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Ano 21 nº 914 Seminário discute biodiversidade na agricultura Embrapa Clima Temperado 10 a 16/08/2015 O V Seminário de Agrobiodiver- sidade e Segurança Alimentar, pro- movido pela UD em parceria com cerca de 30 instituições, de diferen- tes esferas, ocorreu entre os dias 05 e 06 de agosto. A abertura contou com a presença de cerca de 500 pes- soas, entre estudantes, agricultores, quilombolas e indígenas. E, além da fala das autoridades, abrigou um momento de reconhecimento aos guardiões de sementes presentes, que foram apresentados à platéia e aplaudidos de pé. No segundo dia, o ponto alto foi o depoimento de um guardião indígena e a troca de experiências entre os guardiões mi- rins – que, neste ano, socializaram o trabalho de preservação dentro das escolas. Além disso, esses jovens, que atuam na preservação das espé- cies, também foram homenageados pelo seu trabalho. Durante a abertura, o pesquisa- dor e coordenador do evento, Irajá Antunes, afirmou que a realização da quinta edição do seminário é uma conquista. “Este encontro é muito mais humano do que técni- co. Esperamos que, com a continui- dade, possamos fazer um mundo melhor.” Já o chefe-geral da UD, Clenio Pillon, destacou a importân- cia de se fortalecer aquilo que faz parte da nossa essência e do nosso futuro. “A semente é o começo e o fim da vida e traz consigo a ideia do cuidado. Por isso, a lógica da valo- rização dos guardiões de sementes, que são as pessoas que valorizam o papel e o simbolismo que a semente traz para nós”, disse Pillon. O evento teve início com um debate sobre a relação das Políticas Públicas com as sementes crioulas, com a participação de representan- tes do MDA e da Conab. Também no primeiro dia, houve diversas oficinas para o público presente e a realização de dois painéis: A pro- priedade rural e a biodiversidade e A relação do agricultor com o con- sumidor, onde, além de uma abor- dagem mais técnica, houve o relato de experiências de agricultores e entidades que se envolvem nesses processos. O segundo dia do evento deu continuidade às atividades que dis- cutem a preservação de variedades crioulas – tanto animais quanto ve- getais – e a soberania alimentar dos povos, principalmente em situação de vulnerabilidade social. Um dos pontos marcantes foi o depoimento de Santiago Franco, guardião de se- mentes e representante de um gru- po indígena Guarani do município de Barra do Ribeiro/RS. Ele relatou o quão importante é a preservação das sementes crioulas e o quanto beneficia a saúde do povo indíge- na. “O alimento é uma preciosidade que devemos cuidar e multiplicar para que todos possam ter uma ali- mentação saudável”, afirmou. As homenagens aos guardiões mirins vieram sob forma de certi- ficação, ao final do evento, quan- do os jovens foram apresentados e reconhecidos perante o público presente. Também na perspectiva dos guardiões mirins, um grupo de estudantes da Escola Família Agrí- cola de Santa Cruz do Sul/RS com- partilhou suas experiências com a preservação da biodiversidade por meio do cultivo de sementes criou- las. Um relato importante, já que no município, devido à instalação de empresas de tabaco na década de 1970, as sementes crioulas foram suprimidas da geografia local. Paulo Lanzetta

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Ano 21 nº 914

Seminário discute biodiversidade na agriculturaEmbrapa Clima Temperado 10 a 16/08/2015

O V Seminário de Agrobiodiver-sidade e Segurança Alimentar, pro-movido pela UD em parceria com cerca de 30 instituições, de diferen-tes esferas, ocorreu entre os dias 05 e 06 de agosto. A abertura contou com a presença de cerca de 500 pes-soas, entre estudantes, agricultores, quilombolas e indígenas. E, além da fala das autoridades, abrigou um momento de reconhecimento aos guardiões de sementes presentes, que foram apresentados à platéia e aplaudidos de pé. No segundo dia, o ponto alto foi o depoimento de um guardião indígena e a troca de experiências entre os guardiões mi-rins – que, neste ano, socializaram o trabalho de preservação dentro das escolas. Além disso, esses jovens, que atuam na preservação das espé-cies, também foram homenageados pelo seu trabalho.

