ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

119
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE UNIDADE ACADÊMICA ESPECIALIZADA EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS ESCOLA AGRÍCOLA DE JUNDIAÍ CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRONÔMICA ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO DA PRODUÇÃO DE CULTURAS FRUTÍFERAS NO MUNICÍPIO DE MACAÍBA/RN Lucca Henrique Benigno Martins Alves Macaíba / RN Novembro de 2019

Transcript of ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

Page 1: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

UNIDADE ACADÊMICA ESPECIALIZADA EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS

ESCOLA AGRÍCOLA DE JUNDIAÍ

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRONÔMICA

ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE

RISCO DA PRODUÇÃO DE CULTURAS FRUTÍFERAS NO

MUNICÍPIO DE MACAÍBA/RN

Lucca Henrique Benigno Martins Alves

Macaíba / RN

Novembro de 2019

Page 2: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

Lucca Henrique Benigno Martins Alves

ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE

RISCO DA PRODUÇÃO DE CULTURAS FRUTÍFERAS NO

MUNICÍPIO DE MACAÍBA/RN

Monografia de Graduação em Engenharia

Agronômica apresentada a Unidade Acadêmica

em Ciências Agrárias da Universidade Federal do

Rio Grande do Norte, como requisito para a

obtenção do Título de Engenheiro Agrônomo.

Orientador: Profº. Drº. Sérgio Marques Júnior

Macaíba / RN

Novembro de 2019

Page 3: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …
Page 4: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

Dedico esta monografia ao meu pai, Paulo Henrique Martins Alves, e a minha mãe, Luzenir Benigno Nunes Alves. Vocês são minha base e fonte de inspiração.

Page 5: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

AGRADECIMENTOS

Primeiramente, agradeço à Deus pela oportunidade de vida, bênçãos,

além de todo o discernimento e fortaleza durante o período de graduação.

Aos meus pais, Paulo Henrique Martins Alves e Luzenir Benigno Nunes

Alves, por acreditarem em mim, darem todo o suporte e apoio ao longo da

graduação e para que eu realizasse este trabalho.

À minha namorada, Nathalya Beatriz Silva de Souza, pelo apoio e

confiança durante a realização deste trabalho.

Ao meu irmão, Luan Henrique B. Martins Alves, por sempre me ajudar.

Aos colegas de turma, ingressantes em 2014.1 ou não, que sempre

considerei como a melhor turma do curso de Engenharia Agronômica, por ser

bastante integrada, dedicada e, principalmente, unida.

Aos professores que passaram por minha vida durante a graduação,

possibilitando o acúmulo de conhecimentos que contribuíram para a minha

formação e realização do trabalho de conclusão de curso.

Ao Prof. Dr. Sérgio Marques Junior, meu orientador e amigo, por me

guiar na carreira acadêmica no curso, pela oportunidade, confiança e por todos

os ensinamentos, que servirão para toda vida e cujas dicas e orientações foram

imprescindíveis para o andamento de minha graduação e conclusão deste

trabalho.

Por fim, a todos aqueles que contribuíram direta ou indiretamente ao

longo da minha graduação e na construção deste trabalho.

Page 6: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

RESUMO

ALVES, Lucca Henrique Benigno Martins. Análise de Viabilidade Econômico-

Financeira e de Risco da Produção de Culturas Frutíferas no Município de

Macaíba/RN. 2019. 119 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em

Engenharia Agronômica) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Campus Macaíba, 2019.

O objetivo geral deste trabalho foi avaliar, do ponto de vista econômico-

financeiro, a viabilidade da produção de Acerola (Malpighia emarginata),

Goiaba (Psidium guajava) e Manga (Mangifera indica) em um hectare no

município de Macaíba/RN. Para tanto, foi realizado um estudo descritivo e

exploratório, visando identificar os principais indicadores de viabilidade

financeira de projetos, que sejam o Valor Presente Líquido, Taxa Interna de

Retorno e Payback, além da análise de sensibilidade diante de cenários

associados às estimativas pessimista, provável e otimista do fluxo de caixa. As

análises dos dados econômico-financeiros foram realizadas seguindo os

mecanismos oriundos da matemática financeira e, para a análise de

sensibilidade e de cenários, foram utilizados os princípios da gestão de projetos

e economia rural. Resultados apontam as condições de viabilidade econômica

financeira das três culturas em estudo. O VPL retornou um valor positivo de R$

8.172,80, R$ 131.220,44 e R$ 55.776,05, para as culturas da Acerola, Goiaba

e Manga, respectivamente. A cultura da Goiaba e da Manga apresentaram TIR

(33,89% e 13,35%, respectivamente) superior a TMA (12%), o que sugere que

o investimento deve ser aceito. O Payback, para essas duas culturas foi entre

4-5 e 7-8 anos, respectivamente. A cultura da Acerola apresentou TIR (3,44%)

abaixo da TMA (12%) e Payback entre 13-14 anos.

Palavras-chave: Viabilidade Econômico-Financeira. Projeto. Fruticultura

Irrigada.

Page 7: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

ABSTRACT

ALVES, Lucca Henrique Benigno Martins. ECONOMIC-FINANCIAL

FEASIBILITY ANALYSIS AND RISK OF FRUIT CROP PRODUCTION IN

MACAÍBA / RN. 2019. 118 f. Course Conclusion Paper (Bachelor of

Agricultural Engineering) - Federal University of Rio Grande do Norte. Macaíba

Campus, 2019.

The aim of this work was to evaluate, from the economic and financial point of

view, the production viability of Acerola (Malpighia emarginata), Guava (Psidium

guajava) and Manga (Mangifera indica) in 1 hectare in the municipality of

Macaíba / RN. To this end, a descriptive and exploratory study was carried out

to identify the main financial viability indicators of projects, such as Net Present

Value, Internal Rate of Return and Payback, as well as the sensitivity analysis

against scenarios associated with the pessimistic, probable and optimistic

estimates of the cash flow. The analysis of economic and financial data was

performed following the mechanisms derived from financial mathematics and,

for the sensitivity and scenario analysis, the principles of project management

and rural economy were used. Results indicate the conditions of financial

economic viability of the three cultures under study. The NPV returned a

positive value of R$ 8,172.80, R$ 131,220.44 and R$ 55,776.05, for Acerola,

Guava and Mango crops, respectively. Guava and Mango crops presented an

IRR (33.89% and 13.35%, respectively) higher than TMA (12%), suggesting

that the investment should be accepted. The payback for these two cultures

was between 4-5 and 7-8 years respectively. Acerola's crop showed IRR

(3.44%) below TMA (12%) and Payback between 13-14 years.

Keywords: Economic and Financial Viability. Project. Irrigated fruit growing.

Page 8: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Estrutura analítica do trabalho...........................................................19

Figura 2. Exportações de frutas no RN de Janeiro a Setembro de 2019.........21

Figura 3. Aceroleira (Malphigia emarginata D. C) com fruto.............................25

Figura 4. Acerola da espécie Malphigia emarginata D. C.................................26

Figura 5. Goiabeira (Psidium guajava L. cv. Paluma) com fruto.......................32

Figura 6. Goiaba da espécie Psidium guajava L. cv. Paluma...........................34

Figura 7. Mangueira (Mangifera indica L. cv. tommy atkins.) com fruto...........40

Figura 8. Manga da espécie Mangifera indica L. cv. tommy atkins..................42

Figura 9. Exemplo de Fluxo de Caixa...............................................................47

Figura 10. O conceito do valor presente líquido. .............................................50

Figura 11. O conceito da Taxa Interna de Retorno...........................................52

Figura 12. Localização do município de Macaíba no RN (em vermelho).........58

Page 9: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Produção Nacional e Municipal de Goiaba em 2017........................33

Tabela 2. Produção Nacional e Municipal de Manga em 2017.........................41

Tabela 3. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Acerola..................................64

Tabela 4. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Goiaba..................................71

Tabela 5. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Manga...................................77

Tabela 6. Comparativo do VPL, TIR e Payback das três culturas....................81

Tabela 7. Análise de sensibilidade quanto ao VPL das três culturas

frutíferas.............................................................................................................84

Tabela 8. Análise de sensibilidade quanto à TIR das três culturas frutíferas.

...........................................................................................................................85

Page 10: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1. Análise de Sensibilidade da cultura da Acerola ao VPL..................67

Gráfico 2. Análise de Sensibilidade da cultura da Acerola à TIR.....................68

Gráfico 3. Análise de Sensibilidade da cultura da Goiaba ao VPL...................73

Gráfico 4. Análise de Sensibilidade da cultura da Goiaba à TIR......................74

Gráfico 5. Análise de Sensibilidade da cultura da Manga ao VPL....................79

Gráfico 6. Análise de Sensibilidade da cultura da Manga à TIR......................80

Page 11: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

LISTA DE QUADROS

Quadro 1. Descrição dos métodos de análise econômico-financeira e de

risco...................................................................................................................50

Quadro 2. Elementos de custo para a produção de Acerola............................62

Quadro 3. Cenários construídos para os fatores de risco, ou seja, receitas e

custos. ...............................................................................................................66

Quadro 4. Elementos de custo para a produção de Goiaba.............................69

Quadro 5. Elementos de custo para a produção de Manga.............................75

Page 12: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

ANEXOS

Anexo 1. Custo da produção e comercialização de 1,0 ha de Acerola

c/irrigação localizada, em Macaíba/RN......................................................... 96

Anexo 2. Custo da produção e comercialização de 1,0 ha de Goiaba c/irrigação

localizada, em Macaíba/RN........................................................................... 100

Anexo 3. Custo da produção e comercialização de 1,0 ha de Manga c/irrigação

localizada, em Macaíba/RN........................................................................... 104

Anexo 4. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Acerola no Cenário 1.........108

Anexo 5. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Acerola no Cenário 2..........109

Anexo 6. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Acerola no Cenário 4..........110

Anexo 7. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Acerola no Cenário 5 .........111

Anexo 8. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Goiaba no Cenário 1...........112

Anexo 9. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Goiaba no Cenário 2...........113

Anexo 10. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Goiaba no Cenário 4.........114

Anexo 11. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Goiaba no Cenário 5........115

Anexo 12. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Manga no Cenário 1..........116

Anexo 13. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Manga no Cenário 2. ........117

Anexo 14. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Manga no Cenário 4..........118

Anexo 15. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Manga no Cenário 5..........119

Page 13: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

LISTA DE SIGLAS

COEX - Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte

FAO - Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

BNB - Banco do Nordeste do Brasil

BB - Banco do Brasil

EUA - Estados Unidos da América

H - Hora

KG - Quilograma

G - Grama

L - Litro

M - Metro

CM - Centímetro

TIR - Taxa interna de retorno

TMA - Taxa mínima de atratividade

VPL - Valor presente líquido

TON - Tonelada

UNID - Unidade

US$ - Dólares

Ha - Hectare

SEPLAN - Secretária de Planejamento

PIF - Programa integrado de frutas

APEX - Agência de Promoção de Exportações brasileira

IBRAF - Instituto Brasileiro de Frutas

NPK - Nitrogênio, Fósforo e Potássio

CV - Cavalos

cv. - Cultivar

FC - Fluxo de Caixa

IDH - Índice de Desenvolvimento Humano

Km² - Quilometro quadrado

RL - Receita Líquida

RLA - Receita Líquida Ajustada

Page 14: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...............................................................................................15 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA......................15 1.2 OBJETIVOS.................................................................................................16 1.2.1 Objetivo geral............................................................................................16 1.2.2 Objetivos específicos................................................................................16 1.3 JUSTIFICATIVA...........................................................................................17 1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO....................................................................17 2 REFERENCIAL TEÓRICO.............................................................................18 2.1 Fruticultura e Desempenho Econômico.......................................................20 2.2 Culturas........................................................................................................24 2.2.1 A cultura da Acerola..................................................................................24 2.2.2 A cultura da Goiaba..................................................................................31 2.2.2 A cultura da Manga...................................................................................39 2.3 Análise de Viabilidade Econômico-Financeira.............................................46 2.3.1 Fluxo de caixa em projetos de investimentos...........................................46 2.3.1.1 Critérios para tomada de decisão..........................................................47 2.3.1.2 Elementos do fluxo de caixa..................................................................48 2.3.2 Métodos utilizados para análise...............................................................49 2.3.2.1 Valor Presente Líquido (VPL)................................................................50 2.3.2.2 Taxa Interna de Retorno (TIR)...............................................................52 2.3.2.3 Método do Payback...............................................................................53 2.3.3 Métodos utilizados para análise de risco..................................................54 3. METODOLOGIA............................................................................................56 3.1 TIPOLOGIA DA PESQUISA........................................................................56 3.2 ÁREA DE ESTUDO.....................................................................................57 3.3 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS............................................59 3.3.1 Estimativa dos elementos de custo..........................................................59 3.3.2 Estimativa dos elementos de receita........................................................59 3.4 PROCEDIMENTO DE ANÁLISES..............................................................60 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES...................................................................60 4.1 Análise de viabilidade econômico-financeira da Acerola............................61 4.2 Análise de viabilidade econômico-financeira da Goiaba.............................68 4.3 Análise de viabilidade econômico-financeira da Manga.............................74 4.4 Análise Comparativa entre as culturas.......................................................81 4.5 Análise de sensibilidade das culturas.........................................................82 5 CONCLUSÃO................................................................................................87 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................87 6.1 Limitações do Trabalho...............................................................................88 6.2 Sugestões de trabalhos futuros...................................................................89 7. REFERÊNCIAS.............................................................................................90 Anexos..............................................................................................................96

Page 15: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

15

1 INTRODUÇÃO

1.1 Contextualização e Formulação do Problema

O Estado do Rio Grande do Norte apresenta condições ideais para o

desenvolvimento da fruticultura irrigada, envolvendo localização geográfica,

água, energia elétrica e sol praticamente o ano inteiro. O estado já é o segundo

maior produtor de frutas do país, ficando atrás apenas da Bahia, segundo

informações do Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte

(Coex), chegando a produzir mais de 937 mil toneladas de frutas todo

ano (Coex, 2018).

No primeiro bimestre de 2019, o setor da economia que apresentou

maior peso na balança comercial do Rio Grande do Norte foi o da fruticultura,

que sozinha respondeu por US$ 57,3 milhões de um total de US$ 92,4 milhões

de produtos exportados, representando cerca de aproximadamente 62% do

total. Isso fez com que a balança comercial do estado começasse o ano com

um superávit de US$ 69,2 milhões em relação ao mesmo período de 2018

(Sebrae, 2019).

No Brasil, a introdução da Aceroleira ocorreu na década de 50, mas

somente nos anos 80, é que se difundiu o plantio (NONINO, 1997). A área

cultivada no Brasil é estimada em cerca de 10.000 ha. A cultura da acerola

(Malpighia emarginata D. C.) vem se constituindo numa boa perspectiva para

fruticultura do Rio Grande do Norte, o estado contribui com 8,13% da produção

nacional (IBGE, 2016).

A Goiaba (Psidium guajava) é explorada em escala comercial em quase

todas as regiões do país. É amplamente cultivada em áreas irrigadas do

Nordeste com uma produção de cerca de 40% do total, situando-se entre uma

das fruteiras de maior valor econômico para região (Freitas & Alves, 2008;

Choudhury et al., 2002).

Estudo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada

(Cepea/USP) mostram que a Manga (Mangifera indica) é a segunda fruta mais

exportada no país em termos de volume, e a primeira em termos de receita.

Entre as frutas exportadas pelo Brasil, a manga foi tricampeã na geração de

receita. No estado do RN, 44.253 toneladas foram produzidas (IBGE, 2017).

Page 16: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

16

Apesar de todo este potencial para o Estado, ainda há pouca informação

sobre o desempenho econômico dessas culturas, principalmente no que se

refere à viabilidade de implantação de projetos de investimento. Existem

diversas técnicas que podem ser utilizadas para a determinação da viabilidade

dos projetos, principalmente quando o objetivo é determinar a viabilidade

econômico-financeira, um método de avaliação de investimentos baseado no

fluxo de caixa projetado do projeto.

Neste contexto de importância da fruticultura para o estado e

crescimento da produção, surge a seguinte questão de pesquisa: Qual a

viabilidade econômico-financeira, além do seu risco, da produção destas três

culturas frutíferas no município de Macaíba/RN?

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo geral

O objetivo geral deste trabalho é avaliar, do ponto de vista econômico-

financeiro, a viabilidade da produção de Acerola (Malpighia emarginata),

Goiaba (Psidium guajava) e Manga (Mangifera indica) no município de

Macaíba/RN.

1.2.2 Objetivos específicos

No sentido de detalhar o objetivo geral deste trabalho, tem-se como

objetivos específicos:

Analisar os indicadores da viabilidade econômico-financeira, com o

objetivo de atestar se o projeto é viável economicamente;

Fornecer, por meio das análises de sensibilidade, maiores informações

para tomada de decisão por parte dos produtores rurais do município de

Macaíba/RN.

Page 17: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

17

1.3 JUSTIFICATIVA

Contemporaneamente, cada vez mais se vê uma expansão de áreas

produtivas com fruticultura irrigada no estado do Rio Grande do Norte e devido

às condições edafoclimáticas favoráveis, o município de Macaíba possui uma

grande potencialidade para a produção de frutas, assim havendo uma

perspectiva de novas áreas de produção no município.

A geração de lucro é o principal elemento que justifica a existência de

uma organização ou da realização de um projeto de investimento. Para os

investidores, porém, não basta que o projeto tenha um resultado positivo. Para

um projeto de investimento ser atrativo, é preciso que a quantidade de lucro

gerado, o retorno do projeto, seja melhor do que aquele que a empresa poderia

obter com outros investimentos, por exemplo, aplicando no mercado financeiro.

Portanto, a essência da avaliação econômico-financeira é medir o retorno do

projeto de maneira comparável com outros investimentos (ROZENFELD et al.,

2006). Segundo Bischoff (2013), um projeto pode ser um conjunto de

informações reunidas e processadas a fim de que simulem uma alternativa de

investimento para testar se será viável para a empresa.

Para isso, propõe-se um estudo de caráter descritivo e exploratório.

Descritivo, pois visa descrever os métodos e os procedimentos que envolvem a

exploração de culturas frutíferas no município de Macaíba/RN. Considera-se

como exploratória, visto que não foi constatada a existência de estudos

anteriores que abordassem a exploração dessas culturas no mesmo município.

Ao final deste trabalho, espera-se um maior conhecimento do processo

produtivo a cerca das presentes culturas agrícolas, fornecendo um maior

embasamento para futuros investidores, havendo assim possibilidade de

crescimento e expansão dessa atividade econômica, que ocorre em algumas

regiões do território potiguar, com isso produzindo grande impacto sobre o

desenvolvimento regional e local.

1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO

A partir dessa introdução e contextualização a cerca do tema abordado,

o presente trabalho tem sequência no tópico dois com um Referencial teórico a

Page 18: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

18

cerca da fruticultura e o seu desempenho no estado, além de uma revisão

sobre as culturas frutíferas embasando o estudo proposto e um tópico a cerca

da análise de viabilidade econômico-financeira, a fim de compreender alguns

conceitos fundamentais para o pleno entendimento do trabalho, como Valor

Presente Líquido (VPL), Taxa Interna de Retorno (TIR) e Payback.

No tópico seguinte são tratados aspectos referentes à metodologia, em

busca de relatar e explicar como foi conduzida a pesquisa, demonstrando como

foram alcançados os objetivos gerais e específicos propostos e permitirá a

análise dos resultados pretendidos. Em seguida são mostrados os resultados

alcançados com o estudo, trazendo discussões pertinentes a cada variável

envolvida na pesquisa, além de um tópico tratando das limitações do trabalho e

outro tópico em que serão propostos temas de trabalhos futuros para serem

realizados utilizando este como fonte de dados.

E, por fim, a lista de referências bibliográficas utilizadas no estudo, em

que fundamentam o presente documento. A estrutura do trabalho pode ser

visualizada através da figura 1.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

O referencial teórico tem por objetivo apresentar os estudos sobre o

tema, ou especificamente sobre o problema, já realizados por outros autores.

Faz-se uma revisão da literatura existente, que implica a seleção, leitura e

análise de textos relevantes ao tema de estudo, seguida de relatos por escrito.

(ZAMBERLAN, 2014).

O referencial teórico segundo com Vergara (2004) apresentam as

seguintes funções:

Permite que o autor tenha maior clareza na formulação do problema de

pesquisa;

Facilita a formulação de hipóteses e de suposições;

Sinaliza para o método mais adequado à solução de problemas;

Permite identificar qual o procedimento mais pertinente para a coleta e o

tratamento de dados, bem como o conteúdo do procedimento escolhido;

É de acordo com o referencial teórico que, durante o desenvolvimento

do projeto, são interpretados os dados que foram coletados e tratados.

Page 19: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

19

Figura 1. Estrutura analítica do trabalho.

Fonte: Arquivo Pessoal, 2019

Page 20: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

20

2.1 Fruticultura e Desempenho Econômico

A fruticultura está presente em todos os estados brasileiros e, como

atividade econômica, envolve mais de seis milhões de empregos diretos, ou

27% do total gerado pela produção agrícola nacional, ocupando apenas 2,4

milhões de hectares. O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas

segundo a FAO (2018), atrás apenas da China e da Índia, com colheita em

torno de 45 milhões de toneladas ao ano (ANUÁRIO BRASILEIRO DE

FRUTICULTURA, 2018).

Apresenta-se como uma atividade mais atrativa economicamente,

comparada a outra atividade como a produção de grãos. Em 2017, segundo o

IBGE, o valor da produção da produção frutífera no Brasil foi de R$38.921.429,

fato esse condicionado a diversidade climática e de novas tecnologias

possibilitando a produção durante todo o ano (ANUÁRIO BRASILEIRO DE

FRUTICULTURA, 2018)

Segundo o IBGE, a área plantada com culturas frutíferas no Brasil em

2017 foi de 2.627.808 ha, enquanto a área colhida foi de 2.591.240 ha. A área

plantada com plantas frutíferas no Brasil está distribuída em 1.397.52 ha com

frutas tropicais, 978.552 ha com frutas subtropicais e 251.732 ha com espécies

de clima temperado (IBGE, 2017). No Brasil, a região Nordeste é responsável

pela maior parte da produção das principais frutas tropicais desde o início do

século. (FACHINELLO et al. 2011).

A grande variedade de espécies plantadas pela fruticultura brasileira

permite ofertar frutas frescas durante o ano todo. Quanto aos polos

emergentes, são mencionados principalmente o Rio Grande do Norte, o Ceará,

e o Vale do São Francisco, todos inclusos no Nordeste Brasileiro. As razões

para crescimento nesses pontos estão relacionadas às condições de clima e

relevo, uso de tecnologias, valor da terra, incentivos e a própria expansão da

demanda (ANUÁRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 2018).

Segundo o BNB (2018), a região nordeste responde por 27% da

produção nacional de frutas, destacando-se em diversos cultivos como coco,

goiaba, mamão, manga, acerola, maracujá, abacaxi e melão. Segundo

Cardoso; Souza (2010) a região nordeste é a primeira produtora de caju

(96,5%), melão (93,1%), coco-da-baía (79,1%), cajá (73,4%), acerola (69,6%),

Page 21: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

21

graviola (69,1%), mamão (52,4%), manga (49,8%), maracujá (44,1%), melancia

(39,4) e banana (37,4%). Além disso, ocupa o segundo lugar na produção de

abacaxi (30,1%), goiaba (21,1%), limão (11,4%) e laranja (6,1%).

Segundo a Secretária de Planejamento, no período de Janeiro a

Setembro do corrente ano, as exportações de frutas do Rio Grande do Norte

cresceram 61%. O Estado vendeu para o mercado externo cerca de 109,1

milhões de dólares, fazendo com que o estado assumisse a liderança nacional

como principal exportador de frutas do país, conforme mostrado na Figura 2.

(Seplan, 2019)

Figura 2. Exportações de frutas no RN de Janeiro a Setembro de 2019

Fonte: Seplan, 2019

O Anuário Brasileiro da Fruticultutra (2015) informa que o setor de

fruticultura no Brasil se encontra em um momento de expansão, fator esse

atribuído a diversidade de fatores climáticos e ao potencial de modernização

das técnicas utilizadas no plantio e colheita, além do fato da crescente

demanda por alimentação saudável no mundo, o que faz com que o Nordeste e

o RN produzam cada vez mais frutas e atenda cada vez mais mercados

consumidores diferentes.

Segundo o SEBRAE (2018), quando se trata de exportação, dentre os

principais produtos que compuseram a pauta exportadora potiguar em 2016, a

fruticultura está entre os primeiros colocados no ranking entre os 10 maiores

produtos exportados. Apesar das dificuldades enfrentadas em decorrência da

seca, houve crescimento da participação das frutas na pauta exportadora

potiguar. Elas representaram 35,7% dos valores totais exportados, em 2015, e

em 2016 tiveram crescimento de 21,4%%. (SEBRAE, 2018).

Page 22: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

22

Os produtos potiguares da fruticultura são competitivos e buscam cada

vez mais a melhoria e a confiança no mercado internacional, pois esse

mercado é bastante exigente e impõe que a produção seja feita da melhor

maneira possível, para que esse produto seja bem aceito principalmente do

continente europeu, já que é o principal destino.

Em virtude dessas grandes exigências por parte do mercado e comércio

internacional, o governo brasileiro criou o PIF, que é o programa integrada de

frutas que tem como objetivo a elevação no padrão de qualidade, em que esse

sistema age no sistema de rastreamento das frutas, dando ao agricultor um

selo de qualidade e certificação da fruta, fazendo com que esse procedimento

agregue cada vez mais valor aos produtos nacionais e tenham confiança no

mercado, muito devido também em relação ao uso dos produtos fitossanitários

de maneira adequada, visando o bem estar do consumidor e do ambiente

(RAULINO & MEIRELES, 2009)

Com o objetivo de proporcionar a promoção da fruta brasileira no

mercado externo, a Agência de Promoção de Exportações brasileira (Apex),

com a colaboração do IBRAF (Instituto Brasileiro de Frutas) criou o Brazilian

Fruit, um programa tem por objetivo de promover a participação das frutas

brasileiras nas principais feiras internacionais (Alves, 2017). O Brazilian Fruit é

uma feira que mostra as suas frutas para o mercado internacional através de

distribuição de folhetos, e incluindo a participação em rodadas de negócios.

A fruticultura tem garantido alguns benefícios tanto para os brasileiros,

na geração de emprego, renda, desenvolvimento e qualidade de vida, como

também para os consumidores estrangeiros, ao se deliciarem com frutas

saborosas e nutritivas (Alves, 2017). O estado do RN gera muitos empregos na

área da agricultura, dando ênfase na área frutícola. Estima-se que só

trabalhando diretamente com a cultura do melão, o RN gerou no ano de 2017 o

equivalente de 16 mil empregos (SEBRAE, 2018).

O estado do Rio Grande do Norte possui cerca de 290 mil hectares

produtivos, em que neles se concentram as principais culturas frutícolas como

abacaxi, banana, coco, goiaba, castanha de caju, melão, mamão, maracujá,

manga e melancia. Os principais destinos dessas frutas são os países da

Holanda, Reino Unido, Espanha, Itália, Portugal, França, Bélgica, Canadá,

Estados Unidos e México. A fruticultura no estado é tão forte que mais da

Page 23: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

23

metade de suas exportações são da fruticultura, cerca de 62% do volume

potiguar são frutas e a exportação dessas frutas no estado chegam a

ultrapassar a marca de 227 mil toneladas no ano de 2017, com volume

comercializado em valores de 178 milhões de dólares (SEBRAE, 2018).

Com relação a evacuação da produção potiguar, o porto de Natal é o

principal acesso para que essas mercadorias sejam exportadas. O estado leva

certa vantagem competitiva, tendo em vista que possui uma logística facilitada,

através de sua localização geográfica próxima aos países europeus, o que

facilita a sua comercialização. O porto fica localizado na capital, em que as

mercadorias que serão exportadas vêm de todos os lugares do estado por

meio das rodovias, veiculados por caminhões com contêineres, devidamente

climatizados. O porto é de suma importância para a exportação da produção

potiguar. (OLIVEIRA, 2018)

A produção frutícola do RN apresenta grandes avanços tecnológicos e

de pesquisa, os produtos que são produzidos através dessa ação

modernizadora vem evoluindo muito, enquanto atividade produtiva tem se

mostrado de uma qualidade muito alta, conquistando mercados internacionais

e se destacando na região. Entretanto, apesar nos investimentos em pesquisa

e tecnologia não mostra o suficiente para o crescimento de forma sustentável e

com maior velocidade, pelo fato desse investimento ser modelo de

investimentos privados, porém, investir na fruticultura potiguar tem sido

bastante atrativo para as empresas privadas, mesmo não tendo incentivos

suficientes para que pudesse expandir cada vez mais o agronegócio.

A acerola, a goiaba e a manga são frutas apreciadas não só por suas

características sensoriais, mas também pela sua qualidade nutricional e

potencial funcional. A acerola é reconhecidamente uma das maiores fontes

naturais de vitamina C até hoje descobertas, além de possuir concentrações

importantes de carotenoides e licopeno (MEZADRI et al., 2008). A goiaba é

fonte de vitaminas A e C, de fibras, pectina e de potássio (MARTÍNEZ et al.,

2012). A manga é umas das principais fontes de vitamina C e provitamina A

entre as frutas.

No Brasil, a goiaba é explorada em escala comercial em quase todas

suas regiões, e amplamente cultivada em áreas irrigadas do semiárido

Page 24: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

24

nordestino, situando-se entre uma das fruteiras de maior valor econômico para

região Nordeste brasileira (Cavalcante et al., 2010; Freitas & Alves, 2008).

Em estudo realizado por (VITAL & SAMPAIO, 2007) no Nordeste, a

fruticultura irrigada tem sido beneficiada pela logística de transporte no

escoamento da produção, através de investimentos governamentais e por

tecnologias desenvolvidas ou adquiridas por grandes empresas vinculadas a

exportação de frutas.

Segundo o IBRAF (2013), 53% do total de frutas produzidas no Brasil

são comercializadas em sua forma fresca e 47% é destinado ao setor

agroindustrial para sua transformação em produtos industrializados.

Segundo a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de

Frutas e Derivados, as exportações devem atingir a cifra dos US$ 120 milhões

no estado do Rio Grande do Norte. (Abrafrutas, 2019)

2.2 Culturas

2.2.1 A cultura da Acerola

A acerola (Malphigia emarginata D. C.) é uma planta frutífera originada

das Antilhas, norte da América do Sul e América Central. Também conhecida

como “cereja tropical”, começou a ser cultivada em escala comercial a partir de

1946, através do Instituto de Bioquímica da Universidade de Porto Rico, onde

foram despertados o interesse e os estudos sobre suas potencialidades

econômicas, em que cientistas porto-riquenhos encontraram na porção

comestível da fruta altos teores de vitamina C e, por ser uma planta rústica e

resistente, propagou-se naturalmente e com facilidade por todo mundo (BERY

et al., 2014; ÉDER, 2007).

