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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DIRETORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO CONTÁBIL E FINANCEIRA TURMA XII RODRIGO RAITZ ANÁLISE DE MELHORIAS NOS PROCESSOS DE VENDAS, PRODUÇÃO E EXPEDIÇÃO REALIZADOS EM UMA EMPRESA FABRICANTE DE RAÇÃO DO SUDOESTE DO PARANÁ MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO PATO BRANCO 2017

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DIRETORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO CONTÁBIL E FINANCEIRA – TURMA XII

RODRIGO RAITZ

ANÁLISE DE MELHORIAS NOS PROCESSOS DE VENDAS,

PRODUÇÃO E EXPEDIÇÃO REALIZADOS EM UMA EMPRESA

FABRICANTE DE RAÇÃO DO SUDOESTE DO PARANÁ

MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO

PATO BRANCO

2017

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RODRIGO RAITZ

ANÁLISE DE MELHORIAS NOS PROCESSOS DE VENDAS,

PRODUÇÃO E EXPEDIÇÃO REALIZADOS EM UMA EMPRESA

FABRICANTE DE RAÇÃO DO SUDOESTE DO PARANÁ

Monografia apresentada como requisito parcial à obtenção do título de Especialista na Pós-Graduação em Gestão Contábil e Financeira, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR – Câmpus de Pato Branco

Orientador: Prof. Dr. Luiz Fernande Casagrande

PATO BRANCO

2017

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Ministério da Educação

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Câmpus Pato Branco

Curso de Ciências Contábeis

Especialização em Gestão Contábil e Financeira UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

PR

TERMO DE APROVAÇÃO

Título do Trabalho de Monografia

Análise de Melhorias nos Processos de Vendas, Produção e Expedição Realizados em

uma Empresa Fabricante de Ração do Sudoeste do Paraná.

Nome do aluno: Rodrigo Raitz

Esta monografia de especialização foi apresentada às 22 horas, do dia 18 de abril de 2017, como

requisito parcial para obtenção do Título de Especialista em Gestão Contábil e Financeira, do

Departamento de Ciências Contábeis - DACON, no Curso de Ciências Contábeis da

Universidade Tecnológica Federal do Paraná. O candidato foi arguido pela Banca

Examinadora, composta pelos professores abaixo assinados. Após deliberação, a Banca

Examinadora considerou o trabalho APROVADO.

(Aprovado, Aprovado com restrições, ou Reprovado).

_____________________________________

Prof. Dr. Luiz Fernande Casagrande

Orientador

_____________________________________

Profª. Ma. Luciane Dagostini

Avaliador - UTFPR

_____________________________________

Prof. Dr. Eliandro Schvirck

Avaliador UTFPR

O ORIGINAL ASSINADO ENCONTRA-SE NA COORDENAÇÃO DO CURSO.

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“Procure ser um homem de valor, em vez de

ser um homem de sucesso”

Albert Einstein

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AGRADECIMENTOS

À Deus pelo dom da vida, pela fé e perseverança para vencer os

obstáculos.

Aos meus pais, pela orientação, dedicação e incentivo nessa fase do

curso de pós-graduação e durante toda minha vida.

Agradeço a minha namorada, amigos, professores, orientadores, e a

todos aqueles que me ajudaram de certa forma a conclusão desse trabalho, todos

aqueles que tiveram paciência comigo nos momentos difíceis e de empenho, que me

ajudarão a chegar até este momento tão importante de minha vida.

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RESUMO

RAITZ, Rodrigo. Análise de melhorias nos processos de vendas, produção e expedição realizados em uma empresa fabricante de ração do Sudoeste do Paraná. 50 páginas. Trabalho de conclusão de curso da Especialização em Gestão Contábil e Financeira. Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Pato Branco, 2017.

Este trabalho foi elaborado dentro de uma fábrica de ração e apresenta análises referentes a uma avaliação de investimento realizado no setor de armazenagem de produto acabado e expedição. Ele tem como objetivo geral avaliar a viabilidade econômica e produtiva de um investimento realizado em um depósito de produto acabado da empresa Alfa Rações. Para isso, foi feito uso da ferramenta de VPL, TIR e PayBack para assim identificar se o investimento apresentava características atrativas para os investidores. Após realizadas as melhorias na empresa, foram coletados dados históricos da empresa, os quais foram confrontados com os resultados obtidos após as mudanças. De forma geral, pode-se dizer que houveram melhorias no processo e também que as modificações realizadas vão fazer com que a organização passe a aumentar sua margem de lucratividade.

Palavras-chave: Investimento, fábrica de ração, viabilidade.

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ABSTRACT

RAITZ, Rodrigo. Analysis of improvements in the sales, production and shipping processes carried out at a feed manufacturing company in the Southwest of Paraná. 50 pages. Completion of the Specialization Course in Accounting and Financial Management. Federal Technological University of Paraná, Pato Branco, 2017.

This work was elaborated within a feed factory and presents analyzes regarding an investment evaluation carried out in the warehouse of finished product and shipment. It has as general objective to evaluate the economic and productive viability of an investment in a feed factory. To do so, the NPV, TIR and PayBack tool was used to identify if the investment presented characteristics attractive to investors. After the improvements were made to the company, historical data were collected from the company, which were confronted with the results obtained after the changes. In general, it can be said that there have been improvements in the process and also that the modifications made will cause the organization to increase its margin of profitability.

Keywords: Investment, animal's food factory, viability.

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Vendas, Produção e Expedição do mês de Fevereiro de 2016 ............. 33

Gráfico 2– Vendas, Produção e Expedição do mês de Março de 2016 ................... 34

Gráfico 3– Vendas, Produção e Expedição do mês de Abril de 2016 ...................... 35

Gráfico 4– Vendas, Produção e Expedição do mês de Maio de 2016 ..................... 36

Gráfico 5– Vendas, Produção e Expedição do mês de Junho de 2016 ................... 37

Gráfico 6– Vendas, Produção e Expedição do mês de Julho de 2016 ..................... 37

Gráfico 7– Vendas, Produção e Expedição do mês de Agosto de 2016 .................. 38

Gráfico 8– Vendas, Produção e Expedição do mês de Setembro de 2016 .............. 39

Gráfico 9– Vendas, Produção e Expedição do mês de Outubro de 2016 ................ 39

Gráfico 10– Vendas, Produção e Expedição do mês de Novembro de 2016 ........... 40

Gráfico 11– Vendas, Produção e Expedição do mês de Dezembro de 2016 ........... 41

Gráfico 12– Vendas, Produção e Expedição do mês de Janeiro de 2017 ............... 42

Gráfico 13 - Vendas, Produção e Expedição Mensal do Período de Estudo. .......... 43

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10

1.1 Tema e Problema ............................................................................................ 11

1.2 Objetivos .......................................................................................................... 12

1.2.1 Objetivo Geral ........................................................................................... 12

1.2.2 Objetivos específicos ................................................................................ 12

1.3 Justificativa ...................................................................................................... 12

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 15

2.1 Ferramentas de controle financeiro ................................................................. 15

2.1.1 Fluxo de caixa ........................................................................................... 15

2.1.2 Balanço patrimonial ................................................................................... 17

2.1.3 Demonstração de resultados .................................................................... 19

2.2 Custo de processos ......................................................................................... 20

2.3 Receitas ........................................................................................................... 21

2.3.1 Projeção de Receitas ................................................................................ 22

2.4 Avaliação de investimentos ............................................................................. 23

2.4.1 Tomada de decisões ................................................................................. 24

2.5 Maximização de lucros .................................................................................... 26

2.6 Período Payback ............................................................................................. 27

2.7 Taxa Interna de Retorno (TIR) ......................................................................... 27

2.8 Valor Presente Líquido (VPL) .......................................................................... 28

3 METODOLOGIA DA PESQUISA ........................................................................... 30

4 ESTUDO DE CASO ............................................................................................... 33

4.1 A Empresa Alfa Rações ................................................................................... 33

4.2 Coleta dos dados ............................................................................................. 32

4.3 Análise dos dados ........................................................................................... 33

4.4 Considerações sobre o estudo ........................................................................ 46

5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 48

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 49

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1 INTRODUÇÃO

A contabilidade nas organizações abrange um papel de muita importância. Na

parte fiscal, desempenha operações de pagamentos de impostos e algumas outras

atribuições. Já na esfera gerencial, ela auxilia para mostrar a o gestor da organização

algumas informações que facilitam a tomada de decisão, demostrando o quadro

clinico da saúde da empresa (MAXIMIANO, 2007).

Deste modo, Lima (2000) diz que o papel da contabilidade na organização é

passar o máximo de informações possíveis para auxiliar os usuários da contabilidade

na tomada de decisões.

Por conta disso, algumas empresas buscam contadores para trazer

informações gerencias, que são fundamentais para que as organizações se

mantenham no mercado cada dia mais competitivo. As informações gerencias que a

contabilidade pode oferecer, são capazes de mostrar uma visão do que poderá ocorrer

nos próximos meses, de acordo com suas tomadas de decisões (HELFERT, 2000).

As empresas buscam com o tempo melhorar sua produtividade e reduzir

custos, entregando ao cliente produto de qualidade com o preço parecido ou abaixo

da concorrência. Deste modo, a contabilidade tem papel importante para analisar se

a realização de um investimento tem tendência a ser lucrativo ou não (MEGLIORINI,

2007).

