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João TellesPlanejamento e Gestão

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Wilson Borges

Diretor Administrativoe Financeiro

Alessandro De Domenico Conti

VICE-PRESIDENTESREGIONAIS

Luiz Alberto Villar (AL)Mario Ricardo F. Gomes (AM)

Paulo Villas Boas (BA)Francisco G. Coelho (CE-PI-MA-RN)

Luiz Napoleão da S. Brito (DF)João Carlos Ribeiro Vargas (ES)

Lindomar Moreira (GO-TO)Régis Barros de Carvalho (MG)

Geraldo Souza Castro (MT)Antônio Pereira Costa (PA)

Alcidésio Sabino Maciel (PE)José Góes(PR)

Flávio Lacerda (RJ)Jovelino Perondi (RO-AC)Olmar João Pletsch (RS)

Irineu Horst (SC-NCO)Sérgio Dagostim (SC-CS)

Pio Daniele (SP)

CONSELHO FISCALPresidente

Odilon Pereira GuerraConselheiros

João dos Santos CaritáTarcisio Zonta

CONSELHO DE ÉTICAE DISCIPLINA

PresidenteManoel Carlos V. de Moraes

Vice-PresidenteLúcio Abrahão Bastos

ConselheirosCláudio Good

Luiz Fernando D. L. da TrindadeMiguel de Oliveira

ASSESSORES DA PRESIDÊNCIASão Paulo: Dorival Maso,

José Luis Dias da Silva, Viviane Curunczie Welinton Ribeiro

Distrito Federal: Nadir Baruzzi

Fomento Mercantil é uma publicação da AssociaçãoNacional das Sociedades de Fomento Mercantil -

Factoring (ANFAC)Endereço: Rua Teixeira da Silva, 217

Bairro Paraíso - CEP 04002-905 - São Paulo.Telefone: (11) 3549-4855 - Fax: (11) 3549-4866

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Avenida Dr. Luiz da Rocha Miranda, 159, 4º andarCEP 04344-010 - São Paulo (SP)Tel.: (11) 5017-7604 | 5017-4090E-mail: [email protected]

http://www.deleon.com.brJornalista responsável:

Lenilde Plá De León ( MTb. 11.707/SP)Redatoras:

Elizabeth Brandão (MTb. 48.898/SP) e Camila Fróis

Projeto Gráfico e DiagramaçãoCelso Tadeu de Oliveira

Capa: Montagem Fotos Divulgação

Tiragem: 5.000

Impressão: MóduloObs: A reprodução do conteúdo da revista depende de

autorização da ANFAC

O conteúdo de artigos e matérias assinadassão de responsabilidade de seus autores.

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E d i t o r i a l

Luiz Lemos LeitePresidente da Anfac

4 Fomento Mercantil - Janeiro/Fevereiro 2008

26 anos de atividade de fomento mer-cantil-factoring no Brasil, são 26 anos dehistória, de lutas, desafios e conquistas.

26 anos de realização de um trabalho diu-turno, continuado, persistente e sério paraconstruir um arcabouço institucional capaz desustentar um volume cada vez mais crescentede negócios que, em seu cerne, só existe por-que se destina a apoiar as pequenas e médiasempresas, um segmento com enorme poten-cial de crescimento.

Para o crescimento do fomento mercan-til no Brasil têm contribuído tanto a dinâ-mica de mercado, quanto a presença de ope-radores que o enriquecem com suas experi-ências empresariais.

Numa larga visão retrospectiva, podemos constatar a longacaminhada já percorrida e a acentuada aceleração dos relevantesserviços de natureza socioeconômica prestados pelo fomentomercantil, hoje um mecanismo que já conquistou sua posição dedestaque no sistema econômico brasileiro.

As 130.000 empresas-clientes das 700 filiadas da ANFAC, quese valem do factoring, estão se orientando sempre mais para os ser-viços, que lhe são inerentes, para avaliação, gestão e mitigação deriscos que se completam com a transação de compra de direitos cre-ditórios, que, em 2007, andaram à roda dos R$ 70 bilhões.

Neste ponto, importa considerar e esclarecer que o fo-mento mercantil não é uma alternativa do crédito bancário,mas certamente representa um indispensável instrumento deassistência que é utilizado para oferecer amplo suporte deorientação de negócios e de recursos de que tanto carecemas pequenas e médias empresas para atender às várias etapasde seu ciclo operacional.

À guisa de ilustração, nos 5 continentes, os últimos dadosdisponíveis (2006) mostram que o montante do “turnover”, querepresenta o volume total de créditos adquiridos pelas empresasde factoring, somou mais de 1,2 trilhão de euros, o que corres-ponde a um crescimento de 18% em relação ao ano anterior.

Este desenvolvimento, em nível planetário, é, em grande parte,fruto da globalização da economia e de algumas tendências de paísesasiáticos, onde a atividade vem crescendo significativamente.

O factoring é universalmente aceito como um dos pilares desustentação na execução de complexos serviços que gravitam emtorno da gestão dos créditos e débitos comerciais das pequenas emédias empresas, seu mercado-alvo no mundo inteiro.

A despeito de ser uma solução eficiente para gestão deriscos de crédito na vida das pequenas e médias empresas, ofactoring ainda é um mecanismo relativamente pouco conhe-cido pelas empresas que poderiam utilizá-lo com uma fre-qüência muito maior valendo-se dos seus valiosos benefíci-os que podem proporcionar-lhes o rompimento do círculovicioso que inibe o seu funcionamento: pequeno capital, pe-queno crédito, pequenas vendas.

Do ponto de vista da demanda, os espaços de crescimento paraa atividade do fomento mercantil são potencialmente ponderáveis.

Entretanto, atenção especial se dispensa à qualidade dos cré-ditos gerados pelas vendas mercantis. Existem riscos embuti-dos na exposição de créditos comerciais para com a clientela,

26 anos de história, de lutas, desafios e conquistasque estão contingenciados, no contexto in-ternacional, por controles rigorosos e so-fisticados previstos no Acordo de Basiléia2, que balizam as normas de políticas decrédito que emanam de todos os BancosCentrais do mundo.

Para mitigar os riscos, não se pode pres-cindir da verificação da origem dos crédi-tos, da capacidade de venda das empresas-clientes, da avaliação do padrão creditíciodos sacados devedores, da administração ecobrança dos créditos, da situação do mer-cado e da aceitação dos produtos e ainda aassistência legal na fase de recuperação doscréditos que formam todos um conjunto deserviços de gestão conectados à operacio-

nalização do fomento mercantil que permitem à sua clientela agi-lizar e simplificar os procedimentos internos transformando oscustos fixos de gestão em custos variáveis e garantir a liquidezde suas carteiras.

Daí porque o fomento mercantil é uma atividade dicotômica(mista atípica) que, via de regra, se executa em dois tempos dis-tintos. Uma parte, são serviços de acompanhamento das ativida-des básicas das empresas-clientes que permitem detectar, tem-pestivamente qualquer indício de dificuldade, insolvência e fraudee, a outra, garantir à empresa de fomento tranqüilidade e segu-rança na execução da cobrança.

Como já vimos, a demanda do factoring se orienta para umaprestação de multisserviços complexos e abrangentes, que mui-tas vezes é erroneamente interpretado como mais oneroso do queoutros mecanismos.

Esta pluralidade de serviços oferecidos pelas empresas defomento se desenvolve em uma única operação para que as em-presas-clientes possam obter uma racionalização de sua organi-zação reduzindo os custos de gestão, assegurando a cobrança deseus créditos e usufruindo, por sua vez, maior liquidez, já quetêm a possibilidade de ser disponibilizado antecipadamente o valordos créditos cedidos.

O gigantesco mercado brasileiro é composto de milhares emilhares de pequenas e médias empresas que tanto necessitamde uma assistência para sobreviver.

A ANFAC, com o “know how” adquirido nestes 26 anos ecom o acompanhamento das tendências do mercado e da evolu-ção da economia, vem realizando uma série de estudos sobrenovos produtos e novas modalidades de operação que se ajustemaos paradigmas conceituais do fomento mercantil, às normas dodireito vigente no País e à conjuntura econômica brasileira, queestá a impor uma revisão da metodologia de trabalho nas empre-sas de fomento mercantil e uma reformulação de sua estratégiaoperacional cada vez mais concentrada na ampliação da ofertade serviços em função da paulatina redução do custo do dinheirocom fortes reflexos no fator de compra dos créditos oriundos dasvendas mercantis efetuadas por suas empresas-clientes. Tudo in-dica tratar-se de uma tendência inexorável no cenário econômicoque se projeta.

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A N F A C 2 6 A n o s

5Fomento Mercantil - Janeiro/Fevereiro 2008

ANFAC completou mais um ano de história no dia 11fevereiro de 2008, tendo consolidado resultados ex-

pressivos nesses 26 anos de lutas e conquistas, ao capacitargestores e apoiar centenas de empresas de fomento mercan-til, que contribuem para a sobrevivência de diversos empreen-dimentos e geram uma série de postos de trabalho em todos osestados brasileiros, impulsionando a economia do País.

Os números do FactoringEm 2007, o fomento mercantil prestou serviços e aten-

deu a uma clientela composta de aproximadamente 130 milpequenas e médias empresas dos mais variados segmentos.Contribuíram para viabilizar transações econômicas indus-triais, comerciais e de serviços e,ainda, para sustentar 2,1 milhõesde empregos diretos e indiretos.O giro das carteiras das empre-sas filiadas à ANFAC originou umestoque de direitos creditórios daordem de R$ 71,5 bilhões, repre-sentando um acréscimo de18,48%, sobre o ano de 2006, quefechou com a cifra de R$ 60,35bilhões. Além disso, desponta noPaís a tendência do factoring in-ternacional, crescendo o númerode operações de factoring de ex-portação e importação.

Com esses dados, é possível entender parte do que LuizLemos Leite, presidente da Associação, vislumbrou ao fun-dar a Entidade em 1982, assumindo a missão de mostrarpara as autoridades brasileiras e para a classe empresarial agrande contribuição que a atividade de fomento mercantilpoderia trazer para o País.

Os dados apurados em 2007 também mostram que asoperações de fomento mercantil convencional continuamsendo as mais demandadas. No entanto, nos últimos tem-pos, as sociedades de fomento mercantil vêm ocupandonovos espaços no mercado, apresentando produtos e servi-ços diferenciados como o fomento à produção, para a com-pra de matéria-prima junto aos fornecedores e o Trustee,que compreende a prestação de serviços de tesouraria paraas empresas clientes.

Além disso, uma novidade que tem se consolidado, nosúltimos anos, entre as sociedades de factoring é a criação dosFundos de Investimento em Direitos Creditórios – FIDCs desti-nados ao apoio de cadeias produtivas, melhor gestão de

ANFAC, 26 anos de incentivo aosnegócios e à economia do País

caixa, alavancagem financeira e redução de custos.

Legislação: reconhecimento paraa atividadeApesar dos bons resultados alcançados até agora, os diri-

gentes da ANFAC continuam traçando novos objetivos para aEntidade e investindo cada vez mais na proposta do fomentomercantil. Por isso, se empenham efetivamente na consolida-ção e fortalecimento do factoring, atuando no Congresso Na-cional na defesa dos interesses do setor, contribuindo para aelaboração de legislação que regule a atividade no País.

Segundo Luiz Lemos Leite, “o setor deve se consolidarainda mais com a aprovação do projeto de lei que preconi-

za a regulamentação da ativida-de, ora em tramitação no SenadoFederal”.

CapacitaçãoAlém da forte atuação políti-

ca, um dos principais focos daEntidade durante seus 26 anos,tem sido a disseminação de co-nhecimentos e capacitação denovos profissionais para atuaremcomo operadores e gerentes nassociedades de fomento mercan-

til. Ao todo, 6.664 agentes de fomento mercantil e 385 ge-rentes foram formados nos cursos certificados pela ANFACe dezenas de empresas foram criadas a partir da orientaçãoe suporte fornecido pela Associação, por meio de seminári-os, palestras e congressos realizados.

São jovens empreendedores, hoje consolidados no mer-cado, que encontraram no fomento mercantil uma novaoportunidade de negócios e também operadores com expe-riência de mercado em busca de qualificação e atualizaçãoprofissional. Neste sentido, a ANFAC tem atuado como umaverdadeira escola de factoring no País, reunindo os maisexperientes especialistas nas áreas, estimulando a troca deconhecimentos e promovendo debates e discussões sobreos mais relevantes temas para a atividade.

Interação: Blog ANFACNeste ano, com o intuito de ampliar a divulgação dos

conceitos ligados à atividade de fomento mercantil, a As-sociação passa a contar com um novo instrumento de inte-ração com as empresas associadas, o Blog ANFAC.

A proposta do Blog é aproximar os empresários do fac-

A

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66 Fomento Mercantil - Janeiro/Fevereiro 2008

toring, constituindo-se emum fórum de discussões, tro-ca de informações e experi-ências, além de um espaçopara esclarecimento de dú-vidas sobre as questões liga-das à legislação e atuaçãodas factorings no País.

No Blog ANFAC os in-ternautas têm acesso a infor-

mações jurídicas, notícias e artigos de interesse do setor, assimcomo aos comentários de especialistas sobre assuntos diversos deinteresse do segmento.

