Anno I JORNAL DA TARD N. 195 - :::[ BIBLIOTECA NACIONAL...

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Anno I OÓNIVTÇOISS RccoIk}iii»sü assigiialiirtw em «|iial*|uer lOIII|H). Annuncios h diversas publicações, |*'lu prtço mais módico. j*4ll4lEnO AVULSO, GO Jt.S. TVMIItl'lllt E OTITUIIIO •J4 A—RUA DE 8, DENTO-H A l ».' JORNAL DA TARD ªPUWLIOAÇiXO t>Jl AHIA PÍtÒPBIEDADE DK UMA ASSOCIAÇÃO EDITOR--ANTÔNIO ELIAS DA SILVA N. 195 ASSIGNATURA MENSAL imitai1C0ÜQ liilvriuriítôÜU J-ÍUMBRO avulso, 00 Rs. l»i»<->.iiii.iilo iidlmidiilu TÍPOGIUNIIA E ESCRITÓRIO 24 A-RUA DE 8. BÊNTO-2A A S. Paulo Terça-iteira, 20 de Maio de 1879 Brazil MEMOMNDUM .%U»o|E««l«.—i'i •¦• A. I.uilo Montei. Itua da Hoa-Viutn, n. 74. Advoffndo.— I»r. losé Forn-indes CumIic, mu 1* »> 2" iiiHtiiiieia, largo de S. Francisco, n. 12. Ailvoi-iirlu rm «* liiMliiiiel».—Pa-do du Souza Queiroz o João Kopke, rua ila l.i.t.-Vistn, 11.52 A tito U tulo».. -Im. Alfredo Silveira da Motta >• Dento Darrcto. run Direita, n.48 (Quatro Cantou). .\tlvoj£i>«loM. —Di. Antônio Carlos e Luiz (iauia, rua da In.poratriz, n. 10.¦ Advogado.—0 dr. .losé Manoel Portugal, ladui- ra ilo Carmo, n. 11. A. Çor»l*ler Júnior.—Casa do modas o cosluriiH. Kua da Imperatriz, u. 42. A l/D.I.-iíaiu-t" l*nrlMl«*mit>, cum» dc ulfulndiriii, dc I». B.nii» .€• íi. AVornif», ruii da Imperatriz, 21. tista casa possuo um linbileon- tra-iucstro, muito conhecido pela perfeição de seu tra- balho,assim como um grande sortimento de 1'azeiulas. Preços módicos. A llotn de Ouro.—Calçados baratissimos—A DINHEIRO—í.ouveia& Comp.,rua da Imperatriz, 24 Ao I&cIokIo iffoiit»ti-o.—Grando sorlimonto de relógios de parede, desiiortndorcs, relogios-estrndu do ferro, de prata, de ouro, luminoso, e muitos outros de pliantasia. Concerta relógios, garantindo-se ò trabalho. Kua da Imperatriz, n. Aül—Hyppolito Supplicy. Ao Kiii|iorlo Central.—Armazém de rao- lhades. artigos de confeitaria e fruetas ; largo do ehafa- riz do Rosário, n. 28. AU JBOBf WIAIIIiE.—Tem nm grande sortimeii- to do roupas francezas c nacionaes. Itua Direita, ... 40. lllllii'11'H dn loteria da província, vende-so no largo do chafariz do Rosário, n. 28. BlllieteM de toria*. a»« loteria»* da Cor- te.—Bcríiardirio Monteiro de Abreu, largo do chafariz da Misericórdia, n. 42 A. Remette-se para o interior. •Caliellelrelro.—Ií. tlusson, rua de S. Bento, ií. 48. Trancas do cabellos finos a H$, 10;», 15$, 20$ 0 25$ o par. Grande sortimento de perfumarias linas de Pinaud, Lubin, Lcgrand o Alkinson. CaHi. de joiaM e relojoarla de Joào Sii|tticv.—Nesta casa encontra-se grande sortimen- to du joi;is e relógios de algibeira, de parede e de cima do mesa e despertadores ; concertos afiançados. Kua Di- reita, ii. 31, eui frente ao hotel de França. Carimbo* de borracha para papel.— Agente Henrique Sueli, rua Diroita, n.23. Charuto.*, da ktalila. oucontra-8o sempru os mòltiorOK, na livraria »lo Ricardo Muttlnut, rua da Impe* ratriv, u. »'•" ; ua inosim. casa lia cunHlantomenln bons charutos do llainluirgu o da Havana. CnMii-IIruiicw.—Advogado, uo civcl, dr. Pedro Al •Im»-!» «lu Silva . Cecília EMttheldn .-*»llta. professora publica da cadeira do Campo Mauá, lecciona a rua Aurora, n. 10. Clrurgluo-deiitlMta.—Dr. Mesquita,rua Di- reita, n.27. CoiiKiilturio tioiiieopnt.ilco. -I.id.iii de S. Francisco, n. 14. llcpi»Hlto ilii nadaria «Iiim 1*1111111-1- rilM.—Kua da Quitanda, lt. IU. llr. ItciitotàuliuarãcM.—Cirurgiilo-deutista; pôde ser procurado u todas ns horas, ua rua Direita,». 4. HepoHlto ile madeira».—loaquim Eugênio de Lima, rua dn listaçAoda Luz. (Serraria na cstaçilo do Itio-Gnindo.) l-.iitseuSieíro.—Kaphnel Romano oncnrregii-so de todo " trabalho dc architectuni o do medição, tanto de empreitada C0IU0 por obra. Kua de S. Dento, II. lí", luja dc ourives. Fabrica decharuiUM.—Josú Paulo, rua da Imperatriz, u. 10. Cara is rir cxpoMiçào de joiiiH. ouro, prata e brilhantes, por preços razoáveis. Ao Kelogio Monstro, lini da Imperatriz, ll. 4li.—llrjppolito Supplicij. (¦Sav.-txlobo.—Agencia geral para a proviucia de S. Paulo : 43—Kua »la Imperatriz—13. CàulHicrme FucItH, com estabelecimento de sol lins e todos os accessorio.; de montaria, esquinada rua de S. Bento, ll. 1 (largo tio chafariz). Dlomeo|>athca.—Xo consultório,árundeS. Jo- sé, n. 67, vende-se, barato, boticas c remédios avulsos. liOJa da China, casa especial do chi, cera, rape e sementes. Kua do Commercio, n. 24. ITfartim ¦¦'rancInco Júnior.—Advogado, ruii do Imperador,... 33; JVIrritro.—Dr. Eúlnlio; residência, rua da Prince- za, n. 10. Consultas, á rim Direita,u. 19 A, de 1 íts3 horas. iTIedico, operador e part ei ro.— dr. Joaquim Petlro, rua de S. Dento, n. 8.'i. O advogado dr. Antônio Mouizde Souza mudou o seu escriptorio para a rua do Commercio,... 40. O da*. Clim.a-co SSarhoMa, operador e partei- ro, resido á rua de S. José, 22. 1'adarla Koman», de Luiz Iuveriiizzi. Pães, biseotitos de trigo e doces diversos, tudo de farinha su- perior, rua de S. líimto, n; 43. FOLHETIM (») CHARLES DESLYS 0 JURAMENTO DE MAGDALEN —•-—— O rcjçi-esso - i.ii traia, 1'adarla iI.im FiiiiiIIIum, rua do Commercio. li. ÍC. I* li armaria do Cantor.—Francisco Ua- mel. rui. do Couimereiu, u 31. I*apel»4 plutadoM.—(iraudu rcduuçílo em pre- ços, '.rr pura cr«*r, un Seabra, rua de S. Dento, u. G8. l*ilnliiH B*aull»faiiaM.— Vende-se nesta ty- pograpltia. Houpa feita, por jireços baratissimos, comiileto uortiiiieuto. Largo do chafariz da Misericórdia, u.42 A, casa de lleriiardiuo du Abreu & Comp. 'BVIIitiM.—\roiidom-so a 05$000 0 milhoiro; para informações no negocio tio sr..Penas, ua rua da Victoria, onde se acham as amostras. Theatro de S. JoHé.—Prepara-se, pára c beiielicio do artista Dias Braga, o celebre tirania tle Ale- N.indie Dumas—Kean ou gênio « desordem. VARIEDADE Superstições dos nossos povos rudes Não leyanlos o menino alem do lua cabeça, porquo assim Iliu cabe o vonlro. Não bobas água com a candeia accosa na mão, porque ficas subjoilò aos ataques do gotta. NãO abras os braços em fôrma do cruz na por- ia, porque assim chamas a desgraça. Não comas bananas partidas com faca, por- quo morres sem falia; Quando nascer o primeiro donlo em leu li- llio. oiTurece-llie uma moeda de praia, e depois enterra-a no solo, para quo se conservem alvos e perfeitos os que forem apparecendo. Si queres que leu lilho pequeno desenvolva rapidamente o caminhar, quando fores á missa convida-o ; o quando der os primeiros pas- sos varre-os atraz. A mulher não sc deve assentar sobre urn cesto, porque lera muilos lilhos; o mesmo acontecerá ao homem que asseillar-se sobre um abano. Não colloques sobre a lua cabeça uma urupe- ma, porque enlão não mais crescerás. Náo varras o cisco de tua casa porta á 1'óra, paitiiso irá oo... ellu a lua foriuiiu. Nâo deixes tle lua casa sahir luz, muito me- nos sal, á uoilo. A creança nfio devo filar um espelho, porque islo a impedirá d- fallar côdo. Nunca to envolvas com uma coberta, cujo forro fique voltado para fora, porque le passai!- do o ar lornar-se-ha incurável. Não durmas com os pús para a rua ou para parlo ondo existem egrejas, porque chamas a morte sobro li. A mulher pejada não deve trazer objeeto al- gum no seio, porque a creança nascerá assigna- latia pelo objeeto. guando trovejar queima algumas palhas ben- tus, si tpieres que cesse o trovão. Não corisinlas quo em tua casa enlre pessoa alguma com o chapéu de sol armado, porque é signal de breve adoeceres gravemente. Não dei los a bocea na água do rio ou cisterna para hebò-la, como fazem os irracionaes, por- que então o leu anjo da guarda fugirá de ti. Náo cruzes as mãos sobro a cabeça, porquo isto chama a justiça sobre lua casa. Náo lances com força uma cancella conlra o inourão que a sustem, porque nella pôde estar recostada alguma ulma fazendo a sua peni- lencia. K oulras muitas superstições são lidas como «infalliveis» I li ha quem diga que este é o «século das luzes» I BlAS. INEDITORIAES A' oliaridacle dos habitantes de São Paulo 0 hospício de lázaros desla cidade tem a seu cargo a sustentação e tratamento dos infelizes lazarentos, considerados parids das sociedades aioiiernas. v Foi uma explosão de a Aquelle verediclum t.a ^-.--:'' v Jjlitírdniitíl ' tão Mathias linha pressa de tornar a vêr a A. rléfe&jírè^ia, tle abraçar os lilhos. i-ag^y^ buscá-los, acudiu Magilalena, os pohresiithos estão á minha espera I Tínhamos ludo preparado. Parliremos esta mesma noite. Trata lu do carro. Promelleram arranjar-mo um na estalagem onde estão esles senhores. Os amigos e companheiros de João Mathias levaram-ii'ü da sala em iriumpho. Ao descer as escVdas do tribunal, mestre .loão soltou um grilo roufenho, levou as mãos ao peito, e cambaleou. —Com a breca I exclamou o empreiteiro de Bordéus, que diacho tens lu, Mathias ? Sulíocado, mas sorrindo, o operário respoii- deu : —K' o ar! Ha oito mezes que o não respira- va... a plenos pulmões!... Ceiaram ua estalagem. As saúdes e as accla- mações foram sem couta. Alguns caixeiros via- jantes e outros hospedes que estavam na locan- da vieram lambem para a mesa. Foi quasi um banquete. Viva a alegria I exclamava a cada moinen- to o velho gascão. Com mil bombas I meu ve- lho I... Mas que mais queres lu ? 0 que é que ta falia. João Malhias parecia procurar quem querque fosse. —Não vejo ninguém tia lerra I murmurou elle. —Queira desculpar, respondeu nma voz mar- ciai, mas eu estou presente á chamada I lira o digno geudaftne. Dizendo, avançou um passo, perlilou-so mililarmente e, depois de um bom aperto de mão, bebeu com os outros á li- berdade do operário. Os convivas exclamaram : —Isto é que é I Até lem por si a géndarme- ria franceza I Ao lempo, entrou Magdalena precedida pelos filhos. Os pequenos correram a lançar-se nos braços do pae; Joanna, ás gargalhadas, ba- lendo as palmas; Pedrinho, com os dentes cerrados, o nariz a arfar, lão pallido e lão com- movido, tpie por pouco não perdeu os sentidos Os abraços não tinham litn. Instantes depois, no meio de uma nova ex- pansão, a familia .Malhias subia para o carro tpie devia condtizil-a a Villel. Ao passar defronto da prisão, o pobre Malhias estremeceu. —Mais um mez alli dentro, disse elle, e esta- va morto. Dava meia-noite quando o carro sabia as por- tas-de lipinal. lira tuna noite formosissima de Junho I O ar era lépido e as estrellas rebrilha- vam em myriades no azul do céu. —Ah I sinto-me renascer I murmurou João, como nós vamos ser felizes! lira a primeira vez, havia muilo tempo, que os quatro se achavam assim reunidos na pre- sença de Deus. Iam tornar a vêr a sua terra, a sua casa. Cada um delles acalentava em seu co- ração lima palavra de esperança, um ideal de ventura. Alquebradas pelo cansaço, as creanças fOràm-se calando a pouco e pouco. Volvida uma hora de caminho, Pedrinho dormia com aca- beca recliuada nu collo ile Magdálena, e Joa- niuha nos braços do pae. Ueceipsos ile os açor- tlar, os dous esposos faltavam baixinho. lembra, Magdalona, disse o ope- -Agora me rario, tenho que talhar comtigo... Para que li- zesle aquelle juramento no tribunal?... Acaso somos nós a justiça I Temos alguma cousa com isso I... Não, está tudo acabado .. vae... não pensemos mais nesse horrível pesadelo..; esqueçaino-lii . bem basla o que basta I Magdalona guardava silencio. —De modo que, pròsogui.ii mestre João, nun- ca mais lornaste a Villel'! Ninguém mais en- trou oin casa depois dia fatal. . —Ninguém, respondeu Magdálena, eu parti immediatamente—pensando em li. Trouxe todo o dinheiro... —lias do ler muito!... interrompeu elle. Uma ausência de oito mezes, Mirecourl, lipi- nal, as creanças no coilegio... —Paciência ! oblemperou a esposa, como Iii estás salvo, é o que se quer. O resto, digo como tu, pouco importa I João apertou-lhe a mão e lê-la-hia abraçado si não fosse o receio de acordar os pequenos. Contentaram-se com um sorriso em que se con- fundiam os dous corações. A lua, declinando para o horizonte, parecia illuininar gostosamente esle quadro. Todavia, no espirito do operário perpassou a seguinte amarga reflexão : —Chamam elles a islo estar livre, estar qui- te ! li as minhas economias ! li esses duzentos e trinta e nove dias tle Iribí-llio... ai! eu con- lei-os bem I... de tpie elles fizeram dias de pri- são I Quem é que m'os paga? Não, a justiça não pôde ser isto ! liu vivia do meu braço, le- nho familia! Si se enganaram, 'indemnisem- mé... o a justiça ao menos será justa 1 Assim fallou o pobre Malhias. li, si não fora o receio de alíligir' Magdálena, teria ajünlado que as suas forças eram abatidas, e que, nunca mais lalvez, viria a ler saudade de oulnira. —Afinal, concluiu elle, é necessário ser phi- losopho. A datar de amanhã, mãos á obra. li' dar-lhe de serra e énxó para recuperar o lempo perdido. Ü trajecto do lipinal a Villel é longo, e a noite era uo seu termo. Um vento mais fresco precedia a aurora, que bem depressa tingiu o horizonte com os seus rosados alvores. Foi se fazendo a luz; lá,ao longe, por sobre as brumas da planície, avistou-se acollina e, no plateau delia, a basla floresta de cavalheiras. Ao defrontar com o espectaculo do horizonte natal, o pobre Malhias começou a chorar como uma creança. —Ah I balhuciava elle como si procurasse desculpar-se ; ah I Magdálena, ha lauto tempo... qne não via a nossa terra ! que não via o sol I Pouco depois começaram a encontrar cam- ponios que iam para o trabalho, com as fouces ou as enxadas ao hombro. lira tudo gente de burgo. João inclinou-se para elles e saudou-os com gestos de amizade. Os camponios olharam para o seu coiiterra- líeoe amigo, e, com o parecer carregado, sem o menor signal de sympalhia, foram seguindo o seu caminho, sem parar. —Parece que estou muito mudado, miirtnu- rou o pobre Malhias; me não conhecem. íim uma volla da estrada, uma nuvem de poeira aonunciou o rebanho da communa. Vinha conduzido, ou antes guardado pelo ve- lho pegureiro, que toda a gente conhecia, por ser o pastor de todos. Com a manta enfiada pelo pescoço, o chapéu de grandes abas derribado para a nuca, vinha andando o fazendo ao mesmo tempo uma meia de lã. Olá! bons dias, lio André! gritou-lhe o operário. O velho apenas lhe respondeu com uma in- clinação de cabeça ; o foi-se andando a enxotar os borrègos. João tornou a assentar-se, muito conlrislado com aquelle frio acolhimento. Mas a cariiuhola ia entrar na floresta. O ven- lo da manhã ramal liava nas arvores, e os passa- rinhos cantavam nos balseiros. —listes, observou Magdálena, é que não sc esquecem de nos dar as boas vindas. Cerca das cinco horas entraram na villa. lia- via muitas portas e janellas abertas. Ouviu- do o rodar do carro, os moradores corriam a ellas, uns com o peito á mostra, oulros com a toalha ou pente na mão. Os leitores que tiveram jornadeado em diligencias sabem o que é o des- pertar de uma aldeia. Nem uma palavra, nem um geslo affecluoso saudaram na sua passagem a familia do opera- rio absolvido e i] li bad o'. Todos se mediam para dentro, ouvindo-se no interior das habitações gritos o sus urros de rnáu agoúro. Afinal, o carro parou junto do chalet. Magda- lena correu a abrir a porta. João, depois de pagar ao conduetor, entrou por sua vez em casa. —Ora, alé quo emíim I listamos na no»ssa ca- sinha, disseram os quatro em coro. Mas que dij.erei.ca daquelle interior alegre e asseado dos tempos felizes! Agora tudo respira- va o isolamento, o abandono. Pelos vidros, que- brados a pedradas pelos garotos da vizinhança,ti- nha penetrado em toda a parte a chuva e a poei- ra. O papel pendia em farraposamarellenlosdas paredes. As fechaduras estavam cheias do fer- rugem. Por todos os cantos teias de aranhas enormes. —Oh ! com a breca ! exclamou o tio João, ha de custar-nos a pôr islo em lermos. Magdálena e Joanna começaram logo a faina pelas casas do primeiro andar. O pae q o íilho foram abrir a officina. Um vizinho tinha-se lembrado, para maior commodidai.li!, de abrigar junto da parede da casa, por debaixo do beirai, o arado, agrade, em uma palavra—todo o material agrícola. João inlerpéllou-o : ²Olá !... vizinho... então... cada qual em sua casa., listamos devolta! A esta reclamação cordial respondeu o ou- tro com modo enfadado : ²\hi vae!... não lenhas tanta pressa... porque tivesle a fortuna de le livrar, não te fa- ças emboíio I... Aquellas palavras foram para João Mathias urn primeiro raio de luz. Fortuna ! Mas então julgavam-no culpado 1 A sua absolvição não linha sido ratificada pela opinião da gente da terra ,(Continua.) mmmmmwiji .. I, ' í*>?-a-;:v ,—»--_-ll^^