Durante a abertura, o pesquisa-dor e coordenador do evento, Irajá Antunes, afirmou que a realização da quinta edição do seminário é uma conquista. “Este encontro é muito mais humano do que técni-co. Esperamos que, com a continui-dade, possamos fazer um mundo

melhor.” Já o chefe-geral da UD, Clenio Pillon, destacou a importân-cia de se fortalecer aquilo que faz parte da nossa essência e do nosso futuro. “A semente é o começo e o fim da vida e traz consigo a ideia do cuidado. Por isso, a lógica da valo-rização dos guardiões de sementes, que são as pessoas que valorizam o papel e o simbolismo que a semente traz para nós”, disse Pillon.

O evento teve início com um debate sobre a relação das Políticas Públicas com as sementes crioulas, com a participação de representan-tes do MDA e da Conab. Também no primeiro dia, houve diversas oficinas para o público presente e a realização de dois painéis: A pro-priedade rural e a biodiversidade e A relação do agricultor com o con-sumidor, onde, além de uma abor-dagem mais técnica, houve o relato de experiências de agricultores e entidades que se envolvem nesses processos.

O segundo dia do evento deu continuidade às atividades que dis-cutem a preservação de variedades crioulas – tanto animais quanto ve-getais – e a soberania alimentar dos

povos, principalmente em situação de vulnerabilidade social. Um dos pontos marcantes foi o depoimento de Santiago Franco, guardião de se-mentes e representante de um gru-po indígena Guarani do município de Barra do Ribeiro/RS. Ele relatou o quão importante é a preservação das sementes crioulas e o quanto beneficia a saúde do povo indíge-na. “O alimento é uma preciosidade que devemos cuidar e multiplicar para que todos possam ter uma ali-mentação saudável”, afirmou.

As homenagens aos guardiões mirins vieram sob forma de certi-ficação, ao final do evento, quan-do os jovens foram apresentados e reconhecidos perante o público presente. Também na perspectiva dos guardiões mirins, um grupo de estudantes da Escola Família Agrí-cola de Santa Cruz do Sul/RS com-partilhou suas experiências com a preservação da biodiversidade por meio do cultivo de sementes criou-las. Um relato importante, já que no município, devido à instalação de empresas de tabaco na década de 1970, as sementes crioulas foram suprimidas da geografia local.

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Linha Aberta nº 914, de 10 a 16/08/2015

Um velho índio descreveu certa vez em seus conflitos in-ternos: “Dentro de mim existem dois lobos, um deles é cruel e mau, o outro é muito bom e dó-cil. Os dois estão sempre brigan-do...” Quando então lhe pergun-taram qual dos lobos ganharia a briga, o sábio índio parou, refle-tiu e respondeu: “Aquele que eu alimentar”.

Em determinados momen-tos da vida nos deparamos com situações nas quais temos que decidir qual caminho seguir, e surge a dúvida: faço ou não? Isso vai me fazer bem? Valerá a pena fazer isto?

Nesses pontos, muitos aca-bam desistindo, pois falta cora-gem para ir à busca da realização daquilo que é/era tão importan-te para si. Mas se tem uma coi-sa que aprendi e que vou levar sempre comigo é que nunca de-vemos parar ou desistir daquilo que tanto queremos.

Vamos à luta, vamos correr atrás da nossa realização, da-quilo que sentimos que nos fará bem, vamos “alimentar o nosso lobo dócil”, buscando fazer coi-sas boas pra nós e para as pes-soas que estão ao nosso redor. Desta forma, atendemos a frase de Gandhi: seja a mudança que você quer ver no mundo.

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Apenados recebem capacitações da UDResponsabilidade Social

A partir de demanda da direção do Presídio Regional de Pelotas, a UD está se envolvendo na elabo-ração de projeto para promover a ressocialização e maior contato dos apenados com o mundo do traba-lho. O projeto Mãos para a Liber-dade tem como foco a realização de cursos de capacitação – voltado ao cultivo de hortas, para os homens, e de confecção de artesanato e estam-paria em tecidos, para as mulheres. O público-alvo é de apenados entre 25 e 40 anos, pertencentes à galeria dos trabalhadores.

