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Tel. +41 (0)61 423 03 47 Fax +41 (0)61 423 03 46 [email protected] www.cigabrasil.ch Caras amigas e amigos, Bem-vindos à última edição do CIGA- Informando em 2008. Como sempre, o ano passou rápido demais e já está chegando ao fim. Muita coisa aconteceu, na vida de cada um e no mundo. Algumas reviravoltas na área financeira deixaram muita gente de cabelo em pé e sem dinheiro no bolso (ou na Bolsa?) e a grande notícia ainda antes do fechamen- to desta edição é a eleição de Barak Obama como primeiro presidente negro dos Estados Unidos, gerando grande expectativa para o mundo inteiro. Falando em mudanças, nós também vamos ter de nos acostumar com a nova forma de escrever em português. Com a entrada em vigor do Acordo Ortográfico dos Países de Língua Portuguesa, em janeiro de 2009, vamos precisar reaprender algumas regras. Na homepage do CIGA-Brasil (www.cigabrasil.ch) temos um link para o resumo das novas regras (em PDF). Mudança, aliás, faz parte da vida de todos os emigrantes. Sair do seu país, viajar, viver em outro país e tentar refazer sua rede, seus laços, sem esquecer quem ficou para trás, é uma experiência que todos nós conhecemos bem. Cecília Zugaib, de Zurique, resolveu escrever sobre isso para a Revista Integra e nós republicamos este artigo na página 17. Na seqüência da I Conferência «Brasileiros no mundo», realizada em julho do Rio de Janeiro para debater a situação dos brasilei- ros emigrados, ficaram em aberto as dis- cussões sobre a política do governo do Brasil em relação a seus cidadãos que moram em outros países. Na página destinada ao Conselho Brasileiro na Suíça, trazemos a pro- posta defendida pelo Conselho em relação a este tema e na página 3 o convite do jorna- lista Rui Martins para as palestras onde vai apresentar sua proposta: a da criação do Estado do Emigrante. Neste CIGA-Informando voltamos a falar um pouco de artes. Na página 8 você ficará conhecendo o grupo Saudade Nova, que com um sotaque europeu apresenta grandes nomes da música brasileira, tanto em shows quanto por meio de seu recém-lançado CD: Triança. Ainda na área da música, combinada com dança e ritmo, Continua página 3 ANO 10 - NÚMERO 55- NOVEMBRO 2008 - TIRAGEM: 1700 EXEMPLARES Binningerstrasse 19 4103 Bottmingen Foto: Rubens Zischler «É preciso criar um espaço, um vazio, para que as coisas novas cheguem em sua vida.» (Joseph Newton) «É preciso criar um espaço, um vazio, para que as coisas novas cheguem em sua vida.» (Joseph Newton)

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Tel. +41 (0)61 423 03 47Fax +41 (0)61 423 03 46

[email protected]

Caras amigas e amigos,

Bem-vindos à última edição do CIGA-Informando em 2008. Como sempre, o anopassou rápido demais e já está chegando aofim. Muita coisa aconteceu, na vida de cadaum e no mundo. Algumas reviravoltas na áreafinanceira deixaram muita gente de cabeloem pé e sem dinheiro no bolso (ou na Bolsa?)e a grande notícia ainda antes do fechamen-to desta edição é a eleição de Barak Obamacomo primeiro presidente negro dos EstadosUnidos, gerando grande expectativa para omundo inteiro.

Falando em mudanças, nós tambémvamos ter de nos acostumar com a novaforma de escrever em português. Com a entrada em vigor do Acordo Ortográficodos Países de Língua Portuguesa, em janeiro de 2009, vamos precisar reaprenderalgumas regras. Na homepage do CIGA-Brasil(www.cigabrasil.ch) temos um link para oresumo das novas regras (em PDF).

Mudança, aliás, faz parte da vida de todosos emigrantes. Sair do seu país, viajar, viverem outro país e tentar refazer sua rede, seus

laços, sem esquecer quem ficou para trás, éuma experiência que todos nós conhecemosbem. Cecília Zugaib, de Zurique, resolveuescrever sobre isso para a Revista Integra enós republicamos este artigo na página 17.

Na seqüência da I Conferência «Brasileirosno mundo», realizada em julho do Rio deJaneiro para debater a situação dos brasilei-ros emigrados, ficaram em aberto as dis-cussões sobre a política do governo do Brasilem relação a seus cidadãos que moram emoutros países. Na página destinada aoConselho Brasileiro na Suíça, trazemos a pro-posta defendida pelo Conselho em relação aeste tema e na página 3 o convite do jorna-lista Rui Martins para as palestras onde vaiapresentar sua proposta: a da criação doEstado do Emigrante.

Neste CIGA-Informando voltamos a falarum pouco de artes. Na página 8 você ficaráconhecendo o grupo Saudade Nova, que comum sotaque europeu apresenta grandesnomes da música brasileira, tanto em showsquanto por meio de seu recém-lançado CD:Triança. Ainda na área da música, combinadacom dança e ritmo, Continua página 3 ➙

ANO 10-NÚMERO 55- NOVEMBRO 2008 -TIRAGEM:1700 EXEMPLARES

Binningerstrasse 194103 Bottmingen

Foto: Rubens Zischler

«É preciso criar um espaço, um vazio, para que as coisas novas cheguem em sua vida.»(Joseph Newton)

«É preciso criar um espaço, um vazio, para que as coisas novas cheguem em sua vida.»(Joseph Newton)

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publicamos o con-vite para o final de semana de «Saravá», orga-nizado por Ariane Rufino. Confira os detalhesna página 22.

Na área jurídica abordamos nesta edição oConcubinato. Numa entrevista com o escritó-rio de advocacia Bürgi Nägeli, de Zurique, a-presentamos dicas de como funciona um con-trato de concubinato, quem pode fazer essetipo de contrato e qual sua validade legal.Veja na página 10 todas as informações arespeito.

Uma matéria especial desta edição faz umretrospecto da visita do teólogo e escritorLeonardo Boff à Suíça (P. 20). Falando sobre aTeologia da Libertação e seus efeitos nas áreassocial, política e do meio ambiente, Boff en-cantou auditórios cheios e deixou uma men-sagem de desafio: ou mudamos nossa formade pensar em relação ao meio ambiente e cons-truímos uma convivência social mais justa, oupodemos nos preparar para sofrer as conse-qüências negativas de nossas atitudes irres-ponsáveis.

Na página de saúde o tema desta ediçãolembra um problema comum com a chegadado frio: as gripes e resfriados. Aprenda a dife-renciar um do outro e ver como se proteger etratar em cada caso na página 26. Na colunade Psicologia (P.4) o tema desta vez é o otimis-mo. Responsável por muita coisa que nosacontece ao longo da vida, o otimismo podefazer muita diferença. Educar para o otimismoé, portanto, uma importante missão para ospais e educadores, como enfatiza nossa con-sultora na área.

Chamamos a atenção para nossa últimaatividade do ano: Wir feiern zusammen, umaFesta Multicultural que o CIGA-Brasil estáorganizando em conjunto com outros grupose associações de migrantes. Será no dia 29 de

novembro, em Pratteln (detalhes na P.13).Além das especialidades culinárias de váriospaíses (nós vamos levar o tradicional feijão e acaipirinha), no palco haverá apresentaçõesculturais das mais diversas, mostrando umpouco da diversidade cultural da região.

Para fechar o ano não deixem de partici-par também da Festa de Reveillon, com músi-ca ao vivo, que está sendo organizada pelaMarisa e pela Clarice dos Santos. Detalhessobre a festa você pode ver na página 24 ouna Agenda Online da página do CIGA-Brasil,onde estão listados também outros eventosbrasileiros previstos para os próximos meses.

Leia ainda nesta edição sobre o projeto«Pasta do Professor», que libera aos estu-dantes o acesso a passagens de livros especial-mente selecionadas por temas e vendidas nasuniversidades. Veja também como o Brasil estásofrendo pela falta de mão-de-obra qualifica-da e como a emissão de poeira e fumaça caiu98% na região industrial de Cubatão (SP) nosúltimos 25 anos. Ainda na coluna Rápidas vocêpode ler sobre o acordo que permite aosbrasileiros receberem atendimento jurídicogratuito na Espanha, prestado por advogadosespanhóis.

Não deixem de checar os anúncios especi-ais para a época de Natal e vejam as sugestõesde presentes que alguns anunciantes apresen-tam. Esperamos que esse período pré-natalinoseja muito especial e cresça dentro de nós avontade para criar um espaço vazio parapodermos receber tudo de novo que o anoque vem quer nos trazer.

O CIGA-Informando volta em janeiro e atélá desejamos a todos um Feliz Natal e umaótima entrada de Ano Novo.

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Ano 10 - N° 55 - Novembro 2008 CIGA-InformandoCIGA-Informando Ano 10 - N° 55 - Novembro 2008

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➙ Continuação da página 1

O jornalista Rui Martins, que participou do EncontroBrasileiros no Mundo, promovido pelo Itamaraty, em julho,no Rio de Janeiro, quer prestar contas para os emigrantesbrasileiros na Suíça que lá representou e explicar em linhasgerais seu projeto Estado do Emigrante.

Encontros previstos:Data: 10 de dezembro, a partir das 18 horasLocal: Fórum Suíço Käfigturm, Marktgasse 67,2. andar, Bern.Por volta das 19h30, será projetado o filme«Brasileiros como Eu», da cineasta Susana Rossberg,documentário longa-metragem sobre a emigraçãobrasileira na Bélgica.