A aceroleira é uma árvore de dois a quatro metros de altura, com

ramificação compacta ou espalhada, conforme mostrada na Figura 3. Cresce e

produz satisfatoriamente em clima tropical e subtropical com temperaturas

próximas à 26ºC e quando as chuvas variam entre 1200 e 1600 milímetros

anuais bem distribuídos. Adapta-se a diferentes tipos de solo, entretanto, os

solos mais adequados ao seu cultivo são os de fertilidade mediana e os

argiloarenosos. (SEBRAE, 2016; EMBRAPA, 2012).

Page 25: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

25

Figura 3. Aceroleira (Malphigia emarginata D. C) com fruto.

Fonte: Embrapa, 2012.

As propriedades nutricionais da acerola dependem da espécie, grau de

maturação e época de colheita. É composta por vitaminas e minerais como

fósforo, ferro, magnésio e cálcio, mas destaca-se por seu alto teor de vitamina

C, o qual chega a alcançar valores centenas de vezes maiores quando

comparado aos teores da laranja e outras frutas. Devido a presença da

vitamina C e das antocianinas, a acerola atua como antioxidante, neutralizando

a ação de radicais livres que contribuem para o desenvolvimento do câncer,

doenças do coração e do envelhecimento precoce. As propriedades da acerola

também previnem o fotoenvelhecimento da pele, auxilia na absorção de ferro

contido nos alimentos de origem vegetal e promove a melhora do sistema

imunológico, atribuindo resistência a infecções (DORAZIO, 2018).

O Brasil é um dos poucos países que cultivam comercialmente a

acerola, que foi, inicialmente, introduzida no estado de Pernambuco, pela

Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em 1955, por meio de

sementes oriundas de Porto Rico, de onde se espalhou para o Nordeste e para

outras regiões do País. Atualmente é cultivada em todos os Estados brasileiros,

com limitações na Região Sul por suas temperaturas extremamente baixas no

inverno (RITZINGER; HELENA, 2011).

Os frutos são drupas compostas pelo epicarpo (casca externa)

constituído por fina película, mesocarpo que inclui a polpa propriamente dita e

endocarpo, que corresponde a três caroços unidos. (ESCOLÁSTICO, 2012). O

mesocarpo ou polpa representa 70 a 80% do peso total do fruto. A acerola

possui tamanhos que variam de 3 a 6 centímetros de diâmetro e massa entre

3g e 16g, e a forma do fruto pode ser redonda, oval ou achatada. Segundo

Page 26: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

26

Moreira et al. (2006) apenas as sementes pesam em média de 0,01g a 0,06g.

A superfície do fruto pode ser lisa ou apresentar, entre os carpelos, sulcos

rasos ou profundos (RITZINGER; HELENA, 2011). A coloração externa do fruto

varia do alaranjado ao vermelho intenso quando maduro com polpa carnosa e

suculenta, conforme mostrado na Figura 4, levando 22 dias desde a floração

até a maturação. (EMBRAPA, 2012).

Figura 4. Acerola da espécie Malphigia emarginata D. C.

Fonte: Hortiescolha, 2017.

A acerola é uma das mais importantes fontes naturais de ácido

ascórbico, apresentando uma alta concentração de vitamina C (AMORIM,

2016). No mercado brasileiro, a acerola é comercializada na forma in natura

congelada e como sucos engarrafados e polpa congelada, processados

industrialmente. Porém, no mercado externo há uma maior demanda pela

polpa concentrada industrial e de diferentes produtos como o pó de acerola e

as capsulas de suplementação em vitamina C (IBRAF, 2013; AMORIM, 2016).

A comercialização dessa fruta no formato de polpa congelada permite seu

consumo na entressafra já que a acerola é muito perecível.

O Brasil é considerado o maior produtor, consumidor e exportador

mundial de acerola, possuindo uma produtividade média estimada de 150 mil

toneladas da fruta por ano, sendo aproximadamente 64% desse total produzido

na região Nordeste. Quanto ao destino da produção, cerca de 60%

permanecem no mercado interno e 40% vão para o mercado externo,

especialmente para o Japão, Europa e Estados Unidos (FREITAS et al., 2006).

Page 27: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

27

Atualmente, 46% da comercialização de acerola no mercado interno destina-se

à indústria de processamento e 54% ao mercado de consumo da fruta fresca

(EMBRAPA, 2012).

A região nordeste é responsável pela maior parte da produção nacional

de acerola, com destaque para os estados de Pernambuco, Ceará, Bahia e Rio

Grande do Norte. Para isso, essa região proporciona ótimas condições de solo

e clima para uma produção de frutos de excelente qualidade durante quase

todos 365 dias no ano, inclusive no período no qual o mercado externo está

desabastecido.

Sistema de Produção do Projeto

Dentro dos insumos necessários para a implantação da cultura da

Acerola está a aquisição de mudas, em que as mudas serão necessárias para

formar o estande do pomar. Faz-se importante o acréscimo de 10% o total de

mudas para realizar o replantio, caso necessário, visto que as plantas podem

não se adaptar ao novo local de cultivo.

A cultura da acerola se adapta a diferentes tipos de solos. Entretanto, os

solos mais adequados ao seu cultivo são os de fertilidade mediana. A faixa de

pH considerada como ótima para Aceroleira está entre 5,5 e 6,5, assim faz-se

importante a correção com calcário. (EMBRAPA, 2012)

A fertilização é uma das práticas mais importantes para o aumento da

produtividade. Com isso deve-se realizar a correção de solo com fertilizantes

como a Uréia, o Superfosfato Simples e o Cloreto de Potássio, em que os

níveis de NPK sejam os adequados para a cultura. Além disso, deve-se realizar

a aplicação de fertilizantes que ofereçam quantidades adequadas de

Micronutrientes. Em caso de adubações via solo, recomenda-se utilizar 50

g/cova de F.T.E. BR-12, juntamente com os outros adubos químicos.

(EMBRAPA, 2012)

A adubação orgânica dos pomares de Acerola também deve ser

realizada para elevar a qualidade da produção. Com isso, no sistema produtivo

adotado nesse projeto será utilizado o esterco bovino, aplicado uma vez por

ano. (EMBRAPA, 2012)

Page 28: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

28

Ao se produzir a cultura da Acerola é necessário que os produtores

disponham de meios mínimos para controlar quimicamente as pragas que

ocorrem na cultura, mesmo para uso em último caso, visto que os insetos

podem comprometer a produção. Para que isso não aconteça, lança-se mão de

determinadas ferramentas que procuram manter a população de pragas abaixo

do nível de dano. Uma das pragas que atacam a cultura da Acerola são as

formigas. O Sulfuramida é um eficiente Formicida para o controle de formigas

cortadeiras, uma das principais pragas das culturas frutíferas. (EMBRAPA,

2012)

O monitoramento pela inspeção da lavoura pode detectar as épocas de

ocorrência de insetos-praga e avaliar a necessidade ou não de se tomar

medidas de controle. A poda e a destruição de galhos e ramos infectados por

cochonilhas e pulgões em alta infestação são medidas que reduzem as

populações dessas pragas. (EMBRAPA, 2012)

O uso adequado de adubação, a irrigação e o manejo das plantas

daninhas são muito úteis na manutenção do equilíbrio das populações de

inimigos naturais. A coleta e o enterrio de frutos atacados pela mosca-das-

frutas (Ceratis capitata) quebra o ciclo da praga, em caso de alta incidência

deve-se realizar o controle dessa praga através de inseticida registrado, em

que as plantas são pulverizadas. (EMBRAPA, 2012)

O Besouro-amarelo, Vaquinhas e Percevejos são outras pragas que

atacam a cultura da acerola, como medida de controle, devem ser feitas

pulverizações à base de óleo mineral. (EMBRAPA, 2012)

A Antracnose (Colletotrichum gloeosporioides) é a doença mais

difundida nos plantios de acerola no Brasil. O patógeno afeta folhas, hastes,

botões florais e frutos. O controle dessa doença pode ser realizado com o uso

de fungicidas a base de cobre, a exemplo do Oxicloreto de Cobre. A maioria

dos patógenos que infectam a Aceroleira podem ser controlados com esse

fungicida e/ou com a eliminação de ramos, como o causador da Mancha de

Cercosporidium, da Verrugose e da Podridão seca dos ramos. (EMBRAPA,

2012)

A utilização de espalhante adesivo é importante para uma melhor

eficiência de aplicação de produtos fitossanitários e fertilizantes líquidos.

Page 29: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

29

As mudas após o plantio são tutoradas e amarradas com fitilho, com o

objetivo de aumentar a sustentação mecânica das plantas, em função da ação

danosa do vento. (EMBRAPA, 2012)

Segundo a Embrapa (2012), para o preparo do solo na implantação de

um pomar de Acerola, recomenda-se a realização de uma aração profunda

seguida de uma gradagem. A aração pode ser realizada com Trator de pneus,

do tipo 4X4, com potencia entre 50 e 70CV acoplado com um implemento

arado. A gradagem pode ser realizada com o mesmo trator utilizado para a

aração, porém utilizando como implemento uma grade intermediária.

Após o preparo do solo, executam-se a marcação e a abertura das

covas de plantio, seguindo as recomendações de espaçamento entre covas e

entre linhas, no caso da Aceroleira o espaçamento adotado será de 4,0 m x 4,0

m. As covas, quando feitas manualmente, devem adotar as dimensões de 40

cm x 40 cm x 40 cm. (EMBRAPA, 2012)

É importante considerar os custos de transporte interno de insumos e

outros materiais, visto que essa atividade é necessária e representa um custo

na operação de plantio. A adubação em fundação é uma atividade manual,

que deve ser realizada baseada na correção dos teores dos nutrientes, o

adubo mineral deverá ser aplicado ao lado da muda plantada, enquanto a

adubação orgânica é realizada com a mistura homogênea do solo oriundo do

coveamento na proporção de 1/3 do volume de terra extraído. (EMBRAPA,

2012)

Para a execução do plantio, a distribuição das mudas é realizada

manualmente, e cobre-se a cova com o volume de terra extraída, em caso de

falha no plantio e/ou na adaptação das mudas deve-se realizar o replantio. O

plantio é realizado preferencialmente, nas horas mais frescas do dia.

(EMBRAPA, 2012)

A poda de condução é um trato cultural importante para a Aceroleira,

após o “pegamento” da muda no local definitivo, são necessárias podas de

formação, conduzindo-a em haste única, até a altura de 50 cm a 60 cm do solo.

Em plantas adultas bem formadas e já em produção, as podas são feitas para

reduzir a altura da copa, que não deve ser superior a 3 m, pois dificulta e onera

a colheita. Cortam-se os galhos muito vigorosos e mal localizados, que

prejudicam tanto a operação de colheita como qualquer outra prática cultural.

Page 30: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

30

Para a realização das podas é necessário a aquisição de tesouras de poda.

(EMBRAPA, 2012)

As plantas invasoras interferem no desenvolvimento das Aceroleiras,

sobretudo em pomares recém-instalados, pois competem por água, nutrientes,

espaço e luz. As plantas daninhas presentes na área dificultam o manejo,

especialmente as operações de irrigação, adubação, poda e colheita. Além

disso, as plantas invasoras podem ser hospedeiras de pragas, doenças e

nematoides. A Aceroleira é uma planta rústica, contudo, deve-se manter o

pomar livre da concorrência de plantas daninhas. Em áreas infestadas por

plantas daninhas, pode-se adotar o método mecânico de controle, seja o

manual (capina) ou o mecanizado (uso de equipamentos motorizados).

Recomenda-se fazer o coroamento manual das plantas com enxada. Deve-se

fazer o coroamento em um raio de 1 m ao redor da muda recém-plantada.

Quando a Aceroleira já está formada, deve-se fazer a capina até 1 m além da

projeção da copa. (EMBRAPA, 2012)

A análise de solo e a análise foliar são importantes visando o

desenvolvimento das mudas implantadas e a manutenção do pomar, visto que

analisar a fertilidade do solo onde será realizado o plantio tem o objetivo de

corrigir deficiências da fertilidade do solo, oferecendo nutrientes necessários ao

desenvolvimento das mudas, e a análise de folhas quando associada à análise

de solo, proporciona orientação segura no manejo dos nutrientes.

Apesar de ser considerada uma planta que tolera a seca, a Aceroleira,

quando irrigada, apresenta aumento significativo da produtividade. A irrigação,

aliada a outras técnicas de manejo, proporciona a colheita de duas safras

anuais, sendo possível, também, ajustar a época da colheita de acordo com os

períodos de maior demanda de mercado. A prática da irrigação consiste no

fornecimento de água às culturas, de maneira adequada e em quantidade

suficiente para atender às necessidades hídricas das plantas, em suas

diferentes fases de desenvolvimento. De modo geral, a cultura da Acerola

adapta-se a diversos sistemas de irrigação, mas a irrigação localizada facilita o

manejo de água. É importante considerar os custos de depreciação do sistema

de irrigação, em que a cada ano a depreciação fica em torno de 5% do valor

dos equipamentos. (EMBRAPA, 2012)

Page 31: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

31

Em período de produção plena, a colheita, que é manual, deve ser feita

de duas a três vezes por semana, podendo até ser diária, dependendo da

quantidade de frutos produzida. A realização de colheitas frequentes previne a

queda dos frutos, que ocorre naturalmente quando atingem determinado ponto

de maturação. (EMBRAPA, 2012)

Durante a colheita, o produtor pode utilizar caixas de PVC de tamanho

pequeno (como, por exemplo, caixas para transporte de sacos de leite

pasteurizado), que permitam até 15 cm de altura de frutos. Pelo fato de serem

bastante perecíveis, recomenda-se que os frutos sejam levados ao seu destino

logo após a colheita. (EMBRAPA, 2012)

Segundo dados obtidos pela EMBRAPA (2012), a produtividade média

do cultivo da acerola com irrigação no nordeste no primeiro ano é de 0 t/ha, no

segundo ano, 12 t/ha, no terceiro, 15 t/ha, no quarto ano e ano seguinte, 20 t/h

e com produtividade média de 25 t/ha a partir do sexto ano (EMBRAPA, 2012)

A maioria das unidades produtivas possui pelo menos um trabalhador

permanente, e todas as unidades contratam trabalhadores temporários para as

atividades que demandam muita mão de obra, como capina, poda, desbrota e

colheita. Com relação às atividades mecanizadas, todas são executadas pela

locação de máquinas e implementos. O projeto de investimento, por ser uma

atividade de risco, é necessário possuir assistência técnica através de um

Engenheiro Agrônomo para buscar a máxima eficiência produtiva. O Custo de

oportunidade do uso da terra deve ser considerado para fins de custo

operacional total.

2.2.2 A cultura da Goiaba

A goiabeira (Psidium guajava L.) é originária da América Tropical, e

cultivada em todas as regiões tropicais e subtropicais do mundo. A goiaba é

uma das frutas de maior importância nas regiões subtropicais e tropicais, não

só devido ao seu elevado valor nutritivo, mas pela excelente aceitação do

consumo in natura, além de ser apreciada por suas características de sabor e

aroma (MAIA; FIGUEIREDO; SANTOS, 2002)

A goiabeira pertencente à família Myrtaceae é uma árvore de pequeno

porte, em pomares adultos conduzidos sem poda, pode atingir de 3 a 8 m de

Page 32: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

32

altura. As folhas são opostas, grossas, coriáceas, de coloração verde-amarela,

conforme mostrado na Figura 5 (SAMPAIO, 2011). Seu sistema radicular

apresenta raízes adventícias primárias, concentrando a uma profundidade de

30 cm do solo. A planta de goiabeira propagada via semente apresenta raiz

pivotante, já as mudas propagadas através de estacas têm apenas raízes

secundárias e não atingem grandes profundidades (NETO, et al., 2001).

Suas flores são brancas, hermafroditas, e surgem em botões isolados ou

em grupos de dois ou três botões, sempre na axila das folhas, que brotam em

ramos maduros após a poda ou naturalmente. Seus frutos são bagos que têm

tamanho, forma e coloração de polpa variáveis, conforme a variedade. A

frutificação começa no 2º ou no 3º ano, em pomares propagados via semente.

Quando o pomar é implantado com mudas propagadas vegetativamente, por

estaca ou por enxerto, iniciam a floração de 7 a 8 meses de idade, após

implantação no local definitivo (NETO, et al., 2001)

A goiabeira é uma planta que, de acordo com Freitas (2007), beneficia-

se mais da polinização cruzada, pois esta incrementa sua produção em até

39,5%. A planta é um arbusto de árvore de pequeno porte, que pode atingir de

3 a 6 metros de altura, com casca lisa, delgada que se desprende em lâminas.

O fruto apresenta forma arredondada ou baga globosa, ovoide ou piriforme, de

4 até 12 cm de comprimento.

Figura 5. Goiabeira (Psidium guajava L. cv. Paluma) com fruto.

Fonte Youtube, 2016.

Do ponto de vista nutricional, a goiaba é considerada excelente fonte de

vitaminas, minerais e fibras; carotenoides e compostos fenólicos, muito embora

o consumo da goiaba in natura ainda seja baixo no Brasil (aproximadamente

300g/hab/ano). (TASCA, 2007).

Page 33: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

33

Considera-se ainda uma fruta rica em zinco, niacina e vitamina E, e cada

um destes desempenha papel significativo na manutenção da saúde humana.

Além destes, elevados teores de selênio, cobre, fósforo, magnésio, cálcio,

ferro, ácido fólico e vitaminas A, B1, B2 e B6, também quantidades satisfatórias

de compostos fenólicos representados pelos taninos, quercitina, rutina,

miercitina, apigenina, ácido elágico e antocianinas como descreve Thomaz

(2014).

O Brasil é um dos principais produtores mundiais de goiaba. Em 2018,

foram produzidas cerca de 580 mil toneladas. A região Nordeste lidera a

produção com 50,74% deste total. Sendo assim a Goiaba situa-se entre uma

das frutíferas de maior valor econômico para região Nordeste. (IBGE, 2018)

De acordo com o Censo Agropecuário 2017, do Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil produziu em torno de 458 mil toneladas

de goiaba neste mesmo ano. A Tabela 1 apresenta a produção de goiaba em

alguns estados brasileiros, incluindo o Rio Grande do Norte. Os estados de

São Paulo e Pernambuco são os maiores produtores nacionais, somando

juntos 65,4% de toda a produção do país. O Rio Grande do Norte aparece na

12ª posição com aproximadamente 5.237 toneladas produzidas. (SIDRA/IBGE,

2017)

Tabela 1. Produção Nacional e Municipal de Goiaba em 2017.

Posição Brasil e Unidade da Federação Quantidade produzida (Toneladas)

1º Brasil 458046

2º São Paulo 173926

3º Pernambuco 125640

4º Bahia 42073

5º Ceará 17698

13º Rio Grande do Norte 5237

Fonte: (Adaptado de IBGE, 2018)

No nordeste brasileiro principais variedades de goiabeira cultivadas são

a Paluma, a Pedro Sato e a Rica. A seleção de uma delas e a adoção do

sistema produtivo adequado depende, principalmente, da destinação da

produção ou do mercado que o produto irá atingir. Atualmente, na produção de

frutas para consumo in natura no Nordeste, usa-se a variedade Paluma. Já no

Page 34: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

34

processamento industrial, indicam-se as variedades Paluma, Pedro Sato e

Rica. (Embrapa, 2011)

A cultivar Paluma apresenta entre suas características, dupla finalidade,

consumo in natura e industrialização, sendo esse um dos fatores marcantes de

sua exploração. Outro fator relevante é a capacidade para alcançar elevadas

produtividades (Pereira & Nachtigal, 2009)

A cv. Paluma (Figura 6) tem cor de polpa vermelho-intensa, sabor

agradável e pequena quantidade de sementes, além de rendimento de polpa

em torno de 94%. (BARSOSA; LIMA, 2010).

Figura 6. Goiaba da espécie Psidium guajava L. cv. Paluma

Fonte: Sementes Arbo Center, 2018.

A goiaba é uma fruta considerada muito importante dentro do contexto

da fruticultura brasileira, encontrando-se em expansão. Embora a sua produção

no Brasil represente aproximadamente 570 mil toneladas, concentradas nos

meses de fevereiro e março, a comercialização da fruta ocorre o ano todo

(ZANATTA; ZOTARELLI; CLEMENTE, 2017).

O aumento no consumo está associado à grande divulgação das

qualidades nutricionais da fruta. Por se tratar de uma fruta altamente perecível,

o conhecimento de sua fisiologia pós-colheita é fundamental para o emprego

adequado de tecnologias, visando aumentar o período de conservação. Após a

colheita de frutas e hortaliças inicia-se uma série de processos degradativos

que aceleram a senescência, causando perdas de grande parte da produção.

Diversas dessas perdas podem ser atribuídas à ação de enzimas durante a

pós-colheita (ZANATTA; ZOTARELLI; CLEMENTE, 2017).

Page 35: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

35

Uma característica importante da goiabeira cultivada com irrigação e

com poda de frutificação no Nordeste é que, além da alta produtividade, produz

o ano inteiro (GONZAGA NETO, 2007).

Sistema de Produção do Projeto

Dentro dos insumos necessários para a implantação e/ou a manutenção

da cultura da Goiaba está a aquisição de mudas, as quais são necessárias

para formar o estande do pomar. Faz-se importante o acréscimo de 10% o total

de mudas para realizar o replantio, caso necessário, visto que as plantas

podem não se adaptar ao novo local de cultivo.

A goiabeira é uma planta pouco exigente em fertilidade do solo, podendo

desenvolver-se em solos com pH de 4,5 a 8,0, com faixa ótima de

desenvolvimento entre 5,0 e 6,5, assim faz-se importante a correção com

calcário. No entanto, para a obtenção e a manutenção de boas produtividades

em pomares comerciais, é necessário manter níveis adequados de fertilidade.

Com isso deve-se realizar a correção de solo com fertilizantes como Uréia,

Superfosfato simples e Cloreto de Potássio, em que os níveis de NPK sejam os

adequados para a cultura. Além disso, deve-se realizar a aplicação de

fertilizantes que ofereçam quantidades adequadas de Micronutrientes. Em

caso de adubações foliares, recomenda-se utilizar o fertilizante Fertamin.

(EMBRAPA, 2010)

Adubação orgânica dos pomares de Goiabeira também deve ser

realizada para elevar a qualidade da produção. Com isso, no sistema produtivo

adotado nesse projeto será utilizado o esterco bovino, aplicado uma vez por

ano. (EMBRAPA, 2010)

Ao se produzir a cultura da goiaba é necessário que os produtores

disponham de meios mínimos para controlar quimicamente as pragas que

ocorrem na cultura, mesmo para uso em última estância. O Sulfuramida é um

eficiente Formicida para o controle de formigas cortadeiras, uma das principais

pragas das culturas frutíferas. A Mosca-das-Frutas (Anastrepha fraterculus) é

a principal praga que ataca a goiabeira, o controle químico utilizando o

inseticida Decis 25 CE (Deltamethrin) é uma boa alternativa para diminuir as

perdas de produção. Segundo a Embrapa, ao se controlar a Mosca-das-Frutas

Page 36: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

36

pode-se utilizar também o mesmo produto para o controle do psilídeo-da-

goiabeira (Triozoida sp.). (EMBRAPA, 2010)

Atualmente, segundo a Embrapa (2010), a doença mais severa nas

regiões semiáridas é a meloidoginose da goiabeira, causada pelo Meloidogyne

enterolobii. Para o controle dessa doença recomenda-se a aplicação do

produto comercial NIMITZ EC em uma dosagem de 1000-2000 ml/ha. A

aplicação deve ser na superfície do solo em faixas de 100 cm de largura em

ambos os lados da planta. A época ideal para aplicação de NIMITZ EC é no

início da época chuvosa, quando as plantas estão emitindo raízes novas,

indica-se realizar uma aplicação por safra. (ADAMA, 2014)

A antracnose é uma doença que ataca os frutos da goiabeira, é causado

pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides, para o controle dessa grave doença

é indicado a utilização do Cupravit Azul, fungicida a base de Oxicloreto de

cobre. É indicado não realizar aplicação em frutos com tamanho superior a 1,5

cm de diâmetro, além de se fazer no máximo 3 aplicações por ciclo. Outras

doenças que podem atacar a goiabeira são a Seca das Ponteiras (Erwinia

psidii), a Ferrugem (Puccinia psidii) e a Verrugose (Sphaceloma psidii). Para

realizar o controle podem-se utilizar os seguintes produtos: Dithane PM

(Mancozeb) e o Kocide (Hidróxido de cobre). A utilização de espalhante

adesivo é importante para uma melhor eficiência de aplicação de produtos

fitossanitários e fertilizantes líquidos. (EMBRAPA, 2010)

As mudas após o plantio são tutoradas e amarradas com fitilho, com o

objetivo de aumentar a sustentação mecânica das plantas, em função da ação

danosa do vento.

Segundo a Embrapa (2010), para o preparo do solo na implantação de

um pomar de goiabeira, recomenda-se a realização de uma aração profunda

seguida de uma a duas gradagens, cerca de dois meses antes do plantio. A

aração pode ser realizada com Trator de pneus, do tipo 4X4, com potencia

entre 50 e 70CV acoplado com um implemento arado. A gradagem pode ser

realizada com o mesmo trator utilizado para a aração, porém utilizando como

implemento uma grade intermediária. Após o preparo do solo, executam-se a

marcação e a abertura das covas de plantio, seguindo as recomendações de

espaçamento entre covas e entre linhas, no caso da Goiabeira o espaçamento

Page 37: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

37

adotado será de 7,0 m x 7,0 m. As covas, quando feitas manualmente, devem

adotar as dimensões de 60 cm x 60 cm x 60 cm. (EMBRAPA, 2010)

É importante considerar os custos de transporte interno de insumos e

outros materiais, visto que essa atividade é necessária e representa um custo

na operação de plantio. A adubação em fundação é uma atividade manual,

que deve ser realizada baseada na correção dos teores dos nutrientes, o

adubo mineral deverá ser aplicado ao lado da muda plantada, enquanto a

adubação orgânica é realizada com a mistura homogênea do solo oriundo do

coveamento na proporção de 1/3 do volume de terra extraído. (EMBRAPA,

2010)

A análise de solo e a análise foliar são importantes visando o

desenvolvimento das mudas implantadas e a manutenção do pomar, visto que

analisar a fertilidade do solo onde será realizado o plantio tem o objetivo de

corrigir deficiências da fertilidade do solo, oferecendo nutrientes necessários ao

desenvolvimento das mudas, e a análise de folhas quando associada à análise

de solo, proporciona orientação segura no manejo dos nutrientes.

Para a execução do plantio, a distribuição das mudas é realizada

manualmente, e fecha-se a cova com o volume de terra extraída, em caso de

falha no plantio e/ou na adaptação das mudas deve-se realizar o replantio. O

plantio é realizado preferencialmente, nas horas mais frescas do dia.

A poda de condução é um trato cultural importante para a goiabeira,

visto que essa atividade tem como objetivo orientar a planta de modo a se

obterem ramos bem distribuídos, permitindo, assim, uma maior penetração da

luz solar e favorecer a ventilação no interior da copa. Isso garantirá um controle

fitossanitário mais eficiente. Goiabeiras destinadas principalmente à produção

de frutas para consumo in natura devem ser podadas, visando ao

escalonamento da produção. Sabe-se que a goiabeira responde bem à poda

de frutificação, pois, independentemente da época do ano, as flores surgem

somente nas brotações oriundas dos ramos maduros. (EMBRAPA, 2010)

Nos primeiros meses depois do transplantio das mudas, quando as

plantas ainda estão em fase de “pegamento” e as raízes podem ser

danificadas, recomenda-se fazer um coroamento manual ao redor das plantas,

utilizando-se, para isso, de uma enxada. A capina mecanizada pode ser

realizada com trator nas entrelinhas da cultura, impedindo que as plantas

Page 38: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

38

invasoras se desenvolvam e produzam sementes (COSTA; COSTA, 2003). A

utilização de herbicidas, também pode ser feita na cultura da goiaba.

(EMBRAPA, 2010)

A goiaba destinada ao consumo in natura deve apresentar uniformidade,

no que diz respeito ao tamanho, à coloração da casca, à firmeza, ao peso, etc.

Por essa razão, é aconselhável realizar o raleio de frutos quando ocorrer

frutificação excessiva. O número de frutos deixados por planta após o raleio

influi diretamente no tamanho e no peso final deles. Outra medida importante,

que também faz parte do raleio, é a eliminação dos frutos danificados

fisicamente ou que apresentem sinais de ataque de pragas e doenças.

Portanto, só devem permanecer na planta os frutos com boa aparência, sem

defeitos, capazes de assegurar o padrão de qualidade requerido pelo mercado

consumidor. (EMBRAPA, 2010)

Apesar de ser considerada uma planta que tolera a seca, a goiabeira,

quando irrigada, apresenta aumento significativo da produtividade. A irrigação,

aliada a outras técnicas de manejo, proporciona a colheita de duas safras

anuais, sendo possível, também, ajustar a época da colheita de acordo com os

períodos de maior demanda de mercado. A prática da irrigação consiste no

fornecimento de água às culturas, de maneira adequada e em quantidade

suficiente para atender às necessidades hídricas das plantas, em suas

diferentes fases de desenvolvimento. De modo geral, a cultura da goiaba

adapta-se a diversos sistemas de irrigação, mas a irrigação localizada facilita o

manejo de água. (EMBRAPA, 2010)

Os procedimentos adotados na colheita variam conforme o mercado de

destino. Para o mercado de fruta fresca, o manuseio durante a colheita deve

ser particularmente cuidadoso, para evitar danos aos frutos. As goiabas devem

ser acondicionadas em caixas de plástico de 20 kg ou em outro recipiente que

assegure proteção e sanidade, devendo ser mantidas à sombra até o momento

do transporte para o galpão de embalagem ou a empacotadora. Cuidados

também devem ser tomados durante o transporte, que deve ser feito em baixa

velocidade e por estradas bem pavimentadas. Os cuidados devem se estender

às operações realizadas no local de embalagem. (EMBRAPA, 2010)

A goiaba é uma fruta de alta perecibilidade, necessitando de um manejo

pós- colheita que possa atrasar os processos de senescência. Para conseguir

Page 39: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

39

um alto rendimento nas operações de pós-colheita, o local onde a goiaba será

embalada deverá ser dimensionado conforme o volume de frutas colhido

diariamente, o número de funcionários envolvidos nas diferentes atividades e a

movimentação das frutas antes e depois do processamento. O Transporte

Interno da produção de Goiaba é realizado através de maquinários.

