ANEXO I MERCADO DE SAÚDE SUPLEMENTAR ESTADO DO … · medicina de grupo. Enquanto no Rio de...
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ANEXO I
MERCADO DE SAÚDE SUPLEMENTAR ESTADO DO GOIÁS
Pesquisadora: Marta Rovery de Souza Parte do Projeto 914 BRA 1078 -914 / BRA 1078 – ANS-PRODOC PROJETO SOBRE SAÚDE SUPLEMENTAR: O DESENVOLVIMENTO DE MODELOS E GARANTIAS ASSISTENCIAIS E OS MECANISMOS DE REGULAÇÃO ADOTADOS PELAS OPERADORAS DE PLANOS DE SAÚDE DA REGIÃO CENTRO OESTE. Contrato de financiamento de atividades SA-9737/2006 UNESCO/FLACSO – Brasil
Brasília, 30 novembro de 2007
Este relatório foi produzido no contexto da cooperação UNESCO/ ANS/ FLACSO-
Brasil – Projeto 914 BRA 1078 – 914 / BRA 1078 – ANS-PRODOC.
As opiniões aqui expressas são de responsabilidade do(s) autor(es) e não
refletem necessariamente a visão da UNESCO, sobre o assunto.
1. INTRODUÇÃO
O fortalecimento econômico do modelo de atenção a saúde, tanto do setor
público como do privado, implicou em relevante e simultânea expansão, dando
margem a interpretações dicotômicas. Se, por um lado, a expansão dos planos
privados poderia ser um fruto justificado da insuficiência econômica do modelo do
SUS, por outro, o fato poderia ser decorrente, inclusive quanto às causas
originárias da insuficiência do SUS, do gradativo avanço de políticas de
tendências neoliberais, conformando a efetiva motivação de cunho ideológico,
voltada à substituição do sistema público pelo de mercado, corroborando a tese
de que os fenômenos conjugados da insuficiência do sistema público associado
ao processo de concentração de renda propiciariam o crescimento das ofertas e
despesas privadas.
No crescente mercado privado, tanto profissionais médicos quanto
ambulatórios, hospitais, serviços de diagnóstico-terapêuticos e laboratórios
passaram a vender serviços de saúde tanto para o setor público como para os
planos e seguros privados, gerando interesses econômicos controversos, os
quais, em meio à expansão dos dois modelos de assistência à saúde, público e
privado, deram vazão à construção de uma barreira intransponível entre os dois
sistemas, como salientam Bahia e Viana (2002, p. 9), reportando-se a distorcidos
conceitos tais como: só fica no SUS quem não tem recursos para comprar um
plano (...); quem pode pagar tem plano de saúde (...); e o SUS pode cuidar melhor
dos pobres. De acordo com essa típica lógica de mercado, a assistência à saúde
se quedaria dependente dos planos privados no tocante às coberturas prescritas
nos planos de saúde, enquanto os serviços públicos ficariam limitados aos
atendimentos não oferecidos pelas operadoras, restringindo-se às atividades
típicas de Estado, como a vacinação.
Por outro lado, as relações entre prestadores de serviços e as empresas de
planos de saúde apresentaram um perfil extremamente complexo, na medida em
que condicionaram fortes mudanças na oferta agregada de serviços afetando a
autonomia dos provedores, particularmente dos médicos, os quais, quando não
credenciados se tornaram acessíveis apenas àqueles vinculados a algum tipo de
plano coletivo empresarial, no qual os valores de reembolso são compatíveis com
esta modalidade de cobertura, o que motivou pressões sobre as empresas, por
médicos e hospitais, no sentido de estimular uma ampliação da política de
credenciamento de profissionais e estabelecimentos, porém sob critérios de
prestígio e qualidade prescritos por suas entidades de classe, inclusive quanto a
padrões de remuneração que admitiam, desde a vinculação assalariada do
médico e a propriedade dos hospitais, centros e laboratórios, até a remuneração
indireta do profissional, por meio da prática de reembolso por fora, salienta Bahia
(2001).