Contato: Rui Martins – 031 351 04 59,[email protected]

Em Freigurg, na Alemanha (programa idêntico ao de Bern)Data: 30 de novembro (domingo), a partir das 15 horas Local: EBW (Erwachsenen BegegnungsstätteWeingarten), Sulzburgerstrasse 18, 79114 FreiburgContato: Gislene Lima Kamp, +49 761 556 58 53,[email protected] Encontro promovido pela Associação CulturalBrasileira e Alemã - Dona Flor,com apoio da Brasilien Initiative Freiburg, Imbradiva(Iniciativa de Mulheres Brasileiras) em Südbaden.

Como foi o encontro do Rio sobre emigração?

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«Otimismo é uma atitude que protege as pes-soas de se deixarem cair em apatia, desesperoou depressão perante dificuldades.»

(Daniel Goleman)

Otimismo é uma filosofia de vida que influ-encia a forma como avaliamos os acontecimen-tos. Hoje sabemos que para estarmos satis-feitos com a vida não é suficiente curar adoença, é importante também estimular osaspectos que fortalecem o sistema imunológi-co, que nos defendem contra agressões físicase emocionais. Pode ser o amor, as relações comos outros ou o otimismo. Otimismo é a espe-rança de que o que sonhamos se concretizará.

Na Europa, de uma forma geral, o otimis-mo é considerado algo negativo, muito influ-enciado pela filosofia: Durante muitos séculostodos os filósofos eram pessimistas. Naquelaépoca pensava-se que pessoas otimistas eramingênuas ou ignorantes. Isso influenciou muitoa cultura e a maneira de olhar para o otimismo.A cultura européia promove o pessimismo: aspessoas têm vergonha de dizer que são otimis-tas. Nos Estados Unidos, pelo contrário, o otimis-mo é encarado de forma positiva. O povo ameri-cano acredita que cada um pode realizar o seusonho. E para se alcançar o sonho tem que se teresperança, um dos ingredientes do otimismo.

O otimismo é composto por três partes: opassado, o presente e o futuro. O futuro é a espe-rança; o passado é examinar a vida com umpensamento positivo «Eu estava errado, mas nãopodia fazer nada»; e o presente tem a ver comos sucessos do cotidiano, como: se eu quebrei aperna, pensar que tenho outra, que é algotemporário e que culpa não é minha. A explica-ção no presente otimista caracteriza-se por serde impacto reduzido, temporário e sem culpa.

Pode-se reconhecer se uma pessoa éotimista ou pessimista quando surge um pro-blema: No caso de um acidente de carro, o pessi-mista pensa: «Ah, não, agora tenho que pagartanto dinheiro, tenho que ficar sem carrodurante tanto tempo.» O otimista pensa: «Quebom que ninguém se machucou.» E enquantoo pessimista lamenta: «Isto só me acontececomigo!», o otimista já chamou o reboque efoi para casa de táxi.

O João chega em casa tarde, cansado e demau humor, discute com os filhos, porque elesdesarrumaram tudo e, logo de seguida, com amulher porque não gosta do jantar. Então, aAna olha para ele e diz: «João, deves ter tidoum dia mau no trabalho.» A Ana está sendootimista ou pessimista? Otimista porque limitaas crises, a Ana dá uma explicação. Se fosse pes-simista diria que ele é horrível, que está sempreinsatisfeito, que não tem solução. A pessoaotimista precisa compreender, ser informada,pois assim acha que controla mais a vida, queesta depende dela, o que lhe dá confiança.

Como pode alguém que descobre que temuma doença incurável, que vai morrer, conti-nuar a ser otimista? O sentido de futuro é muitoimportante para o ser humano. Uma pessoa fala sobre o futuro a cada dez minutos: diz oque vai fazer mais tarde, o que vai comer, oque vai acontecer amanhã ou nas férias, quan-do se vai aposentar. Perante uma tragédia, sejaela uma doença ou um ato terrorista, a pessoaotimista vai sentir mais controle sobre o resul-tado. Se se diz a uma pessoa otimista que temum câncer e vai morrer, o mais provável é queela continue a ter esperança, por exemplo, deque vai acontecer um milagre. A pessoaotimista tende a olhar para o lado positivo,pensa sobre a boa vida que tinha. A pessoapessimista começa a pensar sobre o que nãofez. E isso pode ter influência sobre a doença.Em Medicina o otimismo é muito importante.Um médico que transmita confiança e segu-rança ao paciente é um médico melhor. Odoente que tem esperança e acredita que iráser curado também tem mais probabilidade derealmente ser curado. O paciente otimista,porque também acredita na Medicina iráseguir a prescrição médica com mais cuidado.

«A pessoa optimista olha para o insucessocomo uma consequência de algo que podemudar de forma a vencer a etapa seguinte,enquanto a pessoa pessimista aceita a culpa dofracasso atribuindo-a a uma característica inataque não pode mudar.» (Seligman)

Uma pessoa optimista vê os erros e as difi-culdades como oportunidades de aprendermais, desenvolver as suas capacidades, melho-rar a sua qualidade de vida. A pessoa otimista

EDUCAR PARA O OTIMISMO não vê obstáculos mas sim desafios, sabe queexiste sempre uma saída, uma solução, acredi-ta e espera sempre o melhor, trabalhando tam-bém para o melhor.

A pessoa otimista tem mais oportunidadesde se dar bem na vida: tem uma auto-estimaelevada, não pensa sempre nos seus pontos fra-cos, tem objetivos de vida e faz tudo para osalcançar, aceita as suas vitórias e os seus erros,poupa tempo a criticar os outros e a si própriae, sobretudo, tem grandes probabilidades deser mais feliz e mais bem sucedida.

O otimista é uma pessoa: - capaz de se rir sobre as suas desgraças, que

encontra sempre algo positivo, divertido,especialmente em experiências menos positivas.

- que sonha e que arrisca que esse sonho setorne realidade.

- que acredita ser capaz de gerir o seu destino,e que a vida não é uma coisa imposta, masque se constrói.

Geralmente as pessoas otimistas estão maissatisfeitas com a vida. As pessoas pessimistasvêem apenas os aspectos negativos, são fatalis-tas. Os otimistas olham para o lado positivo epara o lado negativo e optam por se concen-trar sobre os aspectos positivos. É por isso queos otimistas são realistas: uma espécie de rea-lismo emocional que através de uma percepçãopositiva da realidade ajuda-os a olhar a vidacom outros olhos e graças a ela construir umavida melhor. Optimistas são aquelas pessoasque pensam que é bom viver a vida.

«O nosso cérebro é o melhor brinquedo jamaiscriado: contém todo um conjunto de segredos,inclusive o da felicidade.» (Charles Chaplin)

Todos os dias entram nas nossas casasatravés dos meios de comunicação social notí-cias depressivas e bombásticas que influenciamas nossas vidas. Os bons não fazem histórianem atraem audiência. Sabendo que um esta-do depressivo influencia negativamente aqualidade de vida, é urgente mudar a nossaatitude pessimista e começar a atribuir maisvalor a uma perspectiva otimista desde osprimeiros anos da vida de uma criança.

Como educadores, conscientes do impactoda nossa «profissão» no desenvolvimento dasgerações futuras, temos o dever de inspirar

uma visão otimista da vida baseada na cons-ciência de que mais importante do que aquiloque nos acontece é a forma de lidarmos com isso.

Promover uma atitude positiva e otimista éum dos maiores desafios dos educadores.Ajudar a facilitar um crescimento confiantenão é uma tarefa fácil quando os próprios edu-cadores vivem na desilusão. Se não estivermosbem, se não tivermos uma visão positiva davida, como podemos nós transmitir bem-estar eotimismo àqueles que nos rodeiam, comopodemos transmitir uma mensagem positivada vida para que as crianças acreditem que ébom crescer? Só podemos dar aquilo quetemos. E desenvolver uma atitude positiva é oprimeiro passo para tornar este mundo umlugar muito melhor para os nossos filhos. Avida é bela? Sim, se assim o quisermos.

O André tinha onze anos quando chegou acasa pela primeira vez com uma má nota.Estava quase chorando, cabisbaixo. A mãerecorda: «Eu tentei que ele ficasse mais con-tente, é claro. Não te preocupes, vais melhorarnum instante, só precisas ler um bocadinhomais.» O otimismo também é baseado nestetipo de atitudes tão banais, mas tão impor-tantes para ajudarmos uma criança a acreditarque é capaz. Alguns estudos revelam que osmembros da família revelam níveis semelhan-tes de otimismo ou pessimismo, o que significa,que nós aprendemos a ser otimista ou pessi-mista, com quem está mais perto de nós. Estesdados colocam um desafio a todos os pais eprofessores: criar crianças positivas.

Ser otimista não depende das circunstân-cias, mas da atitude. Ser otimista é uma formade desintoxicação mental tornando-nos livresde dependências que nos impedem de viver avida da melhor maneira. Não existem otimistasou pessimistas de nascença – somos formadospor uma cultura e uma educação. No entanto,podemos ter nascido com mais ou menos pro-babilidades de olhar para o lado agradável davida. Mesmo quando uma mulher está grávida,o bebê aprende a conviver com a sensaçãoexterior e da mãe. Estas sensações operam naformação de redes de neurônios e na dinâmicapsíquica, que constituem a memória, os pensa-mentos, as emoções, etc. O estímulo positivoenriquece o desenvolvimento cerebral, mentale emocional. Também é necessário que a ati-tude em relação à gravidez seja otimista e posi-tiva, livre de medos,

Marta Gonçalves

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nervos, ansiedadese estados depressivos.