(wttp://blog.anfac.com.br)

TV ANFACCom um ano de atividades e um considerável acervo de

conhecimentos e entrevistas, a TV ANFAC caracterizou-secomo canal de comunicação do sistema com a base.Transmitida através de moderna tecnologia no site da Enti-dade, já levou aos associados debates de diversos especia-listas das áreas jurídicas, tributárias e operacional das em-presas associadas, divulgando temas de interesse e orien-tando os empresários do setor.

IX Congresso ANFACConfirmando sua tradição na produção e divulgação de

conhecimentos sobre fomento mercantil no Brasil, a AN-FAC realiza, neste ano, no período de 18 a 20 de junho, emSão Paulo, no Hotel Transamérica, o IX Congresso Brasi-leiro de Fomento Mercantil, maior evento do setor no País.

A programação inclui temas de interesse dos empresários,profissionais e estudiosos de fomento mercantil, sendo que aspalestras serão ministradas por renomados especialistas do Paíse do exterior na área econômica, gerencial e jurídica.

Além de promover uma maior integração entre os em-presários do setor, o objetivo do IX Congresso é agregarconhecimentos, experiências e subsídios indispensáveis paraa segurança e o sucesso dos negócios das factorings.

Entre os palestrantes confirmados estão o secretário ge-ral da Assifact - Associação Italiana de Factoring, Alessan-dro Carreta, o presidente do COAF, Antônio Gustavo Ro-drigues, o advogado tributarista, Ives Gandra da Silva Mar-tins, o jornalista e comentarista econômico da CBN/Glo-bo, Carlos Alberto Sardenberg e o Economista e sócio daMB Associados, José Roberto Mendonça de Barros.

As inscrições estão disponíveis nosite: www.anfac.com.br/congresso

HistóriaTornar o fomento mercantil uma atividade econômica or-

ganizada e reconhecida juridicamente, prestes a ser legalizada

pelo poder público é uma das conquistas da ANFAC nestes 26anos de atuação. Os avanços alcançados, entretanto, remetema uma história de obstáculos, desafios, persistência e supera-ção, tendo como baluarte o bacharel em Direito e especialistaem Direito Econômico, Luiz Lemos Leite.

A chegada do factoring no Brasil se deu em fevereiro de1982, quando após muitos anos de pesquisa e estudo, um gru-po de 11 empreendedores, motivados pelo precursor do fo-mento no País, se reuniu e fundou a ANFAC. Na ocasião, LuizLemos Leite foi eleito presidente da entidade, e abraçou a lutapelo sistema, que vem travando até os dias de hoje.

Além das boas expectativas e determinação do grupo,em transformar o factoring em uma forma de dar suporte àspequenas e médias empresas no Brasil, a Entidade assumiatambém uma complexa missão de divulgar os princípios daatividade e torná-la reconhecida entre as instituições eco-nômicas e jurídicas.

Em junho do mesmo ano, o Banco Central baixou umacircular na tentativa de restringir as atividades de fomentomercantil no País. Em 1986, o Tribunal Federal de Recur-sos deu por unanimidade vitória às factorings, revogando acircular do Banco Central, que 1988, enfim reconheceu ofomento como atividade mercantil mista atípica.

No ano de 1993, foi protocolado o primeiro projetode lei que regularia a atividade de factoring no País, masem 1994 o mesmo projeto foi arquivado no Senado Fe-deral por inconstitucionalidade. Em 1995, porém novoprojeto de lei, PLS 230, do senador José Fogaça, foi pro-tocolado no Senado Federal, sendo que no mesmo ano,o Conselho Monetário Nacional reconheceu a tipicidadejurídica própria e atuação das sociedades de fomento.Em 1996, o PLS 230 foi aprovado pela Comissão de As-suntos Econômicos no Senado. Em 2000, PL 3615 dis-põe sobre fomento mercantil especial de exportações eatuação das sociedades de fomento, tendo aprovação de-cisiva do substitutivo ao projeto sido aprovada em 2006pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

ConfraternizaçãoPor ocasião do aniversário da ANFAC, no dia 11

de fevereiro, a empresa parceira WBA Informática ofe-receu um happy hour para diretores e colaboradoresda associação.

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77Fomento Mercantil - Janeiro/Fevereiro 2008

R e c o n h e c i m e n t o

ANFAC se reúne com a relatora do PL do fomento mercantil

O Conselho de Controle de Ativi-dades Financeiras - COAF, comemo-rou seus 10 anos de existência e atu-ação, no dia 3 de março, em eventona Escola de Administração Fazen-dária - Esafe, em Brasília, com a pre-sença de mais de 200 ilustres perso-nalidades como: ministros de Esta-do, procuradores e autoridades polí-ticas e empresariais, entre elas, LuizLemos Leite, presidente da ANFAC,que foi também um dos homenagea-dos da ocasião, recebendo um Tro-féu alusivo à data.

Durante a cerimônia o presidentedo Coaf, Antonio Gustavo Rodrigues,destacou o papel da ANFAC - Associ-ação Nacional das Sociedades de Fo-mento Mercantil - Factoring, no apoioao trabalho de inteligência do Conse-lho, para evitar ilícitos praticados pororganizações criminosas.

ANFAC recebe prêmio na comemoração dos 10 anos do COAF

O presidente da ANFAC- Associa-ção Nacional das Sociedades de Fo-mento Mercantil - Factoring, Luiz Le-mos Leite, esteve reunido na manhã dodia 4 de março, com a nova relatorado PLC nº 13 de 2007 (PL do fomentomercantil), senadora Serys Slhessa-renko (PT-MT) em seu gabinete, queapresentou o trabalho da ANFAC em26 anos de atividade e o acompanha-

mento na longa tramita-ção do projeto de lei naCâmara dos Deputados,desde o ano de 2000. Osempresários da ANFACreivindicam uma lei es-pecífica que discipline aatividade.

Segundo a senadoraSerys, a atividade de fo-mento mercantil contri-bui para a melhoria daeconomia brasileira eprecisa estar regulamen-tada dentro dos padrões

necessários para o desenvolvi-mento do setor e do País. “Os que tra-balham bem e dentro da legalidadeterão em breve as normas legalizadas.A ANFAC, ao estar conosco, demons-tra que concorda com o projeto queestá tramitando. O nosso parecer seráfavorável e estamos empenhados emaprovar com rapidez na CCJ para darcontinuidade à tramitação e vermos

Participaram da mesa de honra dacerimônia o ministro da Justiça, TarsoGenro; o secretário executivo de Fa-zenda, Nelson Machado; o presidentedo Banco Central, Henrique Meireles;o ministro do Superior Tribunal de Jus-tiça - STJ, Gilson Dipp; o procurador-geral da República, Antônio Fernandode Souza; o secretário executivo da

Controladoria-Geral da União - CGU,Luiz Augusto Navarro, que represen-tou o ministro da CGU, Jorge Hagge;e o presidente dos Correios, CarlosHenrique Custódio, que lançou duran-te a solenidade, um selo personaliza-do e um carimbo comemorativo aos10 anos do COAF.

Segundo o coordenador-geral deFiscalização do COAF, César Almei-da de Menezes Silva, a ANFAC temum papel fundamental num setor mui-to pulverizado como o de fomentomercantil. “São muitas as empresas emtodo o País e é muito complicado parao COAF chegar sozinho a todas elas.O trabalho da ANFAC é importantepor reunir, divulgar e congregar os in-teresses do setor”, afirmou César, des-tacando a contribuição da ANFACpara a Instrução Normativa do COAF,hoje em vigor.

essa lei aprovada de uma vez por to-das”, garantiu a senadora.

O PL é um conjunto de normasque já vêm sendo praticadas de acor-do com várias leis que balizam asatividades de fomento mercantil noPaís, que a serão condensádas emum só texto.

Luiz Lemos Leite e o presidente do Coaf,Antonio Gustavo Rodrigues.

Luiz Lemos Leite presidente da ANFAC em reuniãocom a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT)

Luiz Lemos Leite, presidente da ANFAC, Serys Slhessarenkosenadora (PT/MT), Pio Daniele, presidente do Sinfac-SPJosé Luiz Dias da Silva e Nadir Baruzzi assesssoresda presidência da ANFAC.

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C u r s o s e T r e i n a m e n t o s

88 Fomento Mercantil - Janeiro/Fevereiro 2008

Aprimoramento: Contabilidadeno Fomento Mercantil

O curso “A Contabilidade nas Em-presas de Fomento Mercantil”, reali-zado pelo IBFM, no dia 22 de feve-reiro, disseminou informações atua-lizadas sobre as regras e normas queregem a Contabilidade do País, os tri-butos incidentes no segmento de fo-mento mercantil, as principais obri-gações acessórias e fiscalização ele-trônica, entre outros temas.

Pioneirismo: Curso garante qualificaçãopara os profissionais do setor

O curso mais tradicional e requisi-tado do mercado no segmento de fac-toring chegou a sua 120° edição entreos dias 25 e 29 de fevereiro. Ao todo,o curso, que é o primeiro na área defomento mercantil e o único certifica-do pela ANFAC, já diplomou 6.664profissionais. Tendo sido idealizadopelo presidente da Entidade, Luiz Le-mos Leite, o maior especialista em fo-mento mercantil no País, o curso é mi-nistrado por ele e pelo instrutor PauloFreire de Mello, que é professor deMBA em gestão de negócios.

Prepare-se para lidar com o clienteO Curso “Capacitação de Gerentes

e Operadores de Fomento Mercantil”,que acontece desde 2005, promovidopelo IBFM – Instituto Brasileiro deFomento Mercantil, formou no mês dejaneiro a sua 22ª turma. Ministradopelo professor e consultor em adminis-tração estratégica e gerência empresa-rial, Carlos Alexandre de Almeida, ocurso aconteceu na cidade de São Pau-lo, aborda noções sobre mercado de fo-mento, regras, alternativas de negóci-os financeiros, taxas e tarifas, entreoutros itens de suma importância paraas empresas de factoring. Os interes-sados em participar deste curso já po-dem se inscrever para a 23ª turma, queirá acontecer entre os dias 13 e 14 de

março. As inscrições podem ser feitaspelo site www.ibfm.com.br.

No dia 20 de fevereiro, o professorAlmeida também ministrou, peloIBFM, o curso de “Análise de Créditonas Empresas de Fomento Mercantil”.As aulas conjugam técnicas de análisede crédito e organizam um instrumen-tal de estudo para proporcionar aumen-to na segurança e nos resultados doscréditos concedidos.

“É importante que os gerentes eoperadores de fomento mercantil bus-quem constante aprimoramento profis-sional, uma vez que assumem um pa-pel essencial para as empresas clien-tes, ao atuarem como consultores eassessores”, reforça o professor.

Participaram do curso, ministradopelo especialista Sérgio Melo, empre-sários, gerentes, operadores, contabi-listas, advogados e estudantes. Meloé co-autor do livro “Contabilidade paraAdministradores”, membro do Grupode Estudos Tributários do ConselhoFederal de Contabilidade e Árbitro doJuízo Arbitral da Bolsa Brasileira deMercadorias.

“O sucesso das atividades

mercantis está intrinsecamente

associado à elaboração clara e

direta dos contratos entre empre-

sas de fomento e as empresas cli-

entes”, disse o desembargador

Oscarlino Moeller, durante o 1º

Curso de Reciclagem Jurídica de

Fomento Mercantil, realizado

pela ABAEF - Associação Brasi-

leira de Advogados das Empre-

sas de Fomento Mercantil e o

IBFM - Instituto Brasileiro de

Fomento Mercantil, no dia 7 de

março, em São Paulo, evento que

teve o apoio da ANFAC - Associ-

ação Nacional das Sociedades de

Fomento Mercantil e da EPM -

Escola Paulista de Magistratura.

O presidente da ANFAC,

Luiz Lemos Leite, fez a abertura

oficial do curso, falando sobre as

perspectivas do Fomento Mercan-

til e o PLC nº 13 de 2007. Na se-

qüência, foram abordados temas

de grande importância para o se-

tor, por renomados especialistas

como: Antonio Rulli Neto, prof.

pela USP-SP, Oldemar Azevedo,

desembargador do TJ/SP- EPM,

Fernando Neves, diretor da RPost

e os Drs. José Luis Dias da Silva,

Vice-Presidente da ABAEF e Ale-

xandre Fuchs das Neves, Advo-

gado do SINFAC/RS.

Curso aponta

importância

jurídica no setor de

Fomento Mercantil

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99Fomento Mercantil - Janeiro/Fevereiro 2008

Com uma intensa atuação políticaem prol da consolidação da atividadede fomento mercantil no País, o presi-dente da ANFAC, cumpre mensalmen-te uma agenda de compromissos, quedemonstra a preocupação e interesseda Entidade pelo avanço e crescimen-to do setor.