Por conta disso, quando realiza-se investimentos, é essencial planejar e avaliar

todas as possibilidades de erro, pois caso isso venha a ocorrer, poderá haver déficit

financeiro nos caixas da organização, deixando-a com fluxo de caixa baixo e

obrigando-a a recorrer a financiamento de curto prazo, os quais irão cobrar taxas de

juros altos (GITMAN, 2001).

Isto posto, pode-se dizer que desenvolver uma boa avaliação de investimentos

fará com que informações geradas tornem-se alicerces para tomadas de decisões.

Assim, a habilidade de reagir a mudanças das condições que podem ocorrer no futuro

passam a ter ainda mais importância, pois os ambientes de negócios são cercados de

alterações periódicas e caracterizam-se por dinâmicas de crescimento e incertezas

(RODRIGUES, 2014).

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Além disso, é de extrema importância que os administradores juntamente com

o contador façam avaliações dos benefícios que os investimentos poderão trazer a

longo prazo, buscando identificar qual é o tempo de retorno, a taxa de juros, se as

parcelas são mensais ou anuais, e a viabilidade do projeto (GITMAN, 2001).

Neste cenário, os estudos realizados e aprovados por ambas as partes

reduzem a possibilidade de erro, fazendo com que os retornos previstos sejam

alcançados em menor tempo que o planejado.

Em alguns casos, os investimentos não irão produzir adicional financeiro de

forma direta, porém poderão melhorar a qualidade dos serviços realizados pela

organização, fazendo com que a satisfação dos clientes seja alcançada da melhor

forma possível. Além do mais, um investimento pode fazer com que a empresa se

torne mais eficaz e eficiente, gerando com isso a tendência de que ocorra aumento

nas vendas (HELFERT, 2000).

Deste modo, este trabalho delimita-se ao seguinte tema e problema de

pesquisa.

1.1 Tema e Problema

Tendo em vista os problemas de estocagens identificados na empresa de

estudo este trabalho busca embasar-se na seguinte situação problemática: “É viável

economicamente realizar mudanças nos processos de entrada de pedidos,

fabricação e expedição da empresa Alfa Rações? ”

Para resolver-se esta problematização, foi realizada uma análise em

investimentos que alteraram a forma física e o fluxograma de um armazém. Além

disso, para o carregamento de Produto Acabado (PA), foram adquiridas máquinas

para auxiliar na entrada e saída de PA, visando melhorar o fluxo produtivo da fábrica

e assim, identifica-se a necessidade de estudar-se a respeito da viabilidade destes

investimentos. Portanto, este trabalho tem como tema principal a avaliação de

Investimento.

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1.2 Objetivos

Os objetivos estão ligados com a uma visão global do tema. Relaciona-se com

o conteúdo intrínseco, quer dos fenômenos e eventos, quer das ideias estudadas.

Vincula-se diretamente à própria significação da tese proposta pelo projeto

(MARCONI e LAKATOS, 2010, p. 202)

1.2.1 Objetivo Geral

Avaliar a viabilidade econômica e produtiva de um investimento realizado em

um depósito de produto acabado da empresa Alfa Rações.

1.2.2 Objetivos específicos

a) Desenvolver revisão de literatura especifica para identificar os principais

conceitos e ferramentas de análise de investimentos, buscando trabalhos

científicos que possam dar suporte ao presente estudo de caso;

b) Aplicar ferramentas para análise de viabilidade para o investimento.

c) Descrever os pontos fortes e fracos (vantagens e desvantagens) do

investimento realizado.

Com isso, será possível identificar quais mudanças (reformas) estruturas

podem contribuir para o aumento da produtividade da empresa e consequentemente

tenham retorno de investimento de médio e a curto prazo.

1.3 Justificativa

A avaliação correta para realizar-se um investimento é essencial para que os

gestores da organização tenham conhecimento a respeito da lucratividade do mesmo.

Assim, este trabalho justifica-se pela importância que a avaliação de investimento tem

dentro de uma organização. Em alguns casos, o erro destes estudos pode levar uma

empresa a falência financeira (RODRIGUES, 2014).

Ademais, estes estudos tendem a identificar possíveis obstáculos da

implantação de um novo projeto. Em contrapartida, pode-se encontrar novas

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oportunidades de melhoria para a empresa como um todo, tornando-a mais eficiente

e eficaz frente a seus serviços desempenhados (GITMAN, 2001).

Outrossim, identificou-se a necessidade de alinhar a quantidade de produção,

expedição e entrada de pedidos da empresa, fazendo com que estas três operações

ocorram de forma simétrica e façam com que a fábrica trabalhe em sinergia entre os

setores. Isso por que em alguns dias a quantidade expedida é muito superior ou

inferior a produzida, por exemplo. Desta forma, é essencial promover melhorias no

processo para que as quantidades diárias de vendas, produção e expedição sejam

semelhantes para que o processo possa ser mais organizado.

Portanto, este trabalho poderá servir de base no meio acadêmico, pois ele

mostra os efeitos positivos que um investimento bem planejado pode trazer dentro de

uma empresa e assim evidencia a importância de se obter sinergia entre todos os

setores da organização. Deste modo, apresentou-se ao universo acadêmico

importância de fazer com que os setores de vendas, produção e expedição trabalhem

em conjunto.

De modo geral, o fato de realizar avaliações de investimentos justifica-se pelo

motivo de que estes estudos irão demonstrar e propiciar o retorno adequado aos

proprietários desse capital. Assim, será possível saber forma prévia se o investimento

irá se pagar, se o projeto irá aumentar a riqueza dos acionistas ou ainda se a decisão

tomada é a melhor alternativa de investimento para o que se pretende fazer (LUNELLI,

2017).

No caso da empresa de estudo, os processos produtivos devem ter capacidade

para entregar os produtos de forma rápida e eficaz, uma vez que a falta de alimento

para os animais poderá acarretar em problemas, fazendo com que facilmente a

empresa perda clientes devido a atrasos na entrega da ração.

Perante a este cenário, identificou-se que o armazém de Produtos Acabados

(PA) da empresa Alfa Rações, a qual produz ração para diversos tipos de animais,

está mal organizado, fazendo com que sua capacidade de estocagem seja minimizada

e que o tempo de carregamento seja maior do que almeja-se. Ademais, o fato do

armazém estar desorganizado faz com que hajam gargalos na produção devido à falta

de espaço para estoque de PA. Além disso, estes fatores fazem com que haja

desperdício com movimentação de matérias e deste modo o custo do produto acaba

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sendo mais elevado e empresa passa e ser menos competitiva no mercado de

atuação.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

No capítulo dois deste trabalho estão descritas informações a respeito de

diversos conceitos teóricos que estão envolvidos com avaliação de investimentos ou

até mesmo com ferramentas de controle financeiro.

2.1 Ferramentas de controle financeiro

As ferramentas de controle financeiro têm por finalidade informar a situação

da gestão financeira da empresa, desta forma o empreendedor pode identificar novas

oportunidades de investimento (DOLABELA, 1999).

A seguir aborda-se algumas ferramentas utilizadas para demonstrar o fluxo

de caixa da organização para possíveis investimentos.

2.1.1 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa é o acompanhamento de entradas e saídas de recursos

financeiros no caixa da empresa. É a ferramenta adequada para um bom controle

financeiro de curto prazo, mostrando ao empreendedor os melhores percursos para

evitar que a empresa possa passar por desastres financeiros (GITMAN, 2001).

Segundo Zadnowicks (2007, p. 38) fluxo de caixa "é o instrumento que

relaciona o futuro conjunto de ingressos e de desembolsos de recursos financeiros

pela empresa em determinado período". Ou seja, ele permite o planejamento de

desembolsos de acordo com as disponibilidades de caixa, programa os ingressos e,

dentre outros objetivos, prognostica a necessidade de captar empréstimos e verifica

a possibilidade de aplicar possíveis excedentes de caixa nas operações mais

rentáveis para a empresa.

Hoji (1999, p. 77) afirma que:

Em uma operação financeira, ocorrem entradas e saídas de dinheiro (e vice-versa). Um empréstimo implica em receber o dinheiro (entrada de caixa) em uma data e devolvê-lo posteriormente acrescido de juro (saída de caixa); uma aplicação financeira implica desembolsar um valor (saída de caixa) para recebê-lo (entrada de caixa) após algum tempo, acrescido de juro. Essas operações podem ser representadas no fluxo de caixa.

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O fluxo de caixa é uma ferramenta insubstituível no gerenciamento financeiro

da empresa, pois é uma demonstração prática de todas as operações realizadas pela

empresa, facilitando as decisões e análises financeiras. Ele representa a previsão, o

controle e o planejamento de todas as atividades operacionais e não-operacionais

futuras, podendo traçar metas e objetivos definidos pela empresa (ZADNOWICZ apud

CALAZANS, 2007).

Desta forma, o fluxo de caixa, é fundamental para o funcionamento de uma

empresa, pois este instrumento de controle de gestão financeira torna-se um

importante aliado na tomada de decisões. Conforme Queji apud Tomazoni (2006, p.

18) " é ele que promove o nível de liquidez necessário para saldar precisamente as

obrigações assumidas pela empresa".