Uma criança de três anos ri cerca denoventa vezes por dia. Um adolescente ape-nas vinte. Há razões para as crianças seremmais otimistas? A transição entre o jardim deinfância e o ensino primário pode ser traumá-tica para uma criança. De uma cultura deemoções, respeito individual e criatividade acriança passa de repente para uma cultura denormas, conformidade, onde valores como osilêncio, a tranquilidade e a obediência sãoextremamente valorizados. Além disso muitospais ainda esperam da escola a imposição delimites. Obviamente todos os pais querem veros seus filhos felizes, mas muitas vezes agemcontra essa felicidade: zangam-se, ameaçam,limitam, criticam. Não têm oportunidade, tempoou não sabem mesmo como brincar com osseus filhos. Isto aumenta a probabilidade deas crianças fazerem besteiras para chamar aatenção dos pais. Depois, na adolescência pen-sam: chega de controle da minha família. Mui-tos pais e professores também têm medo de elo-giar. Por vezes, as crianças aparecem na con-sulta psicológica dizendo que querem morrer,que não podem pensar no futuro, que não têmsonhos e desejos, que não querem crescer.

A maior parte das vezes os pais educamseus filhos de determinada forma, nãoporque decidiram daquela maneira, masporque nunca pararam para pensar sobre isso.

Como ajudar as crianças? - Ser um bom modelo. Por exemplo, ensinar-

lhes a pensar que tudo tem uma solução. Épossível automatizar respostas positivas.

- É importante estimulá-las a sonhar e acre-ditar que a vida correrá bem.

Como desenvolver uma auto-estima elevadanas crianças?1. Mesmo se tem pouco tempo, quando está

com os seus filhos, ouça-os atentamente. 2. Deixe-os expressar seus sentimentos,

mesmo os negativos. Evite expressõescomo: «não deves chorar», «isto não énada», «seja corajoso».

3. Quando adequado, deixe-os tomar as suaspróprias decisões.

4. Trate-os com delicadeza, respeite as suas coi-sas, digalhes «por favor» e «muito obrigado».

5. Dê-lhes coragem e bastante carinho. Dê

mais valor aos seus esforços do que aosresultados.

6. Utilize a empatia. Quanto mais compreen-der as crianças, menos precisará de paciên-cia para elas porque vai compreender o seuponto de vista. Ajude-os a desenvolverempatia: pergunte-lhes como se sentem ese compreendem como as outras pessoasse sentem.

7. Evite expressões como: «Tens que fazerporque eu quero, não há discussão, vaiimediatamente, pára quieto.» Ninguémgosta disto independentemente da idade.

8. Compartilhe com eles o que gosta, valorizae ama.

9. Seja entusiasta, positivo e feliz. Ensine-osque é bom expressar os sentimentos, quenão faz mal estar nervoso ou irritado. Oque fazemos com essas emoções é que éimportante controlar no sentido de evitarfazer outros sofrerem.

10.Quando as crianças chegam em casa e lhespergunta como foi o seu dia e elascomeçam a contar sobre um episódionegativo, tente perguntar-lhes: «conta-mesobre as coisas mais bonitas do teu dia.»

Criemos adultos otimistas!

*Psicóloga e Professora Universitária [email protected]

Marta Gonçalves é psicólo-ga e investigadora. Contato:[email protected]

➙ Continuação da página 5

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Como vocês chegaram à música brasileira?Saudade Nova é um Trio de músicos de

Jazz, formado por Thomas-Maria Reck(Canto – Basel), Arno Pfunder (Percussão–Freiburg i. Br./D) e Max Zentawer (Violão–Freiburg i. Br.). Cada um de nós conheceu amúsica brasileira durante sua formaçãomusical. O que nos une é exatamente o amorpela cultura musical brasileira, que desdenosso primeiro contato não nos abandonoumais. Para mim, como cantor, encanta opoder leve da lírica da língua portuguesa e oromantismo nos textos. Max Zentawer veioda cultura brasileira do violão desenvolvidapor Baden Powell e para Arno Pfunder o somarejado da percussão na Bossa Nova e noSamba é uma grande inspiração.

Quais são os objetivos do Saudade Nova?Nos nossos concertos nós oferecemos

uma Noite Brasileira com músicas dos anosdourados da Bossa-Nova e também da MPBdos anos 70. Entre uma e outra música leiotextos do meu diário do tempo que passei noRio de Janeiro. Com uma visão humorísticavinda de fora, eu contrasto os textos dasobras da Bossa Nova, como uma viagembrasileira através do Rio dos anos 60 e daatualidade. Com isso queremos poder falaràs pessoas e oferecer uma ponte culturalpara o encontro do Brasil com a Europa

Central. Se as pessoas saírem do concertofelizes e com uma sensação de calor nocoração, atingimos nosso principal objetivo.

Desde quando o grupo existe?Em 2005, logo depois que eu voltei de

uma estadia de quatro meses no Rio deJaneiro, Arno me telefonou. Ele sabia daminha paixão pela música brasileira e mecontou sobre um guitarrista que também eralouco por esse tipo de música. Uma semanadepois fizemos o primeiro ensaio. Estavacriado o Saudade Nova.

A partir daí passamos um ano procuran-do o som que melhor poderia espelhar a le-veza do início da Bossa-Nova. Nós descobri-mos que muitas gravações históricas foramfeitas sem o baixo. Para nós foi uma expe-riência nova, um desafio acústico a cada con-certo. E essa experiência valeu a pena.

O que vocês já fizeram até hoje (CD,Concertos, etc)?

Desde nosso primeiro concerto, no ou-tono de 2007, o Saudade Nova já realizouvários concertos em Clubes, pequenos tea-tros e bares, tanto na Alemanha quanto naSuíça. Na primavera de 2008 lançamos nossoprimeiro CD: «Triança». Tivemos a sorte deencontrar na Friedemann Witecka um mes-tre de Técnica de Tom, que se encaixou per-feitamente no nosso som acústico. Em julhode 2008 «Triança» foi apontado pela revistaStereoplay como o CD do mês dos amantesdo som. No CD estão, ao lado de clássicoscomo «Águas de Março», peças desconheci-das como «Chora tua tristeza» e alguns títu-los de MPB, como «Começar de Novo».

O que vocês ainda têm no programa paraeste ano?

No momento estamos trabalhando emvárias novas peças. Vamos tocar no Jazz-In

Trio europeu toca «Saudade» brasileiraA música brasileira já é internacional há muito tempo. Musicistas do mundo inteiro conhecem,tocam ou já tocaram peças compostas por colegas brasileiros. A Bossa Nova está talvez entreos ritmos mais difundidos e apreciados pelos estrangeiros. O trio suíço-alemão «SaudadeNova» confirma isso: com o lançamento do CD «Triança» eles solidificam o caminho como intér-pretes da Bossa Nova, tanto na Suíça, como na Alemanha. Thomas-Maria Reck conversouconosco sobre o CD, o trio e o amor pela música Brasileira, que foi o que os uniu desde o princípio.

Continua página 10 ➙

Trio faz a ponte Brasil/Europa

Foto

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em Flawil, e dar pulos na Suíça ocidental edo leste, até o Bodensee.

Por que vocês escolheram a Bossa Novacomo estilo musical? Como funciona isso,que músicos suíços e alemães toquem músi-ca brasileira?

Como cantor de Jazz eu já conhecia aBossa Nova com sua tradução em inglês. Maseu só me encantei realmente com ela quan-do comecei a ouvi-la e cantá-la em por-tuguês. As mesmas peças transformaram-seem pérolas. Mesmo gostando muito de Forróou Maracatu, eu nunca iria cantar esse tipode música, porque eu acredito que essamúsica é muito brasileira para que um suíçoconsiga interpretá-la de forma convincente.Isso não acontece om a Bossa Nova. Ela éuma música internacional. Para nós três aBossa Nova é em primeiro lugar um estilo deJazz, os livros de cifras da Bossa Nova, espe-cialmente os de músicas do Tom Jobim têmseu ponto alto na harmonia e melodia doJazz.

É claro que eu sei que os brasileiros têmum comportamento dividido em relação àBossa Nova. Por um lado, a cultura brasileirase fixa menos ao passado do que a européia.Diferente do Tropicalismo, por exemplo, aBossa Nova nunca teve um posicionamentopolítico e permaneceu como um produtoartístico de uma pequena camada de privile-giados brancos, muitas vezes distanciados darealidade brasileira.

Nós europeus temos um acesso talvez atémais facilitado à Bossa Nova do que ospróprios brasileiros. Aos nossos concertoscomparece sempre o público já esperado,mas também sempre de novo brasileiros. Edaí acontece normalmente uma interessantecombinação, quando os brasileiros num con-certo do Saudade Nova aprendem a conhe-cer e gostar da Bossa Nova talvez até pelofato de nós não sermos brasileiros.