Banco Central: No dia 13 de fe-vereiro, aconteceu uma visita de cor-tesia com o Procurador Geral do Ban-co Central. No mesmo dia, durante umencontro com o novo diretor de fisca-lização do Banco Central, Luiz LemosLeite teve a oportunidade de fazer-lheuma ampla exposição sobre os aspec-tos conceituais, operacionais e jurídi-cos do fomento mercantil. Na ocasião,o novo diretor manifestou seu apoio-ao Projeto de Lei do Fomento Mercan-til, conforme várias manifestações, em

1º Curso de Reciclagem Jurídica deFomento Mercantil

A Escola Paulista de Magistratu-ra – EPM promoveu, no dia 7 demarço, o 1º Curso de ReciclagemJurídica de Fomento Mercantil, rea-lizado na sede da Escola, na cidadede São Paulo. Entre os instrutoresestavam diversos especialistas e au-

Agenda da Presidência: Engajamentoe participação política

expedientes formais do Banco Central,à Câmara dos Deputados.

Reconhecimento: Em 20 de fe-vereiro, houve uma audiência com oMinistro Carlos Alberto Menezes Di-reito, no Supremo Tribunal Federal,quando o presidente da ANFAC entre-gou-lhe, pessoalmente, o Memorial re-lativo à Ação Direta de Inconstitucio-nalidade - ADI nº1763-8, ajuizada emjaneiro de 1998, em decorrência da co-brança do IOF pela Lei nº 9.532, de10/12/1997, nas operações de fomen-to mercantil. O memorial foi elabora-do com o objetivo de reforçar a posi-ção da ANFAC quanto à flagrante in-constitucionalidade da cobrança doIOF nas operações de fomento, umalegítima e incontestável transação mer-cantil, além de outros aspectos de no-tória injuridicidade da lei em questão.

toridades do fomento mercantil e daárea jurídica, que abordaram ques-tões como perspectivas para o setor,legislação em tramitação, função so-cial do factoring, aspectos técnicosdos contratos de fomento mercantil,entre outras.

Após seis anos de atuação no se-tor de factoring, com expressivos ne-gócios realizados, a empresaBANCORP aceitou, no mês de feve-reiro, a proposta de fusão ao grupoBRICKELL, ambas as empresasestabecidas em São Paulo e filiadas àANFAC. Segundo MarceloBernardini, presidente da BANCORP,o objetivo da fusão é compor umaempresa maior e com consideráveis

Fusão entre BANCORP e BRICKEL podefortalecer operações de Fomento

perspectivas de crescimento, a partirda possibilidade de se agregar opera-ções diferenciadas às atividades já re-alizadas pela companhia.

O Grupo Brickell, pertencente a umdos ex-acionistas dos Bancos BMC ePINE, é composto por empresas deAsset Management Fomento Mercan-til, Instituições Financeiras no Exteri-or, além de uma Indústria de Alimen-tos no Brasil.

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O que os brasileirospodem esperar de 2008?

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pesar das boas expectativas da economia nofim de 2007, o brasileiro se deparou, em ja-

neiro, com uma série de intempéries como aumen-to de impostos, perspectiva de inflação e os possí-veis reflexos da crise norte-americana em nossaeconomia. Para avaliar este cenário e trazer novasluzes sobre tema, a Revista Fomento Mercantil ou-viu, em caráter exclusivo, o economista-chefe daFebraban – Federação Nacional dos Bancos, NicolaTingas, que revela dados da pesquisa Febraban efaz uma análise conjuntural da economia no Brasile no mundo para os próximos anos, na entrevistaque segue.

Em que aspectos a crise imobiliária impacta aeconomia brasileira?

O cenário internacional deve continuar trazendo gran-de volatilidade não só ao mercado financeiro internacio-nal, mas também ao mercado financeiro doméstico e umagravamento da crise nos EUA pode afetar o desempenhoda economia brasileira tanto pelo canal do comércio exte-rior quanto do fluxo de capitais. Assim, uma deterioraçãoda situação da economia norte-americana ou uma diminui-ção da taxa de crescimento da economia global ou daliquidez mundial, bem como aumentos nos preços dascommodities, poderão levar a uma revisão nas projeçõesmacroeconômicas para a economia brasileira.

Quais os setores mais vulneráreis?Quanto aos fatores internos, uma revisão das expecta-

tivas poderá ocorrer em função de maior pressão dos pre-ços dos alimentos ou devido a uma atividade econômicamuito aquecida.

No momento, porém, para os 43 bancos que responde-ram à pesquisa que a Febraban fez pós a divulgação da atado Copom, do dia 31 de janeiro, não houve deterioraçãodo cenário projetado para a economia brasileira para 2008,em função da maior volatilidade dos mercados financeirosobservada em janeiro. Além disso, apesar da maioria dosanalistas acreditar que a crise nos EUA poderá repercutirsobre a economia brasileira, a condução da política mone-

tária está mais condicionada por fatores domésticos (infla-ção x atividade econômica) que fatores internacionais.

Quais as medidas que os bancos brasileiros estãoadotando para se proteger dos reflexos da crise?

Os bancos brasileiros, até por exigência do Banco Cen-tral, mantêm um chamado “índice de Basiléia” superior àmédia internacional recomendada pelo Banco para Com-pensações Internacionais, o BIS – também chamado de“banco central dos bancos centrais”. Esse índice apontaquanto de capital próprio os bancos têm de dispor paraemprestar. O índice recomendado pelo BIS é de 8%, mas onosso BC determina que seja 11% - isto é, de cada cememprestados, onze são de capital do próprio banco. Mas osbancos brasileiros, na média, observam um índice de Basi-léia em torno de 14%. Ou seja, são mais conservadores doque o BIS e o BC recomendam. Além disso, a oferta decrédito no Brasil, em torno de 35% do Produto Interno Bruto(PIB), está muito, muito distante da média dos países alta-mente industrializados e mesmo de muito recém-industria-lizados. Não é incomum encontrar uma oferta de 100% oumais do PIB. Além disso, não estão disseminados, aqui,instrumentos e operações mais complexas utilizando, porexemplo, derivativos de crédito, como lá fora, que segre-

Nicolas Tingas

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gam dos balanços dos bancos diversas operações de crédi-to. Ainda estamos muito longe do ambiente, institucional eoperacional, de mercado que sugira uma crise como a dosubprime.

Aproximadamente, quanto do investimento es-trangeiro no Brasil é proveniente dos EUA?

Em termos de investimento direto, que é aplicado emempresas e atividades produtivas, e não para aplicaçõesfinanceiras, como bolsa e títulos, segundo dados do Mi-nistério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio(MDIC), os EUA detém em torno de 20% do fluxo deIDE, a Holanda vem em segundo lugar, com 15% a 16%.Os EUA ficaram em segundo lugar em 2007, com partici-pação de 17,7%, enquanto os Paises Baixos ficaram emprimeiro lugar, com 23,7%.

Como o mercado mundial tende a se comportarfrente a crises dessa natureza?

É muito difícil antecipar, até por ser esta uma crise deuma natureza diferente das anteriores e pelo fato de o Bra-sil, hoje, estar numa situação macroeconômica sem prece-dentes talvez desde o final da II Guerra Mundial, quanto àscontas externas e também às contas públicas. O movimen-to mais dos mercados internacionais face às crises é redu-zir a liquidez, reduzir a oferta de dinheiro e aumentar aseletividade, buscando os chamados “safe havens”, ou “re-fúgios seguros”. Os títulos do Tesouro americano costu-mam ser “o” refúgio seguro. Mas com o dólar em queda,taxas de juros em queda e desequilíbrio fiscal, talvez os“treasuries” não sejam, hoje, a opção mais segura, em ter-mos de rentabilidade, pelo menos.

No caso dos investimentos internos, está ha-vendo alguma mudança de comportamento doinvestidor?

Nada que se possa notar de destaque. Os mercados bra-sileiros são, hoje, muito mais técnicos, profissionalizados.Você tem investidores institucionais – fundos de pensão,fundos de investimentos, seguradoras – que têm visão demais longo prazo. Logo, sua atuação é um contrapeso à

ação dos aplicadores de curto prazo, que se movem ao sa-bor do noticiário e das especulações.

Como estão as taxas de inadimplência no País?O ritmo de expansão das operações de empréstimos para

pessoa física é compatível com a conjuntura atual da eco-nomia brasileira que mostra aumento da renda real, quedadas taxas de desemprego e maior confiança do consumi-dor. Além disso, o nível de inadimplência mostrou recuounos últimos doze meses ao passar de 7,6% em dezembro de2006 para 7,1% em dezembro de 2007.

A abundante oferta de crédito, oferecida hojepelo sistema, pode sofrer limitações, devido à crisedos EUA?

A forte expansão do volume de crédito em 2007, atin-gindo o montante de R$ 932,3 bilhões em novembro, foiacompanhada por melhores condições de financiamento,ou seja, reduções das taxas de empréstimos, alongamentode prazos e ampliação da base de tomadores. Este quadrofoi beneficiado pelo cenário de maior estabilidade econô-mica associado também ao aumento da renda e a melhorados indicadores do mercado de trabalho.

Dados divulgados pelo IBGE para o terceiro trimestremostraram que o PIB teve expansão de 5,3% no acumula-do no ano e de 5,2% no acumulado em quatro trimestres.Este desempenho da economia foi resultado, principalmen-te, da ampliação dos investimentos e do consumo das famí-lias, sendo que boa parte desta expansão foi financiada pormeio de empréstimos. Ainda não vemos um reflexo comoesse aqui. Mas, se a crise internacional se agravar levandoo BC a precisar elevar a taxa básica de juros, haverá umimpacto no custo dos empréstimos, o que poderá, sim, terreflexos na demanda por crédito. Por ora, a previsão dosbancos consultados pela Febraban é que o volume de cré-dito cresça 20,92% em 2008 e 19,45% em 2009 – uma taxaque não se pode qualificar de “trivial”.

Qual o verdadeiro impacto do aumento dasalíquotas do IOF nas operações de crédito?

As recentes medidas adotadas pelo governo para

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compensar o fim da arrecadação da CPMF(aumento do IOF e da CSLL) não alteraramsubstancialmente a expectativa de crescimentodas operações de crédito neste ano, como mos-tra a pesquisa da Febraban com 43 bancos. Aprojeção média de crescimento da carteira to-tal de crédito passou de 20,3% para 20,9%.Houve elevação na projeção de crescimentodas operações de pessoa jurídica que passoude 19,54% para 21,42%. Por outro lado, a taxade expansão das operações de crédito parapessoa física diminuiu ligeiramente, de25,70% para 25,60%.

Com as garantias mínimas da poupan-ça, o senhor acredita que haverá signifi-cativa migração para esse sistema de in-vestimento?

A poupança tem mostrado, efetivamente,uma forte atratividade para os pequenos inves-tidores – e isso é histórico. É um instrumento construídopara os pequenos investidores e para os que conferempreeminência à segurança sobre a rentabilidade. O quehá, portanto, é um reforço do perfil.

Como o senhor vê a padronização das tarifasbancárias, que entram em vigor no dia 30 de abril?

Seguem na linha defendida pela Febraban de dar maistransparência ao mercado, o que alimenta a concorrênciaque beneficia o consumidor.

Que benefícios o correntista terá com essa pa-dronização?

Beneficia no sentido de facilitar a comparação. Mas épreciso dizer que a padronização costuma engessar a ino-vação. Um exemplo bem próximo: a TED, que permitetransferir dinheiro a qualquer ponto do País no mesmo diae até em tempo real, era inexistente antes do ano 2000. Hoje,é corriqueira e substitui o cheque com muito maior como-didade e segurança. E é muito mais acessível aqui do quenos países mais desenvolvidos. Nos EUA, a transferênciade crédito de pessoa física no mesmo dia custa o equiva-

lente a R$ 97,00, mas na prática não ocorre. Na União Eu-ropéia varia de R$ 26,00 a R$ 52,00 por transação. Na Grã-Bretanha, vai de R$ 58,00 a R$ 78,00 por transação. NoBrasil, de R$ 8,00 a R$ 13,00 por transação.

Avaliando todos esses fatores, o que se pode es-perar da economia do Brasil em 2008?

A expectativa continua positiva. A pesquisa Febrabande projeções macroeconômicas realizada em fevereiro trazpela primeira vez os números esperados para 2009. O cres-cimento do PIB previsto para o próximo ano deve ser ligei-ramente inferior à taxa de crescimento projetada para 2008,que também é um pouco menor que o número que deve serregistrado em 2007 e que será divulgado apenas em março.A projeção média para o crescimento do PIB em 2009 fi-cou em 4,15%. Já a projeção média de variação do PIB em2008 diminuiu ligeiramente, de 4,58% na pesquisa realiza-da em dezembro para 4,52%. Por setores da economia, aexpectativa para crescimento da Agropecuária em 2008 éde 4,81%, para a Indústria é de 4,66% e o setor de Serviços,4,28%. Para o próximo ano, as projeções para estes respec-tivos setores são de 4,34%;4,33% e 4,00%. A projeção mé-dia para a inflação em 2008 foi revisada para cima, em fun-ção da pressão dos preços dos alimentos observada nos úl-timos meses, tanto no atacado quanto ao consumidor. OIPCA projetado para 2008 aumentou de 4,16% para 4,48%e ficou mais próximo do centro da meta estabelecido peloConselho Monetário Nacional (CMN) de 4,5%. A projeçãomédia para IGP-M em 2008 também aumentou, ao passarde 4,53%, na última pesquisa, para 5,07%. Para 2009, aprojeção média para o IPCA encontra-se em 4,26%, en-quanto a projeção média para o IGP-M está em 4,34%.