O primeiro curso, realizado em caráter experimental, no dia 16 de julho, nas dependências do presídio, foi voltado a 17 mulheres e teve como foco a produção de mandalas. De acordo com a responsável pelo trei-namento, Rosangela Alves, a ideia, num primeiro momento, é trabalhar o autoconhecimento das mulheres e estimular a interação entre elas.

Nossos conflitos internos

Na horta, além da produção de alimentos, também serão cultivados porongo e bucha vegetal – a serem utilizados como matéria-prima no trabalho das mulheres. O objetivo é proporcionar novas atividades para diminuir os efeitos do encarcera-mento.

Antes dos demais cursos volta-dos às mulheres, ainda serão realiza-das duas capacitações de mandalas para aprofundar as relações com as detentas. “Várias falaram que nem se sentiam num presídio, mas numa sala de aula”, comenta Rosângela. No caso da capacitação dos homens, o colaborador do Projeto Quintais Or-gânicos, Marcelo Beskow, se propôs a dar orientações sobre o cultivo de hortaliças. Uma reunião, na tarde de sexta (07), identificou as necessi-dades do presídio, a partir das quais será construída uma proposta de co-laboração, com cursos teóricos, prá-ticos e de voluntariado.

Projeto viabiliza compra de equipamentosInfraestrutura

O projeto Fortalecimento da infraestrutura de fenotipagem dos programas de melhoramento gené-tico de arroz, batata e pessegueiro da Embrapa, aprovado no edital Embrapa-Infra, em 2014, requalifi-cou a estrutura disponível aos refe-ridos programas – aperfeiçoando a capacidade da UD em desenvolver cultivares adaptadas aos estresses decorrentes das mudanças climáti-cas. Com a aprovação, 1,7 milhão de reais foram utilizados na compra de equipamentos.

São três câmaras de crescimento – em funcionamento desde junho

pensamentosereflexoessl.blogspot.com.br

– que permitem o controle das con-dições ambientais, possibilitando simular vários cenários climáticos; e equipamentos que detectam, de forma não invasiva, a resposta das plantas aos estresses ambientais, como analisadores de fotossíntese e de florescência, e uma câmera ter-mográfica, entre outros.

A plataforma fica na Sede. Com-põem a equipe os pesquisadores Ariano Magalhães, Arione Perei-ra, Caroline Castro, Carlos Reisser, Giovani Britto, Maria do Carmo Raseira e Paulo Fagundes, além do analista Janni Haerter.

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Unidade recebe visita do diretor-executivo de P&DLadislau Martin Neto

visitou e conheceu diferentes áreas experimentais e

laboratórios da UD, experimentou produtos da

pesquisa e, ainda, participou da nona edição do Congresso

Brasileiro do Arroz, apresentandoa conferência

magna do evento.

Texto: Cristiane BetempsEdição: Francisco Lima

Fotos: Paulo LanzettaDiag: Manuela Coitinho

Entre os dias 10 e 12 de agosto, a UD recebeu a visita do diretor-executivo de Pesquisa e Desenvolvimento da Em-brapa, Ladislau Neto. A visita-técnica ao centro ocorreu em função da participação do diretor no IX Congresso Brasileiro do Arroz Irrigado, que acontece de 11 a 14 de agosto, no centro histórico de Pelotas. Durante a abertu-ra do evento, Ladislau fez a conferência magna, quando falou sobre os Desafios da pesquisa agrícola na era do Big Data. A visita envolveu ainda uma caminhada pelas de-pendências da Sede e da EEC, na segunda; um café, uma reunião com os empregados e um momento de degusta-ção dos produtos da pesquisa, na terça; e a visita à ETB, na quarta, quando fez a viagem de retorno. A última vi-sita do diretor a UD havia ocorrido em março de 2013.