Conte alguma coisa sobre o CD «Triança».«Triança» é nosso primeiro CD. Nós esta-

mos muito felizes com ele, com a formacomo ele soa e se parece. Nós nos alegramosespecialmente que ele está sendo vendido e,mais do que isso: ouvido. «Triança» fala a um

grande espectro de público: amigos da MPB,Pop-Fans e também público de Jazz. A músi-ca leve tocada pelas três crianças grandes doSaudade Nova me levou ao título, que é umjogo de palavras: «Triança»: Trio e Criança.

Quais são os planos para 2009?Nós estamos trabalhando num novo pro-

grama e queremos com ele tocar em váriosfestivais durante 2009. Muitos concertos nosesperam, também na Alemanha. Mas nósestamos também disponíveis para tocar emfestas, casamentos, coquetéis de empresas.

Meu sonho pessoal é fazer com a bandauma viagem ao Rio. Não que eu acredite queos Cariocas precisem de três Gringos para to-car para eles a Bossa Nova, mas para recolhermais impressões musicais e de vida para nossos novos projetos na Europa e natural-mente para acalmar minha saudade do Rio.

Como se pode encomendar o «Triança»?A melhor forma é entrar em nossa home-

page: http://www.saudadenova.com. Quemquiser uma dedicatória romântica especialpode me dizer, que eu escreverei com cari-nho no CD encomendado.

Encomendas da Suíça serão enviadas pes-soalmente por mim, com um Boleto dePagamento Bancário por CHF 32.–, inclusivecorreio, com ou sem dedicatória.

A partir da esquerda: Thomas, Max e Arno

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mento aparece sobretudo em casos de relações compli-cadas. Os custos dependem normalmente das despesascom o advogado/advogada. Além disso, existem diver-sos livros com dicas sobre o assunto, assim como suges-tões de contratos que se pode encontrar na Internet.Casais que têm filhos e não têm sua união conjugallegalizada podem pedir orientação à Secretaria daCriança e da Juventude, aos órgãos de tutoria ou a cen-tros de aconselhamento para famílias. Os órgãos detutoria, assim como a Secretaria da Criança e daJuventude podem eventualmente cobrar uma pequenataxa.

Quais são os direitos e deveres que o Concubinatotraz consigo?

Os direitos e deveres numa relação de concubinatodependem do que foi acordado na hora da regulamen-tação do Contrato de Concubinato. Como já foi men-cionado, é recomendável fazer um Contrato deConcubinato por escrito. Um acordo verbal no entantotambém tem validade. Se um Contrato de Concubinato éterminado, cabe ao juiz decidir, em caso de desavença,que determinações legais são aplicáveis ao concubinatoem questão. Como já mencionamos, normalmente aJustiça muitas vezes toma como base as regras sobre aassociação simples. A não ser que seja combinado deoutra forma, os custos numa associação simples sãosempre divididos ao meio, por exemplo os custos com oaluguel da moradia comum. Os deveres pessoais legaiscomo a fidelidade e o dever de assistência não existemno concubinato. No concubinato não são aplicadas asdiretivas que regem a união matrimonial e nem existemregras análogas a essas. De forma especial, os parceirosconcubinos não têm direito mútuo à pensão alimentíciadepois da separação.

Como é a situação legal de casais com crianças quenão são casados oficialmente?

Enquanto a relação da criança com a mãe é semprepossível de provar, o pai que não é casado com a mãe dacriança precisa reconhecê-la como seu filho/a ou provarjuridicamente a sua paternidade. Crianças comuns depares em concubinato são tratadas como crianças con-cebidas fora do casamento no que diz respeito ao nomede família, direito de guarda, pensão alimentícia e direi-to de visita. A criança filha de casais não unidos legal-mente carrega o nome de família da mãe. Os órgãos detutoria esperam que os pais não casados façam, para obem da criança, um contrato de manutenção financeira.Se os pais não conseguirem entrar em acordo sobre omontante que o pai deve pagar para a manutenção da

criança, a decisão é tomada pela Justiça. Independentedos pais estarem divorciados ou viverem em concubina-to, ambos são basicamente responsáveis pela manu-tenção da criança, de acordo com suas capacidades. Seos pais não casados chegarem a um acordo sobre oplano de acompanhamento e manutenção da criança, osórgãos de tutoria podem apresentar o desejo de que osdois tenham a guarda conjunta da criança. Se não hou-ver a vontade dos pais ou se os dois não estiverem deacordo em relação ao direito de guarda conjunta, a mãefica sozinha com a guarda. Neste caso o pai receberásimplesmente informações sobre seus direitos legais.Acima de tudo está o direito de visita do pai, mesmo nãosendo casado com a mãe. Se não houver acordo sobre odireito de visita, o pai pode pedir que os órgãos de tuto-ria façam a determinação. Um contrato de manutençãodeve ser deferido pelos órgãos de tutoria. Para a elabo-ração de um contrato de manutenção os pais podemrecerrrer ao auxílio dos órgãos de tutoria ou à Secretariada Criança e Juventude responsável.

Um Contrato de Concubinato dá direito a umaPermissão de Estadia na Suíça?

Para cidadãos da União Européia a regra de permis-são de estadia está estabelecida nos Acordos Bilateriaisde Livre Circulação de Pessoas de 21 de junho de 1999(FZA). Essas pessoas podem em princípio morar e traba-lhar na Suíça sem prazo determinado. Pessoas que vêmde países de fora da União Européia – os chamados «ter-ceiros países» – têm a liberação do visto de permanên-cia e trabalho na Suíça determinado na Lei Nacionalsobre Estrangeiros de 16 de dezembro de 2005 (AUG).Se uma pessoa proveniente de um «terceiro país» nãopreenche sozinha as condições para receber uma per-missão de estadia na Suíça, ela pode de qualquermaneira obter uma permissão de estadia por meio dareunião familiar. O visto de reunião familiar, no entanto,só é possível aos parceiros casados e parentes próximos(filhos, pais), assim como para parceiros do mesmo sexoque vivem em união conjugal registrada de acordo como PartG. Um Contrato de Concubinato não dá direito aovisto de reunião familiar. Se no entanto for o caso degrave risco pessoal, de acordo com o previsto na lei AUG,é possível também a parceiros de concubinato bina-cionais ou estrangeiros com ou sem filhos em comum,sob determinadas condições, receber uma permissão deestadia.

(Informações prestadas pelo Escritório deAdvocacia Bürgi Nägeli Rechtsanwälte, de Zurique:

www.bnlawyers.ch)

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Quem é o trio Saudade Nova?Violão: Max Zentawer (D)Há anos Max Zentawer está entre os mais ronomados gui-tarristas de Studio e ao vivo. Ele tem um grande repertórioem possibilidades de produção estilística e está em casaem diferentes campos do Jazz. Ele pode ser ouvido emdiversas produções de CD, nas quais ele participa comoartista convidado, assim como em apresentações ao vivoem projetos de Jazz próprios. Max Zentawer trabalhacomo docente na Escola de Jazz & Rock de Freiburg(Alemanha), é autor de manuais e professor de Workshopmuito requisitado em seu país e no exterior.No trio de Bossa Nova «Saudade Nova» ele traz à tona aalta cultura violonista brasileira, seguindo as tradições degrandes violonistas como Baden Powell, Toninho Horta ouJoão Bosco.

Voz e textos: Thomas-Maria Reck (CH)O cantor Thomas-Maria Reck, de Basel, é uma das poucasvozes masculinas de Jazz na Europa. Sua perfomance líri-ca fez dele desde cedo um intérprete muito requisitadopara músicas americanas. Nos palcos internacionais elepode ser visto como crooner (cantor de baladas popu-

lares), improvisador e animador. Em seus CDs Thomas-Maria mostra seu talento como escritor, compositor earranjador (Stories in Blue / Salto Vocale).Há mais de 10 anos o cantor tem se ocupado da música eda língua brasileira. Em seus concertos no Rio de Janeiroo português se tornou sua segunda língua para cantar.

Percussão: Arno Pfunder (D)O percussionista Arno Pfunder, muito requisitado parasessões de studio, noites de gala e concertos ao vivo, estáem casa em vários estilos. Entre outros, ele tocou com oJazzchor Freiburg, Salto Vocale, Kick the Habbit, TheLoungecore Poets, Matt Smith Band, The ContemporaryBig Band Projekt, Helena Fix na Europa e Japan e no Teatrode Basel. Há dez anos ele trabalha como professor e coor-denador de Workshops de bateria e percussão naAlemanha do Sul.No trio «Saudade Nova» Arno Pfunder transforma suabateria num parque de diversões da percussão. Às vezessó um balanço, daí um solo de tamborim, até o grande setde bateria do samba.

O número de casais que opta por uma relação con-jugal não oficilizada aumenta diariamente. Apesar dafalta de disposição em registrar a vida em comum,muitas vezes torna-se necessário fazer um acordo sobreas regras básicas de convivência, para que cada umtenha seu espaço, deixando também espaço para ooutro. Uma das formas que muitos casais vêm adotandoé o Contrato de Concubinato. Diferente do casamento,ele regulamenta a vida comum, sem algumas das obri-gações previstas na união legal. Trazemos a seguir algu-mas informações sobre esse tipo de acordo, numa entre-vista com uma especialista da área.