O relatório do fluxo de caixa pode ser emitido com a frequência desejada pelo

empreendedor, e apresenta, basicamente a soma das entradas financeiras, subtrai as

saídas, apura e apresenta os saldos. Os itens do fluxo de caixa incluem basicamente:

investimento inicial; saldo de caixa inicial; total de entradas (receita de vendas,

receitas financeiras, empréstimos, outras receitas); total de saídas; saldo no período;

reserva de capital; depreciação e fluxo líquido de caixa (DOLABELA, 1999).

O Quadro 01 mostra as principais características de três modelos de fluxo de

caixa.

Modelos de Fluxo de Caixa Principais Características

Zdanowicz

Ingressos, desembolso, diferença do período, saldo inicial de caixa, disponibilidade acumulada, nível desejado de caixa projetado, empréstimos a captar, aplicações no mercado financeiro, amortização de empréstimos, resgates de aplicações financeiras e saldo final de caixa.

Silvia Kassai

Possuí uma estrutura flexível, informações claras e básicas para a pequena empresa. O fluxo de caixa deve ter características como simplicidade, facilidade de obtenção de dados, relevância, atualidade, possibilidade de efetuar simulações e deve facilitar a manipulação das informações de forma dedutiva.

Lucio Longo

Possui relatório simples, caracterizado por ser um instrumento de planejamento, envolvendo previsões, como por exemplo: as vendas à vista, sendo que o maior número de informações para a composição do fluxo de caixa é proveniente dos controles de contas a pagar, contas a receber, registros de caixas e bancos e controle de estoques.

Quadro 1 – Comparação dos modelos de fluxos de caixa Fonte: TOMAZONI, 2006

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O fluxo de caixa pode ser elaborado de formas diferentes e adaptado de

acordo com as necessidades da empresa. Mas, de maneira geral, eles contêm dados

de projeção de vendas, estimativas de compras e avaliação de entrada e saída de

caixa (HOJI, 1999).

O balanço patrimonial é outra ferramenta que auxilia nos controles contábeis

das organizações. A seguir será abordado sobre este assunto.

2.1.2 Balanço patrimonial

O balanço patrimonial demonstra a situação financeira da empresa em um

determinado momento. As contas do balando devem ser classificadas de acordo com

os elementos que o patrimônio que registrem, e, além disso, deverão ser organizadas

com o intuito de facilitar o conhecimento e a análise do atual cenário financeiro da

empresa. Ademais, ainda exige-se que as contas do ativo sejam dispostas na ordem

decrescente em relação ao grau de liquidez dos elementos nelas registrados,

respeitando esta seguinte sequência: ativo circulante; ativo realizável a longo prazo;

ativo permanente, dividido em investimentos, ativo imobilizado e ativo diferido

(BRASIL, 1976).

Já as contas do passivo, deverão ser classificadas nos seguintes grupos:

passivo circulante; passivo exigível a longo prazo; resultados de exercícios futuros;

patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, reservas de

reavaliação, reservas de lucros e lucros ou prejuízos acumulados. Os saldos

devedores e credores que a empresa não tiver direito de compensar serão

classificados separadamente (BRASIL, 1976).

Gitman (2001, p. 103) diz que "a demonstração confronta os ativos da

empresa (o que ela possui), com suas fontes de financiamento, que podem ser

passivos (o que ela deve), ou o patrimônio líquido (que foram fornecidos pelos

proprietários)".

Nele estão os direitos (ativo) e obrigações (passivo). As contas do ativo,

contemplam os valores disponíveis, valores a receber, valores imobilizados ou

investimentos. Já o passivo demonstra as obrigações para com terceiros (salários a

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pagar, financiamentos) e também as obrigações para com os sócios referentes ao

capital social, lucros ou prejuízos acumulados ou reservas de lucros.

O balanço patrimonial é representado, portanto, pela seguinte equação:

Figura 01 – Fórmula para cálculo do balanço patrimonial

Fonte: GITMAN, 2001.

As definições de ativo, passivo e patrimônio líquido, são apresentadas por

Helfert (2000, p.173) demonstrados a seguir no Quadro 02.

ATIVO (Bens + Direitos)

Circulante: normalmente até 365 dias;

Realizável a longo prazo: normalmente após 365 dias;

Permanente: investimentos, imobilizado, diferido.

PASSIVO (Capital de Terceiros)

Circulante: Normalmente até 365 dias;

Exigível a longo prazo: Normalmente após 365

dias;

PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Capital Próprio)

- Capital e patrimônio acumulado.

Quadro 2 – Balanço patrimonial

Fonte: MARION (2005).

Conforme Hoji (1999, p. 236) "as contas representativas do ativo e do passivo

devem ser agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação

financeira da companhia".

Um aspecto importante no balanço patrimonial, conforme Helfert (2000,

p.174),"é que ele revela, pelo passivo, a estrutura de capital de um negócio. A

estrutura é composta por capital de terceiros e por capital próprio. Quanto maior for o

capital de terceiros, maior será o endividamento".

Ademais, a demonstração dos resultados é essencial para apresentar os

números que compuseram um determinado período, o qual normalmente é mensal.

ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO

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2.1.3 Demonstração de resultados do exercício

A demonstração de resultados do exercício (DRE) apresenta uma

demonstração contábil que tem por objetivo mostrar a composição do resultado líquido

de um exercício. De forma geral, ela evidencia uma síntese financeira dos resultados

operacionais e não operacionais de uma organização em um determinado período.

Além disso, ela é desenvolvida anualmente por questões legais de divulgação,

embora sejam normalmente feitas em ciclos mensais para fins administrativos e

trimestralmente para quando pretende-se utilizar para escopos fiscais (MATARAZZO,

2010).

Conforme Hoji (1999, p. 243) a demonstração de resultados do exercício é:

Uma demonstração contábil que apresenta o fluxo de receitas e despesas, que resultam em aumento ou redução do patrimônio líquido entre duas datas. Ela deve ser apresentada de forma dedutiva, isto é, inicia-se com a Receita operacional bruta e dela deduz-se custos e despesas, para apurar o lucro líquido.

Helfert (2012, p.175) mostra um exemplo ilustrativo de demonstrativo de

resultados em 31 de dezembro de 2011 de uma empresa fictícia, de forma mais

detalhada no Quadro 03.

Receita de Vendas

- Custo dos produtos vendidos

Lucro bruto

- Despesas operacionais

Vendas

Gerais e administrativas

Depreciação

Lucro operacional

-Despesas de juros

Lucro antes do Imposto de Renda

-Imposto de renda

Lucro Líquido

35.000,00

25.000,00

10.000,00

5.500,00

1.500,00

2.000,00

2.000,00

4.500,00

700,00

3.800,00

1.045,00

2.755,00

Quadro 3 – Exemplo ilustrativo de Demonstrativo de Resultado

Fonte: HELFERT (2012).

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Qualquer tipo de empresa, independentemente de seu porte, necessita manter

escrituração contábil e consequente elaboração da Demonstração de Resultados,

independente se ela é uma microempresa, empresa de pequeno, médio, ou grande

porte, ou que se ela tem qualquer natureza jurídica, seja sociedade, cooperativa,

associação, fundação ou sindicato (QUINTANEIRO e MARTINS, 2007).

Por conta disso, a demonstração dos resultados é responsável por auxiliar na

evidenciação dos custos que envolvem todo o processo da empresa.

2.2 Custo de processos

Para Leone apud Calazans (2007, p. 30) "os custos referem-se a um conjunto

de procedimentos utilizados para determinar o custo do produto ou serviço e das

atividades envolvidas na fabricação e venda do produto".

Os custos fixos são aqueles que não se modificam, independentemente da

quantidade produzida ou serviços prestados. Podem ser considerados como os

gastos realizados na aquisição de materiais para a formação de um produto.

Geralmente, são custos gerados nas áreas de apoio da empresa, como exemplo,

água, luz, telefone, taxas de funcionamento, publicidade, etc. (MEGLIORINI, 2007).

Os custos fixos são aqueles em que os valores totais tendem a permanecer

constantes mesmo havendo alterações nas atividades de produção ou de serviço

prestado. São custos já fixados, independentes das mudanças que venham ocorrer

na empresa, não possuindo vínculo com o aumento ou redução no que a empresa

possa produzir no período (WERNKE apud STUART, 2009).

Já os custos variáveis são aqueles que aparecem na realização da produção

ou serviço, em que se tem uma variação de custo. Dolabela (1999, p. 230) diz que

são os valores monetários pagos para obter e utilizar recursos, aplicados para produzir

os produtos ou serviços. Eles mantêm proporcionalidade direta com a quantidade

produzida". Se os custos com a produção aumentam, os custos variáveis também

aumentam, como exemplo de custos variáveis pode-se citar a matéria-prima para

produção, embalagens, dentre outros.

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As despesas operacionais constituem-se nos gastos necessários, ou seja, são

as despesas que auxiliam na manutenção da atividade operacional, sendo estas

despesas separadas em fixas e variáveis (MEGLIORINI, 2007).

As despesas de vendas são os gastos, realizados pela empresa com

promoções, distribuição de produtos, gastos na área de marketing (comercialização e

distribuição). A despesa com vendas, é, portanto, uma despesa variável, pois está

diretamente ligada a quantidade comercializada (NASCIMENTO, 2005).