“A expectativa continua positiva.A economia brasileira mostra

aumento da renda real, quedasdas taxas de desemprego e maior

confiança do consumidor”

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Contribuintes devem se prepararpara a entrega do IRPF 2008

s contribuintes brasileiros que receberam rendimen-tos tributáveis superiores a R$ 15.764,28, corrigidos

em 4,5%, em 2007, deverão fazer a entrega da declaraçãode ajuste anual do Imposto de Renda Pessoa Física, no pe-ríodo de 03 de março a 30 de abril.

As despesas válidas para educação (infantil, ensino fun-damental, médio, superior, pós-graduação e educação pro-fissional) têm o limite anual individual de R$ 2.480,66. Jápara os gastos com a saúde, não existe um teto para o aba-timento. Os optantes pelo desconto simplificado de 20%do Imposto de Renda – que substitui todas as demais dedu-ções permitidas – terão direito de abater até R$ 11.669,72.

Organização de documentosGuardar as receitas e despesas relativas às declarações

é de extrema importância. O ideal é destinar uma pastapara todas as contas da casa e conservar os documentos,pois a Receita Federal tem prazo de cinco anos para solici-tar os comprovantes, além do que manter os documentosorganizados auxilia na hora de fazer a declaração.

Também é importante não deixar para fazer a declaraçãono último momento, pois certamente haverá congestionamen-to na internet, filas e outros transtornos. O quanto antes adeclaração for entregue, mais rápido o contribuinte recebe-rá o valor da restituição, caso tenha imposto a restituir. Im-portante ficar alerta: quem perder o prazo da entrega dadeclaração ficará sujeito à multa de, no mínimo, R$ 165,74ou 1% ao mês do valor declarado.

Segundo o supervisor nacional do Imposto de Renda daReceita Federal do Brasil, Joaquim Adir, o primeiro lote játem data e será liberado no dia 16 de junho para as pessoasacima de 60 anos, conforme determina o Estatuto do Idoso.Os demais contribuintes serão incluídos a partir do segun-do lote, que será no dia 15 de julho, segundo o calendárioestabelecido pela Receita Federal.

Malha finaNo ano passado 23,5 milhões de contribuintes presta-

ram contas ao fisco. Desses, 479.712 ficaram retidas namalha fina. Segundo Joaquim Adir, a principal causa é aomissão de rendimentos tributáveis, item responsável pelaretenção de 154.619 declarações em 2007. “Isso acontecequando o contribuinte deixa de declarar uma renda ouparte de um rendimento, como recebimento de aluguelou ganho de aplicações financeiras”, informou.

Os outros casos que levam à malha fina são: a declara-ção de informações com despesas médicas (50.409); não

recolhimento do imposto pela empresa (45.189), ou seja, oempregador não apresentar a Dirf - Declaração de ImpostoRetido na Fonte; e divergências de valores entre a fontepagadora e a declaração do contribuinte (21.236).

Comparando os dados de 2007 com 2006, houve umasubstancial queda de contribuintes (35,7%) retidos na ma-lha fina. Segundo o supervisor da Receita Federal, essaqueda deve-se ao fato do contribuinte ter a oportunidade deverificar o seu extrato da declaração durante o ano. “Comisso, eventuais disparidades aparecem no extrato e o decla-rante tem como retificar as informações, excluindo seu nomeda malha fina”.

Atualmente, para a pessoa saber o motivo de sua inclu-são na malha fina, basta acessar o site da Receita, infor-mando o número do CPF e o comprovante da declaração.Encontrando qualquer divergência, basta corrigi-la e espe-rar que o seu nome saia nos lotes residuais. Se isso nãoacontecer, deve esperar ser chamado pela Receita Federal,que tem o prazo de até cinco anos para convocar o contri-buinte.

FUMCADQuem destina verbas para o Fundo Municipal da Crian-

ça e do Adolescente – FUMCAD também pode abater ovalor no Imposto de Renda a pagar. Os contribuintes quefizeram a doação, até dezembro de 2007, devem obter orecibo com o Fundo. Vale lembrar que não existe limite dedoação, mas o valor máximo que pode ser deduzido é de6% dos rendimentos declarados pela pessoa física e 1%pelas empresas sob o regime de lucro real.

• Contribuintes que receberam rendimentos tributáveissuperiores a R$ 15.764,28 devem fazer a declaração deRendimentos, ano base 2007.

• O prazo para a entrega das declarações é de 03 demarço a 30 de abril de 2008. Em 2007, 23,5 milhõesapresentaram a declaração e, destes, 479.712 caíramna malha fina.

• Quem perder o prazo de entrega terá uma multa de,no mínimo, R$ 165,74 ou 1% ao mês do valor declarado.

• A expectativa da Receita Federal é receber, este ano,24,5 milhões de declarações.

O programa já está disponível para downloadno site da Receita (www.receita.fazenda.gov.br)desde o dia 03 de março.

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F i q u e A t e n t o

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Fomento Mercantil - Janeiro/Fevereiro 2008

Incubadoras de empresas estimulam no

m franca expansão no País, asincubadoras de empresas são am-

bientes que estimulam a criação eprotegem o desenvolvimento de no-vos empreendimentos. Abrigam asnovas empresas por tempo limitadoatuando na capacitação, orientação,apoio na elaboração de planos denegócios e identificação de merca-dos. Por isto, se destacam pela capa-cidade de estimular a transformaçãode idéias em produtos e serviços.Assim, fomentam a atividade econô-mica e fortalecem o empreendedo-rismo no País.

As incubadoras oferecem às empre-sas, além de capacitação gerencial, in-fra-estrutura como espaço físico, li-nhas de telefones, internet de uso com-partilhado, assistência permanente,treinamento, network, acesso facilita-do ao mercado e orientação sobre cap-tação de financiamento.

Estas vantagens, somadas aos be-nefícios da própria convivência entreos novos empresários, fazem com quea taxa de mortalidade desses empre-endimentos seja bem menor que nasempresas convencionais. Por isso, asincubadoras, localizadas, na maioriadas vezes, em universidades e centros

de conhecimento, geram emprego,renda e estimulam a capacidade ges-tora entre jovens recém-formados, oumesmo profissionais já atuantes nomercado, que tenham interesse emabrir seus próprios negócios.

Surgidas, inicialmente, na Eu-ropa e nos Estados Unidos na dé-cada de 50, há, hoje, cerca de 3 milincubadoras de empresas espalha-das pelo mundo. No Brasil, as in-cubadoras começaram a ser criadasem meados da década de 80, alcan-çando um crescimento substancialnos últimos anos. Hoje, o País estáem 3º lugar no ranking de paísescom maior número de incubadoras,atrás apenas dos EUA e China. Ge-ralmente as incubadoras abrigamum determinado tipo de empresa,negócio ou segmento como, porexemplo, as incubadoras de basetecnológica, de cooperativas ou desustentabilidade.

No segmento de factoring, a ANFAC,apesar de não disponibilizar espa-ço físico para as novas empresas,reúne todo aparato de informações,orientação e consultoria para sub-sidiar os novos empreendimento dofomento mercantil, podendo ser

considerada uma “incubadora” dasempresas de factoring.

ANFAC: estimulandoo empreendedorismoComo capacitadora de gerentes

e operadores de factoring e promo-tora de assistência jurídica, operacio-nal, técnica, contábil, fiscal e políticapara os profissionais interessados emingressar no mercado de fomento, aANFAC segue a tendência de estímu-lo ao empreendedorismo, assimcomo as incubadoras de empresas,fornecendo o apoio necessário paraa consolidação de novos negócios ea prestação de diversos serviços aosnovos empresários de factoring.

Além de diversos cursos, aANFAC promove palestras, semi-nários e congressos, utilizandodiferentes recursos como o siteda Entidade, a TV ANFAC, o blog,a revista Fomento Mercantil e es-pecialmente a cartilha ANFAC,que foi reformulada este ano,para atualizar os gestores das so-ciedades de fomento mercantilsobre as novidades da legislação,as tendências, normas e orien-tações do setor. Além disso, osmomentos de capacitação orga-nizados pela ANFAC propiciam aconvivência entre os membros dasnovas e já consolidadas empresas,a troca de experiências entre osparticipantes e palestrantes, assimcomo o debate sobre alternativase soluções para o setor.

Por isso, diversas empresas,que nasceram a partir do conhe-cimento adquirido por empreen-dedores nos cursos da ANFAC,continuam contando com o apoioe suporte da Entidade em suasatividades para consolidar e ex-pandir seus negócios. Esse é ocaso da Ceram Fomento Mercan-til e da Globalcash.

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m novos negócios no PaísExperiênciaHá dezoito anos atuando no mer-

cado de factoring e com a empresaprópria aberta há um ano e meio, opresidente da Ceram Fomento Mer-cantil, Celso Eduardo Moreira, con-ta que, quando resolveu abrir suaempresa, a ANFAC o auxiliou emtodos os serviços, inclusive na exe-cução do contrato social, além defornecer a cartilha da ANFAC, quedá orientações básicas sobre as ope-rações de factoring e as questõesjurídicas e técnicas relacionadas àatuação no setor. “O manual é óti-mo, pois ensina, orienta e nos con-duz na realização da nossa funçãode maneira correta e dentro do quepermite a legislação”.

De acordo com Moreira, os negó-cios vão bem, apesar da inadimplên-cia que ainda ocorre em algumas ope-rações. “Por mais cuidado que se tome,e mesmo seguindo os princípios quetodas as factoring devem seguir, aindaenfrentamos alguns problemas no mer-cado”, diz.

Atualmente com nove clientes nacarteira, o empresário afirma que estásatisfeito. “Na empresa, sou eu e minhafilha, julgo que o número de clientesé suficiente porque, assim, posso tra-balhar tranqüilo, me dedicar às ope-rações que administro e desfrutar deminha família”.

ConsolidaçãoCom 50 clientes ativos de diversos

segmentos da indústria, comércio eserviços, a Globalcash dos empresári-os Demetrius Alberto Duailibi e Mar-cus Vinicius Campos Tavolari está nomercado há 4 anos se consolidando ebuscando sempre inovação nas suasatividades.

“Fizemos os cursos da ANFAC eeles são muito produtivos, pois ajudama sanar diversas dúvidas que surgemno dia-a-dia, além de ser uma ótimaoportunidade de nos relacionarmoscom outros profissionais da área” des-taca Duailibi.

Os empresários sugerem que a As-sociação crie ainda mais cursos, comnível avançado. “Assim podemos nosaperfeiçoar em determinado assunto enos qualificar para o mercado de tra-balho”, comentou Tavolari.

Questionado sobre o andamentodos negócios da empresa, o empresá-rio contou que “em 2007, o relaciona-mento entre as factorings na busca deinformações sobre clientes ficou me-lhor, o que possibilitou que as empre-sas trabalhassem com mais segurançae a prevenção de golpes que causamprejuízos ao setor”.

Benefícios aos associadosA partir do momento que as em-

presas de fomento mercantil se asso-ciam à ANFAC, têm acesso a diver-sos benefícios, entre eles o contratode fomento mercantil, que pode seroferecido para os clientes, ao quadrosinótico de tributos, ao plano de con-tas, à nota fiscal de serviços, aos mo-

delos de documentos ne-cessários para o dia-a-dia,entre outras vantagens.

Os filiados também po-dem usufruir de acordos eparcerias que a ANFAC fazcom diversas entidades eempresas nas áreas de in-formações cadastrais, ava-liação de crédito, saúdeocupacional e treinamento.

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A p r i m o r a m e n t o

Fomento Mercantil - Janeiro/Fevereiro 2008

Tecnologia daInformaçãoCompetitividadepara as empresasde Factoring

umentar a rentabilidade da empresa, permitir uma re-dução de custos, fidelizar clientes, identificar tendên-

cias de mercado, desenvolver análises, descobrir oportuni-dades, mapear riscos e melhorar o nível de competitividadeda empresa podem ser os resultados de um investimentoplanejado em Tecnologia da Informação. No caso das fac-toring, os sistemas customizados podem ainda representardinamismo, rapidez e segurança nas operações de crédito ena prestação de serviços.

Modernizar uma empresa, entretanto, não é tão simplesquanto destinar verbas para o setor de informática. Exigeanálises prévias realizadas em conjunto por todos os seg-mentos da companhia para identificar as soluções necessá-rias, uma seleção criteriosa dos produtos disponíveis nomercado e, principalmente, um processo de capacitaçãocontínuo dos funcionários. Mais do que inovação tecnoló-gica esses cuidados podem ser traduzidos, nos dias de hoje,como estratégia de sobrevivência para a maior parte dasempresas de qualquer segmento.

Segundo Domingos Sávio Mota, especialista em Tec-nologia da Informação – TI do Conselho Regional de Con-tabilidade do Estado de São Paulo CRC SP, “as tomadas dedecisões precisam ser rápidas, como num clique e, por isso,as ferramentas devem permitir uma visão das atividades daempresa em tempo real”, acrescenta o especialista.

TI nas empresas de factoring:Ricardo Bernstein da empresa RGBSys esclarece que

a TI tem papel fundamental na vida de qualquer empre-sa, apesar de haver níveis diferentes de dependência datecnologia. “A Factoring, por sua natureza, caracteriza-se por um alto nível de dependência de TI. Nesse pano-rama, a agilidade na concessão do crédito e demais roti-nas operacionais são fundamentais para a sobrevivênciacompetitiva”, adverte.