Como está regulamentado o Concubinato na Suíça?Sob a denominação «Concubinato» entende-se a

vida conjugal de um homem com uma mulher. É precisodiferenciá-lo da parceria entre pessoas do mesmo sexo.Pares do mesmo sexo que registram sua união conjugalficam sob a regência da nova legislação criada para re-gulamentar as «Parcerias Registradas», ou com direitose deveres previstos na lei. Pares heterosexuais não estãosubmetidos à lei das «Parcerias Registradas». O concu-binato como tal, ao contrário do casamento e da parce-ria homosexual não está regulamentado legalmente. Elepode ser iniciado e terminado livremente. Como auxílioem caso de determinadas contendas recorre-se às dis-posições sobre as associações simples, que estão regula-

mentadas na lei suíça no capítulo sobre Direito deObrigações, do Código Civil.Que condições devem ser cumpridas para poder serfeito um Contrato de Concubinato?

Qualquer pessoa pode fazer um Contrato deConcubinato. Ela precisa apenas – como para qualquerato jurídico – estar em pleno uso da razão. Pares em con-cubinato têm a possibilidade de regulamentar sua uniãoconjugal de forma ampla, por meio de acordos ou con-tratos mútuos. Não existe um Contrato de Concubinatofixo. Os parceiros podem escolher o conteúdo de tal con-trato de acordo com seus próprios critérios. Eles podemregulamentar a união conjugal de forma global ousomente alguns aspectos dela. Os contratos de concubi-nato não estão fixados a nenhuma forma específica. Elesnão precisam ser efetuados diante de um oficial decartório (Notar/Notaire) ou alguma autoridade. Bastaque os dois partidos façam uma versão escrita de seuacordo comum e ambos assinem o documento. UmContrato de Concubinato pode até ser feito apenas oral-mente. Nesse caso, porém, pode haver problema emcaso de desavenças, por falta de provas concretas.

Onde e como os pares podem fazer um Contrato deConcubinato e quais são os custos?

Um Contrato de Concubinato pode ser preparadopor um advogado/uma advogada. Esse tipo de procedi-

O que é mesmo «Concubinato»?

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A G E N D A

O CIGA-Brasil estará participando, junto com outras associações de migrantes, numa FestaMulticultural chamada «Wir feiern zusammen»(Nós festejamos juntos). Nós estaremos servindofeijoada e caipirinha e os outros grupos trarãotambém suas especialidades, entre elas comidasespanholas, italianas e filipinas.Haverá apresentações de várias culturas para crianças e adultos.Venham vocês também festejar com a gente.

A ENTRADA É GRÁTIS!

Data: 29.11.2008 (sábado)Horário: das 18 às 24 horasLocal: Kultur- und Sportzentrum – KUSPOOberemattstrasse, 13 em Pratteln. (Próximo ao Restaurante Weiermatt e ao ponto de ônibus Schloss).

F E S T A M U L T I C U L T U R A LF E S T A M U L T I C U L T U R A L

Agora, além de venda de passagens e transferên-cia de dinheiro, a Sebi também entrou no ramoalimentício. Qual foi a motivação da empresa paraentrar também nesse ramo?

R. Nossa grande motivação foi atender à necessi-dade dos nossos clientes, que tinham dificuldade emachar produtos típicos da nossa terra aqui na Suíça,além de incentivar a exportação brasileira e divulgar osprodutos brasilieros no exterior. Tudo isso só foi possí-vel em parceria com a CCBS International, responsávelpela escolha, importação direta e distribuição dos pro-dutos alimentícios.

Qual é o critério para a escolha dos produtos e oque se pode encontrar na Sebi para comprar?

R. Em primeiro lugar pensamos em produtos quenão se encontram no mercado local e que causamsaudades no público brasileiro. A escolha da marca:Damos preferência a produtos conhecidos nacionalmentee com qualidade tipo exportação, que estão melhoradaptados e devidamente registrados com códigos demercado internacional. Todos os produtos são testados eaprovados por nosso agente no Brasil. Após aprovadosnos termos qualidade, será avaliado se estão dentro dasnormas aceitas pelo órgão controlador suíço. No momen-to estamos com mais de 120 itens variados, entre eles:grãos, farinhas, doces, sucos, carnes, congelados, bebidasalcoólicas, derivados de leite e café entre outros, quepodem surpreender o brasileiro que vive aqui há anos eaté se esqueceu de como é bom viver no Brasil.

Muitas vezes os preços dos produtos brasileirosno exterior são altos. Na Sebi também é assim?

R. A CCBS International trabalha com os melhorespreços do mercado, pois importamos direto, sem inter-mediários. Temos os melhores preços para revende-dores e clientes finais, importamos em containerstransportados por navio, com menor custo de trans-porte. O que encarece determinados itens são as taxasde importação, especialmente taxas sobre derivados doleite, batata, milho, bebidas alcoólicas, em especial acachaça, entre outros.

A Sebi tem algum diferencial em relação à con-corrência na venda de produtos alimentícios?

R. Nosso objetivo é tornar o produtos brasileirospopulares. Não vemos empresas do mesmo seguimen-to como concorrentes e sim como parceiras.

Os produtos podem ser encontrados em todas asfiliais da Sebi?

R. Todos produtos importados pela CCBS Inter-national podem ser encontrados em todas as filiais daSebi: em Zurique, Genebra, Lausanne, Basel, Lugano eainda podem ser pedidos pelo site e via televenda notelefone. www.ccbsinternational.ch

telefone 044 2402002.

Quando e como a Sebi começou a atuar na Suíçae como a empresa foi crescendo e diversificandosua atuação ?

R. A Sebi iniciou em 1996, cresceu sempre, cum-prindo com o prometido: trabalhando com seriedade etotal dedicação ao cliente. Somos pioneiros na área detransferência de dinheiro «Express» para o Brasil enosso modelo foi um sucesso, seguido por muitas ou-tras empresas. Somos ambos brasileiros e vivemos naSuíça há mais de 20 anos. Sempre nos empenhamos decoração para o sucesso da empresa, que surgiu porreconhecermos esta necessidade que todos osbrasileiros emigrantes têm de enviar dinheiro para aju-dar a família ou garantir um futuro melhor no Brasil.

Um pouquinho do Brasil na SuíçaHá doze anos no mercado de transferência de dinheiro Express para o Brasil, a Sebi entrou hápouco tempo no ramo alimentício. Trazer à Suíça os produtos que dão saudade aos brasileirosresidentes aqui é o objetivo da empresa. Numa conversa com o CIGA-Informando os proprie-tários, Anelise e Sebastião da Silva, contaram um pouco mais sobre essa nova área de atuaçãodo grupo.

Em Basel, o atendimento simpático de Risseline eAlexandre

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A vida, as mudanças e os amigos Se tento voltar ao tempo, as minhas

primeiras lembranças, sempre me saltammemórias de amigos da escola, da vizinhança,filhos dos amigos dos pais, primos quemoravam longe, colegas do ballet ou do cursode inglês. Muitas dessas pessoas desaparece-ram da minha vida. Felizmente continuotendo laços muito estreitos com alguns ami-gos de infância. Como eu, estes amigos mode-laram a sua personalidade e estilo de vida aolongo dos anos. Ainda assim compartilhamossemelhanças que nos unem.

Ao sair do Brasil, para terras onde nãotemos referências, tive a sensação queamizades tornam-se ainda mais representati-vas no dia-a-dia do estrangeiro. Conhecernovas pessoas, com as quais é possível com-partilhar notícias ou acontecimentos cor-riqueiros, confiar, dar e receber carinho, ir aocinema em tardes frias, é uma tarefa difícil.

Há aqueles que se agarram aosprimeiros brasileiros que surgeme, embora no Brasil jamais teriamuma relação de amizade, no exte-rior tornam-se melhores amigospelas circunstâncias. Outrosquerem inserir-se de tal forma nanova realidade que rechaçam contato comconterrâneos terceiro-mundistas. A palavra deordem é deixar de ser brasileiro, viver comoum americano ou um europeu, esquecer oportuguês (ainda que não fale a línguaestrangeira nada bem).

A Suíça é o 5° país estrangeiro em quemoro. Já experimentei andar com brasileirospara poder falar o idioma, rir, expressar minhasaudade do feijão, arroz e bife sem ter que meexplicar. Já fui à lugares onde não pude nemconhecer estrangeiros, e me adaptei à culturalocal de tal maneira que meus amigos falavammal de outros estrangeiros na minha frente.Quando eu me pronunciava «alto lá, tambémsou estrangeira», eles diziam: «não, você écomo a gente, estrangeiros são os iugoslavos eos turcos». Ao deixar cada lugar, tinha certezaque deixava um pouco de mim, um pedaço daminha historia, da minha felicidade ameniza-da pelos companheiros que deixava pra trás.

Cheguei na Suíça sem fazer muito esforçopara conhecer gente nova. Ao conhecer pes-soas legais, pensava cética: «nem vale a penainvestir nesta amizade, mais cedo ou mais

tarde, ou eu, ou eles vão embora». A grandeverdade era que estava cansada de sofrer coma separação, começar tudo de novo e igual-mente de querer que os meus grandes amigosdo Brasil e do resto do mundo participassemativamente da minha rotina. Eram horas nafrente do computador, contando todas as

façanhas, enviando fotos de pas-seios que eles nem sabiam ondehaviam sido feitos.