Nascimento (2005) diz ainda que as despesas gerais e administrativas são os

gastos realizados com a direção da empresa e com as atividades gerais que

beneficiam toda ela. Estas despesas podem ser com telefone, material para escritório,

despesas bancárias, impostos, etc. Desta forma, as despesas gerais e

administrativas, são as que acontecem todo o mês, porém as mesmas não podem ser

diretamente identificadas pelos clientes nos produtos comercializados pela empresa.

Em contrapartida aos custos, estão as receitas da empresa, as quais são

responsáveis por alimentar os cofres da empresa para que a mesma cumpra com

suas obrigações.

2.3 Receitas

Receitas pode ser definida como a entrada de dinheiro que provém das

vendas de mercadorias ou prestações de serviços, a qual deve ser refletida no balanço

como entrada de dinheiro no caixa ou em forma de direitos a receber. Elas podem ser

classificadas como operacionais, financeiras e não operacionais (MARION, 1998).

Para Dolabela (1999, p. 227) o primeiro passo para se projetar a receita é:

Estabelecer o preço de venda do produto, em cujo cálculo devem ser considerados o preço praticado pelos concorrentes, os preços sugeridos pelos revendedores varejistas e, principalmente, a percepção do valor que o consumidor tem do produto.

Os custos de produção influenciam o preço do produto, mas também indicam

se a empresa é capaz de gerar receitas líquidas atraentes e ser competitiva, ou seja,

o grau de viabilidade da empresa.

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Quanto maior o resultado de receitas produzidas na atividade do exercício,

significa que maior foi o giro de capital em relação a exercícios de receitas passadas.

Além disso, são as receitas que compõem a base da margem de contribuição de

lucros de uma empresa (MEGLIORINI, 2007).

A margem de contribuição é, para Dolabela (1999), a diferença entre o preço

de venda e custo diretamente decorrente da fabricação e venda do mesmo. Ela é

obtida, portanto, pela diferença entre as receitas e todos os custos e despesas

envolvidos, o que sobrar será a contribuição ao lucro da empresa.

Para que a empresa tenha estratégias competitivas e confiáveis, é necessário

desenvolver projeções de receitas para assim manter a saúde financeira da empresa

e organizar as movimentações de dinheiro dos contas da organização (MARION,

1998).

2.3.1 Projeção de Receitas

A projeção de receitas varia de acordo com a demanda do produto e/ou

serviço oferecido pela empresa. Assim, é necessário que a empresa realize pesquisas

para verificar a elasticidade do preço, a demanda, os gastos da população, etc. Assim,

as receitas projetadas estarão mais próximas da realidade. Elas podem ser realizadas

por três maneiras políticas administrativas: conservadora, moderada e otimista

(BRITO apud CALAZANS, 2007).

As projeções conservadoras buscam prever receitas pessimistas, que aponta

para valores baixos de entrada de dinheiro. Já a otimista indica números mais altos

de entrada financeiras. A moderada encontra-se as outras duas políticas

administrativas (BRITO apud CALAZANS, 2007).

As projeções de receitas provem de um adequado estudo de mercado.

Através de análises de preço, o empreendedor deve realizar estudos de cenários, que

juntamente com as estimativas de venda, será possível a projeção das quantidades e

dos preços dos produtos.

As ferramentas de controle financeiro abordadas neste referencial teórico são

utilizadas para tomadas de decisões e também para desenvolver estratégias para

tornar a empresa mais competitiva. Além disso, estas informações são alicerces para

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os momentos em que se deseja realizar investimentos na organização (MEGLIORINI,

2007).

2.4 Avaliação de investimentos

Investimentos podem ser considerados como os recursos destinados por uma

empresa a fim de realizar financiamento de bens e serviços. Após um determinado

período, se espera que esses investimentos aumentem o lucro da empresa, ou seja,

resultem em retorno financeiro (GITMAN, 2001).

Para Helfert (2000, p.23) o investimento é a força motriz da atividade

empresarial, e está baseado em planos comprometidos com fundos novos ou já

existentes, destinados as seguintes áreas principais:

Capital de giro (saldos de caixa, de duplicatas a receber e de estoques, menos duplicatas a pagar e outras obrigações circulantes).Ativos físicos (terrenos, edifícios, maquinaria, equipamentos, móveis de escritório, equipamentos de laboratório).Programas de gastos principais (pesquisa e desenvolvimento, desenvolvimento de produto ou serviço, programas de promoção, aquisições).

Os ativos físicos, ou seja, terrenos, maquinário, equipamentos, representam

os desembolsos iniciais do investimento. Eles são classificados também como

investimentos permanentes, ou seja, produzem resultado a longo prazo. Conforme

Hoji (1999, p. 165) "são valores aplicados para manutenção das atividades

operacionais e com fins estratégicos. Mas esses investimentos podem ser vendidos a

qualquer tempo, se isso for necessário ou conveniente para a empresa".

Além dos investimentos permanentes, existem os investimentos temporários,

que conforme Hoji (1999, p. 164) "são valores aplicados com a intenção de resgate

dentro de algum tempo". Como exemplo, pode-se citar os fundos de renda fixa, títulos

públicos, etc.

O novo investimento é o que sustenta as estratégias de crescimento que

geram aumento de valor para os acionistas, mas somente se as expectativas são

atingidas ou excedidas. Se uma análise crítica e cuidadosa mostrar resultados

econômicos abaixo dos padrões sobre um mercado ou atividade específicos, o

desinvestimento torna-se uma opção forçada. A geração de valor para o acionista

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depende, portanto, da combinação de desempenhos bem-sucedidos com a adição de

novos investimentos (HELFERT, 2000).

Quando pretende-se fazer investimentos deve-se tomar total conhecimento

das possíveis variáveis que poderão ocorrer neste processo. Assim a tomada de

decisão deve ser minuciosa e cuidadosa para que o retorno financeiro seja alcançado

de forma satisfatória.

2.4.1 Tomada de decisões

Helfert (2000, p. 17) diz que "qualquer negócio, grande ou pequeno, pode ser

descrito como um sistema de relações financeiras e de movimentos de caixa acionado

por decisões administrativas".

Segundo Maximiano (2007, p. 88) "uma decisão é uma escolha entre

alternativas ou possibilidades. As decisões são tomadas para resolver problemas ou

aproveitar oportunidades".

A tomada de decisões em uma empresa, portanto, consiste na escolha da

melhor opção que se enquadre nos interesses empresariais, partindo de uma coleta

de dados sobre custos, despesas, tecnologias, mercado, etc. (GITMAN, 2001).

As decisões nas organizações dividem-se em programadas ou não

programadas. As programadas fazem parte do acervo de soluções da organização,

basta aplicar um curso de ação predefinido. Já as não programadas são situações

novas, preparadas para atacar problemas que as soluções padronizadas não

conseguem resolver (MAXIMIANO, 2007).

Os dados de entrada são informações que mostram necessidades, ameaças

ou então oportunidades que o empreendedor deverá lidar. Conforme Maximiano

(2007, p. 118) os dados de entrada são transformados por meio de modelos e técnicas

de decisão:

Interpretação do significado das informações. -Identificação de alternativas para lidar com as necessidades, ameaças, oportunidades ou situações previsíveis do futuro, evidenciadas pelas informações. -Avaliação das alternativas e escolha de cursos de ação, objetivos e recursos para colocá-las em prática.

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Desta forma, a tomada de decisões é uma sequência que vai desde a

interpretação e identificação de ameaças ou oportunidades, até a avaliação e

colocação em prática da ação. É um ciclo, que através de uma decisão colocada em

prática, pode gerar novas situações com novas decisões e assim por diante (GITMAN,

2001).

Para ajudar no processo de tomada de decisões, o Quadro 4 apresenta

diversas técnicas que foram desenvolvidas para que as tomadas de decisões possam

ser assertivas. Além disso, descreve em que fase do processo decisório elas podem

ser usadas.

FASE DO PROCESSO TÉCNICAS

1 - Identificação do problema ou oportunidade Diagrama de Ishikawa Princípio de Pareto 2 – Diagnóstico

3 - Geração de alternativas Brainstorming Brainwriting MDPO ou Paradigma de Rubinstein

4 - Escolha de uma alternativa Análise de vantagens e desvantagens Árvore de decisões Análise do campo de forças Ponderação de critérios Análise do ponto de equilíbrio

5 - Avaliação da decisão

Quadro 4 – Fases e técnicas para auxílio nas tomadas de decisões

Fonte: MAXIMIANO (2007).

No quadro 4 estão descritas as fases do processo para tomada de decisão.

De forma geral, ele divide o processo em 5 fases e aborda o que deve ser feito em

cada etapa.

O processo de resolver problemas completa-se quando são avaliados os

efeitos da decisão. A decisão deve se basear em informações, para que o processo

seja mais racional. A incapacidade de reconhecer problemas, decisões precipitadas,

ou avaliações prematuras, podem criar grandes problemas e o processo decisório se

torna desastroso (GITMAN, 2001).

O sucesso da operação depende de uma sequência de decisões individuais

ou coletivas tomadas pela equipe gerencial. Cada decisão gera um impacto

econômico, para melhor ou para pior, no negócio (HELFERT, 2000).