O empresário Hernane Cruz, da empresa WBA, concor-da e garante que as ferramentas especializadas reduzem osgastos com a customização e favorecem um retorno de in-vestimento mais rápido, além de possibilitar “falar” a mes-ma língua do cliente final, no caso especifico das factoring,o cedente e seus sacados.

A partir disso, Cruz explica que é possível desenvolversoluções personalizadas. “Se o executivo de factoring pos-sui ferramentas que possibilitem acompanhar o indicadorde ponto de equilíbrio, ele poderá ofertar um fator maisagressivo ao mercado, a partir do momento em que a em-presa tiver alcançado o ponto de equilíbrio dentro do mês.

Daniel Reichardt, diretor comercial da Orderby, acres-centa que, os softwares voltados para as factoring têm aju-dado empresas a antecipar-se às fraudes, a partir do uso deferramentas gerenciais, utilizando bancos de dados exter-nos e o próprio banco de dados da empresa de fomento.

A importância do diagnósticoSegundo Reichardt, os empresários do fomento mercantil

não costumam contratar serviços de diagnósticos para avaliaras principais necessidades de suas empresas, o que interferediretamente no rendimento dos sistemas para seus negócios.

André Procópio, da Stand By, observa que a longo pra-zo o investimento em software se paga na medida em quetráz mais segurança e qualidade de gestão.

Investir na pessoasEntre as pequenas empresas, ainda há muitos gestores

que pensam que basta comprar os equipamentos e os sof-twares e está feito: a empresa já tem as ferramentas de queprecisa para ingressar no mundo novo da TI e subir noranking da competitividade.

De acordo com os diretores das softwareshouses, atual-mente, os programas voltados para as factoring têm tanta com-

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plexidade quanto softwares de bancos, financeiras ou correto-ras. Por isso para os especialistas, os recursos gastos com aatualização da equipe técnica e funcionários da empresa têmque ser encarados como investimento e não como custo.

A importância do feedbackAlém do investimento em capacitação, os empresários

de TI defendem que é importante haver uma maior intera-ção entre as empresas de factoring e as softwareshousespara que os softwares estejam cada vez mais adequados eos profissionais das empresas clientes mais preparados paralidarem com eles. O empresário Elcio Sartor, da EJS/Fac-tor, afirma que para isso, na sua empresa o pós-venda e osuporte aos clientes são focos principais, mas ele explicaque nem sempre as empresas de factoring usufruem destesserviços. “A nossa empresa, por exemplo, tem programade reciclagem para os usuários, inclusive com direitos des-critos em contrato e a maioria dos clientes não se preocupaem utilizar desse benefício”.

Segundo Nivaldo Morais, da Decisão Sistemas, sa-ber o que o cliente pensa é fundamental para a empresaTI. ”Conhecer suas necessidades, o que ele precisa paraaprimorar o processo de gestão e as dificuldades que está

enfrentando é o primeiro passo para criar sintonia e fa-lar a linguagem do cliente.” Ele conta que por isso,a empresa investiu em uma unidade permanente de pós-vendas e pesquisa de satisfação. Morais garante que as-sim, é possível saber com clareza sua necessidades e es-tabelecer uma comunicação fluente que traga resultadopara as duas partes.

Cuidados especiais na contratação de serviços

· Procure conhecer o que o mercado diz sobre asoftwarehouse. Ligue para os clientes, verifique asatisfação.

· O atendimento pós-venda e o suporte técnicosão pontos de extrema importância.

· Conhecer os recursos e comparar cada softwa-re é fundamental.

· Avalie se o software contratado atende às ne-cessidades de expansão de sua empresa. Se a facto-ring busca crescer, adquirir um programa ela quepode utilizar no futuro vai evitar uma troca de sof-tware, que é bem mais cara e causa mais desgaste.

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2818 Fomento Mercantil - Janeiro/Fevereiro 2008

S i n d i c a t o s e m A ç ã o

Sinfac-PA investe na imagemdo factoring na região NorteO Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil do

Pará possui 19 empresas filiadas, que fomentam especial-mente o comércio de material de construção civil e o extra-tivismo mineral na capital, Belém e região.

Segundo o presidente do Sindicato, Antonio Pereira daCosta, o atual aquecimento da economia do País tem esti-mulado algumas empresas da região, antes estagnadas, ainvestirem mais na produção, o que acaba refletindo nademanda dos serviços de factoring.

Antonio da Costa explica que um dos focos atuais doSinfac-PA é fortalecer a imagem do fomento mercantil naregião e divulgar a atividade para o público em geral. Paraisso, ele conta que o Sindicato tem disseminado informa-ções e promovido palestras em diferentes espaços comoempresas e faculdades, além dos treinamentos voltados paraos profissionais do setor. O dirigente acredita que a filiaçãodas sociedades de factoring ao Sindicato e à ANFAC propi-cia a unidade e fortalecimento do segmento e facilita a tro-ca de informações e experiências entre os empresários, per-mitindo maior segurança para as operações e inspirandoconfiança nas empresas clientes e na sociedade.

Sinfac-CS/SC incentiva formaçãoprofissional dos operadores

O Sindicato do Centro Sul/SC, em parceria com a fa-culdade dos Imigrantes de Porto Alegre está com inscri-ções abertas para o MBA Gestão de Negócios de FomentoMercantil. O curso, inédito no Sul e o segundo do País,tratará de gestão financeira, contábil, pessoal e de infor-mação com foco na prática do fomento mercantil. “O cur-so vai oferecer o que há de melhor e mais moderno emtermos de métodos e ferramentas para a gestão de facto-rings. Acredito que trazer este curso para nossa região éuma grande conquista do Sinfac para melhorar o nível pro-fissional de nossos empresários”, afirmou Sérgio Dagos-tim, presidente do Sinfac-CS/SC

O presidente explica que ainda é muito difícil encontrarcandidatos preparados e especializados para ocupar cargosestratégicos no setor de factoring e, por isso, o investimentoem cursos e especializações é fundamental para a profissiona-lização do setor. Além disso, Dagostim ressalta que, o trabalhoque a ANFAC tem desenvolvido na capacitação de gestores éde suma importância e agrega credibilidade para ao setor.

Sinfac-MT: da apoio àsempresas do estadoCom 40 empresas filiadas em todo o estado do Mato

Grosso, o Sinfac-MT atua especialmente no apoio,consultoria jurídica e capacitação para as factoring daregião. Segundo o secretário executivo do Sindicato,Cristiano Castrillon, os clientes de factoring em MatoGrosso estão principalmente no setor do comércio tan-to varejista quanto atacadista.

Geraldo de Souza Castro, presidente do Sinfac-MT,informa que, nos últimos dois anos, houve um cresci-mento gradativo de empresas abertas no estado. Segun-do ele, no momento inicial, estas empresas demandamdiversas informações e orientações que são oferecidaspelo Sindicato. Mesmo entre as empresas consolidadas,o apoio e as informações jurídicas são os serviços maissolicitados. Por isso, o Sindicato transmitiu online o Fó-rum Jurídico Nacional de Fomento Mercantil, realizadopela ANFAC em outubro de 2007, em Jarinu-SP e reu-niu um expressivo público de empresários.

Como forma de manter as empresas filiadas sempreinformadas e atualizadas sobre as questões legais relaci-onadas ao factoring, o Sindicato está desenvolvendo umnovo site a fim divulgar todas as orientações da ANFACe propiciar uma maior interatividade entre o Sinfac e osempresários do estado.

Presidente do Sinfac-SPcomenta circular 028/2008Por ocasião da veiculação da circular, “Sacados

que se recusam a efetuar pagamento a terceiros”, opresidente do Sinfac-SP, Pio Daniele, concedeu bre-ve entrevista sobre a questão.

Qual a importância da posição da ANFACa respeito do tema?

As informações transmitidas, através da circular ANFAC,são muito úteis por se tratar de um assunto de elevada impor-tância, uma vez que afeta, de forma negativa, o segmento defomento mercantil, essencialmente no que diz respeito àalavancagem de negócios para todos os envolvidos.

Como as entidades de fomento podem se mo-bilizar em torno desta questão?

A situação exige medidas imediatas e a união da clas-se para a devida solução. O Sinfac-SP manifesta sua com-pleta concordância com as idéias da ANFAC, colocando-se à disposição para participar de eventos, congressos epalestras, realizar ações junto à Magistratura e aos órgãospúblicos, assim como divulgar e esclarecer o assunto emjornais e revistas, em busca de solução para essa contro-vérsia que vem criando obstáculos para nossa atividade.

Qual sua expectativa sobre a resoluçãodesse impasse?

Tenho certeza que com a união de forças não há comoperdermos o foco e, consequentemente, bons frutos se-rão colhidos desses esforços.

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2919Fomento Mercantil - Janeiro/Fevereiro 2008

P r i v a c i d a d e

Sigilo Bancário Norma da RF éacusada de ferir a Constituição

“A sociedade deve estar protegida contra oarbítrio fiscal, e, o fisco, contra os sonegadores”.

esde dezembro de 2007, quandoa Receita Federal do Brasil anun-

ciou a instrução normativa que obrigaos bancos a repassarem ao governo da-dos sobre movimentações de seuscorrentistas, conforme circulares daANFAC 011/2008 e 08/2008, a medi-da causou polêmica em diversos se-tores da sociedade, que consideramque a norma fere a garantia constitu-cional do sigilo bancário.

Com a extinção da CPMF, essa foia maneira encontrada pela Fazenda paramanter o acesso às informações finan-ceiras dos contribuintes. A nova normapressupõe o controle da conta de todosos contribuintes com movimentação fi-nanceira superior a R$ 5 mil, no casode pessoas físicas, e acima de R$ 10mil, no caso de pessoas jurídicas.

Para o presidente da ConfederaçãoNacional das Profissões Liberais –CNPL, Francisco Antonio Feijó, a ins-trução torna boa parte dos donos decontas bancárias suspeitos de sonega-ção, o que contradiz o princípio da pre-sunção de inocência.

Por isso, a entidade entrou, no dia17 de janeiro, com uma Ação Direta deInconstitucionalidade - Adin no Supre-mo contra a medida, sob a alegação deque a instrução “fere os princípios cons-

titucionais do sigilo de dados e infor-mações” e viola “a intimidade e a pri-vacidade dos correntistas”. “A Receitaficaria autorizada a vasculhar a vida fi-nanceira de grande parte dos brasilei-ros, tendo como base transações ban-cárias de pequena monta, invadindo es-fera individual resguardada pela CartaMaior”, diz o texto da ação. Feijó nãose diz contra o combate à sonegação,mas questiona a legalidade da norma.“Não somos contra a fiscalização, masexistem outros meios para fiscalizar semviolar o sigilo bancário, que é garanti-do na Constituição”, explica.

OAB se posicionaA Ordem dos Advogados do Brasil

– OAB também se manifestou contraa norma requerendo que o Supremodeclare inconstitucional o artigo 5º daLei 105/01, que justifica a medida daReceita. “Ninguém está pregando queo sigilo é absoluto. Ele pode ser que-brado por ordem judicial”, disse o pre-sidente da OAB, Cezar Britto.

Britto também defende o aperfei-çoamento das atividades do Conselhode Controle de Atividades Financeiras

- COAF, que, segundo ele, por vezes“falha”. “Se o COAF aperfeiçoar seutrabalho, ele vai conseguir cumprir oobjetivo de combater a sonegação e alavagem de dinheiro. O que não pode émanter uma legislação que permite aquebra de sigilo sem ordem judicial”,defendeu. O presidente acrescenta quea Constituição define que qualquer que-bra de sigilo, seja bancário, fiscal outelefônico, à margem de ordem judicial,é inconstitucional e não pode prevale-cer no ordenamento jurídico do País.

Para o jurista Ives Gandra da SilvaMartins, a lei deixa claro que a sociedadedeve estar protegida contra o arbítrio fis-cal, e, o fisco, contra os sonegadores. “Sóa um Poder neutro é dado o direito daquebra pretendida, no caso”, defende Ives.

O Ministro Marco Aurélio de Me-llo antecipadamente também declarouque a Instrução Normativa da Fazen-da, relacionada ao sigilo bancário, émanifestamente inconstitucional.

Outro ladoApesar das diversas críticas divul-

gadas na grande imprensa, o advoga-do geral da União, José Antonio DiasToffoli, defende a constitucionalidadeda norma. “Não se pode confundirtransferência de sigilo com quebra desigilo. Quebra de sigilo é crime. Outracoisa é a transferência de dados de umaautoridade para outra”, disse.

Ele informou ainda que a AdvocaciaGeral da União está elaborando um pa-recer para regulamentar a troca de infor-mações sigilosas entre órgãos do gover-no, como o Banco Central, a Controla-doria Geral da União - CGU, o Tribunalde Contas da União - TCU e a Receita.

Francisco Antonio Feijó - presidente CNPL

Cezar Britto presidente da OAB

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O p i n i ã o L e g a l

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* Renato Opice Blum e * Rubia Maria Ferrão

“Políticas de segurança dainformação e riscos legais”

uando se fala em informação, devemos considerar otermo em sua definição mais ampla, ou seja, qual-

quer tipo de conhecimento transformado em linguagem,podendo ter caráter organizacional, técnico, comercial,educativo, científico, jurídico, dentre inúmeras outraspossibilidades.