Na segunda-feira (10) à tarde, Ladislau se reuniu com o grupo gestor da UD para percorrer alguns locais da Sede, como as casas de vegetação onde são cultivadas as mudas de cana-de-açúcar adaptadas ao Sul e os experimentos

Ladislau Neto em visita aos laboratórios da Sede acompanhado da equipe de gestão e dos pesquisadores responsáveis pelas respectivas atividades.

com produção de morangos fora do solo. O diretor tam-bém conheceu as novas câmaras de crescimento adqui-ridas pela UD e a infraestrutura do Laboratório de Azei-tes e do Núcleo de Alimentos. Ao fim do dia, fez uma visitação à EEC. Na terça-feira pela manhã, participou de um café da ma-nhã de confraternização para celebrar os 22 anos da UD e esteve presente numa reunião com os empregados, no auditório Aílton Raseira. Na ocasião, o chefe-geral, Cle-nio Pillon, realizou a posse do CAI e divulgou oficial-mente a realização do evento P&DI em Debate – previsto para o período entre 6 e 8 de outubro deste ano. Na ocasião, Ladislau fez uma apresentação institucional sobre as ações gerais da Diretoria Executiva, abordando algumas ações como a aliança para inovação agropecuá-ria, a inauguração do novo Banco Genético da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília, DF) - o

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Demonstração e degustaçãoAo fim da agenda de trabalho, na manhã de terça, Ladislau participou de um momento – organizado pela área de TT – de demonstração e degustação de vários produtos desenvolvidos pela pesquisa da UD, divididos em diferentes nichos.

No primeiro, estiveram em exposição alguns produtos da fruticultura - como morangos in natura, e geleias e sucos de pêssegos e de frutas nativas -; as armadilhas de captura de insetos utilizadas pelo Sistema de Alerta para monitoramento de pragas e doenças da fruticultura; a cultivar de feijão BRS Expedito, e as de arroz BRS Pampa e BRS AG “Gigante” – direcionada à alimentação ani-mal e à produção de etanol –; e o arroz cachinho, tipo diferenciado preservado pelos agricultores, principal-mente do município de Sentinela do Sul/RS. Além disso, o diretor pode experimentar uma cerveja produzida a base de arroz.

Em outro nicho, Ladislau teve a oportunidade de conhe-cer os produtos que integram o Arranjo Produtivo Local - APL Alimentos; as cultivares de cana-de-açúcar adapta-das ao Sul do país, com degustação de caldinho de cana e de pé-de-moleque com melado de cana; e as cultivares de forrageiras, como a BRS Resteveiro, BRS Kurumi e BRS Ponteio – as quais integram o trabalho de planeja-mento forrageiro voltado à produção leiteira. Por fim, houve ainda um nicho onde foram aborda-dos os trabalhos com avicultura colonial, apicultura,

meliponicultura e polinização, e cultivo de hortaliças (batata, batata-doce, mandioca, amendoim e abóboras). O destaque, neste espaço, ficou por conta das hortaliças não-convencionais, como a taioba, taro, yacon e man-garito – também utilizadas na alimentação humana.

terceiro maior do mundo -, a revita-lização do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD), a gestão de portfólios e arranjos, as melhorias nos processos gerenciais, a execução do projeto especial Plano Diretor de Tecnologia da Informação e a criação da Anater. Além disso, falou dos ce-nários futuros da humanidade. “O agro é o positivo neste momento

de instabilidade econômica no país e está puxando o desenvolvimento. Cada vez mais estão surgindo opor-tunidades para o agro”, comentou.

A fala do diretor-executivo tam-bém teve um tom de comemoração pelo trabalho da UD nos últimos 22 anos. Segundo Ladislau, a UD vem trabalhando de uma maneira dife-renciada, dando como exemplos os trabalhos alinhados com a inovação agropecuária, como o melhoramen-to genético de cana-de-açúcar. “A UD já vem trabalhando forte, mas precisa se alinhar cada vez mais com as multi-funções da agricultu-ra e com as tendências para as novas

oportunidades de uso de aplicativos e serviços”, comentou. Ele reafirmou ainda a necessidade de todas as UDs trabalhem em nome da Embrapa, sem particularizar as origens das ações nos diferentes centros. Na ocasião, todos os empregados e seus representantes participaram de um fórum para discussão aberta de temas diversos sobre a Empresa. Além do diretor-executivo e do che-fe-geral da UD, integraram a mesa o presidente do CAI, Luiz Fernando Wolf, o presidente da Fapeg, Apes Perera, o presidente do Sinpaf local, Julio Bica, e o presidente da AEE, Cláudio Loy.

