Ano 2 Edição 8 -...

26

Transcript of Ano 2 Edição 8 -...

Page 1: Ano 2 Edição 8 - files.revista-olfato.webnode.comfiles.revista-olfato.webnode.com/200000092-d3dded5619/REVISTAOLFATO... · FUNDO: Sândalo, patchuli, musk, musgo de Carvalho, vetiver,
Page 2: Ano 2 Edição 8 - files.revista-olfato.webnode.comfiles.revista-olfato.webnode.com/200000092-d3dded5619/REVISTAOLFATO... · FUNDO: Sândalo, patchuli, musk, musgo de Carvalho, vetiver,

2

Ano 2 Edição 8 ExpedienteSérgio Oliver Publisher

Marcos SouzaArte Visual / Designer Gráfico

André Terto Supervisor de Textos

ColunistasFabiano Js Perfumista / Charme Essência

Luciene RicciottiEspecialista em Perfumes e autora do livro Estação Perfume

Roberto D’AngeloEspecialista em Perfumes e criador da página A Arte em Frascos de Perfumes

A Revista Olfato não se responsabiliza pelos textos escritos por seus colunistas e colaboradores. Todos os temas são de total responsabilidade de seus criadores.

Ao leitor

E a festa continua! Eu e a equipe da Revista Olfato, felizes pelo nossos dois anos, resolvemos criar de presente para vocês, queridos leitores, mais esta edição de aniversário inédita e com conteúdos exclusivos feitos especialmente para vocês! Aproveito para desejar a todos que 2018 seja um ano de muita saúde, amor e paz! São esses os votos sinceros de todos nós que fazemos parte da Revista Olfato!

Sérgio Oliver.

Foto:Patrícia Magalhães

Page 3: Ano 2 Edição 8 - files.revista-olfato.webnode.comfiles.revista-olfato.webnode.com/200000092-d3dded5619/REVISTAOLFATO... · FUNDO: Sândalo, patchuli, musk, musgo de Carvalho, vetiver,

3

ÍNDICE ANO 2 - EDIÇÃO 8

Capa: Rayanne Morais Fotos: Marcio RangelArte Visual: Marcos Souza & Jessica Muniz

5- Odorata

6- Karla Karenina

8- Estação perfume

10- Rayanne Morais

13- Con é

14- Gaby Havíaras

16- Alan Nóbrega

19- Curiosidades

20- Yardley

21- César Guerreiro

24- Molecule 01

Por Sérgio Oliver

Por Sérgio Oliver

Por Luciene Ricciotti

Por Gabriel Gueirreiro

Por Sérgio Oliver

Por Sérgio Olver

Por Sérgio Olver

Por Theo Bibancos

Por Roberto D’Angelo

Por Sérgio Oliver

Por Sérgio Oliver

Anuncie na Revista OlfatoTemos sempre um bom espaço reservado para você.

E-mail: [email protected]

d Parfum

Page 4: Ano 2 Edição 8 - files.revista-olfato.webnode.comfiles.revista-olfato.webnode.com/200000092-d3dded5619/REVISTAOLFATO... · FUNDO: Sândalo, patchuli, musk, musgo de Carvalho, vetiver,

4

Super DicaPor Sérgio Oliver A Odorata, marca goiana do setor de venda direta fundada em 2013 por Luna Pimentel assume um novo posicionamento

em perfumaria com produtos mais competitivos e preparados para atender a demanda do mercado brasileiro que hoje ocupa o segundo lugar do mundo em consumo de perfumes. Curioso ressaltar que mais de 90% deste consumo é de produtos nacionais e de olho neste mercado a marca decidiu investir na categoria.

Os perfumes foram criados sob a direção artística de Renata Ashcar, autoridade na área de perfumaria, responsável pela criação de grandes sucessos nacionais e vários livros publicados. “A perfumaria da Odorata tem sido desenvolvida com todo o cuidado para não deixar nada a desejar às principais marcas nacionais e importadas de qualidade. Nossos fornecedores são criteriosamente escolhidos para levar aos consumidores o melhor na área de perfumaria, com preços competitivos”, explica Renata.

Odorataconquistando o Brasil

Dom Homme (Masculino) – 100MLFamília Olfativa: AMADEIRADO CHIPRESAÍDA: Notas cítricas, sálvia, lavanda, folhas de violeta e abacaxiCORAÇÃO: Coentro, gerânio, pimenta Preta, canela, rosa, jasmim, ArtemísiaFUNDO: Sândalo, patchuli, musk, musgo de Carvalho, vetiver, baunilha, fava tonca e cedro.

Duchesse Femme retrata a beleza divina e perfeita. A dualidade do bouquet floral de jasmim, rosa e magnólia combinado com frutas vermelhas, pera e a sensualidade da baunilha e do âmbar. A sensação de uma segunda pele, envolvente. Com um frasco branco opalino em formas clássicas, decorado com a delicadeza de letras manuscritas em ouro, a atração da sedução feminina. Para uma mulher determinada, que deixa seu rastro por onde passa. Duchesse Femme (Feminino) – 100MLFamília Olfativa: ORIENTAL FLORALSAÍDA: Mandarina, bergamota, pera, pimenta rosa e frutas vermelhasCORAÇÃO: Jasmim, magnólia, flor de laranjeira, íris e rosaFUNDO: Baunilha, patchuli, âmbar, vetiver, caramelo, cedro

O perfume Ísis é um oriental amadeirado criado para mulheres fortes e determinadas. Seu nome tem inspiração na deusa egípcia Ísis, considerada a deusa do amor, da maternidade e fertilidade. “É essa mulher que assume diversos papéis sem perder a delicadeza e a feminilidade. Mulheres que se permitem ser tudo o que sonharam, que batalham e conquistam.”, explica a presidente da empresa, Luna Pimentel.Ísis (Feminino) – 100MLFamília Olfativa: ORIENTAL AMADEIRADOSAÍDA: Mandarina, Flores Brancas, Acorde Gourmand.CORAÇÃO: Acorde Marinho, Patchuli, Amêndoas.FUNDO: Especiarias, Sândalo, Cedro.

Uma fragrância perfeita para mulheres doces e delicadas, que tem suavidade em cada ato, que carregam uma primavera de emoções, um mundo colorido e vibrante. Uma explosão e energia que celebra o romantismo e deixa o coração levar a mente. Notas que flutuam em uma brisa en-volvente e delicada, esvoaçando como milhares de borboletas em torno de uma mistura deliciosa de frutas e flores como framboesa, rosa, violeta e jasmim.Ceci (Feminino) – 100MLFamília Olfativa: FLORAL FRUTALSAÍDA: Framboesa, folhas verdes.CORAÇÃO: Rosa, violeta, jasmim, muguet.FUNDO: Vetiver, madeira de guáiaco, musk.

Ideal para homens sedutores, modernos e donos de um forte magnetismo pessoal. Argus é puro instinto, a força de um homem determinado, que vive no presente expressa suas emoções com liberdade e intensidade. Suas notas de saída se abrem num frescor vibrante que logo cede espaço para as notas de coração de jasmim e gerânio sobre um fundo amadeirado e marcante.Argus (Masculino) – 100MLFamília Olfativa: AMADEIRADO AROMÁTICOSAÍDA: Bergamota, folhas verdes, limão, lavanda.CORAÇÃO: Cíclamen, jasmim, ylang-ylang, gerânio.FUNDO: Musk, âmbar, cedro, musgo.

Sobre a OdorataCriada em 2013, em Aparecida de Goiânia (GO), a Odorata atua em diversas regiões do País - atualmente presente em 17 estados - com produção própria e comercialização de cosméticos, perfumes e produtos de higiene pessoal por meio da venda direta, revendidos sob uma elaborada rede de 40 mil consultoras ativas espalhadas pelo território nacional. São cerca de 600 produtos, para os públicos feminino, masculino, infantil e gestantes, disponibilizados no catálo-go, além dos produtos sazonais, que entram em circulação de acordo com datas

especiais, como o Dia das Mães, Natal ou a chegada da Primavera.A produção fica concentrada na sede da empresa, localizada no Polo Empresa-rial de Goiás, na cidade de Aparecida de Goiânia. A unidade é responsável pela fabricação média de 20 mil produtos por dia, envolvendo além das consultoras

mais de 300 trabalhadores diretos e indiretos.