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Anno I

OÓNIVTÇOISSRccoIk}iii»sü assigiialiirtw em «|iial*|uer

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JORNAL DA TARD•

PUWLIOAÇiXO t>Jl AHIA

PÍtÒPBIEDADE DK UMA ASSOCIAÇÃOEDITOR--ANTÔNIO ELIAS DA SILVA

N. 195

ASSIGNATURA MENSAL

imitai 1C0ÜQliilvriur iítôÜU

J-ÍUMBRO avulso, 00 Rs.

l»i»<->.iiii.iilo iidlmidiilu

TÍPOGIUNIIA E ESCRITÓRIO24 A-RUA DE 8. BÊNTO-2A A

S. Paulo Terça-iteira, 20 de Maio de 1879 Brazil

MEMOMNDUM.%U»o|E««l«.—i'i •¦• A. I.uilo Montei. Itua da

Hoa-Viutn, n. 74.Advoffndo.— I»r. losé Forn-indes CumIic, mu 1*

»> 2" iiiHtiiiieia, largo de S. Francisco, n. 12.Ailvoi-iirlu rm «* liiMliiiiel».—Pa-do du

Souza Queiroz o João Kopke, rua ila l.i.t.-Vistn, 11.52A tito U tulo».. -Im. Alfredo Silveira da Motta >•

Dento Darrcto. run Direita, n.48 (Quatro Cantou)..\tlvoj£i>«loM. —Di. Antônio Carlos e Luiz (iauia,

rua da In.poratriz, n. 10. ¦Advogado.—0 dr. .losé Manoel Portugal, ladui-

ra ilo Carmo, n. 11.A. Çor»l*ler Júnior.—Casa do modas o

cosluriiH. Kua da Imperatriz, u. 42.A l/D.I.-iíaiu-t" l*nrlMl«*mit>, cum» dc

ulfulndiriii, dc I». B.nii» .€• íi. AVornif»,ruii da Imperatriz, 21. tista casa possuo um linbileon-tra-iucstro, já muito conhecido pela perfeição de seu tra-balho,assim como um grande sortimento de 1'azeiulas.Preços módicos.