Pode-se dizer que a informação é um dos principaiselementos que distinguem um empreendimento de suces-so de outro não tão bem sucedido, ainda que atuante nomesmo ramo.

Assim, é possível afirmar que a informação consiste emum dos mais ricos bens intangíveis, não apenas corporati-vos, mas também pessoais. Sim, é isso mesmo, não pode-mos esquecer que as informações também estão embutidasnas pessoas, principalmente se considerarmos que as pes-soas ainda são necessárias para operar os sistemas, nos quaisse encontram tais informações.

Com tais assertivas iniciais, já é possível tocarmos noquestionamento central: Por que preocupar-se com a segu-rança da informação?

Para solucionarmos a questão apresentada, é importan-te destacar quais são os riscos e vulnerabilidades atrelados

à segurança da informação.Optamos por abordar somen-te a segurança da informaçãono âmbito corporativo.

Obviamente, os riscos evulnerabilidades são variá-veis de acordo com a ativida-de desempenhada, porém,apenas para traçar um pano-rama, podemos destacar osseguintes: acesso não autori-zado; divulgação de segredo;concorrência desleal; progra-mas espiões; pirataria; plágio;vírus; perda de dados; ausên-cia de controle de acesso in-dividualizado por meio delogins e senhas; falhas no ar-mazenamento de logs; dentreoutras possibilidades.

A partir daí, temos bons motivos para nos preocuparcom a segurança da informação, justificando a adoção depolíticas que minimizem os riscos fáticos e legais.

O primeiro passo é identificar quais são os riscosatrelados à atividade desenvolvida, sendo que tal mis-ter geralmente fica a cargo do Departamento de TI, oqual indicará os melhores softwares e equipamentospara proteção dos sistemas.

Ocorre que um bom gestor deve preocupar-se tambémcom a conscientização e treinamento das pessoas, notada-mente considerando que são essas que acessam os siste-mas, as quais podem, de forma intencional ou não, trazerriscos para a informação e para a empresa como um todo.

Em complemento, para alcançarmos a tão almejada se-gurança da informação, é necessário o estabelecimentode uma boa política de segurança. De pronto, destacamosa importância da realização de um trabalho conjunto en-tre os profissionais de TI e o Departamento Jurídico. Aque-les, pelo conhecimento tecnológico, e esse, para verificara validade jurídica dos procedimentos que estão sendoadotados, bem como para indicar as diretrizes (por exem-plo, NBR 17799:2005) e os parâmetros legais e a seremobservados e respeitados.

Assim, recomenda-se que os profissionais de TI e oDepartamento Jurídico se unam para a criação de docu-

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Fomento Mercantil - Janeiro/Fevereiro 2008

Foto:Marcelo Pereira

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* Renato Opice Blum: advogado e economista; profes-sor e árbitro em diversas instituições; presidente do Conselhode Comércio Eletrônico da Federação do Comércio/SP; Autorda obra “Direito Eletrônico - a Internet e os Tribunais”.www.opiceblum.com.br

* Rubia Maria Ferrão: Advogada do Opice Blum Advo-gados Associados e professora de Direito Eletrônico daUNIGRAN.

mentos aptos a conectaremaspectos técnicos e jurídi-cos com relação à seguran-ça. Geralmente, o docu-mento principal reveste-seda característica de um re-gulamento, ao qual atribu-ímos o nome de Regula-mento Interno de Seguran-ça da Informação (RISI).

O RISI pode ser defi-nido como um conjunto denormas e regras básicaspara atingir a segurança dainformação, regulamen-tando o uso dos recursos

computacionais e permitindo o compartilhamento de in-formações dentro da infra-estrutura tecnológica da em-presa.

Com tais políticas, torna-se possível atribuir a devidapublicação a todos os interessados, direta ou indiretamen-te, dentro da empresa, acerca dos procedimentos a seremseguidos por aqueles que lidam com os sistemas, evitando

futuras alegações de desconhecimento, principalmente noâmbito judicial.

Nesse ponto, denota-se que algumas empresas acabamimplementando um sistema de monitoramento dos e-mailse sites, sem uma política clara acerca de tal procedimento,implicando em uma postura arriscada do ponto de vista ju-rídico, já que poderá ensejar a tão temida expectativa deprivacidade.

Ademais, importante frisar que o bom gestor deve estaratento a tais questões, adotando os procedimentos necessá-rios para desenvolvimento de sua atividade, principalmen-te para atingir uma política apta a ensejar a segurança quedela se espera.

Foto:Divulgação

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R e p o r t a g e m

Fomento Mercantil - Janeiro/Fevereiro 2008

om cerca de seis bilhões de pessoas no planeta, a quan-tidade de lixo gerado por dia está cada vez maior, agra-

vando a degradação do meio ambiente, principalmente nosgrandes centros. Hoje em dia, o homem deve estar prepara-do para resolver os desequilíbrios ambientais para assegu-rar uma boa qualidade de vida no presente, visando o futu-ro. Sabendo da necessidade da preservação ambiental, ins-tituições e entidades ambientalistas divulgam números as-tronômicos sobre o assunto. Só no Brasil, cada pessoa gera,em média, um quilo de lixo por dia, produzindo assim, 55trilhões de lixo por ano. Já nos Estados Unidos, a quantida-de anual é de 190 trilhões de quilos.

Tido como um dos mais ricos do mundo, o lixo brasi-leiro muitas vezes não tem sua destinação correta fazen-do com que surjam problemas, como, por exemplo, asenchentes e a poluição das águas, causadas pelo descartealeatório dos resíduos em nascentes, córregos, margensde rios e estradas.

De tudo que é jogado diariamente, pelo menos, 35%poderia ser reciclado ou reutilizado e outros 35% transfor-mados em adubo orgânico. O grande problema, do lixo nãoé a característica e sim o destino dado a ele. A maioria dosmateriais pode ser reaproveitados ou reciclados (confira atabela na página 23) diminuindo assim, as enormes mon-tanhas formadas nos lixões da cidade.

A coleta de material reciclado se tornou, com o passardos anos, a única fonte de renda para muitos catadores. Nacapital paulista, há cerca de 20 mil em atividade, que rece-bem, em média, R$ 300 por mês. De acordo com o estudo

da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – Fipe, dos8 mil moradores de rua que vive no centro de São Paulo,mais de 3 mil se sustentam de recolher lixo reciclado.

Muitas organizações não-governamentais, entidades semfins lucrativo, empresas e a população estão se mobilizan-do cada dia mais, para dar um tratamento adequado ao lixoproduzido na cidade.

Muitos municípios são modelos por atingire um estágioavançado, com resultados importantes. Um exemplo é Cu-ritiba, PR, com o programa “Lixo que não é lixo”, implan-tado há 10 anos, representa com louvor essas experiênciasbem sucedidas.

De acordo com o levantamento da Unicef sobre a des-tinação final do lixo no Brasil, constata-se uma precáriasituação na maioria dos municípios: 88% deles não pos-suem conselho de meio ambiente, tido como principal ins-trumento de controle dos problemas ambientais. Apenas34% das cidades têm um órgão ambiental especifico, em25% são outras instâncias que respondem pela área am-biental e em 41% não há qualquer órgão responsável pelagestão ambiental.

Construção CivilA área da construção civil também já está se adequando

e pensando na reciclagem dos seus lixos. No País, as obrasproduzem 70 milhões de toneladas de entulho, por ano. EmSão Paulo, são 17 mil toneladas por dia. Com isso, o labo-ratório de engenharia da Universidade de São Paulo, criouum processo para transformar entulho em um material demais qualidade e resistência e que pode ser utilizado emtodas as aplicações de construção civil.

Até então, a única empresa que recicla sobras de tijolo econcreto não tem grande aceitação pelas construtoras, poiso produto é limitado, o entulho final não pode ser usadonas colunas dos prédios por ser muito frágil.

Portanto, os técnicos da USP adaptaram uma nova ma-neira, depois de triturar o entulho, utiliza uma máquina queusa água e a força da gravidade para fazer uma seleção. Aspedras e a areia de qualidade são mais pesadas e ficam nofundo. A pesquisadora Cristina Ulsen informou que o pro-duto atende às exigências da Associação Brasileira de Nor-mas Técnicas e que pode ser usado para edifícios, blocos,concreto e todas as aplicações da construção civil.

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Reciclagem: consciênciaecologia e desenvolvimentoeconômico

Reciclagem de óleo de cozinha

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21232323Fomento Mercantil - Janeiro/Fevereiro 2008

Óleo de cozinhaO óleo de cozinha, jogado no ralo da pia, vaso sanitário,

terrenos baldios ou córregos, prejudica as tubulações dacasa e o meio ambiente, encarecendo em 45% o tratamentoda rede de esgoto. Um litro de óleo de cozinha pode conta-minar até um milhão de litros de água, que equivale ao con-sumo de um ser humano por 14 anos. Diante desse quadro,a solução para o problema é a reciclagem do óleo vegetal.

Muitos brasileiros podem alegar que não descartam oóleo em local apropriado porque não têm perto de casaou não sabem onde colocar, mas o grupo Pão de Açúcar,em parceria com a Unilever pensaram na dificuldade eorganizaram campanhas de conscientização. Desde o anopassado, as pessoas podem colocar o óleo usado, arma-zenados em garrafas PET, nos postos de coleta de ambasas empresas.

Curiosidade: As embalagens plásticas demo-ram mais de 100 anos para decompor. Os papéisde 03 a 06 meses. Os vidros mais de 4 mil anos.

Dicas

• Toda embalagem reciclável, antes de ser jogada nolixo seletivo, deve ser lavada para não atrair insetos, nemficar com cheiro forte, enquanto estiver armazenada;

• Para tirar o grosso da sujeira das embalagensdestinadas à coleta seletiva, passe água;

• A compra de lixeiras especiais é dispensável, pelomenos no momento inicial do projeto. Evite gastos!;

• Qualquer cantinho disponível, na garagem ouespaços livres debaixo das escadas, é suficiente paraarmazenar o material reciclável;

• Os restos de alimento também podem ser reci-clados. Com poucos recursos é possível transfor-má-los em adubo;

• Não jogue as baterias de celular no lixo comum.As empresas produtoras já estão se responsabilizandopelo recolhimento;

• As pilhas usadas podem ser jogadas no lixocomum.

Jornais e RevistasFolhas de cadernoFormulários de computadorCaixas em geralAparas de papelFotocópiasEnvelopesProvasRascunhosCartazes velhosPapel de fax

Lata de folha de flandres(lata de óleo, salsicha, leite em pó, etc)Lata de alumínioSucatas de reforma

EmbalagensGarrafas de vários formatosCopos

Embalagem de refrigeranteEmbalagem de material de limpezaCopinho de caféEmbalagem de margarina, canos,tubos e sacos de plástico

Etiqueta adesivaPapel CarbonoFita crepePapéis sanitáriosPapéis metalizadosPapéis parafinadosPapéis plastificadosPapéis sujosGuardanaposBitucas de cigarroFotografia

Esponjas de açoCanos

EspelhosVidros planosLâmpadas, cerâmicas,porcelana, tubos de TV – gesso

Cabo de panelaTomadasEmbalagem de biscoitoMistura de papel, plástico e metais

Reciclável Não Reciclável

Papel

Metal

Vidros

Plástico

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S e t o r i a l A N F A C

Fomento Mercantil - Janeiro/Fevereiro 2008

Exicon: inovação e soluçõesem Factoring

Pioneira brasileira na atuação emfactoring internacional, a Exicon estáhá quase 20 anos no mercado, cumprin-do a proposta de ser uma empresa ino-vadora e fornecedora de soluções fi-nanceiras para os seus clientes. Comsua sede principal em Porto Alegre, RS,a companhia iniciou suas atividades em1989, focando sua atuação no setorcalçadista.

Com a evolução dos negócios, abriuescritórios também em Blumenau e NovoHamburgo, SC, e especializou-se emoperações que visam adquirir, à vista, tí-tulos de crédito oriundos de vendas mer-cantis a prazo e na prestação dos servi-ços de análise de crédito e cobrança.

Em 1994, aconteceram as primeirasoperações internacionais, através dacobertura de risco dos valores exporta-dos para as pequenas e médias empre-sas exportadoras de calçados. Posterior-mente, a Exicon ampliou sua atuaçãopara novos mercados dos segmentoscoureiro, madereiro, de móveis, cerâmi-cas, mármores, granitos, entre outros.

O diretor Alexandre Bücker contasobre o progresso contínuo da empre-sa: “Abrimos a South Service TradingS/A para atuar juntamente com a

Exicon, financiando as opera-ções de exportação. Passamos atrabalhar também com importa-ções e logística financeira, ouseja, tudo que é necessário paraatender ao crescimento susten-tado das pequenas e médias em-presas com atuação no comér-cio internacional.”

Conquistando espaçono mercadointernacionalConsolidando sua posição no

cenário do factoring mundial, aempresa se associou a dois expressi-vos grupos internacionais do setor, oFactors Chain International – FCI, comsede na Holanda, e o InternationalFactors Group, na Bélgica, prestandoos serviços de análise de crédito ecobrança para as empresas de factoringdestas associações. Bücker explicaque, nos últimos três anos, devido à va-lorização do real em relação ao dólar eo conseqüente aumento das importa-ções brasileiras, tem havido um cres-cente interesse das empresas do grupoFCI pelos serviços de factoring de im-portação, como cobrança de cambiaise análise de crédito dos importadoresbrasileiros.