(EMBRAPA, 2010)

Segundo a EMBRAPA (2010), a média histórica de produção irrigada de

goiaba está acima de 120 kg/ planta/ano. A produtividade média da goiabeira

com irrigação no nordeste no primeiro ano é de 0 t/ha, é de 7 t/ha no segundo

ano, 12 t/ha no 3º ano, 20 t/ha no 4º ano e 26 t/ha no 5º ano e com

produtividade média de 30 t/ha a partir do sexto ano (EMBRAPA, 2010)

A maioria das unidades produtivas possui pelo menos um trabalhador

permanente, e todas as unidades contratam trabalhadores temporários para as

atividades que demandam muita mão de obra, como capina, poda, desbrota e

colheita. Com relação às atividades mecanizadas, todas são executadas pela

locação de máquinas e implementos. O projeto de investimento, por ser uma

atividade de risco, é necessário possuir assistência técnica através de um

Engenheiro Agrônomo para buscar a máxima eficiência produtiva. O Custo de

oportunidade do uso da terra deve ser considerado para fins de custo

operacional total.

2.2.3 A cultura da Manga

A mangueira é uma dicotiledônea pertencente à família Anacardiaceae,

gênero Mangifera, espécie Mangifera indica L., originária da Ásia Meridional e

do Arquipélago Indiano, onde é cultivada há mais de 4.000 anos. Sua

introdução no Brasil deveu-se aos portugueses, que no século XVI

transportaram da África as primeiras plantas dessa espécie e implantaram na

cidade do Rio de Janeiro, difundindo-se a partir daí por todo o país (SIMÃO,

1998).

O Brasil é um dos maiores produtores de frutas do mundo, sendo a

mangueira uma das frutíferas mais cultivadas (Anu. Bras. Frut., 2014). Em

2013, a manga foi a segunda fruta in natura mais exportada pelo Brasil e a que

Page 40: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

40

gerou a maior receita, cerca de 147,5 milhões de dólares (Anu. Bras. Frut.,

2014).

É na região Nordeste do Brasil onde está a maioria dos pomares

comerciais de mangueira, com destaque para o Vale do São Francisco

(Pernambuco), Vale do Parnaiba (Piauí), Vale do Jaguaribe (Ceará) e o Polo

Açu-Mossoró (Rio Grande do Norte) (IBGE, 2014).

A manga possui grande aceitação no mercado, pois além de ser rica em

vitaminas A, B e C, possui quantidade significativa de sais minerais, como

cálcio, ferro, potássio, cobre e magnésio (BRAZILIAN FRUIT, 2015).

Atualmente é cultivado um grande número de variedades, no entanto, a

“Tommy Atkins” é mais produzida com maior participação no volume

comercializado, tanto no Brasil quanto no mundo, devido principalmente a sua

coloração intensa, produções elevadas e resistência ao transporte a longas

distâncias (EMBRAPA, 2008a), enquanto a “Haden” ocupa o 2º lugar na

produção interna (HARADA et al., 2008). A cultivar tommy Atkins pode ser

visualizada a seguir, através da figura 7.

Figura 7. Mangueira (Mangifera indica L. cv. tommy atkins.) com fruto.

Fonte Jardim exótico, 2015.

O Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking mundial de produção de frutas

segundo a FAO (2013), a região nordeste é uma das responsáveis por grande

parte dessa produção, isso se deve às características de clima e irrigação,

além de sua localização, que favorece o transporte de frutos para a América do

Norte e Europa, deixando os custos de exportação menores (XAVIER et al.,

2009)

Page 41: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

41

No tocante a produção de manga, especificamente, o Brasil ocupa um

lugar importante em âmbito mundial. A produção brasileira de manga em 2018

foi de 1.319.296 toneladas em uma área de plantio de 76.568 hectares (IBGE,

2018; FAO, 2015). A região Nordeste lidera a produção com 76,30% deste

total, com uma produção de 1.006.580 toneladas da fruta.

No Nordeste brasileiro, a manga é cultivada em todos os estados, em

particular nas áreas irrigadas da região semiárida, que apresentam excelentes

condições para o desenvolvimento da cultura e obtenção de elevada

produtividade e qualidade de frutos. (ANUÁRIO BRASILEIRO DE

FRUTICULTURA, 2013).

A Tabela 2 apresenta a produção de goiaba em alguns estados

brasileiros, incluindo o Rio Grande do Norte. Os estados de Pernambuco e

Bahia são os maiores produtores nacionais, somando juntos 66,3% de toda a

produção do país. O Rio Grande do Norte aparece na 5ª posição nacional e na

3ª posição do Nordeste com aproximadamente 44.066 toneladas produzidas.

(SIDRA/IBGE, 2017)

Tabela 2. Produção Nacional e Municipal de Manga em 2017.

Posição Brasil e Unidade da Federação Quantidade produzida (Toneladas)

1º Brasil 1319296

2º Pernambuco 496937

3º Bahia 378362

4º São Paulo 202328

5º Minas Gerais 83165

6º Rio Grande do Norte 44066

7º Ceará 42253

Fonte: (Adaptado de IBGE, 2018)

A variedade Tommy Atkins originou-se na Flórida, EUA, na década de

1920. Produz fruto com peso médio de 460 g, casca espessa e formato oval.

Apresenta coloração da polpa laranja-amarela e casca vermelho-púrpura

intensa. A polpa é firme, suculenta, com teor médio de fibra. A polpa é rica em

vitaminas A e C. Possuem, ainda, em sua composição niacina e 19 tiamina,

duas vitaminas do complexo B e sais minerais como fósforo segundo Centro de

Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA, 2015).

Page 42: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

42

Frutos de tamanho médio a grande (atingindo de 400 a 600 gramas),

apresentando uma casca grossa, lisa e coloração do fruto atraente (laranja-

amarela coberta com vermelho e purpura intensa), com teor de fibra médio,

atingindo 17 ºBrix (Figura 8). Resistente ao manuseio e antracnose, porém

muitos sensível ao colapso interno e malformação floral, apresenta alta

produtividade e boa vida de prateleira, muito apreciada pelo mercado

americano e asiático (FONSECA et al., 2006). A produção dessa variedade

ocorre entre os meses de agosto a outubro para exportação e leva em torno de

150 dias após a floração.

Figura 8. Manga da espécie Mangifera indica L. cv. tommy atkins.

Fonte: Frutos da Horta, 2018.

A Tommy Atkins é a variedade mais produzida e a que possui a maior

participação no volume comercializado no mundo, devido principalmente a sua

coloração intensa, produções elevadas e resistência ao transporte a longas

distâncias, assim esta variedade possui excelente rendimento industrial por

reduzir sensivelmente os custos de processamento durante o preparo, com

consequente redução nos custos de produção (COSTA e SANTOS, 2004;

BENEVIDES, et al., 2008).

Sistema de Produção do Projeto

Dentro dos insumos necessários para a implantação da cultura da

Acerola está a aquisição de mudas, em que as mudas serão necessárias para

formar o estande do pomar. Faz-se importante o acréscimo de 10% o total de

Page 43: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

43

mudas para realizar o replantio, caso necessário, visto que as plantas podem

não se adaptar ao novo local de cultivo.

Embora essa espécie se desenvolva e produza bem numa considerável

amplitude de pH., as variedades melhoradas, como é o caso da cultivar

utilizada nesse projeto, requerem disponibilidade elevada de Ca (cálcio), para

aumentar a produção e melhorar a qualidade do fruto. Com isso é necessário a

realização de Calagem, utilizando Calcário Dolomitico Tipo B com um PRNT de

60-75%. Considerando a elevada exigência da mangueira em Ca, recomenda-

se associar a calagem à aplicação de gesso. O gesso agrícola é uma excelente

fonte de Ca para as plantas e essa recomendação visa melhorar a qualidade

dos frutos, reduzindo a incidência de colapso interno. A quantidade de gesso a

ser aplicada deve ser definida associada à quantidade de calcário, estimada

assim entre 0,5 t/ha e 2,5 t/ha. (EMBRAPA, 2006)

A fertilização é uma das práticas mais importantes para o aumento da

produtividade. Com isso deve-se realizar a correção de solo com fertilizantes

como a Uréia, o Superfosfato Simples e o Cloreto de Potássio, em que os

níveis de NPK sejam os adequados para a cultura. Além disso deve-se realizar

a aplicação de fertilizantes que ofereçam quantidades adequadas de

Micronutrientes. Em caso de adubações foliares, recomenda-se utilizar o

fertilizante fertamin e o Compact Zinco (EMBRAPA, 2006)

Adubação orgânica dos pomares de mangueira deve ser realizada para

elevar a qualidade da produção. Com isso, no sistema produtivo adotado nesse

projeto será utilizado o Esterco de Caprino.

Um dos principais problemas no cultivo da mangueira, para quase todas

as variedades, é a irregularidade na produção, com alternância (uma safra de

maior produção é seguida de uma safra de menor produção). A utilização de

reguladores (hormônios) vegetais na cultura permite o atendimento mais

racional da demanda, considerando-se épocas mais favoráveis do ponto de

vista comercial e fitossanitário, podendo também contribuir para controlar a

alternância de produção. (EMBRAPA, 2006) A indução floral é uma prática de

grande importância, pois propicia o aumento da produção e possibilita o

deslocamento de colheitas para períodos de entressafra, ocasionando maior

retorno econômico. O método convencional de indução do florescimento da

mangueira é mediante o uso do Paclobutrazol (PBZ) em regime de irrigação

Page 44: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

44

constante da planta. O Cultar será o produto comercial a ser usado como fonte

de Paclobutrazol, que é o princípio ativo responsável pela regulação do

crescimento vegetativo da mangueira.

As pragas e doenças constituem fatores limitantes à cultura da

mangueira. Dentre as pragas, as moscas-das-frutas são o principal problema, o

controle deve ser realizado através do triclorfon. O Tripes, o Ácaro e a Broca-

da-mangueira são outras pragas que devem ser controladas caso ataquem a

cultura, através do uso do inseticida Deltamethrin. O Sulfuramida é um eficiente

Formicida para o controle de formigas cortadeiras, uma das principais pragas

das culturas frutíferas. As Cochonilhas podem ser controladas através do

inseticida e acaricida natural (Abamectin). (EMBRAPA, 2006)

A antracnose é uma doença que causa grandes prejuízos na produção e

comercialização da manga. O seu controle através de fungicida Mancozeb é

importante para garantir a produtividade e manter a qualidade dos frutos, a

aplicação pode ser foliar ou através da imersão dos frutos em pós-colheita. O

controle da Verrugose ocorre de forma semelhante. (EMBRAPA, 2006)

O Kumulus DF é um Fungicida a base de Enxofre utilizado para tratar

preventivamente ou no início do ataque, para controlar o Oídio (Oidium

mangiferae). (EMBRAPA, 2006) O controle da Seca-da-mangueira, Morte-

descendente, Mancha angular e de alternária, embonecamento, além das

Podridões-pedunculares podem ser controladas através do s fungicidas à base

de Oxicloreto de cobre e do Cercobin, visando garantir a produtividade e

manter a qualidade dos frutos.

A utilização de espalhante adesivo é importante para uma melhor

eficiência de aplicação de produtos fitossanitários e fertilizantes líquidos.

As mudas após o plantio são tutoradas e amarradas com fitilho, com o

objetivo de aumentar a sustentação mecânica das plantas, em função da ação

danosa do vento.

As práticas culturais, realizadas na cultura da mangueira, têm a

finalidade de fornecer condições favoráveis ao desenvolvimento das plantas,

resultando em aumento de produtividade e melhor qualidade do fruto.

Constituem os principais tratos culturais: manejo de mato, irrigação, adubação

de manutenção, podas e indução floral. Durante a formação do pomar,

recomenda-se manter a faixa de plantio livre de mato. Para tanto, efetua-se o

Page 45: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

45

coroamento das plantas e/ou as capinas nas faixas de plantio, que podem ser

manuais e mecânicas, além do uso de produtos químicos, uso de herbicida

Paraquat pode ser eficiente nesse controle. (EMBRAPA, 2006)

As podas são importantes para a formação da planta, como também

para proporcionar o equilíbrio entre as raízes e a parte aérea, regularizando

seu vigor, florescimento e produção. Também proporcionam a manutenção do

porte e do bom estado sanitário da planta, além de frutos de melhor qualidade.

Entre as podas mais importantes, estão as de formação e de produção

(limpeza, levantamento de copa, lateral, topo e abertura central). As podas de

formação consistem em aproximadamente 4 a 5 operações, para formar uma

planta estruturalmente bem conformada, capaz de sustentar boas cargas de

frutos. (EMBRAPA, 2006)

Na cultura da mangueira, vários métodos de irrigação podem ser

utilizados. A micro-aspersão e o gotejamento parecem ser os melhores, por

serem eficientes, permitirem a fertirrigação (isto é, fertilizantes incorporados à

água de irrigação) e não aumentarem o risco de ocorrência de doenças.

(EMBRAPA, 2006)

Os frutos são colhidos completamente desenvolvidos ou “de vez”, a fim

de chegar ao mercado consumidor em bom estado de conservação e de

maturação. A colheita deve ser feita à mão, cortando-se o pedúnculo com uma

tesoura de poda. No caso de plantas altas, usa-se uma vara, com uma sacola

presa em sua extremidade. (EMBRAPA, 2006)

A cultura da Manga apresenta produção à partir do terceiro ano.

Segundo a (EMBRAPA, 2006), em um pomar bem conduzido, obtêm-se, de

uma planta adulta, de 500 a 700 frutos/ hectare/ano. A produtividade média da

Mangueira com irrigação no Nordeste brasileiro, é de 0 t/ha no primeiro ano, 0

t/ha no segundo ano, 3 t/ha no 3º ano, 6 t/ha no 4º ano e 18 t/ha no 5º ano e

com produtividade média de 26 t/ha a partir do sexto ano (EMBRAPA, 2006)

A maioria das unidades produtivas possui pelo menos um trabalhador

permanente, e todas as unidades contratam trabalhadores temporários para as

atividades que demandam muita mão de obra, como capina, poda, desbrota e

colheita. Com relação às atividades mecanizadas, todas são executadas pela

locação de máquinas e implementos. O projeto de investimento, por ser uma

atividade de risco, é necessário possuir assistência técnica através de um

Page 46: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

46

Engenheiro Agrônomo para buscar a máxima eficiência produtiva. O Custo de

oportunidade do uso da terra deve ser considerado para fins de custo

operacional total.

2.3 Análise de Viabilidade Econômico-Financeira

Analisar a viabilidade econômico-financeira de um projeto de

investimento agrícola significa estimar custos e receitas, e posteriormente

analisar as perspectivas de desempenho financeiro das culturas agrícolas

trabalhadas no projeto. Essa análise irá contribuir na escolha do projeto de

investimento a ser executado por parte dos stakeholders, pois se adota como

base para a tomada de decisão a análise da viabilidade econômico-financeira

do projeto. (Rodrigues, K. F. de C., & Rozenfeld, H., 2013)

O principal elemento que justifica a existência de uma organização é a

geração de lucro. Para os investidores, porém, não basta que o projeto tenha

um resultado positivo, para este ser atrativo é preciso que a quantidade de

lucro gerado, o retorno do projeto, seja melhor do que aquele que a empresa

poderia obter com outros investimentos, por exemplo, aplicando no mercado

financeiro. Portanto, a essência da análise econômico-financeira é medir o

retorno do projeto de maneira comparável com outros investimentos.

A análise econômica requer a realização de estimativas dos valores que

serão aplicados na implantação, operação e manutenção dos materiais e

equipamentos, bem como as receitas produzidas em determinado período de

tempo para assim montar o fluxo de caixa em anos e após determinar

resultados alcançados pelo empreendimento, comparar com as demais

alternativas de investimento, que necessariamente deverão ser as de maior

segurança e liquidez, como os fundos de renda fixa, para finalmente se concluir

sobre a viabilidade do projeto.

2.3.1 Fluxo de caixa em projetos de investimentos

O primeiro passo para a realização da análise de viabilidade econômico-

financeira de projetos é a montagem do fluxo de caixa, isto é, a definição do

fluxo de entradas e saídas de dinheiro durante o ciclo de vida planejado para o

projeto. O fluxo de caixa utiliza de vários formatos de conhecimentos, e seus

Page 47: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

47

resultados econômico-financeiros auxiliam na tomada de decisão. Esses

resultados podem ser obtidos por meio da utilização de métodos de avaliação

de investimentos, que por sua vez, necessitam da utilização de procedimentos

específicos para auxiliarem no processo de tomada de decisão. (Rodrigues, K.

F. de C., & Rozenfeld, H., 2013)

Frezatti (2008, p.73) define esse método como sendo o método que tem

como característica a identificação dos fluxos de caixa do projeto. Ou seja,

esse método decorre das entradas e saídas de caixa, ocorridas no fato de o

projeto ser executado. Uma representação de um fluxo de caixa pode ser visto

a seguir, através da figura 9.

Figura 9. Exemplo de Fluxo de Caixa.

Fonte: Portal de conhecimentos, 2013

2.3.1.1 Critérios para tomada de decisão

A análise econômico-financeira é importante para a tomada de decisão

em investimentos. O instrumento usado para essa tomada de decisão é

baseado na matemática financeira. Os métodos tradicionais para realizar a

análise de viabilidade econômico-financeira consistem em calcular indicadores,

baseados no fluxo de caixa descontado tradicional, como por exemplo, o

Payback, a Taxa Interna de Retorno (TIR), o Índice de Lucratividade (IL) e o

Valor Presente Liquido (VPL).

É utilizada como referência a taxa mínima de atratividade (TMA), que

serve como parâmetro para a aceitação ou rejeição de um determinado projeto

de investimento, o mínimo a ser alcançado pelo investimento para que ele seja

economicamente viável (REBELATTO, 2004).

Page 48: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

48

2.3.1.2 Elementos do fluxo de caixa

Os elementos que compõem o fluxo de caixa são os custos de produção

e as receitas obtidas. Inicialmente para estimar os custos de produção,

elencam-se todos os elementos de custo através de uma planilha.

Custos de produção

Os custos de produção são os valores gastos diretamente e

indiretamente relacionados ao processo produtivo de um produto, incluindo a

sua comercialização. Os principais custos são os seguintes:

Insumos, Plantio, Mão-de-obra, Consumo de energia elétrica, Sistema

de irrigação, Colheita, Tratos Culturais e custos administrativos.

Na caracterização dos custos, consideraram-se os valores unitários, por

hectare, na implantação de um pomar, visando a venda de frutos in natura.

Para estimar a produtividade média, e consequentemente calcular a

rentabilidade do pomar, considerou-se os levantamentos técnicos de produção

média de frutos.

Receitas

A receita corresponde a estimativa de venda de produtos e subprodutos

gerados pela produção. Para o cálculo dessa estimativa, é preciso estimar o

valor da demanda dos produtos, em seguida, multiplicá-lo pelo preço final

estimado. Fatores como o preço final e demanda dos produtos influenciam

nessa estimativa.

Preço final do produto: Esse valor vai depender do mercado e do tipo

de competição existente nesse mercado, no qual se deseja vender o

produto, do produto produzido, e do lucro esperado pelo fabricante

(dependendo do produto o preço é totalmente determinado pelo

mercado).

Demanda dos produtos: Esse valor vai depender do produto, do

mercado e da fatia de mercado que esse produto almeja atingir, do

Page 49: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

49

preço de venda, da análise locacional e de mercado. Existem métodos

qualitativos e quantitativos para previsão de demanda. Uma visão básica

desses métodos pode ser obtida nessa dissertação de mestrado, que

visa selecionar qual o método mais apropriado de previsão de demanda.

Taxa mínima de atratividade (TMA) e intervalo para o cálculo do

Fluxo de Caixa

O intervalo para o cálculo do Fluxo de Caixa depende da duração do

ciclo de vida do projeto. O horizonte de trabalho deste estudo foi de 20 anos,

considerando que, após esse tempo, haveria desgaste das lavouras.

A taxa mínima de atratividade que é representada em percentual deve

ser no mínimo equivalente ou superior à rentabilidade obtida em aplicações de

menor risco de investimento, aqui, por tanto aplicamos a (TMA) como 12% ao

ano. Atingida a taxa média de atratividade o investidor deverá observar que

quanto maior o VPL mais interessante é o projeto, pois significa que as

entradas são maiores que as saídas.

2.3.2 Métodos utilizados para análise

Neste trabalho, a análise será voltada para os critérios financeiros e de

risco como a rentabilidade do investimento. Nessa análise serão utilizados os

seguintes instrumentais: prazo de recuperação (payback), taxa interna de

retorno (TIR), valor presente líquido (VPL). Dependendo da situação os

métodos se complementarão, deixando a análise mais robusta

O quadro 1 apresenta a descrição, de forma resumida, dos métodos a

serem utilizados para análise econômico-financeira e de risco do estudo. Em

seguida, nos próximos tópicos, serão detalhados todos os métodos de análise

apresentados, embasando o estudo realizado.

Page 50: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

50

Quadro 1. Descrição dos métodos de análise econômico-financeira e de risco

Método Descrição

Valor Presente Líquido

Reflete a riqueza em valores monetários do investimento, medida pela diferença entre o valor presente das entradas de caixa e o valor presente

das saídas de caixa, a uma determinada taxa, frequentemente chamada de taxa de desconto, custo de oportunidade ou TMA (REBELATTO, 2004).

Payback

Corresponde ao período no qual os resultados líquidos acumulados da operação do empreendimento equivalem ao investimento. Período de recuperação descontado: período no qual os resultados líquidos da

operação do empreendimento, descontados a uma determinada taxa, equivalem financeiramente ao investimento

Taxa Interna de Retorno

Corresponde a taxa de desconto que iguala o valor presente líquido (VPL) de uma oportunidade de investimento a R$ 0,00 porque o valor presente das entradas de caixa se iguala ao investimento inicial (GITMAN, 2007).

Análise de Sensibilidade

Tem como objetivo utilizar diversos valores possíveis de uma variável (preço, volume de vendas, taxa de atratividade, dentre outros), como as

entradas de caixa, para avaliar o seu impacto sobre o retorno de um ativo, que pode ser medido pelo VPL ou outros indicadores (GITMAN, 2007).

Elaboração de Cenários

A construção de cenários é uma ferramenta utilizada para ordenar a percepção de alternativas para o ambiente futuro, já que as decisões de

hoje nela terão efeito. (Ribeiro, 2010)

Fonte: Elaboração Própria (2019)

2.3.2.1 Valor Presente Líquido (VPL)

O método do VPL consiste em trazer as entradas e saídas de capital

estimadas no fluxo de caixa do projeto para o tempo presente do investimento,

descontada a taxa de juros, denominada Taxa Mínima de Atratividade (TMA).

O VPL reflete a riqueza em valores monetários do investimento (figura 10),

medida pela diferença entre o valor presente das entradas de caixa e o valor

presente das saídas de caixa, a uma determinada taxa de desconto

(REBELATTO, 2004).

Através do VPL, é possível verificar se o projeto consegue recuperar o

valor investido, além de preservar a rentabilidade do capital através da TMA.

Figura 10. O conceito do valor presente líquido.

Fonte: Análise Financeira de Investimentos, 2010

Page 51: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

51

O VPL é dado por:

(1)

Em que, FC é o fluxo de caixa por período; t, o período de tempo (anos

ou meses); n, o tempo total do projeto (anos ou meses); e i, a taxa mínima de

atratividade (TMA).

Critérios de Avaliação:

O Valor Presente Líquido de um projeto de investimento possui as

seguintes possibilidades de resultado:

Maior do que zero: Significa que o investimento é economicamente

atrativo, pois o valor presente das entradas de caixa é maior do que o

valor presente das saídas de caixa.

Igual a zero: O investimento é indiferente, pois o valor presente das

entradas de caixa é igual ao valor presente das saídas de caixa.

Menor do que zero: indica que o investimento não é economicamente

atrativo porque o valor presente das entradas de caixa é menor do que o

valor presente das saídas de caixa.

Entre vários projetos, o mais atrativo é aquele que tem maior VPL. No

entanto, não se pode utilizar somente este indicador para se avaliar um projeto,

pois se o valor for positivo e baixo para um projeto de longa duração, pode

acontecer que durante muito tempo o fluxo de caixa fica negativo para se

recuperar o investimento. Além disso, em projetos com incertezas, não se sabe

se esses valores poderão ser garantidos ou não. Assim, sempre se utiliza uma

combinação de indicadores para se tomar uma decisão.

(RODRIGUES; ROZENFELD, 2013)

O VPL é um método que fornece uma boa noção do montante que será

obtido com o projeto, isto é, o valor que será captado, porém, ele não permite

Page 52: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

52

uma comparação fácil com outros investimentos. (RODRIGUES; ROZENFELD,

2013)

2.3.2.2 Taxa Interna de Retorno (TIR)

A TIR é calculada utilizando-se a mesma fórmula descrita

anteriormente, porém igualando-se o VPL a zero e utilizando a TIR como

incógnita de taxa de conversão. Pode ser definida como a taxa de desconto

que iguala o valor presente líquido (VPL) de uma oportunidade de investimento

a R$ 0,00 porque o valor presente das entradas de caixa se iguala ao

investimento inicial.

É a taxa composta de retorno anual que a empresa obteria se

concretizasse o projeto e recebesse as entradas de caixa previstas (GITMAN,

2007). A Figura 11 apresenta o conceito da TIR.

Figura 11. O conceito da Taxa Interna de Retorno.

Fonte: Scielo, 2012.

A TIR é dada por:

(2) Em que, TIR é a Taxa interna de retorno do projeto; FCj: Fluxo de caixa

no momento i, e; n, o tempo total do projeto (anos ou meses);

Page 53: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

53

Quando a TIR é maior que a taxa de desconto utilizada no projeto, diz-se

que o projeto é economicamente viável. Posteriormente a TIR é comparado

com a TMA da empresa para verificar o desempenho do projeto, podendo ser:

Maior do que a TMA: Significa que o investimento é economicamente

atrativo.

Igual à TMA: O investimento está economicamente numa situação de

indiferença.

Menor do que a TMA: O investimento não é economicamente atrativo,

pois seu retorno é superado pelo retorno de um investimento sem risco.

Entre vários investimentos, o melhor será aquele que tiver a maior TIR.

Como a TIR é uma taxa a ser comparada com uma taxa existente, fica mais

fácil e é mais sensível para o usuário utilizar este indicador. A TIR apresenta

como desvantagem o fato de que não pode ser calculada para fluxos de caixa

não convencionais que apresentem mais de uma inversão de sinal. O método

da TIR nem sempre resulta em um único valor para a taxa. Para um fluxo de

caixa definido como convencional, em que existe somente uma inversão de

sinal, há somente uma taxa interna de retorno. Contudo, fluxos de caixa não

tradicionais, em que existem, por exemplo, mais de uma inversão do sinal,

podem apresentar múltiplas TIRs, ou até mesmo, há situações, em que esta

não pode ser calculada (NETO, 1996, p.6).

Esse aspecto é grande vantagem da informação obtida na TIR, que

fornece um valor facilmente comparável.

2.3.2.3 Método do Payback

Por meio da avaliação utilizando o método payback, a administração da

empresa, com base em seus padrões de tempo para recuperação do

investimento, no tempo de vida esperado do ativo, nos riscos associados e em

sua posição financeira, decide pela aceitação ou rejeição do projeto.

Corresponde ao prazo necessário para que o valor atual dos reembolsos

(retorno de capital) se iguale ao desembolso com o investimento efetuado,

visando à restituição do capital aplicado (REBELATTO, 2004). Ou seja, quanto

tempo um investimento demora a ser ressarcido. O cálculo do payback simples

ignora a taxa de desconto, ou seja, o valor do dinheiro no tempo, já o método

Page 54: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

54

do payback descontado, considera a taxa de juros para realizar o cálculo do

período gasto (BRUNI; FAMÁ; SIQUEIRA, 1998; MARQUEZAN; BRONDONI,

2006).

O Período de Payback é calculado por:

(3)

Critérios de Avaliação:

Período de payback < período máximo aceitável de recuperação =

aceita o projeto

Período de payback > período máximo aceitável de recuperação =

rejeita o projeto

A forma mais fácil de calculá-lo é simplesmente acumulando as entradas

e saídas e determinando o período em que houve a transição de um valor

positivo para negativo, ou seja, o momento em que tudo o que foi investido é

recuperado. No entanto, este método não considera o valor do dinheiro no

tempo. Além disso, pode acontecer que o período de payback ocorra no final

do ciclo de vida do pro, não permitindo assim que se tenha um ganho maior

com o projeto. Do que adianta um projeto que recupera o investimento no final

do ciclo de vida, com todos os riscos inerentes a investir em desenvolvimento

de produtos?

2.3.3 Métodos utilizados para análise de risco

Análise de Sensibilidade

A análise de sensibilidade avalia o impacto da alteração de uma variável

nos resultados do projeto, sendo a forma mais simples de análise de risco

(RABECHINI, 2012). Na prática, esta análise deve ser feita para as variáveis

que apresentam maior impacto nos custos, prazos ou outros resultados do

projeto, ou seja, aquelas às quais o projeto é mais sensível.

Esta ferramenta permite uma análise mais realista do projeto,

evidenciando os intervalos de valores que as variáveis podem assumir e

Page 55: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

55

mostrando a importância relativa de cada uma. Por outro lado, esta análise não

incorpora a probabilidade de ocorrência de cada valor dentro do intervalo5 e,

em geral, cada variável é analisada de forma individual, dificultando a

visualização de relações de interdependência. Dessa forma, é uma técnica

indicada para projetos simples, com poucas alternativas de implementação e

poucos fatores de risco não-relacionados.

Considerando uma taxa de juro variável. O risco associado com a

variabilidade do custo de capital pode ser analisada a partir de uma análise de

sensibilidade do valor do VPL, em função da receita e dos custos.

Elaboração de Cenários

A utilização de cenários permite analisar o movimento conjunto das

variáveis sob situações distintas, incorporando as probabilidades de ocorrência.

Na prática esta análise é normalmente utilizada para a avaliação dos projetos

nas condições esperadas (caso base) e em alguns cenários específicos sob os

quais se deseja estimar o impacto nos resultados (otimista, pessimista, pior

caso, etc.). A vantagem da utilização de cenários é que ela permite a análise

de combinações consistentes de variáveis, aproximando-se mais da realidade,

onde os analistas normalmente preferem definir valores esperados em uma

determinada situação a trabalharem com valores máximos e mínimos

absolutos. Em contrapartida, a análise fica geralmente limitada a alguns poucos

cenários plausíveis e, dessa forma, também é indicada para projetos simples,

com poucos fatores de risco relacionados.

É necessário considerar os riscos da atividade, principalmente os

relacionados à variação de preços nas variáveis de interesse e de maior

impacto sobre a estrutura de custo e sobre a receita do projeto, a fim de

determinar a alternativa que possui maior mérito, ou seja, em que o risco de

variação dessas variáveis não comprometa a rentabilidade do projeto.

Baseando-se neste referencial teórico, propôs-se a metodologia do

estudo, cujas características são apresentadas a seguir:

Page 56: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

56

3. METODOLOGIA

3.1 TIPOLOGIA DA PESQUISA

Em função do tipo de pesquisa e considerando os diversos

procedimentos metodológicos utilizados, optou-se por realizar uma pesquisa de

acordo com a classificação apresentada por Vergara (2004), em que classifica

esta em relação a dois aspectos: quanto aos fins e quanto aos meios:

Quanto aos fins, a pesquisa é do tipo exploratória e descritiva.

