devolução dentro desse período e o dinheiro é devolvido ao cliente. o risco grande é do for-necedor, mas quem ficar fora do e-commerce perderá muito mercado. temos que correr este risco”, conclui.

Alguns sites de decoração mostram o produto nas opções avulso e ambientado

Foto

s: D

ivul

gaçã

o

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ElEs vão além dE uma bEla paisagEm: os Espaços

sEnsoriais dEspErtam sEntidos E também EmoçõEs

JardimPlayground projetado por Katya Francisco para a Casa Cor SP 2013 tem iluminação trabalhada

se ntirpara

p a i s a g i s m o

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se ntir

m lugar lúdico, com cores e sons estimulantes,

cheiros notáveis, texturas diversas e sabores ao

alcance de qualquer um. Onde crianças brin-

cam, e adultos também. Seu usufruto é possível

não só para diferentes idades, mas também para pessoas em

diferentes condições: de cadeirantes a deficientes visuais ou

auditivos.

De acordo com o paisagista Benedito Abbud, o que caracteri-

za os jardins sensoriais é exatamente esta capacidade de ser

percebido a partir dos sentidos do corpo humano no contato

com a natureza: “O paladar e o tato pela textura das plantas;

a audição pela presença da água com seus sons e vegetação

que atrai pássaros, por exemplo; a visão, pelas cores, e o olfato

pelo aroma das plantas”, enumera.

Na hora de compor uma paisagem como esta, é fundamental

trabalhar a organização do espaço para que o visitante tenha

melhor compreensão e estímulo de sentidos. Para que cadei-

rantes possam circular, por exemplo, deve haver distância míni-

ma de 90 centímetros de largura entre os elementos utilizados.

“Esta medida serve para linhas retas. Em curvas, isso varia um

pouco”, informa a paisagista Katya Francisco, responsável pelo

Playground da Casa Cor SP 2013, que utilizou elementos sen-

soriais.

No ambiente, Katya incluiu um piso que simula um tabuleiro

de jogo da velha, e esculturas lúdico-interativas para cadeiran-

tes. Além de labirintos e um espaço cheio de elásticos, onde

o visitante é convidado a atravessar. “São instigantes e desa-

fiantes, obrigando as pessoas a lidarem com o desconhecido

e a descoberta até encontrarem a saída. Num paralelo com a

vida, ensina brincando que primeiro devemos enfrentar o des-

conhecido e trabalhar as dificuldades.

Espaços democráticos

Segundo Abbud, os primeiros jardins foram intencionalmente

feitos para deficientes visuais. Eram canteiros na altura da mão,

para que estas pessoas pudessem, por meio do tato, perce-

ber as diferentes texturas e, ocasionalmente, aromas. “Isso nos

inspirou a ampliar esse conceito, uma vez que o paisagismo

é uma das poucas formas de arte que nos oferecem os cinco

sentidos. Desta maneira, praticamente qualquer jardim pode

ser sensorial. É uma questão de escolha das espécies certas

nos lugares corretos”, diz.

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p a i s a g i s m o

32

A Praça dos Sons (abaixo) projetada por Eduardo Mera para a Casa Kids

2010 ganhou uma versão residencial no playground do

Aquarela Paulistana (ao lado),

empreendimento da QGDI em

São Paulo

Um dos pioneiros em projetos de jardins para deficientes visuais, o Jardim

Sensorial do Jardim Botânico do Rio de Janeiro contempla plantas com ca-

racterísticas medicinais, um pequeno chafariz para estímulo auditivo com es-

pécies aquáticas, placas em braile e pisos direcionais. O número de visitan-

tes não é estimado. Atualmente aguarda uma grande obra que visa reformar

pisos, verificar leis de acessibilidade e revitalizar o espaço como um todo.

– Teve o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, e, em seguida, o Parque Ibira-

puera trouxe esta experiência para São Paulo. Outros também copiaram. Em

alguns locais, estes espaços ficaram totalmente abandonados, pois de al-

guma forma eles eram segregacionistas. Acreditamos que ele deva ser para

todos, de forma mais democrática –, opina Abbud.

Exposto em 2010 no evento Casa Kids (Casa Cor SP), o Jardim dos Sons,

projetado por Eduardo e Beatriz Mera, saiu da mostra direto para o Parque

Ibirapuera, onde tornou-se atração fixa. Na mostra, tubos de PVC de diferen-

tes tamanhos e alumínio formavam brinquedos sonoros, e dividia o espaço

de 350 metros quadrados com um piso em formato de teclas de piano. “A

intenção era dar uso para as sobras dos materiais de construção, princi-

• Paraestimularavisão,avegetaçãodeve ser composta tirando partidoda sua floração intensa, texturasdiferenciadas e principalmente co-resdefolhascontrastantes.Usodemateriaiscomtonsvariadosetam-

VeJa alguns elementos que compõem um Jardim sensorial

Labirinto e espaço de

convivência no Playground de

Katya Francisco

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33Premium

Espaço sensorial do Jardim Botânico do Rio de Janeiro passará por reforma

palmente aos canos de PVC. Tivemos de fazer algumas adaptações para o

parque, como reforçar a estrutura dos brinquedos, já que lá as peças têm

muito mais circulação e uso do que na exposição”, explica Eduardo Mera.

Jardins sensoriais em residênciasO projeto passou ainda por uma terceira adaptação, onde a área sensorial

foi reduzida com relação à inicial, desta vez para compor o playground do

empreendimento localizado no centro de São Paulo Aquarela Paulistana, da

Queiroz Galvão. “Pais e filhos podem se divertir juntos na área dos canos

sonoros. Sabe aquela brincadeira antiga, de passar um barbante entre duas

latas, que ficam em dois extremos e as crianças se comunicam como se

fosse um telefone? É esse o efeito”, explica Mera. A manutenção, segundo

Abbud, se resume à rega e à retirada de ervas daninhas.

Katya Francisco faz coro, mas alerta sobre os gastos gerais do projeto: “É

viável, com certeza, projetar um jardim destes em casa. Serve como o fundo

do quintal, onde é possível almoçar ao ar livre. Mas os gastos com ilumina-

ção trabalhada, piso e grama, por exemplo, são bem caros” diz ela.

bémdomesmomaterialemtamanhosecomposiçõesvariadas;

• Paraoolfato,espéciesdefloresoufo-lhasperfumadas;

• Para o tato, diferentes texturas, tantodasespéciesvegetaisquantodosma-teriaisderevestimento;

• Para o paladar, usode frutíferas, tem-perosechás;

• Paraaaudição,omurmúriodaságuasemfontes,repuxosecascatas.Asfru-tíferasvãotrazerospássarosquecom-porãoatrilhasonoradojardim.

Aroma de canela e esculturas interativas compõem o projeto de Katya

Jardim projetado por Benedito Abbud tem espelho d’água para

massagear os pés

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Prestes a fazer cem anos, a jaPonesa tomie ohtake

tem trajetória de sucesso no restrito cenário de

mulheres no mundo das artes Plásticas abstratas

Dona Tomie

36

Por Kelly Souza

C a p a

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uando era criança, Ricardo Ohtake, filho caçu-

la da artista plástica japonesa Tomie Ohtake,

divertia-se com um costume nipônico muito pe-

culiar: sempre que saía de casa, em São Paulo,

para ir à escola, a mãe ficava no portão esperando que o filho

alcançasse a esquina. Lá chegando, ele deveria virar-se e dar

tchau. Só então ela entrava em casa.

– É um gesto de carinho, feito pela dona da casa a quem

sai –, explica Ricardo, que atendeu à revista Premium e falou

sobre a rotina e os hábitos de dona Tomie.

Hoje em dia, quase oito décadas depois, quando Ricardo se

despede de sua mãe após uma visita, vê o hábito do “tchau-

zinho” perseverar, mesmo após tantos anos de convívio diário

da artista com a cultura brasileira.

A forte presença da cultura oriental na casa de Tomie Ohtake

vai além das tradições. Há 77 anos morando no Brasil – 60

deles dedicado à arte –, ela ainda não consegue falar portu-

guês com fluência. Costuma dizer que se não aprendeu até

agora, não aprenderá mais. Mas isso não é um obstáculo

para a artista plástica, que não precisa de palavras para se

fazer entender. A maior parte de suas obras, por exemplo,

não tem títulos.

O inícioTomie veio ao Brasil no ano em que completou 23 anos de

idade, para visitar um irmão que aqui morava. No ano se-

guinte, casou-se com Ushio Ohtake (colega de seu irmão)

e acabou ficando em São Paulo. O pincel passou a ser seu

instrumento de trabalho somente aos 39 anos, quando um

artista plástico japonês a incentivou. “Ela começou em 1952

e, em 54, já fazia obras abstratas. Deste período em diante,

ela se manteve uma artista abstrata”, diz Ricardo.

Aos quase cem anos, já não faz diferença ela ter iniciado seu

trabalho artístico somente próximo aos 40, já casada e com

os dois filhos – além de Ricardo, ela é mãe de Ruy Ohtake,

ambos arquitetos. Por aqui, Tomie construiu uma carreira

sólida, como poucos artistas nacionais conseguiram, com

trabalhos abstratos que variam entre pinturas, gravuras e es-

culturas, com diferentes fases e composições.

De tanto ser convidada para representar o Brasil em eventos

no exterior, ela naturalizou-se brasileira no final da década de

37Premium

Foto

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Fachada (acima) e interior (ao

lado) do Instituto Tomie Ohtake

Tomie Ohtake entre os filhos Ruy (à esquerda) e Ricardo

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38

C a p a

60, período que coincidiu com a maturação de seu trabalho

originário da pintura abstrata informal. “Ela estava na primeira

linha da arte abstrata. Para o artista, o importante é ser ori-

ginal, e você tem de ser inédito também na forma de ver o

mundo. No caso dela, o abstracionismo”, conta Ricardo.

– O trabalho de Tomie é uma grande contribuição para a arte

brasileira: é coeso, contínuo e variado acerca das possibilida-

des da pintura abstrata não geométrica. Ela tem a rara com-

binação do desejo de superação com a calma e a paciência

–, define Paulo Myiada, curador de arte contemporânea.

As tonalidades de TomieSempre vestida de preto, ela guarda as cores para suas

obras, frequentemente monocromáticas. Para esculturas em

espaços públicos, prefere utilizar o vermelho; se for para es-

paços fechados, o branco. E, quando chegou em Santos,

em São Paulo, vinda do Japão após uma longa jornada de

45 dias em uma viagem de navio, a primeira impressão que

teve do país foi referente a uma cor: achou o Brasil amarelo.

– Trabalhos monocromáticos permitem a transparência, a luz

por trás. E ela quer qualificar um determinado tipo de luz, e

se você colocar muita cor, essa luz desaparece. O uso da

cor não é por gosto, é uma escolha extremamente racional e

objetiva –, explica Ricardo.