A llotn de Ouro.—Calçados baratissimos—ADINHEIRO—í.ouveia& Comp.,rua da Imperatriz, 24

Ao I&cIokIo iffoiit»ti-o.—Grando sorlimontode relógios de parede, desiiortndorcs, relogios-estrndu doferro, de prata, de ouro, luminoso, e muitos outros depliantasia. Concerta relógios, garantindo-se ò trabalho.Kua da Imperatriz, n. Aül—Hyppolito Supplicy.

Ao Kiii|iorlo Central.—Armazém de rao-lhades. artigos de confeitaria e fruetas ; largo do ehafa-riz do Rosário, n. 28.

AU JBOBf WIAIIIiE.—Tem nm grande sortimeii-to do roupas francezas c nacionaes. Itua Direita, ... 40.

lllllii'11'H dn loteria da província,vende-so no largo do chafariz do Rosário, n. 28.

BlllieteM de toria*. a»« loteria»* da Cor-te.—Bcríiardirio Monteiro de Abreu, largo do chafarizda Misericórdia, n. 42 A. Remette-se para o interior.

•Caliellelrelro.—Ií. tlusson, rua de S. Bento,ií. 48. Trancas do cabellos finos a H$, 10;», 15$, 20$ 025$ o par. Grande sortimento de perfumarias linas dePinaud, Lubin, Lcgrand o Alkinson.

CaHi. de joiaM e relojoarla de JoàoSii|tticv.—Nesta casa encontra-se grande sortimen-to du joi;is e relógios de algibeira, de parede e de cimado mesa e despertadores ; concertos afiançados. Kua Di-reita, ii. 31, eui frente ao hotel de França.

Carimbo* de borracha para papel.—Agente Henrique Sueli, rua Diroita, n.23.

Charuto.*, da ktalila. oucontra-8o sempru osmòltiorOK, na livraria »lo Ricardo Muttlnut, rua da Impe*ratriv, u. »'•" ; ua inosim. casa lia cunHlantomenln bonscharutos do llainluirgu o da Havana.

CnMii-IIruiicw.—Advogado, uo civcl, dr. PedroAl •Im»-!» «lu Silva .

Cecília EMttheldn .-*»llta. professora publicada cadeira do Campo Mauá, lecciona a rua Aurora, n. 10.

Clrurgluo-deiitlMta.—Dr. Mesquita,rua Di-reita, n.27.

CoiiKiilturio tioiiieopnt.ilco. -I.id.iiide S. Francisco, n. 14.

llcpi»Hlto ilii nadaria «Iiim 1*1111111-1-rilM.—Kua da Quitanda, lt. IU.

llr. ItciitotàuliuarãcM.—Cirurgiilo-deutista;pôde ser procurado u todas ns horas, ua rua Direita,». 4.

HepoHlto ile madeira».—loaquim Eugêniode Lima, rua dn listaçAoda Luz. (Serraria na cstaçilo doItio-Gnindo.)

l-.iitseuSieíro.—Kaphnel Romano oncnrregii-sode todo " trabalho dc architectuni o do medição, tantode empreitada C0IU0 por obra. Kua de S. Dento, II. lí",luja dc ourives.

Fabrica decharuiUM.—Josú Paulo, rua daImperatriz, u. 10.

Cara is rir cxpoMiçào de joiiiH. ouro, pratae brilhantes, por preços razoáveis. Ao Kelogio Monstro,lini da Imperatriz, ll. 4li.—llrjppolito Supplicij.

(¦Sav.-txlobo.—Agencia geral para a proviucia deS. Paulo : 43—Kua »la Imperatriz—13.

CàulHicrme FucItH, com estabelecimento desol lins e todos os accessorio.; de montaria, esquinada ruade S. Bento, ll. 1 (largo tio chafariz).

Dlomeo|>athca.—Xo consultório,árundeS. Jo-sé, n. 67, vende-se, barato, boticas c remédios avulsos.

liOJa da China, casa especial do chi, cera, rapee sementes. Kua do Commercio, n. 24.

ITfartim ¦¦'rancInco Júnior.—Advogado,ruii do Imperador,... 33;

JVIrritro.—Dr. Eúlnlio; residência, rua da Prince-za, n. 10. Consultas, á rim Direita,u. 19 A, de 1 íts3 horas.

iTIedico, operador e part ei ro.— <» dr.Joaquim Petlro, rua de S. Dento, n. 8.'i.

O advogado dr. Antônio Mouizde Souza mudouo seu escriptorio para a rua do Commercio,... 40.

O da*. Clim.a-co SSarhoMa, operador e partei-ro, resido á rua de S. José, 22.

1'adarla Koman», de Luiz Iuveriiizzi. Pães,biseotitos de trigo e doces diversos, tudo de farinha su-perior, rua de S. líimto, n; 43.

FOLHETIM (»)

CHARLES DESLYS

0 JURAMENTO DE MAGDALEN—•-——

O rcjçi-esso -i.ii traia,

1'adarla iI.im FiiiiiIIIum, rua do Commercio.li. ÍC.

I* li armaria do Cantor.—Francisco Ua-mel. rui. do Couimereiu, u 31.

I*apel»4 plutadoM.—(iraudu rcduuçílo em pre-ços, '.rr pura cr«*r, un Seabra, rua de S. Dento, u. G8.

l*ilnliiH B*aull»faiiaM.— Vende-se nesta ty-pograpltia.

Houpa feita, por jireços baratissimos, comiiletouortiiiieuto. Largo do chafariz da Misericórdia, u.42 A,casa de lleriiardiuo du Abreu & Comp.'BVIIitiM.—\roiidom-so a 05$000 0 milhoiro; parainformações no negocio tio sr..Penas, ua rua da Victoria,onde se acham as amostras.

Theatro de S. JoHé.—Prepara-se, pára cbeiielicio do artista Dias Braga, o celebre tirania tle Ale-N.indie Dumas—Kean ou gênio « desordem.

VARIEDADESuperstições dos nossos povos rudes

Não leyanlos o menino alem do lua cabeça,porquo assim Iliu cabe o vonlro.

Não bobas água com a candeia accosa na mão,porque ficas subjoilò aos ataques do gotta.

NãO abras os braços em fôrma do cruz na por-ia, porque assim chamas a desgraça.

Não comas bananas partidas com faca, por-quo morres sem falia;

Quando nascer o primeiro donlo em leu li-llio. oiTurece-llie uma moeda de praia, e depoisenterra-a no solo, para quo se conservem alvose perfeitos os que forem apparecendo.

Si queres que leu lilho pequeno desenvolvarapidamente o caminhar, quando fores á missaconvida-o ; o quando já der os primeiros pas-sos varre-os atraz.

A mulher não sc deve assentar sobre urn cesto,porque lera muilos lilhos; o mesmo aconteceráao homem que asseillar-se sobre um abano.

Não colloques sobre a lua cabeça uma urupe-ma, porque enlão não mais crescerás.

Náo varras o cisco de tua casa porta á 1'óra,paitiiso irá oo... ellu a lua foriuiiu.

Nâo deixes tle lua casa sahir luz, muito me-nos sal, á uoilo.

A creança nfio devo filar um espelho, porqueislo a impedirá d- fallar côdo.Nunca to envolvas com uma coberta, cujoforro fique voltado para fora, porque le passai!-do o ar lornar-se-ha incurável.Não durmas com os pús para a rua ou para

parlo ondo existem egrejas, porque chamas amorte sobro li.

A mulher pejada não deve trazer objeeto al-gum no seio, porque a creança nascerá assigna-latia pelo objeeto.

guando trovejar queima algumas palhas ben-tus, si tpieres que cesse o trovão.

Não corisinlas quo em tua casa enlre pessoaalguma com o chapéu de sol armado, porque ésignal de breve adoeceres gravemente.Não dei los a bocea na água do rio ou cisterna

para hebò-la, como fazem os irracionaes, por-que então o leu anjo da guarda fugirá de ti.

Náo cruzes as mãos sobro a cabeça, porquoisto chama a justiça sobre lua casa.Náo lances com força uma cancella conlra o

inourão que a sustem, porque nella pôde estarrecostada alguma ulma fazendo a sua peni-lencia.

K oulras muitas superstições são lidas como«infalliveis» I

li ha quem diga que este é o «século dasluzes» I

BlAS.

INEDITORIAESA' oliaridacle dos habitantes de São

Paulo0 hospício de lázaros desla cidade tem a seu

cargo a sustentação e tratamento dos infelizeslazarentos, considerados parids das sociedadesaioiiernas. v

Foi uma explosão de aAquelle verediclum t.a ^-.--:'' v Jjlitírdniitíl' tão Mathias linha pressa de tornar a vêr a

A. rléfe&jírè^ia, tle abraçar os lilhos.i-ag^y^ buscá-los, acudiu Magilalena, os

pohresiithos estão á minha espera I Tínhamosludo preparado. Parliremos esta mesma noite.Trata lu do carro. Promelleram arranjar-mo umna estalagem onde estão esles senhores.

Os amigos e companheiros de João Mathiaslevaram-ii'ü da sala em iriumpho.

Ao descer as escVdas do tribunal, mestre.loão soltou um grilo roufenho, levou as mãosao peito, e cambaleou.

—Com a breca I exclamou o empreiteiro deBordéus, que diacho tens lu, Mathias ?

Sulíocado, mas sorrindo, o operário respoii-deu :

—K' o ar! Ha oito mezes que o não respira-va... a plenos pulmões!...

Ceiaram ua estalagem. As saúdes e as accla-mações foram sem couta. Alguns caixeiros via-jantes e outros hospedes que estavam na locan-da vieram lambem para a mesa. Foi quasi umbanquete.

— Viva a alegria I exclamava a cada moinen-to o velho gascão. Com mil bombas I meu ve-lho I... Mas que mais queres lu ? 0 que é queta falia.

João Malhias parecia procurar quem querquefosse.

—Não vejo ninguém tia lerra I murmurouelle.

—Queira desculpar, respondeu nma voz mar-ciai, mas eu cá estou presente á chamada I

lira o digno geudaftne. Dizendo, avançou umpasso, perlilou-so mililarmente e, depois de umbom aperto de mão, bebeu com os outros á li-berdade do operário.

Os convivas exclamaram :—Isto é que é I Até lem por si a géndarme-

ria franceza IAo lempo, entrou Magdalena precedida pelos

filhos. Os pequenos correram a lançar-se nosbraços do pae; Joanna, ás gargalhadas, ba-lendo as palmas; Pedrinho, com os dentes

cerrados, o nariz a arfar, lão pallido e lão com-movido, tpie por pouco não perdeu os sentidosOs abraços não tinham litn.

Instantes depois, no meio de uma nova ex-pansão, a familia .Malhias subia para o carrotpie devia condtizil-a a Villel.