Para conhecer a marca e adquirir os produtos, acesse o site: www.odorata.com.brFoto: Divulgação

Page 5: Ano 2 Edição 8 - files.revista-olfato.webnode.comfiles.revista-olfato.webnode.com/200000092-d3dded5619/REVISTAOLFATO... · FUNDO: Sândalo, patchuli, musk, musgo de Carvalho, vetiver,

5

EntrevistaPor Sérgio Oliver

Karla Karenina A grande revelação do ano na TV

Ela fez parte da novela escrita por Glória Perez, “A Força do Querer”, que alcançou os maiores índices de audiência em 2017, sendo considerada uma obra prima da teledramaturgia brasilei-

ra. Essa atriz talentosa fez o Brasil se apaixonar por sua personagem, a Dita. Conheça agora um pouco da trajetória dessa personalidade que se tornou a grande revelação do ano.

com relação ao que estava acontecendo com a sua patroa. As pesso-as, em geral, ainda não percebem que qualquer compulsão (vício) tem camadas muito mais densas que a mera “vontade” de parar ou não...Não se trata de uma decisão racional parar de jogar, parar de “se drogar”...por isso, acho que a novela tem um papel fundamental na abordagem de temas como esse. Ao mesmo tempo, para mim, enquanto partícipe do processo, foi maravilhoso ter um conheci-mento prévio e uma vivência do assunto, porque cheguei a dar até minha opinião em uma cena do final da Silvana na clínica com um grupo terapêutico...Já trabalhei em CAPS AD (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas) e sei que o assunto é profundo e delicado! Todas as experiências de vida são muito importantes na construção do trabalho, mas especialmente em se manter aberta “aos sentimentos da personagem”. A Dita tinha muito pouco de mim nesse sentido e isso é que é mágico nessa profissão: deixar de ser você e se emprestar a outra criatura, que você vai construindo junto com a autora, os colegas...

Sua personagem conquistou o Brasil. A que você atribui esse sucesso?

Acho que a Dita representa a fidelidade, valor raro numa sociedade como a nossa. Silvana, apesar de uma mulher rica, bem-sucedida, casada, não tinha uma amizade, de fato, verdadeira, alguém com quem pudesse contar para tudo...aliás, ela tinha a Dita, que do jeito dela, mesmo sem ter a condição social ou intelectual da patroa, estava ali para tudo! Não traiu a confiança da patroa até o fim! Ouço muito ainda depois da novela: “ Eu quero uma Dita para mim! “ O que as pessoas querem dizer com isso? Que querem alguém leal, amoroso, que cuida, que protege...e que fique do seu lado não importando a situação! Lealdade! Acho que esse foi o valor que a Dita personificou e que gerou todo esse de sentimento de carinho e empatia com o público!Além de atuar como atriz, você também trabalha com palestras terapêuticas. Conte-nos um pouco sobre esse trabalho?

Eu tenho algumas formações como arteterapia, psicodrama interno transgeracional e DMP Deep Memory Process (Processo de Me-mória Profunda), que é uma técnica revolucionária de regressão de memória criada pelo Dr. Roger Woolger, com quem fiz minha formação. É uma outra vertente profissional que amo igualmente exercer e que também me dá muito suporte para a carreira de atriz! Realizo atendimentos individuais e viajo dando palestras, visando o desenvolvimento humano como um todo e isso é extremamente gratificante porque sei da importância que os processos terapêuticos tiveram para mim no aspecto pessoal e profissional - então poder propiciar essa melhoria de vida para outras pessoas é importantíssi-mo para aquilo que considero minha missão no mundo!

O desejo de ser atriz vem desde que fase da sua vida? Desde criança, minhas brincadeiras já eram direcionadas para a vida artística. Eu, literalmente, me apresentava cantando, dançando em casa, para a família ou para amigos, brincava de dar entrevista para a tela apagada do aparelho de televisão como se fosse uma câmera...e lembro que levava tão a sério que, se alguém começasse a falar no meio de uma apresentação minha, eu ficava zangada de verdade!!! (risos)

Qual foi o seu primeiro trabalho como atriz e como foi essa experiência? 

Profissionalmente mesmo, com registro de atriz e tudo, valendo mes-mo, em 1993 na Escolinha do Professor Raimundo, meu primeiro trabalho na TV Nacional e na TV Globo.

Como surgiu o convite para fazer a novela A Força do Que-rer? 

Eu já havia trabalhado com a equipe do Papinha (Rogério Gomes) e a produtora de elenco, Rosane Quintaes, que conhecia o meu traba-lho, indicou o meu nome. Fui aprovada e, então, abracei a “Dita” com todo o meu coração!

Sua personagem, a Dita, é muito importante dentro da tra-ma em relação ao assunto vício de jogo. Como foi viver essa experiência?

Foi um exercício de desapego do conhecimento que tenho como terapeuta, porque a Dita tinha um conhecimento “senso comum”

Page 6: Ano 2 Edição 8 - files.revista-olfato.webnode.comfiles.revista-olfato.webnode.com/200000092-d3dded5619/REVISTAOLFATO... · FUNDO: Sândalo, patchuli, musk, musgo de Carvalho, vetiver,

6

Você gosta de Perfumes? Se sim, qual você usa? Eu sou movida a cheiros! Amo me estimular ou acalmar através dos cheiros! Eu tenho uma relação muito íntima e profunda com o olfato. Além do ser mulher, já ser ligada ao sentido do olfato, ainda sou de uma cultura (nordestina) que va-loriza demais os cheiros. Os nordestinos, de maneira geral, cheiram ao invés de beijar...Tenho perfumes para várias ocasiões e estados de ânimo. Por exemplo, uso normalmente o Zara Oriental, Perfume Flower L’Elixir da Kenzo e, às vezes, para me banhar mesmo o Petit Shopie Fantasy de O Boticário. Acho que essa diversidade de cheiros é bem da minha natureza múltipla!

A personagem Ritinha e sua mãe Edinalva usavam o poder dos perfu-mes para encantar.  Você também acredita que as fragrâncias são fortes armas de sedução?

Acredito piamente! Desenvolvo um trabalho com grupos de mulheres em que a proposta principal é estimular a sensualidade de dentro para fora; e um dos pontos fortes desse trabalho tem a ver com os sentidos. O do olfato é sabida-mente um dos mais poderosos! De fato, o que é comprovado cientificamente como “afrodisíaco” são os cheiros. Costumo não só usar perfumes ou óleos com notas de baunilha, mas tomo banhos especiais! Inicialmente, os cheiros nos autoestimulam e, consequentemente, nos fazem liberar hormônios que causam aos que se aproximam de nós uma sensação de bem-estar, mesmo que incons-cientemente. Saber usar os cheiros é uma arte poderosa!

Você é do tipo que usa o mesmo Perfume durante muito tempo ou prefere variar? 

Ao longo da vida já variei bastante, mas não tem jeito de não ter notas de bau-nilha em quase todos eles! Adoro a sensação que a essência da baunilha propor-ciona!!!

Quais são seus projetos para 2018? O que vem de novidade por aí que você já possa nos adiantar?

Bom, o que tenho de concreto são algumas viagens para atendimentos e pales-tras - para o Rio, por exemplo. Quanto à carreira de atriz, ainda não há nada certo. A gente aprende a ser desapegada nessa profissão, mas acredito que algo de bom virá para 2018!

Page 7: Ano 2 Edição 8 - files.revista-olfato.webnode.comfiles.revista-olfato.webnode.com/200000092-d3dded5619/REVISTAOLFATO... · FUNDO: Sândalo, patchuli, musk, musgo de Carvalho, vetiver,

7

Por Luciene Ricciotti

Estação Perfume

EM 2018, COMUNIQUE-SE MELHOR ATRAVÉS DO OLFATO.Use o Perfume como um poderoso canal de comunicação a serviço dos seus objetivos!

Em um mundo repleto de estímulos visuais e sonoros, muitas vezes, esquece-

mos o fato de que a comunicação é, sempre, processada por todos os sentidos daquele que a recebe. Os cinco sentidos humanos são receptores ininterruptos que enviam mensagens ao cérebro que as interpreta, instantaneamente, interferindo nas percepções de todos nós sobre eventos, lugares, produtos e, é claro, pessoas. A comunicação é processada pelas palavras, pelo tom de voz, pelos movimentos do cor-po: postura, gestos e expressões e, também, pelos odores. Segundo princípios estudados pela PNL (Programação Neurolinguística), o conjun-to desses canais de comunicação funciona como um filtro natural que é um dos res-ponsáveis pela interpretação feita do mundo ao nosso redor, criando nossas percepções pessoais usadas, especialmente, como base para a tomada de decisões.Por essa razão, toda comunicação deve in-tegrar e, principalmente, planejar tais canais de comunicação, tornando-a mais eficiente, indo muito além da imagem e da linguagem.O filósofo francês, Michel Serres, considera-do um dos mais importantes críticos da filo-sofia da linguagem, em seu livro, “Os cinco sentidos – teoria dos corpos misturados”, faz um ataque veemente ao império dos sinais.  Segundo ele, “as palavras nos transformam em mortos. Elas neutralizam nossos senti-dos” (SERRES, Michel, 2001) e terminamos por esquecer que com ou sem linguagem, sempre há comunicação. Nossos sentidos não param de ser receptores e transmissores nem por um momento. Neste universo da comunicação sensorial, o Perfume é o canal mais silencioso ao qual a pessoas reagem de forma inconsciente por ser processado em telas olfativas que cap-