Exploratória uma vez que, embora a região seja propícia para fruticultura

irrigada, não foi verificada a existência de estudos que abordassem os critérios

de análise de viabilidade de projetos de investimento agrícolas, sob o ponto de

vista que a pesquisa tem a intenção de abordar.

A investigação exploratória é realizada em áreas na qual há pouco

conhecimento acumulado e sistematizado. Por sua natureza de sondagem, não

comporta hipóteses que, todavia, não poderão surgir durante ou no final da

pesquisa (VERGARA, 2009). A pesquisa exploratória geralmente é composta

por um levantamento bibliográfico, entrevistas não padronizadas, análise de

documentos e estudos de caso.

A pesquisa será descritiva, no sentido de que visa descrever métodos e

procedimentos acerca da forma como é feita a análise de viabilidade de

projetos de investimentos em três culturas frutícolas que apresentam potencial

produtivo para a região em questão do estudo.

No que diz respeito aos meios de investigação, optamos pela pesquisa

de campo, que, também de acordo com Vergara, é: “investigação empírica

realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de

elementos para explicá-lo. Pode incluir entrevistas, aplicação de questionários,

testes e observação participante ou não” (Vergara 2009, p.43).

A pesquisa tem caráter bibliográfico, uma vez que utiliza livros, artigos

de jornais e revistas sobre o tema. “A pesquisa bibliográfica é o estudo

sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros,

revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em

geral”. (Vergara, 2005, p. 48).

Page 57: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

57

De forma semelhante, Gil (1999) considera a pesquisa exploratória

aquela que habitualmente envolve levantamento bibliográfico e documental,

entrevistas não-padronizadas e estudos de caso. Neste contexto, quanto aos

meios, a pesquisa é bibliográfica, documental e estudo de caso. Bibliográfica,

pois foi feito uso de material acessível ao público em geral, como livros, artigos,

revistas e conteúdos da internet. Documental, porque foram usados

documentos obtidos de órgãos públicos e produtores da região.

Segundo Lakatos e Marconi:

A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange

toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo,

desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros,

pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc., até meios

de comunicação oral: rádio, gravações em fita magnética e

audiovisuais: filmes e televisão. Sua finalidade é colocar o

pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou

filmado sobre determinado assunto, inclusive conferências seguidas

de debates que tenham sido transcritos por alguma forma, quer

publicadas, quer gravadas. (LAKATOS e MARCONI, 2010, p. 166)

3.2 ÁREA DE ESTUDO

Buscando definir de forma clara a abrangência da pesquisa sobre a

análise da viabilidade econômico-financeira e de da produção de Acerola,

Goiaba e Manga no município de Macaíba/RN.

Evidenciamos que este trabalho acontece na cidade que detém a 5°

maior população do estado do Rio Grande do Norte-RN, com 79.743 mil

habitantes. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE, 2018), Macaíba é um município brasileiro, situado no Estado do Rio

Grande do Norte, localizado às margens do rio Jundiaí, a 27 quilômetros da

capital estadual, Natal, integrante da região metropolitana (Figura 12). Segundo

dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o município está

distribuído ao longo de uma área territorial de 512,487 Km² e apresenta IDH de

0,64. IBGE (2018)

Page 58: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

58

Figura 12. Localização do município de Macaíba no RN (em vermelho)

Fonte: IBGE, 2018.

Segundo o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente

do Rio Grande do Norte (IDEMA), em Macaíba a vegetação predominante é a

Floresta Subcaducifólia, vegetação que se caracteriza pela queda das folhas

das árvores durante o período seco, mas na área urbana, nas margens do rio

Jundiaí, encontra-se a vegetação de manguezal, como sistema ecológico

costeiro tropical dominado por espécies vegetais de mangues e animais típicos,

aos quais se associam outras plantas e animais, adaptadas a um solo

periodicamente inundado pelas marés, com grande variação de salinidade.

(IDEMA, 2013).

O clima da região é classificado com Clima Tropical Chuvoso,

apresentando precipitação anual com média de 1070,7 mm, o período de

chuvas está concentrado entre os meses de março a Julho. A temperatura

média anual varia entre mínima de 21°C, média de 27,1°C e máxima de

32,0°C. A Umidade relativa do ar média anual é em torno de 76% e 2.700

horas de insolação média anual (IDEMA, 2013).

Os solos mais comuns da região são do tipo Podzólico-Vermelho-

Amarelo, com fertilidade natural baixa, textura média, relevo plano,

moderadamente drenados e profundos; e o Latossolo-vermelho-amarelo-

distrófico são de fertilidade natural baixa, textura média, relevo plano,

fortemente drenado, muito profundos e muito porosos. O seu uso está

relacionado com fruticultura, além de culturas como, milho, feijão e pastagens,

recomenda-se adubações parceladas e uso de irrigação. (IDEMA, 2013).

Page 59: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

59

3.3 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS

Como procedimentos de coleta de dados, para o estudo, além da

pesquisa bibliográfica, foram realizadas pesquisas de coleta de dados no local

de estudo, envolvendo publicações avulsas, consultas a profissionais que

atuam na área, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses,

material cartográfico e conteúdos publicados da internet.

3.3.1 Estimativa dos elementos de custo

Para a estimativa dos elementos de custos, foram feitas pesquisas de

mercado para identificação dos valores mínimos e máximos de cada insumo

encontrado na região, a consulta foi realizada diretamente em lojas do gênero,

sites e catálogos de preço. A pesquisa documental foi realizada com dados

obtidos através de técnicos em repartições públicas e produtores da região,

além de informações do Banco do Nordeste (BNB, 2019) e do Banco do Brasil

(2019). Assim, foram apresentadas estimativas de custos de implantação e o

custo operacional efetivo das culturas, assim como a receita estimada para as

culturas frutíferas. O custo de produção foi determinado considerando uma

área plantada de um hectare de área irrigada. Os principais dados estimar os

custos: coletados foram: preços dos insumos para o plantio da cultura; preço

das operações de preparo da área; Tratos culturais/fitossanitários; Colheita

(Colheita e transporte);

3.3.2 Estimativa dos elementos de receita

A respeito da receita estimada foram feitas pesquisas de mercado para

identificação dos valores de venda das frutas ao consumidor final e a partir

dessa informação, identificar o valor de venda dos produtores, além da cotação

de preços através de sites especializados na internet.

Os dados coletados para estimar a receita são o preço de vendas dos

produtos e a produtividade das culturas.

Page 60: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

60

3.4 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISES

Os métodos de análise de investimentos surgem como uma forma de,

traduzido para uma mesma base monetária, poder analisar o potencial de

agregação de valor do projeto. (Frezatti, 2008) Com isso, avaliando a

rentabilidade do projeto é possível verificar se realmente um investimento é

atrativo, além do que verificar qual projeto agrega maior valor.

A avaliação da análise econômico-financeira deste projeto foi feita

criando-se o fluxo de caixa com as estimativas iniciais de investimento e

retorno financeiro de cada uma as culturas frutíferas mencionadas. Os métodos

tradicionais calculam indicadores, baseados no fluxo de caixa descontado

tradicional, como por exemplo, o Valor Presente Liquido (VPL), a Taxa Interna

de Retorno (TIR), o Retorno sobre o investimento (ROI), o Indice de

lucratividade (IL), a relação beneficio/custo (B/C) e o payback. Geralmente é

utilizada como referência a Taxa Mínima de Atratividade (TMA), que serve

como parâmetro para a aceitação ou não de um determinado projeto de

investimento, ou seja, o mínimo a ser alcançado pelo projeto para que ele seja

economicamente viável (REBELATTO, 2004). O horizonte temporal para o

cálculo do Fluxo de Caixa foi de 20 anos.

Para análise dos dados uma Análise de Sensibilidade determinou o grau

de variação dos resultados e dos indicadores de viabilidade do projeto, face às

mudanças comumente ocorridas nas variáveis mais relevantes para a

determinação da análise da viabilidade econômico-financeira e de risco. Desta

forma, faz se mudanças no preço dos elementos de custo e de receita, tendo

em vista que variações ocorrem ao longo do tempo, com isso pode-se realizar

inferências a cerca do quão sensível é o VPL, a TIR e, ou o Payback em

função dessas variações.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

De acordo com os dados e as informações levantadas no presente

trabalho observou-se que é de grande importância a análise da viabilidade

econômica, no que diz respeito a produção de cultura frutíferas, como o caso

Page 61: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

61

do estudo realizado, pois as informações levantadas contribuem para um

posicionamento diante de que tipo de investimento seria viável ou não realizar.

Para possibilitar a estimativa dos indicadores financeiros do projeto, foi

elaborado o fluxo de caixa do sistema produtivo das três culturas frutíferas. Os

quadros 2, 4 e 5 apresentam os pacotes de trabalho e os elementos de custo

considerados para a produção de Acerola, Goiaba e Manga. Tentou-se

elaborar a planilha de custeio o mais próximo do sistema de produção

adequado, tendo em vista que poucos são os dados relacionados a viabilidade

financeira, bem como sistema de produção para as culturas em questão no

município

4.1 Análise de viabilidade econômico-financeira da Acerola

Para a realização do fluxo de caixa do projeto é necessário a realização

da estimativa dos custos de produção, os elementos de custo foram divididos

em pacotes de trabalho, de forma a possibilitar a elaboração da planilha de

custeio. O quadro 2 apresenta os pacotes de trabalho e seus elementos de

custo considerados. A partir desses elementos, o coeficiente técnico deste e o

valor unitário de cada elemento é possível a elaboração dos custos de

produção que pode ser visto no anexo 1 deste trabalho.

Page 62: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

62

Quadro 2. Elementos de custo para a produção de Acerola.

Insumos

. Mudas + 10%

. Calcário dolomitico Tipo B (PRNT 60-75%)

. Esterco Bovino (Adubo Orgânico)

. Uréia (45%N)

. Superfosfato simples (18% de P205)

. Cloreto de potássio (60% K2O)

. FTE-BR 12 – Micronutrientes

. Dipterex (Triclorfon) - Inseticida

. Fuguran (Oxicloreto de Cobre) – Fungicida

. Assist (Óleo Mineral) - Inseticida/Fungicida

. Sulfuramida – Formicida

. Extravon - Esp. Adesivo

. Tutor

. Fitilho plástico

. Tesouras de poda

Preparo do solo e plantio

. Aração (Trator pneus 50-70CV)

. Gradagem (Trator pneus 50-70CV)

. Calagem (Trator pneus 50-70CV)

. Marcação e coveamento

. Adubação em fundação

. Plantio e replantio

Tratos culturais/fitossanitários

. Roço mecanizado (Trator pneus 50-70CV)

. Coroamento

. Pulverização mecanizada (Trator pneus 50-70CV; Pulverizador cortina de ar 2000L)

. Irrigação/fertirrigação

. Poda de formação/limpeza

. Tutoramento

. Adubação em cobertura

Análises

. Análise de solo

. Análise foliar

Irrigação

. Equipamentos (Em dólares)

. Energia

Colheita e pós-colheita

. Colheita e Transporte interno da produção

. Caixa Plástica Agrícola – Hortifruti

Custo operacional efetivo (COE)

Custos administrativos

. 1 Funcionário fixo para 10 hectares

. Assistência técnica (Agrônomo)

. Encargos (Salário)

Depreciação

. Depreciação do sistema de irrigação

Outros

. Custo de Oportunidade do uso da terra

Custo Operacional total (COT)

COE + COT = Custo Total de Produção

Fonte: Elaboração Própria (2019)

À partir dos elementos de custo apresentados no quadro 2, o

detalhamento dos custos de produção anual de um hectare da cultura da

Acerola são apresentados no anexo 1 deste trabalho. Neste anexo são

apresentadas também as receitas estimadas para os seis primeiros anos de

produção.

O Custo Total da produção de Acerola com irrigação localizada no

primeiro ano foi de R$ R$ 21.033,68. Posteriormente, variou de R$ 18.895,63

(segundo ano) até R$ 26.592,18 (vigésimo ano). É importante ressaltar que o

Page 63: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

63

elevado custo de produção a partir o segundo ano se deve aos custos de

colheita, em que a demanda por colheita é alta para a cultura da Acerola.

O item de maior peso na produção de Acerola são os gastos com mão-

de-obra no processo de colheita, essa atividade corresponde a 48,00% do

custo operacional efetivo. O que corrobora com a elevação dos custos de

produção, devido ao aumento da produtividade com o passar do tempo.

O segundo item de maior participação nos custos de produção são os

gastos com tratos culturais/fitossanitários, essa atividade corresponde a

22,99%do custo operacional efetivo. Esses custos estão relacionados com a

elevada necessidade da cultura por atividades como podas e controle de

plantas daninhas.

A maioria das atividades desses pacotes de trabalho é realizada por

mão-de-obra o que mostra que a cultura tem uma alta capacidade de

empregabilidade e fixação do homem no campo.

Conforme se pode observar no anexo 1 deste trabalho, a respeito dos

valores de produtividade e suas respectivas receitas em cada ciclo produtivo, a

cultura da acerola apresenta produção à partir do segundo ano. Segundo

dados obtidos pela EMBRAPA (2010), a produtividade média do cultivo da

acerola com irrigação no nordeste no primeiro ano é de 0 t/ha, no segundo ano,

12 t/ha, no terceiro, 15 t/ha, no quarto ano e ano seguinte, 20 t/h e com

produtividade média de 25 t/ha a partir do sexto ano (EMBRAPA, 2010)

Dessa forma, tem-se uma produção crescente do ano 1 ao ano 5 e

posterior produção constante do ano 6 ao ano 20, contribuindo para o retorno

do investimento e geração de lucro do projeto.

Análise de Viabilidade Financeira do Projeto

A análise de viabilidade deste projeto parte-se do fluxo de caixa para

obter os resultados perante os índices do VPL, TIR e Payback. A tabela 3

apresenta os valores estimados do fluxo de caixa e o resultado do VPL, TIR e

Payback, utilizando-se uma TMA de 12% a.a..

Page 64: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

64

Tabela 3. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Acerola.

Períodos (anos)

Custos Receitas Receita líquida RL ajustada Fluxo de caixa

cumulativo

0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0

1 -R$ 21033,680 R$ ,0 -R$ 21033,680 -R$ 19121,527 -R$ 19121,53

2 -R$ 18895,630 R$ 15600,0 -R$ 3295,630 -R$ 2723,661 -R$ 21845,19

3 -R$ 20431,830 R$ 19500,0 -R$ 931,830 -R$ 700,097 -R$ 22545,28

4 -R$ 23692,180 R$ 26000,0 R$ 2307,820 R$ 1576,272 -R$ 20969,01

5 -R$ 24002,180 R$ 26000,0 R$ 1997,820 R$ 1240,489 -R$ 19728,52

6 -R$ 26592,180 R$ 32500,0 R$ 5907,820 R$ 3334,811 -R$ 16393,71

7 -R$ 26592,180 R$ 32500,0 R$ 5907,820 R$ 3031,646 -R$ 13362,07

8 -R$ 26592,180 R$ 32500,0 R$ 5907,820 R$ 2756,042 -R$ 10606,02

9 -R$ 26592,180 R$ 32500,0 R$ 5907,820 R$ 2505,493 -R$ 8100,53

10 -R$ 26592,180 R$ 32500,0 R$ 5907,820 R$ 2277,721 -R$ 5822,81

11 -R$ 26592,180 R$ 32500,0 R$ 5907,820 R$ 2070,655 -R$ 3752,16

12 -R$ 26592,180 R$ 32500,0 R$ 5907,820 R$ 1882,414 -R$ 1869,74

13 -R$ 26592,180 R$ 32500,0 R$ 5907,820 R$ 1711,285 -R$ 158,46

14 -R$ 26592,180 R$ 32500,0 R$ 5907,820 R$ 1555,714 R$ 1397,26

15 -R$ 26592,180 R$ 32500,0 R$ 5907,820 R$ 1414,285 R$ 2811,54

16 -R$ 26592,180 R$ 32500,0 R$ 5907,820 R$ 1285,714 R$ 4097,26

17 -R$ 26592,180 R$ 32500,0 R$ 5907,820 R$ 1168,831 R$ 5266,09

18 -R$ 26592,180 R$ 32500,0 R$ 5907,820 R$ 1062,573 R$ 6328,66

19 -R$ 26592,180 R$ 32500,0 R$ 5907,820 R$ 965,976 R$ 7294,64

20 -R$ 26592,180 R$ 32500,0 R$ 5907,820 R$ 878,160 R$ 8172,8

Total Total Total Total

-R$ 506938,190

R$ 574600,0

R$ 67661,81 R$ 8172,8

VPL R$ 8172,8

TIR 3,44%

Payback 14

TMA 12,00%

Fonte: Elaboração Própria (2019)

O fluxo de caixa permite uma visualização do desembolso anual e

previsão das receitas (tabela 3). Considerando a necessidade de desembolso,

o agricultor teria que dispor de aproximadamente R$ 21.033,680 por ha

plantado, que seria a soma dos gastos até o segundo ano, a partir do segundo

ano, inicia o período produtivo da cultura e o pomar começa a ter receita.

Na Tabela 3 são apresentados os valores obtidos de VPL, TIR e

Payback do projeto analisado. Os indicadores mostram que, dentro do

horizonte temporal pesquisado (20 anos) o Valor Presente Líquido VPL a uma

taxa de desconto de 12% a.a. no estudo foi de R$ 8172,8. A análise do projeto

por esse método apresenta como principal vantagem considerar o efeito tempo,

admite o reinvestimento dos fluxos líquidos intermediários à taxa que

representa o custo de oportunidade do capital investido. Dessa forma, esse

Page 65: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

65

valor indica que dentro do horizonte do projeto, o investimento foi totalmente

recuperado e ainda foi acrescido R$ 8172,8 ao patrimônio do empreendedor.

Gitman (2010) ressalta que quando se utiliza o VPL para tomar decisões de

aceitação ou rejeição de um projeto, caso o VPL seja maior que zero, aceita-se

o projeto, uma vez que um VPL positivo indica um retorno financeiro maior do

que o custo de seu capital. Nesse caso, o projeto desenvolvido seria aceito,

nas condições de custos e receitas utilizadas.

A Taxa Interna de Retorno TIR foi de 3,44%. Sua análise apresenta

como vantagem permitir comparar a rentabilidade das alternativas

apresentadas no projeto, ou até mesmo com de outras atividades, que sejam

elas produtivas, que ligadas ao mercado financeiro. Para Bischoff (2013), o

momento em que o saldo do projeto se torna maior ou igual a zero significa que

todo o capital investido foi recuperado acrescido da remuneração pela TMA.

Quando a TIR é maior que a taxa de desconto utilizada no projeto, diz-se que o

projeto é economicamente viável. Nesse caso, analisando a TIR e

comparando-a com a TMA, o projeto seria inviável, devido ao fato que o

investidor poderia escolher outro projeto de investimento que ultrapasse a taxa

mínima requerida. Dessa forma, cabe aos stakeholders do projeto, executar ou

não o projeto, sendo estes responsáveis pelo seu risco.

O Payback do projeto de investimento do cultivo da Acerola só ocorre ao

longo do 13º ciclo, quando o fluxo de caixa acumulado descontado torna-se

positivo. O que demonstra a lentidão do retorno do investimento, fazendo com

que o projeto tenha tendência à inviabilidade econômico-financeira, para

projetos de investimento na área da fruticultura irrigada.

Elaboração de Cenários e Análise de Sensibilidade

Para este trabalho, foram construídos cinco cenários (1 a 5), onde o

Cenário 1 significa muito otimista, o Cenário 2 - Pouco Otimista, o Cenário 3 –

Realista, o Cenário 4 - Pouco Pessimista e o Cenário 5 - Muito Pessimista. As

variáveis e seus significados podem ser vistas no Quadro 3.

Page 66: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

66

Quadro 3. Cenários construídos para os fatores de risco, ou seja, receitas e

custos.

Cenário Variáveis e seus significados

Cenário 1 - Muito Otimista

Previsão de receita maior em 20% e previsão de custo menor em 20%

Cenário 2 - Pouco Otimista

Previsão de receita maior em 10% e previsão de custo menor em 10%

Cenário 3 - Realista Previsão de receita habitual e previsão de custo habitual

Cenário 4 - Pouco Pessimista

Previsão de receita menor em 10% e previsão de custo maior em 10%

Cenário 5 - Muito Pessimista

Previsão de receita menor em 20% e previsão de custo maior em 20%

Fonte: Elaboração Própria (2019)

A utilização desses cenários permite analisar o movimento conjunto das

variáveis sob situações distintas, incorporando as probabilidades de ocorrência.

Tendo em vista que é necessário considerar os riscos da atividade,

principalmente os relacionados à variação de preços nas variáveis de interesse

e de maior impacto sobre a estrutura de custo e sobre a receita do projeto, a

fim de determinar a alternativa que possui maior mérito, ou seja, em que o risco

de variação dessas variáveis não comprometa a rentabilidade do projeto.

Assim é possível analisar de combinações consistentes de variáveis,

aproximando-se mais da realidade, onde os analistas normalmente preferem

definir valores esperados em uma determinada situação a trabalharem com

valores máximos e mínimos absolutos.

A seguir (gráfico 1) pode-se analisar a variação do VPL do projeto de

investimento da cultura da Acerola, em função dos 5 cenários elaborados.

Page 67: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

67

Gráfico 1. Análise de Sensibilidade da cultura da Acerola ao VPL.

Fonte: Elaboração Própria (2019)

Na análise de sensibilidade, buscou-se identificar as alterações em dois

indicadores de viabilidade do projeto (VPL e TIR), sob condições de riscos

inerentes à atividade, quando se realizam variações nas receitas obtidas com a

produção, além da variação nos custos de produção, visto que, os preços dos

frutos são fortemente influenciados por efeitos sazonais provocados por

excesso de produção ou queda na safra devido a fatores climáticos, além de

outros fatores determinantes como a participação no mercado e tamanho,

enquanto que os custos são alterados em função do valor do real Brasileiro,

custo de mão de obra, dentre outras.

Com os dados apresentados no gráfico 1, verificou-se que para o

cenário 1, em uma situação muito otimista de redução dos custos em 20% e

aumento das receitas em 20% encontrou-se um VPL correspondente à R$

92.512,54, para a Acerola.

Com isso, pode-se afirmar que a cultura da Acerola, segundo esse

estudo apresenta uma razoável opção de investimento agrícola, tendo

viabilidade nos cenários realistas e otimistas.

No gráfico 2 pode-se analisar a variação da Taxa Interna de Retorno do

projeto de investimento da cultura da acerola, em função dos cinco cenários

elaborados.

R$ 92512.54

R$ 50342.67

R$ 8172.80

-R$ 33997.08

-R$ 76166.95-R$ 90000.

-R$ 60000.

-R$ 30000.

R$ .

R$ 30000.

R$ 60000.

R$ 90000.

R$ 120000.

0 1 2 3 4 5 6

Val

or

Pre

sen

te L

íqu

ido

Cenário

Análise de Sensibilidade ao VPL

Page 68: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

68

Gráfico 2. Análise de Sensibilidade da cultura da Acerola à TIR.

Fonte: Elaboração Própria (2019)

Avaliando esses cenários, a cultura da Acerola se mostrou muito

sensível as variáveis, tendo em vista que apresentou grande variação da taxa

Interna de Retorno à medida que houve mudança de cenário. O que se pode

atribuir a exacerbada variação do preço de venda dos frutos, que ocorre em

função da sazonalidade da produção, além da elevada variação dos custos de

manutenção, principalmente em função dos custos com mão-de-obra

necessário para realizar atividades como colheita.

4.2 Análise de viabilidade econômico-financeira da Goiaba

Para a realização do fluxo de caixa do projeto é necessário a realização

da estimativa dos custos de produção, os elementos de custo foram divididos

em pacotes de trabalho, de forma a possibilitar a elaboração da planilha de

custeio. O quadro 4 apresenta os pacotes de trabalho e seus elementos de

custo considerados. A partir desses elementos, o coeficiente técnico deste e o

valor unitário de cada elemento é possível a elaboração dos custos de

produção que pode ser visto no anexo 2 deste trabalho.

39.59%

20.40%

3.44%

-11.06%

-23.40%

-40.00%

-30.00%

-20.00%

-10.00%

0.00%

10.00%

20.00%

30.00%

40.00%

50.00%

0 1 2 3 4 5

Taxa

Inte

rna

de

Re

torn

o

Cenário

Análise de Sensibilidade a TIR

Page 69: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

69

Quadro 4. Elementos de custo para a produção de Goiaba

Insumos

. Mudas + 10%

. Calcário dolomitico Tipo B (PRNT 60-75%)

. Esterco Bovino (Adubo Orgânico)

. Uréia

. Superfosfato simples (18% de P205), 18 a 20% de cálcio e 10 a 12% de enxofre

. Cloreto de potássio (KCl): 60 % de K20

. Fertamin – Micronutrientes

. Sulfuramida - Formicida

. Decis 25 CE (Deltamethrin) – Inseticida

. Cupravit Azul (Oxicloreto de cobre) – Fungicida

. Dithane PM (Mancozeb) – Fungicida

. Kocide (Hidróxido de cobre) – Fungicida

. Gramoxone 200 SC (Paraquat) – Herbicida

. Nimitz EC (Fluensulfona) – Nematicida

. Extravon - Esp. Adesivo

. Tutor

. Fitilho plástico

. Tesouras de poda

Preparo do solo e plantio

. Aração (Trator pneus 50-70CV)

. Gradagem (Trator pneus 50-70CV)

. Marcação e coveamento

. Transporte interno de insumos

. Adubação em fundação

. Plantio e replantio

Tratos culturais/fitossanitários

. Capinas mecanizadas (Trator pneus 50-70CV)

. Coroamento

. Poda de condução/produção

. Desbaste/Raleio

. Pulverização mecanizada (Trator pneus 50-70CV; Pulverizador cortina de ar

2000L)

. Tutoramento

. Irrigação/fertirrigação

. Adubação em cobertura

Análises

. Análise de solo

. Análise foliar

Irrigação

. Equipamentos (Em dolares)

. Energia

Colheita e pós colheita

. Colheita manual

. Caixa Plástica Agrícola – Hortifruti

. Transporte interno

Custo operacional efetivo (COE)

Custos administrativos

. 1 Funcionário fixo para 10 hectares

. Assistência técnica (Agrônomo)

. Encargos (Sálario)

Depreciação

. Depreciação do sistema de irrigação

Outros

. Custo de Oportunidade do uso da terra Custo Operacional total (COT)

COE + COT = Custo Total de produção

Fonte: Elaboração Própria (2019)

À partir dos elementos de custo apresentados no quadro 4, o

detalhamento dos custos de produção anual de um hectare da cultura da

Goiaba são apresentados no anexo 2 deste trabalho. Neste anexo são

apresentadas também as receitas estimadas para os seis primeiros anos de

produção.

Page 70: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

70

O Custo Total da produção de Goiaba com irrigação localizada no

primeiro ano foi de R$ 22206,43, posteriormente variou de R$ 15848,38

(segundo ano) até R$ 19900,58 (vigésimo ano). Vale a pena salientar que

apesar de existir custos com a colheita, esses são menores que os da Acerola,

por exemplo, o que faz com que o custo anual de produção seja menor, porém

os custos com insumos e controle cultural/fitossanitário. É importante ressaltar

que o elevado custo de produção a partir o segundo ano se deve aos custos de

colheita, em que a demanda por colheita é alta para a cultura da Acerola.

O item de maior peso na produção de Goiaba são os gastos com Tratos

culturais/fitossanitários, essa atividade corresponde a 42,31% do custo

operacional efetivo. Esses custos estão relacionados com a elevada

necessidade da cultura por atividades como capinas, podas, raleio de frutos e

pulverizações.

O segundo item de maior participação nos custos de produção são os

gastos com Insumos, essa atividade corresponde a 24,34% do custo

operacional efetivo. Esses custos estão relacionados com a elevada

necessidade da cultura por insumos para controle de pragas e doenças, além

da demanda da cultura por nutrientes, o que eleva esses custos.

Conforme se pode observar no anexo 2 deste trabalho, a respeito dos

valores de produtividade e suas respectivas receitas em cada ciclo produtivo, a

cultura da Goiaba apresenta produção à partir do segundo ano. Segundo a

EMBRAPA (2010), a média histórica de produção irrigada de goiaba está acima

de 120 kg/ planta/ano. A produtividade média da goiabeira com irrigação no

nordeste no primeiro ano é de 0 t/ha, é de 7 t/ha no segundo ano, 12 t/ha no 3º

ano, 20 t/ha no 4º ano e 26 t/ha no 5º ano e com produtividade média de 30

t/ha a partir do sexto ano (EMBRAPA, 2010)

Dessa forma, tem-se uma produção crescente do ano 1 ao ano 5 e

posterior produção constante do ano 6 ao ano 20, contribuindo para o retorno

do investimento e geração de lucro do projeto.

ANÁLISE DE VIABILIDADE FINANCEIRA DO PROJETO

A análise de viabilidade deste projeto parte-se do fluxo de caixa para

obter os resultados perante os índices do VPL, TIR e Payback. A tabela 4

Page 71: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

71

apresenta os valores estimados do fluxo de caixa e o resultado do VPL, TIR e

Payback, utilizando-se uma TMA de 12% a.a..

Tabela 4. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Goiaba.