Eis que a vida nos surpreendenovamente e traz pessoas tãoimportantes, que fazem mais docea dura realidade de estar fora do

seu habitat, da sua família, da sua cultura.Hoje tenho um círculo de amigos em Zuriquemuito especial. Alguns são para se ver uma veza cada dois meses, tomar um café, falar poralto da vida. Mais do que esses encontroscasuais com gente querida, tive a grande sortede achar amigos–irmãos. Aqueles com quem agente pode jogar-se na cama sem ter que tiraro sapato, falar baboseira, levar puxada deorelha, discutir temas filosóficos e mundanos,ouvir elogio, abraçar, rir e chorar.

Como havia diagnosticado, esses seresviram a sua família. Se eles saem de férias,sinto falta de não vê-los aos domingos oualmoçar com eles durante a semana. Continuotemendo o abalo que terei se algum dia nossepararmos. Mas pra quê sofrer por anteci-pação? Por que não aproveitar este presente,que é a nossa única certeza nessa vida? Osamigos do Brasil continuam sabendo daminha rotina, e os de outros cantos vão sendoselecionados; restam somente os verdadeiros.Uma coisa seja dita: não imagino uma vidanem aqui, nem na China, sem amigos.

Cecília Zugaib - Zurique, Suíça

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Governo brasileiro deve ouvir seus emigrantes

A partir da Conferência «Brasileiros no Mundo»,realizada em julho no Rio de Janeiro pelo Ministériodas Relações Exteriores, ficaram em aberto questõesreferentes à política que o governo do Brasil deve ado-tar em relação aos brasileiros emigrados. Entre as pro-postas concretas que surgiram estão a criação doEstado do Emigrante, idéia defendida pelo jornalistaRui Martins e a manutenção de redes de contato entreos emigrantes nos diversos países, a exemplo da Redede Brasileiras e Brasileiros no Exterior, que existe desdeo ano passado.

O Conselho Brasileiro na Suíça defende que não épreciso criar nenhuma instituição ou estrutura nova,mas fazer funcionar o que já existe, abrindo canaisdiretos de comunicação dos órgãos oficiais com acomunidade brasileira no exterior e entre os emi-grantes nos diversos países. É preciso que os consula-dos e embaixadas estejam bem equipados e se apro-ximem da população que devem atender, criandomecanismos de contato e trabalho conjunto com osgrupos e associações existentes nos vários países.Também deveriam ter uma espécie de Ouvidoria paraatender às demandas de pessoas individuais.

O mesmo tipo de canal de comunicação deveriaser aberto na Sub-Secretaria das Comunidades Brasi-leiras no Exterior, dentro do Ministério das RelaçõesExteriores. É ela que responde pela proposição deregras e leis para facilitar a vida dos brasileiros noexterior e portanto deve estar munida de informaçõesque venham da base. Vejam quais são as funções dessaSub-Secretaria:

«O Decreto n. 5.979, de 6 de dezembro de 2006,que aprova a estrutura regimental do Itamaraty, criouem seu Anexo I a Subsecretaria-Geral das Comunida-des Brasileiras no Exterior (SGEB), com as atribuiçõesde «cuidar dos temas relativos aos brasileiros no exte-rior e aos estrangeiros que desejam ingressar no Brasil,incluindo-se a cooperação judiciária internacional.» ASGEB compreende o Departamento Consular e deBrasileiros no Exterior (DCB) e o Departamento deImigração e Assuntos Jurídicos (DIJ). Diretamente liga-dos à Subsecretaria-Geral estão o Núcleo de Moder-

nização Consular (NMCONS) e, em fase de im-plantação, a Ouvidoria Consular (OUV).

Ao DCB estão subordinadas a Divisão das Comuni-dades Brasileiras no Exterior (DBR), Divisão de Assis-tência Consular (DAC) e a Divisão de Documentos deViagem (DDV).

Compete ao Departamento Consular e de Brasileirosno Exterior:I orientar e supervisionar as atividades de natureza

consular e de assistência a brasileiros desem-penhadas pelas unidades administrativas doMinistério no País e no exterior; e

II cuidar da execução das normas legais e regula-mentares brasileiras referentes a documentos deviagem, no âmbito do Ministério.

Ao DIJ estão subordinadas a Divisão de Atos Inter-nacionais (DAI); a Divisão de Imigração (DIM); e aDivisão de Cooperação Jurídica Internacional (DCJI).Compete ao Departamento de Imigração e AssuntosJurídicos:I tratar de matérias relativas à cooperação judiciária

internacional;II propor atos internacionais sobre tema de sua

responsabilidade e coordenar a respectiva nego-ciação, bem como examinar a correção formal epreparar os documentos definitivos dos demaisatos negociados por todas as unidades doMinistério; e

III - acompanhar, no âmbito do Ministério, os assuntosconcernentes à política imigratória nacional.

Com a criação da SGEB o Governo brasileiro dotao MRE de um novo instrumento para lidar com oaumento da presença de brasileiros no exterior e como fluxo crescente de pessoas entre o Brasil e outrospaíses, que têm multiplicado as demandas por serviçosconsulares.

Um amplo programa de modernização foi lançadopelo Itamaraty para informatizar tais serviços e melho-rar sua qualidade, compreendendo o recém lançado«Portal Consular - www.abe.mre.gov.br», um dos trêscomponentes do Sistema Consular Integrado (SCI), quecompreende também o «Sistema Consular» e o«Sistema de Emissão e Controle de Documentos deViagem», todos desenvolvidos em cooperação com oSERPRO. O atendimento rápido, cortês e eficiente é a

principal meta do serviço consular brasileiro e constituiprioridade permanente da SGEB, assim como a defesae apoio dos cidadãos brasileiros radicados no exterior.

Contato: Subsecretaria-Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior (SGEB) Esplanada dos Ministérios Bloco H - Palácio Itamaraty Anexo I - 2° Andar, sala 204-A 70170-900 Brasília, DF - BrasilTelefone: (+5561) 3411-9934Fax: (+5561) 3411-9939E-mail: [email protected] (Este endereço de e-mailestá protegido contra spam, pelo que o Javascriptterá de estar ativado para poder visualizar oendereço de E-mail)Subsecretário-Geral:Embaixador Oto Agripino Maia»(Fonte: Ministério das Relações Exteriores –www.mre.gov.br)

Depois de anos de discussão e acertos, finalmentetorna-se realidade o Acordo Ortográfico da LínguaPortuguesa. A forma de escrever vai mudar a partir dodia 1º de janeiro de 2009, coroando esforços que searrastam desde 1924. Centenas de títulos convertidos àsnovas regras já chegaram às livrarias brasileiras, incluin-do o Minidicionário Houaiss da Língua Portuguesa àvenda no País desde 1º de agosto. Uma das primeirasobras reformadas, a conversão do dicionário consumiusete meses e R$ 500 mil. «No dia 1º de janeiro, osdicionários que não contemplarem a reforma estarãoautomaticamente defasados. Nosso raciocínio, ao lançaro Houaiss adaptado, foi que não faria sentido alguémcomprar um dicionário com vida útil de apenas quatromeses», explica o editor Roberto Feith.

No caso dos livros didáticos, por decisão do MEC,todos os livros de 1ª a 5ª séries distribuídos pelo gover-no federal nas escolas públicas já deverão ser na novaortografia em 2010. Isso significa 80 milhões de exem-plares reescritos. Mudanças também invadiram os por-tais da Internet. O iG já adota nos textos de sua redaçãonormas instituídas pelo acordo ortográfico.

Esse acordo é meramente ortográfico; portanto,restringe-se à língua escrita, não afetando nenhumaspecto da língua falada. Ele não elimina todas as dife-renças ortográficas observadas nos países que têm a lín-gua portuguesa como idioma oficial, mas é um passo emdireção à pretendida unificação ortográfica desses países.

(Colaboração de Martina Inngauer)

Português escrito muda a partir de 2009

A Rádio X, em conjunto com o Planet 13,estão lançando o projeto Vitamin B, que unetrabalho e formação. Trata-se do curso derádio Klipp & Klang, que acontecerá duranteo inverno em Basel. Vitamin B apóia migrantes desempregados aconstruir uma rede profissional de contatos,bem como fornece informações importantes

com vistas à ocupação profissional almejada. O curso em Basel começa em meados dedezembro. No início de novembro foi rea-lizada uma noite de informação a respeito.Para mais informações e para se inscrever,contacte Angela Sanders, [email protected],044 242 00 31.

(Fonte: Natalie Berger, Radio X)

Vitamin B

«Na página do CIGA-Brasil (www.cigabrasil.ch) você pode conferir todas as mudanças num documento PDF.»

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No encontro de Basel, sob o tema «Lula, Lugo,Correa - Política e a Teologia da Libertação na AméricaLatina», Boff encontrou um auditório cheio e foi sauda-do pelos organizadores como «um dos mais impor-tantes teólogos dos últimos tempos… alguém que falade Deus não apenas para entender o mundo, mas paratransformá-lo, por amor a Deus».

Logo no início Boff colocou que muitos acham quea Teologia da Libertação está morta e não tem maislugar num mundo globalizado e avançado tecnologica-mente. As condições porém que fizeram surgir aTeologia da Libertação, segundo ele, continuam pre-sentes: o grito dos índios, dos negros, dos pobres, dasmulheres, dos que estão à margem, ficou ainda maisalto e por isso ela continua cada vez mais atual. Elelembrou que na primeira vez que se encontrou com apobreza não viu apenas os pobres, mas a reencarnaçãodo Cristo e a partir desta constatação protestou e sepreguntou o que poderia ser feito. Chegou à conclusãode que não é possível levar a mensagem do Deus Pai eMãe num mundo assim, é preciso mudar o mundo. Foiessa proposta que a Teologia da Libertação veio trazerà igreja: uma nova forma de ver e lidar com os necessi-tados.