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Giro pela Unidade

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04/08 - Seminário com David Byrne

Letícia Elói Pinto

O pesquisador norte-americano da Texas A&M Universi-ty, David Byrne, visitou a Sede da UD para um seminário com foco na cultura protegida do pêssego e da nectarina. A técnica já é utilizada em cerca de 16 mil hectares na China, país que detém 60% da produção mundial dessas culturas. Segundo Byrne, as estufas utilizadas auxiliam no controle das temperaturas e intensidade de luz, com uso de plásticos e mantas de isolamento, podendo antecipar ou retardar o início da safra. Dentre as principais vantagens do método, está a diminuição de produtos agroquímicos, pois o con-trole de pragas é facilitado pelo fato do espaço ser redu-zido. Cerca de 20 pesquisadores participaram do evento.

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07/08 - Dia de Campo sobre FruticulturaNo evento, realizado no Parque da Expoagro Afubra, em Rio Pardo/RS, o foco foi a fruticultura, dividida em seis estações. A Emater abordou as culturas do citros e do kiwi e a Embrapa Uva e Vinho falou sobre o mane-jo da poda e cultivares de uva para mesa e para suco. A UD, por sua vez, foi representada pelo chefe de P&D, Jair Nachtigal, que falou sobre figo e goiaba; pelo pesqui-sador José Francisco Martins Pereira, que debateu a cul-tura do pessegueiro; e pelo pesquisador Rodrigo Fran-zon, que abordou as frutas nativas. As atividades duraram o dia inteiro e atenderam às demandas prévias dos cerca de 80 técnicos locais que participaram das atividades.

04/08 - Visita de alunos do CAVG/IFSulEstudantes do Curso Superior de Tecnologia em Viti-cultura - situado no Campus CAVG do IFSul -, partici-param de visita técnica ao Laboratório de Agrometeoro-logia da UD. Eles foram recepcionados pelo pesquisador Carlos Reisser e conheceram as atividades desenvolvidas no Laboratório e os equipamentos que registram dados sobre clima e tempo. A experiência oportunizou o co-nhecimento sobre as pesquisas realizadas na UD rela-tivas à meteorologia, além de despertar interesse à área.

03/08 - Trabalho escolar

A pesquisadora Ana Cláudia Barneche recebeu a visita de dois alunos da Escola Estadual General Hipólito Ribeiro, do município de Pinheiro Machado/RS. Os jovens vieram à Unidade para realizar um trabalho escolar sobre biotec-nologia, onde escolheram abordar a transgenia. A pesqui-sadora mostrou o trabalho feito na Embrapa com relação à soja e qual o uso comercial das cultivares no Brasil.

04/08 - Curso de processamento

Ministrado pela pesquisadora Ana Cristina Kro-low, o curso Processamento de Frutas e Horta-liças foi realizado na minifábrica de processa-mento da EEC e teve como objetivo ensinar às agricultoras tecnologias utilizadas pela indústria, mas que podem ser apropriadas em pequenas proprieda-des. Ao todo, participaram 27 agricultoras de Canguçu.Na parte da manhã, o treinamento foi voltado às boas práticas de processamento de vegetais em con-serva – técnica que consiste, basicamente, na atenção à higiene na manipulação das matérias-primas e dos utensílios. Também foram abordados aspectos como corte ideal, branqueamento, tratamento térmico das hortaliças, preparo da salmoura de enchimento e o resfriamento dos produtos depois de processados. As agricultoras confeccionaram conservas de couve--flor, cenoura, beterraba e cebola. À tarde, o curso focou na parte dos doces, com a produção de doce cremoso de melancia de porco e geleia de laranja.

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QUANDO? QUEM? ONDE? O QUÊ?