Ao passar defronto da prisão, o pobre Malhiasestremeceu.

—Mais um mez alli dentro, disse elle, e esta-va morto.

Dava meia-noite quando o carro sabia as por-tas-de lipinal. lira tuna noite formosissima deJunho I O ar era lépido e as estrellas rebrilha-vam em myriades no azul do céu.

—Ah I sinto-me renascer I murmurou João,como nós vamos ser felizes!

lira a primeira vez, havia muilo tempo, queos quatro se achavam assim reunidos na só pre-sença de Deus. Iam tornar a vêr a sua terra, asua casa. Cada um delles acalentava em seu co-ração lima palavra de esperança, um ideal deventura. Alquebradas pelo cansaço, as creançasfOràm-se calando a pouco e pouco. Volvida umahora de caminho, Pedrinho dormia com aca-beca recliuada nu collo ile Magdálena, e Joa-niuha nos braços do pae. Ueceipsos ile os açor-tlar, os dous esposos faltavam baixinho.

lembra, Magdalona, disse o ope--Agora merario, tenho que talhar comtigo... Para que li-zesle aquelle juramento no tribunal?... Acasosomos nós a justiça I Temos alguma cousa comisso I... Não, está tudo acabado .. já lá vae...não pensemos mais nesse horrível pesadelo..;esqueçaino-lii . bem basla o que basta I

Magdalona guardava silencio.—De modo que, pròsogui.ii mestre João, nun-

ca mais lornaste a Villel'! Ninguém mais en-trou oin casa depois dó dia fatal. .

—Ninguém, respondeu Magdálena, eu partiimmediatamente—pensando só em li. Trouxetodo o dinheiro...

—lias do ler muito!... interrompeu elle.Uma ausência de oito mezes, Mirecourl, lipi-nal, as creanças no coilegio...

—Paciência ! oblemperou a esposa, como Iiiestás salvo, é o que se quer. O resto, digo comotu, pouco importa I

João apertou-lhe a mão e lê-la-hia abraçadosi não fosse o receio de acordar os pequenos.Contentaram-se com um sorriso em que se con-fundiam os dous corações.

A lua, declinando para o horizonte, pareciailluininar gostosamente esle quadro.

Todavia, no espirito do operário perpassou aseguinte amarga reflexão :

—Chamam elles a islo estar livre, estar qui-te ! li as minhas economias ! li esses duzentose trinta e nove dias tle Iribí-llio... ai! eu con-lei-os bem I... de tpie elles fizeram dias de pri-são I Quem é que m'os paga? Não, a justiçanão pôde ser isto ! liu vivia do meu braço, le-nho familia! Si se enganaram,

'indemnisem-

mé... o a justiça ao menos será justa 1Assim fallou o pobre Malhias. li, si não fora

o receio de alíligir' Magdálena, teria ajünladoque as suas forças eram abatidas, e que, nuncamais lalvez, viria a ler saudade de oulnira.

—Afinal, concluiu elle, é necessário ser phi-losopho. A datar de amanhã, mãos á obra. li'dar-lhe de serra e énxó para recuperar o lempoperdido.

Ü trajecto do lipinal a Villel é longo, e anoite era já uo seu termo. Um vento mais frescoprecedia a aurora, que bem depressa tingiu ohorizonte com os seus rosados alvores. Foi sefazendo a luz; lá,ao longe, por sobre as brumasda planície, avistou-se acollina e, no plateaudelia, a basla floresta de cavalheiras.

Ao defrontar com o espectaculo do horizontenatal, o pobre Malhias começou a chorar comouma creança.

—Ah I balhuciava elle como si procurassedesculpar-se ; ah I Magdálena, ha lauto tempo...qne não via a nossa terra ! que não via o sol I

Pouco depois começaram a encontrar cam-ponios que iam para o trabalho, com as foucesou as enxadas ao hombro.

lira tudo gente de burgo. João inclinou-separa elles e saudou-os com gestos de amizade.

Os camponios olharam para o seu coiiterra-líeoe amigo, e, com o parecer carregado, sem omenor signal de sympalhia, foram seguindo oseu caminho, sem parar.

—Parece que estou muito mudado, miirtnu-rou o pobre Malhias; já me não conhecem.

íim uma volla da estrada, uma nuvem depoeira aonunciou o rebanho da communa.

Vinha conduzido, ou antes guardado pelo ve-lho pegureiro, que toda a gente conhecia, porser o pastor de todos.

Com a manta enfiada pelo pescoço, o chapéude grandes abas derribado para a nuca, vinhaandando o fazendo ao mesmo tempo uma meiade lã.

— Olá! bons dias, lio André! gritou-lhe ooperário.

O velho apenas lhe respondeu com uma in-clinação de cabeça ; o foi-se andando a enxotaros borrègos.

João tornou a assentar-se, muito conlrisladocom aquelle frio acolhimento.

Mas a cariiuhola ia entrar na floresta. O ven-lo da manhã ramal liava nas arvores, e os passa-rinhos cantavam nos balseiros.

—listes, observou Magdálena, é que não scesquecem de nos dar as boas vindas.

Cerca das cinco horas entraram na villa. lia-via já muitas portas e janellas abertas. Ouviu-do o rodar do carro, os moradores corriam aellas, uns com o peito á mostra, oulros com atoalha ou pente na mão. Os leitores que tiveramjornadeado em diligencias sabem o que é o des-pertar de uma aldeia.

Nem uma palavra, nem um geslo affecluososaudaram na sua passagem a familia do opera-rio absolvido e i] li bad o'. Todos se mediam paradentro, ouvindo-se no interior das habitaçõesgritos o sus urros de rnáu agoúro.

Afinal, o carro parou junto do chalet. Magda-lena correu a abrir a porta. João, depois depagar ao conduetor, entrou por sua vez em casa.

—Ora, alé quo emíim I listamos na no»ssa ca-sinha, disseram os quatro em coro.

Mas que dij.erei.ca daquelle interior alegre easseado dos tempos felizes! Agora tudo respira-va o isolamento, o abandono. Pelos vidros, que-brados a pedradas pelos garotos da vizinhança,ti-nha penetrado em toda a parte a chuva e a poei-ra. O papel pendia em farraposamarellenlosdasparedes. As fechaduras estavam cheias do fer-rugem. Por todos os cantos teias de aranhasenormes.

—Oh ! com a breca ! exclamou o tio João,ha de custar-nos a pôr islo em lermos.

Magdálena e Joanna começaram logo a fainapelas casas do primeiro andar.

O pae q o íilho foram abrir a officina.Um vizinho tinha-se lembrado, para maior

commodidai.li!, de abrigar junto da parede dacasa, por debaixo do beirai, o arado, agrade,em uma palavra—todo o material agrícola.

João inlerpéllou-o :Olá !... vizinho... então... cada qual em

sua casa., listamos devolta!A esta reclamação cordial respondeu o ou-

tro com modo enfadado :\hi vae!... não lenhas tanta pressa... Lá

porque tivesle a fortuna de le livrar, não te fa-ças emboíio I...

Aquellas palavras foram para João Mathiasurn primeiro raio de luz.

Fortuna ! Mas então julgavam-no culpado 1A sua absolvição não linha sido ratificada pelaopinião da gente da terra (Continua.)

mmmmmwiji .. I, ' í*>?-a-;:v ,—»--_-ll^^ —

s Jornal da Tardo.—Torça-íoim, 30 de Maio do 1879

A irmandado da Santa Casa de Misericórdia,alcançada e onerada oom elevado numero dedoentes dosou liospilal.com a creação de ex-postos e a braços com a edillcação de um novoüdillcio para liospil.il, ô a prolectura única dosinfelizes lázaros, abandonados pelos pudorespúblicos e pola irmandado do S. Joilo Baptistada Consolação, quo oulr'ora delles cuidava.

Km nome dos lázaros poço ao povo do S. Pau-lo uma esmola pelo amor de Deus, para os nos-sos pobres infelizes irmãos, quo lauto carecemde soecorros para sua manutenção e reparo doodillcio em ruínas, uo qual su acham.

O obolo com quo quizerem concorrer aquel-los em cujos corações echoar este reclamo pelaclasse mais desgraçada dos mendigos, pude serinseriplo ou deixado no escriptorio das redac-ções do Correio Paulistano, Provincia de SàoPunia, Tribuna Liberal o.tornai da Tarde.

S. 1'aulo, 20 do Abril de 1879.O mordomo do hospital de lázaros,

Fii.v.Noisr.u Mautins iu: Almeida.

A exportação annual da cora tle carnaúbaestá sendo em geral de tttl.OUU arrobas e o cou-sumo de 80.000, representando o valor total daproducção cerca de 800:0008 fortes.

Na Còrlo, uo dia I", foram sepultados 111 ca-daveres.

AHIIiiiifCien «• B«.0-ii«trl«.— J. A. Me-(loiros locoioilii, oni sua rosldüliulil, ii rim das Flflroíl,ll. 12, llò 1 ás :i lioras du larde. (fatia matéria,H§0!)0. Pu-guinoiito adiiintiiilo.

Ilecebemos o primeiro niiinoro da Gazeta daNoile, (jue acaba du ser publicada na cidade deCampos.

Desejando prosperidade ao collega, agradece-mos a remessa que nos fez.

O celibalo do homem rico ooeulla quasi sem-pre uma vergonha mystoriosa ou vicios infames.—lUcard. !

sua pinga liontein, mas não foi com conta ; uãoescapou da unha dos urbanos.

Deel ararãoDeclaro que, da presente data em diante, não

respondo por objecto algum que. em meu uo-me, suja pedido um qualquer casa de ciiminer-cio, pela mulata iManricia, que se achava emminha casa,com contrato de locação de serviço.;t —I Anna .•'iiancisoa l''r.i.iu/. Soaiiks.

MolinaPergunta-se ao juiz da viulenade Juqiiery,

si não queria prestar-se, poique entrou canili-dato para ser juiz de paz, deixando de prestarjuramento, com prejuízo de terceiros ; e o sr.presidente da câmara municipal porque nãochama supplente, juramenlandu-o, e assim pre-encher a lei.;; Um prejudicado.

Uma sambaMoslre-sala, paraguayo. tal, etc ; cantante

Jeronymo.Rompe a quadrilha, o Innocencio briga; com

quem I...A velha, dona da casa, grita:—Hua I rua ! rua I...O Jeronymo disse:

- -Uma polka, minha sinhá :(Sou prelo) balatas cosidas.Miiigàu de cará.

0 ministério do império despendeu o creditoextraordinário de 100:0005000, dado por de-creio de 27 de Julho do anuo passado, só omcompras de livros, publicação do listas e outrasdespezas com as ultimas eleições.

Chegaram a Nova-York os restos de BayardTaylor, e foram rocebid is de uma maneiramuilo digna do que foi um vida o distineto bo-mem publico e incansável historiador, viajantee lilterato. Depois du haver eslado de corpo pre-sente em City-Uall, foi rumeltiilo em lü do pas-sado o cadáver para Philadelphia, onde rece-berá cbristã sepultura. As bandeiras estiverama meio páu o a parle allemã da população sedistinguiu em suas mauisfeslações de sympa-tbia pelo que já não exisie.