Períodos (anos)

Custos Receitas Receita líquida

RL ajustada Fluxo de caixa

cumulativo

0 R$ 0,0 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

1 -R$ 22207,93 R$ 0,00 -R$ 22207,930 -R$ 19828,509 -R$ 19828,51

2 -R$ 15849,88 R$ 12250,0 -R$ 3599,880 -R$ 2869,802 -R$ 22698,31

3 -R$ 17069,98 R$ 21000,0 R$ 3930,020 R$ 2797,311 -R$ 19901,

4 -R$ 18652,08 R$ 35000,0 R$ 16347,920 R$ 10389,399 -R$ 9511,6

5 -R$ 19502,08 R$ 45500,0 R$ 25997,920 R$ 14751,918 R$ 5240,32

6 -R$ 19902,08 R$ 52500,0 R$ 32597,920 R$ 16515,121 R$ 21755,44

7 -R$ 19902,08 R$ 52500,0 R$ 32597,920 R$ 14745,644 R$ 36501,08

8 -R$ 19902,08 R$ 52500,0 R$ 32597,920 R$ 13165,753 R$ 49666,84

9 -R$ 19902,08 R$ 52500,0 R$ 32597,920 R$ 11755,137 R$ 61421,97

10 -R$ 19902,08 R$ 52500,0 R$ 32597,920 R$ 10495,658 R$ 71917,63

11 -R$ 19902,08 R$ 52500,0 R$ 32597,920 R$ 9371,123 R$ 81288,75

12 -R$ 19902,08 R$ 52500,0 R$ 32597,920 R$ 8367,074 R$ 89655,83

13 -R$ 19902,08 R$ 52500,0 R$ 32597,920 R$ 7470,602 R$ 97126,43

14 -R$ 19902,08 R$ 52500,0 R$ 32597,920 R$ 6670,180 R$ 103796,61

15 -R$ 19902,08 R$ 52500,0 R$ 32597,920 R$ 5955,518 R$ 109752,13

16 -R$ 19902,08 R$ 52500,0 R$ 32597,920 R$ 5317,427 R$ 115069,56

17 -R$ 19902,08 R$ 52500,0 R$ 32597,920 R$ 4747,703 R$ 119817,26

18 -R$ 19902,08 R$ 52500,0 R$ 32597,920 R$ 4239,020 R$ 124056,28

19 -R$ 19902,08 R$ 52500,0 R$ 32597,920 R$ 3784,839 R$ 127841,12

20 -R$ 19902,08 R$ 52500,0 R$ 32597,920 R$ 3379,321 R$ 131220,44

Total Total Total Total

-R$

391813,140 R$

901250,0 R$ 509436,86 R$ 131220,44

VPL R$

131220,439

TIR 33,89%

Payback 6

TMA 12,00%

Fonte: Elaboração do autor (2019)

O fluxo de caixa permite uma visualização do desembolso anual e

previsão das receitas (tabela 4). Considerando a necessidade de desembolso,

o agricultor teria que dispor de aproximadamente R$ 23.000 por ha plantado,

que seria a soma dos gastos até o segundo ano, a partir do segundo ano, inicia

o período produtivo da cultura e o pomar começa a ter receita.

Na Tabela 4 são apresentados os valores obtidos de VPL, TIR e

Payback do projeto analisado. Os indicadores mostram que, dentro do

Page 72: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

72

horizonte temporal pesquisado (20 anos) o Valor Presente Líquido VPL a uma

taxa de desconto de 12% a.a. no estudo foi de R$ 131220,44. A análise do

projeto por esse método apresenta como principal vantagem considerar o efeito

tempo, admite o reinvestimento dos fluxos líquidos intermediários à taxa que

representa o custo de oportunidade do capital investido. Dessa forma, esse

valor indica que dentro do horizonte do projeto, o investimento foi totalmente

recuperado e ainda foi acrescido R$ 131220,44 ao patrimônio do

empreendedor. Gitman (2010) ressalta que quando se utiliza o VPL para tomar

decisões de aceitação ou rejeição de um projeto, caso o VPL seja maior que

zero, aceita-se o projeto, uma vez que um VPL positivo indica um retorno

financeiro maior do que o custo de seu capital. Nesse caso, o projeto

desenvolvido seria aceito, nas condições de custos e receitas utilizadas.

A Taxa Interna de Retorno TIR foi de 33,89%. Sua análise apresenta

como vantagem permitir comparar a rentabilidade das alternativas

apresentadas no projeto, ou até mesmo com de outras atividades, que sejam

elas produtivas, que ligadas ao mercado financeiro. Para Bischoff (2013), o

momento em que o saldo do projeto se torna maior ou igual a zero significa que

todo o capital investido foi recuperado acrescido da remuneração pela TMA.

Quando a TIR é maior que a taxa de desconto utilizada no projeto, diz-se que o

projeto é economicamente viável. Nesse caso, analisando a TIR e

comparando-a com a TMA, o projeto seria totalmente viável, devido ao fato que

o investidor teria um retorno muito superior a taxa mínima requerida. Dessa

forma, é indicado aos stakeholders do projeto, executar o projeto para essas

condições.

O Payback do projeto de investimento do cultivo da Goiaba ocorre ao

longo do 5º ciclo, quando o fluxo de caixa acumulado descontado torna-se

positivo. O que demonstra a rapidez do retorno do investimento, para projetos

de investimento na área da fruticultura irrigada.

Análise de Sensibilidade

Para a análise de sensibilidade do projeto de investimento da cultura da

Goiaba foram utilizados os cinco cenários construídos anteriormente. As

variáveis e os significados dos cenários podem ser vistos no Quadro 3.

Page 73: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

73

Na análise de sensibilidade, buscou-se identificar as alterações em dois

indicadores de viabilidade do projeto (VPL e TIR), sob condições de riscos

inerentes à atividade, quando se realizam variações nas receitas obtidas com a

produção, além da variação nos custos de produção, visto que, os preços dos

frutos são fortemente influenciados por efeitos sazonais provocados por

excesso de produção ou queda na safra devido a fatores climáticos, além de

outros fatores determinantes como a participação no mercado e tamanho,

enquanto que os custos são alterados em função do valor do real Brasileiro,

custo de mão de obra, dentre outras.

No gráfico 3 pode-se analisar a variação do Valor presente líquido do

projeto de investimento da cultura da acerola, em função dos cinco cenários

elaborados.

Gráfico 3. Análise de Sensibilidade da cultura da Goiaba ao VPL.

Fonte: Elaboração Própria (2019)

Com os dados apresentados no gráfico anterior, verificou-se que para o

cenário 1, em uma situação muito otimista de redução dos custos em 20% e

aumento das receitas em 20% encontrou-se um VPL correspondente à R$ R$

215243,99, para a Goiaba. Também foi verificado que para o cenário 5, em

uma situação muito pessimista, de aumento dos custos em 20% e redução das

receitas em 20%, ainda sim encontrou-se um VPL positivo, da ordem de R$

47196,89, o que demonstra que o investimento na cultura da Goiaba é viável

mesmo em cenários pessimistas.

R$ 215243.99

R$ 173232.22

R$ 131220.44

R$ 89208.66

R$ 47196.89

R$ .

R$ 30000.

R$ 60000.

R$ 90000.

R$ 120000.

R$ 150000.

R$ 180000.

R$ 210000.

R$ 240000.

0 1 2 3 4 5 6

Val

or

Pre

sen

te L

íqu

ido

Cenários

Análise de Sensibilidade ao VPL

Page 74: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

74

Com isso, pode-se afirmar que a cultura da Goiaba, segundo esse

estudo, apresenta uma ótima opção de investimento agrícola para todos os

cenários elaborados.

No gráfico 4 pode-se analisar a variação da Taxa Interna de Retorno do

projeto de investimento da cultura da acerola, em função dos cinco cenários

elaborados.

Gráfico 4. Análise de Sensibilidade da cultura da Goiaba à TIR.

Fonte: Elaboração Própria (2019)

Avaliando esses cenários, a cultura da Goiaba se mostrou pouco

sensível as variáveis, pois apresentou pouca elevação e redução da TIR a

medida que teve mudança de cenário. O que se pode atribuir a facilidade de

comercialização dos frutos. Dessa forma, a cultura da Goiaba apresentou TIR

acima da TMA em todos os cenários estudados, com isso apresenta viabilidade

suficiente para justificar o investimento, visto que em qualquer cenário o

investidor supera a taxa de retorno esperada.

4.3 Análise de viabilidade econômico-financeira da Manga

Para a realização do fluxo de caixa do projeto é necessário a realização

da estimativa dos custos de produção, os elementos de custo foram divididos

em pacotes de trabalho, de forma a possibilitar a elaboração da planilha de

62.76%

47.09%

33.89%

22.35%

12,80%

0.00%

10.00%

20.00%

30.00%

40.00%

50.00%

60.00%

70.00%

80.00%

0 1 2 3 4 5

Taxa

Inte

rna

de

Re

torn

o

Cenário

Análise de Sensibilidade a TIR

Page 75: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

75

custeio. O quadro 5 apresenta os pacotes de trabalho e seus elementos de

custo considerados. A partir desses elementos, o coeficiente técnico deste e o

valor unitário de cada elemento é possível a elaboração dos custos de

produção que pode ser visto no anexo 3 deste trabalho.

Quadro 5. Elementos de custo para a produção de Manga.

Insumos

. Mudas + 10%

. Esterco de Caprino (Adubo Orgânico)

. Uréia (44% de N)

. Superfosfato simples (18% de P205), 18 a 20% de cálcio e 10 a 12% de enxofre

. Cloreto de potássio (KCl): 60 % de K20

. Fertamin - Micronutrientes

. Compact Zinco - Micronutrientes

. Gesso Agrícola

. Calcário dolomitico Tipo B (PRNT 60-75%)

. Cultar 250 SC (Paclobutrazol 25%) - Inibidor de Cresc.

. Gramoxone 200 SC (Paraquat) - Herbicida

. Formicida - Sulfuramida

. Decis 25 CE (Deltamethrin) - Inseticida

. Reconil (Oxicloreto de cobre) - Fungicida

. Dipterex 500 (triclorfon) - Inseticida

. Dithane PM (Mancozeb) - Fungicida

. Cercobin (Thiophanate Methyl) - Fungicida

. Kumulus DF (Enxofre 800 g/kg ) - Fungicida

. Vertimec 18 CE (Abamectin) - Ins.acar. Natural

. Extravon - Espalhante Adesivo

. Tutor para Manga

Preparo do solo e plantio

. Aração

. Gradagem

. Marcação e coveamento

. Adubação em fundação

. Plantio e replantio

Tratos culturais/fitossanitários

. Capinas mecanizadas

. Poda formação/produção

. Pulverização costal

. Pulverização tratorizada

. Indução da floração

. Irrigação/fertirrigação

. Tutoramento

. Coroamento

. Adubação em cobertura

Análises

. Análise de solo

. Análise foliar

Irrigação

. Equipamentos (Em dolares)

. Energia

Colheita e pós colheita

. Colheita/classificação/embalagem

. Caixa Plástica Agrícola - Hortifruti

. Transporte interno

Custo operacional efetivo (COE)

Custos administrativos

. Funcionário fixo

. Assistência técnica (Agrônomo)

. Encargos (Sálario)

Depreciação

. Depreciação do sistema de irrigação

Outros

. Custo de Oportunidade do uso da terra Custo Operacional total (COT)

COE + COT = Custo Total de produção

Page 76: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

76

Fonte: Elaboração Própria (2019)

À partir dos elementos de custo apresentados no quadro 5, o

detalhamento dos custos de produção anual de um hectare da cultura da

Manga são apresentados no anexo 3 deste trabalho. Neste anexo são

apresentadas também as receitas estimadas para os seis primeiros anos de

produção.

O Custo Total da produção de Manga com irrigação localizada no

primeiro ano foi de R$ 18924,7, posteriormente variou de -R$ 9909,65

(segundo ano) até -R$ 17507,05 (vigésimo ano). Vale a pena salientar que o

segundo ano teve um custo muito abaixo do restante em função de não haver

produção nesse ano, não havendo gastos com colheita e pós-colheita. A

elevação dos custos ocorre a partir o terceiro ano, em que os gastos se deve

aos custos com colheita e pós-colheita, além da demanda crescente por

nutrientes e tratos culturais com o passar dos ciclos.

O item de maior peso na produção de Manga são os gastos com

Insumos, essa atividade corresponde a 38,34% do custo operacional efetivo.

Esses custos estão relacionados com o ataque de pragas e doenças na

cultura, o que eleva a necessidade da cultura por insumos para controle, além

da elevada demanda da cultura por nutrientes e hormônios, o que eleva esses

custos.

O segundo item de maior participação nos custos de produção são os

gastos com tratos culturais, essa atividade corresponde a 33,83%do custo

operacional efetivo. Esses custos estão relacionados com a elevada

necessidade da cultura por atividades como indução da floração,

pulverizações, podas de formação e condução, capinas e mão-de-obra para

irrigação.

Conforme se pode observar no anexo 3 deste trabalho, a respeito dos

valores de produtividade e suas respectivas receitas em cada ciclo produtivo, a

cultura da Manga apresenta produção à partir do terceiro ano. Segundo a

EMBRAPA (2010), em um pomar bem conduzido, obtêm-se, de uma planta

adulta, de 500 a 700 frutos/ hectare/ano. A produtividade média da Mangueira

com irrigação no Nordeste brasileiro, é de 0 t/ha no primeiro ano, 0 t/ha no

segundo ano, 3 t/ha no 3º ano, 6 t/ha no 4º ano e 18 t/ha no 5º ano e com

produtividade média de 26 t/ha a partir do sexto ano (EMBRAPA, 2010)

Page 77: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

77

Dessa forma, tem-se uma produção crescente do ano 1 ao ano 5 e

posterior produção constante do ano 6 ao ano 20, contribuindo para o retorno

do investimento e geração de lucro do projeto.

Análise de Viabilidade Financeira do Projeto

A análise de viabilidade deste projeto parte-se do fluxo de caixa para

obter os resultados perante os índices do VPL, TIR e Payback. A tabela 5

apresenta os valores estimados do fluxo de caixa e o resultado do VPL, TIR e

Payback, utilizando-se uma TMA de 12% a.a..

Tabela 5. Fluxo de caixa referente ao cultivo da Manga.

Períodos (anos)

Custos Receitas Receita líquida

RL ajustada Fluxo de caixa

cumulativo

0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0

1 -R$ 18924,7 R$ ,0 -R$

18924,703 -R$ 16897,056 -R$ 16897,06

2 -R$ 9909,65 R$ ,0 -R$ 9909,653 -R$ 7899,915 -R$ 24796,97

3 -R$ 12958,8 R$ 4500,0 -R$ 8458,803 -R$ 6020,809 -R$ 30817,78

4 -R$ 13561,85 R$ 9000,0 -R$ 4561,853 -R$ 2899,140 -R$ 33716,92

5 -R$ 15668,35 R$ 27000,0 R$ 11331,647 R$ 6429,881 -R$ 27287,04

6 -R$ 17507,05 R$ 39000,0 R$ 21492,947 R$ 10888,996 -R$ 16398,04

7 -R$ 17507,05 R$ 39000,0 R$ 21492,947 R$ 9722,318 -R$ 6675,73

8 -R$ 17507,05 R$ 39000,0 R$ 21492,947 R$ 8680,641 R$ 2004,92

9 -R$ 17507,05 R$ 39000,0 R$ 21492,947 R$ 7750,572 R$ 9755,49

10 -R$ 17507,05 R$ 39000,0 R$ 21492,947 R$ 6920,154 R$ 16675,64

11 -R$ 17507,05 R$ 39000,0 R$ 21492,947 R$ 6178,709 R$ 22854,35

12 -R$ 17507,05 R$ 39000,0 R$ 21492,947 R$ 5516,704 R$ 28371,05

13 -R$ 17507,05 R$ 39000,0 R$ 21492,947 R$ 4925,629 R$ 33296,68

14 -R$ 17507,05 R$ 39000,0 R$ 21492,947 R$ 4397,883 R$ 37694,57

15 -R$ 17507,05 R$ 39000,0 R$ 21492,947 R$ 3926,681 R$ 41621,25

16 -R$ 17507,05 R$ 39000,0 R$ 21492,947 R$ 3505,965 R$ 45127,21

17 -R$ 17507,05 R$ 39000,0 R$ 21492,947 R$ 3130,326 R$ 48257,54

18 -R$ 17507,05 R$ 39000,0 R$ 21492,947 R$ 2794,934 R$ 51052,47

19 -R$ 17507,05 R$ 39000,0 R$ 21492,947 R$ 2495,477 R$ 53547,95

20 -R$ 17507,05 R$ 39000,0 R$ 21492,947 R$ 2228,104 R$ 55776,05

Total Total Total Total

-R$ 333629,159

R$ 625500,0

R$ 291870,84 R$ 55776,05

VPL R$ 55776,05

TIR 13,35%

Payback 8

TMA 12,00%

Fonte: Elaboração do autor (2019)

Page 78: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

78

O fluxo de caixa permite uma visualização do desembolso anual e

previsão das receitas (tabela 5). Considerando a necessidade de desembolso,

o agricultor teria que dispor de aproximadamente R$ 30.000 por ha plantado,

que seria a soma dos gastos até o terceiro ano, a partir do terceiro ano, inicia o

período produtivo da cultura e o pomar começa a ter receita.

Na Tabela 5 são apresentados os valores obtidos de VPL, TIR e

Payback do projeto analisado. Os indicadores mostram que, dentro do

horizonte temporal pesquisado (20 anos) o Valor Presente Líquido VPL a uma

taxa de desconto de 12% a.a. no estudo foi de R$ R$ 55776,05. A análise do

projeto por esse método apresenta como principal vantagem considerar o efeito

tempo, admite o reinvestimento dos fluxos líquidos intermediários à taxa que

representa o custo de oportunidade do capital investido. Dessa forma, esse

valor indica que dentro do horizonte do projeto, o investimento foi totalmente

recuperado e ainda foi acrescido R$ 55776,05 ao patrimônio do empreendedor.

Gitman (2010) ressalta que quando se utiliza o VPL para tomar decisões de

aceitação ou rejeição de um projeto, caso o VPL seja maior que zero, aceita-se

o projeto, uma vez que um VPL positivo indica um retorno financeiro maior do

que o custo de seu capital. Nesse caso, o projeto desenvolvido seria aceito,

nas condições de custos e receitas utilizadas.

A Taxa Interna de Retorno TIR foi de 13,35%. Sua análise apresenta

como vantagem permitir comparar a rentabilidade das alternativas

apresentadas no projeto, ou até mesmo com de outras atividades, que sejam

elas produtivas, que ligadas ao mercado financeiro. Para Bischoff (2013), o

momento em que o saldo do projeto se torna maior ou igual a zero significa que

todo o capital investido foi recuperado acrescido da remuneração pela TMA.

Quando a TIR é maior que a taxa de desconto utilizada no projeto, diz-se que o

projeto é economicamente viável. Nesse caso, analisando a TIR e

comparando-a com a TMA, o projeto seria totalmente viável, devido ao fato que

o investidor teria um retorno superior a taxa mínima requerida. Dessa forma, é

indicado aos stakeholders do projeto, executar o projeto para essas condições.

O Payback do projeto de investimento do cultivo da Goiaba ocorre ao

longo do 7º ciclo, quando o fluxo de caixa acumulado descontado torna-se

positivo. O que demonstra uma rapidez satisfatória do retorno do investimento,

para projetos de investimento na área da fruticultura irrigada.

Page 79: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

79

Análise de Sensibilidade

Para a análise de sensibilidade do projeto de investimento da cultura da

Manga foram utilizados os cinco cenários construídos anteriormente. As

variáveis e os significados dos cenários podem ser vistos no Quadro 3.

Na análise de sensibilidade, buscou-se identificar as alterações em dois

indicadores de viabilidade do projeto (VPL e TIR), sob condições de riscos

inerentes à atividade, quando se realizam variações nas receitas obtidas com a

produção, além da variação nos custos de produção, visto que, os preços dos

frutos são fortemente influenciados por efeitos sazonais provocados por

excesso de produção ou queda na safra devido a fatores climáticos, além de

outros fatores determinantes como a participação no mercado e tamanho,

enquanto que os custos são alterados em função do valor do real Brasileiro,

custo de mão de obra, dentre outras.

No Gráfico 5 pode-se analisar a variação do Valor Presente Líquido do

Projeto de investimento da cultura da Manga, em função dos cinco cenários

elaborados.

Gráfico 5. Análise de Sensibilidade da cultura da Manga ao VPL.

Fonte: Elaboração Própria (2019)

R$ 114606.93

R$ 85191.49

R$ 55776.05

R$ 26360.61

-R$ 3054.83

-R$ 30000.

R$ .

R$ 30000.

R$ 60000.

R$ 90000.

R$ 120000.

R$ 150000.

0 1 2 3 4 5 6

Val

or

Pre

sen

te L

íqu

ido

Cenário

Análise de Sensibilidade ao VPL

Page 80: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

80

Com os dados apresentados no gráfico anterior, verificou-se que para o

cenário 1, em uma situação muito otimista de redução dos custos em 20% e

aumento das receitas em 20% encontrou-se um VPL correspondente à R$ R$

114.606,93, para a Manga. Foi verificado que para o cenário 5, em uma

situação muito pessimista, de aumento dos custos em 20% e redução das

receitas em 20%, foi o único cenário que a cultura apresentou um VPL

negativo, da ordem de R$ -3.054,83, o que demonstra que o investimento na

cultura da Goiaba é viável em 80% dos casos, porém em um cenário

extremamente pessimista, o projeto não tem viabilidade.

Com isso, pode-se afirmar que a cultura da Manga, segundo esse

estudo, apresenta uma boa opção de investimento agrícola, possuindo

viabilidade em 4 dos 5 cenários elaborados.

No gráfico 6 pode-se analisar a variação da Taxa Interna de Retorno do

projeto de investimento da cultura da Manga, em função dos cinco cenários

elaborados.

Gráfico 6. Análise de Sensibilidade da cultura da Manga à TIR.

Fonte: Elaboração Própria (2019)

Avaliando esses cenários, a cultura da Manga se mostrou pouco

sensível as variáveis, pois apresentou pouca elevação e redução da TIR a

medida que teve mudança de cenário. O que se pode atribuir a facilidade de

comercialização dos frutos, através da exportação, por exemplo. Dessa forma,

27.47%

20.22%

13.35%

6.52%

-0.81%

-10.00%

-5.00%

0.00%

5.00%

10.00%

15.00%

20.00%

25.00%

30.00%

35.00%

0 1 2 3 4 5

Taxa

Inte

rna

de

Ret

orn

o

Cenário

Análise de Sensibilidade a TIR

Page 81: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

81

a cultura da Manga apresentou TIR acima da TMA na maioria dos cenários

estudados, com isso apresenta viabilidade suficiente para justificar o

investimento, visto que 3 dos 5 cenários o investidor supera a taxa de retorno

esperada, tendo variação de aproximadamente ±7% de TIR a cada mudança

de cenário.

4.4 Análise Comparativa entre as culturas

Na tabela 6 são apresentados os valores obtidos de VPL, TIR e Payback

dos projetos analisados.

Tabela 6. Comparativo do VPL, TIR e Payback das três Culturas.

Ano Receita Líquida Ajustada

Acerola Goiaba Manga

0 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

1 -R$ 19.121,53 -R$ 19.828,51 -R$ 16.897,06

2 -R$ 2.723,66 -R$ 2.869,80 -R$ 7.899,91

3 -R$ 700,10 R$ 2.797,31 -R$ 6.020,81

4 R$ 1.576,27 R$ 10.389,40 -R$ 2.899,14

5 R$ 1.240,49 R$ 14.751,92 R$ 6.429,88

6 R$ 3.334,81 R$ 16.515,12 R$ 10.889,00

7 R$ 3.031,65 R$ 14.745,64 R$ 9.722,32

8 R$ 2.756,04 R$ 13.165,75 R$ 8.680,64

9 R$ 2.505,49 R$ 11.755,14 R$ 7.750,57

10 R$ 2.277,72 R$ 10.495,66 R$ 6.920,15

11 R$ 2.070,66 R$ 9.371,12 R$ 6.178,71

12 R$ 1.882,41 R$ 8.367,07 R$ 5.516,70

13 R$ 1.711,29 R$ 7.470,60 R$ 4.925,63

14 R$ 1.555,71 R$ 6.670,18 R$ 4.397,88

15 R$ 1.414,29 R$ 5.955,52 R$ 3.926,68

16 R$ 1.285,71 R$ 5.317,43 R$ 3.505,97

17 R$ 1.168,83 R$ 4.747,70 R$ 3.130,33

18 R$ 1.062,57 R$ 4.239,02 R$ 2.794,93

19 R$ 965,98 R$ 3.784,84 R$ 2.495,48

20 R$ 878,16 R$ 3.379,32 R$ 2.228,10

VPL R$ 8.172,80 R$ 131.220,44 R$ 55.776,05

TIR 3,44% 33,89% 13,35%

Payback descontado (anos) 13-14 4-5 7-8

Fonte: Elaboração do autor (2019)

Page 82: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

82

À partir dos indicadores econômico-financeiros do quadro 01, referentes

aos indicadores de custos e receitas, e dentro do horizonte temporal

pesquisado, com base na receita líquida ajustada as três culturas analisadas

são economicamente viáveis, uma vez que todas apresentaram Valor Presente

Líquido positivo. Segundo os dados analisados, verifica-se que a cultura da

Goiaba foi a que apresentou maior rentabilidade, ou seja, teve VPL

correspondendo ao valor de R$ 131.220,44. A Cultura da manga apresentou

VPL de R$ 55.776,05, também se mostrando um bom projeto de investimento.

A cultura da Acerola apresentou um VPL de R$ 8.172,80, sendo a cultura

menos rentável na comparação entre as três frutíferas do estudo.

Em relação à Taxa Interna de Retorno (TIR), duas das três culturas

apresentaram taxa de retorno superior a esperada pelo investidor, que neste

estudo, corresponde a uma taxa mínima de atratividade de 12% a.a.,

demonstrando assim, a oportunidade de negócio que representam essas

culturas como fonte de renda para produtores e/ou novos investidores.

Observa-se que a menor TIR foi a da cultura da Acerola (3,44%), enquanto que

a maior foi a da cultura do Goiaba (33,89%). Ou seja, a cultura da Goiaba

apresenta maior rentabilidade do que a cultura da Acerola e da Manga, dentro

do horizonte temporal utilizado, assim como para os indicadores de custo e

receita empregados.

Quanto ao Período de Retorno do Investimento (Payback), a cultura da

Goiaba é a cultura com menor tempo de retorno, o resultado apresentado

confirma que esta cultura tem retorno do investimento ao longo do ano quatro.

Isso se deve a obtenção rápida de receita, se comparado com outras frutíferas,

ou seja, já no segundo ano, o que contribuí para o retorno mais rápido do

investimento. A cultura da Manga retorna o investimento feito ao longo do ano

sete, isso se deve a obtenção de receitas por essa cultura perene apenas ao

longo do ano três, o que faz com que se tenha um maior tempo de receita

liquida negativa.

4.5 Análise de sensibilidade das culturas

A análise de sensibilidade avalia o impacto da alteração de uma variável

nos resultados do projeto, sendo a forma mais simples de análise de risco

Page 83: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

83

(RABECHINI, 2012). Na prática, esta análise deve ser feita para as variáveis

que apresentam maior impacto nos custos e receitas, ou seja, aquelas às quais

o projeto é mais sensível.

Esta ferramenta permite uma análise mais realista do projeto,

evidenciando os intervalos de valores que as variáveis podem assumir e

mostrando a importância relativa de cada uma. Por outro lado, esta análise não

incorpora a probabilidade de ocorrência de cada valor dentro do intervalo5 e,

em geral, cada variável é analisada de forma individual, dificultando a

visualização de relações de interdependência. Dessa forma, é uma técnica

indicada para projetos simples, com poucas alternativas de implementação e

poucos fatores de risco não-relacionados.

Na análise de sensibilidade, buscou-se identificar as alterações no

indicador de viabilidade do projeto VPL, sob condições de riscos inerentes à

atividade, quando se realizam variações nas receitas obtidas com a produção,

além da variação nos custos de produção, visto que, os preços dos frutos são

fortemente influenciados por efeitos sazonais provocados por excesso de

produção ou queda na safra devido a fatores climáticos, além de outros fatores

determinantes como a participação no mercado e tamanho, enquanto que os

custos são alterados em função do valor do real Brasileiro, custo de mão de

obra, dentre outras.

Com os dados apresentados nas tabelas 7 e 8, verificou-se que para o

cenário 1, em uma situação muito otimista de redução dos custos em 20% e

aumento das receitas em 20% encontrou-se um VPL correspondente à R$

92.512,54, para a Acerola, um VPL correspondente à R$ 215.243,99 para a

Goiaba e, para a manga, um VPL correspondente à R$ R$ 114.606,93, sendo

assim a cultura a Goiaba continua sendo a cultura mais viável economicamente

ao longo do horizonte temporal estudado.

Com isso, pode-se afirmar que a cultura da Goiaba, segundo esse

estudo apresenta uma ótima opção de investimento agrícola, sendo uma das

culturas irrigadas mais rentáveis, porém devido a problemas de ordem

fitossanitária, principalmente por ataque de nematoides, isso pode ser um fator

limitante à produção da cultura no estado e consequentemente no Município de

Macaíba/RN.

Page 84: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

84

Com base no cenário 2, ou seja, uma situação pouco otimista, em que

tem-se a redução dos custos na ordem de 10% e aumento na receita em 10%,

encontrou-se um VPL de R$ 50.342,67, de R$ 173.232,22 e de R$ 85.191,49

paras as culturas da Acerola, Goiaba e Manga, respectivamente. A cultura da

Acerola, com base nesse cenário ultrapassa o valor presente liquido se

comparado com a Manga, porém a cultura da Goiaba continua sendo a cultura

mais viável nesse cenário.

Avaliando essas duas situações otimistas, a cultura da Acerola foi a que

se mostrou mais sensível, pois apresentou maior ganho quanto a variação

percentual do VPL em relação aos cenários 1 e 2, o que se pode atribuir a

variação do preço de venda dos frutos, a lei da oferta-demanda e a variação

dos custos em função da mão-de-obra necessária para realizar atividades.

Tabela 7. Análise de sensibilidade quanto ao VPL das três culturas frutíferas.

Cenário Variáveis Valor Presente Líquido (R$)

Variação (%) do VPL em relação aos cenários

Acerola Goiaba Manga Acerola Goiaba Manga

Cenário 1 -

Muito Otimista

(-20%C ;

+20%R) R$ 92.512,54 R$ 215.243,99 R$ 114.606,93 1031,96% 64,03% 105,48%

Cenário 2 -

Pouco Otimista

(-10%C ; +10%R)

R$ 50.342,67 R$ 173.232,22 R$ 85.191,49 515,98% 32,02% 52,74%

Cenário 3 - Realista

Sem variação

R$ 8.172,80 R$ 131.220,44 R$ 55.776,05 0,00% 0,00% 0,00%

Cenário 4 -

Pouco Pessimista

(+10%C ; -10%R)

-R$ 33.997,08 R$ 89.208,66 R$ 26.360,61 -515,98% -32,02% -52,74%

Cenário 5 - Muito

Pessimista

(+20%C ; -20%R)

-R$ 76.166,95 R$ 47.196,89 -R$ 3.054,83 -1031,96% -64,03% -105,48%

Fonte: Elaboração Própria (2019)

Diante do exposto, de acordo com os dados apresentados na Análise

de Sensibilidade do VPL, em relação às variações dos custos e das receitas, a

cultura da Goiaba apresentou VPL positivo em todos os cenários, com isso

apresenta viabilidade suficiente para justificar o investimento no Município de

Macaíba-RN, sendo a cultura com menos risco de investimento. A cultura da

Manga, apesar de apresentar VPL negativo no cenário muito pessimista, é

rentável nos demais cenários, o que demonstra que essa cultura apresenta boa

rentabilidade, sendo indicada para produção no Município do estudo, porém

Page 85: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

85

apresenta uma situação de risco negativo, caso os custos elevem bastante e a

receita despenque.