tam informações que são transferidas ao hipotálamo, onde se encontra a memória e a emoção.Para o perfumista Jean Claude Ellena, “enquanto a imagem que recebemos é exterior a nós, o odor, ao contrário, nos penetra. Vivenciando algo que nos atinge pessoalmente, essa penetração, na opi-nião de psicólogos, está na origem do sentimento de prazer ou desprazer, às ve-zes, de repulsa, que nos inspira um odor”.Não deixe que a escolha errada de uma fragrância atrapalhe seus planos pes-soais, profissionais ou mesmo da sua empresa. Escolha o melhor visual, a lin-guagem correta e a fragrância ideal que irá, com certeza, certificar e potencializar a conquista de seus objetivos.Neste final de ano, planeje sua co-municação com o mundo colocando todos os seus canais de comunicação em plena harmonia e, principalmente, a seu favor.O que você deseja conquistar em 2018?  Quais características suas precisam ser destacadas e estimuladas para atingir seus objetivos?Aproveite o Rèveillon que se aproxi-ma, reflita e determine qual mensa-gem você precisa transmitir às pessoas ao seu redor neste próximo ano e coloque todos os sentidos da sua comunicação em harmonia com suas metas, comunicando-se de forma mais eficiente e objetiva em todos os sentidos, especialmente através do pode-roso sentido do olfato. Comece sua escolha por estas dicas abai-xo, que mesmo sendo bem amplas, podem apontar um ótimo caminho a seguir ou, pelo menos, poderão lhe alertar para a possibili-dade de você estar usando um perfume que comunica o extremo oposto do que precisa destacar em si, exercendo uma força pode-rosa no sentido contrário ao ponto onde deseja chegar.  Coloque o poder da comuni-cação sensorial a seu favor!

Page 8: Ano 2 Edição 8 - files.revista-olfato.webnode.comfiles.revista-olfato.webnode.com/200000092-d3dded5619/REVISTAOLFATO... · FUNDO: Sândalo, patchuli, musk, musgo de Carvalho, vetiver,

8

Veja alguns exemplos. Se você

precisa comunicar-se:

- Forte, poderoso(a) e determinado(a), escolha perfumes com notas amadeirados, fougères ou couro;- Sensual: opte pelos orientais, gourmets ou animálicos com notas que estimulam o instinto do sexo opostos;- Livre e criativo(a), use notas ozônicas e aquáticas;- Suave, romântica(o) e afável, escolha os florais leves e frutais; - Cheio(a) de energia e dinâmico(a), busque por cítricos, aromáricos  ou mesmo um fougère leve.- Ousado(a) de personalidade elegante, escolha os Chipres, evitando as subfamílias frutadas ou gourmets, priorizando os amadeirados ou ambarados. E não esqueça da elegância das flores brancas, como jasmim e lírio do vale. - Em harmonia com a natureza, opte pelos verdes ou aro-máticos, podendo ser até um pouco picante.

- Divertida(o) e bem humarada(o):, escolha os frutais, gourmets ou mesmo florais com notas de mel e açúcar queimado.- Moderno(a): escolha perfumes entre as novas famílias olfativas como os aromáticos e picantes.Comece 2018, comunicando ao mundo o seu melhor, em todos os sentidos!! E que venha um feliz Ano Novo!!!

1 SERRES, Michel. Os cinco sentidos – Filosofia dos corpos mistura-dos, Beltran Brasil, Rio de Janeiro,2001.

2 ELLENA, Jean-Claude. Diário de Um Perfumista. Editora Record. Rio de Janeiro. 2013 . 91 p.

Luciene RicciottiAutora do livro Estação Perfume,

publicitária especialista em perfumaria e comunica-ção multissensorial,

professora universitária, palestrante, autora dos livros Mark-Óbvio;

Planejamento de comunicação Integrada e A Criança e o marketing (em coautoria com a psicó-

loga Ana Dias)e diretora acadêmica.

Contato [email protected] informações: www.lucienericciotti.com

Fotos: Duda Morais / Divulgação

Page 9: Ano 2 Edição 8 - files.revista-olfato.webnode.comfiles.revista-olfato.webnode.com/200000092-d3dded5619/REVISTAOLFATO... · FUNDO: Sândalo, patchuli, musk, musgo de Carvalho, vetiver,

9

Entrevista Por Sérgio Oliver

TALENTO

é o seu nome!

Rayanne Morais

Depois de encantar o Brasil na novela “Os Dez Mandamentos”, ela brilha como protagonista na novela “Belaventura”. Conheça neste bate-papo exclusivo um pouco da trajetória dessa estrela.

Page 10: Ano 2 Edição 8 - files.revista-olfato.webnode.comfiles.revista-olfato.webnode.com/200000092-d3dded5619/REVISTAOLFATO... · FUNDO: Sândalo, patchuli, musk, musgo de Carvalho, vetiver,

10

Você começou muito nova no teatro. Isso foi por incentivo da família ou já era um desejo seu? 

Minha mãe fala que, aos 8 anos, eu implorava para ela me colocar no teatro, mas comecei aos 9 anos na minha cida-de (Belo Horizonte / MG). No meu sangue corre paixão pela arte e minha alma veio com extrema sensibilidade. Eu não a escolhi, a arte existe em mim. Por isso, falo que nasci com essa sensibilidade. De lá para cá, nunca mais parei, e tive minha grande oportunidade na novela “Os Dez Mandamentos”. E qual foi a sua primeira experiência no teatro?  

Foi numa peça infantil, fazendo uma pequena bruxinha. Saudade dessa época...                                                                                                                      Também muito nova, você saiu da sua terra natal para trabalhar como modelo. Conte-nos um pou-co sobre essa época? 

Saí com 14 anos - aproveitei uma oportunidade que a vida me sorriu. Aproveitei e aprendi muito! Todas as mi-nhas experiências foram fundamentais para ter me torna-do quem sou hoje. As dificuldades, alegrias, derrotas e vitórias foram essenciais e importantes. Sou uma apaixo-nada pela vida e todas as surpresas que existem nela.  Você chegou a morar em outros países trabalhan-do como modelo. Como foi essa experiência? 

A vida foi muito solidária comigo me dando a oportu-nidade de explorar vastos conhecimentos e culturas, e como aprendi com isso... Gratidão à vida! Aprendi a me moldar a cada nova “proposta” de vida. Amei e curti cada experiência.

  Você se formou em jornalismo. Ainda pensa em trabalhar nessa área ou a profissão de atriz já a completa? 

Viver sem arte é tirar o meu fôlego, não sei viver sem. Amo o que faço! Mas nunca digo nunca.   Qual foi seu primeiro trabalho na TV? E como foi? 

Foi na novela “Insensato Coração”. No meu primeiro contato com a TV, tive a certeza de que amava a minha arte em qual-quer plataforma. Mas a primeira experiência a gente nunca esquece, e ali começava a minha jornada na TV.  Seu personagem na segunda fase da novela “Os Dez Mandamentos”, a Joana, conquistou o carinho e a torcida do público para que ela fosse feliz. O que você poderia destacar nela que fez o público se encantar? 

RM: Joana foi um presente dado por Deus! Foi a grande oportu-nidade da minha vida como atriz, tenho muita gratidão por essa oportunidade e a confiança que depositaram em mim. Acredito que nós, atores, não temos que nos prender ao sucesso ou não sucesso, temos que fazer com muito amor e deixar aflorar cada sentimento... O quem vem depois é apenas conse-quência. 

Page 11: Ano 2 Edição 8 - files.revista-olfato.webnode.comfiles.revista-olfato.webnode.com/200000092-d3dded5619/REVISTAOLFATO... · FUNDO: Sândalo, patchuli, musk, musgo de Carvalho, vetiver,

11

  E como surgiu o convite para protagonizar a novela “Be-laventura”?  

Depois de muitos testes, eu fui aprovada e consegui o papel. A Pietra é o maior presente que poderia receber nesse momento da minha vida. Todos os meus personagens encaro como um grande desafio, pois isso me move, e luto com muita garra por cada um deles. E com a minha amada Pietra não seria diferente... Ela é doce, forte, guerreira, justa, é do “afronte” (risos)... Quanto aprendizado eu tive com essa menina Pietra.  Está sendo um pri-vilégio poder dar vida a ela, sou muito grata com a oportunidade de já assumir o posto de protagonista. É uma honra, um prazer, mas também um super desafio. Sou muito grata pela Record ter confiado em mim essa chance. Durante todos os meses em que gravamos a novela, estive extremamente focada, só me dedicando a isso, abdicando de vida pessoal para poder fazer o meu melhor naquilo que mais amo. Tive a chance de ser dirigida pelo maravi-lhoso Ivan Zettel e sua equipe, falar um texto do genial Gustavo Reiz e contracenar com atores que admiro. Gratidão!  O que a sua personagem Pietra tem em comum com você? 