Hoitiftucein, cm 2 volumes, a -Jè, nesta typogra-pliia :—Osr. de Barba Azul.—Cbitlfardo, a peccadora.—Os abutres da Paris.— Os descendentes dc Lovclíice.—Os cárceres da Dastillm.

Caso celebreCom a inundação que houve ultimamente na

Cói le, o peixe mais notável que appareceu foium inanilim <.'

AgradecimentoO capitão Innocencio José de Brito, filhos e

sobrinhos de sua sempre lembrada esposa, nãopodendo pessoalmente agradecer ás innumcraspessoas que se dignaram assistir á missa de 7"dia,que, por alma da mesma; mandou-se rezarna Sé, o faz por meio desta, confessando-seeternamente gratos.

S. Paulo, 18 de Maio de 1870. 3-3

NOTICIÁRIOCONVÉM 1-Í-K! Cp._Sfy.__-M IjEK !

Tudo o asg-jesiaiiite «Besta -'olha »i»ievier no iiohmo encr ii-torio pagai' a um-olgiiaiiii'» ali'. ----- de _6«_.e-__!>ro «iloeorrente jh___« rwee.iurá de __-à__i«» «_b_lindo roniaiiee. «Io'valor (Bi. _$<-«>.).

A gieMNO» que assísiiui' o Jou.vai., ysa-Kit n tf o a«liauiii»4ÍaB__e__l«., alé o _i__- elometano mie-- de I9i--.e_-ili.ro. teri» f-g-tialdireito.

Eleva-se a IS0.2SJB:3S4jfôOQ o papel-moedapresentemente em circulação no Brazil.

I.xtrahimos da Gazeta de Taubaté, de lü dopresente:

«Em dias desla semana, de viagem para l.a-goinha. o nosso amigo João Antunes Pereira daSilva foi vietima de um desastre, que bem po-dia causar-lhe a morte. Passava a cavallo poruma poule que existe em frente á fazenda dodr. Benjamim Vieira, quando o animal, iiietleh-do as patas sobre o vão das taboas da dila pon-te, eahi.i, arremessando o nosso amigo no rio,que corre perto,u animai morreu a üespelio d .a iiiimuiteosesforços que se fez para salvá-lo.»

Qual dos actuaes escriplores porluguezes é omais forte'/—Camillo Castello Branco.

0 mais doloroso '/—Pinheiro Chagas.O que mais se banha '/—Bulhão Pulo.0 mais elevado '/—Bernardino Pinheiro.0 mais rijo?—Thornaz ile Carvalho.O mais ameno o poético'/—Thornaz llibeiro.O que nunca mente '/—Mendes Leal.O mais adorado ?-—João de Deus.O mais duro e firme '/—Joao Penha.O mais manso '/—Xavier Cordeiro.O mais terrível ?—Guerra Junqueiio.0 mais sagaz '/—Latino Coelho.ü que sò dá fumo?— Francisco Pulha.0 que mais fere'/ — Rainalho Oriigão.0 mais fúnebre '/—Eça de Queiroz.

Xl.ácholaslica, escrava do sr. commendador

José Maria Uaviiío, dou um osçorrúgiiòtjiil-O atéuma venda, ondo serviu-su do uns marlullitihosde paraty ; au voltar para casa dou outro es-eoiTOgãosinho. . para a estação da Sé.

xFui recolhido á estação de Santa Ephigonia o

italiano Joane Boato, quu foi uncoutradi) cumpassaporte du vagabundo.

xl.ui/., escravo de Joilo Theodoro Nogueira,

que andava fugidiiiho de fresco, foi honlüinrecolhido á estação da Consolação.

xBenediclo, escravodu d. .Maria 11. Cantinho,

foi recolhido á estação do Braz, alim do alli co-zer a grande moafa que tomara.

x0 cocheiro José Oouiingues, lionlein, na es-

lação do Norte, loíium nus passageiros, e comlauto enthusiusmo executou as manobras, queo sen carro, batendo com a lança em uma dascoliiinuas do edifício da estação, partiu-a,emdous pedaços, e os passageiros viram-se na con-tingenCia do traiispurlarom-so um uulro carro.

—Ah I seu José Doiningues, é bom quo mo-dere o seu enthusiasmo.

XPor motivos de uma prisão injusta, ellectiia-

da lionlem por um inspector de quarteirão dafreguezia do Braz. cujo preso foi solto pelo res-peclivo subdelegado, o dilo inspector, sem o res-peito devido, levu um balu-bucca com o mesmosubdelegado.

—Sr. inspector, lembre-se que com os amosnão se jogam as puras.

Ja se acha em Campinas grande porção detrilhos para a linha de bonds daquella cidade, ehontem chegaram trinta e duas bestas para otrabalho de tracção.

dito du Tiberio, que os chama de complico» nocri mo. . . , „ .,

Consta lambom que o dr. juiz do direitomandou proceder a novas indagações.

Do arsenal de Wool.vicli acaba de sahir umaeiinrmo torre destinada ao canhão de mil e seis-coutas toneladas. No mesmo arsenal eslá emconstrucção um guindaste do mil toneladas, omais fòrlo «lo mundo, servindo para a manobrao embarque das modernas peças de artilharia.A placa onde assenta esto guindaste é tio qua-rcula segmentos du toneladas cada um. e amassa do ferro que entrará na còuslrucção dnapparelho será do seleceulas toneladas. Calcit-Iam em quatro annos o tempo necessário para ofabrico deste guindaste gigantesco.

Mvri-eo lialiMiio <• ©|_èr»il«»r.--0 dr.Peruando Todesclil pôde ser procurado nn rua do < luvi-dor, II. IM. (I.spccialidailo: moléstias sypbililicas.)

Consta ao nosso correspondente de Campinasquo o sr. Joaquim Ferreira de Camargo Pen-toado, importante fazendeiro daquelle munici-pio, vae abrir uma eschola especialmente paraos meninos pobres e desvalidos.

Para esse lim mandou construir uma pequenacasa com os commodos necessários.

O professor é osr. Antônio Francisco Martins,quo se acha contratado para ensinar as mate-nas primaria o secundaria, havendo aula dodia e de noile.

Eis um acto digno de lodo o louvor.

O artife-o 47, romance denesta _ypogl.-pIlÍii, a 1$ O volume

A. liolot, vende-se,

Honlem, a I 1/2 horas da tarde, no paço dacâmara municipal, fez-se o sorteio dos juradospara a ,1" sessão ordinária do jury deste anno,qne será presidida pelo sr. dr. juiz tle direitodo lu districlo criminal.

Por decretos de ii do corrente foi reorganisa-da a guarda nacional das comarcas de Lages,Nossa Senhora dos Corilibanos; ílajaliy, S. Mi-guel e Nossa Senhora da Graça, na provínciade Santa Calharina.

CONSELHOTu queres, meu Uebello,pintar amor? i'ois bem,deixa a palbetaò vembuscar um bom modelo.

Du Vcnus o cabello,o mago olbar ipie tem,pintor iifíó queiras, nemseu corpo cslielto e bello.

A formosura exprimeo molde mais sublimedas mãos ilo CrêãUdr ;

Forão postos om liberdade : Bernardo Mar-ques. Francisco Soares. Ernilia Maria Isabel.Anlonio I.imagem, Salvador Nunes Cardoso e aparda Generosa, escrava do sr. dr. J. Bueno.

Victor Hugo está sendo rudemente atacado.uo seu mérito litterario, pelo chefe da escholarealista franceza, Kmilio Zola.

A alguém que lhe perguntou o que dizia aisso, respondeu o grande poeta, rindo :

—Some faltava ser mordido nos calcanhares.—Nos calcanhares Toste lü mordido por Mi-

récourt, toruou-lhe Veron ; Emílio Zola pegou-te pela cabeça.

João de Deu*.—-Cartilha raaternal ou arte deleitura—Deveres do.s lillios.—1$000 o vol., nesta typo-graphia.

Telegramma da agencia lla.vas:Berlim, 17 de Maio :O reichstag adoplou o projeclo de lei relativo

ao auginenlu dos direitos tia alfândega sobre oferro.

Realisou-se boje o encerramento da sessãodaquelle corpo politico A mensagem imperialagradece aos membros do parlamento o coucur-so que prestaram ao governo e menciona asboas relações exteriores; nada continha, po-rom, quo pudesse interessar particularmenteás nações estrangeiras.

,„„. .,..,._, ,..,.„. Falleceu boje o cidadão Aharo Roberto dafundador desta republica, povo sem vicios ej Cunha, antigo oííicial de justiça do foro deslasem ambições, está sendo lliealro de um espec- capital,tàculo que tem sua parte grotesca e sua parte

tira o retrato d'ellu,copia a meiga Stella,terás pintado—amor!

Academia—1878. O. P

A Correspondência dos Eslados-Unidos deunoticia da seguinte demanda original:

«Washington, acapil.il modelo que sonhou o

(Vueui amtia viuva Oli ver, qne tem P,,eo^aa'*i%

'her casada traz a vida em-..--

Ao revd. padre Miguel Ribeiro Mendes deCastro Camargo, nalural desla provincia, foipassada provisão, por uni anuo, para celebrar econfessar no bispado do llio de Janeiro.

escandalosa. Trata-se de uma demanda origi1 nal anle os tribunaesde quarenta a cineoenla annos de edade, contra

;o senador Cauieron, dn setenta e um annos, porfalta do ciimpiimoulu de promessa formal de

Ycasamenlo, acompanhada de seducçãn.j U'defensor, de Cauieron é o general Butler, ecom lal assumpto e semelhante defesa o oscan- excml)laltlalo é imuionso.

Ha de notável neste caso que, enamorado o ^umvera, existe por ".letra/.'do

jardim dassenador Cauieron dos encantos da viuva, trouxea Washington a sua protegida e a empregou no

Na Côrlé será exlrahida amáuli? ¦**n. 4.0. /-

A IS-MA 3JS3 Fi.íflaa>.—Nesta typographiavende-se este bellis.siiuo romance, du A. Dumas, a 1$ o

'ans, diz o Figuro, quando começa apor detr.ãz ih

Plantas e da rua (..eiiflVoy-Sain.-llilaiie um nier

A carnaúba é uma palmeira constantementeviçosa, a despeito de Iodos os rigores climaleri-cos.

As raizes desta arvore têm o effeito mediei-nal do.salsaparrilha.

A madeira do tronco dá os melhores tubospara bombas, e outros delgados para instru-mentos de musica, muilas libras rijas o leves,brilhantes, que dão bons esteios, caibros e ou-tros materiaes para conslrncção.

O palmito serve para alimentação e vale nes-la qualidade ás povoações do interior em ocea-sião de sé.ea. Também delle se extrahe vinhoeeopiosa gomma, semelhante ao sagü.