A cultura da Acerola, apesar de apresentar VPL positivo em 3 dos 5

cenários elaborados, é a cultura que apresenta maior risco de investimento,

pois uma mínima variação do cenário realista para o cenário pessimista, esse

investimento se torna inviável economicamente.

Ainda com dados da tabela 7, verifica-se que a Goiaba e a cultura com

menor risco, tanto positivo, quanto negativo, visto que esta é a cultura com a

menor variação do VPL em relação aos cenários construídos. Assim,

demonstra uma boa opção para aqueles investidores que não desejam correr

muito risco em seus investimentos. Para aqueles investidores que buscam um

investimento com maior risco, tanto positivo, quanto negativo, a cultura da

Acerola é a cultura que possui maior variação do VPL em função aos cenários

construídos, assim o investidor pode ter muito sucesso, como pode ter muito

fracasso no projeto de investimento, isso dependerá do cenário efetivamente

seguido. A cultura da manga apresenta uma variação média entre as duas

culturas anteriores, o que demonstra um risco médio de produção.

Tabela 8. Análise de sensibilidade quanto à TIR das três culturas frutíferas.

Cenário Variáveis Taxa interna de Retorno (%)

Variação (%) da TIR em relação aos cenários

Acerola Goiaba Manga Acerola Goiaba Manga

Cenário 1 - Muito

Otimista

1 (-20%C ; +20%R)

39,59% 62,76% 27,47% 1051,91% 85,15% 105,81%

Cenário 2 - Pouco

Otimista

2 (-10%C ; +10%R)

20,40% 47,09% 20,22% 493,71% 38,95% 51,49%

Cenário 3 – Realista

3 (Normal) 3,44% 33,89% 13,35% 0,00% 0,00% 0,00%

Cenário 4 - Pouco

Pessimista

4 (+10%C ; -10%R)

-11,00% 22,35% 6,52% -420,08% -34,05% -51,18%

Cenário 5 - Muito

Pessimista

5 (+20%C ; -20%R)

-23,00% 12,80% -0,81% -769,26% -65,17% -106,08%

Fonte: Elaboração Própria (2019)

De acordo com os dados apresentados na Análise de Sensibilidade da

TIR, em relação às variações dos custos e das receitas, a cultura da Goiaba

apresentou TIR acima da TMA em todos os cenários estudados, com isso

Page 86: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

86

apresenta viabilidade suficiente para justificar o investimento no Município de

Macaíba-RN, sendo a cultura que em qualquer cenário o investidor supera a

taxa de retorno esperada.

A cultura da Manga apresenta TIR superior a TMA nos cenários

otimistas e no realista, o que garante o retorno esperado pelo investidor na

maioria dos casos, sendo ainda uma boa indicação para investimento agrícola

no Município do estudo.

A cultura da Acerola, analisando a TIR, é a cultura que apresenta maior

risco de investimento, pois caso os custos se elevem e a receita não se

mantenha o esperado, o investidor não atinge a taxa de retorno esperada, com

isso cabe ao produtor a execução ou não do projeto, assumindo este o risco do

empreendimento.

A análise de sensibilidade é de fundamental importância, principalmente

para aqueles projetos em que a taxa de rentabilidade não é muito grande

podendo, assim, os investidores conhecerem melhor os riscos do projeto. Além

disso, ao comparar a rentabilidade do projeto em si, com as alternativas dadas

pela análise de sensibilidade, nesse caso as receitas, pode-se determinar se o

projeto, em estudo, representa uma decisão acertada para o investimento

permitindo, assim, implementá-lo, pois se conhecem os pontos fracos e fortes

que definirão o seu sucesso.

O sucesso ou fracasso de um investimento depende da maneira como o

produto resultante do investimento é aceito pelo mercado consumidor.

Contudo, dependerá também do tipo de organização do mercado para o

produto considerado. O mercado consumidor muda ao sabor da alteração dos

gostos e das necessidades de cada consumidor individual. É assim que muitos

produtos de grande aceitação, em um dado momento, declinam e, até mesmo,

desaparecem, enquanto outros podem apresentar um crescimento muito

rápido. Em geral, pode-se constatar que a incerteza das receitas é tanto maior

quanto mais inovador é o produto.

Page 87: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

87

5 CONCLUSÃO

De acordo com os dados analisados é possível inferir que a análise de

viabilidade econômico-financeira e de risco, indica que:

1) Baseando-se no cálculo do Valor Presente Líquido (VPL), a cultura da

Goiaba é a mais rentável, seguida das culturas da Manga e da Acerola;

2) A Taxa Interna de Retorno (TIR) é mais atrativa também para a cultura

da Goiaba;

3) De acordo com a análise do Payback, o capital investido retorna mais

rápido para a cultura da Goiaba, ao longo do ano quatro, a Manga ao

longo do ano 7 e a Acerola ao longo do ano 13;

4) Baseando-se na análise de sensibilidade, a cultura que se mostrou mais

sensível ao VPL e à TIR, quando da variação dos custos e receitas foi a

da Acerola, apresentando esta o maior risco, enquanto que o menor

risco está na cultura da Goiaba, por essa ser menos sensível aos

cenários construídos.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O referido trabalho objetivou avaliar, do ponto de vista econômico-

financeiro, a viabilidade da produção de Acerola (Malpighia emarginata),

Goiaba (Psidium guajava) e Manga (Mangifera indica) no município de

Macaíba/RN. Com o presente trabalho, foi possível analisar a viabilidade dos

projetos ponto de vista econômico-financeiro, além de medir o seu risco através

das Análises de Sensibilidade e de Cenários.

Neste sentido, entende-se que a principal contribuição deste estudo foi

aliar o conhecimento acadêmico sobre Economia Rural e Gestão de Projetos,

demonstrando, de forma aplicada a importância da análise de viabilidade

econômico-financeira e de risco de projetos agrícolas. O estudo do projeto de

investimento, bem como dos índices da viabilidade econômico-financeira e de

risco é imprescindível para o sucesso de um empreendimento da nossa área.

A pesquisa e o conhecimento a cerca dos custos de produção, e dos

coeficientes produtivos foi essencial para a elaboração do trabalho, pois serviu

Page 88: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

88

para a elaboração detalhada de todos os custos necessários para a

implantação e a manutenção das referidas culturas frutícolas e suas receitas

obtidas. O estudo da fruticultura irrigada foi útil para a realização dos cálculos

dos índices da viabilidade econômico-financeira como o TIR, VPL e o Payback,

além dos índices de risco como elaboração de cenários e análise de

sensibilidade.

Finalizando, conclui-se que para a execução de um projeto de

investimento agrícola, seja qual for o seu porte, torna-se imprescindível, para o

seu sucesso, o conhecimento e elaboração de uma análise de viabilidade, bem

como o cálculo dos índices que atestam a viabilidade ou não do

empreendimento, além de seu risco. O conhecimento da Economia Rural e da

Gestão de Projetos é imprescindível para a viabilidade de qualquer projeto.

6.1 Limitações do Trabalho

Algumas dificuldades foram encontradas na elaboração desse estudo,

um deles foi encontrar embasamento teórico das culturas no âmbito do

município de Macaíba e do estado potiguar, sendo essa uma das partes mais

difícil do trabalho. Com relação aos aspectos de desempenho econômico e

financeiro se encontra poucas informações mais aprofundadas em relação às

culturas estudadas, em que o desejável seria encontrar trabalhos abordando de

forma mais abrangente e esclarecedora esses aspectos. Outro fator limitante

ao trabalho foi a ausência de outros trabalhos para o estado com relação a

essas culturas frutíferas, de modo a realizar comparações entre um trabalho e

outro, contribuindo assim para se fizesse melhorias no estudo. No que

concerne a mais limitações, estas de ordem técnica, cabe mencionar o fato da

imensa dificuldade para estimar os custos de produção das culturas frutíferas

trabalhadas, tendo em vista que poucos trabalhos abordam os elementos de

custo e os coeficientes técnicos dessas culturas, fazendo com que a montagem

do fluxo de caixa tenha sido um trabalho bastante complexo e árduo, porém,

sabe-se que ao final esse é o mais próximo da realidade de um

empreendimento agrícola.

Page 89: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

89

6.2 Sugestões de trabalhos futuros

De acordo com os objetivos atingidos na realização desse estudo, este

contribui para o surgimento de novas pesquisas e estudos, tendo em vista que

é de suma importância analisar a viabilidade econômico-financeira das mais

diversas culturas de interesse agrícola. Ao se realizar um estudo desse porte,

tem-se um maior conhecimento e aprofundamento de projetos de investimento

agrícola no estado do RN. Com isso é esperado que as pessoas utilizem este

estudo como base para novas pesquisas, assim como base para escolha de

culturas em projetos de investimento.

Page 90: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

90

7. REFERÊNCIAS

ALVES, Helderlane Carneiro. Análise da Competitividade das Exportações

do Melão Potiguar e Cearense (1993 – 2013): Uma Aplicação Do Método

Constant Market Share / Junho, 2017. Acesso em: Agosto/2019

ALVES, J. E.; FREITAS, B. M. Requerimentos de polinização da goiabeira

(Psidium guajava). Ciência Rural, v. 37, n. 05,p.1281-1286, 2008.

AMORIM, Q. S. Resíduos da indústria processadora de polpas de frutas:

capacidade antioxidante e fatores antinutricionais. 2016. 89 folhas.

Dissertação (Mestrado) – Curso de Ciência Ambientais. Universidade Estadual

do Sudoeste da Bahia. Itapetinga. 2016.

ASSIS, J. S, LIMA, M.A.C. Produção Integrada de Manga: Manejo Pós-

Colheita e Rastreabilidade. EMBRAPA - Circular Técnica 12/2008 – Petrolina

– PE. 2008.

BARBOSA, Flávia Rabelo; LIMA, Mirtes Freitas (Ed.). A cultura da goiaba. 2

ed. rev. e ampl. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2010. 180 p.

(Coleção Plantar, 66; Série vermelha. Fruteiras). Acesso em: Setembro/2019

BB. Banco do Brasil. Disponível em: https://www.bb.gov.br/ Acesso em 10 de

Nov. de 2019.

BERY, C. C. S.; VIEIRA, A. C. A.; GUALBERTO, N. C.; CASTRO, A. A.; SILVA,

G. F.; SANTOS, E. D. A.; SANTOS, B. S. Caracterização físico-química de

polpa de acerola in natura e liofilizada para preparação de sorvetes. XX

Congresso Brasileiro de Engenharia Química. Florianópolis - /SC, 2014.

BISCHOFF, Lissandra. Analise de Projetos de investimentos/ teorias e

questões comentadas / Lissandra Bishoff - Rio de Janeiro: Edição Ferreira,

2013.

BNB. Banco do Nordeste. Disponível em: https://www.bnb.gov.br/ Acesso em

10 de Nov. de 2019.

BRASIL. Instituto Brasileiro de Fruticultura – IBRAF. Panorama da cadeia

produtiva das frutas em 2017 e projeções para 2018. Setembro de 2018.

BRAZILIAN FRUIT. Referências nutricionais e dietéticas: Manga. Disponível

em:

http://www.brazilianfruit.org.br/Informacoes_para_o_consumidor/informacoes_n

utricionais. Acesso em: Setembro/2019

Page 91: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

91

BRITO, Paulo. Análise e Viabilidade de Projetos de Investimento. 2. ed. São

Paulo: Atlas, 2006.

CARVALHO, R. de A., FERREIRA, C.A.P.; NASCIMENTO JUNIOR, J. de D.B.

do; MENEZES, A.J.E.A. de; SUZUKI, E.; SASAKI, G. Análise econômica da

produção de acerola no município de Tomé-Açu, Pará. Belém: Embrapa

Amazônia Oriental, 2000. 21p. (Embrapa Amazônia Oriental. Documentos, 49).

Cavalcante, L.F., Vieira, M.D.S., Santos, A.F.D., Oliveira, W.M.D., Nascimento,

J.A.M. D. 2010. Água salina e esterco bovino líquido na formação de

mudas de goiabeira cultivar Paluma. Revista Brasileira de Fruticultura 32:

251-261. Acesso em: Setembro/2019

CEPEA - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada. Anuário

2014/2015. Brasil Hortifruti, v. especial, ano 13, n.141, p. 58, 2015.

COSTA, J.G.; SANTOS, C.A.F. Cultivo da mangueira. Embrapa Semi-Árido:

Sistemas de produção. Versão eletrônica. Jul, 2004. Acesso em:

Setembro/2019

DORAZIO, B. É tempo de acerola. 2018. Disponível em:

http://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-regiao/blog/nutricao-pratica/post/e-

tempo-de-acerola.html . Acesso em: Setembro/2019

EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). A cultura da

acerola. 3. ed. Brasília: Embrapa, 2012. 144 p.

EMBRAPA. A cultura da goiaba [editores técnicos, Flávia Rabelo Barbosa e

Mirtes Freitas Lima]. – 2ª edição revista e ampliada – Brasília, DF : Embrapa

Informação Tecnológica, 2010. 180 p. : il. 16 cm – (Coleção Plantar, 66).

FACHINELLO, JOSÉ CARLOS et al. Situação e perspectivas da fruticultura

de clima temperado no Brasil. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 33, n. S1,

p. 109-120, 2011. Acesso em: Setembro/2019

FONSECA, N.; CUNHA, G. A. P.; NASCIMENTO, A. S.; FILHO, H. P.S. A

cultura da manga. 2° Ed. Brasilia-DF, Brasil: Embrapa informação tecnologica,

2006, 73p. Acesso em: Setembro/2019

FREITAS, C. A. S. de; ARRAES, G. M.; MARIA, J. C. da C.; WILANE, R. de F.;

HENRIQUE, P. M. de S. Acerola: produção, composição, aspectos

nutricionais e produtos. Revista Brasileira Agrociência. Pelotas, v. 12, n. 4, p.

395-400, out-dez, 2006.

Page 92: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

92

FREZATTI, Fábio. Gestão da viabilidade econômico-financeira dos

projetos de investimentos. São Paulo: Atlas, 2008.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas,

1999.

GITMAN,L .J. Princípios de Administração Financeira. 8ª edição. São Paulo:

Harbra, 2002.

GONZAGA NETO, Luiz. Produção de goiaba. Fortaleza: Instituto Frutal, 2007.

64 p.

HILLBRECHT, Ronald. Economia monetária. São Paulo: Ed. Atlas, 1999.

IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

Disponível em: Acesso em: Outubro/2019

IBGE. Série Histórica das Culturas Temporárias e Permanentes, 2017 e

2018. , Disponível em https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/pam/tabelas Acesso

em: Outubro/2019

IBRAF – Instituto Brasileiro de Frutas. Panorama da cadeia produtiva de

frutas em 2012 e projeções para 2013. São Paulo. 127 p. Acesso em:

Setembro/2019

IDEMA. INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MEIO

AMBIENTE DO RIO GRANDE DO NORTE. Macaíba: perfil do seu município.

Natal, 2013. Acesso em: Agosto/2019

KIST, Benno Bernardo. Et al. Anuário brasileiro da fruticultura 2018. Santa

Cruz do Sul: Editora Gazeta Santa Cruz, 2018. Acesso em: Setembro/2019

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de

metodologia científica 1. - 5. ed. - São Paulo: Atlas 2003.

LAKATOS. Eva Maria: MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de

Metodologia Científica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

MARTÍNEZ, R.; TORRES, P.; MENESES, M. A.; et al. Chemical,

technological and in vitro antioxidant properties of mango, guava,

pineapple and passion fruit dietary fibre concentrate. Food Chemistry, v.

135, n. 3, p. 1520–1526, 2012. Elsevier Ltd. Acesso em: Setembro/2019

MEZADRI, T.; VILLAÑO, D.; FERNÁNDEZ-PACHÓN, M. S.;

GARCÍAPARRILLA, M. C.; TRONCOSO, A. M. Antioxidant compounds and

antioxidant activity in acerola (Malpighia emarginata DC.) fruits and

Page 93: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

93

derivatives. Journal of Food Composition and Analysis, v. 21, n. 4, p. 282–290,

2008. Acesso em: Setembro/2019

NETO, L. G. et al. Goiaba produção: aspectos técnicos. Brasília-DF:

Embrapa Informação Tecnológica, v. 1, 2001.

NETO, L. G. Produção de goiaba. Fortaleza: [s.n.], 2007.

NONINO, C.A. Unesp de Jaboticabal faz melhoramento de acerolas.

Suplemento Agrícola do Estado de São Paulo, abril de 1977, 7p.

ODA, A.L.; GRAÇA, C.T. E LEME, M.F.P. Análise de riscos de projetos

agropecuários: um exemplo de como fundamentar a escolha entre projetos

alternativos e excludentes. 2007

OLIVEIRA, Wesley Pessoa De. Análise do Desempenho Produtivo das

Principais Commodities Agrícolas do Estado do Rio Grande do Norte, no

Período de 1994 a 2017. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação

em Agronomia) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Pereira, F.M., Nachtigal, J.C. 2009. Melhoramento genético da goiabeira. In:

Natale, W., Rozane, D.E., Souza, H.A., Amorim, D.A. Cultura da goiaba: do

plantio à comercialização. FCAV/ FAPESP, Jaboticabal, Brasil. p. 371-398.

Acesso em: Setembro/2019

RABECHINI JUNIOR, Roque; CARVALHO, Marly Monteiro de.

Relacionamento entre gerenciamento de risco e sucesso de

projetos. Prod., São Paulo , v. 23, n. 3, p. 570-581, Sept. 2013 . Available

from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-

65132013000300011&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: Agosto/2019

RAULINO & MEIRELES. Oportunidades de Fomento do Agronegócio

Brasileiro Diante dos Contornos de Uma Crise Mundial de Alimentos:

Repercussões Para o Rio Grande Do Norte no Comércio Internacional.

Observatório, 2009 – Monografias em Comércio Exterior, Ano 2, Vol. 1 214.

Disponível em:

http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/EmpiricaBR/article/view/297/249 Acesso

em: Agosto/2019

RIBEIRO, Marcelo de Paula Mascarenhas. Planejamento por cenários: uma

ferramenta para a era do conhecimento. Disponível em:

<http://intersaberes.grupouninter.com.br/1/arquivos/9.pdf>. Acesso em:

Agosto/2019

Page 94: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

94

RITZINGER, Rogério; HELENA, Cecília Silvino Prata Ritzinger. Cultivo tropical

de fruteiras. Informe agropecuário, Belo Horizonte, v. 32, n. 264, p. 17-25,

Acesso em: Agosto/2019

RODRIGUES, K. F. C; ROZENFELD, H. Sistematização dos métodos de

avaliação econômica. 2015. 42f. Escola de Engenharia de São Carlos,

Universidade de São Paulo, São Paulo. Acesso em: Agosto/2019

RODRIGUES, Kênia Fernandes de Castro. Rozenfeld, Henrique. Análise de

Viabilidade Econômica. 2013 Grupo Engenharia Integrada e Engenharia de

Integração – Depto de Engenharia de Produção Escola de Engenharia de São

Carlos – Universidade de São Paulo 17 p. Acesso em: Agosto/2019

ROSS, S. A.; JORDAN, B. D.; WESTERFIELD, R. W. Princípios de

Administração Financeira. 2. Ed. São Paulo: Atlas, 2000.

ROZENFELD, Henrique; FORCELLINI, Fernando Antônio; AMARAL, Daniel

Capaldo; et al. Gestão de desenvolvimento de produtos: uma referência

para a melhoria do processo. São Paulo: Saraiva, 2006. 542 p

SEBRAE, O cultivo e o mercado da acerola, Brasil: Sebrae, 2016. Disponível

em: www.sebrae.com.br. Acesso em: Outubro/2019

SEBRAE, O cultivo e o mercado da goiaba, Brasil: Sebrae, 2016. Disponível

em: www.sebrae.com.br. Acesso em: Outubro/2019

SEBRAE, O cultivo e o mercado da manga, Brasil: Sebrae, 2016. Disponível

em: www.sebrae.com.br. Acesso em: Outubro/2019

SEBRAE. SEBRAE 2018 – Pequenas Empresas; Transformando o RN, Julho

de 2018. Acesso em: Agosto/2019

SEBRAE. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas –

Site Disponível em:

<http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/RN/Anexos/Boletim_

Pequeno_Negocio.pdf>. 2019. Acesso em: Outubro/2019

SIDRA. Sistema IBGE de Recuperação Automática. Produção Agrícola

Municipal. Acessado em 20/08/2018. Disponível em:

https://sidra.ibge.gov.br/tabela/5457 Acesso em: Outubro/2019

SIMÃO, S. Tratado de fruticultura. Piracicaba: FEALQ, 1998, p.39-46

SOUZA JÚNIOR, Francisco Escolástico de. Drying of process acerola waste

in spouted bed: Study of fluid dynamics and analyze of performance of

the dryer. 2012. 126 f. Dissertação (Mestrado em Pesquisa e Desenvolvimento

Page 95: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

95

de Tecnologias Regionais) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

Natal, 2012

Sylvia Constant Vergara. MÉTODOS DE PESQUISA EM

ADMINISTRAÇÃO. São Paulo: Editora Atlas, 2005. 287p. ISBN 85-2243963-

X.

TASCA, Ana Paula Wolf. Efeito do processamento industrial para obtenção

de goiabada sobre os compostos antioxidantes e cor. 2008. 110 f.

Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de

Ciências Farmacêuticas, 2008. Acesso em: Setembro/2019

THOMAZ, A. M. A. U. Avaliação das potencialidades biotecnológicas da

semente de goiaba (Psidium guajava L.). 2014. 225 f. Tese (Doutorado em

Biotecnologia) - Centro de Ciências, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza,

2014. Acesso em: Setembro/2019

-VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. São

Paulo: Atlas, 2009.

VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em Administração. São

Paulo: Atlas, 2004.

VITAL, T.; SAMPAIO, Y. Agricultura familiar e fruticultura irrigada: estudos

de caso no Nordeste. Anais da Academia Pernambucana de Ciência

Agronômica, Recife, v. 4, p. 275-290, 2007. Acesso em: Setembro/2019

XAVIER, I. F.; LEITE, G. A.; MEDEIROS, E. V.; MORAIS, P. L. D.; LIMA, L. M.

Qualidade Pós-colheita da Manga ‘Tommy Atkins’ Comercializada em

Diferentes Estabelecimentos Comerciais no Município de MossoróRN.

Revista Caatinga, v. 22, n. 4, p. 9-13, out.-dez. 2009.

ZAMBERLAN, Luciano et al. Pesquisa em ciências sociais aplicadas. Ijuí:

Unijuí, 2014. 208 p.

ZANATTA, C. L.; ZOTARELLI, M. F.; CLEMENTE, E. Peroxidase (POD) e

polifenoloxidase (PPO) em polpa de goiaba (Psidium guajava R.). Ciência e

Tecnologia de Alimentos, v. 26, n. 3, p. 705–708, 2006

Page 96: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

Anexo 1

Custo da produção e comercialização de 1,0 ha de Acerola c/irrigação localizada, em Macaíba/RN

Espaçamento:

4,0 m x 4,0 m Depreciação do sistema de irrigação 5% a.a.

Plantas por

hectare: 625

Preço do Dólar R$ 3,75

Discriminação Unid. Vr. Unit. ANO - I ANO - II ANO -

III ANO - IV ANO - V ANO - VI Total Geral

Participaç

ão (%)

R$ Qtd. Vr. Total Qtd. Vr. Total Qtd. Vr. Total Qtd. Vr. Total Qtd. Vr. Total Qtd. Vr. Total

Insumos

4.380,40

2.822,35 2.788,55 2.798,90 2.798,90

2.798,90 R$ 18388, 17,14

%

. Mudas + 10% Unid. 3,00 680,0

0 2040,00 0,00 0,00 0,00 0,00

0,00 R$ 2040,00 1,90

%

. Calcário

dolomitico Tipo B (PRNT 60-75%) Ton. 175,00 0,32 R$ 56,00

0,00

0,00

0,00

0,00 0,00 R$ 56,00

0,05%

. Esterco Bovino (Adubo Orgânico) Ton.

115,00 5,00

575,00 5,00 575,00 5,00 575,00 5,00 575,00 5,00 575,00 5,00 575,00 R$ 3450,00

3,22%

. Uréia (45%N) Ton. 1980,00

0,13 257,40 0,26 514,80 0,26 514,80 0,30 594,00 0,30 594,00 0,30

594,00 R$ 3069,00

2,86

%

. Superfosfato simples (18% de

P205) Ton.

1480,00

0,35

518,00 0,40 592,00 0,40 592,00 0,40 592,00 0,40 592,00 0,40

592,00 R$ 3478,00

3,24

%

. Cloreto de potássio (60%

K2O) Ton.

1880,00

0,30

564,00 0,25 470,00 0,25 470,00 0,25 470,00 0,25 470,00 0,25

470,00 R$ 2914,00

2,72

%

. FTE-BR 12 - Micronutrientes

25 KG

73,50 1,60

117,60 1,60

117,60 1,6 117,60 1,6 117,60 1,6 117,60 1,6 117,60 R$ 705,600

0,66%

. Dipterex (Triclorfon) -

Inseticida

Lit. 38,00

2,00

76,00 2,00 76,00 3,00 114,00 3,00 114,00 3,00 114,00 3,00

114,00 R$ 608,00

0,57

%

. Fuguran (Oxicloreto de

Cobre) - Fungicida

Kg. 25,00

0,00

0,00 10,00 250,00 10,00 250,00 10,00 250,00 10,00 250,00 10,00

250,00 R$ 1250,00

1,16

%

. Assist (Óleo Mineral) -

Inseticida/Fungicida

Lt. 18,05

1,00

18,05 1,00 18,05 1,00 18,05 1,00 18,05 1,00 18,05 1,00

18,05 R$ 108,300

0,10

%

. Sulfuramida - Formicida

Kg. 12,00 5,00

60,00 3,00 36,00 2,00 24,00 2,00 24,00 2,00 24,00 2,00 24,00 R$ 192,00

0,18%

Page 97: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

97

. Extravon - Esp.

Adesivo Lit. 14,75 1,00 14,75 2,00 29,50 2,00 29,50 3,00 44,25 3,00 44,25 3,00

44,25 R$ 206,500

0,19

%

. Tutor Milh. 100,00 0,68 68,00

1,2 120,00

0,7 68,00

0,00

0,00

0,00 R$ 256,00

0,24

%

. Fitilho plástico Kg. 7,80

2,00 15,60 3,00 23,40 2,00 15,60 0,00 0,00 0,00 0,00

0,00 R$ 54,600 0,05

%

. Tesouras de poda Unid. R$ 20,00 4,00 R$ 80,00 R$ 80,00

1,11%

Preparo do solo e

plantio

R$ 2090,00

R$ 2090,00

1,95

%

. Aração (Trator

pneus 50-70CV) H/tr. 120,00

3,5 420,00

R$ 420,00

0,39

%

. Gradagem (Trator pneus 50-70CV)

H/tr. 120,00 1,5

180,00 R$ 180,00

0,17%

. Calagem (Trator pneus 50-70CV)

H/tr. 120,00 2,0

240,00 R$ 240,00

0,22%

. Marcação e

coveamento D/h. 50,00 12,00 600,00

R$ 600,00

0,56

%

. Adubação em fundação

D/h. 50,00 8,00 400,00 R$ 400,00

0,37%

. Plantio e replantio D/h. 50,00 5,00 250,00

R$ 250,00 0,23

%

Tratos culturais/fitossanit

ários 2.440,00

3.430,00 4.250,00 4.750,00 4.900,00

4.900,00 R$ 24670,00

22,99%

. Roço mecanizado (Trator pneus 50-70CV) H/tr. 120,00 6,0

720,00 4,0

480,00 4,0 480,00 4,0 480,00 4,0 480,00 4,0

480,00 R$ 3120,00

2,91%

. Coroamento D/h. 50,00 10,0 500,00 12,0

600,00 15,0 750,00 20,0 1.000,00 20,0 1.000,00 20,0

1.000,00 R$ 4850,00

4,52%

. Pulverização mecanizada (Trator pneus 50-70CV;

Pulverizador cortina de ar 2000L) H/tr. 120,00 1,0

120,00 5,0

600,00 6,0 720,00 6,0 720,00 6,0 720,00 6,0

720,00 R$ 3600,00

3,36%

.

Irrigação/fertirrigação D/h. 50,00 10,0

500,00 12,0

600,00 15,0 750,00 15,0 750,00 18,0 900,00 18,0

900,00 R$ 4400,00

4,10%

. Poda de

formação/limpeza D/h. 50,00 3,0

150,00 10,0

500,00 15,0 750,00 20,0 1.000,00 20,0 1.000,00 20,0

1.000,00 R$ 4400,00

4,10

%

. Tutoramento D/h. 50,00 5,00

250,00

5,00 250,00

8,00 400,00

8,00 400,00

8,00 400,00 8,00

400,00 R$ 2100,00

1,96%

. Adubação em cobertura D/h. 50,00 4,0 R$ 200,00 8,0 R$ 400,00 8,0 R$ 400,00 8,0 R$ 400,00 8,0 R$ 400,00 8,0 R$ 400,00 R$ 2200,00

18,33%

Page 98: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

98

Análises R$ 50,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ 160,00 R$ ,00 R$ 210,00

0,20

%

. Análise de solo Unid. 50,00 1,0 R$ 50,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 1,0 R$ 50,00

R$ ,00 R$ 100,00

0,09

%

. Análise foliar Unid. 110,00 0,0 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 1,0 R$ 110,00

R$ ,00 R$ 110,00 0,10

%

Irrigação R$ 7515,00 R$ 585,00 585,00 585,00 585,00 585,00 R$ 10440,00

9,73%

. Equipamentos

(Em dolares)

Unid.