Sem título (1988). Água-tinta e

água-forte

Sem título (1961). Óleo sobre tela Painel de tapeçaria feito a convite de Oscar Niemeyer integra o cenário do auditório do Memorial da América Latina, em São Paulo

Sem título (2012). Óleo sobre tela

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39Premium

Filha caçulaNascida em 1913, Tomie foi criada entre as duas grandes

guerras mundiais, como irmã caçula de cinco homens. “A

mãe dela era uma pequenininha enérgica, que tocava a casa.

E a Tomie é mandona, embora não assuma [risos]”, conta

Ricardo, que não chegou a conhecer a avó.

A matriarca morreu em 1951, durante uma visita de Tomie a

sua terra natal, Kyoto. “Elas estavam conversando quando

minha avó teve algo no coração. Provavelmente ela esperou

minha mãe voltar, então, ficou mais tranquila e morreu”, su-

gere Ricardo.

Rotina inclui “almoço de domingo”Tomie acorda por volta das 6h30 e fica na cama por um tem-

po, enquanto faz um pequeno alongamento e organiza o dia

e os pensamentos. Até o ano passado, conta Ricardo, mes-

mo beirando os 99 anos, ela gostava de andar com as pró-

prias pernas. “Independente como ela sempre foi, como iria

andar de cadeiras de rodas? Não usava!”, diz ele. Mas seus

passinhos vagarosos viram mais vantagem na rapidez do

acessório, e a cadeira de rodas passou a fazer parte da rotina

Escultura de aço com 60 toneladas, no Parque do Emissário Submarino, praia José Menino, em Santos, SP (2008)

Escultura de aço, homenagem da artista aos 100 anos da imigração japonesa no Brasil, localizada no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, SP (2008)

Escultura de concreto armado, no Parque de Esculturas do Museu Metropolitano de Arte de Curitiba (1996)

Escultura de aço com 20 toneladas, no Parque Industrial da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, em Araxá, MG (1999)

Foto

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40

C a p a

da artista, que tem também a ajuda de uma “cuidadora”.

Seu dia segue tranquilo, porém ativo: toma banho, toma o

café da manhã e só depois das 9 horas começa a pensar

em trabalho. As telas e maquetes de esculturas são feitas

no ateliê de Tomie, espaço projetado pelo primogênito Ruy

Ohtake na residência da artista, no Campo Belo, bairro

na zona sul de São Paulo. “Todos os dias ela vai ao ate-

liê. Nem sempre ela pinta, mas faz outras coisas ligadas à

arte”, diz Ricardo.

Escultura de concreto

armado feita em comemoração

aos 80 anos de imigração japonesa ao

Brasil, na avenida 23 de Maio, em

São Paulo (1988)

Escultura de aço com 10 metros de altura e 8,5 toneladas no Hotel Blue Tree Alvorada, Brasília (2001)

A arte no Theatro Pedro II, em Ribeirão Preto, SP, foi feita com duas cúpulas de gesso estrutural, uma delas recortada para vazar a luz das lâmpadas afixadas (1996)

Painel com 1.500 metros de ferro pintado, no salão da piscina do Sesc Vila Mariana, em São Paulo (1997)

As Quatro Estações (1991), quatro painéis de pastilhas vitrificadas na estação de metrô Consolação, em São Paulo

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41Premium

Ela finaliza o trabalho por volta das 17 horas, descansa

um pouco e faz uma refeição bem leve. Tomie não faz die-

ta, embora coma pouco durante a semana. O apetite fica

para os domingos, quando os parentes estão todos perto

dela no tradicional almoço familiar, e Tomie acaba “comen-

do um pouquinho com cada um de nós”, conta o caçula.

O cardápio é nacional: embora o idioma português não

esteja cem por cento, o paladar de Tomie foi totalmen-

te adaptado. “Ela conta que adorou comer bife a cavalo

quando chegou ao Brasil. No dia a dia ela só come comida

brasileira”, diz Ricardo.

A mãe Tomie Ohtake

Quando completou 90 anos, Tomie Ohtake pintou em um

quadro uma sequência de noves traços fortes e mais al-

guns bem fracos. Depois dos 90, disse ela, não se sabe

mais quantos anos virão. “A gente acha que vai durar para

sempre”, diz Ricardo, afastando de si a ideia.

O sorriso discreto de sempre, os trajes negros e o cabe-

lo há anos cortado religiosamente na altura do pescoço

e pintado de preto são alguns traços do minimalismo do

lado pessoal da artista.

– Para pintar, Tomie é mais razão. Na vida, é uma mis-

tura de razão e emoção. A verdade é que sempre há

assunto para conversar com ela, seja profissional ou

O primogênito Ruy ainda bebê, no colo da mãe

Tomie com Ricardo e Ruy Ohtake adolescentesA artista plástica na juventude, ao lado da mãe

Foto

s: d

ivul

gaçã

ocoisas da vida –, diz Ricardo.

– Todo arquiteto tem grande contato com as manifesta-

ções de arte. Seja pintura, fotografia, escultura, música

ou literatura. A expressão humana se concretiza. Assim

também é na arquitetura. Convivendo familiarmente com

Tomie, a arte participou no ambiente da minha infância.

Isso me foi muito importante, por exemplo, para cultivar a

intuição –, descreve Ruy Ohtake.

Para comemorar o centenário da artista, três exposições

foram planejadas para 2013: duas já ocorreram, e a ter-

ceira será em novembro, mês de aniversário de Tomie. O

local é o Instituto Tomie Ohtake, do qual Ricardo é diretor.

Para quem estiver em São Paulo no período, será uma boa

oportunidade para conferir parte do talento da artista.

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Surpreenda-Se com c o i m b r aem posicionada no centro do território

lusitano está Coimbra, capital do distrito

homônimo que congrega o maior núcleo

urbano do país. A cidade é um convite ao

paladar requintado e à História, com cenários que ins-

piraram a obra de artistas em diferentes épocas.

Localizada entre os distritos de Aveiro e Viseu, a cida-

de está no centro da espinha dorsal de Portugal, às

margens do encantador rio Mondego. Fica a apenas

208 quilômetros da capital, Lisboa, e a 110 quilôme-

tros de Porto.

É berço e túmulo do amor proibido entre Dom Pedro e

Dona Inês de Castro, dos milagres de Santa Isabel – a

rainha que dedicou sua vida à caridade –, e da forma-

ção cultural e intelectual de Portugal. À mesa, a cidade

nos adoça, graças à influência de importantes conven-

tos, que deram origem a doces típicos inigualáveis.

No ar do clima mediterrâneo que se respira por suas

ruas, as palavras da canção batizada com seu nome

e eternizada por Caetano Veloso no álbum Omaggio A

Federico e Giulietta, definem com maestria seu legado

singular: “Coimbra é uma lição de sonho e tradição”.

d e s t i n o i n t e r n a c i o n a l

42

Serenatas e tragédia romântica

No alto da colina onde viveram seus primeiros reis, no

Paço das Escolas, está a tradicional Universidade de

Coimbra, uma das mais antigas em atividade na Europa.

Fundada em Lisboa, ela foi transferida para a cidade em

1537. Entre seus corredores circulam atualmente cerca

de 22 mil estudantes, sempre em trajes acadêmicos (a

habitual capa preta). Somados a eles, estudantes de ou-

tras instituições públicas e privadas de ensino superior

formam um número aproximado de 35 mil jovens que

perpetuam um repertório de rituais intimamente ligados

à tradição das serenatas de Fado.

A Biblioteca Joanina, construída no século 13 por ordem de

D. João V, é uma grande riqueza da Universidade, em acer-

vo e arquitetura. Anuncie sua chegada tocando a campai-

nha que fica na entrada. A porta abre a cada vinte minutos.

Ao entrar, prepare os olhos para a inspiração barroca e para

as pinturas trompe l’oeil – técnica artística que cria ilusão

ótica –, que dão a impressão de que o teto é arredondado.

Nas estantes, dispostas em dois andares, estão mais de

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Se o deStino é Portugal, um roteiro com hiStória,

gaStronomia e diverSão Pode eStar além de liSboa

c o i m b r aPor Monalisa Vasconcelos

250 mil obras, que curiosamente são conservadas com a

ajuda de uma colônia de morcegos que habita a biblioteca

e se alimenta dos insetos durante a noite.

Antes de visitar o Paço das Escolas, é preciso adquirir o seu

bilhete na Loja da Universidade, no átrio da Biblioteca Geral

(Largo da Porta Férrea, em frente à Faculdade de Letras).

Os preços variam de 5,50 a 10 euros.

A ligação da Alta à Baixa da cidade, onde se concentra o

centro histórico, tem declives, mas vale conhecer a Quebra

Costas, uma longa escadaria entre as duas partes e que se

tornou por si só numa atração turística. No caminho encon-

tramos ruas animadas, recheadas de restaurantes típicos,

bares e charmosos cafés.

O amor proibido entre D. Pedro e Inês de Castro, que cul-

minou na trágica morte dela, morta a mando do pai do

príncipe, foi eternizado na literatura, na poesia e na músi-

ca como um dos maiores mitos da Língua Portuguesa. O

Mosteiro de Alcobaça guarda duas monumentais arcas tu-

mulares de seus corpos, construídas por ordem de D. Pe-

dro. Lenda e história se fundiram, dando origem a um dos

pontos turísticos mais românticos de Coimbra, na Quinta

das Lágrimas. A área é composta por um palácio do século

Foto

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O Mondego é um dos mais belos rios a cruzar uma cidade

Biblioteca Joanina, construída no século 13: riqueza de acervo e de arquitetura

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44

19 – restaurado a partir da década de 1980 e requalificado

como hotel de luxo –, por um jardim de espécies raras e

valiosas, e pelas Fonte dos Amores e Fonte das Lágrimas.

Os jardins da Quinta das Lágrimas são abertos ao público,

com visitas de uma hora.

Outra atração que revela a beleza típica da região é a

Mata Nacional do Choupal, plantada durante o século

18 para deter o rio Mondego. Hoje, os visitantes podem

desfrutar da sua tranquila localização à beira-rio, praticar

esportes e passear a cavalo. A duração média das visitas

é de duas horas.

Origem histórica e arquitetônica

Uma rede de 15 museus abrange todo o contexto his-

tórico e cultural da cidade. Famoso, o Museu de Co-

nimbriga constitui um dos maiores complexos de ruínas

romanas de Portugal.

Os artefatos descobertos nas escavações indicam que

Coimbra foi habitada pela primeira vez durante os séculos

8 e 9 a.C., tendo emergido como uma sociedade próspe-

ra apenas durante a ocupação romana na segunda meta-

de do século 2 a.C. Na visita ao museu é possível contem-

plar as muralhas da cidade, os mosaicos, exemplares de

modernos sistemas fluviais e vários edifícios.

Na margem sul do rio está o museu Portugal dos Pe-

quenitos, onde visitantes de todas as idades podem ex-

plorar as réplicas de aldeias tipicamente portuguesas,

monumentos nacionais e construções em miniatura

que representam os países colonizados por Portugal.