O frueto é saboroso, ea amêndoa, torradaereduzida a pó, subslitue em muitas partes ocafé.

A palha é tão excellente para esteiras, cha-péus, cestas e vassouras, que a sua exportaçãopara a Europa já excede o valor de 500:000$fortes. E a cera, que se extrahe das folhas, étão própria para o fabrico das velas, que estasse tèm generalisado na provincia do Ceará

Sovo í^uimicc-HEltOES u MAUTYUES, departamento do IhesiiiirO, com um ordenado1 vol., 1$. Nesta typographia. liaslanlo accuitavel. As declarações da deman-

daute fazem subir as cores á cara, em mais deDiz a Actualidade, do Porlo, sob dala de 23 uma occasião.

do passado «Vieram, ha dias, do Brazil para Antuérpia,; o sr. Francisco Guilherme dos Sanlos, nego-

cenloe ciucoénla iiiimigranles russos, que che- ciaiile de jóias, ua praça da Corte, veio estabe-' ' ' ' 'ecér-se, nesla capilal, com duas lojas, uma domiséria.

0 representante da Rússia declarou não po-der fazer-lhes beneficio algum porque eram in-dividuos fugidos ao recrutamento e que o go-verno russo sò os receberia para os nielter em

modas e armarinho e outra de jóias.Novidade* litterarias.

riuii : O desmoronar do império, ?> vols., ;5§., 1$. Nesta typographia.

cado, que se pôde julgar o mais excêntrico e omenos poético dos mercados—o mercado dossapos.

Não ha cousa mais curiosa e horrível queessa multidão de mercadores mergulhando osbraços nus. em enormes toneis, cm que os hòr-riveis animaes estão aos milhares, formandouma viscosa massa, lão iiiimuiula, como não épossivel imaginar-se.

Não é um mercado, é um pesadelo, e mara-¦i-e Emílio Gabo-, vilha que não appareça um artista como Zola,

-A cucadar> aos 'iiiültucs, 1

conselho de guerraA câmara e o governo belgas deram então

mais uma provada sua illuslração e philaulhro-pia, conseguindo do gabinete de S. 1'elersbur-go quo os míseros repatriados não fossem per-.seguidos o a câmara belga votou ao governo |)e déficitum credito de 4:o00$ para pagar a passagem i Não sea estes infelizes, que vòllam de uni desterro, a prospera.America, para ou iro, a sua pátria.»

COUSAS DA RUA0 francez Reinaldo, hontem, lomou um sua-

dor, e, para melhor transpirar, deitou-se uolargo de S. Francisco, junto á calçada da aca-demia, e alli dormiu como na melhor cama, ecom lauta felicidade, que, tendo-se deitado como relógio, com elle amanheceu.

Decididamente no largo de S. Francisco nãoha gatunos. x

Lauriano, escravo do sr. José Osório, tomou

para descrever esle espectaculo.Apparecem compradores, vendedores, lal

qual como uas lialles, e lambem corretores,que compram Ioda a mercadoria para a envia-rem aos jardinoiros e horleláos inglezes.

Compram esla fazenda horrível por sesseula francos o cento em Paris, revendem-na por no-

^SwOOJM.^ venla francos em Londres, o que prova que os. , .- - c ' inidezes são mais práticos quu nós, continuão

Não se pode dizer que nao e uma empresa ^^ u qUÜ coJliGcorà ihnii.ei,sos serviçosque estes uleis batracios prestam á cultura, des-

O Diário Official, nos nove mezes do exerci-cio de 1878 a 1879 :Teve de receita 81:88^732De despeza l'ÍÕ:.ü9Ói>pu'4

Amanhã, no salão do thealro S. José, ba uma Inundo os inseclos prejudiciaesreunião de republicanos, para a organisação de' Tem-se muitas vezes lallado na ex treina du-Ulll c|u[j ¦ ração da existência dos sapos, na lacilid.iile que

! possuem em viver duraiite séculos, ssin nutriçãoRefere a Gazela de Lorena que o juiz muni- o sem ar.

cipal daquelle termo pronunciou o prelo Tibe-j Contam alé que se encontrou um sapo denlrorio, escravo do íinado capitão.loão Ignacio Bil-' de uma bala de pedra do tempo das catapultastencourt, no grau máximo do art. IÜ2 do co- carlhaginensos, e que, partida essa bula, ode-digo criminal, como assassino confesso de seu moniodo bicho começara a dar signaes de vivaindiloso senhor, e despronunciou os dous es- alegria.cravos do coronel João José Rodrigues Ferreira, Atinai de contas, essas lendas pouco funda-por não haver contra elles outra prova além do menlo têm.

¦¦ Mm ^y^ mm.

Jornal da Taaxlê.--Terça-feira, 30 do Maio do 1870

SA,

O que ú curto, porõm, é quu cm CeylSo, omlüos replU süo aos milhai •¦*-. os liabilanlus iluilha possuon. iodos grandes sapos tlomoslicatlos,<|iiu vivem pulas casas, como os nossos caos ogaios.

Valentes u Iutülligcnto.. matam as sor pontoso .lã., signal tio perigo.

Por isso adoram-iMis, o as creanças brincamcom elles, apesar do tamanho enorme dos bi*'•.hos.

l*-..il*. tl« Kttrk.—HoiiiiiiKVa,a 1$500:—IM-gude—O mon vizinho Itiiyiuillido—A irinil Aiiiin—Osr.Ilupoiit—-O liomom do* ires ciilç.n--.

Consla-iios que ai.le-hoi.lem, em uma caça-da, d sr. Leopoldo do lal fui ferido, com umtiro nas nádegas, disparado pola espingarda duseu imprevidente companheiro, do qual ia u sr.Leopoldo na frente.

Isto deu-se nas proximidades desta capilal.

d amor autos do casamento pareço um pro-facio curlo a um livro comprido -• Pelil Senn.

Lese ua Idéa, da capilal da provincia do Es-pirilo-Saulo •

«liiforinam-iiosda villa .Io llapemirim que ocidadão .lo.io Lopes Pereira, alli morador l.a.....itos annos, invento» uma machina, quo lemcausado uma admiração geral, o que se movesem auxilio do vapor, da agua, nem da eleclri-cidade.

Appelliilaui-ua a -machina do molu conti-nuo. O sr. Lopes, que não dispõe de meios pe-cuniarios. lem sido coadjuvado por algumaspessoas dc II ipcmiriiu, uo intuito de aperfeiçoaro suu invento, planejado ha mais de vinte au-nos, lendo já feito uma experiência satisfatóriano tempo eu. que foi auxiliado pelo major Cae-lano, fundador da colônia du Kio-.Novo.»

O iM-ü-a-il «li»* (.¦lc-.ti.ia-, sublime obra de V.Koulié, em '.', volumes ; vende-se, nesta typographia, poi:t$ooo.

iloiiiiqiiu llinlgo, na Corto, suicidou-so, ali-raiulo su du uma jauulla da casa du saude doSanla Thoroza, aonde eslava um Iralamenlo.Na véspera tentara matar-se, fo rindo-se, nopescoço, com um canivete.

O g.nlii<-lu tlOM |lOlllII.IINlllIIm. do X. doMonl. voildu-80, por 1$, nesla typogri.nl.lu.

ESTATISTICACaipiras do poncho nn passeio publico. -.Moça de cabellos prelos o trancas lou-

ro-claro. uo mosmo IDila du botinas côr de ipecacuanha, nomesmo .

Dita do vestido côr de rosa, com bauibi-nellas amarellas, no mesmo. . I

Casa do marimbondos nn telhado darelação 1

Homem quo di/. sor fabricante do canasIras o outros vehiculos de viagom .

Corujas nas torres •r»ÜDDilas nas casas '••>'.>Morcegos na egreja do Collegio. . ti.000Homens «pio comum içás torrados. 4Mulheres que comem mlngáu do dilos

com cambuquira •'>Negociantes quo descobriram o meio du

conservar os eambucys sempre fres-cos u azedos (sem privilegio da in-vença») 'A

Araras uo mercado -Compradores do dilas, no mosmo . ?iO

._ íí-.i.vi.t r.i\s «,.,i.vai-:«iJ.t.f-> e tnoa<*..Ifla^OSO. cxcollcntcs romances,ti l$ovol.,nesla lypngn.pl.ia.

A companhia eqiieslrivdos srs. Lowande, de-pois .le trabalhar em Nillierohy. voltou nova-niente á Côrle, onde se exliibirá durante maisuma semana.

Na Côrle, em a madrugada de domingo, aorecolher-se ã sua casa. na freguezia da Lagoa,Luiz Pedro de Oliveira Coelho foi aggredido porseis on sete salleadores, que o espancaram o li-raram-lhe oitenta e lautos mil réise o relógio.

Viajante .-—Toda a gente me falia na pro-verbial grosseria dos condi.oloros de lionJs; oraeu ainda não encontrei empregado lão solicitoe polido como você I

Condutior .*—V. s. não in'o leve a mal ; éque estou ainda ha pouco tempo nu serviço.

Fi-ei tL,u«'.-iii4i ile JIc**-!.!.., estudo hiato-rico religioso, por Kstevum Loa o Bourroul. A'venda naslivrarias, a 11$ cada exemplar brochado e com retrato efac-siniile.

Teve o titulo de conselho o dr. Domingos deAraujo Silva, lenleda eschola polylechuica.

O fabrico da essência de rosa, na Pérsia,produz aiiuuahnente 1.-100:0005* do resultado.

No hospital de varinlosos de Pindamonhan-gaba existem acliialinenle cinco doentes.

Dus que se achavam em Iralamenlo, morreuum e teve alta oulro. __ -;.,.^-

lt»lj~-« ¦j^^mxM^miíiõl.— Paschoal Sansoni¦lec.-ítóiià c?//^.ísas particulares. Preços convencionados.Pagamento adiantado Para informações, na livrariaPaulista, rua de S. Bento, n. 52.

QUEM QUER QUE.BKAR A CABEÇA ?I —I—0 que cava na risca ê uma capilal.I — I—No verso e no alphabelo ha uma côr1 — 1—No mar escreve esle peixe.

1 — 2 - E' uma porção de Marias que enriquecem;aAs charadas de hontem foram decifradas pelos

srs. Jacob Caslruchi e l.ulii Pancracio :Lindoro—Tucano—Sorpe—Peso.

On *-.*••*' .ii'ijf»iH du UiK-kiiiislinm.—Vende-se, a 1$, este lindo romance, nesta typographia.

Recebemos o n..! do Pcliz-Jornal, de Campinas, que continua a proporcionar a seus lei-tores um vasto e escolhido noticiário.

Agradecemos.

Afiançaram á Provincia que estão nomeadosviscondes os srs. barões de Souza Queiroz e deTres Rios.

EDITAES

0 dr. B. deseja arranjar dislincla e numero-sa clientela ; para isso não se poupa a estudosespeciaes.

