Ano 13 nº 723 Domingo, 12.08.2012 O … · 2012-08-10 · Ano 13 nº 723 COMPETÊNCIAS A SERVIÇO...
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CIDADÃOS E ENTIDADES SE MOBILIZAM PARA TENTAR REVERTER OS GRAVES PROBLEMAS URBANOS QUE ACOMETEM A CIDADE.O RECIFE QUE PRECISAMOS
Na Ponta da Língua
Apóstrofo Não Indica Plural!
É incorreto, embora frequentemente observado, o uso do apóstrofo (’) para indicar o plural. O erro parece ter se originado do possessivo em inglês que, como se sabe, se grafa com ’s, ex.: Obama’s life (a vida de Obama). É evidente que, afora o aspecto visual, uma coisa nada tem a ver com outra. Portanto, ao pluralizar abreviaturas e siglas, acrescente apenas um s, como nestes exemplos: sécs.; TVs; DVDs; CDs; ONGs; etc. Use apóstrofo somente se quiser suprimir uma vogal: ’spero; caixa-d’água; minh’alma; etc.
Uma cidade maltratada, beirando o
colapso, com gravíssimos problemas de
mobilidade urbana, centro histórico
abandonado, calçadas intransitáveis,
patrimônio público degradado. Há saída para
o Recife? “Sim”, diz o consultor Francisco
Cunha, sócio-fundador da TGI Consultoria em
Gestão e integrante do Observatório do Recife
(ODR). Algumas medidas essenciais para
reverter o caos urbano que acomete a cidade
foram apresentadas por ele na palestra O
Recife que Temos e o Recife que Precisamos,
durante a última reunião mensal da Rede
Gestão.
Arquiteto e urbanista, Francisco conhece
profundamente o Recife, não só pela
formação profissional, aliada à prática de 25
anos em consultoria empresarial, mas
também como caminhante regular, com mais
de 2 mil quilômetros andados a pé pelas ruas
da cidade. Seu diagnóstico é que o Recife
caminha para o colapso, está prestes a perder
a sua “alma” e tornar-se igual a qualquer
outra cidade ruim, sem personalidade própria.
Na palestra, ele apresentou diversos dados
que constam de um relatório produzido pelo
Observatório do Recife com uma radiografia
do quadro atual e sugestões de intervenção
para tratar os problemas mais graves.
A situação atual, segundo ele, é
resultado de uma malsucedida combinação
de fatores, como o intenso processo de
urbanização das cidades brasileiras e o
privilégio à política partidária/eleitoral em
detrimento da gestão da cidade no período
pós-redemocratização no Brasil, fenômeno
particularmente intenso no Recife. “O que
vimos foi a falência do planejamento e do
controle urbanos no Brasil, com
desmantelamento das estruturas de
planejamento da RMR, como a Fidem, e da
Prefeitura do Recife. Há décadas que, por
exemplo, não há concurso para arquiteto ou
urbanista na Prefeitura”, disse.
À falta de planejamento, soma-se, como
agravante, o crescimento acelerado da
economia de Pernambuco nos últimos anos,
com forte pressão sobre a historicamente
frágil infraestrutura do Recife, catalisando o
fenômeno de deterioração urbana da cidade.
E, ainda, fatores como a explosão da venda
de carros no Brasil, com a entrada de mais de
60 mil veículos particulares no Recife por ano.
“Com o novo ciclo de crescimento acelerado
de Pernambuco, a coisa piorará muito se só
pouquíssimo continuar sendo feito como
agora”, alertou.
Francisco acredita que há saídas
possíveis para o problema, embora o quadro
seja grave e o desafio, muito exigente. O
Recife que Precisamos, segundo ele, passa
por cinco medidas essenciais: (1) retomada
do controle urbano, (2) restabelecimento
imediato do planejamento de longo prazo,
(3) enfrentamento do travamento da
mobilidade, (4) recuperação do centro da
cidade e (5) revitalização do Rio
Capibaribe.