Aproveite o passeio nas redondezas para conhecer as

intrigantes ruínas do Mosteiro de Santa-Clara-a-Velha,

que apresenta os primeiros exemplares da arquitetu-

ra gótica do país. Sua história remonta diretamente à

emblemática figura de Santa Isabel. Após a morte de

seu marido, o rei D. Dinis, a rainha Isabel de Aragão

dedicou o resto da sua vida à religião, foi canonizada

após a sua morte e tornou-se uma das santas mais

veneradas de Portugal.

d e s t i n o i n t e r n a c i o n a l Mosteiro Santa Clara: hoje ruínas, foi um dos primeiros a ter arquitetura gótica no país

No Parque Verde Mondego é possível utilizar as bicicletas disponibilizadas pela Câmara Municipal

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Os principais pontos de interesse do Centro Histórico da

cidade podem ser visitados a pé. Os parques e jardins da

margem do rio Mondego são também locais muito agra-

dáveis para uma caminhada. Para quem gosta de pedalar,

a dica é pegar uma das bicicletas disponibilizadas pela

Câmara Municipal no Parque Verde do Mondego, aos

fins de semana. Se a opção for pegar um ônibus, é válido

comprar em hotéis, postos de turismo ou mesmo a bordo

os bilhetes diários para turistas, que custam três euros.

Com o mesmo bilhete é possível pegar um dos “Pantufi-

nhas”, uma linha de transporte elétrico que percorre o nú-

cleo medieval da cidade. Para conhecer de uma só vez os

principais pontos turísticos de Coimbra, você pode subir a

bordo do Funtastic, um ônibus panorâmico.

Mas dois meios de transporte podem dar um toque di-

ferente ao seu dia. O primeiro é o Elevador do Mercado

Municipal Dom Pedro V., que também pode ser utilizado

com o bilhete pré-comprado. E o segundo, o Basófias,

que oferece percursos fluviais no Mondego. Há também a

possibilidade de alugar canoas para um passeio pelo rio.

Pastéis de Santa ClaraA gastronomia portuguesa é tão rica e variada

quanto as especificidades geográficas do país.

No município de Coimbra a especialidade nos res-

taurantes e tabernas é a “Chanfana”, conhecida

como “Carne de Casamento”. O segredo de seu

sabor está no cozimento, sempre em caçoilas de

barro tampadas com folhas de couve. A Praça da

Portagem, agitada pelos bares, restaurantes e ca-

fés é um ótimo destino para um jantar delicioso e

uma visitinha às doçarias.

As principais raízes da culinária de Coimbra estão em

seus tradicionais doces conventuais, que abarcam

uma grande variedade de massas folhadas e recheios

com doce de ovos. Entre os mais procurados estão

os pastéis assados de Tentugal e de Santa Clara, o

Barriga de Freira, com um recheio cremoso de amên-

doas, e a Queijada, que une o queijo fresco à base

original de gema e açúcar.

45Premium

Cidade vista a partir da torre do relógio da Universidade de Coimbra

Pátio da Universidade de Coimbra, uma das mais tradicionais

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G u i a d o V i a j a n t e

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47Premium

Confira diCas de roupas e aCessórios

básiCos para levar em uma viagem e, de

quebra, aprenda a organizar a bagagem

De mala pronta

primeira coisa a fazer na

hora de montar a mala é

levar em consideração

a duração da viagem –

o que ajuda a deduzir a quantidade

de roupa necessária –, e o clima da

cidade de destino.

Pensar em looks para as diferen-

tes ocasiões das quais o viajante

irá usufruir também é importante:

resorts e navios, por exemplo, têm

programações específicas, algumas

com dress code que exige roupa de

gala. “Separe peças mais sofistica-

das, para eventos sociais, jantares

e passeios noturnos elegantes, e

outras mais confortáveis e práticas,

para os passeios diurnos de turis-

mo”, resume a consultora de moda

e personal stylist Bia Kawasaki.

Grosso modo, a dica é levar poucas

peças, que combinem entre si, com

o estilo da pessoa e que possam ser

utilizadas em diferentes ocasiões.

“Não adianta levar uma blusa que só

fica boa com um determinado sutiã

ou pôr vestidos na mala quando se

está acostumada a só andar de cal-

ça”, exemplifica a também personal

stylist Maria Heloisa Porcel.

Se bater a vontade de levar metade

do guarda-roupa na viagem, é bom

lembrar: um dos benefícios de uma

mala enxuta é a possibilidade de fa-

zer compras durante a viagem sem

pagar excesso na volta.

Reunimos as dicas das stylists e da

grife de luxo Louis Vuitton e mon-

tamos um guia prático para quem

quer aprender a arrumar a própria

bagagem.

SapatosO que levar: um bom look casu-

al para passeios turísticos começa

pelos pés. Escolha calçados con-

fortáveis, como sapatilhas, ou, em

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G u i a d o V i a j a n t e

48

temporadas mais frias, botas de

montaria. Não leve sapatos novos,

que podem machucar, e evite sal-

tos pesados. “Prefira o preto bási-

co, que vai com tudo”, indica Maria

Heloisa.

Como organizar: coloque-os no

fundo da mala, recheados com pa-

pel de seda.

CalçasO que levar: ao menos uma opção

mais clara e outra mais escura. E se

a viagem ocorrer em dias frios, vale

usar segunda pele ou roupas térmi-

cas por baixo.

Como organizar: na mala, as cal-

ças vão esticadas e com as pernas

para fora. Ponha outras peças por

cima e só então dobre as pernas

das calças, com cuidado para não

gerar vincos.

Camisas e camisetasO que levar: Maria Heloisa indica

levar sempre o dobro de partes de

cima em relação às de baixo (seis

blusas para cada três calças, ber-

mudas ou saias, por exemplo). “Cal-

ças chamam menos atenção e são

mais difíceis de sujar”, explica.

Como organizar: podem ser empi-

lhadas por tipo e cor, entrelaçadas,

com as golas levantadas, os botões

abotoados e as mangas dobradas

para trás.

Casacos e ternoO que levar: mesmo em época de

calor, é bom levar cardigã, suéter ou

blazer. No inverno, blusas térmicas

podem salvar o passeio: além de

serem quentes, não fazem volume.

Ternos só são necessários se o ro-

teiro contemplar reuniões ou pas-

seios formais.

Como organizar: ternos ficam em

uma capa, dobrados. Já um casaco

mais pesado deve ser posto aberto

na mala, com gola ou capuz levan-

Camisas e camisetas podem ser empilhadas entrelaçadas, abotoadas e com as golas levantadas. Acessórios que amassam ou quebram devem ir em suportes como porta gravata ou necéssaire

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Peças de malha e casacos leves, como suéter, devem ser enrolados. Acessórios como lenços e luvas podem ficar dispostos nos espaços vazios da mala

Foto

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tado. Sobre ele, coloque as calças

esticadas e empilhe as blusas sem

dobrá-las, com as golas levantadas.

Dobre as pernas das calças e, em

seguida, as laterais e mangas do ca-

saco. Preencha os espaços vazios

com os cardigãs, suéteres e malhas

enrolados e, se a mala tiver faixas

de proteção, prenda as roupas.

VestidosO que levar: peças discretas. Se a

programação incluir um evento no-

turno mais formal, Bia indica levar o

tradicional tubinho preto elegante.

“É versátil: pode ser utilizado com

um scarpin e uma bela joia, para

uma combinação social, ou com sa-

patilha e bolsa, para um almoço”,

exemplifica.

Como organizar: disponha o vesti-

do de maneira reta, deixando a parte

inferior suspensa. Ponha a saia por

cima (se for levar a peça) e só então

dobre a parte inferior do vestido.

AcessóriosO que levar: cintos, lenços e biju-

terias têm a vantagem de não gerar

muito volume na mala e dar origina-

lidade às composições. Para o frio,

cachecol, gorrinho e luvas. Porta gra-

vata ajuda a manter o acessório im-

pecável. Óculos devem ir na caixa e

na bagagem de mão.

Como organizar: objetos pesados,

como caixa de joias, devem ir no fun-

do da mala. Os cintos – enrolados –,

as meias e as luvas podem ser encai-

xadas nos espaços vazios. Itens mais

leves também devem ir bem embala-

dos, dentro da nécessaire.

Roupa íntimaO que levar: duas calcinhas ou cuecas

por dia, e sutiãs nas cores bege, preto

e branco – esta dica não vale para via-

gens de lua de mel. Os tipos e quanti-

dades de meias devem ser escolhidos

de acordo com o estilo dos sapatos.

Como organizar: ocupe os lugares

vazios da mala com estas peças.

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50

G o u r m e t

Confira Curiosidades gastronômiCas sobre a

Comemoração de aniversários em diferentes países

uuum, brigadeiro! Invariavelmente é este o doce que vem à mente de muitos brasilei-

ros quando se pensa em aniversário. Soprar velinhas enfileiradas no topo de um bolo

cheio de cobertura e recheio, distribuir bebidas, coxinhas e canapés entre os convida-

dos parece ser a coisa mais natural do mundo quando se trata de festa de aniversário.

Pode até ser, mas só em alguns lugares. Em cada país, as pessoas celebram a data de uma forma

diferente. Reunimos entrevistas exclusivas com nativos de seis países, que contam as peculiarida-

des de cada cultura na hora de comemorar mais um ano de vida.

CulturalFesta

China

Em geral, os aniversariantes ingerem um macar-

rão chinês bem comprido, que simboliza a longe-

vidade. Não há, necessariamente, comemoração

com muitos amigos e parentes. “Chinês não cos-

tuma fazer festas de aniversário, com exceção

para crianças de um ano e idosos”, explica Enny

Wu, nascida em Taiwan e professora de manda-

rim da escola brasileira Nin Hao. O prato, diz a

professora, não é igual às tradicionais macarro-

nadas brasileiras, cheias de molho e ingredien-

tes. “O preparo deve variar de acordo com a re-

gião”, diz.

África do Sul

O cardápio das festas infantis lembra o brasileiro:

tem bolo de aniversário, cachorro-quente, san-

duíches, balas, pirulitos, chocolates, biscoitos,

marshmallow, sorvetes, salgadinhos, batatinha

frita, suco e refrigerante.

De acordo com a cônsul de política Salome Masuku,

do Consulado da África do Sul, os adultos comemo-

ram com bolo, saladas, arroz, suco, cerveja e vinho.

Pratos típicos prevalecem: tem o mielie pap (uma

polenta branca), o chakalaka (cozido de legumes ao

molho de chilli beans), braai (churrasco sul-africano),

samosas (uma espécie de pastel indiano), melktert

(torta de leite), um brownie com creme de baunilha,

chamado de malva pudding, e a cerveja mqomboti,

à base de milho.