No final de 2007, prosseguindocom expansão de seus negócios emfactoring, as empresas Exicon eSouth Service Trading lançaram oFundo de Investimento em DireitosCreditórios do Estado do Rio Gran-de do Sul, o FIDC Exicon I, voltadopara aquisição de recebíveis origina-dos desde a cadeia produtiva até ofornecimento de mercadorias acaba-das para o comércio.

Juntas, a Exicon e a South ServiceTrading tem, hoje, mais de 350 clientes

e cerca de 100 colaboradores. Bückerressalta que o crescimento da empresaé fruto da capacidade empreendedorado diretor presidente, AloysioPagnoncelly de Souza, e do esforçoconjunto da diretoria composta tambémpor Justiniano Felicio Martins e Antô-nio Carlos Pagnoncelly de Souza. Eledestaca ainda o apoio contínuo daANFAC para a consolidação da sua em-presa. “Foi com a ANFAC que real-mente aprendemos a atuar no factoring,através dos cursos de operador e de ge-rente de fomento, dos congressos e dorelacionamento com outros sócios queevoluímos como empresa”.

O factoring e aeconomia brasileira Para Bücker, o factoring tornou-se

uma prática vital de suporte às peque-nas e médias empresas do País, poispossibilita agilidade tomada de deci-são e liberação dos recursos, o queimpulsiona e provoca o crescimento deinúmeros negócios, que alavancam aeconomia brasileira.

O diretor destaca também a impor-tância de incentivar a entrada das em-presas brasileiras no mercado interna-cional, através da prestação de servi-ços de suporte e consultoria nesse seg-mento. “Em um País como o Brasil,que é relativamente jovem e necessitacriar muitos empregos, é de extremaimportância ter um setor exportadormotivado e pujante, pois os investi-mentos para vender no exterior sãomuito altos e requerem mão-de-obraextremamente capacitada.” Bückerobserva ainda que é necessário aumen-tar a base de empresas que atuem nocomércio internacional para que o Paísnão fique dependente de poucos expor-tadores de comodities.

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25Fomento Mercantil - Janeiro/Fevereiro 2008

SM Fomento Mercantil:foco no cliente e na equipeAtendimento a cerca de 4 mil clien-

tes, atuação em 8 estados e mais de 2milhões de títulos de crédito operados.Com esses números, a SM FomentoMercantil completa 15 anos de existên-cia no mercado, focando sua atuação nasáreas de fomento mercantil, consulto-ria empresarial, empreendimentos imo-biliários e correspondente bancário.

Nascida de uma sociedade familiar:Sérgio Melo e suas três filhas, Simone,Mônica e Bianca, a empresa começoucom seis funcionários e hoje possui umquadro de 66 profissionais. O presiden-te da empresa, afirma que apesar da ori-gem familiar, um dos principais valoresda SM é a profissionalização e qualifi-cação de seus integrantes, o que permi-tiu o crescimento e consolidação daempresa. “Todos os sócios e diretoresestão constantemente empenhados nabusca de atualização e aprimoramentoprofissional, através de pós-graduação,mestrados, MBA e experiência interna-cional”, garante o presidente.

Da matriz, em Fortaleza, CE, a equi-pe da SM coordena as operações queacontecem nos estados do Ceará,Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Per-nambuco, Paraíba, Piauí e Rio Grandedo Norte. Melo conta que, através deum sistema gerencial desenvolvidopela própria empresa em parceria coma empresa softwarehouse, a SM con-segue manter uma gestão centralizadae operações padronizadas em toda aárea de atuação. Segundo o presiden-te, hoje, mais de cem empresas defactoring de todo o País utilizam osoftware desenvolvido pela SM.

Ao falar dos segmentos econômi-cos atendidos pela sua empresa, Melolembra da importância de diversificara área de atuação. Segundo ele, a SMprocura não concentrar sua atuação emum só setor, para não ficar dependente

dele. “Se você atende somente umsetor, quando ele passa por uma cri-se, sua empresa fica comprometi-da”, observa. Apesar da opção peladiversidade, a maior parte dos cli-entes da SM estão nos setores dealimentos, bebidas, embalagens,materiais de construção e têxteis.

Independentemente do setordas empresas fomentadas pelaSM, Melo afirma que o importan-te é que os clientes olhem a SMcomo uma empresa parceira. “Anossa proposta é desenvolver umtrabalho sério e duradouro para que anossa atividade possa se complemen-tar a dos nossos clientes, para que elestenham satisfação de trabalhar conos-co, não apenas para fazer aquela ope-ração de compra e venda de direitoscreditórios”, enfatiza.

O investimento na equipe Em 2007, a SM recebeu o Prêmio

Delmiro Gouveia – promovido pelaBolsa de Valores e pelo governo doestado do Ceará –, tendo sido consi-derada a 2ª melhor empresa do estado,do ponto de vista do desempenho so-cial. O prêmio avalia o porcentual deaplicação de recursos na área social enos funcionários em relação aofaturamento total da empresa.

Um dos principais focos da SM é apreparação, qualificação dos seus fun-cionários. Por isso, a empresa investecontinuamente em diversos programasde capacitação internos e externos,como cursos, palestras, workshops etreinamentos em geral e ainda financia50% da mensalidade dos funcionáriosque estiverem matriculados em cursossuperiores. Segundo Melo, essas açõestêm o objetivo de fortalecer e reciclar oconhecimento dos funcionários da SM.

Outra preocupação do presidente da

empresa é com a boa convivência dosfuncionários entre si e com a empresa.Por isso, existe também o investimen-to em programas de relacionamentoscomo encontros sociais, projetos deentretenimento, como o “Ecotra-cking”, em que os funcionários parti-cipam de passeios e trilhas monitora-das por empresas especializadas emRH. Sérgio Melo afirma que isso aju-da muito no desenvolvimento profis-sional da equipe como um todo.

FDICS: Opção deinvestimentoA gradativa redução da taxa de ju-

ros no País tem forçado o segmento defactoring a diminuir o fator de comprade títulos. Por isso, Melo acredita queas empresas de fomento mercantil de-vem buscar ampliar sua atuação, nointuito de rentabilizar os negócios. Eleexplica que, no caso da SM, a empre-sa tem buscado intensificar a presta-ção de serviços e o setor consultoria.Outra alternativa é a derivação de par-te das operações para os Fundos deInvestimento em Direitos Creditórios– FIDC. De acordo com o presidenteda SM, os lucros obtidos com os FIDCpermitem que a empresa pratique cus-tos menores para o cliente.

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A n á l i s e

Fomento Mercantil - Janeiro/Fevereiro 2008

Foco nos riscos empresariais* Ronaldo Fragoso

* Ronaldo Fragoso é sócio da áreade gestão de riscos empresariais daDeloitte

Gerenciar riscos já não é o bastan-te. A prevenção e a administração desituações potencialmente perigosas aonegócio de uma empresa passam hojenecessariamente por uma abordagemintegrada dos riscos relevantes. Essaé a postura que grandes corporaçõesde todo o mundo começam a adotar,refletindo um estágio de maturidadeque busca simultaneamente atender àsnovas demandas regulatórias do mer-cado e responder aos desafios de umambiente de negócios que clama portotal transparência e segurança.

O Brasil não há de fugir dessa re-alidade. Uma avalanche de normasque apontam para a obrigatoriedadede se construir estruturas permanen-tes de gestão de riscos vem impac-tando o dia-a-dia de corporações queatuam no País. E não se trata de ummovimento restrito às companhias decapital aberto ou às grandes institui-ções financeiras, afetadas por regu-lamentações nacionais e internacio-nais, como a Lei Sarbanes-Oxley, queimpõe regras de governança corpo-rativa às empresas com registro nomercado de capitais dos EUA. A con-veniência de uma gestão efetiva dosriscos não está ligada isoladamente àperspectiva do mero atendimento aosrequerimentos do mercado.

Muitas empresas, no Brasil e nomundo, estão estabelecendo ou refor-çando suas estruturas de controle eprevenção de riscos como resultado deuma conscientização efetiva do valorque a gestão de riscos pode represen-tar aos seus negócios. Essa posturadepende de um amplo entendimentosobre o significado e as implicaçõesdos riscos em uma organização. Nes-se sentido, é necessário primeiramen-te considerar o risco como um com-ponente natural de toda e qualqueroperação corporativa.

Conciliar a gestão de riscos comuma estratégia de longo prazo é umatarefa difícil, mas fundamental para se

alcançar um desenvolvimento susten-tável. É imediata a relação entre o ris-co e o crescimento: da mesma formaque o risco se torna mais complexo àmedida em que as empresas crescem– já que as decisões tomadas em umsetor ou região tendem a gerar efeitosmúltiplos –, é também verdade que omedo do risco inibe a expansão dosnegócios. O estabelecimento de alian-ças externas, por exemplo, que visamampliar a escala de produção e otimi-zar o acesso ao mercado, incorre norisco da perda de controle direto sobreo ambiente operacional. Portanto, orisco é inerente à expansão dos negó-cios, quando não à simples manuten-ção das atividades.

Mas, se os riscos são naturais àempresa e ao mercado, não sendo pos-sível eliminar todos eles, torna-se es-sencial estabelecer uma estrutura paraidentificá-los e gerenciá-los. Essa es-trutura, crucial para a tomada de deci-sões, deve se basear em três grandesfases: o planejamento de esforços, aidentificação e avaliação dos riscos ea sua gestão propriamente dita. Sãoiniciativas que precisam ser lideradaspela alta gerência e incorporadas defato na cultura da organização.

Planejamento de esforçosO primeiro passo para um gerencia-

mento de riscos eficaz é planejar crite-

riosamente as ações que a empresa pre-tende implementar com esse propósito.No estágio de planejamento, convémrefletir inicialmente a real disposição daempresa em aceitar riscos, lembrando,no entanto, que a rejeição sistemática acertos projetos empresariais devido ariscos potenciais pode conduzir à per-da de oportunidades. É já nesse pontoque a empresa precisa avaliar a situa-ção a partir de uma abordagem realmen-te integrada, fazendo uso de conceitosmetodológicos como o Gerenciamentode Riscos Empresariais, ou a Avaliaçãode Riscos Empresariais.

Identificação e avaliaçãoPara desenvolver mecanismos a fim

de identificar os riscos e suas causas,o Comitê de Gestão de Riscos precisacompreender a totalidade da empresa,buscando informações com represen-tantes de todas as áreas da organiza-ção. Para isso, deve lançar mão de re-cursos diversos, como pesquisas,workshops e programas de treinamen-to. Além disso, o comitê instituídodeve fazer uso de uma técnica de ma-peamento que auxilie na identificaçãoe classificação dos riscos.

Uma vez definidos os riscos queameaçam a empresa, é preciso esti-mar a sua importância, permitindo di-ferenciar os riscos maiores dos me-nores e ajudar a selecionar a melhoropção de gestão de riscos a ser im-plantada. A partir daí, pode-se identi-ficar quais os riscos que merecemmaior atenção, os quais, em regra ge-ral, devem ser justamente aqueles queapresentam maior probabilidade deocorrência e maior impacto para a si-tuação da empresa. São estes os ris-cos que merecerão ser priorizadospela estrutura de gerenciamento.

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1927Fomento Mercantil - Janeiro/Fevereiro 2008

Avalie suas respostas:a) Se 16 ou mais respostas dadas forem “Sim”, os desafios da gestão de riscos estão sendo devidamente enfrentados em sua empresa;b) Se 10 a 15 das respostas dadas forem “Sim” ou “Até certo ponto”, é sinal de que há mais trabalho a ser feito;c) Se houver menos de 10 respostas “Sim” ou “Até certo ponto”, sua empresa precisa reavaliar sua abordagem de gestão de riscos.