Para o teólogo, os pobres não são apenas«pobres». Eles podem pensar, se organizar, «têm umaforça histórica, podem se tornar sujeitos de sua liber-tação». A «opção pelos pobres» defendida pela Teo-logia da Libertação vai nessa linha, partindo do pressu-posto que só quem ama os pobres pode trabalhar comeles, como nos mostra o exemplo de Paulo Freire. Noâmbito da igreja esse trabalho se traduziu nasComunidades Eclesiais de Base, que realizam encontrospara leitura e discussão da Bíblia e atuam socialmenteem várias áreas. A «Igreja da Libertação», como Boff adenomina, não é uma igreja institucional, como a igre-ja estabelecida, ela é uma igreja de rede de grupos, debase, de comunidade, voltada para as pessoas.

A Teologia da Libertação está espalhada pelomundo inteiro e assume um caráter ecumênico. Tornou-

se referência para muitos grupos de luta social e movi-mentos populares no Brasil e depois começou tambéma mudar alguns partidos politicos, a começar pelo PT.As comunidades de base são a semente de todo estetrabalho, segundo Boff.

O presidente do Equador, Rafael Correa, tambémse diz pertencente à Teologia da Libertação, assimcomo o recém-eleito presidente do Paraguai, bispo

Fernando Lugo, cuja palavra de ordem para o país é«mudança». Uma das iniciativas de Lugo é a instituiçãodo programa Fome Zero, do governo brasileiro, tambémem seu país. Nesse sentido, deve-se considerar tambémLula como simpatizante da Teologia da Libertação, pois«se não tivesse a opção pelos pobres, não faria proje-tos desse tipo no Brasil», declara o teólogo.

Cultura da LibertaçãoMais do que uma linha teológica, o que Boff

defende é a «Cultura da Libertação». Ele explica que «ateologia não é o mais importante, mas a libertaçãocomo mudança da sociedade, como um pedaço da li-bertação de Deus, para que as pessoas que estão àmargem vejam que existe um lugar para elas no meiodessa sociedade». O teólogo destaca que «a natureza,os animais, a nossa casa, a Terra, clamam por liber-tação». A lógica que rege a sociedade é, na opinião de

Boff, a mesma que rege o universo. Podemos atédiminuir a velocidade das mudanças da Terra quetrarão conseqüências negativas para todos nós, mastemos de perceber que elas já começaram, assinala. Senão quisermos sucumbir, precisamos mudar nossaforma de agir, recomenda.

Boff enfatiza que o modelo que se impôs nos últi-mos 300 anos e se globalizou é muito bom para umaparcela muito pequena da população e tem como custoo esgotamento dos recursos naturais e a falta de soli-dariedade com as gerações futuras, pois criou proble-mas estruturais. «Esse modelo econômico onde unsganham às custas dos outros e do meio ambiente nãose sustenta mais. Precisamos achar uma alternativapara dividir as riquezas para todos», defende.

Pensando nisso, Boff esclarece que a Teologia daLibertação não pode se resumir aos pobres. Ela é dirigi-da a todas as pessoas, pois a história da humanidadeprecisa ser redefinida. Se nos colocarmos no lugar dosastronautas, vendo a Terra lá de cima, as pessoas pare-cem uma coisa só. «O homem veio do pó e ao pótornará», cita Boff o texto bíblico. «Nós somos «terraque vive» e precisamos lutar hoje por uma mudança dementalidade», exorta.

Para ele há dois pontos importantes a observar.Primeiro, precisamos de uma outra visão sobre a terra,que hoje é encarada como uma grande loja, de ondepodemos pegar o que precisamos. Só usamos eabusamos sem limite. É preciso perceber que a Terranão tem recursos inesgotáveis, ela está se exaurindo. ATerra é um organismo VIVO, ela se organiza de talforma a se reproduzir e criar vida constantemente. «Seela é viva e nós somos parte dela, ela cobra de nósrespeito e sinergia, uma atitude ética de proteção e uti-lização», ensina. Citando o texto de Gênesis 2, ondefala do homem e da mulher como anjos protetores daterra, Boff enfatiza que precisamos produzir, masrespeitando o ritmo da Terra e suas medidas.

Em segundo lugar, precisamos de um novo para-digma, não apenas de mudanças que prolonguem aagonia, mas que realmente mudem algo. Estamos emcrise e toda crise tem sempre uma função de libertação,de libertar a semente para criar uma nova forma devida. «A crise traz sofrimento, mas possibilita o salto»,destaca o teólogo. Para ele, toda crise tem um lado po-sitivo. A humanidade já passou por muitas crises e con-seguiu dar o salto. «Creio que sairemos mais madurosdesta crise», observa. A crise pode trazer uma novaforma de vida, mais saudável, na qual aprenderemos aouvir a alegria de viver juntos, tendo a Terra como casacomunitária de todos, uma casa que deve ser honrada

e protegida, espera Boff. Seu sonho é que todos possa-mos sentar à mesa como uma grande família e gozardos recursos que a natureza oferece. Para ele o mundonão pode ser visto só como «antroposófico», a dimen-são «natureza» precisa ser assumida. No momento emque a sociedade fizer uma «opção pela vida» serápossível, em sua opinião, dar o salto para nos tornar-mos irmãos. «Daí teremos mais cuidado pela vida eouviremos as palavras de Deus a Noé, quando mostrouo arco-íris como sinal de Sua aliança com a humani-dade», resume.

Analisando as mudanças econômicas recentesque ocorreram na América Latina, Boff reconhece quepresidentes como Lula, Chaves e outros não con-seguiram fazer muito, em função das pressões quesofrem. Mas ele acredita que houve mudanças na áreasocial, que «eles deram uma dimensão social ao gover-no e é isso que faz a diferença.» Boff admite quemuitos problemas sociais não foram solucionados. Oprojeto político de Lula «é tido como projeto do povo,mas ele não é completamente livre», explica.

Nesse contexto, a Teologia da Libertação apóia asmudanças e se posiciona contra o sistema atual. Porisso a mídia não tem interesse em divulgá-la, pelo con-trário, procura torná-la invisível. «Por muito tempo setentou também tornar os pobres invisíveis. Agora seuclamor ficou tão forte que não dá para esconder. ATeologia da Libertação também está aí, só não aparece.Procurando nas bases, ela está lá», conclui.

Na passagem por Bern, o teólogo fez também umanoite de autógrafos de seu mais novo livro «LeonardoBoff – advogado dos pobres». Já em Winterthur abor-dou o tema da igreja voltada para as pessoas, trazendo«inspirações do Brasil para a Igreja na Suíça».

Irene Zwetsch

Boff prega a libertação comomudança da sociedadeEm sua passagem pela Suíça durante o mês do outubro, o teólogo e escritor Leonardo Boff pro-feriu palestras em Fribourg, Genebra, Bern, Winterthur e Basel. Falando da Teologia da Liber-tação, movimentos sociais e políticos e ecologia, Boff abordou a situação atual da AméricaLatina, sem descuidar a visão global de responsabilidade coletiva que todos carregamos emrelação ao meio-ambiente e à comunidade que nos cerca.

A partir da esquerda: Irene, Boff, Márcia e Sara

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Quando dois mundos se encontram,começa uma nova vida. Ao lado da riqueza eda atração que o novo traz, vêm à tona tam-bém diferenças culturais, de pensamento, desistema de vida, que às vezes dificultam aharmonia no relacionamento. Como lidarcom as diferenças, como construir juntosuma vida comum e ser feliz? Essas e outrasperguntas são a ferramenta de trabalho doServiço de Aconselhamento para Casais eFamílias Binacionais (Beratungstelle fürBinationale Paare und Familien).

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Pasta do ProfessorO projeto «Pasta do Professor», da Associação Brasileira deDireitos Reprográficos, já conta com mais de 1700 títulos noacervo e facilita a vida de professores e estudantes univer-sitários. O projeto é semelhante às pastas com cópias de textosque os professores universitários deixavam em copiadoras. Na"Pasta do Professor” os textos sâo escolhidos por professoresem um site e impressos em pontos-de-venda nas universidades,respeitando os direitos autorais. O coordenador do projeto,Bruno De Carli, informa que algumas universidades jácomeçaram a aderir ao projeto, que conta também com umsistema de segurança para impeder cópias ilegais. Para obtermais informações, visite o site www.pastadoprofessor.com.brou mande um E-mail para: [email protected].