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51Premium

Japão

Antigamente, na ilha, quando a criança comple-

tava um ano exato de vida, isso era comemorado

com um bolinho de arroz chamado mochi, mas

depois desse primeiro ano os japoneses consi-

deravam que todos ficavam um ano mais velho

juntos, no primeiro dia de cada ano, e não havia

festa. Mas quando a criança completava certa

idade, os pais a levavam a um templo budista ou

santuário xintoísta para comemorar seu cresci-

mento. Isso acontecia, por exemplo, quando elas

faziam três, cinco ou sete anos. Nesses casos,

elas iam para um santuário no mês de novembro

para celebrar comendo um doce especial chama-

do chitose ame, que simboliza longevidade.

De acordo com informações do Consulado do

Japão, depois da Segunda Guerra Mundial, de-

vido à influência do Ocidente, a comemoração

passou a ter um bolo com velinhas para o aniver-

sariante. Geralmente é uma massa de pão de ló

comprado em confeitaria, enfeitado com creme e

frutas, e uma mensagem escrita com chocolate.

A festinha geralmente é realizada em casa, ou,

no caso de crianças menores, em lojas de fast

food. Diferenças geracionais existem: os idosos

costumam comemorar o aniversário preparando

peixes e sekihan (um prato tradicional feito com

arroz e feijão azuki) ao invés de bolo. Acredita-se

que os aniversários de 60, 70, 77 e 88 anos são

especiais, por isso a família toda se reúne para

comemorar.

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52

G o u r m e t

Nova ZelândiaBolo, balas, sucos e refrigerantes compõem a mesa do

aniversário infantil no país. Um doce parecido com me-

rengue também faz sucesso nas festas. Trata-se da pa-

vlova, que intercala fatias de suspiro com chantili e frutas

como morango e kiwi. Outro doce característico é o hokey

pokey, uma espécie de sorvete de baunilha com favos de

mel. Salsichas – no formato “enroladinho” ou com molho

–, gelatina e sucos completam o cardápio.

A marca Santo Grão ensina a fazer o doce que está presente nas festas neozelandesas

InGredIenteS • 240 g de clara de ovo• 2 g de sal• 500 g de açúcar refinado • 5 ml de vinagre branco • 60 g de amido de milho

Modo de prepArArNa batedeira, em velocidade baixa, bater as claras com uma pitada de sal até que espume. Aumente a velocidade e continue batendo. Quando estiver firme, junte gradualmente o açúcar, batendo após cada adição, até o merengue ficar espesso e brilhante. Com uma espátula, misture ao merengue delicadamente o amido e o vinagre. Com o auxílio de um saco de confeiteiro e um bico perlê 1A faça as pavlovas com cerca de 100 gramas cada. Leve ao forno preaquecido, a 130 graus por 40 minutos.

INgredIeNtes do CouLIs de frutAs vermeLhAs • 200 g de framboesa • 200 g de amora• 120 g de açúcar Modo de prepArArLeve ao fogo todos os ingredientes até reduzir e ficar uma calda grossa. INgredIeNtes do ChANtILI • 300 ml de creme de leite fresco • 50 g de açúcar• 1 fava de baunilha Modo de prepArArBater todos os ingredientes até o ponto de chantili. manter na geladeira. moNtAgem fINAL depois que a pavlova esfriar, montar em um prato desenhado com o coulis. Cobrir a pavlova com chantili e frutas frescas como morango, amora, framboesa e blueberry. finalizar com folhas de hortelã e servir gelada.

Pavlova com frutas vermelhas

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gaçã

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53Premium

RússiaNo país que ocupa a maior área do planeta, a co-

mida exerce um papel fundamental nos aniversá-

rios, que são comemorados em um longo jantar

com poucos convidados, “para que todos tenham

lugar à mesa”, explica Elena Vássina, explica Elena

Vássina, natural de Moscou e professora de Letras

Russas na Universidade de São Paulo.

Segundo Elena, o menu inclui muitos tipos de en-

tradas típicas – cerca de dez –, todas bem capri-

chadas. Caviar vermelho, “por ser mais barato que

o escuro”; salada; pasteis de forno; peixe defuma-

do e legumes são alguns exemplos. Alimentos em

conserva fazem parte da cultura russa e estão pre-

sentes na festa: “Os russos colhem cogumelos sel-

vagens, diversos tipos deles. E preparam pepinos

salgados durante todo o outono, para consumir no

inverno”, explica.

Para acompanhar os petiscos, fartura de bebida:

“Para começar, muita vodca”, adianta. “A bebida

serve para acompanhar os aperitivos, diferente

do consumo no Brasil. E, para crianças, suco e

refrigerantes”, explica. Vinho, conhaque e cham-

panhe também são muito frequentes nas come-

morações, principalmente a última, que é servida

pura e serve para os muitos brindes que ocorrem

ao longo do jantar. “É muito importante brindar, e

inúmeras vezes. É um dos momentos de desejar

coisas boas e ressaltar as virtudes do aniversa-

riante”, conta Elena.

Já o prato quente da noite costuma ser carne

com batatas, feita de forma elaborada, normal-

mente assada. Pode ser porco, frango ou pato,

por exemplo. Há exceções: de acordo com a

professora, por motivos religiosos, muitos russos

fazem quatro jejuns anuais com restrição a ali-

mentos de origem animal.

Desfecho do jantar, a sobremesa tem influência

francesa: “Costuma ser uma torta grande, como

a Torta Napoleão, de mil folhas”, diz. E quando

todos acabam de comer, a festa chega ao fim.

Mas, e o bolo? “Bolo é comida de café da ma-

nhã, seria muito simples para um aniversário”,

finaliza graciosamente.

Peru

Fãs de abacate, os peruanos consomem a fru-

ta nos aniversários em recheios de sanduíches

como o Triplo, feito com três fatias de pão de for-

ma e complementos variados – além do abaca-

te, podem levar tomate, frango, queijo ou ovos,

por exemplo. Segundo os cônsules adjuntos do

Consulado Geral do Peru em São Paulo Eduardo

Pérez Del Solar e Fernando Alvarez Gamboa, as

Butifarras também são comuns nos aniversários.

Trata-se de sanduíches com alface, salsa, cebola

roxa, pimenta e um presunto típico do país. E

se a festa for infantil, não pode faltar gelatina,

garantem. Bolo também é essencial, e, segundo

Gamboa, o importante é que ele seja bem confei-

tado, bonito e, às vezes, engraçado.

Segundo o cônsul, muitas das bebidas servidas

têm receitas típicas da região, como o Souer,

com limão, açúcar e clara de ovo “para fazer

espuma”, e a Chica, feita com milho dos Andes

– um milho roxo –, água bem quente, pele de

abacaxi e canela, que é servida gelada. “Tem

também a Inca-Kola, que chama a atenção de

muitos turistas, por ser um refrigerante amare-

lo”, diz Gamboa. A bebida lembra um caramelo

líquido. Os adultos podem saborear também a

alcoólica Pisco, uma espécie de aguardente de

uva, muito comum no Peru.

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Iluat

raçã

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rf.co

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B e m V i v e r

Gentileza urBanaEscolhas individuais, vitórias colEtivas: vivEr bEm Em

grandEs cidadEs ExigE Esforço dE todos nós

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55Premium

fim de tarde e crian-

ças aglomeram-se

na porta da escola

à espera dos adul-

tos que chegam para buscá-las.

Os carros dos pais vêm vagaro-

samente, um veículo para por

“cinco minutinhos”, o de trás

para também e, em questão de

tempo, uma fila dupla se forma

em frente aos portões do colé-

gio. Disputam espaço carros,

pedestres, transporte coletivo e

vans escolares.

Se para alguns o resultado de

situações como esta é estresse

e atraso, para outros, ele vem

em forma de multa. Para Ligia

Marques, consultora de etique-

ta, muitas medidas legais são

elaboradas quando as pessoas

não conseguem perceber que

poderiam viver sem estas impo-

sições se considerassem o bom

senso. “Como exemplo temos

as leis Seca e Antifumo, os ra-

dares para controlar excesso de

velocidade, a proibição de uso

de celular para motoristas etc.”,

enumera a consultora.

O ciclo não para. Mas o lado

bom é que as boas ações tam-

bém podem gerar boas ações.

E para dar uma mãozinha à ci-

dadania, a revista Premium pin-

celou dicas de atitudes simples

que ajudam a melhorar a con-

vivência em diferentes âmbitos:

familiar, profissional e social. Co-

mecemos já!

Gentileza urBana

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56

B e m V i v e r

No trabalho • Respeitar as diferenças de credo, raça e idade de

colegas, subordinados e superiores;

• Respeitar também a privacidade

dos colegas;

• Não fazer fofocas e julgamen-

tos e não tecer comentários

negativos de colegas a ter-

ceiros;

• Evitar discussões fora de

hora;

• Ajudar a manter a higiene

dos ambientes compartilha-

dos: cuide de seu lixo e não

bagunce o banheiro.

*Colaborou:

Amanda Farisco,

diretora

executiva da

Dor nelles

& Farisco

Con sultoria

em RH

Em casa

• Dizer “bom dia”, “por favor” e “obrigado”. O ci-

dadão que dá bom exemplo é aquele que tem

atitudes positivas não só no trabalho e na rua,

para que as pessoas vejam, mas também den-

tro de casa, sem esperar nenhum elogio;

• Se preocupar com o meio ambiente e com o

planeta no qual as pessoas viverão dentro de

anos, mesmo que não esteja mais presente

para conhecer as futuras gerações: apagar as

luzes ao sair de casa, fechar bem as torneiras e

separar o lixo para reciclagem;

• Coisas “invisíveis” têm efeitos positivos, como

estar de bom humor e receptivo às pessoas que

nos cercam;

• Levar em consideração que crianças e adoles-

centes estão em uma fase de descobrimento.

Se forem tratados com carinho, esses jovens

cidadãos passarão adiante todas as boas lições

que aprenderem;

• Evitar barulhos excessivos, para não incomo-

dar os vizinhos. Se houver problemas, converse

educadamente ao invés de iniciar uma discus-

são.

*Fonte: Portal do Brasil

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57Premium

No trânsito

Motoristas

• Respeitar as regras do código de trânsito, regular os

faróis, parar antes dos cruzamentos e não estacio-

nar na faixa de pedestre;

• Usar o celular ao dirigir um veículo pode distrair o

motorista. Que tal ligar antes de sair, ou depois de

estacionar?

• Não se esqueça de acionar a seta antes de virar.

Outros motoristas e pedestres precisam saber para

que lado você vai;

• Ao atravessar um cruzamento tenha certeza que

você não vai bloquear a passagem de outros carros.

• Oferecer carona a quem precisa. Assim você ajuda

a diminuir o número de carros na rua e a poluição

em sua cidade;

• Ficar atento ao sair de garagens ou postos de ga-

solina. Calçada é área comum com pedestres e a

preferência é sempre de quem está a pé.