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Diagnóstico do risco Vinte questões para ajudar o Chief Financial Officer (CFO), o controller ou o diretor de riscos a medir como está o gerenciamento de riscos da organização:

1. A gestão de riscos é vista como um processo para avaliar formalmente o impacto de riscos em todas as áreas da empresa? Sim Até certo ponto Não2. A sua gestão de riscos envolve, além da proteção dos ativos existentes, a antecipação e o direcionamento dos riscos já identificados em seu processo de planejamento estratégico? Sim Até certo ponto Não3. Existe um conjunto articulado de objetivos de risco e retorno que informa prioridades, parâmetros e práticas que apóiam a tomada de decisões? Sim Até certo ponto Não4. Existe um Comitê de Gestão de Riscos ou uma estrutura similar? Sim Até certo ponto Não5. O Comitê de Riscos está ativamente envolvido na determinação e aprovação do nível de tolerância ao risco da empresa? Sim Até certo ponto Não6. Sua empresa tem desenvolvido e implementado processos e estruturas próprias para estabelecer uma cultura abrangente de gestão de riscos empresariais? Sim Até certo ponto Não7. Há um processo bem sistematizado e estruturado para identificar riscos? Sim Até certo ponto Não8. O processo de identificação de riscos solicita informações de todas as áreas e níveis da organização? Sim Até certo ponto Não9. O processo de identificação está alinhado com os planos estratégicos da empresa? Sim Até certo ponto Não10. O potencial dos riscos para a empresa é estimado? Sim Até certo ponto Não11. A empresa procura quantificar o impacto potencial dos riscos? Sim Até certo ponto Não

12. É utilizada uma base de dados históricos a partir da qual se podem acessar os riscos essenciais? Sim Até certo ponto Não13. São comparados sistematicamente o impacto potencial dos diversos riscos para se assegurar que os recursos estão sendo alocados apropriadamente? Sim Até certo ponto Não14. Existem diferentes ações ou opções de gestão de riscos? Sim Até certo ponto Não15. Para desenvolver opções para gerenciar cada risco, sua empresa busca meios de modificar suas operações, empregar instrumentos financeiros e implementar sistemas de controle? Sim Até certo ponto Não16. Para cada opção de gestão de risco, sua empresa avalia quantitativamente o seu custo de implementação e os benefícios esperados? Sim Até certo ponto Não17. Ao avaliar as opções de gerenciamento de riscos, sua empresa considera os custos de duas opções combinadas em comparação com a eficácia de cada uma delas, individualmente? Sim Até certo ponto Não18. Sua gestão de riscos está de acordo com o orçamento da organização, de maneira a garantir que os recursos humanos, financeiros e outros estejam sendo apropriadamente alocados? Sim Até certo ponto Não19. Sua empresa possui um processo de revisão e monitoramento para assegurar que os objetivos da gestão de riscos estão sendo alcançados? Sim Até certo ponto Não20. Ao avaliar a performance do processo de gestão de riscos de sua empresa, é examinada a capacidade de adaptação dele às recentes mudanças no ambiente externo? Sim Até certo ponto Não

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A r t i g o

Fomento Mercantil - Janeiro/Fevereiro 2008

O Factoring Internacional abresuas asas sobre a América Latina

ntre os dias 21 a 27 de outubro de2007, aconteceu no Chile, a reu-

nião anual do Factors Chain Internati-onal – FCI, maior associação de facto-ring internacional do mundo, onde sereuniram mais de 200 empresas de fac-toring de mais de 55 países.

Importante salientar a participaçãode países como Bulgária, China, Co-lômbia, Croácia, Chipre, RepúblicaTcheca, Egito, El Salvador, Estônia,Hungria, Islândia, Israel, Líbano, Litu-ânia, Malta, Panamá, Peru, Polônia,Romênia, Ucrânia e Emirados Árabes,países que estão desenvolvendo suasindústrias de factoring e participando deeventos como este, com o intuito de in-crementar os negócios internacionais.

Com a diminuição do crescimentodo PIB mundial em 2008, os paísesemergentes passam a ter uma maior re-levância, com destaque para a Améri-ca Latina, que participa há vários anosdesta organização com representantesdo Chile, Brasil, Argentina e México.

A celebração desta janela de oportu-nidades veio com a eleição do AlbertoWiderka, presidente da Factoring doBanco Galícia da Argentina, como pre-sidente do Factors Chain Internationalpor dois anos consecutivos, tendo ven-cido as eleições, a qual concorria com oamericano Peter Monroel, diretor damaior factoring do mundo, a CIT Group.

O evento propiciou, além da confra-ternização entre os empresários do se-tor, a discussão sobre os principais pro-dutos que podem ser oferecidos pelasfactorings, sobre o desenvolvimento deoperações via web, custos, preços dosserviços, vantagens e desvantagens daassociação das empresas de factoring aosbancos - como departamento de um ban-co ou como uma instituição independen-te -, entre outros importantes temas.

O crescimento da Indústria do Fac-toring, tanto o doméstico como o In-ternacional, continua alto, 24,82% de2006 para 2007 e a tendência é de ma-

nutenção deste índice. No entanto, emfunção do incremento no risco das ope-rações, há a necessidade de acompa-nhar, de perto, as operações dos clien-tes, pequenas e médias empresas.

Os bancos deverão reduzir o volu-me de empréstimos às pequenas e mé-dias empresas de maneira geral, afe-tando a liquidez do mercado e encami-nhando estas para as empresas de fo-mento, que são especializadas em aten-der a este segmento. Neste momento,como diz o jargão do factoring, tem quese estar com a mão no pulso do clien-te, verificando a sua pulsação.

No Brasil, as empresa que estão re-alizando operações de factoring inter-nacional são a Exicon S/A de PortoAlegre, pioneira na operação e atuantedesde 1998 e a Redfactor de São Pau-lo, que se associou à FCI, em 2006.

Quando falamos em factoring inter-nacional, não podemos deixar de refe-renciar a FCI, por se tratar da maior emais qualificada associação de empre-sas de factoring do mundo. Com sede emAmsterdã, na Holanda, foi fundada em1964 por instituições financeiras européi-as, que têm por objetivo reunir empresasem diversos países que promovam ope-rações de fomento mercantil, transferên-cia e cobertura de risco de crédito inter-nacional em exportações. A Associaçãotem ainda a missão de padronizar e re-gulamentar o procedimento pelo qual es-sas operações são cursadas.

Em linhas gerais, a FCI busca criaruma espécie de corrente mundial entreseus associados e regular, entre outrasatividades de fomento mercantil no co-mércio internacional, o estabelecimentode linhas de crédito para administração,cobertura e transferência de risco de cré-dito de importadores para um associadono país importador - o chamado, FCIfactoring importação - em beneficio de

outro associado sediado no país do ex-portador - o FCI factoring exportação.

Desta forma, o associado da FCIpode atuar como factoring importação,assumindo riscos de importadores nopaís onde está situado, ou como facto-ring exportação financiando e geran-do negócios para os garantidores fac-torings de importação.

Os pagamentos das garantias emcasos de inadimplemento se dão em até90 dias após o vencimento da fatura esão de 100% do valor exportado.

A Exicon iniciou no factoring inter-nacional prestando serviços de cobertu-ra de risco de credito à exportação comofactoring de exportação e, hoje, com ocrescimento das importações brasileiras,tem atuado também como factoring deimportação, prestando os serviços deanálise de credito e cobrança para em-presas de factoring do grupo FCI.

No Brasil, os obstáculos para ocrescimento do número de empresasatuantes no factoring internacional sãomuitos. Para se associar à FCI é ne-cessário ter um capital social de R$4.000.000,00, se submeter a um cursode operador de factoring internacional- realizado em inglês -, treinar o pes-soal de vendas com cursos realizadospela Associação, assim como um fun-cionário especializado na transferên-cia das operações via sistema EDI,obrigatoriamente em inglês.

Além do alto investimento no pes-soal, pois estas exigências significamviagens e treinamento no exterior, exis-te a questão da legislação cambial bra-sileira, altamente burocrática e cominúmeras restrições. Diante disso, paraque o factoring internacional possa re-almente abrir suas asas no Brasil e fo-mentar as pequenas e médias empresasdo País é de suma importância aprovar-mos a lei que regulamenta a atividade.

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* Alexandre Bücker é empresáriode Factoring

* Alexandre Bücker

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C a r t a s

Fomento Mercantil - Janeiro/Fevereiro 2008

Agradecemos o recebimento da Revis-ta Fomento Mercantil, edição n° 68, res-saltando que sua obra muito enriqueceránosso acervo bibliográfico.

DesembargadorJones Figueirêdo AlvesDiretor ESMAPE – Recife – PE

Agradeço a Vossa Senhoria em ha-ver me enviado um exemplar da Re-vista Fomento Mercantil, edição nº 68,a qual será de grande valia para o meugabinete.

Meus cumprimentos pela iniciativa evotos de sempre crescentes êxitos emsuas atividades.

Senador Álvaro Dias

Agradeço pelo envio da edição n° 68da Revista Fomento Mercantil.

Aproveito para desejar-lhe sucessoem 2008.

Senador Neuto De ContoPMDB/SC

Cumprimentando-o cordialmente,tenho a satisfação de acusar o recebi-mento, com amável mensagem, de umexemplar do seu livro Factoring no Bra-sil e da Revista Fomento Mercantil.

Muito grato pela gentileza, apresentoa V. Exa. a expressão de minha alta esti-ma e consideração.

Ministro César PelusoSupremo Tribunal Federal

Recebo com satisfação o exemplar n°68 da Revista Fomento Mercantil, dese-jando que todos aqueles que contribuemcom a arte de bem comunicar, recebaminspiração dos céus e possam manter estetrabalho sério e de qualidade a serviço denós, brasileiros.

Felizes dos escolhidos para recebertrabalho de grande porte, pedindo a to-dos que por isto e muito mais, acredi-temos mais uma vez neste imenso epróspero Brasil.

DesembargadorWanderlei Resende2º Vice-presidenteTribunal de Justiça do Estadodo Paraná

Honrado e com muita alegria recebia sua gentil mensagem.

Agradeço suas generosas palavras,mantendo-me sempre à disposição.

Valho-me do ensejo para renovar-lhemeus protestos de estima e apreço, aotempo em que manifesto meus sincerosvotos de Boas Festas e um Ano Novo

Sugestões e cartas à ANFAC

Endereço: Rua Teixeira da Silva, 217

Bairro Paraíso - CEP 04002-905 - São Paulo.

Telefone: (11) 3549-4855 - Fax: (11) 3549-4866

End. eletrônico: [email protected] ou

www.anfac.com.br

pleno de saúde e grandes vitórias.

Henrique Nelson Calandra1º Vice-presidenteAPAMAGIS – São Paulo - SP

Com referência à sua carta de 21 denovembro, peço que aceite meus agrade-cimentos pelo envio de exemplar da edi-ção nº 67 da Revista Fomento Mercantil.

Esta publicação, de boa qualidade grá-fica e editorial, constitui valiosa fonte deinformações sobre as atividades de fomen-to mercantil desenvolvidas em favor daspequenas e médias empresas brasileiras,representando, assim, útil material de re-ferência para as atividades do Setor eco-nômico e comercial desta Embaixada.

Aproveito a oportunidade para apre-sentar os protestos de minha estima econsideração.

Marilia Sardenberg Zelner GonçalvesEmbaixadora do Brasil na Tunísia

Registro o recebimento da Revista Fo-mento Mercantil, edição nº 68, e expressoos meus agradecimentos pelo envio dapublicação, que passará a integrar a Bibli-oteca da Escola Paulista da Magistratura.

Neste ensejo, apresento a VossaSenhoria meus protestos de distintaconsideração e apreço.

DesembargadorMarcus Vinicius dos S. AndradeDiretor da Escola Paulistada Magistratura

Parabéns a todos vocês por estedia, que através de “Lutas e conquistas,desafios e superação” fazem com que esteramo de negócio seja o que é hoje e acada dia ainda mais forte.

Valeu. Obrigado e Bom trabalho a to-dos os colaboradores da ANFAC.

Elcio José Sartor - DiretorFactor – Curitiba – PR

Parabéns, pelos 26 anos de nossa Associ-ação, em especial ao Dr. Luiz Lemos Leite!

Olmar PletschG Seis Fomento Comercial Ltda

Primeiramente gostaria de cumpri-mentá-lo por mais esse acontecimentoque é sem dúvida motivo de muita hon-ra e razão para comemorar sempre, poisnão são muitos que tem esse privilégiode marcar 26 anos de sucesso, sucessoeste que nós também nos orgulhamoscom o senhor. Tudo isso é que faz comque nossa atividade seja cada vez maisreconhecida por todos os que acompa-nham o excelente trabalho da ANFAC

com a sua direção.Parabéns!Daniel GonçalvesCumbica Fomento Mercantil

CIRCULAR ANFAC Nº 015/2008,DE 07/12/2008 – Fazemos referência acircular em epigrafe para parabenizar essaconceituada ANFAC ao transmitir para asafiliadas matérias de alta relevância dotrato tributário e fiscal, além de indicarnormativas e literatura para alcançar me-lhores práticas e resultados nessas áreas.

José Gomes Casimiro – DiretorHOTlink

Dia 11/02/08 foi consagrado o diado Agente de Fomento. Veja a evoluçãoque ocorreu nos 26 anos de história daANFAC, somos hoje uma classe reco-nhecida e respeitada no cenário econô-mico Nacional, fruto de um trabalho dedesbravadores como o dr. Luiz LemosLeite, entre outros, que incansavelmentenos defendem.

Nós do Grupo Centerpar temos orgu-lho de pertencer a tão seleta associação,que está sempre presente para uma res-posta rápida de nossas dúvidas. Se hojesomos respeitados, tudo, devemos a vo-cês. Nosso muito obrigado.

Parabéns a todos!Grupo CenterparDivaldo Disposti

Agradecemos-lhe o livro “Factoring noBrasil”, enviado ao ministro Joaquim Bar-bosa, que certamente lhe será de grandeutilidade.

Marlene V.MourãoGabinete do ministroJoaquim BarbosaSupremo Tribunal Federal

Parabenizo a equipe da Revista Fomen-to Mercantil pela qualidade nas reporta-gem e artigos apresentados. A revista metrouxe muito conhecimento quanto a éti-ca, rotina e legislação. Estou certo de queirei adquirir mais conhecimento me fili-ando a Anfac este ano.

Ricardo MantovanGerente Fieza FomentoMercantilMaringá - PR

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