/ 1ha $ 1900, 1,0 R$ 7125,00 0,0 0,0 -

- -

- -

-

- R$ 7125,00

6,64

%

. Energia Kw/h 0,39

1000,

0 R$ 390,00 1500,0 R$ 585,00

1500,

0 585,00

1500,

0 585,00

1500,

0 585,00

1500,

0

585,00 R$ 3315,00

3,09

%

Colheita e pós-colheita -

7.500,00 8.250,00 11.000,00 11.000,00

13.750,00 R$ 51500,00

48,00%

. Colheita e Transporte interno da produção D/h. 50,00 0,0 - 132,0

6.600,00 165,0 8.250,00 220,0 11.000,00 220,0 11.000,00 275,0

13.750,00 R$ 50600,00

47,16%

. Caixa Plástica Agrícola - Hortifruti

100 Unid. 1500,00 0,0 R$ ,00 0,6 R$ 900,00 R$ 900,00

25,00%

R$ ,00

0,00

%

Custo operacional

efetivo (COE) R$ 16475,40

R$

14337,350

R$

15873,550 R$ 19133,90 R$ 19443,90 R$ 22033,90

R$

107298,00

100,0

0%

Custos

administrativos R$ 3602,030 R$ 3602,030 R$ 3602,030 R$ 3602,030 R$ 3602,030 R$ 3602,030 R$

21612,18, 79,02

%

. 1 Funcionário fixo

p/ 10 hectares Salário 998,00 12,00 R$ 1197,600 12,00 R$ 1197,60 12,00 1.197,60 12,00 1.197,60 12,00 1.197,60 12,00

1.197,60 R$ 7185,60,

26,27

%

. Assistência técnica (Agrônomo)

5% salário 400,00 5,00 R$ 2000,00 5,00 R$ 2000,0 5,00 2.000,00 5,00 2.000,00 5,00 2.000,00 5,00

2.000,00

R$ 12000,00,

43,88%

. Encargos (Sálario) 33,77% 337,02 12,00 R$ 404,43 12,00 R$ 404,430 12,00 404,43 12,00 404,43 12,00 404,43 12,00 404,43 R$ 2426,58,

8,87%

Depreciação R$ 356,25 R$ 356,25 R$ 356,25 R$ 356,25 R$ 356,25 R$ 356,25 R$ 2137,50, 7,82

%

. Depreciação do

sistema de irrigação

5% a. a. 356,25 1,0 R$ 356,25 1,0 R$ 356,250 1,0 356,25 1,0 356,25 1,0 356,25 1,0

356,25 R$ 2137,50,

7,82%

Outros R$ 600,00 R$ 600,00 R$ 600,00 R$ 600,00 R$ 600,00 R$ 600,00 R$ 3600,00,

13,16

%

. Custo de Oportunidade do

uso da terra há/ano 600,00 1,0 R$ 600,0 1,0 R$ 600,0 1,0 600,00 1,0 600,00 1,0 600,00 1,0

600,00 R$ 3600,00,

13,16

%

Page 99: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

99

Custo Operacional total (COT) R$ 4558,280

R$

4558,280

R$ 4558,280 R$ 4558,280 R$ 4558,280 R$ 4558,280 R$ 27349,68, 100,00%

Custo Total R$ 21033,68

R$ 1889

5,63

R$

20431,83 R$ 23692,18 R$ 24002,18 R$ 26592,18 R$ 134647,68, 100,00%

Produtividades Unid. ANO - I ANO - II ANO - III ANO - IV ANO - V ANO - VI

Acerola Ton. 0,00 12,00 15,00 20,00 20,00 25,00

Receita Preço de venda da Acerola (Kg) R$ R$ 1,30 R$ 1,30 R$ 1,30 R$ 1,30 R$ 1,30 R$ 1,30

Receita Bruta R$ R$ ,00 R$ 15600,00 R$ 19500,00 R$ 26000,00 R$ 26000,00 R$ 32500,00

Receita Liquida R$ -R$ 21033,68 -R$ 3295,63 -R$ 931,83 R$ 2307,82 R$ 1997,82 R$ 5907,82

Fonte: Elaboração Própria (2019)

Page 100: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

Anexo 2

Custo da produção e comercialização de 1,0 ha de Goiaba c/irrigação localizada, em Macaíba/RN

Variedade: Paluma

Depreciação do sistema de irrigação 5% a.a.

Espaçamento: 7,0 m. x 7,0 m.

Plantas por hectare:

204 Preço do Dólar

R$ 3,75

Discriminação Unid. Vr. Unit. ANO - I ANO - II ANO - III ANO - IV ANO - V ANO - VI

Total Geral

Participação (%)

R$ Qtd. Vr. Total Qtd. Vr. Total Qtd. Vr. Total Qtd. Vr. Total Qtd. Vr. Total Qtd. Vr. Total

Insumos R$ 3693,15 R$ 3390,1 R$ 3120,2

R$

3172,3 R$ 3172,3

R$

3172,3 R$ 19720,35 24,34%

. Mudas + 10% Unid. 5,00 225,0 R$ 1125,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ 1125,00 1,39%

. Calcário dolomitico Tipo B (PRNT 60-75%) Ton. 175,00 0,4 R$ 70,00

R$ 70,00 0,09%

. Esterco Bovino (Adubo Orgânico) Ton. 115,00 8,0 R$ 920,00 8,0 R$ 920,00 8,0 R$ 920,00 8,0

R$ 920,00 8,0 R$ 920,00 8,0

R$ 920,00

R$ 5520,00 6,81%

. Uréia Ton. 1980,00 0,25 R$ 495,00 0,30 R$ 594,00 0,30 R$ 594,00 0,30 R$

594,00 0,30 R$ 594,00 0,30 R$

594,00 R$ 3465,00 4,28%

. Superfosfato

simples (18% de P205), 18 a 20% de cálcio e 10 a

12% de enxofre Ton. 1480,00 0,3 R$ 444,00 0,35 R$ 518,00 0,35 R$ 518,00 0,35

R$

518,00 0,35 R$ 518,00 0,35

R$

518,00

R$ 3034,00 3,74%

. Cloreto de potássio (KCl): 60

% de K20 Ton. 1880,00 0,15 R$ 282,00 0,20 R$ 376,00 0,20 R$ 376,00 0,20

R$

376,00 0,20 R$ 376,00 0,20

R$

376,00

R$ 2162,00 2,67%

. Fertamin -

Micronutrientes Lit. 18,70 3,0 R$ 56,100 6,0 R$ 112,200 6,0 R$ 112,200 8,0

R$

149,600 8,0 R$ 149,600 8,0

R$

149,600 R$ 729,300 0,90%

. Sulfuramida - Formicida Kg. 12,00 3,0 R$ 36,00 3,0 R$ 36,00 3,0 R$ 36,00 3,0 R$ 36,00 3,0 R$ 36,00 3,0 R$ 36,00

R$ 216,00 0,27%

. Decis 25 CE (Deltamethrin) - Inseticida Lit. 75,30 1,0 R$ 75,3 4,0 R$ 301,2 4,0 R$ 301,2 4,0 R$ 301,2 4,0 R$ 301,2 4,0 R$ 301,2

R$ 1581,300 1,95%

. Cupravit Azul (Oxicloreto de cobre) -

Fungicida Lit. 20,25 4,0 R$ 81,00 8,0 R$ 162,00 8,0 R$ 162,00 8,0

R$

162,00 8,0 R$ 162,00 8,0

R$

162,00

R$ 891,00 1,10%

. Dithane PM (Mancozeb) -

Fungicida Kg. 38,75 0,0

- 3,00 R$ 116,25 0,0

- 0,0

- 0,0

- 0,0

-

R$ 116,2500 0,14%

Page 101: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

101

. Kocide

(Hidróxido de cobre) - Fungicida Kg. 65,50

- 2,00 R$ 131,00

-

R$ 131,00 0,16%

. Gramoxone 200 SC (Paraquat) - Herbicida Lit. 35,70 2,0 R$ 71,400 2,0 R$ 71,400 2,0 R$ 71,400 2,0

R$ 71,400 2,0 R$ 71,400 2,0

R$ 71,400

R$ 428,400 0,53%

. Nimitz EC (Fluensulfona) -

Nematicida Lit. 20,00 1,50 R$ 30,00 1,50 R$ 30,00 1,50 R$ 30,00 1,50 R$ 30,00 1,50 R$ 30,00 1,50 R$ 30,00

R$ 180,00 0,22%

. Extravon - Esp. Adesivo Lit. 14,70 0,5 R$ 7,3500 1,5 R$ 22,0500 2,0 R$ 29,400 3,0

R$ 44,100 3,0 R$ 44,100 3,0

R$ 44,100

R$ 191,100 0,24%

. Tutor Milh. 100,00 0,30 R$ 30,00 0,3 R$ 30,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ 191,100 0,24%

. Fitilho plástico Kg. 7,80 1,0 7,80 3,00 23,40 3,00 23,40 3,00 R$ 23,40 2,00 R$ 15,60 2,00 R$ 15,60 R$ 60,00 0,07%

. Tesouras de poda Unid. R$ 20,00 3,00 R$ 60,00

R$ 60,00 0,07%

Preparo do solo e plantio R$ 2060,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00

R$ 2060,00 2,54%

. Aração (Trator

pneus 50-70CV) H/tr. 120,00 3,5 R$ 420,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ 420,00 0,52%

. Gradagem (Trator pneus 50-

70CV) H/tr. 120,00 1,5 R$ 180,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00

R$ 180,00 0,22%

. Marcação e coveamento D/h. 50,00 12,0 R$ 600,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00

R$ 600,00 0,74%

. Transporte interno de

insumos H/tr. 120,00 0,5 R$ 60,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00

R$ 60,00 0,07%

. Adubação em fundação D/h. 50,00 10,0 R$ 500,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00

R$ 500,00 0,62%

. Plantio e replantio D/h. 50,00 6,0 R$ 300,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00

R$ 300,00 0,37%

Tratos

culturais/fitossanitários R$ 3580,00 R$ 4930,00 R$ 6130,00

R$ 6380,00 R$ 6630,00

R$ 6630,00

R$ 34280,00 42,31%

. Capinas mecanizadas (Trator pneus 50-

70CV) H/tr. 120,00 4,0 R$ 480,00 4,0 R$ 480,00 4,0 R$ 480,00 4,0

R$

480,00 4,0 R$ 480,00 4,0

R$

480,00

R$ 2880,00 3,55%

. Coroamento D/h. 50,00 10,0 R$ 500,00 10,0 R$ 500,00 15,0 R$ 750,00 15,0 R$

750,00 15,0 R$ 750,00 15,0 R$

750,00 R$ 4000,00 4,94%

. Poda de condução/produç D/h. 50,00 11,0 R$ 550,00 13,0 R$ 650,00 16,0 R$ 800,00 16,0

R$ 800,00 16,0 R$ 800,00 16,0

R$ 800,00

R$ 4400,00 5,43%

Page 102: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

102

ão

. Desbaste/Raleio D/h. 50,00 0,0 R$ ,00 3,0 R$ 150,00 10,0 R$ 500,00 15,0 R$

750,00 20,0 R$ 1000,00 20,0 R$

1000,00 R$ 3400,00 4,20%

. Pulverização mecanizada (Trator pneus 50-

70CV; Pulverizador cortina de ar

2000L) H/tr. 120,00 5,0 R$ 600,00 10,0 R$ 1200,00 15,0 R$ 1800,00 15,0

R$

1800,00 15,0 R$ 1800,00 15,0

R$

1800,00

R$ 9000,00 11,11%

. Tutoramento D/h. 50,00 7,0 R$ 350,00 3,0 R$ 150,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ 500,00 0,62%

. Irrigação/fertirrigação D/h. 50,00 15,0 R$ 750,00 20,0 R$ 1000,00 20,0 R$ 1000,00 20,0

R$ 1000,00 20,0 R$ 1000,00 20,0

R$ 1000,00

R$ 5750,00 7,10%

. Adubação em cobertura D/h. 50,00 7,0 R$ 350,00 16,0 R$ 800,00 16,0 R$ 800,00 16,0

R$ 800,00 16,0 R$ 800,00 16,0

R$ 800,00

R$ 4350,00 5,37%

Análises R$ 50,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ 160,00 R$ ,00 R$ 210,00 0,26%

. Análise de solo Unid. 50,00 1,0 R$ 50,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 1,0 R$ 50,00 R$ ,00 R$ ,00

R$ 100,00 0,12%

. Análise foliar Unid. 110,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 1,0 R$ 110,00 R$ ,00 R$ ,00

R$ 110,00 0,14%

Irrigação R$ 7515,00 R$ 780,00

780,00

780,00

780,00

780,00 R$ 11415,00 14,09%

. Equipamentos

(Em dolares)

Unid.

/ 1ha em

dolar

es

$

1900, 1,0 R$ 7125,00

R$ 7125,00 8,79%

. Energia Kw/h 0,39 1000,

0 R$ 390,00 2000,

0 R$ 780,00 2000,

0

780,00 2000,

0

780,00 2000,

0

780,00 2000,

0

780,00 R$ 4290,00 5,29%

Colheita e pós colheita 1670,00 R$ ,00 R$ 1390,00 R$ 1680,00

R$ 2960,00 R$ 3560,00

R$ 3960,00

R$ 13550,00 16,72%

. Colheita manual D/h. 50,00 R$ ,00 14,0 R$ 700,00 24,0 R$ 1200,00 40,0 R$

2000,00 52,0 R$ 2600,00 60,0 R$

3000,00 R$ 9500,00 11,72%

. Caixa Plástica

Agrícola - Hortifruti

100 Unid. 1500,00 R$ ,00 0,3 R$ 450,00

R$ 450,00 0,56%

. Transporte

interno H/tr. 120,00 R$ ,00 2,0 R$ 240,00 4,0 R$ 480,00 8,0

R$

960,00 8,0 R$ 960,00 8,0

R$

960,00 R$ 3600,00 4,44%

Custo operacional

efetivo (COE) R$

16848,150 R$

10490,10 R$

11710,20 R$

13292,30 R$

14142,30 R$

14542,30

R$ 81025,3500

100,00%

Page 103: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

103

Produtividades Unid. ANO - I ANO - II ANO - III ANO - IV ANO - V ANO - VI

Goiaba Ton. 0,00 7,00 12,00 20,00 26,00

30,00

Receita

Preço de venda da goiaba (Kg) R$ R$ 1,75 R$ 1,75 R$ 1,75 R$ 1,75 R$ 1,75 R$ 1,75

Receita bruta R$ R$ 0,00 R$ 12250,00 R$ 21000,00 R$ 35000,00 R$ 45500,00 R$ 52500,00

Receita Liquida R$ -R$ 22206,43 -R$ 3598,38 R$ 3931,52 R$ 16349,42 R$ 25999,42 R$ 32599,42

Fonte: Elaboração Própria (2019)

Total geral

Participaç

ão (%)

Custos

administrativos

R$

4402,030

R$

4402,030

R$

4402,030

R$

4402,030

R$

4402,030

R$

4402,030 R$ 26412,18, 82,15%

. 1 Funcionário fixo p/ 10 ha

Salário 998,00 12,00

R$ 1197,600 12,00 R$ 1197,60 12,00

1.197,60 12,00

1.197,60 12,00

1.197,60 12,00

1.197,60

R$ 7185,60, 22,35%

. Assistência técnica (Agrônomo)

5% salário / há 400,00 7,00 R$ 2800,00 7,00 R$ 2800,0 7,00

2.800,00 7,00

2.800,00 7,00

2.800,00 7,00

2.800,00

R$ 16800,00, 52,26%

. Encargos (Sálario)

33,77% 337,02 12,00 R$ 404,43 12,00 R$ 404,430 12,00

404,43 12,00

404,43 12,00

404,43 12,00

404,43

R$ 2426,58, 7,55%

Depreciação R$ 356,25 R$ 356,25 R$ 356,25 R$

356,25 R$ 356,25 R$

356,25 R$ 2137,50, 6,65%

. Depreciação do

sistema de irrigação

5% a. a. 356,25 1,0 R$ 356,25 1,0 R$ 356,250 1,0

356,25 1,0

356,25 1,0

356,25 1,0

356,25

R$ 2137,50, 6,65%

Outros R$ 600,00 R$ 600,00 R$ 600,00

R$

600,00 R$ 600,00

R$

600,00 R$ 3600,00, 11,20%

. Custo de Oportunidade do

uso da terra

há/an

o 600,00 1,0 R$ 600,0 1,0 R$ 600,0 1,0

600,00 1,0

600,00 1,0

600,00 1,0

600,00

R$ 3600,00, 11,20%

Custo Operacional total (COT)

R$ 5358,280

R$ 5358,280

R$ 5358,280

R$ 5358,280

R$ 5358,280

R$ 5358,280

R$ 32149,68, 100,00%

Custo Total R$

22206,43 R$

15848,38 R$

17068,48 R$

18650,58 R$

19500,58 R$

19900,58

Page 104: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

Anexo 3

Custo da produção e comercialização de 1,0 ha de Manga c/irrigação localizada, em Macaíba/RN

Variedade: Tommy Atkins Depreciação do sistema de irrigação 5% a.a.

Espaçamento: 8,0 m. x 5,0 m.

Plantas por

hectare: 250

Preço do Dólar R$ 3,75

Discriminação Unid. Vr. Unit. ANO - I ANO - II ANO - III ANO - IV ANO - V ANO - VI Total Geral

Participação (%)

R$ Qtd. Vr. Total Qtd. Vr. Total Qtd. Vr. Total Qtd. Vr. Total Qtd. Vr. Total Qtd. Vr. Total

Insumos

4.723,25

3.943,20

4.642,35

5.225,40

5.671,90

6.250,60 R$ 30456,7 38,34%

. Mudas + 10% Unid. 6,00 275,0 1.650,00

-

- -

- R$ 1650,00 2,08%

. Esterco de Caprino (Adubo Orgânico) Ton. 165,00 5,0

825,00 5,0

825,00 5,0

825,00 5,0

825,00 5,0

825,00 5,0

825,00 R$ 4950,00 6,23%

. Uréia Ton. 1980,00

0,30 594,00 0,35

693,00 0,35

693,00 0,35

693,00 0,35

693,00 0,35

693,00 R$ 4059,00 5,11%

. Superfosfato

simples (18% de P205), 18 a 20% de cálcio e 10 a 12%

de enxofre Ton.

1480,00

0,45

666,00 0,50

740,00 0,50

740,00 0,50

740,00 0,50

740,00 0,50

740,00 R$ 4366,00 5,50%

. Cloreto de potássio (KCl): 60

% de K20 Ton.

1880,00

0,20

376,00 0,25

470,00 0,25

470,00 0,25

470,00 0,25

470,00 0,25

470,00 R$ 2726,00 3,43%

. Fertamin -

Micronutrientes Lit. 18,70 4,0 R$ 74,800 8,0

149,60 16,0

R$

299,200 16,0

R$

299,200 16,0 R$ 299,200 16,0

R$

299,200

R$

1421,200 1,79%

. Compact zinco - Micronutrientes Lit. 14,75 2,0 R$ 29,500 3,0

44,25 4,0 R$ 59,00 4,0 R$ 59,00 4,0 R$ 59,00 4,0 R$ 59,00

R$ 309,7500 0,39%

. Gesso Ton. 150,00 0,2 R$ 30,00 0,0 - 0,0

- 0,0

- 0,0 - 0,0

- R$ 30,00 0,04%

. Calcário

dolomitico Tipo B (PRNT 60-75%) Ton. 175,00 0,4 R$ 70,00 R$ 70,00 2,43%

. Cultar 250 SC (Paclobutrazol 25%) - Inibidor de

Cresc. Lt. 335,00 0,0

- 0,0

- 2,0

670,00 3,0

1.005,00 4,0

1.340,00 5,0

1.675,00 R$ 4690,00 5,90%

. Gramoxone 200 SC (Paraquat) - Lit. 35,70 6,0

214,20 6,0

214,20 6,0

214,20 6,0

214,20 6,0

214,20 6,0

214,20

R$ 1285,200 1,62%

Page 105: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

105

Herbicida

. Formicida - Sulfuramida Kg. 12,00 3,0

36,00 3,0

36,00 3,0

36,00 3,0

36,00 3,0

36,00 3,0

36,00 R$ 216,00 0,27%

. Decis 25 CE (Deltamethrin) - Inseticida Lit. 75,30 1,0

75,30 1,0

75,30 1,0

75,30 1,0

75,30 1,0

75,30 1,0

75,30 R$ 451,800 0,57%

. Reconil (Oxicloreto de

cobre) - Fungicida Kg. 37,75 1,0

37,75 1,0

37,75 2,0

75,50 4,0

151,00 4,0

151,00 4,0

151,00 R$ 604,00 0,76%

. Dipterex 500 (triclorfon) -

Inseticida Lit. 55,75 0,0

- 2,0

111,50 4,0

223,00 6,0

334,50 8,0

446,00 10,0

557,50

R$

1672,500 2,11%

. Dithane PM (Mancozeb) -

Fungicida Kg. 38,75 0,0

- 6,0

232,50 0,0

- 0,0

- 0,0 - 0,0

- R$ 232,500 0,29%

. Cercobin (Thiophanate

Methyl) - Fungicida Kg. 39,50 0,0

- 0,0

- 2,0

79,00 2,0

79,00 2,0

79,00 3,0

118,50 R$ 355,500 0,45%

. Kumulus DF (Enxofre 800 g/kg )

- Fungicida Kg. 8,10 0,0

- 20,0

162,00 0,0

- 0,0

- 0,0 - 0,0

- R$ 162,00 0,20%

. Vertimec 18 CE

(Abamectin) - Ins.acar. Natural Lit. 92,70 0,0

- 1,0

92,70 1,5

139,05 2,0

185,40 2,0

185,40 3,0

278,10

R$ 880,6500 1,11%

. Extravon -

Espalhante Adesivo Lit. 14,70 1,0

14,70 2,0

29,40 3,0

44,10 4,0

58,80 4,0

58,80 4,0

58,80 R$ 264,600 0,33%

. Tutor Milh. 100,00 0,3 30,00 0,3

30,00

-

- -

- R$ 60,00 0,08%

Preparo do solo e plantio

1.600,00 R$ 1600,00 2,01%

. Aração (Trator pneus 50-70CV) H/tr. 120,00 3,0

360,00 R$ 360,00 0,45%

. Gradagem (Trator

pneus 50-70CV) H/tr. 120,00 2,0

240,00 R$ 240,00 0,30%

. Marcação e coveamento D/h. 50,00 10,0

500,00 R$ 500,00 0,63%

. Adubação em fundação D/h. 50,00 6,0

300,00 R$ 300,00 0,38%

. Plantio e replantio D/h. 50,00 4,0 200,00 R$ 200,00 0,25%

Tratos

culturais/fitossanitários

3.570,00

3.670,00

4.530,00

4.560,00

4.780,00

5.760,00

R$ 26870,00 33,83%

Page 106: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

106

. Capinas

mecanizadas (Trator pneus 50-70CV) H/tr. 120,00 6,0

720,00 6,0

720,00 6,0

720,00 3,0

360,00 2,0

240,00 2,0

240,00 R$ 3000,00 3,78%

. Poda formação/produção D/h. 50,00 8,0

400,00 8,0

400,00 8,0

400,00 8,0

400,00 10,0

500,00 20,0

1.000,00 R$ 3100,00 3,90%

. Pulverização costal D/h. 50,00 12,0

600,00 12,0

600,00 0,0

- 0,0

- 0,0 - 0,0

- R$ 1200,00 1,51%

. Pulverização

tratorizada (Trator pneus 50-70CV; Pulverizador cortina

de ar 2000L) H/tr. 120,00 0,0

- 0,0

- 4,0

480,00 6,0

720,00 8,0

960,00 10,0

1.200,00 R$ 3360,00 4,23%

. Indução da floração H/tr. 120,00 0,0

- 0,0

- 4,0

480,00 4,0

480,00 4,0

480,00 6,0

720,00 R$ 2160,00 2,72%

. Irrigação/fertirrigação H/tr. 50,00 15,0

750,00 15,0

750,00 18,0

900,00 18,0

900,00 18,0

900,00 18,0

900,00 R$ 5100,00 6,42%

. Tutoramento D/h. 50,00 2,0 100,00 2,0

100,00 4,0

200,00 4,0

200,00 4,0

200,00 4,0

200,00 R$ 1000,00 1,26%

. Coroamento D/h. 50,00 10,0 500,00 10,0

500,00 15,0

750,00 18,0

900,00 18,0

900,00 18,0

900,00 R$ 4450,00 5,60%

. Adubação em

cobertura D/h. 50,00 10,0

500,00 12,0

600,00 12,0

600,00 12,0

600,00 12,0

600,00 12,0

600,00 R$ 3500,00 4,41%

Análises - R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R R$ 160,00 $ R$ ,00 R$ 160,00 0,20%

. Análise de solo Unid. 50,00 1,0 50,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 1,0 R$ 50,00 R$ ,00 R$ 100,00 0,13%

. Análise foliar Unid. 110,00 - R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 1,0 R$ 110,00 R$ ,00 R$ 110,00 0,14%

Irrigação R$ 7515,00

R$

780,00

780,00

780,00

780,00

780,00

R$

11415,00 14,37%

. Equipamentos (Em dólares)

Unid. / 1ha $ 1900, 1,0 R$ 7125,00 R$ 7125,00 8,97%

. Energia Kw/h 0,39 1000,

0 R$ 390,00 2000,

0 R$

780,00 2000,

0 780,00

2000,0

780,00

2000,0

780,00

2000,0

780,00 R$ 4290,00 5,40%

Colheita e pós colheita

-

-

-

1.490,00

1.480,00

2.760,00

3.200,00 R$ 8930,00 11,24%

.

Colheita/classificação/embalagem D/h. 50,00 0,0

- 0,0

- 10,0

500,00 20,0

1.000,00 36,0

1.800,00 40,0

2.000,00 R$ 5300,00 6,67%

. Caixa Plástica

Agrícola - Hortifruti 100 Unid. 1500,00 0,0 R$ ,00 R$ ,00 0,5

750,00

- -

- R$ 750,00 17,48%

. Transporte interno H/tr. 120,00 0,0 - 0,0

- 2,0

240,00 4,0

480,00 8,0

960,00 10,0

1.200,00 R$ 2880,00 3,63%

Page 107: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

107

R$ ,00 0,00%

Custo operacional

efetivo (COE)

R$

17408,250

R$

8393,20

R$ 11442,35

0

R$

12045,40

R$

14151,90

R$

15990,60

R$

79431,700 100,00%

Total geral Participação

(%)

Custos

administrativos R$ 560,203

R$

560,203

R$

560,203

R$

560,203 R$ 560,203

R$

560,203

R$

3361,22, 36,94%

. Funcionário fixo Salário 998,00 12,00

R$

1197,600 12

R$

1197,60 12

1.197,60 12

1.197,60 12

1.197,60 12

1.197,60

R$

7185,60, 78,97%

. Assistência técnica (Agrônomo)

5% salário 400,00 10,00 R$ 4000,00 10

R$ 4000,0 10

4.000,00 10

4.000,00 10

4.000,00 10

4.000,00

R$ 24000,00, 263,77%

. Encargos (Sálario) 33,77% 337,02 12,00 R$ 404,43 12 R$

404,430 12 404,43 12

404,43 12

404,43 12

404,43

R$ 2426,58, 26,67%

Depreciação R$ 356,25

R$

356,25

R$

356,25

R$

356,25 R$ 356,25

R$

356,25

R$

2137,50, 23,49%

. Depreciação do sistema de

irrigação

5% a. a.

356,25 1,0 R$ 356,25 1,0

R$

356,250 1,0

356,25 1,0

356,25 1,0

356,25 1,0

356,25

R$

2137,50, 23,49%

Outros R$ 600,00

R$

600,00

R$

600,00

R$

600,00 R$ 600,00

R$

600,00

R$

3600,00, 39,57%

. Custo de Oportunidade do

uso da terra há/ano 600,00 1,0 R$ 600,0 1,0 R$ 600,0 1,0

600,00 1,0

600,00 1,0

600,00 1,0

600,00

R$

3600,00, 39,57%

0,00%

Custo Operacional total (COT)

R$ 1516,453

R$ 1516,453

R$ 1516,453

R$ 1516,453

R$ 1516,453

R$ 1516,453

R$ 9098,72, 100,00%

Custo Total R$ 18924,7

R$

9909,65

R$

12958,8

R$

13561,85

R$

15668,35

R$

17507,05

Produtividades Unid. ANO - I ANO - II ANO - III ANO - IV ANO - V ANO - VI

Manga Ton. 0,00 0,00 3,00 6,00 18,00 26,00

Receita Preço de venda da Manga (Kg) R$ R$ 1,50 R$ 1,50 R$ 1,50 R$ 1,50 R$ 1,50 R$ 1,50

Receita bruta R$ R$ ,00 R$ ,00 R$ 4500,00 R$ 9000,00 R$ 27000,00 R$ 39000,00

Receita Liquida R$ -R$ 18924,70 -R$ 9909,65 -R$ 8458,80 -R$ 4561,85 R$ 11331,65 R$ 21492,95

Fonte: Elaboração Própria (2019)

Page 108: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

Anexo 4

Fluxo de caixa referente ao cultivo da Acerola no Cenário 1.

Fonte: Elaboração Própria (2019)

Períodos (anos)

Custos Receitas Receita líquida RL ajustada Fluxo de caixa

cumulativo

0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0

1 -R$ 16826,944 R$ ,0 -R$ 16826,944 -R$ 15297,221 -R$ 15297,221

2 -R$ 15116,504 R$ 18720,0 R$ 3603,496 R$ 2978,096 -R$ 12319,125

3 -R$ 16345,464 R$ 23400,0 R$ 7054,536 R$ 5300,178 -R$ 7018,948

4 -R$ 18953,744 R$ 31200,0 R$ 12246,256 R$ 8364,358 R$ 1345,410

5 -R$ 19201,744 R$ 31200,0 R$ 11998,256 R$ 7449,973 R$ 8795,383

6 -R$ 21273,744 R$ 39000,0 R$ 17726,256 R$ 10006,010 R$ 18801,393

7 -R$ 21273,744 R$ 39000,0 R$ 17726,256 R$ 9096,372 R$ 27897,765

8 -R$ 21273,744 R$ 39000,0 R$ 17726,256 R$ 8269,429 R$ 36167,195

9 -R$ 21273,744 R$ 39000,0 R$ 17726,256 R$ 7517,663 R$ 43684,858

10 -R$ 21273,744 R$ 39000,0 R$ 17726,256 R$ 6834,239 R$ 50519,097

11 -R$ 21273,744 R$ 39000,0 R$ 17726,256 R$ 6212,945 R$ 56732,042

12 -R$ 21273,744 R$ 39000,0 R$ 17726,256 R$ 5648,132 R$ 62380,173

13 -R$ 21273,744 R$ 39000,0 R$ 17726,256 R$ 5134,665 R$ 67514,838

14 -R$ 21273,744 R$ 39000,0 R$ 17726,256 R$ 4667,877 R$ 72182,716

15 -R$ 21273,744 R$ 39000,0 R$ 17726,256 R$ 4243,525 R$ 76426,241

16 -R$ 21273,744 R$ 39000,0 R$ 17726,256 R$ 3857,750 R$ 80283,991

17 -R$ 21273,744 R$ 39000,0 R$ 17726,256 R$ 3507,045 R$ 83791,036

18 -R$ 21273,744 R$ 39000,0 R$ 17726,256 R$ 3188,223 R$ 86979,259

19 -R$ 21273,744 R$ 39000,0 R$ 17726,256 R$ 2898,385 R$ 89877,643

20 -R$ 21273,744 R$ 39000,0 R$ 17726,256 R$ 2634,895 R$ 92512,538

Total Total Total Total

-R$ 405550,55

R$ 689520,0

R$ 283969,448 R$ 92512,538

VPL R$ 92512,538

TIR 39,59%

Payback 3-4

TMA 12,00%

Page 109: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

109

Anexo 5

Fluxo de caixa referente ao cultivo da Acerola no Cenário 2.