Assim, as empresas buscam sempre desenvolver análises para definir quais

são os principais objetivos que pretende-se alcançar quando toma-se uma decisão. A

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maximização dos lucros nem sempre vem em primeiro plano, conforme está descrito

a seguir.

2.5 Maximização de lucros

Um administrador financeiro deve saber quais são os objetivos da empresa,

para assim, agir e tomar decisões para alcançá-los. O objetivo da empresa, nem

sempre é, como muitos pensam, a maximização de lucros (HELFERT, 2000).

Conforme Gitman (2001, p. 43), se o objetivo da empresa fosse sempre

maximizar os lucros, "para alcançar essa meta, o gerente financeiro tomaria apenas

as ações que gerassem uma grande contribuição esperada para o total dos lucros da

empresa".

A maximização de lucros fracassa por razões como: o tempo dos retornos

ignorado; os fluxos de caixa disponíveis para os acionistas e o risco. Gitman (2001)

diz que a maximização de lucros não leva em consideração o risco, além disso,

somente quando os lucros são acompanhados pela expectativa de um aumento nos

fluxos de caixa futuros, pode-se esperar um acréscimo no preço das ações.

Como a maximização do lucro não consegue alcançar os objetivos da

empresa, ela não deve ser a meta do gerente financeiro. Sendo assim, a meta da

empresa é maximizar a riqueza dos proprietários da empresa. A riqueza dos

proprietários de sociedade anônimas é mensurada pelo preço das ações. Tendo em

vista isto, a maximização do preço da ação é consistente com a maximização da

riqueza do proprietário (GITMAN, 2001).

Para maximizar os lucros com um investimento, é necessário que o gestor da

organização tenha noção de quanto tempo este investimento irá demorar para retornar

lucro para os caixas da empresa (HELFERT, 2000).

O PayBack é uma ferramenta que pode demonstrar esse tempo.

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2.6 Período Payback

A técnica de payback ou o período de payback, é o tempo necessário para a

recuperação do capital inicialmente investido. Os períodos de payback, conforme

Dolabela (1999, p. 240) "são geralmente usados como critério para a avaliação de

investimentos propostos, indicando o tempo exato necessário para a empresa

recuperar seu investimento inicial em um projeto, a partir das entradas de caixa".

Desta forma, a técnica de payback baseia-se nos fluxos de caixa, mas apesar

disso, essa técnica apresenta fraquezas essenciais. Conforme Longenecker et. al.

apud Dornelas (2012, p. 181) "não leva em consideração o aspecto tempo em relação

ao valor do dinheiro, e não leva em consideração os fluxos de caixa recebidos após o

prazo de payback", sendo assim, a melhor forma de se avaliar decisões de

investimento é através do fluxo de caixa descontado.

Dolabela (1999, p.240) diz que:

O amplo uso do período de payback, particularmente nas empresas pequenas, deve-se a sua facilidade de cálculo e ao apelo intuitivo. Por ser visto como uma medida de risco, muitas empresas usam o período de payback como critério de decisão ou como complemento para técnicas de decisão sofisticadas. Quanto mais tempo a empresa precisar esperar para recuperar seu investimento, maior a sua probabilidade de perda.

Quanto menor for o tempo para recuperar o investimento inicial, melhor será

o projeto de investimento, ou seja, quanto menor for o prazo de payback, menor será

a exposição da empresa aos riscos (DOLABELA, 1999).

A Taxa Interna de Retorno (TIR) é outra ferramenta que pode, em conjunto

com o payback, trazer informações que auxiliem o gestor da organização na tomada

de decisões (HOJI, 1999).

2.7 Taxa Interna de Retorno (TIR)

A Taxa Interna de Retorno (TIR) é também conhecida como taxa de desconto

do fluxo de caixa. É a taxa que iguala o valor presente líquido ao investimento inicial

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do projeto. Em outras palavras, é a taxa de retorno calculada com base no fluxo de

caixa líquido projetado, comparativamente com o investimento inicial efetuado.

Para Hoji (1999, p. 79) a TIR é:

Uma taxa de juros implícita numa série de pagamentos (saídas) e recebimentos (entradas), que tem a função de descontar um valor futuro ou aplicar o fator de juros sobre um valor presente, conforme o caso, para "trazer" ou "levar" cada valor do fluxo de caixa para uma data focal. A soma das saídas deve ser igual à soma das entradas, em valor da data focal, para se anularem.

A TIR, é uma das técnicas mais utilizadas para avaliação das alternativas de

investimentos. O critério da decisão da TIR é da seguinte forma: se a TIR for maior

que a taxa de retorno esperada, aceita-se o projeto; se for menor, rejeita-se o projeto

(DOLABELA, 1999). Isso garante que a empresa consiga pelo menos seu retorno

exigido.

Além destas duas ferramentas, o Valor Presente Líquido (VPL) é outra

ferramenta que auxilia o gestor a direcionar a empresa para o melhor rumo.

2.8 Valor Presente Líquido (VPL)

Valor presente líquido (VPL) é o valor presente do fluxo de caixa, livre do

projeto, ele considera o fluxo de caixa descontado. Conforme Gitman (2001, p. 302) o

VPL "é uma técnica de orçamento de capital sofisticada, encontrada ao se subtrair o

investimento inicial de um projeto de valor presente de seus fluxos de entrada de

caixa, descontados a uma taxa igual ao custo de capital da empresa".

Santos (2001, p.155) fala que o “VPL de um investimento é igual ao valor

presente do fluxo de caixa líquido, sendo, portanto, um valor monetário que representa

a diferença entre as entradas e saídas de caixas trazidas a valor presente”.

“Conforme Lapponi (2007, p. 132), “o VPL do projeto com prazo de análise n,

custo inicial I na data zero, os retornos gerados FC1, FC2, FC3..., FCn e a taxa K é

obtida com a expressão [...]” descrita na Figura 2.

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Figura 2 – Equação para cálculo de VPL

Fonte: LAPPONI (2007, p. 132).

Quando o VPL for maior ou igual a zero, o investimento será viável, pois

significa um retorno maior ou igual a taxa de desconto utilizada, ou seja, a empresa

vai obter um resultado maior do que seu investimento inicial. Desta forma, se for

menor, será inviável, pois o retorno será inferior ao custo do capital ou a rentabilidade

mínima exigida (SANTOS, 2001).

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3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Segundo Vergara (2005 p. 47), metodologia de pesquisa é o estudo que se

refere a instrumentos de captação ou de manipulação da realidade. Está, portanto,

associada a caminhos formas, maneiras, procedimentos para atingir determinado fim.

Segundo Marconi (1999), a pesquisa é o item que abrange grande número de

informações e obtém ao mesmo tempo respostas de como, com o que é onde serão

coletados dados referentes ao estudo.

3.1 Plano ou delineamento da pesquisa

Na metodologia científica existe o método qualitativo e quantitativo. Para a

realização do estudo na empresa Alfa Rações será utilizada uma pesquisa

predominantemente qualitativa, abordagem esta que busca o entendimento da

realidade a partir das percepções do ser humano. Assim, busca-se o levantamento de

dados para a análise e definição de medidas para a solução dos problemas.

Dentro da pesquisa qualitativa, para Demo (2000, p. 152), existe o interesse

em apanhar também o lado subjetivo dos fenômenos, buscando depoimentos que se

transformam, em dados relevantes, também oriundos de pessoas simples.

Conforme Marconi e Lakatos (1999), a classificação qualitativa baseia-se na

presença ou ausência de alguma qualidade ou característica, como também na

classificação de tipos diferentes de dada propriedade.

3.1.1 Classificação da pesquisa quanto a seus objetivos

Buscando alcançar os objetivos e responder ao problema de pesquisa

delimitado neste projeto serão utilizados os métodos de abordagem para elaboração

de trabalhos acadêmicos como pesquisa descritiva que fará o detalhamento de

determinados acontecimentos dentro do universo pesquisado. Pois, segundo Vergara

(2005, p. 47), a pesquisa descritiva expõe características de determinada população

ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis

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e determinar sua natureza. Não tem compromisso de explicar os fenômenos que

descreve, embora sirva de base para tal explicação.

E explicativa, pois através do levantamento dos dados, com base nos

conteúdos estudados durante a graduação e referenciais teóricos pertinentes serão

explicados os fatos conforme a teoria e como os mesmos estão acontecendo na

realidade.

E também para Vergara (2005, p. 47), o método explicativo tem como principal

objetivo tornar algo inteligível. Visa, portanto, esclarecer quais fatores contribuem, de

alguma forma, para a ocorrência de determinado fenômeno.

3.1.2 Classificação da pesquisa quanto aos meios de investigação

Será feito um estudo de caso no qual serão objetos de pesquisa os processos

de vendas, produção e expedição. Este tipo de estudo fornece dados aprofundados

de uma determinada amostra podendo ser utilizadas diversas ferramentas de coleta

de dados e também ocorre a interação entre empresa e pesquisadores.

Segundo Kahlmeyer-Mertens (2007, p. 54):

O tema estudo de caso nos leva imediatamente a visualizar uma imagem que poderia ser descrita como a de uma convergência de informações e de troca de experiências, que, partindo da percepção de cada participante desta atividade levar-nos-ia à compreensão mais clara da natureza e da dinâmica de um fenômeno que, assim, seria o foco de nossa observação. É um tipo de estudo circunscrito a uma ou poucas unidades, podendo ser uma pessoa, família, grupos, entidades, organizações, comunidade ou país.