Ha tiias foi consultado pela marqueza de X...,que ha dez annos se acha casada, sem desceu-dencia—a sua idéa lixa. Banhos, tratamentosdiversos, ludo tem sido baldado, llecommenda-ramííiè o dr. B.. como especialista na matéria,e dirigiu-se iinmediataínenle a elle.

—Antes de ludo, minha senhora, respondeuo Esctilapio depois de grave meditação,—anlesde ludo é preciso que v. exc. me esclareça sobreum ponto : a mãe de v. exc. leve filhos í

Os srs. Máximo Ribeiro dos Santos e AméricoNogueira de Macedo, moradores no Bananal, li-zeram donativos de roupa e gêneros á SanlaCasa de Misericórdia daquella cidade.

A MULHERSendo Deus um grandioso cstntunrioDa perfeição a estatua fazerquer...Do todo o seu sabei- volvo p erário...

Faz a mulher!

Era bella nas fôrmas !—Em seguida :—Que tu vivas, estatua, é meu desejo ;Disse Deus, e contento dá-lhe a vida

N'um beijo !

A estatua se move ; Deus a tomaNos braços e lhe di/. :—Da divindadeE's tu a emissária—a terra doma—

E's a bondade!

Os i..-fStei-.oã de Paris.—Esta excellenteobra, de E. Sue, eom muitas gravuras e retrato do autor,elegantemente encadernada, vende-se. nesta typogra-phia, per 10$000.

O bacharel Leopoldo .losé da Silva, juiz com-missario do municipio da capital da provinciade S. Paulo, faz saber aos que o presente edi-lal virem, que foi marcado o prazo de oito me-zes, a contar de 12 de Dezembro do anuo pro-ximo lindo, como já foi publicado em edital de11 de Janeiro deste anuo, em que deverão sermedidas as terras adquiridas por posses subjei-tas á liquidação, ou por sesmarias, ou outrasconcessões, que estejam por medir e subjeilosá revalidação.

Os requerentes devem apresentai' suas peli-ções neste juízo, art. 58 do regulamento de .10de Janeiro de 18òi: «Findos os prazos que li-verem sido concedidos, os presidentes farão de-clarar, pelos commissariòs, aos possuidores deterras, que tiverem deixado de cumprir a obri-gação de as fazer medir, que elles lém cabidoem eommisso e perdido o direito a serem pre-enchidos das terras concedidas por seus tilulos,ou por favor da lei n. GO 1, de 18 de Selembrode ISiiü, e desla circumstancia farão as con-venientes participações ao delegado do direc-lor-geral das terras publicas, e esle ao referidodirector, afim de dar as providencias para amedição das terras devolutas que ficarem exis-lindo, em virtude dos dilos commissos.» E,para que chegue ao conhecimento de queminteressar, mandou o juiz lavrar este edital epublicar pela imprensa. São Paulo, 17 de Maiode 1871). E eu, João de Macedo Pimentel, es-crivão, o escrevi —O juiz commissario, Leopol-do José da Silva ',i—1

A

i r.UQA-81. a casa u. H", l.o campo da Lim. pro-irir.•**-piirn nogoolo •» moradia, com grando quintal, Traia-«o com l.ui/, Pacheco de Toledo. fi—Si

1.1'iiASK o sobrado n, !M ila rua ilu S. Ilunto.-Trula-Hü nesla typograplila. _______

4 I.UüA-SI. o sobrado u. ti dn mu do Ouvidor ; trata-•* *m> com .loiKpiin. KHuh du Silva l)iit-no. (II

AI.UUÃSK ou arrumla-se uma casa ua rua dos

GiluynniizOi. il. ií, com grande quintal, agua boa dopoço, plantada do hortaliças o n.pinzul. Paru inforiia-coiíh uu ........a casa. II—11\r.\ sküicia paTusta, *n^iiiTtuiõnti"ir'»• •¦*¦" prccisii-so do um cnlxolro. Paga-so bom. *l—'.*"1JKKCINA-SI.

du um bom caixeiro; i.uru tratar no¦• café Kiuopeii, rua du Imperatriz, n. fi-í. !l—llI )l;i-;ciS.\ St: dc ulliciuus deulfaialu do obra miúda,•¦¦¦ linra trabalhar por me/., ou por peca. Itua da Impo-

ru triz, u. fiH.

pitKCISA-SK alugar uma sala o alcova. Trata-su uu- run do Principe, n. 12, dus.l ás 10 horas du muniu.

]>KDIvSI'' o compnrociinonto dc todos os republicano**,

- amanhíl, uo theatro S. .losé, a 1 hora da tarde, parutralar-so da formação do club ltupublieano.

PIIKCISA-SH, com urgenciu, de uma perfeita cozi-

nheira ; paga-se bom ordenado. Puni tratar ú mu dcS. Joílo, ii. ;VI (sobrado). !l— I

]31tH('ÍSA-SK ile uma criada, branca ou de côr, á rua

Vinte o Cinco de Março, n. 101 (venda). -1—1

1)l{K(.'ÍSA~SH"de uma alugada escrava, que cozinhe

¦ bem o quo lave, á rua do S. Joao, n. 11, cm frenteao collegio Americano. 4—1

1

1)UECISA-SE de uma criada, quo nflo saia ú rua, para¦ engommar e costurar, Itua de S. João, u. 11, um

frente ao collegio Americano. I 1

VENIJIi-SE um negocio de seccos o molhados, embom logar, com pouco sortimento; a casa tem com-

modos para familia. O motivo da venda c seu dono pro-cisar dc tratar-se. Para informações nesta typographia.

[28TTE.NDE-SH um negocio de seccos e molhados, á rua

T Sele de Abril, li. 26 ; o motivo da venda é seu pro-nrietnrio retirar-se para a Europa. Para tratar no mes-mo. 10-6

ANNUNCIOSLoj.\ Cap/. Sei*, de 8elb.\

No dia 21 ha ses.-. mag..-. pani inic.-.;,convida-seos ür.-. e os dos diversos qquud.*., ás 7 c meia horas.—Ü secret. •., I 'iator Eminttnml. 2—1

Por telegramma rece-bido, lioje, da Corte, par-ticipam-iios que amanlia,81, será extraliida a lote-ria ii. 40.

YI3NDE-SE, ú rua Alegre, n. 4li, uma casa recons-

tinida de novo, tendo bens commodos para familia,agua, gaz e bom quintal, completamente fechado. Tra-tra-se no Arouche, n. ilõ. 10—5

Vi:.M>i:-*l-: um uciçoclo, |ii-upi-io |»«i-

rn iim |-ir-uc-l.iiniil«': «» «•»«»» "«-«»ti* an «oinmoilo jiui-i. .'miiil.n. üralu-M*ii«*wtrttypo-j.r«-|»lil«. (.

YENDE-SE duas casas no caminho do Pary. distan*

to du estaçflo do Braz duzontas braças, uma própriapara morar, outra tambem própria para morar e ter nc-gocio, aliançaudo-sc que venderá mais do que qualquernegocio na cidade ; ambas construídas dc novo o comgrandes commodos para familia. O dono vende-as porquerer retirar-se desta capital. Quem pretendê-las diri-ja-sc a Miguel Francisco do Couto, no raesmo Braz, cmS. Paulo.

No mesmo terreno vende-se uma chácara, com grandeterreno bem plantado de tudo que é preciso, mais quatrolanços de casas novas c terreno, tres casas, animaescom seus utensílios de arreios, carroça, etc., engenhopura moer canna, arado, e bastante canna para moer.

VINHOS PBK0SGAKANTIDOS

10—Ilua de S. Bento—íüMANOEL DIAS DA CI1UZ participa ao respeitável

publico que recebeu (le casa de sua família, em Portu-gal, as duas qualidades dc vinho, que abaixo menciona,o que vende pelos preços seguintes :

Vinho branco superior do Lisboa—1$200 a garrafa.Dito tinto » » » 1$000» »S. Paulo, 13 de Maio dc 1879. 15—7

CASAVende-se a de um lance, na rua da Boa-Vista, n. 9 ;

quem pretender dirija-se á mesma,que achará com quemtratar. 3—2

Mudas de hortaliçaVende-se barato, de varias qualidades,

líresser, á rua do Braz, n. 100.na chácara do

G—2

FUMOVende-se fumo superior, para cigarros, em grandes e

pequenas porções, a 20$ a arroba, no largo do Commer-cio da Luz, n. 30, casa de commissões. 3—2

pipi[#iií Casa de correcção"J; José Laurio, contratante das òflicinas de

4§|- marceneiro, empalhamento (ao costume fran-ã cez, ou ao gosto do freguez) e Instrução da

H|f: casa de correcção, convida ao publico a visi-JÇ tar o estabelecimento sob sua direcção, que"iü| se acha bem montado e em condições de bem

_3" servir aos que o honrarem com sua confiança,"-H; çòmpromettendò-so a fazer e concertar qual-

_l: quer obra, por menos 15 % que qualquer ou-*^I trem. Garanto todas as obras e concertos que

=• subirem das ollicinas a seu cargo. 30—21

«£=¦

mmmCopeirò e criado

Precisa-se .le um copeiro e do um criado, noliotel das Familias, oiii.fronlo ao mercado, h— \\

Compra de casaCompra-se unia casa de dous lanços, no centro Ua ei-

dade. Para tratar à rua Direita, ri. 32, sobrado. 4—3"ÕHÃCARÃTPrecisa-se de uma, bem plantada de arvores fruetife-

ras, etc, que não seja -muito longe da cidade ; toma-sepor arrendamento. Deixe carta, a M. P. O., nesta typo-gra phia. -í—3

Precisa-se de vendedo-res para este jornal.

CHAPÉUS BARATOSpura I..-H..I. o .-nin.1 ¦!«, ui.-iii.ii.-. o o., im..!-., \. miIi-s-*nuriii. dt>H. Urino, u. liil A.

K.l.i CAKtt VUlIllo t-OIIM i-liiip.-u- qu.. i • • -ni lliuro p,.i ¦•vondor iniilio. \ ¦ ni... quoiu j... .-i-.ii tio i<litt|H'tiN .|«...voltar esla occtutlilo ile -.;i..nd- quei.i.a. fi—fi

Vftll PAltA IMtftlt

RUA BE S. BENTO, S. 60 A.MINTO A' LQ.IAJ)K I.OLTOA

I.M 60UBGUEScom cliplonia tlu 1* oi tusso pola Ihonldti-cio moilioiná do 1'aris.

Tnitu do todas tis niolostias dsus so-nhoras, o podo «or procurada a,qual-quor hora.

Utíoobo poiisionistas. 10—-íiLARGO DA CADEIA, N. 15

AttençaoVende-se uma casa, construida de tijolo, ile

dous lances, ua rua da Victoria ; para informa-ção ua ferraria da rua de S. João. ü—fl

PARAPASTOAo Kinnorio Central, largo do chafariz do Rosário,

n. 28, ncubain de chegar os seguintes vinhos garantidosde pura uva, «pie sc vendem (voltando a garrafa)a BOO r*'-l*. cada uma :

Vinho Porto do Douro.Vinho Figueira.