Pedestres

• Esperar na calçada o momento certo para atraves-

sar a rua, utilizar passarelas em locais sem sinaliza-

ção e nunca atravessar em local proibido;

• Ajudar idosos a atravessar a rua;

• Fazer contato visual com o motorista antes de atra-

vessar a rua – colabore para prevenir acidentes;

• Os adultos devem zelar pela segurança das crianças

no trânsito. Segurá-las pelo punho é mais prudente

que pela mão.

*Fonte: Portal do Brasil

Em público

• Não furar filas;

• Jogar o lixo no lixo;

• Ao ouvir música no carro, respeitar as pessoas ao

redor: o rádio deve estar em um volume razoável.

No transporte coletivo ou ambiente público, utili-

zar fones de ouvido;

• No supermercado, respeitar as filas que restrin-

gem o volume de compras, bem como as filas

preferenciais. Não violar embalagens de produtos;

• Recolher a sujeira do animal de estimação feita

em vias públicas;

• Em bancos e transporte coletivo, respeitar os as-

sentos reservados a idosos, pessoas com defici-

ência, gestantes e mães com criança de colo.

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58

A r q u i t e t u r a

Toque

Por Amanda Sampaio

brAsileiroEstádios quE rEcEbErão a

copa do Mundo EM 2014 sE

prEparaM para MantEr a

sustEntabilidadE aMbiEntal

coMo Marca do EvEnto

menos de um ano para a bola da Copa do

Mundo rolar nos gramados brasileiros, a

curiosidade sobre a construção dos está-

dios ainda parece ser maior que a ânsia por

ver a seleção canarinho entrar em campo.

Junto a isso, a comparação com a infraestrutura de

outros países que já sediaram o evento é inevitável

– em toda edição. Desta vez, o carro-chefe para mon-

tar arenas modernas, bonitas e dignas de Copa do

Mundo será a sustentabilidade, pitada nacional que

foi dada lá atrás, na aprovação dos projetos. O foco,

além de preservar o meio-ambiente, é também finan-

ceiro, uma vez que, depois de prontas, construções

deste tipo geram economia e retorno dos gastos de-

positados nas obras.

– A sustentabilidade não se justifica por si só: a eco-

nomia é sempre bem-vinda. Se um estádio, que tem

consumo alto, diminuir os gastos ao longo dos anos,

trará um retorno para a Receita –, opina Daniel Fer-

nandes, arquiteto dos projetos do Maracanã e da Are-

na Pernambuco, ambos já inaugurados.

Se comparados com estádios tradicionais, a redução

de gastos anuais com as “ecoarenas” pode chegar

à cifra dos milhões. Isso é possível graças a estra-

tégias como construir coberturas que captam água

da chuva para reutilizá-la em banheiros, irrigação de

gramados e limpeza; instalação de estruturas que

convertem energia solar em elétrica, além de proteger

os torcedores do excesso de calor e frio; ventilação

natural, entre outras.

A onda sustentável para o Mundial de 2014 se iniciou

com o Estádio Mané Garrincha, projetado como uma

“ecoarena” pelos arquitetos Eduardo e Vicente de

Castro Mello. A partir disso, as 12 cidades-sede (Belo

Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Ma-

naus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Sal-

vador e São Paulo), tiveram de pensar em soluções

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Foto

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rica

Ram

alho

59Premium

Capacidade: 78.838 torcedoresArquitetos responsáveis (projeto executivo): Daniel Hopf Fernandes e Luis Henrique de Lima, do Fernandes Arquitetos Associados

O mais tradicional estádio brasileiro, o Ma-racanã foi praticamente todo reformulado, man-tendo apenas a estrutura da fachada – tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. No quesito beleza, as arquibancadas chamam a atenção por terem assentos em tons de amarelo, azul e branco, que dão impressão de movimento. O gigante carioca também não deixou de se preocupar com a sustentabilidade, apresentando no teto uma membrana autolim-pante e translúcida, que, além de possibilitar condições de luz uniforme, também segura ca-lor para transformar em energia elétrica. Além disso, o estádio conta com captação de água da chuva para reutilização. Foram implantadas, ainda, 23,5 mil luminárias com lâmpadas de LED, que são mais econômicas, de baixa manu-tenção e elevada vida útil.

Maracanã – Rio de Janeiro

“verdes” e participaram de um processo de certifica-

ção para conquistar pelo menos o nível mais básico

do Selo LEED (Leadership in Energy and Environmen-

tal Design). O BNDES também exigiu essa certificação

para liberar os empréstimos para as obras.

Para que esses empreendimentos gigantescos e

caros não se tornem famosos “elefantes brancos”

quando a euforia da festa terminar, alguns estádios

foram projetados em forma de arenas multiúso,

capazes de receber não somente espetáculos fu-

tebolísticos, mas também eventos diversos, como

shows, feiras, exposições e muito entretenimento.

Resta, então, aproveitar.

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60

A cidade de Recife conta com uma arena moderna e inteligente. A preocupação com o meio-ambiente existiu desde a fase de construção até o resultado final. O canteiro de obras contou com uma estação de tratamento de esgoto própria e co-leta seletiva. O estádio também é dotado da capacidade de reutilizar água da chuva, promover ventila-ção natural e transformar energia solar em elétrica. Com a chamada “Usina Solar” ali presente, a ener-gia não utilizada no abastecimento da arena é direcionada para a rede pública e consumida por cerca de 6 mil pessoas.

Capacidade: 65.960 torcedoresAutores do projeto: Volking Marg, Hubert Nienhoff e Martin Glass, do Von Gerkan, Marg and Partners

A fachada do Mineirão não pode ser modificada por ter sido tombada pelo patri-mônio histórico de Belo Ho-rizonte, mas a área interna teve mudanças para suprir algumas exigências da Fifa. Uma delas foi o rebaixamen-to do campo em quase qua-tro metros para melhorar a visibilidade. A terra retirada deste rebaixamento foi reuti-lizada – na pavimentação de ruas da cidade, por exemplo. Os entulhos provenientes da obra e a água da chuva também são reaproveitados. Os banheiros contam com torneiras inteligentes e au-tomáticas, para evitar o des-perdício de água. O Mineirão também produz uma quan-tidade suficiente de energia elétrica para abastecer 1,2 mil residências.

Mineirão – Belo Horizonte

Arena Pernambuco – Recife

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A r q u i t e t u r a

Capacidade: 46 mil torcedoresArquitetos responsáveis: Daniel Hopf Fernandes, Luis Henrique de Lima e Paulo Eduardo Jr., do Fernandes Arquitetos Associados

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61Premium

Pioneiro na busca por saídas sustentáveis, o estádio da capital federal busca o selo LEED Platinum, maior patamar que pode ser atingido. Para isso, apresenta diversos benefí-cios. Entre os mais interessantes está a cobertura, revestida por uma membrana que a torna autolimpante. Além de re-fletir os raios ultravioletas e reter 15% da luz amarela, essa película isola o calor, melhorando a sensação térmica, o que reduz a necessidade do uso de ar refrigerado. A mesma co-

bertura também captará a água da chuva, canalizando-a para cinco reservatórios, onde será filtrada e tratada com o objetivo de ser reutilizada nos vasos sanitários e na ir-rigação do campo. A película ainda consegue capturar a poluição referente a mil carros por dia. O primeiro projeto do estádio foi feito na década de 70 por Ícaro de Castro Mello, pai de Eduardo, que hoje é o arquiteto responsável pela reforma, junto com seu filho Vicente (neto de Ícaro).

Estádio Nacional Mané Garrincha - Brasília

Localizada em uma rica área de fauna e flora, a Arena Cuiabá não poderia deixar de se preocupar com construção e manutenção sustentáveis. Toda a madei-ra usada no projeto é certificada e os resíduos de ma-teriais são reciclados e reaproveitados na própria obra.

Outro ponto positivo do estádio cuiabano é referente à preocupação com a qualidade do ar e do solo, cons-tantemente monitorada. Após a realização da Copa do Mundo, a Arena poderá servir de espaço multiúso para receber eventos.

Arena Pantanal – Cuiabá

Capacidade: 72 mil torcedoresArquitetos responsáveis: Eduardo e Vicente de Castro Mello, do Castro Mello Arquitetos

Capacidade: 44 mil torcedoresAutor do projeto: Sérgio Coelho, do GCP Arquitetos

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SuceSSo de empreendimentoS da Queiroz Galvão

em campinaS confirma a aSSertividade da

empreSa ao eStender Sua atuação à cidade

ma análise sobre o bem-estar nas principais

regiões metropolitanas do Brasil colocou

Campinas no topo do ranking, com a melhor

avaliação. Feito pelo Instituto Nacional de

Ciência e Tecnologia Observatório das Metrópoles, base-

ado no Censo de 2010 do IBGE e divulgado em agosto

de 2013, o estudo levou em consideração itens como in-

fraestrutura, condições ambientais e mobilidade urbana.

62

xpansão

Ilustração artística da fachada do Essence Residencial

Q u e i r o z G a l v ã o | SãO PaulO

E

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O Essence está localizado no Jardim aurélia, um bairro da

zona norte de Campinas predominantemente residencial,

mas com a infraestrutura necessária para uma vida confortá-

vel. É uma região consolidada que tem recebido grandes in-

vestimentos e atualmente conta com shoppings, supermer-

cados, universidades e restaurantes, além de possuir fácil

acesso a rodovias e demais regiões da cidade. Ou seja, con-

ta com a base necessária ao bem-estar. O empreendimento

ocupa um terreno com mais de 4.400 metros quadrados e

tem projeto diferenciado, com apartamentos que integram o

living à cozinha e à varanda grill. O Essence foi um sucesso e

encontra-se com 90% das unidades vendidas, 50% destas

comercializadas no pré- lançamento, no início do ano.

Área de lazer além de praças, terraços e pergolados, o paisagista

Eduardo Mera, responsável pelo projeto do Essence,

criou também no residencial espaços para os adep-

tos de esporte: “O terraço descoberto do fitness torna

possível fazer exercícios ao ar livre, e o bicicletário fica

próximo ao estacionamento e aos vestiários, para faci-

litar a chegada dos ciclistas”, diz.

Por causa da movimentação que a área social terá, a

quadra gramada foi construída em um nível abaixo do

térreo, para evitar que o barulho incomode os mora-

dores.

63Premium

xpansãoEssEncE REsidEncial

Ilust

raçõ

es:

div

ulga

ção

2 torres acopladas com 19 pavimentos (térreo + 18)

4 apartamentos por andar (2 apartamentos no térreo)

3 ou 2 quartos (1 suíte)

72 apartamentos de 78 m²

Garagem: 2 vagas

2 quartos (1 suíte)

72 apartamentos de 64 m²

Garagem: 1 vaga

Tipologia dos apartamentos

Campinas tem mais de dez bosques, além de parques,

praças, lagoas e reservas naturais. Entre as opções cul-

turais, destacam-se museus, bibliotecas, monumentos

e patrimônios que formam resquícios da antiga econo-

mia cafeeira responsável por parte da riqueza da cidade,

como estações e complexos ferroviários e oficinas de

locomotivas.