3.2 Procedimentos metodológico

A coleta de dados foi realizada nos Softwares que a empresa utiliza para

controle interno. A coleta foi realizada em duas etapas: a primeira foi feita no mês de

julho de 2016 e utilizou de dados armazenados para coletar informações desde

fevereiro deste mesmo ano. Já na segunda etapa da coleta de dados, os dados foram

coletados mensalmente e todo o início do mês os dados eram computados em uma

planilha do Microsoft Excel para posteriormente desenvolver-se as análises.

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3.3 Instrumentos de coleta de dados

Para a coleta de dados serão utilizados documentos, relatórios analisando os

indicadores de produção do período de fevereiro de 2016 até janeiro de 2017. Estes

indicadores serão do sistema TOTVS e são organizados com o auxílio do Software

Microsoft Excel. Assim, comparou-se os indicadores de produção e estocagem antes

e depois da aplicação dos investimentos.

De acordo com Gil (2010, p. 121, 122):

Documentos, relatórios, formulários são imprescindíveis em qualquer estudo de caso referente à determinada organização, mediante a consulta a documentos, torna-se possível obter informações referentes à sua estrutura e organização, descrição de cargos e funções, critérios de recrutamento, etc. estes documentos auxiliam na elaboração de entrevistas e planos de observação.

O presente projeto foi realizado na empresa Alfa Rações, localizada no

Sudoeste do Paraná, que atua no ramo de produção e comercialização de ração

animal. O estudo de caso inicia-se com a apresentação da empresa e baseia-se em

apontar dados a respeito dos volumes de vendas, produção e expedição de PA.

Ademais, foram feitas observações a respeito do processo como um todo, as quais

possibilitaram trazer dados que acontecem no dia a dia da empresa.

Além disso, foram utilizados dados do setor de contabilidade para realizar a

avaliação de um investimento realizado no setor de armazenagem de PA. Desta

forma, os estudos e análises realizados nos dados coletados buscam avaliar se os

investimentos realizados irão apresentar melhorias no processo.

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4 ESTUDO DE CASO

4.1 A Empresa Alfa Rações

A Alfa Rações Ltda., conta com um quadro de 195 colaboradores e

comercializa seus produtos numa área que abrange os estados de São Paulo, Paraná,

Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina,

Bahia e Mato Grosso. Também atinge mercados internacionais, exportando para

Paraguai e Uruguai.

Com segmentação de mercado e um público alvo definido, atua no ramo de

alimentação animal com a produção de rações para aves de corte, aves ornamentais,

ovinos, galos, codornas, coelhos, peixes, equinos, bovinos, suínos e aves de postura,

não possuindo atividades secundárias, seus principais produtos são da linha

extrusados (rações para cães, gatos e peixes).

A marca Alfa Rações teve início em janeiro de 1987, com a junção de um

grupo de empresários do ramo de distribuição de rações e especialistas com

experiência técnica e gerencial em indústrias de rações. Nesta ocasião, ela contava

com 18 colaboradores e produzia 2.500 toneladas de rações e concentrados para

aves, bovinos e suínos por mês.

No decorrer do tempo, a empresa passou a trabalhar com outros segmentos

de mercado, porém se manteve competitiva no mercado de rações e na atualidade só

atua nesta área. Hoje, a empresa produz um volume maior do que no início e conta

com mais uma filial na cidade vizinha, a qual destina-se somente para a produção de

ração para bovinos.

O organograma da empresa demonstra a hierarquia e a forma que a empresa

está constituída estruturalmente. Esta visão do todo mostra a forma com que são

divididos os departamentos e setores da empresa assim como a subordinação que

são submetidos os mesmos, deixando clara a hierarquia existente e as

responsabilidades atribuídas a cada setor em específico (ARAUJO, 2001, p.131)

A Figura 03 apresenta o organograma da empresa de estudo.

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Figura 03 – Organograma da empresa Alfa Rações.

Fonte: Alfa Rações.

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Com o organograma supracitado é possível perceber que o poder está

centralizado em um gerente geral que é o Gerente de Operações. Esta pessoa

responde somente para os sócios proprietários da empresa. Abaixo dele, estão os

outros quatro gerentes que comandam os coordenadores de suas respectivas áreas.

Este organograma foi implantado no mês de janeiro de 2017 e, portanto, está

passando por processo de adaptação organizacional.

Em qualquer segmento de mercado é essencial que as empresas busquem

encontrar mecanismos que as tornem competitivas frente a seus concorrentes. Deste

modo, foi realizado uma coleta de dados objetivando analisar detalhadamente o

processo produtivo da empresa para assim avaliar a viabilidade de um investimento

realizado no setor armazenagem de PA da empresa.

4.2 Coleta dos dados

A coleta de dados foi realizada em duas fases: antes e depois investimento

realizado na empresa. Na primeira etapa, os dados foram coletados do sistema

utilizado pela organização, e, portanto, serão dados históricos dos meses de fevereiro

a julho de 2016. No fim do mês de julho, o investimento foi dado como finalizado e

então, no período de agosto de 2016 até janeiro de 2017, mensalmente foram

realizadas coletas de dados do sistema visando analisar se o investimento trouxe bons

resultados e neste trabalho serão descritos

A coleta de dados iniciou com o levantamento da quantidade diária de ração

vendida, produzida e expedida e esta informação passou a se tornar rotina para os

gerentes da empresa, pois foram adotadas medidas que fizessem que estas três

operações passassem a acontecer com quantidade semelhantes e assim fazer com

que a empresa toda trabalhe em sinergia.

As quantidades demonstradas na análise dos dados foram todos modificados

de forma igualitária em uma matriz percentual. Assim, eles apresentam o atual cenário

da empresa, porém, por questões de confidencialidade, foi utilizado um coeficiente de

multiplicação para os dados.

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Antes de realizar-se os investimentos, foram utilizadas de três ferramentas de

avaliação de investimentos para verificar quanto tempo as mudanças realizadas irão

trazer retornos financeiros para a organização e também para avaliar se o

investimento é viável ou não. Para isso, utilizou-se das ferramentas VPL, TIR e

Payback.

Para Marconi e Lakatos (2007, p. 169), a análise (ou explicação) procura

evidenciar as relações existentes entre o fenômeno e outros fatores. Essas relações

podem ser estabelecidas em função de suas propriedades relacionais de causa-efeito,

produtor-produto, de correlação ou de análise de conteúdo.

Portanto, a seguir serão demonstrados os dados de vendas, produção e

expedição coletados.

4.3 Análise dos dados

Para cada mês analisado desenvolveu-se um gráfico para verificar se as

quantidades de vendas, produção e expedição são semelhantes. O Gráfico 1

apresenta o os dados do mês de fevereiro de 2016, o qual é o primeiro período

analisado.

Gráfico 1 – Vendas, Produção e Expedição do mês de fevereiro de 2016

Fonte: Dados da empresa, adaptado pelo autor, 2017.

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Dia:19

Dia:20

Fevereiro- 2016

Entrada de Pedidos (t) Produção (t) Expedição (t)

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. No Gráfico 1 estão retratados os dados referentes aos 20 dias trabalhados no

mês. Em alguns meses do ano estas quantidades de dias podem variar para baixo ou

para cima, diferenciando de acordo com os feriados que existem no mês ou conforme

a necessidade de produção que o período estiver exigindo. As três linhas reportadas

apresentam as quantidades em toneladas (t) das três operações estudadas (Entrada

de Pedidos, Produção e Expedição).

Com o gráfico do mês de fevereiro de 2016, evidencia-se que o processo está

desalinhado entre os setores. Assim, percebe-se que as vendas ou expedição, não

ocorrem da mesma forma que a produção, por exemplo, e por isso, há a tendência de

ocorrer dificuldades para os três setores, pois aparentemente não há união entre os

três setores para se desempenhar as atividades da empresa.

No mês de fevereiro de 2016, a linha que representa a Entrada de Pedidos é

composta de vales e picos significativos. Isso ocorre também com a Produção e com

a Expedição, porém com divergências menores e de forma geral, a Produção foi o

setor que teve os números mais constantes no decorrer dos dias.

No Gráfico 2 reporta-se os dados coletados referentes ao mês de março de

2016.

Gráfico 2– Vendas, Produção e Expedição do mês de março de 2016

Fonte: Dados da empresa, adaptado pelo autor, 2017.

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Dia:17

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Dia:21

Dia:22

Março- 2016

Entrada de Pedidos (t) Produção (t) Expedição (t)

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O Gráfico 2 é semelhante ao Gráfico 1. Os picos e vales nas linhas ainda são

encontrados nos três setores e o dia que houve o maior pico registrado foi no 13º dia

trabalhado, o qual apresentou cerca de 320 toneladas de Expedição e ao mesmo

tempo entraram somente cerca de 120 toneladas de pedidos.

O Gráfico 3 apresenta os dados referentes ao mês de abril de 2016.

Gráfico 3– Vendas, Produção e Expedição do mês de abril de 2016

Fonte: Dados da empresa, adaptado pelo autor, 2017.

Os problemas com a falta de sinergia entre os três setores da empresa

continuam a ocorrer no mês de abril de 2016. Empiricamente, considera-se normal

devido ao fato de que até neste período não houveram esforços para que este

problema fosse resolvido.