A garra! Eu me identifico com isso nela.  Qual personagem é mais difícil de interpretar: a vilã ou a mocinha?  

Toda criação é complexa... Dar vida é viver tudo com verdade ab-soluta, nos tira da zona do conforto e acho que tem que ser assim, ser instigado, se sentir elevar como ser humano e, nesse complexo, se encontrar.   Você está na lista das mulheres mais bonitas do nosso país. Qual a sua rotina de beleza?  

Ser feliz! Encontrar a beleza da vida nos torna privilegiados e iluminados, e isso emana luz e beleza. Você gosta de Perfumes? Em caso positivo, qual o que você usa?

Amo! O cheiro nos leva a lembranças, momentos... Não tenho só um, tudo vai de acordo com o momento (risos).  É uma forma de me expressar. Gosto muito do Chanel Chance e Chloé.  Você é do tipo que usa o mesmo perfume durante muito tempo ou prefere variar? 

Tenho uns como marca registrada, mas amo poder me sentir de outras formas também arriscando novos aromas. Você considera o perfume como uma boa arma de sedu-ção? 

Sim! Porque, não? (risos)  E quais são seus projetos para 2018? Já tem alguma novi-dade que poderia nos contar?

Estou com dois projetos que seguem até 2018, “Belaventura” e a peça de teatro “Um casamento feliz”, que está em cartaz no Teatro Itália, em São Paulo. É um texto de Gérard Bitton e Michel Munz, com tradução e adaptação de Flávio Marinho e direção do Eri Johnson. E vou participar do especial de fim de ano da TV Record, o “Dancing Brasil”. Estou animadíssima! E feliz com esse novo processo. Mas tenho, sim, mais projetos para 2018 que ainda estão em segredo, mas em breve todo mundo saberá! 

Fotos: Marcio Rangel

Page 12: Ano 2 Edição 8 - files.revista-olfato.webnode.comfiles.revista-olfato.webnode.com/200000092-d3dded5619/REVISTAOLFATO... · FUNDO: Sândalo, patchuli, musk, musgo de Carvalho, vetiver,

12

Condé Parfum Por Sérgio Oliver

A Super Dica desta edição é a nova marca de perfumes de nicho indie do Brasil: Condé Parfum, criada pelo perfumista Fábio Condé, já chega encan-

tando o consumidor brasileiro pelo bom gosto e beleza de suas embalagens e pela qualidade de suas fragrâncias

A linha Condé Parfum é formada por três aromas: Tabac D’Or, Chypre Clair e Cuir Vert. Todos são unissex ou, como pre-fere Condé, genderless. “Acredito que aromas não tem gênero, abrindo mão de rótulos como ‘masculino’ ou ‘feminino’. O

consumidor constrói sua própria história a partir de uma identidade única e pessoal”, explica Condé.Tabac D’Or é inspirado no tabaco e no seu rico aroma. Em sua abertura, a goiaba conciliada ao grapefruit traz um aroma frutado e fresco. O corpo é aquecido pela pimenta negra, junto da mirra e benjoin - com seus aspectos orientais - complementado pelo heliotropo, com sua delicadez floral amendoada. A base é doce e macia, com baunilha, fava tonka e patchouli. Todos criam um elixir ao redor do tabaco.Já o Chypre Clair é inspirado em um perfume fresco com uma quase áurea chypre - uma das famílias olfativas mais importantes da per-fumaria. Uma fragrância simples e ao mesmo tempo sofisticada, criada para adaptar-se a um clima tropical como o brasileiro. Por isso, sua saída é composta de um conjunto de cítricos como petit grain, limão siciliano, bergamota e lima da pérsia, prolongando o frescor. No corpo, o revigorante chá verde junto ao bambu, continuando o acorde verde e fresco, mas com pitadas de flores aquáticas, sem alterar sua essência. Na base, nuances de musgo de carvalho e vetiver, refinando e finalizando esse perfume predominantemente fresco.Por fim, o Cuir Vert, um perfume complexo e refinado, cujo foco é criar um aroma com uma base de couro, tornando-o mais moderno. Logo em sua saída, há limão, goiaba e yuzu, formando um acorde cítrico, que já entra em sintonia com seu corpo verde e misterioso. Cipreste europeu e bétula doce criam um acorde verde e resinoso, um quase absinto, complementado por pitadas de oud e um intrigante olíbano (incenso), nascendo um aroma esfumaçado, mentolado e único.Os três aromas foram lançados em frascos de 50ml (eau de parfum). A linha também conta com um kit com três flaconetes de 5 ml, cada, para quem deseja conhecer todas as fragrâncias. Os três frascos de 50ml também podem ser comprados juntos, na Master Collection.

Fonte: http://www.condeparfum.com/Fotos: Messi Cohen

Super Dica

Page 13: Ano 2 Edição 8 - files.revista-olfato.webnode.comfiles.revista-olfato.webnode.com/200000092-d3dded5619/REVISTAOLFATO... · FUNDO: Sândalo, patchuli, musk, musgo de Carvalho, vetiver,

13

EntrevistaPor Sérgio Oliver

Gaby Haviarasmovida à paixão

Page 14: Ano 2 Edição 8 - files.revista-olfato.webnode.comfiles.revista-olfato.webnode.com/200000092-d3dded5619/REVISTAOLFATO... · FUNDO: Sândalo, patchuli, musk, musgo de Carvalho, vetiver,

14

UMA MULHERdeterminada,

FOCADAe totalmente dedicada aos seus trabalhos; uma artista multifacetada, que

é movida à paixão.

Conte-nos um pouco sobre a sua infância. Desde essa época já sonhava em ser atriz, ou o desejo só surgiu quando tor-nou-se adulta? Em que momento de sua vida, descobriu que ser atriz era o que realmente você queria de fato ser?

Eu comecei, na vida artística, dançando. Aos cinco anos, fui para o ballet, que faço até hoje. Com 13 anos, fui convidada a fazer parte da Companhia de Dança Mahabhutas, de Florianópolis. Através desta companhia, tive a minha primeira formação em dança e um aprendizado sobre ser uma profissional de artes. Lá, fiz formação em ballet, jazz, moderno e contemporâneo. Mas, em uma das minhas férias na casa do meu primo aqui no Rio de Janeiro, peguei para ler um livro que nem capa tinha, e eu muito menos sabia falar o nome do autor. Era “A Construção da Personagem” de Constatin Stanisla-vski, que só fui saber que era esse livro e quem era ele quando entrei na faculdade. Mas, ao ler o livro, que é uma aula de teatro, eu fui me encantando e pensava: “Eu sei fazer isso”, “É isso que eu quero fazer da vida”. Quando chegou a época do vestibular, eu não me via fazendo opção para nada que não estivesse ligado às artes e foi então que fiz para Artes Cênicas. E a faculdade foi a continuidade da minha forma-ção; agreguei isso ao meu trabalho de bailarina a atriz. Acho que nem deu tempo de sonhar em ser atriz - eu já estava ligada ao palco e às artes e nunca imaginei a minha vida longe disso. Na infância, quando me perguntavam o que eu queria ser quando crescer, eu respondia: “Quero ser feliz”. E hoje eu entendo o que a minha criança queria, pois sou muito feliz por ter escolhido ser artista.  Seu primeiro trabalho foi no teatro ou na TV? Qual foi e como foi essa experiência?

A minha formação é a dança e o teatro; a TV chegou um pouco depois. Até pelo fato de ter nascido e me formado longe das capitais, onde o mercado de TV é mais forte, fui construindo bagagem no dia a dia da poeira dos teatros e salas de ensaio. Minha peça de formatura foi “Noite de Reis”, de Shakespeare. Lembro da sensação de estar no lugar certo, na hora certa e a certeza de que gostaria de continuar fazendo aquilo na vida. Na TV, depois de alguns pequenos traba-lhos, aquele de maior destaque foi o “Conselho Tutelar”, que teve sua primeira temporada em 2014. Um projeto lindo do qual me orgulho muito em fazer parte e dele ter tido continuidade. No cinema, o trabalho que mais me marcou, por enquanto, foi o curta “Garoto de Aluguel”, onde tive o prazer de interpretar uma travesti. 

Seja no teatro, TV ou cinema, qual a personagem que, na sua opinião, é a mais difícil de interpretar: a mocinha ou a vilã? E qual seria a sua explicação?