Vinho virgem.Vinho verde.

4—10) Vinho branco dc Lisboa.

Acaba de sahir á luz c acha-se á venda noUio de Janeiro, em casa de Felix Ferreira &Comp., á rua de S. José, n. 110, as

NOÇÕES 1)4 VIDA DOMESTICAadapladas do original Irancez á inslrucção demeninas, por FELIX FlilUlFIllA. Livro dc lãoo.ande utilidade para as escholas, como agra-dàyel ao lar intimo. Cada volume, elegaulemenlecarlonado, í2$000.

N. B— As pessoas que quizerem recebê-lopelo correio, registrado, podem endereçar seuspedidos á casa acima indicada, acompanhandom0O. (!)

OLAEIA_G BOM-HETÍROPrecisa-se do carroças para conduzir barro ; para tra-

tar á rua da Constituição, n. 29, com Manfredp Mayer,das 4 lioras em diante. Tambem precisa-se de 4 a ü ti-joleiros bons. G—4

TRIGO SUPERIOR-PARA SEMENTE

Chegou ao deposito de molhados, rua do Commorcio,n. 8. IO—D

GRANDE NOYIDÀDEEESCHOLA M TlitO AO ALVO

6—Bua cio Commercio—6Participa-se aos amadores do tiro quo amanhã, do

meio-dia cm diante, «será aberto este divertimento, tãoútil o único existente nesta capital. 'M—15

6—Ilua do Commereio—C

MORPHEA«João Haymundo de Abreu, cavalleiro do habito de Chris-

to, vigário colhido da freguezia do Paranapane-ma, etc.Attesto, certifico, o juro aos Santos Evangelhos, si

necessário fôr, que existo sã, gorda, e robusta a sra.Anna de Nazareth, apesar de que o seu corpo não sejamais nem menos de (pio uma cicatriz, e aquella mesma,que na edade dc quinze annos se declarou íuorphetiea(seu pae tambem era, e morreu disso). Conservou-se des-sa maneira seis ou sete annos, até que o seu mal dosa])-pareceu de todo, a instâncias o'ao curativo do sr. C.-irlosPedro, francez de nação, o que põe em evidencia que aniorphéa não o moléstia incurável, como se suppõc, ha-vendo grande dieta c perseverança no seu tra .lamento.

Itapetininga, 10 dc Março de 1855.—João Raymundóde Abreu.

lteconhcço a letra e firma supra ser verdadeira dopróprio revd. Joãolliiyiuundo do Abreu. ,S. Paulo, 5 deMaio de 1855.—Matheus Jlni-ijuea (.'aulinho, escrivãoda câmara episcopal.—Joaquim'de Sousa c Silva, lista-va reconhecida pelo tabelliao.—Emilio José Alvares.

[•*"] 7

PAPEL DE EMBRULHOVende-se, nesta typogTapliia, a 453

a arroba.

Jornal da T«U'do.--Toi*ça-lciim3«) do Maio do 1879

r*_Í2r**

MBílTrrTininnr ftifi$/1*t__WjU| III y( 11; li) III llf Al ll 'Jr__!li»/

TAUBATEnoiriOTEí!R ®Di .«R

KlfM-Jâlfi11DE. PALLAE

CIRURG1ÂO-DENTISTA5-Roa do Senador Feijé-5

llecentcmoiito chocado «Ia COrta, nclia-no no consulto-rio todoH os diiiH, collocu deiitudurus dt< novo Kystctuu,ulitiirn dentes a ouro e niiissa, oxlndio doutos o raizessem dôr, sendo por meio do preparado

Uelerxlvoagradável remédio, que combato om doiw minutou a muistenaz dôr de dentes, assim como iiovrulgla uos ossos «Iafuce.

IleiitlIVIc-r IIom«>Este lueparado limpa e alveja os dentes, o ctini an ino»

lestius ilas geiigivtiH.«irande numero de pessoas aelia-se restabelecido com

estes remédios, o e do alta convonieiicin tor-so a boceao dentes em perfeito estudo de saude e tisseio.

Ainda restam alguns vidros.Ilrrluliii IimiiIiw

E' um remédio eflicuz paru a cura das eiupingeiiB, ery-sipela e mais moléstias da pelle. .'10—22

DR

- •

PAO CHINEZa 500 réis cada nm, encontra-se no deposito da padariadas Palmeiras, á rua da Quitanda, n. 10.

fwlliiH du rnliiliiin ll.-tO réis a libra ou -lôO gramma.s, no deposito da padaria das Palmeiras, rua da Quitanda n. 10.

F. M. fflESENBEBGEfiPonto de almoço e jantar pára os passageiros

da companhia S. Paulo o Hio do JaneiroProço :—Almoço—23000. jantai^SOOO, ovoaiiças «. oriados-l^OOO

lCst«í hotel, montado oom todas as commodidades desejáveis, dispõetambém «lo aposentos para familias o pussoas dttcciiti.s.

O proprietário deste hotel, vantajosamente conlicoldo no llio de .Ta-neiro o S Paulo, onde residiu Longos annos, garanto íis pessoas que honra-rem a sua oasa ura excellente tratamento, próprio ile sua educação.

Acha-se annoxa a esto hotel a HVbrica cio mosaicos para terreiros decafe, do mesmo propri«;tario. .10— lü

GLUB•fiymnastico Portuguos

Du nrduin du diroclorin, participo nus si-s. hooIohquoa contar du lf« do corronto uuv., deixou du ser cobradordeste i*liili o sr. I.lviin du Cillilin l.eitl, passando u ser oacliiiil cobrador o sr. Lui/. Korroiru.

S. Paulo, 17 du Maio du 1871).—O Iosecretario, (lumesCartum. .'I—-'J

BolaeltliiliM omerlrnuua (140 réis \j'l kilo, no deposito da padaria das Palmei-ras, rua da Quitanda, ll. 10.

Bolitrli» grande Miiierlruiiiia C40 réis a libra ou 4.10 gruitimas, no deposito da pada-riu das Palmeiras, rua da Quitanda, n. 10.

€'»l'é Miiperlor, em póa G40, 800 c 9G0 réis um kilo, no deposito da padariadas Palmeiras, rua da Quitanda, n. 10.

Pito torradoa 320 réis o kilo, no deposito da padaria das Palmeirasrua da Quitanda, n. 10. 12—7wmmmmmmmiiI AULA DE ESGRIMA «#Sói?m

Prcíessòr-J. E. de Vernevw

Abriu um curso completo desta útil alto,om a casa de sua residência

PONTE DO PIQUES, N. 13Curso de 24 lições 20$000

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Dirigida pela professora normalistaIrene de Sampaio Castello-Branco.

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Corte, extrahida em 10 ilo corrente, vendeu-seos seguintes prêmios:

N. 4729 .... 8008000» 4811 . »•-*. . 8005ÍOOO

liiicarrcga-se de remetler bilhetes para o in-terior, quer da provincia, quer da Corte, com amaior promptidão.

Chalet dos bilhetesSOABÔ €OHISB€IO I.W

JOSÉ' AUGUSTO SOARES 3-3

líílBRfiSSTBO""46-RITA DE S. BENTO-46

1 BELLA JARDINEIRAMODAS E COSTURAS

10—RuaDireita—10.8. PAÍ1L0

Esta casa acaba de receber um lindo «; variado sortimento de no/vida-des. como sejam :

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muitas outras novidades que se vendem por preços muito razoáveis.Na mesma casa encontra-se legitima perfumaria.Encarrega-se de aprotnptar e concertar chapéus.

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Recebe-se chamados por escripto. *"~

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Companhia dramáticaEnigma Biiéiro «SuimarâôS

espèctaculò extraordinárioCom o concurso do professor

pli>MÍc*o de im. in. o iiu.icruilor ilnAlli'sim uli»

QUARTA-FEIRA, 21 DE MAIO DE 1879Primeira representação da comedia em ;J actos, do dis-

tineto actor e escriptor .losú Carlos dos Santos :

A'S DAMA

NOVELLA EjYQoi;

>\o>

DE

Manoel$)ias da 'CruzNeste bem conhecido estabelecimento trabalha-se

cum a máxima perfeição, e por preços muito commo-dos. Tem completo sortimento de f-i/.cndas de superiorqualidade, e também gravatas, punhos, coílarinhos, etc.

S. Paulo, 13 dc Maio de 1879. 15—C

MfJGÂHCA BK ESTABEiECIMEHTO

MMES. DHELOMME & BBÉHIER

O estabelecimento--]}AMA8 ELEGANTES-miidon-se para a rixa da Imperatriz, n. 50.

As proprietárias, Dlielomme «jf Bréliier parti-cipam ás íamilias desta capital e do interior qnecontinuarão a ter chapéus, vestidos e roupas bran-cas.

Siieeessoras de Avelino de Bonza Figueiredo,continuarão, como elle, a vender perfumarias deprimeira qualidade; assim empregarão todos osseus esforços para servir a seus freguezes do me-lhor modo possivel. 10—9

receita para curar paixões românticasTomam parte os actores Flavio, Cardoso, Silva, Mello,

! e a actriz d. Philomenn.Seguem-se os trabalhos do distineto professor CAL-

CAN.

PK0GHA.MMAPrólogo scientilicoda sra.d. Calgan, sobre os appara-

los electricos, construídos no moderno systema Agióscòp,premiado na exposição de Paris.

jrXfipre&cnlaçao

MinODÂDOIUÍIDACTO I

Scenas interessantes, muito applaudidas, com meta-morphoses brilhantes, America, África, Hespanha, ma-rayillías do Egypto, as pyramides do deserto ao nascerda lua, montanhas geladas no polo do Norte, conventosda Itália, festa do Corpo de Christo, Londres á noite,túnel do Tâmisa, Hamburgo de dia e do noite.

ACTO II

kmB$M ®MãMf '&&$ 160Paizagciis da tardo ao anoitecer, illuminadas pela lua,

os Alpes ardentes, paizagons no inverno, cahindo neve,um castello na Krança, na tempestade, em incêndio, etc,etc, uma aldeia na Allemanha, no verão e no inverno,scenas cheias de effeito, como : unia hora de sonho, aapparição do deus dos trovões, etc, ele.

ACTO IIIRepresentações magnilicas das operas dos autores

mais celebres.—O caçador livre (Fi-eyschutz), espectros,Samiel, Roberto do Diabo apparecem; resurreição dosmortos, dansa dos espectros.

15 minutos no perigo do morrer pelo riso, ou o demo-nio cm todos os cantos.

Para conclusão : Mappa da viagem humorística dosr. Calgan.

GRANDE OFFICINA DE COSTURA N. B. Estas-¦representações foram summameiite ap-pia adidas nos theatros de Londres, Paris, Berlim, liam-burgo, etc, e em todas hs cidades da Europa ; por con-seqüência ninguém faltará a estas representações, prin-cipalracntc quem se interessar pela arte.

Principiará ás 8 horas.