Percebe-se a necessidade de criar mecanismos reguladores devido ao fato de

haver picos e vales com variações excessivas. No segundo dia deste mês, por

exemplo, ocorreu a entrada de 421 toneladas de pedidos e em contrapartida foram

cadastradas somente 43 toneladas no décimo segundo dia. Este tipo de situação

também ocorre na produção e expedição, porém com intervalos entre mínimo e

máximo menores.

O Gráfico 4 retrata os dados de Vendas, Produção e Expedição do mês de maio

de 2016.

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Dia:21

Abril -2016

Entrada de Pedidos (t) Produção (t) Expedição (t)

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36

Gráfico 4– Vendas, Produção e Expedição do mês de maio de 2016

Fonte: Dados da empresa, adaptado pelo autor, 2017.

No mês de maio de 2016 foi a linha que representa a Produção que teve as

maiores variações. No oitavo dia deste período iniciou um ciclo de 3 dias de produção

abaixo da média e no décimo primeiro dia a Produção elevou a quantidade em valores

exorbitantes.

Presume-se que, neste caso, possivelmente houveram problemas de

armazenagens e os produtos ficaram todos estocados fora do armazém durante os 3

dias que os registros de produção foram baixos. No décimo primeiro dia deste mês

houveram esforços do setor de armazenagens para dar entrada em todos os PA que

estavam aguardando entrada no armazém, e por isso houve um grande registro de

produção, uma vez que os apontamentos de produção são registrados no sistema

somente quando há a entrada de produtos no armazém de PA.

O Gráfico 5 mostra os dados coletados que dizem respeito ao mês de Junho

de 2016.

3345

22

444

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Dia:01

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Dia:13

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Dia:15

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Dia:17

Dia:18

Dia:19

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Dia:21

Dia:22

Maio - 2016

Entrada de Pedidos (t) Produção (t) Expedição (t)

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Gráfico 5– Vendas, Produção e Expedição do mês de junho de 2016

Fonte: Dados da empresa, adaptado pelo autor, 2017.

No mês de junho não houve ocorrências divergentes aos meses anteriores. A

linha que ilustra a Entrada de Pedidos, Produção e Expedição apresenta picos e vales

que mostram que os três setores estão com resultados divergentes entre si.

No Gráfico 6 são apresentados os dados referentes ao mês de julho.

Gráfico 6– Vendas, Produção e Expedição do mês de julho de 2016

Fonte: Dados da empresa, adaptado pelo autor, 2017.

O mês de julho de 2016 também não apresentou bons resultados. No entanto,

neste mês foram feitas as alterações referentes ao investimento realizado. O

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Dia:23

Junho - 2016

Entrada de Pedidos (t) Produção (t) Expedição (t)

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Dia:22

Julho - 2016

Entrada de Pedidos (t) Produção (t) Expedição (t)

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investimento foi dado como finalizado no dia 26 de julho de 2016. Por este motivo, não

foi possível identificar melhorias no processo, pois nos últimos dias do mês os valores

de Produção, Venda e Expedição continuaram a serem divergentes.

Para o mês de agosto de 2016, o qual está exibido no Gráfico 7, foram feitas

mudanças estratégicas visando fazer com que os investimentos realizados surgissem

efeitos.

O investimento realizado foi a aquisição de duas máquinas empilhadeiras e

também foi modificado o arranjo físico do armazém, deixando-o mais organizado. Com

isso, o trabalho de entrada e saída de PA no estoque passam a ser mais mecanizados

e o processo é agilizado.

A seguir, no Gráfico 7, estão os dados coletados no mês de agosto de 2016.

Gráfico 7– Vendas, Produção e Expedição do mês de agosto de 2016

Fonte: Dados da empresa, adaptado pelo autor, 2017.

No gráfico 7, foi possível identificar alguns traços de melhoria. Os picos e vales

ainda existem, porém com menos amplitude. Neste mês, percebe-se que a produção

passou a ser quase idêntica em todos os dias do mês e as variações foram

insignificantes. A expedição e a entrada de pedidos ainda apresentam pequenos picos

e vales.

O Gráfico 8 aponta os dados do mês de setembro de 2016.

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Dia:22

Dia:23

Agosto - 2016

Entrada de Pedidos (t) Produção (t) Expedição (t)

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Gráfico 8– Vendas, Produção e Expedição do mês de setembro de 2016

Fonte: Dados da empresa, adaptado pelo autor, 2017.

O mês de setembro de 2016 apresentou dados semelhantes ao do mês de

agosto. Tendo isso em vista, os responsáveis dos três setores passaram a realizar

reuniões diárias para buscar estabilizar as quantidades dos três setores.

Após relatos diários, foram identificadas algumas melhorias no mês de outubro

de 2016, o qual está exposto no Gráfico 9.

Gráfico 9– Vendas, Produção e Expedição do mês de outubro de 2016

Fonte: Dados da empresa, adaptado pelo autor, 2017.

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Dia:22

Setembro - 2016

Entrada de Pedidos (t) Produção (t) Expedição (t)

0

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Dia:15

Dia:16

Dia:17

Dia:18

Dia:19

Dia:20

Dia:21

Dia:22

Outubro - 2016

Entrada de Pedidos (t) Produção (t) Expedição (t)

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40

No Gráfico 9, é possível perceber que as quantidades de produção e expedição

estão trabalhando quase que de forma semelhante. Os números são muito parecidos

entre os dois setores.

Por depender de pessoas externas da empresa (representantes comercias e

clientes), o setor de vendas ainda não conseguiu regular a entrada de pedidos para

trabalhar de acordo com a produção e expedição. Os esforços para isso foram

iniciados ainda no mês de agosto, porém estão respondendo de forma mais lenta do

que os setores que só dependem de esforços internos.

No Gráfico 10 estão reportados os dados do mês de novembro de 2016.

Gráfico 10– Vendas, Produção e Expedição do mês de novembro de 2016

Fonte: Dados da empresa, adaptado pelo autor, 2017.

No mês de novembro de 2016 percebe-se que as variações estão diminuindo.

A linha que representa a Produção teve mais variações quando se compara com o

mês anterior, no entanto, estas variações podem estar relacionadas com paradas não

programadas, as quais em alguns casos são inevitáveis. De forma geral, pode-se dizer

que os efeitos do investimento realizados estão trazendo benefícios para o processo

produtivo como um todo.

O Gráfico 11 apresenta os dados coletados durante o mês de dezembro de

2016.

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Dia:22

Novembro - 2016

Entrada de Pedidos (t) Produção (t) Expedição (t)

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Gráfico 11– Vendas, Produção e Expedição do mês de dezembro de 2016

Fonte: Dados da empresa, adaptado pelo autor, 2017.

O Gráfico elaborado com base no mês de dezembro de 2016 foi um dos que

apresentou os melhores resultados. Neste período quase não houve variações

significativas entre a Entrada de Pedido, Produção e Expedição.

Este fator é importante para a empresa, pois assim os setores trabalham em

sinergia ou união e deste modo acabam por transformar seus processos mais

organizados. Desta forma, diminuem os casos de falta de matéria-prima e é possível

montar uma previsão de produção mais assertiva. Além do mais, é possível prever as

quantidades de pedidos que irão entrar em um determinado dia e além disso os

problemas com atrasos de entrega de PA são amenizados, uma vez que o setor de

planejamento de logística e expedição consegue desenvolver uma roteirização de

entrega mais eficiente e eficaz.

O Gráfico 12 reporta os dados coletados no último mês do estudo, os quais

referem-se ao mês de janeiro de 2017.

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Dia:17

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Dia:22

Dezembro - 2016

Entrada de Pedidos (t) Produção (t) Expedição (t)

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Gráfico 12– Vendas, Produção e Expedição do mês de janeiro de 2017

Fonte: Dados da empresa, adaptado pelo autor, 2017.

O mês de janeiro de 2017 teve resultados semelhantes ao mês anterior. Houve

apenas uma queda na linha que representa a Produção, em que no décimo sexto dia

a produção foi abaixo da média e foi produzido somente 88 toneladas de ração. Está

parada está relacionada com uma parada não programada para manutenção de uma

extrusora da fábrica.

De modo geral, pode-se dizer que o investimento está trazendo benefícios para

a organização e os três setores estão trabalhando alinhados entre si.

Além destes fatores, é importante avaliar se o volume de Vendas, Produção e

Expedição tiveram modificações relevantes no decorrer do período de estudo. Assim

sendo, o Gráfico 13 apresenta a evolução do volume destas três operações desde

fevereiro de 2016 até janeiro de 2017.

88

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Dia:22

Janeiro - 2017

Entrada de Pedidos (t) Produção (t) Expedição (t)

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Gráfico 13 - Vendas, Produção e Expedição Mensal do Período de Estudo.

Fonte: Dados da empresa, adaptado pelo autor, 2017.

O Gráfico 13 apresenta os volumes de Vendas, Expedição e Produção da

empresa no período de 12 meses. Cabe lembrar que no mês de julho foram feitos

alguns investimentos que fizeram com que a empresa tivesse mudanças no seu dia-

a-dia de trabalho. Desta forma, percebe-se que nos meses de agosto, setembro,

outubro e novembro não houveram aumentos nos volumes das três operações. No

entanto, no mês de dezembro e janeiro houve acréscimos nas vendas e é possível

perceber que a produção e expedição conseguiram responder de forma semelhante.