Eu acho que o personagem mais difícil de interpretar talvez seja o que está mais longe de você, os que te desafiam mais, os que você realmente tem que mergulhar em lugares inimagináveis para eles chegarem. Claro que acho isso o mais incrível da profissão, o desa-fiar-se, estar na beira do abismo de si mesmo. Mas é sempre mais intenso quando você vai construindo-o e ele te desafiando. Acredi-to muito que quando isso acontece e aceitamos os desafios, saímos desses trabalhos melhores como profissionais e, consequentemente, pessoas melhores. Seja mocinha ou vilã, se o papel te desafiar, será sempre mais difícil e prazeroso.  Na nova temporada de Conselho Tutelar, você dá vida à Lí-dia. Conte-nos um pouco sobre essa sua personagem?

 A Lídia é a Assistente Social desse Conselho Tutelar, trabalha ao lado dos dois conselheiros e da psicóloga. Estamos juntas desde a primeira temporada da série. Ela é uma mulher super prática, que chegou até esse cargo porque foi colocada ali por questões políticas, e não por escolha própria. Fica muito claro, na primeira temporada, a funcionária pública que ela se prestava a ser. Mas, já na segunda temporada, ela começa a entrar em contato com os casos e se envol-ver com as crianças, criando para si até uma dualidade de sentimen-tos, o que a faz estar mais dedicada ao trabalho. Agora nesta terceira temporada, ela é reveladora, vai colocar à prova uma grande dor vi-vida na sua história de vida, e ela dá uma grande guinada por amor ao trabalho. É uma personagem com uma trajetória linda, que vai da desinteressada amargurada até a mais engajada e amável. E não é ficção - eu conheci uma assistente social com a mesma trajetória, mas fui saber depois de a Lídia já trabalhar no CT.  

Page 15: Ano 2 Edição 8 - files.revista-olfato.webnode.comfiles.revista-olfato.webnode.com/200000092-d3dded5619/REVISTAOLFATO... · FUNDO: Sândalo, patchuli, musk, musgo de Carvalho, vetiver,

15

 Você também estará, no início do próximo ano, em cartaz com a peça 220 Cartas de Amor. Fale um pouco sobre esse seu trabalho no teatro?

“220 Cartas de Amor” é o oitavo espetáculo da Companhia de Teatro Íntimo, da qual faço parte desde seu início, em 2005. Esse espetáculo é baseado nas cartas trocadas durante sete anos pelo casal Lourenço Renato Farias e Maria de Lourdes Lang, no final dos anos 1950 e início dos anos 1960. É uma verdadeira obra prima a literatura contida nas cartas, que nos fazem refletir que a construção do amor é prazerosa e árdua em qualquer época. E a Maria de Lourdes é uma personagem linda, uma mulher à frente de seu tempo, que foi atleta, artis-ta, professora de matemática e que, com tantos talentos, teve que lidar com o padrão de vida e casamento da época e abrir mão de coisas. Porém, ela faz isso de um jeito engraçado, in-teligente e maduro. Ela me deu aulas sobre o amor! Estreamos em Porto Alegre em outubro, fizemos apresentações em Santa Maria (RS), São Carlos (SC) e Florianópolis (SC), em todas as cidades com casa cheia e um retorno muito lindo sobre a ex-periência que esse espetáculo pode provocar. E logo no início do ano estreamos no Rio e, depois, seguimos para São Paulo.  E na webserie RED, que também vai ao ar no início de 2018, você interpreta uma personagem homossexual. Como foi essa experiência em lidar com um tema tão atual e, ainda, tão polêmico? 

Incrível!  Antes de ser convidada para fazer esse papel, eu já era fã da série. “Red” é um case de sucesso de séries inde-pendentes, patrocinada pelas fãs através de crowdfunding e, com isso, mobiliza fãs do mundo inteiro. E quando aconteceu o convite para viver a Rafaela, eu não tive dúvidas, queria contar aquela história junto com elas, colocar a minha opi-nião como atriz sobre um assunto que, infelizmente, ainda é polêmico. O roteiro é delicado, fala de amor, de relação e das dificuldades que passamos nelas e isso cabe em qualquer gênero, sexualidade ou opção sexual, porque estamos falando

de ser humano. Quando meu primeiro episódio foi ao ar, eu fiquei impressionada com o retorno das fãs, o carinho e abertura para se conversar sobre tudo. Inclusive, muitas viraram amigas e em nenhum momento eu sofri “preconceito” por ser hétero. Por outro lado, vi alguns seguidores deixarem de me seguir porque fiz uma série homossexual. Red já está com episódios especiais semanais no Vimeo e, em 2018, vai ao ar a quarta temporada completa.    Você é o que se pode chamar de uma artista multifacetada. Como foi trabalhar como coach corporal na Dança dos Famosos?  Sim, esse leque de possibilidades já me confundiu algumas vezes na profissão, mas, hoje em dia, entendo que esse “saber fazer” múltiplo se completa. A experiência com o “Dança dos Famosos” foi linda e desafiante, sempre um aprendizado. Eu e a Cris Viana somos amigas há muito tempo e eu já havia feito uma preparação dela para um outro trabalho – mas esse era diferente. A minha preparação com ela dessa vez foi mais direcionada a adequar os movimentos das co-reografias ao seu corpo, ajudá-la na compreensão dos passos e fluxo da sequência, pesquisar os ritmos e buscar neles referências. E ainda acompanhar a trajetória dela em uma competição, que envolve expectativas, ansiedades, desejos, dificuldades, ou seja, basicamente de mãos dadas com a amiga na montanha russa das emoções físicas e emocionais.   Se você tivesse que escolher um perfume para compor suas personagens atuais, como a Lídia, de Conselho Tutelar, por exemplo, qual fragrância seria?  

Incrível essa pergunta, porque sempre penso em cheiros para as personagens, perfumes que me acompanham em todo processo com elas. Para a Lídia, eu escolhi o Tommy Hilfiger feminino. Você gosta de perfumes? Se sim, qual você usa?  

Adoro perfumes e, atualmente, ando grudada com o CK One!  Você é do tipo de usar uma fragrância durante muito tem-po ou prefere variar? 

Não tenho o hábito de mudar muito - passo um tempo apaixonada por uma fragrância quando ela se encaixa no “cheiro da fase da vida”.  Você considera que o perfume seja uma forte arma de sedução? 

Não tenho dúvidas! O perfume, somado ao cheiro da pessoa, acaba resultando num terceiro cheiro, e esse fica característico. Ainda que se passem anos, você vai lembrar da pessoa. E, dentro dos sentidos da sedução, o olfato é determinante!   Como podemos perceber ao longo de sua entrevista, seu início de ano será de muito trabalho. Tem mais alguma novidade para 2018 que poderia nos adiantar?

Sim, além da estreia do “Conselho” em janeiro, do lançamento da 4ª temporada de “RED” e ainda a estreia de “220 cartas de amor” no RJ e SP, estou preparando o lançamento do meu primeiro livro de poesias, que é resultado de oito anos de escritas no meu blog de poesias. E um programa de rádio que se chama “Rio na Intimida-de” na webradio Radiorevista, que farei com meu parceiro William Vorhees. E agora, no final do ano, lancei uma campanha de troca de livros com os meus seguidores para presentear pessoas com melho-res sentimentos e literatura, provocando uma grande corrente! Acho que é isso... E que venham as sementes de 2018!

Fotos - Sergio BaiaMake - Daniel Cunha

Page 16: Ano 2 Edição 8 - files.revista-olfato.webnode.comfiles.revista-olfato.webnode.com/200000092-d3dded5619/REVISTAOLFATO... · FUNDO: Sândalo, patchuli, musk, musgo de Carvalho, vetiver,

16

EntrevistaPor Sérgio Oliver

Alan Nóbrega e o encantado mundo da criação

Com participação em vários festivais de cinema, ele faz sucesso no mundo da anima-ção com a sua criação, a personagem Suelen, do curta “A menina e a Fada da luz”, de quem o público terá muitas novidades no próximo ano. Saiba agora um pouco

sobre esse excelente profissional da animação.

Conte-nos um pouco sobre a sua infância. Você acredita que o seu dom de desenhar vem desde de essa época?

Eu tive uma infância muito feliz e saudável, só lembranças boas. Brincava na rua, tinha muitos amigos, não existiam videoga-mes e nem computadores, eu adorava criar meus próprios brin-quedos usando o que tivesse à mão. Foi uma época da minha vida muito criativa, a imaginação corria solta. Em casa, sempre tinha muitos livros, papéis e lápis de cor, o meu dom para de-senho sempre foi muito incentivado pelos meus pais e irmãos. Acredito que todos nós nascemos com muitos dons: alguns são desenvolvidos, outros esquecidos durante a vida, e posso dizer que, desde de cedo, tive um grande apoio e incentivo da minha família para que eu nunca deixasse de lado o dom de desenhar.

Em que momento você percebeu que desenhar poderia virar profissão?