Fonte: Elaboração Própria (2019)

Períodos (anos)

Custos Receitas Receita líquida

RL ajustada Fluxo de caixa

cumulativo

0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0

1 -R$ 18930,312 R$ ,0 -R$

18930,312 -R$ 17209,374 -R$ 17209,374

2 -R$ 17006,067 R$ 17160,0 R$ 153,933 R$ 127,218 -R$ 17082,156

3 -R$ 18388,647 R$ 21450,0 R$ 3061,353 R$ 2300,040 -R$ 14782,116

4 -R$ 21322,962 R$ 28600,0 R$ 7277,038 R$ 4970,315 -R$ 9811,801

5 -R$ 21601,962 R$ 28600,0 R$ 6998,038 R$ 4345,231 -R$ 5466,570

6 -R$ 23932,962 R$ 35750,0 R$ 11817,038 R$ 6670,410 R$ 1203,840

7 -R$ 23932,962 R$ 35750,0 R$ 11817,038 R$ 6064,009 R$ 7267,849

8 -R$ 23932,962 R$ 35750,0 R$ 11817,038 R$ 5512,736 R$ 12780,585

9 -R$ 23932,962 R$ 35750,0 R$ 11817,038 R$ 5011,578 R$ 17792,163

10 -R$ 23932,962 R$ 35750,0 R$ 11817,038 R$ 4555,980 R$ 22348,143

11 -R$ 23932,962 R$ 35750,0 R$ 11817,038 R$ 4141,80 R$ 26489,943

12 -R$ 23932,962 R$ 35750,0 R$ 11817,038 R$ 3765,273 R$ 30255,215

13 -R$ 23932,962 R$ 35750,0 R$ 11817,038 R$ 3422,975 R$ 33678,190

14 -R$ 23932,962 R$ 35750,0 R$ 11817,038 R$ 3111,796 R$ 36789,986

15 -R$ 23932,962 R$ 35750,0 R$ 11817,038 R$ 2828,905 R$ 39618,891

16 -R$ 23932,962 R$ 35750,0 R$ 11817,038 R$ 2571,732 R$ 42190,623

17 -R$ 23932,962 R$ 35750,0 R$ 11817,038 R$ 2337,938 R$ 44528,561

18 -R$ 23932,962 R$ 35750,0 R$ 11817,038 R$ 2125,398 R$ 46653,959

19 -R$ 23932,962 R$ 35750,0 R$ 11817,038 R$ 1932,180 R$ 48586,139

20 -R$ 23932,962 R$ 35750,0 R$ 11817,038 R$ 1756,527 R$ 50342,667

Total Total Total Total

-R$ 456244,371

R$ 632060,0

R$ 175815,63 R$ 50342,67

VPL R$ 50342,67

TIR 20,40%

Payback 5-6

TMA 12,00%

Page 110: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

110

Anexo 6

Fluxo de caixa referente ao cultivo da Acerola no Cenário 4.

Fonte: Elaboração Própria (2019)

Períodos (anos)

Custos Receitas Receita líquida

RL ajustada Fluxo de caixa

cumulativo

0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0

1 -R$ 23137,047 R$ ,0 -R$

23137,047 -R$ 21033,680 -R$ 21033,680

2 -R$ 20785,192 R$ 14040,0 -R$ 6745,192 -R$ 5574,539 -R$ 26608,219

3 -R$ 22475,012 R$ 17550,0 -R$ 4925,012 -R$ 3700,235 -R$ 30308,454

4 -R$ 26061,397 R$ 23400,0 -R$ 2661,397 -R$ 1817,770 -R$ 32126,224

5 -R$ 26402,397 R$ 23400,0 -R$ 3002,397 -R$ 1864,253 -R$ 33990,476

6 -R$ 29251,397 R$ 29250,0 -R$ 1,397 -R$ ,789 -R$ 33991,265

7 -R$ 29251,397 R$ 29250,0 -R$ 1,397 -R$ ,717 -R$ 33991,982

8 -R$ 29251,397 R$ 29250,0 -R$ 1,397 -R$ ,652 -R$ 33992,634

9 -R$ 29251,397 R$ 29250,0 -R$ 1,397 -R$ ,593 -R$ 33993,227

10 -R$ 29251,397 R$ 29250,0 -R$ 1,397 -R$ ,539 -R$ 33993,766

11 -R$ 29251,397 R$ 29250,0 -R$ 1,397 -R$ ,490 -R$ 33994,256

12 -R$ 29251,397 R$ 29250,0 -R$ 1,397 -R$ ,445 -R$ 33994,701

13 -R$ 29251,397 R$ 29250,0 -R$ 1,397 -R$ ,405 -R$ 33995,106

14 -R$ 29251,397 R$ 29250,0 -R$ 1,397 -R$ ,368 -R$ 33995,474

15 -R$ 29251,397 R$ 29250,0 -R$ 1,397 -R$ ,335 -R$ 33995,808

16 -R$ 29251,397 R$ 29250,0 -R$ 1,397 -R$ ,304 -R$ 33996,112

17 -R$ 29251,397 R$ 29250,0 -R$ 1,397 -R$ ,276 -R$ 33996,389

18 -R$ 29251,397 R$ 29250,0 -R$ 1,397 -R$ ,251 -R$ 33996,640

19 -R$ 29251,397 R$ 29250,0 -R$ 1,397 -R$ ,228 -R$ 33996,869

20 -R$ 29251,397 R$ 29250,0 -R$ 1,397 -R$ ,208 -R$ 33997,076

Total Total Total Total

-R$ 557632,009

R$ 517140,0

-R$ 40492,01 -R$ 33997,08

VPL -R$ 33997,08

TIR -11,06%

Payback 0

TMA 12,00%

Page 111: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

111

Anexo 7

Fluxo de caixa referente ao cultivo da Acerola no Cenário 5.

Fonte: Elaboração Própria (2019)

Períodos (anos)

Custos Receitas Receita líquida

RL ajustada Fluxo de caixa

cumulativo

0 R$ , R$ , R$ , R$ , R$ , 1 -R$ 25240,42 R$ ,00 -R$ 25240,42 -R$ 22945,83 -R$ 22945,83 2 -R$ 22674,76 R$ 12480,00 -R$ 10194,76 -R$ 8425,42 -R$ 31371,25 3 -R$ 24518,2 R$ 15600,00 -R$ 8918,2 -R$ 6700,37 -R$ 38071,62 4 -R$ 28430,62 R$ 20800,00 -R$ 7630,62 -R$ 5211,81 -R$ 43283,44 5 -R$ 28802,62 R$ 20800,00 -R$ 8002,62 -R$ 4968,99 -R$ 48252,43 6 -R$ 31910,62 R$ 26000,00 -R$ 5910,62 -R$ 3336,39 -R$ 51588,82 7 -R$ 31910,62 R$ 26000,00 -R$ 5910,62 -R$ 3033,08 -R$ 54621,9 8 -R$ 31910,62 R$ 26000,00 -R$ 5910,62 -R$ 2757,35 -R$ 57379,24 9 -R$ 31910,62 R$ 26000,00 -R$ 5910,62 -R$ 2506,68 -R$ 59885,92 10 -R$ 31910,62 R$ 26000,00 -R$ 5910,62 -R$ 2278,8 -R$ 62164,72 11 -R$ 31910,62 R$ 26000,00 -R$ 5910,62 -R$ 2071,63 -R$ 64236,35 12 -R$ 31910,62 R$ 26000,00 -R$ 5910,62 -R$ 1883,3 -R$ 66119,66 13 -R$ 31910,62 R$ 26000,00 -R$ 5910,62 -R$ 1712,09 -R$ 67831,75 14 -R$ 31910,62 R$ 26000,00 -R$ 5910,62 -R$ 1556,45 -R$ 69388,2 15 -R$ 31910,62 R$ 26000,00 -R$ 5910,62 -R$ 1414,95 -R$ 70803,16 16 -R$ 31910,62 R$ 26000,00 -R$ 5910,62 -R$ 1286,32 -R$ 72089,48 17 -R$ 31910,62 R$ 26000,00 -R$ 5910,62 -R$ 1169,38 -R$ 73258,86 18 -R$ 31910,62 R$ 26000,00 -R$ 5910,62 -R$ 1063,08 -R$ 74321,94 19 -R$ 31910,62 R$ 26000,00 -R$ 5910,62 -R$ 966,43 -R$ 75288,37 20 -R$ 31910,62 R$ 26000,00 -R$ 5910,62 -R$ 878,58 -R$ 76166,95

Total Total Total Total

-R$ 608325,83 R$ 459680,0

-R$ 148645,828

-R$ 76166,948

VPL -R$ 76166,948

TIR -23,40%

Payback 0

TMA 12,00%

Page 112: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

112

Anexo 8

Fluxo de caixa referente ao cultivo da Goiaba no Cenário 1.

Fonte: Elaboração Própria (2019)

Períodos (anos)

Custos Receitas Receita líquida RL ajustada Fluxo de caixa

cumulativo

0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0

1 -R$ 17765,144 R$ ,0 -R$ 17765,144 -R$ 15861,735 -R$ 15861,735

2 -R$ 12678,704 R$ 14700,0 R$ 2021,296 R$ 1611,365 -R$ 14250,370

3 -R$ 13654,784 R$ 25200,0 R$ 11545,216 R$ 8217,657 -R$ 6032,713

4 -R$ 14920,464 R$ 42000,0 R$ 27079,536 R$ 17209,535 R$ 11176,822

5 -R$ 15600,464 R$ 54600,0 R$ 38999,536 R$ 22129,384 R$ 33306,206

6 -R$ 15920,464 R$ 63000,0 R$ 47079,536 R$ 23851,958 R$ 57158,164

7 -R$ 15920,464 R$ 63000,0 R$ 47079,536 R$ 21296,391 R$ 78454,556

8 -R$ 15920,464 R$ 63000,0 R$ 47079,536 R$ 19014,635 R$ 97469,191

9 -R$ 15920,464 R$ 63000,0 R$ 47079,536 R$ 16977,353 R$ 114446,544

10 -R$ 15920,464 R$ 63000,0 R$ 47079,536 R$ 15158,351 R$ 129604,894

11 -R$ 15920,464 R$ 63000,0 R$ 47079,536 R$ 13534,242 R$ 143139,136

12 -R$ 15920,464 R$ 63000,0 R$ 47079,536 R$ 12084,144 R$ 155223,280

13 -R$ 15920,464 R$ 63000,0 R$ 47079,536 R$ 10789,415 R$ 166012,695

14 -R$ 15920,464 R$ 63000,0 R$ 47079,536 R$ 9633,406 R$ 175646,101

15 -R$ 15920,464 R$ 63000,0 R$ 47079,536 R$ 8601,255 R$ 184247,356

16 -R$ 15920,464 R$ 63000,0 R$ 47079,536 R$ 7679,692 R$ 191927,048

17 -R$ 15920,464 R$ 63000,0 R$ 47079,536 R$ 6856,868 R$ 198783,916

18 -R$ 15920,464 R$ 63000,0 R$ 47079,536 R$ 6122,204 R$ 204906,120

19 -R$ 15920,464 R$ 63000,0 R$ 47079,536 R$ 5466,253 R$ 210372,373

20 -R$ 15920,464 R$ 63000,0 R$ 47079,536 R$ 4880,583 R$ 215252,956

Total Total Total Total

-R$ 313426,51 R$ 1081500,0 R$ 768073,488 R$ 215252,956

VPL R$ 215252,956

TIR 62,76%

Payback 3-4

TMA 12,00%

Page 113: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

113

Anexo 9

Fluxo de caixa referente ao cultivo da Goiaba no Cenário 2.

Fonte: Elaboração Própria (2019)

Períodos (anos)

Custos Receitas Receita líquida RL ajustada Fluxo de caixa

cumulativo

0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0

1 -R$ 19985,787 R$ ,0 -R$ 19985,787 -R$ 17844,452 -R$ 17844,452

2 -R$ 14263,542 R$ 13475,0 -R$ 788,542 -R$ 628,621 -R$ 18473,073

3 -R$ 15361,632 R$ 23100,0 R$ 7738,368 R$ 5508,018 -R$ 12965,055

4 -R$ 16785,522 R$ 38500,0 R$ 21714,478 R$ 13799,944 R$ 834,889

5 -R$ 17550,522 R$ 50050,0 R$ 32499,478 R$ 18441,077 R$ 19275,965

6 -R$ 17910,522 R$ 57750,0 R$ 39839,478 R$ 20183,920 R$ 39459,885

7 -R$ 17910,522 R$ 57750,0 R$ 39839,478 R$ 18021,357 R$ 57481,242

8 -R$ 17910,522 R$ 57750,0 R$ 39839,478 R$ 16090,497 R$ 73571,739

9 -R$ 17910,522 R$ 57750,0 R$ 39839,478 R$ 14366,515 R$ 87938,254

10 -R$ 17910,522 R$ 57750,0 R$ 39839,478 R$ 12827,246 R$ 100765,50

11 -R$ 17910,522 R$ 57750,0 R$ 39839,478 R$ 11452,898 R$ 112218,398

12 -R$ 17910,522 R$ 57750,0 R$ 39839,478 R$ 10225,802 R$ 122444,20

13 -R$ 17910,522 R$ 57750,0 R$ 39839,478 R$ 9130,180 R$ 131574,380

14 -R$ 17910,522 R$ 57750,0 R$ 39839,478 R$ 8151,947 R$ 139726,327

15 -R$ 17910,522 R$ 57750,0 R$ 39839,478 R$ 7278,524 R$ 147004,851

16 -R$ 17910,522 R$ 57750,0 R$ 39839,478 R$ 6498,682 R$ 153503,533

17 -R$ 17910,522 R$ 57750,0 R$ 39839,478 R$ 5802,395 R$ 159305,927

18 -R$ 17910,522 R$ 57750,0 R$ 39839,478 R$ 5180,709 R$ 164486,637

19 -R$ 17910,522 R$ 57750,0 R$ 39839,478 R$ 4625,633 R$ 169112,270

20 -R$ 17910,522 R$ 57750,0 R$ 39839,478 R$ 4130,030 R$ 173242,30

Total Total Total Total

-R$ 352604,826 R$ 991375,0 R$ 638770,17 R$ 173242,30

VPL R$ 173242,30

TIR 47,10%

Payback 3-4

TMA 12,00%

Page 114: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

114

Anexo 10

Fluxo de caixa referente ao cultivo da Goiaba no Cenário 4.

Fonte: Elaboração Própria (2019)

Períodos (anos)

Custos Receitas Receita líquida RL ajustada Fluxo de caixa

cumulativo

0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0

1 -R$ 24427,072 R$ ,0 -R$ 24427,072 -R$ 21809,886 -R$ 21809,886

2 -R$ 17433,217 R$ 11025,0 -R$ 6408,217 -R$ 5108,592 -R$ 26918,478

3 -R$ 18775,327 R$ 18900,0 R$ 124,673 R$ 88,739 -R$ 26829,738

4 -R$ 20515,637 R$ 31500,0 R$ 10984,363 R$ 6980,761 -R$ 19848,977

5 -R$ 21450,637 R$ 40950,0 R$ 19499,363 R$ 11064,462 -R$ 8784,515

6 -R$ 21890,637 R$ 47250,0 R$ 25359,363 R$ 12847,842 R$ 4063,327

7 -R$ 21890,637 R$ 47250,0 R$ 25359,363 R$ 11471,288 R$ 15534,615

8 -R$ 21890,637 R$ 47250,0 R$ 25359,363 R$ 10242,221 R$ 25776,836

9 -R$ 21890,637 R$ 47250,0 R$ 25359,363 R$ 9144,840 R$ 34921,676

10 -R$ 21890,637 R$ 47250,0 R$ 25359,363 R$ 8165,036 R$ 43086,712

11 -R$ 21890,637 R$ 47250,0 R$ 25359,363 R$ 7290,211 R$ 50376,923

12 -R$ 21890,637 R$ 47250,0 R$ 25359,363 R$ 6509,117 R$ 56886,040

13 -R$ 21890,637 R$ 47250,0 R$ 25359,363 R$ 5811,711 R$ 62697,751

14 -R$ 21890,637 R$ 47250,0 R$ 25359,363 R$ 5189,028 R$ 67886,779

15 -R$ 21890,637 R$ 47250,0 R$ 25359,363 R$ 4633,061 R$ 72519,840

16 -R$ 21890,637 R$ 47250,0 R$ 25359,363 R$ 4136,661 R$ 76656,501

17 -R$ 21890,637 R$ 47250,0 R$ 25359,363 R$ 3693,448 R$ 80349,949

18 -R$ 21890,637 R$ 47250,0 R$ 25359,363 R$ 3297,721 R$ 83647,670

19 -R$ 21890,637 R$ 47250,0 R$ 25359,363 R$ 2944,394 R$ 86592,064

20 -R$ 21890,637 R$ 47250,0 R$ 25359,363 R$ 2628,923 R$ 89220,987

Total Total Total Total

-R$ 430961,454 R$ 811125,0 R$ 380163,55 R$ 89220,99

VPL R$ 89220,99

TIR 22,36%

Payback 5-6

TMA 12,00%

Page 115: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

115

Anexo 11

Fluxo de caixa referente ao cultivo da Goiaba no Cenário 5.

Fonte: Elaboração Própria (2019)

Períodos (anos)

Custos Receitas Receita líquida RL ajustada Fluxo de caixa

cumulativo

0 R$ , R$ , R$ , R$ , R$ , 1 -R$ 26647,72 R$ , -R$ 26647,72 -R$ 23792,6 -R$ 23792,6 2 -R$ 19018,06 R$ 9800, -R$ 9218,06 -R$ 7348,58 -R$ 31141,18 3 -R$ 20482,18 R$ 16800, -R$ 3682,18 -R$ 2620,9 -R$ 33762,08 4 -R$ 22380,7 R$ 28000, R$ 5619,3 R$ 3571,17 -R$ 30190,91 5 -R$ 23400,7 R$ 36400, R$ 12999,3 R$ 7376,15 -R$ 22814,76 6 -R$ 23880,7 R$ 42000, R$ 18119,3 R$ 9179,8 -R$ 13634,95 7 -R$ 23880,7 R$ 42000, R$ 18119,3 R$ 8196,25 -R$ 5438,7 8 -R$ 23880,7 R$ 42000, R$ 18119,3 R$ 7318,08 R$ 1879,38 9 -R$ 23880,7 R$ 42000, R$ 18119,3 R$ 6534, R$ 8413,39 10 -R$ 23880,7 R$ 42000, R$ 18119,3 R$ 5833,93 R$ 14247,32 11 -R$ 23880,7 R$ 42000, R$ 18119,3 R$ 5208,87 R$ 19456,19 12 -R$ 23880,7 R$ 42000, R$ 18119,3 R$ 4650,77 R$ 24106,96 13 -R$ 23880,7 R$ 42000, R$ 18119,3 R$ 4152,48 R$ 28259,44 14 -R$ 23880,7 R$ 42000, R$ 18119,3 R$ 3707,57 R$ 31967, 15 -R$ 23880,7 R$ 42000, R$ 18119,3 R$ 3310,33 R$ 35277,33 16 -R$ 23880,7 R$ 42000, R$ 18119,3 R$ 2955,65 R$ 38232,99 17 -R$ 23880,7 R$ 42000, R$ 18119,3 R$ 2638,97 R$ 40871,96 18 -R$ 23880,7 R$ 42000, R$ 18119,3 R$ 2356,23 R$ 43228,19 19 -R$ 23880,7 R$ 42000, R$ 18119,3 R$ 2103,77 R$ 45331,96 20 -R$ 23880,7 R$ 42000, R$ 18119,3 R$ 1878,37 R$ 47210,33

Total Total Total Total

-R$ 470139,77 R$ 721000,0 R$ 250860,232 R$ 47210,330

VPL R$ 47210,33

TIR 12,80%

Payback 0

TMA 12,00%

Page 116: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

116

Anexo 12

Fluxo de caixa referente ao cultivo da Manga no Cenário 1.

Fonte: Elaboração Própria (2019)

Períodos (anos)

Custos Receitas Receita líquida RL ajustada Fluxo de caixa

cumulativo

0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0

1 -R$ 15139,762 R$ ,0 -R$ 15139,762 -R$ 13517,645 -R$ 13517,645

2 -R$ 7927,722 R$ ,0 -R$ 7927,722 -R$ 6319,932 -R$ 19837,577

3 -R$ 10367,042 R$ 5400,0 -R$ 4967,042 -R$ 3535,443 -R$ 23373,019

4 -R$ 10849,482 R$ 10800,0 -R$ 49,482 -R$ 31,447 -R$ 23404,466

5 -R$ 12534,682 R$ 32400,0 R$ 19865,318 R$ 11272,115 -R$ 12132,352

6 -R$ 14005,642 R$ 46800,0 R$ 32794,358 R$ 16614,642 R$ 4482,291

7 -R$ 14005,642 R$ 46800,0 R$ 32794,358 R$ 14834,502 R$ 19316,793

8 -R$ 14005,642 R$ 46800,0 R$ 32794,358 R$ 13245,091 R$ 32561,884

9 -R$ 14005,642 R$ 46800,0 R$ 32794,358 R$ 11825,974 R$ 44387,858

10 -R$ 14005,642 R$ 46800,0 R$ 32794,358 R$ 10558,905 R$ 54946,763

11 -R$ 14005,642 R$ 46800,0 R$ 32794,358 R$ 9427,594 R$ 64374,357

12 -R$ 14005,642 R$ 46800,0 R$ 32794,358 R$ 8417,495 R$ 72791,852

13 -R$ 14005,642 R$ 46800,0 R$ 32794,358 R$ 7515,620 R$ 80307,473

14 -R$ 14005,642 R$ 46800,0 R$ 32794,358 R$ 6710,375 R$ 87017,848

15 -R$ 14005,642 R$ 46800,0 R$ 32794,358 R$ 5991,407 R$ 93009,254

16 -R$ 14005,642 R$ 46800,0 R$ 32794,358 R$ 5349,470 R$ 98358,724

17 -R$ 14005,642 R$ 46800,0 R$ 32794,358 R$ 4776,313 R$ 103135,037

18 -R$ 14005,642 R$ 46800,0 R$ 32794,358 R$ 4264,565 R$ 107399,602

19 -R$ 14005,642 R$ 46800,0 R$ 32794,358 R$ 3807,647 R$ 111207,249

20 -R$ 14005,642 R$ 46800,0 R$ 32794,358 R$ 3399,685 R$ 114606,934

Total Total Total Total

-R$ 266903,33 R$ 750600,0 R$ 483696,673 R$ 114606,934

VPL R$ 114606,934

TIR 27,47%

Payback 5-6

TMA 12,00%

Page 117: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

117

Anexo 13

Fluxo de caixa referente ao cultivo da Manga no Cenário 2.

Fonte: Elaboração Própria (2019)

Períodos (anos)

Custos Receitas Receita líquida RL ajustada Fluxo de caixa

cumulativo

0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0

1 -R$ 17032,233 R$ ,0 -R$ 17032,233 -R$ 15207,351 -R$ 15207,351

2 -R$ 8918,688 R$ ,0 -R$ 8918,688 -R$ 7109,923 -R$ 22317,274

3 -R$ 11662,923 R$ 4950,0 -R$ 6712,923 -R$ 4778,126 -R$ 27095,40

4 -R$ 12205,668 R$ 9900,0 -R$ 2305,668 -R$ 1465,293 -R$ 28560,693

5 -R$ 14101,518 R$ 29700,0 R$ 15598,482 R$ 8850,998 -R$ 19709,695

6 -R$ 15756,348 R$ 42900,0 R$ 27143,652 R$ 13751,819 -R$ 5957,876

7 -R$ 15756,348 R$ 42900,0 R$ 27143,652 R$ 12278,410 R$ 6320,534

8 -R$ 15756,348 R$ 42900,0 R$ 27143,652 R$ 10962,866 R$ 17283,40

9 -R$ 15756,348 R$ 42900,0 R$ 27143,652 R$ 9788,273 R$ 27071,673

10 -R$ 15756,348 R$ 42900,0 R$ 27143,652 R$ 8739,530 R$ 35811,202

11 -R$ 15756,348 R$ 42900,0 R$ 27143,652 R$ 7803,151 R$ 43614,354

12 -R$ 15756,348 R$ 42900,0 R$ 27143,652 R$ 6967,099 R$ 50581,453

13 -R$ 15756,348 R$ 42900,0 R$ 27143,652 R$ 6220,625 R$ 56802,078

14 -R$ 15756,348 R$ 42900,0 R$ 27143,652 R$ 5554,129 R$ 62356,207

15 -R$ 15756,348 R$ 42900,0 R$ 27143,652 R$ 4959,044 R$ 67315,251

16 -R$ 15756,348 R$ 42900,0 R$ 27143,652 R$ 4427,718 R$ 71742,968

17 -R$ 15756,348 R$ 42900,0 R$ 27143,652 R$ 3953,319 R$ 75696,288

18 -R$ 15756,348 R$ 42900,0 R$ 27143,652 R$ 3529,749 R$ 79226,037

19 -R$ 15756,348 R$ 42900,0 R$ 27143,652 R$ 3151,562 R$ 82377,599

20 -R$ 15756,348 R$ 42900,0 R$ 27143,652 R$ 2813,895 R$ 85191,494

Total Total Total Total

-R$ 300266,243 R$ 688050,0 R$ 387783,76 R$ 85191,49

VPL R$ 85191,49

TIR 20,22%

Payback 6-7

TMA 12,00%

Page 118: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

118

Anexo 14

Fluxo de caixa referente ao cultivo da Manga no Cenário 4.

Fonte: Elaboração Própria (2019)

Períodos (anos)

Custos Receitas Receita líquida RL ajustada Fluxo de caixa

cumulativo

0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0 R$ ,0

1 -R$ 20817,173 R$ ,0 -R$ 20817,173 -R$ 18586,762 -R$ 18586,762

2 -R$ 10900,618 R$ ,0 -R$ 10900,618 -R$ 8689,906 -R$ 27276,668

3 -R$ 14254,683 R$ 4050,0 -R$ 10204,683 -R$ 7263,492 -R$ 34540,160

4 -R$ 14918,038 R$ 8100,0 -R$ 6818,038 -R$ 4332,987 -R$ 38873,146

5 -R$ 17235,188 R$ 24300,0 R$ 7064,812 R$ 4008,764 -R$ 34864,383

6 -R$ 19257,758 R$ 35100,0 R$ 15842,242 R$ 8026,173 -R$ 26838,210

7 -R$ 19257,758 R$ 35100,0 R$ 15842,242 R$ 7166,226 -R$ 19671,984

8 -R$ 19257,758 R$ 35100,0 R$ 15842,242 R$ 6398,416 -R$ 13273,569

9 -R$ 19257,758 R$ 35100,0 R$ 15842,242 R$ 5712,871 -R$ 7560,697

10 -R$ 19257,758 R$ 35100,0 R$ 15842,242 R$ 5100,778 -R$ 2459,919

11 -R$ 19257,758 R$ 35100,0 R$ 15842,242 R$ 4554,266 R$ 2094,346

12 -R$ 19257,758 R$ 35100,0 R$ 15842,242 R$ 4066,309 R$ 6160,655

13 -R$ 19257,758 R$ 35100,0 R$ 15842,242 R$ 3630,633 R$ 9791,288

14 -R$ 19257,758 R$ 35100,0 R$ 15842,242 R$ 3241,637 R$ 13032,925

15 -R$ 19257,758 R$ 35100,0 R$ 15842,242 R$ 2894,318 R$ 15927,243

16 -R$ 19257,758 R$ 35100,0 R$ 15842,242 R$ 2584,213 R$ 18511,456

17 -R$ 19257,758 R$ 35100,0 R$ 15842,242 R$ 2307,333 R$ 20818,789

18 -R$ 19257,758 R$ 35100,0 R$ 15842,242 R$ 2060,119 R$ 22878,907

19 -R$ 19257,758 R$ 35100,0 R$ 15842,242 R$ 1839,392 R$ 24718,299

20 -R$ 19257,758 R$ 35100,0 R$ 15842,242 R$ 1642,314 R$ 26360,613

Total Total Total Total

-R$ 366992,075 R$ 562950,0 R$ 195957,93 R$ 26360,61

VPL R$ 26360,61

TIR 6,52%

Payback 10-11

TMA 12,00%

Page 119: ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA E DE RISCO …

119

Anexo 15

Fluxo de caixa referente ao cultivo da Manga no Cenário 5.

Fonte: Elaboração Própria (2019)

Períodos (anos)

Custos Receitas Receita líquida RL ajustada Fluxo de caixa

cumulativo

0 R$ , R$ , R$ , R$ , R$ , 1 -R$ 22709,64 R$ , -R$ 22709,64 -R$ 20276,47 -R$ 20276,47 2 -R$ 11891,58 R$ , -R$ 11891,58 -R$ 9479,9 -R$ 29756,37 3 -R$ 15550,56 R$ 3600, -R$ 11950,56 -R$ 8506,18 -R$ 38262,54 4 -R$ 16274,22 R$ 7200, -R$ 9074,22 -R$ 5766,83 -R$ 44029,37 5 -R$ 18802,02 R$ 21600, R$ 2797,98 R$ 1587,65 -R$ 42441,73 6 -R$ 21008,46 R$ 31200, R$ 10191,54 R$ 5163,35 -R$ 37278,38 7 -R$ 21008,46 R$ 31200, R$ 10191,54 R$ 4610,13 -R$ 32668,24 8 -R$ 21008,46 R$ 31200, R$ 10191,54 R$ 4116,19 -R$ 28552,05 9 -R$ 21008,46 R$ 31200, R$ 10191,54 R$ 3675,17 -R$ 24876,88 10 -R$ 21008,46 R$ 31200, R$ 10191,54 R$ 3281,4 -R$ 21595,48 11 -R$ 21008,46 R$ 31200, R$ 10191,54 R$ 2929,82 -R$ 18665,66 12 -R$ 21008,46 R$ 31200, R$ 10191,54 R$ 2615,91 -R$ 16049,74 13 -R$ 21008,46 R$ 31200, R$ 10191,54 R$ 2335,64 -R$ 13714,11 14 -R$ 21008,46 R$ 31200, R$ 10191,54 R$ 2085,39 -R$ 11628,72 15 -R$ 21008,46 R$ 31200, R$ 10191,54 R$ 1861,96 -R$ 9766,76 16 -R$ 21008,46 R$ 31200, R$ 10191,54 R$ 1662,46 -R$ 8104,3 17 -R$ 21008,46 R$ 31200, R$ 10191,54 R$ 1484,34 -R$ 6619,96 18 -R$ 21008,46 R$ 31200, R$ 10191,54 R$ 1325,3 -R$ 5294,66 19 -R$ 21008,46 R$ 31200, R$ 10191,54 R$ 1183,31 -R$ 4111,35 20 -R$ 21008,46 R$ 31200, R$ 10191,54 R$ 1056,52 -R$ 3054,83

Total Total Total Total

-R$ 400354,99 R$ 500400,0 R$ 100045,009 -R$ 3054,827

VPL R$ 47210,33

TIR -0,81%

Payback 0

TMA 12,00%