Ademais, é possível dizer que as linhas retratadas neste gráfico mostram uma

pequena tendência de crescimento das vendas nos últimos meses.

As mudanças e as melhorias apresentadas nos gráficos anteriores são

consequência de um investimento realizado no setor de armazenagem de produto de

PA. Este investimento corresponde ao valor de R$ 208.016,00 reais, conforme

descrito na Tabela 01.

0

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6000

7000

fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 nov/16 dez/16 jan/17

Entrada de Pedidos (t) Expedição (t) Produção (t)

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Tabela 1 – Descrição de Investimentos

Descrição do Investimento Qtd VLR Unitário Total

Empilhadeiras Elétricas 2 R$ 36.835,00 R$ 73.670,00

Transpaleteira Elétrica 2 R$ 15.486,00 R$ 30.972,00

Transpaleiteira Manual 2 R$ 1.150,00 R$ 2.300,00

Modificações no Arranjo Físico - R$ 64.324,00 R$ 64.324,00

Paletts 1750 R$ 21,00 R$ 36.750,00

Total R$ 208.016,00

Fonte: Dados da empresa, adaptado pelo autor, 2017.

Tendo em vista estes investimentos realizados, utilizou-se ferramentas de

Avaliação de Investimentos para verificar a viabilidade deste projeto. De forma geral,

o objetivo deste investimento é aumentar as vendas e assim reduzir os custos fixos

que envolvem todo o processo desde compras de matéria-prima até a entrega do

produto para o cliente final.

Considerando que o preço final de vendas dos produtos não será alterado após

a realização dos investimentos, a quantidade de redução de custos será o que irá

compor o fluxo de caixa para realizar-se as avaliações. O Quadro 5 apresenta a

aplicação da ferramenta de VPL, TIR e Payback simples e descontado que compõem

o projeto do investimento.

Os Quadros 5, 6 e 7 apresentam os dados para realizar-se a avaliação da

viabilidade de um investimento. Em primeira instância, é essencial comentar que estes

quadros foram gerados a partir de uma planilha eletrônica, a qual está disponibilizada

gratuitamente de forma online no Site Finanças Fácil.

O quadro 5 apresenta o fluxo de caixa do investimento.

Quadro 5 – Fluxo de caixa do investimento Fonte: Finanças Fácil, adaptado pelo autor, 2017.

O fluxo de caixa apresentado no quadro 1 foi apontado levando-se em

consideração o desejo que os investidores almejavam com o investimento. Para

chegar-se a este valor, calculou-se as reduções com custos fixos, mão-de-obra e

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movimentação de produto acabado. Assim, a diferença entre o custo fixo anterior e

posterior ao investimento foram bases para a formulação deste fluxo de caixa.

O fluxo de caixa foi apontado levando-se em consideração que deseja diminuir

cerca de R$ 3.400,00 reais de custos fixos por mês no primeiro ano, pois com o

investimento das empilhadeiras foram dispensados dois colaboradores, sendo que

cada uma ganhava em torno de R$ 1 700,00.

A redução de embalagens avariadas de 180 baixou para 23 por dia, com as

empilhadeiras as movimentações ficaram mais fáceis, e diminui as movimentações

que era a principal causa das avarias. Houve uma reduziu no tempo da troca das

embalagens sobrando mais tempo para os colaboradores da produção dedicarem as

suas atividades. Com as estruturas porta pallets foi possível deixar o depósito mais

organizado, aumentando a capacidade de armazenagem, deixando de ser um gargalo

para produção. Após isso, almeja-se reduzir aproximadamente R$ 4.200,00 reais por

mês, pois projetou-se o aumento da capacidade de armazenagem e também o

aumento da capacidade de produção, assim será adicionado ao caixa da empresa

cerca de R$ 40 000,00 reais no primeiro ano e R$ 50 000,00 reais nos anos

subsequentes. Todos estes valores e também o percentual de retorno foi pré-

estabelecido como pré-requisito pela alta gerência da empresa.

Para desenvolver-se esta avaliação, utilizou-se como percentual de retorno o

valor de 10%, sendo esse o percentual considerado o custo de oportunidade para os

investidores, ou seja, uma taxa um pouco superior ao rendimento da caderneta de

poupança.

No quadro 6 apresenta-se o VPL do investimento.

Quadro 6 – VPL do investimento Fonte: Finanças Fácil, adaptado pelo autor, 2017.

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No VPL demonstrado no quadro 6, percebe-se que o investimento apresentou

números positivos a partir do ano 1. Com isso, presume-se que o investimento irá

apresentar lucratividade para os investidores. A TIR também apresentou taxa retorno

aceitável para que o investimento apresente viabilidade.

Quadro 7 será apresentado os valores de Payback Nominal e Descontado.

Quadro 7 – Payback Nominal e Descontado. Fonte: Finanças Fácil, adaptado pelo autor, 2017.

O Payback Nominal aponta que o investimento irá se pagar no tempo de 4 anos,

4 meses e 10 dias. Já o Payback Descontado indica que o investimento irá se pagar

no prazo de 5 anos 12 meses e 22 dias. Observa-se que o investimento se pagou a

médio prazo. Os investimentos com retornos ao longo prazo poderão ter maior

probabilidade de perda.

4.4 Considerações sobre o estudo

Após findar-se os estudos desenvolvidos para alcançar-se os objetivos pré-

selecionados para este trabalho, é possível observar que a tendência do período de

PayBack seja inferior ao descrito anteriormente. Isso por que o fluxo de caixa

alcançado nos 6 primeiros meses, após o investimento foi maior do que era previsto

e também pelo fato de que foi utilizado projeções de receitas conservadoras. Desde

modo foi viável ao longo do período os investimentos realizados.

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Ademais, as análises dos gráficos elaborados puderam demonstrar que o

investimento trouxe benefício para a empresa como um todo. A produção passou a

alinhar-se com a entrada de pedidos e assim o setor de expedição passou a ter menos

gastos com horas extras, produtos avariados, e conseguiu regular suas rotinas de

carregamento.

Além disso, as mudanças realizadas dentro do armazém fizeram com que se

reduzisse os desperdícios com movimentação desnecessária de PA. Assim, a

capacidade de carregamento diário passou a ser superior ao que era antes.

De forma geral, pode-se dizer que as ferramentas utilizadas para se realizar as

avaliações de investimentos são capazes de descrever as informações que se almeja.

Porém, é essencial realizar um estudo mais preciso a respeito do fluxo de caixa que

será gerado. Neste caso, os resultados foram melhores do que o previsto, mas caso

fosse ao contrário a empresa poderia estar sofrendo déficits financeiros devido a

falhas nos estudos pré investimento.

De início, este investimento foi realizado visando alinhar entrada de pedido,

produção e a expedição de produto acabado, isso por que havia problemas falta de

espaços físicos e falta de alguns produtos.

Como ponto forte, é possível dizer que o investimento fez com que a empresa

passasse a trabalhar com sinergia entre os setores. O ponto fraco é que se caso haja

um aumento significativo nas vendas o investimento não irá suprir as necessidades e

talvez seja necessário fazer a aquisição de novas instalações para armazenagens de

PA.

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5 CONCLUSÃO

A avaliação de Investimento dentro das organizações é essencial para manter

o caixa das empresas saudável. Assim, identifica-se novas oportunidades e também

pode-se precaver de possíveis obstáculos que podem surgir.

Tendo em vista que este trabalho tinha como objetivo geral avaliar a viabilidade

econômica e produtiva de um investimento realizado em um depósito de produto

acabado da empresa Alfa Rações, pode-se dizer que este objetivo foi alcançado. Para

chegar-se a esta conclusão, foram feitas análises das rotinas da empresa durante 1

ano e identificou-se que o investimento trará acréscimos para o caixa da empresa, e,

portanto, pode ser considerado como um investimento rentável.

Ademais, algumas ferramentas para avaliar o investimento realizado foram

aplicadas. O PayBack disponibilizou o prazo esperado para que o investimento se

pagasse e o VLP e a TIR mostraram que o investimento apresenta características

atrativas para que os proprietários apliquem seu dinheiro.

Nos primeiros 6 meses, o investimento apresentou fluxo de caixa dentro dos

padrões exigidos pelos proprietários da empresa. Houve redução significativa no custo

fixo por tonelada de ração e também a capacidade produtiva da empresa foi

melhoradas. Ademais, a quantidade vendida de ração também teve acréscimos,

auxiliando assim para que o investimento seja considerado como viável.

Como sugestão, indica-se realizar trabalhos para estabelecer roteirizações de

envio de pedidos de vendas. Assim, será possível otimizar as entregas e os custos

com frete de PA poderão ser minimizados. Além disso, os clientes passaram a

desenvolver rotinas de compra e fará com que seja possível desenvolver previsões

de vendas mais precisas. Desta forma, haverá menos problemas com falta de produto

acabado ou de matéria-prima para a produção das rações.

Além disso, sugere-se que seja criado um sistema com código de barra para

controlar a entrada e saída dos PA do armazém, assim o processo apresentará

menores índices de erro e também há a possibilidade de agilizar o processo de

entrada e saída de produtos do armazém de PA.

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