Eu adorava as revistinhas da Mônica e do Cebolinha, adorava assistir o programa Disneylândia e o Clube do Mickey, princi-palmente quando mostrava trechos de animações dos clássicos da Disney. Quando tinha 12 anos, ia sozinho aos cinemas as-sistir essas animações clássicas, e desenhava bastante. Portanto, era normal que eu quisesse seguir desenhando e, com o apoio que tinha, não haveria nenhum problema. Mas a definição veio quando o meu irmão Alexandre me indicou o curso de Comu-nicação Visual na UFRJ; eu, então com 15 anos, fui pesquisar e descobri que era o que eu queria fazer.

Existe escola ou curso no Brasil para animadores?

Sim, existem cursos e escolas muito boas para animadores no Brasil, tanto que estamos até exportando animadores.

Como surgiu a ideia de criar a personagem Suelen?

Um dia, eu estava voltando para casa à noite e vi sentadas na calçada uma senhora com duas crianças de aproximadamente 2 e 4 anos, cada uma com uma caixinha de balas na mão. A senhora falou gritando para a criança de 4 anos que largasse de moleza e que fosse se esforçar para vender as balas, pois só voltariam para a casa quando todas estives-sem vendidas. A criança parecia distante, mergulhada em um mundo imaginário longe daquela realidade. Aquela cena mexeu muito comigo, então decidi fazer um filme que falasse das crianças que vivem nas ruas, um filme que pudesse ajudar a levantar o debate e a discussão a respeito desse tema. Assim surgiu a Suelen Maria, uma criança linda, meia e amiga que, apesar da sua realidade dura, não deixa de sonhar e viver o seu mundo imaginário com sua amiga, a Fada da Luz.

A menina e a Fada da Luz é o seu primeiro trabalho em animação?

Não. Sou produtor e diretor de animação há mais de 10 anos. O meu primeiro trabalho, em parceria com um amigo, O meu primeiro grande amor, ganhou o prêmio de melhor filme no Show do Gongo-Rio/Festi-val Mix Brasil de 2006. No ano seguinte, realizei A Descoberta de Luke, vencedor do Show de Gongo de Brasília/Festival Mix Brasil de 2007. Já a minha primeira animação infantil foi XÍ! Comeram o lanche da vovó!, premiada como melhor animação no Festival Locomotiva 2012/ Garibaldi-2013 e o Festival Animaldiçoados-Rio 2012. Ao todo, foram 8 curtas animados e 9 prêmios em festivais.

Page 17: Ano 2 Edição 8 - files.revista-olfato.webnode.comfiles.revista-olfato.webnode.com/200000092-d3dded5619/REVISTAOLFATO... · FUNDO: Sândalo, patchuli, musk, musgo de Carvalho, vetiver,

17

O que o inspira para criar os seus desenhos?

A Diversidade.

Você gosta de perfumes? Se a resposta for sim, qual é o que você usa?

Eu, atualmente, uso 4 Voleurs da L’Occitane. Gosto de perfumes suaves e frescos, não gosto de perfumes doces e muito fortes. Para à noite, uso o 27 for men da Kevingston ou o Photo de Lagerfeld.

Se você fosse escolher um perfume para a sua persona-gem Suelen, que fragrância seria?

Acho que a Suelen iria adorar perfumes com fragrâncias de fru-tas como moranguinho ou de uva.

Você considera que os perfumes são uma forte arma de sedu-ção? Qual a sua opinião?

Acho que todos os sentidos são fortes armas de sedução, mas sozinhos não funcionam, por isso, se somar o perfume a outros condutores de sentidos, sim seria uma grande arma.

Quais os seus projetos para 2018? O que podemos esperar de novidades na animação?

A Menina e a Fada da Luz é um filme piloto da série, com o mesmo nome, que pretendo lançar ano que vem. O filme atu-almente está sendo exibido em festivais no Brasil e no exterior; e este ano estou trabalhando como diretor de animação para a produtora TV Piaventura para uma série escrita e dirigida por Dilea Frate que deve estrear na TV Brasil em 2018. Toda a parte de produção de animação está sendo realizada no meu estúdio. Muitas novidades boas estão para estrear em 2018!!!

Foto: DivulgaçãoIlustração: Alan Nóbrega

Page 18: Ano 2 Edição 8 - files.revista-olfato.webnode.comfiles.revista-olfato.webnode.com/200000092-d3dded5619/REVISTAOLFATO... · FUNDO: Sândalo, patchuli, musk, musgo de Carvalho, vetiver,

18

CuriosidadesPor Theo Bibancos

A arte do incenso no Japão

“Ouvir o incenso”.

Uma das frases mais emblemáticas que ouvi em minha viagem de aproximadamente três meses descobrindo o universo dos incensos no Japão. O ouvir representa o compreender

a mensagem trazida por cada incenso em sua forma mais pura. Essa compreensão envolve o físico e o transcendente e coloca a arte do incenso juntamente com a cerimônia do chá e os arranjos florais no patamar das três grandes artes clássicas do Japão. Essa identidade cultural e espiritual faz com que o incenso esteja presente em vários segmentos da sociedade, exercendo diversos papéis de acordo com a finalidade para que ele é utilizado. Ele assume um papel espiritual em tem-plos e meditações, um papel terapêutico quando utilizado em aromaterapia, um papel cerimonial e artístico em sessões específicas para sua apreciação e também o papel de promover o bem-estar quando utilizado para harmonização de um ambiente.

Por que o Japão? Além de o incenso estar enraizado nas tradições milenares do país, o Japão é um dos poucos países onde encontramos incensos 100% naturais de altíssima qualidade. Nepal, Tibete e Butão também oferecem incensos naturais; entretanto, são primariamente direcionados para cerimô-nias religiosas e as formulações são baseadas em textos budistas sagrados de acesso restrito. No Japão, dada a pluralidade de usos do incenso, o acesso a informação torna-se mais tangível e as possibilidades de criação mais variadas.

A filosofia do incenso no Japão. O respeito e o venerar do incenso é traduzido no seu processo de criação. Um incenso, para ser harmônico, deve ser criado seguindo-se uma filosofia denominada “As Dez Virtudes do incenso”, que são:

- Possibilita a comunicação com o transcendente;- Purifica a mente e o corpo;- Remove as impurezas;- O mantém alerta;- Pode ser um companheiro em meio à solidão;- Concede um momento de paz em um mundo atribulado;- Quando em abundância, não se torna cansativo;- Quando pouco, ainda trará satisfação;- O tempo não altera sua eficácia;- Utilizado diariamente, não é prejudicial.

Tipos de incenso. Existem basicamente dois tipos de incenso no Japão, os incensos não combustíveis e os incensos combustíveis. Nos incensos não combustiveis não há queima direta do incenso. O aroma é liberado indiretamente pelo aquecimento do incenso por uma fonte externa de calor (carvão vegetal). Os principais incensos não combustíveis são as madeiras como o oud e o sândalo e o incenso em bolinha (figura 1). Nos incensos combustíveis, o aroma é liberado pela queima direta do incenso. Os principais incensos combustíveis são os cones e as varetas (figura 2).

Criando um incenso. Basicamente, considerando-se apenas a parte metodológica do processo, as matérias-primas são transformadas em pó e misturadas entre si. Posteriormente, são adicionados o ligante, a parte líquida e a massa do incenso é então trabalhada para confecção dos modelos, como as bo-linhas, os cones e as varetas (figura 3). Entretanto, existem aspectos além da técnica e da filosofia das “Dez Virtudes” que são de importância fundamental quando se cria um incenso: a energia transmitida e o propósito do incenso. Independente de crença ou credo religioso, o fazer incenso é um processo ritualístico que abrange níveis físicos e metafísicos. Essa é a natureza do incenso e ela deve ser nutrida e respeitada.

A linha de incensos da 467 Perfumaria Natural. Todos os incensos feitos pela 467 Perfumaria Natural são 100% naturais utilizando como matérias-primas madeiras, resinas, gomas e óleos essenciais. Não são utilizados salitre, essências sintéticas ou qualquer tipo de material nocivo à saúde. Cada incenso segue os passos da filo-sofia das “Dez Virtudes do Incenso”, e possuem uma energia e finalidade próprias. O intuito é que cada incenso que seja aceso possa ser um resgate genuíno dessa arte milenar e que todos que sentirem seu aroma possam ser beneficiados por sua presença amiga e divina.