Neste agradável cenário da Região Metropolitana de Cam-

pinas estão os recentes lançamentos da Queiroz Galvão, o

Essence Residencial e o Villa Matão Residencial. a empre-

sa prepara outros dois lançamentos na cidade para 2014

e mais um em Paulínia para este ano.

Ilustrações artísticas do fitness e living do Essence Residencial

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Q u e i r o z G a l v ã o | SãO PaulO

Ilustração artística da fachada do Villa Matão

Villa MaTão REsidEncial o villa matão é o primeiro empreendimento Slim da QGdi em

São paulo – trata-Se da linha econômica da conStrutora

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65Premium

Está localizado no Bairro do Matão, um subdistrito do

município de Sumaré, na av. Emilio Bosco, principal via

do distrito, a apenas 17 minutos do Centro de Campinas.

um bairro em constante desenvolvimento, está próximo

de grandes universidades e possui fácil acesso as prin-

cipais rodovias, anhanguera, Bandeirantes e D. Pedro.

O empreendimento conta com 640 unidades, 100% co-

mercializadas em apenas 4 meses.

Devido ao sucesso de vendas do Villa Matão, a QGDI

antecipou o lançamento do Villa Matão 2, que ocupa

um terreno com área de 34.783 mil metros e que, assim

como o primeiro, integrará segurança, lazer e conforto.

Área de Lazer No Villa Matão, a área social tem salão de festas, quadra

poliesportiva, quiosques com churrasqueira e piscinas

de adulto e crianças, além de áreas de contemplação.

De acordo com a paisagista responsável pelo projeto,

Nathália Vitachi, da Buriti Paisagismo, o diferencial dos

ambientes de convívio é a preocupação com o bem-

-estar do morador: “O espaço disponível permitiu a ar-

borização das ruas e distribuição de vagas de estacio-

namento de maneira eficiente. as áreas de estar e lazer,

como as piscinas adulto e infantil e a quadra, dispõem

de um bom espaço para árvores de grande porte, que

permitem maior qualidade térmica para as atividades

externas”, explica.

10 torres com 8 pavimentos (térreo + 7)

2 quartos

8 apartamentos por andar

620 apartamentos de 45 m²

20 apartamentos de 1 quarto – terraço jardim

Garagem: 1 vaga por unidade

Tipologia dos apartamentos

Ilustração artística da piscina do Villa Matão

Ilustração artística do living do Villa Matão

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ção

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novo empreendimento da Queiroz Galvão em

parceira com a Galvão Engenharia em Recife

fica em Boa Viagem, local que agrega a praia

urbana homônima e concentração de serviços

de variados seguimentos. Batizado de Maria Emília, o resi-

dencial adere ao conceito Urban Living, para quem gosta de

usufruir da infraestrutura que um local como Boa Viagem ofe-

Residencial da QueiRoz Galvão

em baiRRo nobRe de Recife

seGue o conceito Urban Living

66

Q u e i r o z G a l v ã o | PERnaMBuco

Maria EMília

Ilustração artística da fachada do Maria Emília

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67Premium

Piscina do empreendimento – imagem sujeita a alterações

Boulevard com calçada de 6

metros de largura em frente ao

empreendimento

Ilust

raçõ

es e

foto

: d

ivul

gaçã

o

Maria EMília

1 torre29 pavimentos com seis apartamentos por andar

Três quartosApartamentos de 81,51 m² Garagem: duas vagas

Dois quartosApartamentos de 56,42 m²Apartamentos de 59,43 m²Garagem: uma vaga

Obs.: as plantas permitem diferentes arranjos

Tipologia dos apartamentos

rece, sem deixar de lado o conforto e a qualidade de vida.

Logo na entrada, os futuros moradores serão recebidos por

um boulevard de seis metros de largura em frente ao empre-

endimento, integrado ao projeto paisagístico do residencial

assinado pelo renomado arquiteto Benedito abbud.

os apartamentos têm plantas versáteis, de 56 a 81 metros

quadrados (ver detalhes no box Tipologia dos apartamentos),

que se adaptam a diversos perfis, de jovens e recém-casa-

dos a famílias. o futuro morador poderá escolher entre três

opções de tamanho de planta, número de quartos e disposi-

ção dos espaços, de acordo com a sua necessidade.

as áreas de lazer também agradam diferentes perfis, com-

posta por piscina para adultos com borda infinita e spa na

água, piscina infantil com deck molhado, playground, brin-

quedoteca interligada ao salão de festas infantil e salão de

festas com dancing interligado ao espaço gourmet. os adep-

tos de esportes serão muito bem-vindos ao Maria Emília,

uma vez que o empreendimento contará com bicicletário e

um espaço fitness com tatame para a prática de muay thai

e vista para uma imensa área verde do manguezal. Todos

esses ambientes – e as demais áreas comuns sociais do pré-

dio – terão Wi-Fi.

Ganhe tempo para o lazera mobilidade necessária em uma grande cidade também

é uma vantagem do Maria Emília: a rua em que está locali-

zado o empreendimento dará acesso à futura Via Mangue,

sistema viário que permitirá rápido deslocamento entre os

eixos norte e sul da cidade. Serão 4,5km de extensão, sem

semáforos e cruzamentos.

com a economia no deslocamento, sobrará mais tempo

para aproveitar a praia, o shopping e tudo mais que fica

bem ali ao lado.

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Ilustração artística do Playground do Hemisphere Norte

A sensAção de estAr em umA cAsA

de verAneio todos os diAs do Ano

68

Q u e i r o z G a l v ã o | Salvador

emispherecordar e, da janela, admirar o mar é privilé-

gio de poucos. Ter um pouco de verde por

perto, com um parque logo à porta de casa,

também é. No Hemisphere 360º, novo resi-

dencial da Queiroz Galvão em Salvador, é possível ter

os dois: vista para a praia e para o parque de Pituaçu.

São dois condomínios: o Hemisphere Norte e o He-

misphere Sul, com acessos independentes. antonio

Caramelo, arquiteto responsável pelo projeto, destaca

algumas características do empreendimento: “o ganho

funcional, o conforto e a economia, tendo o homem

como escala em todos os sentidos”, diz.

– Existiu uma verdadeira preocupação da Queiroz Gal-

vão durante o processo de concepção deste projeto

com a segurança e a qualidade de vida de seus mo-

radores. o Hemisphere 360º poderia muito bem ser

descrito como a concretização de Shangri-la, criação

literária de James Hilton de título Lost Horizon (Horizonte

Perdido): um lugar dito paradisíaco, situado nas mon-

tanhas do Himalaia, onde o ambiente é de felicidade e

saúde, com a convivência harmoniosa entre as pessoas

das mais diversas procedências – descreve.

Bem-estar e diversãoSe bater vontade de usufruir a natureza do lado de fora

dos muros do empreendimento, opções não faltam:

além das belas paisagens que o ladeiam, a região tem

h

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Ilustração artística do Playground do Hemisphere Sul

Ilustração artística da Praça de chegada do

Hemisphere 360º

69Premium

vizinhos apreciáveis, como instituições de ensino renomadas,

restaurantes, shoppings e, para os fãs de futebol, o Estádio

roberto Santos.

os moradores poderão também apreciar diariamente o grande

cartão-postal do bairro de Pituaçu, o seu Parque Metropolita-

no, com 400 hectares de extensão. Nele há uma incrível lagoa

cercada de diferentes espécies, algumas raríssimas, da flora

e fauna brasileiras, e rodeada por 16 quilômetros de ciclovia.

No Hemisphere 360º, chegar em casa pode ser sempre um

momento prazeroso: os apartamentos são amplos, com ta-

manhos que vão de 140 a 200 metros quadrados, e todos

possuem quatro quartos (ver detalhes no Box Tipologia dos

apartamentos). É a integração da praticidade da vida urbana

com o conforto de uma casa de veraneio.

Todos os apartamentos possuem 4 quartos

Torres com apartamentos de 140 e 142 m² 4 apartamentos por andarGaragem: 2 vagas

Torres com apartamentos de 165 m²

2 apartamentos

por andar2 coberturas duplexGaragem: 3 vagas (apartamentos tipo) e 4 vagas (coberturas)

Torre com partamentos de 200 m²2 apartamentos por andar2 coberturas duplexGaragem: 4 vagas (apartamentos tipo) e 5 vagas (coberturas)

Tipologia dos apartamentos

Ilustração artística da vista do apartamento de 165 m2

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Moradia e coMércio no MesMo lugar:

residencial da Queiroz galvão eM

TaguaTinga capTa a culTura da cidade

70

Ilustração artística da piscina

Q u e i r o z G a l v ã o | DIstrIto FeDeral

Carpe Diem

Ilustração artística da churrasqueira com forno de pizza

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onsiderada a capi-

tal econômica do

Distrito Federal, ta-

guatinga tem uma

característica peculiar que a

torna também o maior polo mer-

cantil da região: a força do co-

mércio de rua. Não à toa, uma

das principais artérias da cidade,

que concentra infraestrutura de

lojas e serviços, tem o nome de

avenida Comercial, coroando a

cultura de lojas a céu aberto que

tanto agrada os moradores.

a cidade, a apenas 19 quilômetros de Brasília, é

o local escolhido pela Queiroz Galvão para lan-

çar seu primeiro empreendimento no Distrito Fe-

deral, o Carpe Diem, localizado especificamente

em taguatinga Norte. a construtora captou a es-

sência do local e a solidificou em um edifício de

uso misto, que integra o conforto da residência

à praticidade de ter serviços por perto, por meio

de lojas localizadas no térreo do prédio.

Lazer, segurança e praticidadealém do benefício de poder usufruir de lojas em

seu próprio edifício, o futuro morador terá a ex-

clusividade de residir em um dos poucos empre-

endimentos de taguatinga que

tem a segurança de um condo-

mínio fechado aliada a uma am-

pla área de lazer.

o residencial tem porte cochère

e o acesso se dá pelo hall social

com pé-direito duplo. “em um

empreendimento misto como

este, é necessária a setorização

dos acessos, para que mora-

dores e comerciantes tenham

conforto no seu ir e vir diário.

o acesso aos apartamentos é

exclusivo para moradores e a

localização do mall de lojas é estratégico para

proporcionar privacidade e toda a conveniência

necessária ao dia a dia”, ressalta eduardo estre-

la, arquiteto do projeto.

segundo ele, o condomínio reflete o estilo de

vida da região: prático, para uma família jovem.

são três torres residenciais, com dois ou três

quartos, suíte e varanda (ver detalhes no Box

Tipologia dos apartamentos). “os apartamentos

foram concebidos de modo a favorecer o con-

vívio familiar, com ambientes dimensionados

para proporcionar o conforto essencial”, diz. a

área social possui brinquedoteca, salão infantil,

fitness, espaço gourmet, playground, sala de jo-

gos, salão de eventos, churrasqueira com forno

de pizza, street ball e piscinas, por exemplo.