(Fonte: Folha de São Paulo, colaboração Monica Correa)

Falta mão-de-obra qualificada A falta de mão-de-obrà qualificada é um fator que ameaça ocrescimento do Brasil, destacou o jornal norte-americano TheNew York Times em meados deste ano. Numa de suas reporta-gens lembrou a projeção de crescimento proposta pelo go-verno Lula de 5% daqui até 2010, e entre 3% e 4% ao ano nadécada seguinte. Porém, o país deve enfrentar a escassez demão-de-obra altamente qualificada, particularmente enge-nheiros e técnicos profissionais, para atingir tal meta. «A faltade engenheiros de construção ameaça projetos de infra-estru-tura; áreas como bancos, fabricação de aviões, petroquímica emetalurgia estão todas competindo pelos mesmos graduadosde destaque. Nos setores de gás e petróleo que passam por umboom, as empresas estão recorrendo a mão-de-obràestrangeira porque não há brasileiros qualificados o sufi-ciente», escreveu o NYT. Um estudo feito pela ConfederaçãoNacional da Indústria apontou que mais da metade das 1.715empresas industriais pesquisadas não conseguiam encontraros trabalhadores qualificados que precisavam. Isso tem feitocom que empresas invistam no ramo de educação e treina-mento para seus funcionários.Na questão da educação, o jornal disse que o «sistema educa-cional do Brasil está em desarranjo». «Nos testes daOrganização para Cooperação e Desenvolvimento Econômicode desempenho acadêmico, realizados a cada três anos entrejovens de 15 anos de 57 países, os estudantes brasileirosficaram na quarta pior colocação em ciências e na terceira piorem matemática", destacou o NYT. Segundo um estudo da CNI(Confederação Nacional da Indústria), o trabalhador médiobrasileiro possui seis anos de escolaridade, em comparação a10 anos na Coréia do Sul, 11 anos no Japão e 12 anos nosEstados Unidos e Europa.

(Fonte: UOL Notícias, divulgado por Brasil Infos).

Emissão de poluentes caiu 98% em Cubatão A emissão de poeira e fumaça pelas indústrias do pólo indus-trial de Cubatão (SP), a 57 km da capital, caiu 98% nos últi-mos 25 anos. O dado faz parte de um estudo divulgado peloCentro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). A emis-

são de poluentes abordada no estudo é documentada desde1983, quando foi iniciado o Programa de Controle da PoluiçãoAmbiental no município. Nos últimos 10 anos, mesmo com adiminuição da poluição, as empresas de Cubatão tiveram umaumento de 39% em sua produção. «As empresas de Cubatãoinvestiram mais de US$ 1 bilhão em programas ambientais nosúltimos 25 anos e o resultado apresentado hoje nos traz acerteza de que é possível harmonizar aumento de produtivi-dade e melhoria ambiental”, afirmou Paulo Skaf, presidente daFederação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).Durante o período do estudo, o total de emissões atmosféricasfoi reduzido em 98% - fazendo com que a qualidade do ar naregião central de Cubatão seja normalmente melhor do que ado Parque do Ibirapuera, na capital paulista. As melhorias nomeio ambiente - como a recuperação da Serra do Mar e daqualidade das águas do rio Cubatão - foram fruto também dadiminuição do despejo de resíduos. O aumento da recirculaçãoda água durante a produção chegou a 65% - isso diminuiu acaptação de água em 28% e o lançamento de resíduos em 32%.O pólo industrial de Cubatão reúne 54 empresas dos setoresquímico, petroquímico, siderúrgico e de fertilizantes, além deprestadores de serviços.(Fonte: www.ambientebrasil.com.br,

divulgado por www.brasilalemanha.com.br)

Apoio jurídico grátis a brasileiro na EspanhaBrasileiros que tiverem problemas jurídicos na Espanha, inclu-sive os que ficarem retidos no aeroporto, receberão auxíliogratuito de advogados espanhóis. Da mesma forma, espanhóisque vierem ao Brasil poderão contar com a assistência deadvogados brasileiros. Esses são os principais termos de umconvênio firmado em Madri, entre a OAB (Ordem dosAdvogados do Brasil) e sua correspondente espanhola, o CGAE(Conselho Geral da Advocacia Espanhola). A OAB e o CGAEcomeçaram a desenhar o convênio no início do ano, motivadospela freqüente retenção de brasileiros no aeroporto de Barajas,em Madri. No auge da crise, em fevereiro, a Espanha mandoude volta ao Brasil uma média de 15 brasileiros por dia. Outroobjetivo do acordo é combater o tráfico internacional de mu-lheres para exploração sexual. Segundo o Ministério da Justiça,a Espanha é um dos principais destinos das brasileiras alici-adas pelo tráfico. Por terem entrado ilegalmente na Europa,muitas têm medo de pedir socorro. Outras não sabem sequercomo fazê-lo. Agora, pelo acordo, os parentes delas poderãosolicitar auxílio à OAB, no Brasil -não será preciso entrar emcontato com autoridades espanholas. O advogado espanholtambém facilitará o acesso a todos os processos e documentosem tramitação na Espanha para o advogado que eventualmenteo viajante tenha no Brasil. O convênio prevê a atuação dosadvogados em casos de «alegada ou comprovada violação adireitos humanos, em especial a imigrantes e indivíduos deti-dos, que aguardam julgamento ou já foram condenados crimi-nalmente». Não terão direito ao auxílio envolvidos em crimespolíticos. A OAB pretende fazer esse tipo de acordo com outrospaíses.

(Fonte: Folha de S. Paulo)

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EXPEDIENTECIGA-Informando é uma publicação bimensal do CIGA-Brasil.

Tiragem: 1700 exemplares

Redação e edição: Irene Zwetsch

Foto Capa: Rubens Zischler

Layout & Realização: [email protected], www.wilber.ch

Colaboradores desta edição: Ariane Rufino, Brasil Infos,Clarice dos Santos, Edna Marti, Folha de S. Paulo, IzaTippett, Marketing LCC, Marta Gonçalves, MartinaInngauer, Monica Correa, Patricia de Paiva, Rádio X,Revista Integra, Rui Martins, www.brasilalemanha.com.br

Contato com a redação:CIGA-BrasilBinningerstrasse 194103 BottmingenTel/Fax: (061) 423 03 47/46E-mail: [email protected]

O fechamento redacional da próximaedição será no dia 04 de janeiro de2009. Até esta data todos os textos e anúncios devem chegar àsnossas mãos.

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BADEN1° 2° 3° e 4° Domingo 11.00Aos Domingos, catequese as 10.00

Kappelerhof – Kapelle Mariawil –Bruggerstr. 143, 5400 Baden

BASEL1° 2° 3° e 4° Sábado 20.00Aos Sábados, catequese as 19.00Igreja Sacré CouerFeierabendstr. 68,4051 Basel

SISSACH2° e 4° Domingo 09.00Aos Sábados, catequese as 15.30

Igreja St. JosefFelsenstr. 16, 4450 Sissach

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O inverno está chegando e os dias estão ficando cada vezmais frios. Existem doenças que chamamos sazonais, isto é, elasocorrem em determinados períodos do ano. Com a chegada doinverno aumenta a incidência das gripes e dos resfriados. Quemedidas podemos tomar para nos tratar dessas doenças oumesmo evitá-las?

Qual a diferença entre a gripe e o resfriado? O resfriadocomum é causado por alguns tipos de vírus que se alojam notrato respiratório superior e que provocam os sintomas decorizas e espirros. Por outro lado, a gripe é causada por váriostipos do vírus «influenza», que atacam as vias respiratórias(nariz,garganta e pulmões), podendo levar aos sintomas de con-gestão nasal, dor de garganta, tosse, febre, dor muscular,calafrios, sudorese e sintomas gástricos e intestinais. Não exis-tem remédios para a cura, apenas para aliviar seus sintomas. Senão houver complicações, tende a passar sozinha.

Algumas recomendações úteis quando já apresentar os sintomas da doença:1) Assoe o nariz com frequência2) Trate a congestão nasal instilando soro fisiológico morno3) Mantenha-se com o corpo aquecido e descansado4) Faça gargarejos5) Beba líquidos quentes (chá preto ou verde)6) Tome um banho com bastante vapor7) Não viaje de avião, a menos que seja absolutamente

necessário8) Coma alimentos que combatam a infecção

(banana, cenoura, mostarda, raiz forte e cebola).

Eis algumas dicas de prevenção que podem funcionar:1) Lave bem as mãos2) Não encubra a tosse e o espirro com as mãos3) Não toque a face após espirrar e tossir4) Ingira bastante líquido5) Tome uma sauna

6) Tome ar fresco7) Faça exercícios aeróbicos regularmente8) Coma alimentos que contenham fitoquímicos (vegetais e

frutas de cor verde escuro, amarela e vermelha).9) Não fume

10) Evite ingerir bebidas alcoólicas11) Relaxe (você pode aprender a relaxar e com isso

aumentar a imunidade)

Pensamento positivo combate o vírus da gripePessoas felizes teriam três vezes menos chance de ficarem

gripadas, de acordo com uma pesquisa conduzida por psicólogosamericanos. O pesquisador Sheldon Cohen, da UniversidadeCarnegie Mellon, na Pensilvânia, liderou um estudo com maisde trezentos voluntários saudáveis. Cada um foi entrevistadopor duas semanas para que seu estado emocional fosse medido.Eles foram classificados em categorias positivas: felizes, satis-feitos, relaxados, e negativas: ansiosos, hostis e deprimidos.Depois cada voluntário recebeu o vírus da gripe. Nos cinco diasseguintes eles passaram por mais entrevistas enquanto ospesquisadores buscavam sintomas da doença. Os voluntáriosenquadrados nas três categorias positivas foram os que apresen-taram mais resistência. Para Cohen, pessoas felizes costumamter estilos de vida mais saudáveis, com níveis controlados deestresse, o que afeta o sistema imunológico.

Doença ou saúde: a escolhaé sua. Sua condição física deamanhã depende do que vocêfaz com sua mente e seu corpohoje.

Gripe ou resfriado - O que fazer?

Iza Tippet,Terapeuta Corporal

e Reikiana

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