Fotos: Theo Bibancos

Page 19: Ano 2 Edição 8 - files.revista-olfato.webnode.comfiles.revista-olfato.webnode.com/200000092-d3dded5619/REVISTAOLFATO... · FUNDO: Sândalo, patchuli, musk, musgo de Carvalho, vetiver,

19

História Por: Roberto D´Angelo A marca  Yardley of London  é conhecida pelos sabonetes de

luxo que fabrica, mas, o que a maioria das pessoas não sabe, é que, por detrás da fama de melhores fabricantes de sabone-tes, existe uma história que começou em meados do século XVII.No reinado do rei Charles I, o jovem empreendedor Jonathan Yardley obteve uma permissão do monarca para fornecer sabonetes para a cida-

de de Londres. Os meios pelos quais essa permissão foi obtida perdeu-se com o tempo; no entanto, podemos supor que en-volveu o pagamento de uma soma considerável em dinheiro.Toda a história, bem como os documentos dessa primei-ra fase da empresa, infelizmente, perderam-se no gran-de Incêndio que destruiu a velha cidade de Londres em 1666. A única informação que se preservou é que a alfaze-ma já era usada para a perfumação dos famosos sabonetes.A história começou em 1770, com a Willian Cleaver, que possuía uma próspera empresa de fabricação e distribui-ção de sabonetes e perfumaria, estabelecida em Londres.Em 1801 o jovem e ambicioso Willian Yardley casou-se com a filha e herdeira de Willian Cleaver e, imediatamente, se en-volveu nos negócios da empresa. Pressionado pelos bancos, Willian Cleaver viu-se em apuros por causa de uma dívida assumida com um banco de £ 20.000; seu genro Willian, como fiador dessa operação, pagou a dívida tornando-se o primeiro membro da família Yardley na história da empresa.

Em 1824, Willian faleceu, deixando os negócios para seu filho Charles. Esse, por sua vez, mostrou-se pouco interes-

sado nos negócios da família, passando a direção para o seu primo Frederick Cleaver.Em 1841, Frederick Cleaver deixou a direção dos negócios; e, com a saída do primo, Charles nomeou o próprio filho, que, juntamente com um sócio, fundou a Yardley & Statham.Depois da morte dos sócios Charles Yardley e Statham, seu filho e herdeiro não tinha idade suficiente para assumir os negócios da família e então a empresa passou a ser dirigida por Thomas Exton Gardner, uma espécie de tutor do jovem, sob o nome de Yardley & Company.Assim, por volta de 1880, em plena era vitoriana, a Yardley de Londres começou a exportar os seus famosos sabonetes de lavanda Inglesa (of course!) para os EUA.

Yardley Um clássico da perfumaria

Page 20: Ano 2 Edição 8 - files.revista-olfato.webnode.comfiles.revista-olfato.webnode.com/200000092-d3dded5619/REVISTAOLFATO... · FUNDO: Sândalo, patchuli, musk, musgo de Carvalho, vetiver,

20

Seguiu-se quase um século de expansão nas exporta-ções de forma gradual, primeiro para a Austrália e

depois para todo o mundo. Novos produtos garantiram a popularidade da essência da fragrância inglesa.Em 1905, Yardley & Co Ltd tornou-se uma das em-presas líderes mundiais de sabonetes e perfumaria.O título de fornecedor da família real foi concedido à prestigiosa Yardley of London por Sua Majestade, a rainha Mary.Sua Alteza Real, o  Príncipe de Gales Edward, fi-lho mais velho do Rei Edward VII, homem vaidoso e elegante que, com a morte do pai, tornou-se rei, seguindo uma tradição da família real britânica, prestigiava os produtos de higiene e beleza da Yar-dley of London. Ele ficou famoso na história por abdicar do trono pela mulher que amava, a plebeia Wallis Simpson.Sendo a lavanda o ingrediente chave por quase 400 anos da Yardley of London, o laboratório da empre-sa dedicou-se a estudar e pesquisar cada variação dessa planta, e, em meados da década de 30, vários botânicos foram convocados para vasculhar várias partes do mundo na busca das diversas espécies de lavanda, o que resultou na descoberta da Lavandu-la Augustifolia, uma espécie única que foi levada para a Inglaterra e atualmente cresce nos campos ingleses, fornecendo a matéria-prima principal para a fabricação da gama de produtos da marca.Desde os tempos do rei George, os sabonetes Yardley of London ostentam o título de “o mais luxuoso sabo-nete do mundo” ricamente perfumado com a delicio-sa fragrância da flor da lavanda inglesa.Na década de 60, Londres era o coração pulsante da Europa do pós-guerra.  Yardley of London  lançou a sua primeira linha para os homens que começavam e se preocupar com a vaidade.A famosa modelo Twiggy, que definiu o padrão de beleza dos anos 60, tornou-se o rosto da marca, e Yar-dley of London entrou no glamouroso mundo da Fór-mula 1, patrocinando a equipe BRM. Nas décadas que se seguiram,  Yardley of Londondesfrutaria de uma sucessão de parcerias e patrocínios com empresas fa-mosas tais como Beechams, Well e Lornamead.A lendária  Yardley of London, que ostenta com or-

gulho uma rica e maravilhosa herança, em 2012, foi comprada pela Wipro Enterprises, fabricante de pro-dutos de higiene pessoal.No mesmo ano, foi lançada a fragrância Royal English Daisy, de edição limitada, inspirada em Catherine Mi-ddleton, Duquesa de Cambridge e esposa do príncipe Guilherme, Duque de Cambridge.A  Yardley of London  continua a criar produtos de luxo para um público requintado e exigente ao redor do mundo, como o lançamento de  Citrus & Wood, fragrância masculina, e a sua nova linha de fragrân-cias com uma linha de banho composta por hidra-tantes, sabonetes e talcos que foi elaborada com as mais populares fragrâncias de Lavanda Inglesa, Lírio do Vale, Rosa inglesa, Peonia, Violetas de Abril, Íris e Flor de Laranjeira.A Yardley of London mantém a posição de liderança no mercado da perfumaria internacional com a histó-ria e tradição que outras casas de perfumaria nem de longe possuem.

Fotos: Divulgação

Page 21: Ano 2 Edição 8 - files.revista-olfato.webnode.comfiles.revista-olfato.webnode.com/200000092-d3dded5619/REVISTAOLFATO... · FUNDO: Sândalo, patchuli, musk, musgo de Carvalho, vetiver,

21

Ele é cantor e compositor profissional, apresentador de rádio e TV, músico, produtor de eventos, ganhador de inúmeros prêmios na carreira, realizador de muitos pro-

jetos e shows por todo Brasil. Recentemente, ganhou o Prêmio de Cantor Revelação de 2017 pela Ordem dos Músicos do Brasil. Ele é Cesar Guerreiro. Um vencedor, um batalhador,

sucesso por onde passa. E, principalmente, amigo de todos. Mas a vida desse amazonense, radi-cado no Rio de Janeiro, não foram só flores...Primogênito de seis irmãos. Luciene, Claudemir, Cleumir, Lauro Junior e Lucélia, ele cresceu em um pequeno e pobre vilarejo da cidade de Manaus. Um lugar paupérrimo sem nenhu-ma infraestrutura. Não havia água, luz, ruas asfaltadas, coleta de lixo. Não tinha brinque-dos, roupas, sapatos. Mas tinha os sonhos e a esperança.Gostava de estudar, de ler e escrever. Os primeiros contatos com a música e com o esporte foram lá, no Pró Menor Dom Bosco – Projeto Salesiano, fundado e presidido pelo padre

italiano Marcelo Bertolucci.A vida no pequeno bairro da Redenção era muito difícil. Cesar Guerreiro e sua família

mudaram-se para o bairro chamado Alvorada 2. Sua mãe, Dona Valda, o matricu-lou na Escola Pro Menor Dom Bosco-Projeto da Ordem Católica Salesiana, que tem por objetivo resgatar e oportunizar jovens de famílias carentes para apren-der ofícios diversos. Fez muitos amigos. E, principalmente, começou a jogar fu-tebol e aprender música.

EntrevistaPor Gabriel Guerreiro

César Um Guerreiro na vida

COMO COMEÇOU SUA MUDANÇA DE VIDA?

“Foi quando eu me mudei de Bairro. Fomos morar no Alvorada. Minha mãe me matriculou no Projeto Salesiano Pró Menor Dom Bosco, onde, de fato, eu comecei a ser criança, a viver como criança. Aprendi muitas coisas. Comecei a Cantar, a dançar e a jogar futebol. A música e o futebol sempre caminharam juntos comigo. E o Pró Menor me proporcionou tudo isso “.Mas a vida nunca foi fácil para esse amazonense guerreiro e batalhador. Já vendeu bolo em porta de escolas, picolés na rua, limão em semá-foros da cidade. E, para ganhar um dinheirinho, até limpou quintal de casas ricas em bairros nobres próximos da sua casa.Porém, nada era tão ruim que não pudesse lhe fazer feliz. Havia espaço para o lúdico. As brincadeiras de subir nas arvores, de roubar manga nos quintais. De mergulhar nos igarapés, muitas vezes, em águas barrentas e enlameadas. As peladas de rua. As brincadeiras com os amigos.“Minha casa era de madeiras velhas e meio apodrecidas pelo tempo, telhados furados, as tábuas do assoalho eram tão frágeis e envelhecidas que poderiam a qualquer momento quebrar e cair para debaixo da casa”.Seu pai, Lauro Guerreiro, era Feirante. Tão simples como um retirante. A Mãe Valda, empregada doméstica. Costureira e artesã.