Ilustração artística do mall

de lojas no térreo do Carpe Diem

71Premium

3 torres de 15 pavimentos cada

2 quartosUnidades que variam de 55 a 57 m²

3 quartosUnidades de 67 m²

Espaços comerciais36 lojas de 40 m² a 96 m²

Tipologia dos apartamentos

Ilustração artística do espaço Gourmet Ilustração artística da sala

Ilust

raçõ

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ulga

ção

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72

Q u e i r o z G a l v ã o | R i o d e J a n e i r o

Exclusividade: apenas 94 unidades em um

terreno de 11.700 m2

Garden

2 e 3 quartos de 101 m2 a 121 m2

Tipo 2 e 3 quartos de

74 m2 a 86 m2

Coberturas 3 e 4 quartos

de 150 m2 a 172 m2

Tipologia dos apartamentos

Imagens ilustrativas da fachada (acima) e área

de lazer (ao lado) do LIV

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73Premium

Livnovo empreendimento

da Queiroz Galvão

reinventa o jeito de

morar no rio de janeiro

ada dia mais valorizado, o Recreio dos

Bandeirantes deixou de ser apenas uma

alternativa à sonhada Barra da Tijuca, vi-

zinha cobiçada, e passou a ser reconheci-

do como uma região com potencial qualidade de vida,

com grandes marcas e serviços.

O Recreio conta ainda com umas das mais belas praias

preservadas do Rio de Janeiro, sinônimo de tranquili-

dade e exclusividade. E foi este o cenário único que a

Queiroz Galvão escolheu para criar o empreendimento

LIV – Lifestyle Residence.

Plantas versáteisO condomínio, projetado pelo celebrado arquiteto

Afonso Kuernerz, tem quatro prédios e somente 94

unidades, o que dá um caráter de exclusividade. São

três opções de apartamentos (ver detalhes no Box Ti-

pologia dos apartamentos), e áreas de lazer feitas para

quem tem estilo, como a piscina “Oásis” – com raia de

25 metros –, fitness, casual lounge, SPA com sauna

úmida, repouso e ducha com cromoterapia, churras-

queira e forno de pizza.

Os apartamentos térreos, chamados de Garden, têm

jardim privativo, que oferecem ao morador a sensação

de estar em uma casa. No segundo andar, o destaque

são as amplas varandas, com kit opcional de churras-

queira gourmet.

As coberturas são duplex e a área íntima fica reser-

vada: os quartos ficam no primeiro pavimento e sala

e cozinha no segundo, garantindo mais privacidade,

pois os elevadores dão acesso aos dois pavimentos,

permitindo receber os convidados sem passar pela

área íntima do apartamento.

Imagem ilustrativa do SPA, com vista para a piscina

Ilust

raçõ

es:

div

ulga

ção

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Bonequinha de Luxo lançou a canção “Moon river”

A importânciA

dA músicA, dos

efeitos sonoros e

dA voz no cinemA

Trilha sonora

74

a r t C i n e m a

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75Premium

arion Crane entra no banheiro e joga algo

no vaso sanitário. O som da descarga

ecoa enquanto ela vai em direção ao

boxe. Liga o chuveiro e toma conta do

ambiente o barulho da água caindo em abundância sobre

seu corpo enquanto ela se ensaboa. Surge um homem

segurando uma faca. Marion grita. Um som alto e sinis-

tro de violinos nasce, parecendo gritar junto com ela e a

acompanha até o momento da morte na banheira, quando

atinge notas mais baixas e lentas, assim como os gritos da

protagonista.

A cena clássica do filme Psicose (1960), de Alfred Hi-

tchcok, representa o assassinato mais famoso da histó-

ria do cinema. Sem ter um único diálogo e sem mostrar

nenhum golpe de faca, valeu-se da interpretação da atriz

Janet Leigh unida a uma trilha sonora marcante, composta

por Bernard Herrmann. O resultado foi a cena fictícia de

terror mais inesquecível das telonas, com os chamados

“violinos gritantes”.

A lista de filmes que conseguiram causar grande comoção

junto ao público por meio da união do som ao vídeo é ex-

tensa. Titanic (1997), de James Cameron, por exemplo, foi

vencedor de muitas estatuetas do Oscar, entre elas duas

pela trilha sonora: uma pelo score (música que é original-

mente composta para o filme) e outra pela canção “My he-

art will go on”, que embalou o romance dos protagonistas

Jack e Rose e a emoção de milhares de espectadores – e

enjoou o ouvido de tantos outros – na voz de Celine Dion.

Qual é o segredo?

Uma série de fatores pode ajudar a tornar célebre a trilha

sonora de um longa-metragem. De acordo com Mauricio

Esposito, docente do curso de Cinema e Audiovisual da

Universidade Anhembi Morumbi, um destes elementos é

a escolha de um compositor ou cantor consagrado.

Caso dos brasileiros Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976),

de Bruno Barreto, e Cidade de Deus (2002), de Fernan-

do Meirelles, que entre suas canções têm “O que será?”,

de Chico Buarque na voz de Simone, e “No caminho do

bem”, de Tim Maia, respectivamente. “A qualidade geral

do filme, a adequação do som à narrativa e estratégias de

marketing são outros pontos”, diz o professor.

O momento histórico na época em que o filme é lançado

também é importante. “Blackboard Jungle (1955), de Ri-

chards Brook, ajudou o rock a invadir o cinema. A estória

do professor de uma escola repleta de problemas com

a rebeldia dos alunos ao som de ‘Rock Around the Clo-

ck’, tema interpretado por Bill Hally, popularizou o tema

rock’n’roll”, conta a pesquisadora sobre trilha sonora Már-

cia Carvalho.

O casamento rítmico e visual convida o espectador a se

deixar levar pelo clima das ações, por isso, é comum –

mas não é regra – perceber o som de um piano ou músi-

cas pop em romances, notas ligeiras para cenas de ação

ou lúgubres para sinistras, por exemplo.

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76

a r t C i n e m a

Música, efeitos de som e narração

Segundo Márcia, o áudio de um filme é composto por três

elementos principais: música, efeitos sonoros (sons reco-

nhecíveis e irreconhecíveis ou ruídos) e voz (falas e narra-

ções). “Por isso que o cinema [mudo] não se tornou so-

noro, e sim, falado, pois ele nunca foi silencioso”, explica.

Forrest Gump, O Contador de Histórias (1994), de Robert

Zemeckis, é um bom exemplo de pesquisa sonora: “Na

medida em que o protagonista narra a sua trajetória indi-

vidual inserida na história dos Estados Unidos, vivencian-

do a Guerra do Vietnã ou a morte do presidente Kennedy,

reconstitui-se um pouco a história da canção americana,

com a inserção de fonogramas de Elvis Presley, Joan Baez,

Bob Dylan e The Doors”, explica a pesquisadora.

A música apresenta o tom e o gênero da estória nos cré-

ditos iniciais. Constrói a continuidade das cenas e pode

reforçar emoções do personagem e, por que não, do es-

pectador. “Muitas vezes é difícil controlar o choro quando

a trilha domina uma cena de reconciliação, por exemplo,

ou se acalmar quando os sons nos dão a entender que

o mistério está próximo”, opina o cinéfilo e professor de

línguas estrangeiras modernas Thomas Castegnaro. E, no

fim das contas, é a música que nos embala para casa nos

créditos finais do filme.

“My heart will go on” embalou o romance de Jack e Rose

Cidade de Deus teve música de Tim Maia

Forrest Gump é um bom exemplo de pesquisa sonora

Foto

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77Premium

• Quandoocinemasetornoufaladoimpulsionouuma febre de produção de filmesmusicais, noBrasil e nomundo. “Um númeromusical ines-quecívelebeloéodeCarmeneAuroraMirandacantando‘Cantoresdorádio’,emAlô, Alô Car-naval! (1936)”, citaapesquisadoraMárciaCar-valho.

• Casablanca(1942)imortalizouacanção“Astimegoesby”navozdeDooleyWilson.

• Nosanos60,ofilmeBonequinha de Luxo(1961)lançouacanção“MoonRiver”,querendeuprê-mio e famaao compositorHenryMancini e aoletristaJohnnyMercer.

• AscançõesdatropicáliamarcamofilmeCopa-cabana me Engana (1969. Ao somde “Baby”,deCaetanoVeloso,comainterpretaçãodeGal

Costa,e “BatMacumba”,deCaetanoVelosoeGilbertoGil.

• Muitos dos personagens importantes na his-tória cinematográfica não são lembrados pelasuacaracterizaçãosonora.MashácasoscomoTubarão (1975),deStevenSpielberg,emqueotemamusicaldopeixeassassinodispensasuapresençanatela.

• Bete Balanço(1984),temmúsicahomônimadeCazuzaeFrejat,conhecidapelopúblicoatéhoje.

• Lisbela e o Prisioneiro (2003),dirigidoporGuelArraes,teveavozdeCaetanoVelosonaconsa-grada“Vocênãomeensinouateesquecer”.“OselementosdoNordeste,principalmenteapartedocordel,meatraemmuito”,dizocinéfiloTho-masCastegnaro.

o peso da TrilhaReleMBReOUCONHeçAAlGUNSFilMeSCOMTRilHASONORAHiSTóRiCA

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Músic a

78

a r t c u l t u r a

Cena de O Rei Leão

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79Premium

O Brasil ganha fOrça nO circuitO de países que receBem céleBres peças de teatrO musicalMúsic a Por Matheus Jacob

urante anos a imaginação do público brasileiro foi habitada por per-

sonagens fantásticos de grandes musicais americanos, em filme ou

no teatro, como O Rei Leão, Hairspray e A Família Addams, para ci-

tar alguns. Quem não se lembra de “Somewhere over the rainbow”,

cantada pela antológica Judy Garland no filme musical de O Mágico de Oz?

Hoje em dia, no entanto, estas produções estão cada vez mais próximas do públi-

co nacional, não sendo preciso pegar um avião para assistir a uma peça instigan-

te, divertida e bem feita. Ainda que os ingleses e americanos sejam hoje grandes

expoentes do teatro musical, países como o Brasil têm conquistado seu espaço.

– Acredito que o público brasileiro sempre esteve preparado [para receber grandes

musicais], mas em dado momento não tinha escolhas. O Brasil tem diversidade

cultural rica, miscigenada e eclética. Essa realidade faz com que aqui qualquer

expressão cultural seja bem aceita e democratizada –, opina Anne Crunfli, diretora

de espetáculos da XYZ Live, empresa que trouxe, entre outros musicais, Shrek.

– O teatro musical já é uma realidade sólida –, faz coro Dan Rosseto, sócio-diretor

da Applauzo Produções. – Há dez anos mais ou menos que o sonho de muitos

artistas virou realidade e uma nova oportunidade se abriu para empregar músicos,

atores, bailarinos e técnicos. É notório o crescimento deste mercado assim como

a oferta de espetáculos, sejam eles franquias ou produções nacionais inéditas –,

acrescenta.