Para o consultor, retomar o controle
urbano eficiente e tempestivo, com a
participação efetiva da população, é
absolutamente fundamental para o
restabelecimento, inclusive, da ordem
pública e da autoridade da gestão municipal.
“Essa área da administração pública municipal
requer uma total reformulação, que inclui,
inclusive, tratamento de choque para
determinadas questões cruciais.” Uma
medida de impacto defendida por ele é a
criação da Secretaria das Calçadas para, no
prazo de um ano, trazer civilização às
calçadas recifenses. Outra ação sugerida é a
transformação do centro do Recife em
patrimônio da humanidade durante a próxima
gestão municipal.
Todos os candidatos à Prefeitura estão
debatendo as questões apresentadas no
relatório produzido pelo Observatório do
Recife em encontros promovidos pela
CDL-Recife. “Para ser prefeito do Recife hoje é
preciso ser apaixonado pela cidade e mobilizar
o reapaixonamento do recifense com
determinação, foco e ousadia”, defendeu.
Outra medida importante, a mobilização
da sociedade, também está no foco das
entidades. Em setembro, a revista Algomais
irá lançar a campanha O Recife Que
Precisamos, com o objetivo de ampliar a
conscientização e o engajamento da
população. A ideia é promover uma ampla
discussão nas redes sociais sobre os
problemas e soluções para o Recife,
coletando assinaturas para o relatório do
ODR, que será entregue ao prefeito eleito.
“Não podemos assistir passivamente ao que
está acontecendo com o Recife”, assinala
Francisco. “Quanto mais pessoas engajadas,
maior a possibilidade de mudança.”
O Profissional em Foco
CriaçãoPublicitária Revisão
Seja um Agente Modificador
A dificuldade de mobilidade urbana nas grandes cidades não é apenas responsabilidade do Poder Público. Você também pode modificar essa situação adotando novos hábitos de locomoção. A carona solidária no trabalho ou na hora de levar os filhos à escola é uma forma de reduzir o fluxo de veículos. Procure saber a rota das pessoas da sua convivência e proponha o rodízio. Há também outras maneiras de melhorar a mobilidade. Quando for a padaria, farmácia ou outros locais perto, vá caminhando ou de bicicleta. Essas pequenas atitudes, além de melhorar o convívio social e a mobilidade urbana, são sustentáveis. E o meio ambiente agradece.
Conect@do
Brasileiros Seguem Marcas nas Redes Sociais
Setenta e dois por cento dos usuários de internet brasileiros afirmam seguir pelo menos uma marca ou produto em suas redes sociais. Essa constatação faz parte da pesquisa Produção e Difusão da Mídia Social Entre Brasileiros, divulgada pela eC Metrics, e que visa mostrar o comportamento e a interação dos internautas com as marcas no Brasil. Entre os principais motivos que levam o consumidor a seguir marcas e produtos, estão: apreciação da marca com outras pessoas (31%), associar-se a uma causa na qual acredita (31%), vontade de aprender mais sobre a empresa (29%) e obter mais informação sobre os produtos de uma marca (29%). O levantamento também constatou que 42% dos entrevistados gostariam de se relacionar com uma marca para encontrar mais informação e conhecimento sobre ela, enquanto 26% esperam ter uma experiência personalizada.
Fonte: Palavra da Consultexto(www.consultexto.com.br)
Fonte: Administradores.com
Fonte: Minuto Ágilis(www.agilis.com.br)
COLUNA DA
nº 723Ano 13
COMPETÊNCIAS A SERVIÇODO DESENVOLVIMENTO DE PERNAMBUCOE DE SUAS EMPRESAS.
www.redegestao.com.brDomingo, 12.08.2012
“Com o novo ciclo de
crescimento acelerado de
Pernambuco, a coisa
piorará muito se só
pouquíssimo continuar
sendo feito como agora”