COMO ERA A CONVIVÊNCIA COM SEUS PAIS?

“Meus pais não tinham condições de me dar os brinquedos que toda criança gostava de ganhar. Mas me deram de presente muito amor e proteção. E aquilo era o que eu precisava para sonhar. Lutavam pela vida como guerreiros imbatíveis. Principalmente, deram a educação e o preparo para enfrentar o mundo.Quando tinha as festas na escola, eu formava Bandas Cover, fazendo dublagem de vários artistas. Foi RPM cover, Dominó Cover, e outros grupos de sucesso da época. Eu me apresentava em gincanas promovi-das nos domingos oratorianos do Pró Menor.”Dali, através do seu primo Denis Guerreiro, Cesar Guerreiro foi parar no Nacional de Manaus, onde começou de fato sua carreira futebolísti-

ca. Despontava como uma das grandes promessas do futebol de base da época. Disputou o campeonato amazonense na Categoria de Base.“Aprendi muita coisa também como atleta - Fiz muitas amizades”. COMO ERA ESSA ÉPOCA COMO ATLETA NO NACIONAL?

“Era muito legal. Muitos treinos, muitos jogos. Fui muito vitorioso nessa época. Nosso treinador, Professor Cândido, nos passava muitos valores de vida. Eu lembro que, quando voltávamos dos treinos ou dos jogos, sentávamos nas cadeiras no fundo do ônibus, e eu puxava as músicas de samba-enredo da época. Rapidamente, formava um roda de samba dentro do ônibus. Eu, Aderson, Alcimar, Rossi, Francimar, China, Lander”. Era uma turma Boa – E até hoje somos amigos”

Page 22: Ano 2 Edição 8 - files.revista-olfato.webnode.comfiles.revista-olfato.webnode.com/200000092-d3dded5619/REVISTAOLFATO... · FUNDO: Sândalo, patchuli, musk, musgo de Carvalho, vetiver,

22

E COMO COMEÇOU A SE CONCRETIZAR ISSO DE MUDAR DE VIDA?

“Um dia, lá no Pro Menor mesmo, eu conheci uma pessoa chamada Regine de Koning. Uma belga que veio trabalhar como enfermeira voluntária no projeto. Eu, sem cerimônias, me aproxi-mei dela, disse-lhe que meu sonho era ser Jogador de Futebol e se ela poderia me levar embora dali. Ela achou aquilo muito estranho. Eu era só um adolescente. Mas depois de tanta insistên-cia, e com aval da minha mãe, ela aceitou me levar”. A partir daí, minha vida mudou completa-mente. Mas não sem os obstáculos que eu teria pela frente.”

COMO FOI A SAÍDA DE MANAUS?

“Quando minha mãe concordou em me deixar partir, ela já estava separada do meu pai. A coisa lá em casa andava difícil. Para piorar, nós não tínhamos condições de comprar uma passagem de avião. O único jeito foi ir de Barco - “era mais barato”, embora fosse uma viagem muito mais demorada. Saí do Porto de Manaus, rumo ao Sul do Brasil.

E DURANTE A VIAGEM QUAIS FORAM OS DESAFIOS?

“Foram muitos. Não tinha dinheiro para me alimentar nas paradas que o ônibus fazia, não dor-mia direito, um calor insuportável. Mas o mais complicado era ficar sem tomar banho. Imagina o Cheirinho. Foi horrível. Imagina! Logo eu que vivia numa cidade cercada por Rio e Igarapés. E foi depois dessa viagem que eu comecei a dar importância para os perfumes. E, como jogador de futebol, eu poderia comprar aqueles de que eu gostava”.

ENTÃO CONTE-NOS SOBRE ESSA RELAÇÃO COM OS PERFUMES?

“Bom, quando eu era criança, lembro da minha avó usando uns perfumes de catálogo. Mas eu não gostava muito. Acho que também nem precisava. Minha mãe passava muito talco na gente. Depois do banho, minha mãe enchia a gente de talco. Eu e meus irmãos ficávamos com o pescoço e o sovaco cheio de talco, tudo branco e cheiroso.Mas, depois que eu cheguei em Porto Alegre, eu olhava aquelas vitrines com perfumes importados, e comecei a me fascinar. Depois de algum tempo, vi um amigo usar um “tal” de Azzaro. Pedi-lhe que me deixasse passar um pouquinho em mim. E foi amor ao primeiro cheiro. Fiquei tão apaixonado por perfumes que hoje eu não abro mão deles.Gosto de todos. Mas meu preferido, continua sendo o Azzaro. E tem um que ganhei de presente há algum tempo chamado Lapidus. Esse perfume é muito bom.Recentemente, ganhei da minha amiga Regine de Konning um CK One - Calvin Klein e um Dimitri, de O Boticário. Gostei muito.Acho que o perfume nos remete a momentos. Cada momento pede um perfume. Uma coisa de comportamento mesmo.Eu, por exemplo, nos shows, uso os mais fortes e intensos. E, para dormir, um perfume mais leve e tal...”

HOJE, VOCE ESTÁ EM UMA ASCENÇÃO PROFISSIONAL MUI-TO GRANDE. OLHANDO PARA TRÁS, O QUE VOCÊ PODERIA DIZER?

“Passados tantos anos depois que eu saí de Manaus, vivi e aprendi muitas coisas. Hoje, vivo no Rio de Janeiro, tenho um filho maravi-lhoso chamado Gabriel Guerreiro, que logo em breve vai se formar na carreira Diplomática. Eu fui jogador profissional, sou músico instru-mentista, cantor e compositor profissional, apresentador de rádio e TV, operador de rádio, produtor de eventos, cronista e comentarista esportivo. Já participei em novelas globais, fiz filmes, e, em breve, estreio como protagonista em um Musical. Então, é claro que me con-sidero um vencedor. Porém, não posso deixar de reconhecer as muitas pessoas que me ajudaram a chegar até aqui. Aos meus pais, Seu Lauro e Dona Valda, meus irmãos, ao Padre Marcelo Bertolucci, a Regine de Konning, ao Internacional de Porto Alegre, ao Estrela de Porto Feliz (clube que me acolheu quando eu saí de Porto Alegre), aos amigos que acompanham e dão força no meu trabalho, que vão nos shows, e claro, a Alyne Amorim, uma pessoa especial que tem me dado todo o suporte que um homem precisa para crescer na vida – juntos, temos construído e alcançado muitas coisas. E que seja assim por muito tempo”.

Fotos: Divulgação

Page 23: Ano 2 Edição 8 - files.revista-olfato.webnode.comfiles.revista-olfato.webnode.com/200000092-d3dded5619/REVISTAOLFATO... · FUNDO: Sândalo, patchuli, musk, musgo de Carvalho, vetiver,

23

Molecule 01 Super DicaPor Sérgio Oliver

Fotos/Fonte: Divulgação/Espírito Bird

Outra Super Dica desta edição é o perfume Molecule 01, a fragrância que conquistou o mundo.

Entre os perfumes da linha Escentric Molecules, da This Company, a fragrância Molecule 01 é o preferido das estrelas. Criado pelo perfumista Geza Schoen, em Berlim, é um perfume provocativo com base em uma única nota.

O Molecule 01 contém somente uma nota em sua composição, o Iso E Super, que lhe dá um toque sutil à fra-grância, que consegue permanecer fresca, natural e ao mesmo tempo sensual. Esse perfume também foi eleito

como um dos cinco mais sexys do mundo.Molecule 01 é uma tendência inovadora e revolucionária. Aqueles que o usam atraem admiradores que que-rem sentir de perto esse aroma maravilhoso e, de certa forma, indescritível. Ele é unissex e mantém a verdadei-

ra essência da fragrância, perfeita para fazer combinações diferentes com outros perfumes da linha.

Para saber mais sobre a marca, ou adquirir o seu produto, acesse www.espiritobird.com.br/escentric-molecules

Page 24: Ano 2 Edição 8 - files.revista-olfato.webnode.comfiles.revista-olfato.webnode.com/200000092-d3dded5619/REVISTAOLFATO... · FUNDO: Sândalo, patchuli, musk, musgo de Carvalho, vetiver,

24

Page 25: Ano 2 Edição 8 - files.revista-olfato.webnode.comfiles.revista-olfato.webnode.com/200000092-d3dded5619/REVISTAOLFATO... · FUNDO: Sândalo, patchuli, musk, musgo de Carvalho, vetiver,

25

Page 26: Ano 2 Edição 8 - files.revista-olfato.webnode.comfiles.revista-olfato.webnode.com/200000092-d3dded5619/REVISTAOLFATO... · FUNDO: Sândalo, patchuli, musk, musgo de Carvalho, vetiver,

26

Anuncie na Revista OlfatoTemos sempre um bom espaço reservado para você.

E-mail: [email protected]