O interesse brasileiro pelos musicais é, em grande parte, causado pelo sucesso

dos musicais dos Estados Unidos – não só entre os americanos, mas entre tanta

gente e tantos países. “A força dos musicais da Broadway é impressionante. Nós

crescemos diante da televisão e do cinema, vimos vários musicais virarem filmes e

o contrário também aconteceu. Os americanos produzem musicais há mais de 60

anos e eles são impecáveis no acabamento e nos detalhes. Com isso o público é

sempre beneficiado com grandes produções cheias de requintes e canções mun-

dialmente conhecidas”, diz Rosseto.

Peças famosas são mais visadas

Segundo Anne, da XYZ, na hora de ir em busca de uma peça que possa ser repro-

duzida no Brasil, a empresa leva em consideração três elementos: o gosto da po-

pulação, chamada de zona de conforto cultural; a fama universal do espetáculo em

questão, que ajuda a vender o produto sem muitas explicações; e a logística, que

facilita ou limita. “Por mais que tenhamos o desejo de trazer determinado conteúdo,

para assistirFo

to: J

oão

Cal

da /

Dis

ney

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80

se tivermos que importar todos os instrumentos, toda a equi-

pe e o cachê for altíssimo, vamos pensar duas vezes”, diz.

Com os musicais estrangeiros fazendo tanto sucesso, dá

para imaginar o quão difícil é também conseguir os direitos

autorais para produzir um deles. E, quando conseguem

comprar esses direitos, os produtores chegam a ficar com

eles anos a fio até que haja verba o suficiente para de fato

produzir a peça, já que, na maioria dos casos, o espetáculo

deve seguir um roteiro pré-estabelecido e figurinos a respei-

tar, de acordo com a obra original. A medida serve tanto para

atender às expectativas do público quanto para controlar a

qualidade do que será apresentado.

– Em alguns casos, é possível negociar para que o musical

sofra ajustes, como inclusão ou exclusão de canções, assim

como adaptações no texto –, explica Rosseto.

Para Anne, mesmo com imposições de fidelidade à obra ori-

ginal, toda apresentação é singular: “Arte é algo vivo e vive da

manifestação de quem a interpreta, não tem como não ser

particular e única em cada uma de suas versões”, diz.

a r t c u l t u r a

Patrocínio é essencial

Para valer a pena o investimento de tempo e dinheiro

nos espetáculos, os números que se referem a público e

turnê devem ser, preferencialmente, igualmente grandio-

sos. “Já trabalhamos em teatros com capacidade média

de até duas mil pessoas”, diz Anne. “Geralmente tenta-

mos trabalhar um período mínimo de três meses com

cada peça, em, pelo menos, duas grandes capitais. A

equipe fixa fica em torno de 30 pessoas como suporte

em cada cidade pela qual passamos”, acrescenta.

Felizmente para aos fãs de teatros musicais, a cons-

ciência do interesse que o brasileiro nutre por este

tipo de conteúdo atrai incentivo financeiro público e

privado para que espetáculos como estes possam

ser trazidos ao Brasil.

Alexandre Nogueira, diretor do Grupo Bradesco Seguros,

que investe em musicais como Shrek, O Rei Leão e Cats,

explica: “O Grupo recebe inúmeras solicitações de pa-

trocínio durante todo o ano. Os investimentos são feitos

a partir de verbas destinadas a patrocínios e pelas leis

de incentivo à cultura, contemplando áreas como dança,

música erudita, artes plásticas, teatro, concertos de mú-

sica, exposições”, diz.

Seja como for, o deslocamento da rota dos grandes mu-

sicais é ótima notícia, e traz para a realidade o sonho de

tantos brasileiros de assistir às histórias que lhes ficaram

na memória, com gostinho de infância. Nada melhor do

que, pertinho de casa, mergulhar no mundo fantástico

da música e da dança, como se estivesse sentado numa

das famosas poltronas da Broadway.

O musical Shrek, que até agosto passará por três capitais brasileiras

O musical O Mágico de Oz

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A lot of

Al. Gabriel Monteiro da Silva,

256 – São Paulo (SP)

Tel.: (11) 3068-8891/3068-

9370

www.alotof.com.br

Benedixt

Rua Haddock Lobo, 1584 -

São Paulo (SP)

Tel.: (11) 3081-5606

www.benedixt.com.br

Bia Kawasaki

Tel.: (11) 98153-0136 ou (11)

97358-4814

www.biakawasaki.com.br

Bododo

Rua Girassol, 231 - São

Paulo (SP)

Tel.: (11) 2337-0707

www.bododo.com.br

Christofle

SAC Brasil: (11) 3864-4288

www.christofle.com

Companhia de Dança

Antonio Nóbrega

Rua Purpurina, 414 - São

Paulo (SP)

Tel.: (11) 3031-7624

http://antonionobrega.com.

br/ciadedanca/

Hits Kids’n’Teens

Al. Gabriel Monteiro da Silva,

958 - São Paulo (SP)

Tel.: (11) 7806-3629

www.hits.com.br

iBacana

www.ibacana.com.br/

Ilumni

Rua Roque Petrella, 305 –

São Paulo (SP)

Tel.: (11) 3539-2931

www.ilumidesign.com.br

Imaginarium

R. Dr. João Santos

Filho, 255 - Recife (PE)

Tel.: (81) 3268-3587

www.imaginarium.com.br/

Jardim Botânico do Rio

de Janeiro

Rua Jardim

Botânico, 1008 - Rio de

Janeiro – RJ

Tel.: (21) 2294-6619

www.jbrj.gov.br

Katya Francisco

Rua Antonio Macedo, 143 -

São Paulo (SP)

Tel.: (11) 2295-8387

www.katyafrancisco.com.br

Le design

Rua Lauriano Fernando

Junior, 225 – São Paulo (SP)

Tel.: (11) 2359-2788

www.ledesign.com.br

Marcelo Faisal

Av. São Gualter, 1889 - São

Paulo (SP)

Tel.: (11) 3021-2665

www.marcelofaisal.com.br

Mameluca

Rua Teresa Guimarães, 35 –

Rio de Janeiro (RJ)

Tel.: (21) 2531-8137

www.mameluca.com.br

MCF Consultoria

Alameda Jaú, 1717, casa 2 -

São Paulo (SP)

Tel.: (11) 3088-7258

www.mcfconsultoria.com.br/

website

Mera Paisagismo

Rua Gomes de Carvalho, 921

- São Paulo (SP)

Tel.: (11) 3842-9072 / 3842-

6762

www.mera.com.br

Nika Zupanc

Mašera Spasiceva, 8, 1000 -

Ljubljana (Slovenija)

Tel.: +386 (1) 565 47 44

www.strlesvetila.com

Oppa Design

Rua Aspicuelta, 153 - São

Paulo (SP)

Tel.: (11) 2738-0555

http://www.oppa.com.br

Paula Almendra

Rua do Pilar, 40 - Salvador

(BH)

Tel.: (71) 3113-1182

www.almendrapaula.com

Pavlova

Rua Pereira da Costa, 56 –

Recife (PE)

Tel.: (81) 3034-3344 / 3314-

5044

www.pavlova.com.br

Riccó

Av. Rio Branco, 26, 12º andar

- Rio de Janeiro (RJ)

Tel.: (21) 2223-2450

www.ricco.com.br

Rogério Menezes

Av. ACM, 1298, sala 109 -

Salvador (BA)

Tel.: (71) 3276-1687

SD+Fernanda Marques

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Westwing Home and Living

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E n d e r e ç o s

81Premium

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82

Inconfundível voz do ninho

C r ô n i c a

por Monalisa Vasconcelos

gente viaja. Aliás, no Brasil,

nunca tanto quanto agora.

Passagens aéreas cada vez

mais baratas, roteiros cada

vez mais caseiros, investimentos cada

vez mais animados. E assim, ano a

ano, seguem cada vez mais acelera-

dos e anis, numa estrada ascendente

e reta, os números do Turismo em nos-

so país. Estamos descobrindo novas

possibilidades e os eternos prazeres de

partir. O que, graciosa e gratuitamente,

nos devolve a precisa e aconchegante

sensação de voltar.

Em férias de julho, dezembro ou feria-

dos possíveis, lá em casa a gente sem-

pre ia pra praia mais próxima ou casa

de parente quando podia viajar. Isso

sempre foi uma certeza. A outra é que

fosse qual fosse o destino, ou a dura-

ção da temporada, bastaria por os pés

pra fora do carro, anunciando a nossa

chegada de volta, que a minha mãe di-

ria: “Ir é muito bom. Mas voltar é melhor

ainda!”.

Tudo bem que Dona Monica repete alguns bordões mais do

que Esqueceram de Mim em véspera de Natal. Mas, como

sempre, tinha lá suas razões pra estar certa. Mesmo pra

aqueles que carregam um repertório de viagens mais colo-

rido que o da minha infância, tem três coisas no mundo que

só existem na casa da gente: o cheiro dela, o chuveiro dela

e a nossa cama. Sabores que a rotina tende a apagar. E que

só o regresso ilumina.

Cada casa tem um cheiro. A nossa tem o nosso. Anfitrião

como poucos, ele abraça a gente bem na porta, com suas

notas exclusivas e uma quase ansiedade. É quando você se

ouve dizer “cheguei” pela primeira vez. A segunda vem de-

pois de abrir as janelas, por a roupa pra lavar e comer alguma

coisa: quando, feito isso, você entra no banho. Eu não sei

o que colocam na nossa água, mas definitivamente tomar

banho no nosso chuveiro, depois de uma temporada sob ou-

tros, é algo único. Posto o pijaminha e programado o retorno

às atividades normais no dia seguinte, dormir na nossa cama

é como baixar uma versão horizontal do colo materno. E, por

fim, sonhar ao som da inconfundível voz do ninho.

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2 e 3 quartos com suíte, varanda e lazer completo. Além de um mall com 36 lojas. Tudo isso em Taguatinga, uma região com crescente valorização no DF.

Imag

em Il

ustr

ativ

a

O primeiro lançamento da Queiroz Galvãoem Brasília. E já é um sucesso.

Em atenção às Leis Federais nº 4.591/64 e nº 8.078/90, informamos que todas as imagens apresentadas neste material publicitário são meramente ilustrativas do imóvel a ser construído pela Queiroz Galvão DF1 Desenvolvimento Imobiliário Ltda. (CNPJ n°13.636.752/0001-95), cujas especi� cações detalhadas constam do Memorial de Incorporação registrado sob o nº R6 - 329118 do 3º O� cial do Registro de Imóveis do Distrito Federal. Os móveis são de dimensões comerciais e os objetos de decoração, os acabamentos e alguns pontos de iluminação são meramente ilustrativos e constituem sugestão de decoração, não fazendo parte integrante da promessa de compra e venda das unidades, as quais serão entregues conforme o Memorial de Incorporação.

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