11 a 14/08 Cristina Silveira Campinas/SPParticipar de capacitação em Metodologias para amostragem e análise através de espectroscopia

11 a 14/08Ana Krolow, Luís Eduardo Antunes e Sandro Bonow

Pouso Alegre/MG Palestrar no Simpósio Nacional do Morango

EXPEDIENTE: O jornal interno Linha Aberta é editado pelo Núcleo de Comunicação Organizacional (NCO) da Embrapa Clima Temperado, nas versões on-line e impresso. Chefe-Geral: Clenio Pillon. Chefe Adm.: José Dias Vianna Filho. Chefe TT: João Carlos Costa Gomes. Chefe P&D: Jair Nachtigal. Edição e diagramação: Cíntia Franco (CONRERP3040/RS) e Francisco Lima (13696 DRT/RS). Circulação: Equipe NCO. Redação: Cíntia Franco (CONRERP3040/RS), Cristiane Betemps (MTb 7418/RS), Francisco Lima (13696 DRT/RS) e Letícia Eloi Pinto (estagiária). Colaboração: Carmem Pauletto e Eliana Mariete. Fone: (53) 3275-8113. E-mail: [email protected].

10/08 - Eberson Eicholz11/08 - Flavio Luiz da Silva12/08 - Claudio Loy12/08 - Jose Roberto de Lima14/08 - Ivanilso de Oliveira15/08 - Vilson Garcia

Pé na estrada

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Fonte: SGP

Fonte: SCS

UD também acolhe as novas gerações Agenda11 a 14/08 - Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado - Pelotas/RS

11/08 - Café em alusão aos 22 anos da UD + reunião com empregados - Sede

11/08 - Evento Técnico do Pêssego - Comunidade São Pedro - Pelotas/RS

11 a 14/08 - Simpósio do Morango - Pouso Alegre/MG

12/08 - Evento Técnico do Pêssego - Comunidade São Mateus - Pelotas/RS

13/08 - Evento Técnico do Pêssego - Centro Comunitário da Glória - Cangu-çu/RS

Em referência ao Dia dos Pais, co-memorado no último domingo (9), reunimos alguns caso de pais e filhos que trabalham na UD – não necessa-riamente juntos, mas no mesmo am-biente empresarial. É o caso do bolsis-ta de pós-doutorado do Laboratório de Recursos Genéticos, Gustavo Go-mes, e do chefe-adjunto de TT, João Carlos Costa Gomes. Gustavo, que é agrônomo, embora não trabalhe dire-tamente com o pai, sempre troca uma ideia sobre seus projetos. Escolheu a profissão, pois acompanhava desde cedo o trabalho dos avôs na agricul-tura familiar – além de ter vários en-genheiros na família, como o próprio pai.

Outro laço paterno existente na UD é do empregado Danúbio Lopes, diretor financeiro da Associação dos Empregados da Embrapa (AEE) e su-

Dia dos Pais

pervisor do Setor de Infraestrutura e Logística da ETB, e da sua filha Ma-riana Lopes, secretária na AEE. Ma-riana é formada em gestão ambiental e está na UD há um ano. “Nosso rela-cionamento é muito bom. A gente se dá super bem e temos contato diário em nossa relação de trabalho. É óti-mo!”, afirma.

Além destes, existem outros casos de pais e filhos na UD, como o do analista Paulo Roberto Ferreira, que trabalha no Laboratório de Física dos Solos, e do filho Fabrício Ferreira, que atua junto da equipe de limpeza; e do assessor da gestão Sérgio Luiz Aqui-no e do filho Leandro Aquino, su-pervisor administrativo do escritório de negócios da Embrapa Produtos e Mercado – e que, recentemente, tam-bém se tornou pai.

A relação de trabalho de Cristóvão Pereira, analista de TI, com o pai, Jo-sué Pereira, que trabalhou no antigo setor de comercialização, é um pouco diferente. Ao ingressar na Embrapa, o pai já havia se aposentado. Mas, ainda assim, teve a chance de intera-gir – quando prestava suporte de TI nos setores em que o pai trabalhava - quando estagiário, entre 2001 e 2003. A carreira do pai, segundo ele, é o que o influenciou a prestar concurso para a Embrapa. “Desde pequeno eu que-ria vir pra cá. A minha vida inteira eu ouvi falar da Embrapa. Digamos que era o caminho natural. Não sabia nem o que queria da vida, mas tinha desejos de trabalhar aqui”, explicou.

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Aniversários

Paulo Lanzetta