Os fatores regionais e a abrangência geográfica geraram formatos
assistenciais diferenciados, ressaltando diferenças entre as grandes empresas de
medicina de grupo.
Enquanto no Rio de Janeiro há um caráter de amplitude nacional,
constituído por empresas como a Amil e a Golden Cross, que atuam
principalmente no credenciamento de serviços, as empresas sediadas em São
Paulo concentram-se na capital e na região metropolitana, utilizando, fortemente,
serviços próprios os quais, entretanto, podem ser terceirizados pelo
credenciamento de redes externas, visando o atendimento de trabalhadores de
empresas clientes que possuam, por sua vez, atuação nacional.
A amplitude das corporações de assistência à saúde, constituída ao final
da década de 90, acentua um padrão de concorrência segundo a lógica da
estrutura de mercado do capitalismo brasileiro, cujos traços apresentam um perfil
claramente oligopolista, segundo avaliação de Reis (2000), as quais, sob pressão
dos crescentes custos da medicina, especialmente os derivados da tecnologia,
passaram a depender fortemente de recursos financeiros externos.
Assim, a estratégia adotada pelas operadoras para garantir a rentabilidade
econômica, minimizando a baixa produtividade dos serviços e dificuldade de
ganho em escala pontuou expedientes como a publicidade enganosa, as
exclusões de patologias, a expulsão dos idosos, os tetos de utilização, os prazos
de carência, enfatiza Reis (2000, p.141). A preocupação com o equilíbrio
econômico-financeiro das carteiras baseava-se não só em fatores como a seleção
adversa ou fraude, ocasionados pelos seus associados, mas também pela má
gestão de seus administradores, de acordo com Mesquita (2002).
Neste contexto, houve consenso em torno da necessidade de intervenção
estatal sobre a atuação das operadoras de planos de saúde, culminando na Lei nº
9.656, de 03.06.1998, que dispôs sobre os planos privados de saúde, e na
criação da Agência Nacional de Saúde Suplementar- ANS, por meio da Lei nº
9.961, de 28.01.2000, entendida como instância reguladora de um setor da
economia até então ausente de qualquer padrão de funcionamento, com exceção,
apenas, do seguro de saúde e das seguradoras, que estavam sujeitos ao registro,
controle e fiscalização pela SUSEP, subordinadas, entretanto, aos critérios de
liquidez e solvência das sociedades e carteiras, mas sem o controle sobre as
garantias da assistência, conforme Mesquita (2002).
1.1. OBJETIVO GERAL
Analisar o mercado de saúde suplementar no Estado de Goiás.
1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Avaliação dos modelos de garantias assistenciais e os mecanismos
de regulação adotados pelas operadoras de planos de saúde no Estado de Goiás;
• Caracterização do modelo tecno-assistencial em vigor no Estado de
Goiás;
• Qualificação dos distintos segmentos da saúde suplementar e das
modalidades contratuais praticadas no Estado de Goiás;
• Levantamento das relações existentes entre usuários e prestadores
de serviços, entre usuários e operadoras e entre operadoras e prestadores.
1.3. DIMENSÕES COBERTAS PELO ESTUDO
O objeto do estudo estará para fins deste estudo restrito à relação entre
operadoras e prestadores de serviços. O estudo privilegiará a assistência
hospitalar e a provisão de serviços diagnósticos e terapêuticos. O estudo deverá
contemplar:
1.3.1. Caracterização do mercado (proporção da população coberta
por planos de saúde; composição da oferta segundo tipo de operadora
e modo de contratação; caracterização dos prestadores);
1.3.2. Estratégias e Mecanismos de micro-regulação adotados pelas
operadoras de planos de saúde do Estado de Goiás junto a
prestadores de assistência médica – hospitalar , envolvendo:
• Controle e disciplinamento da prática de profissionais de saúde
(protocolos/diretrizes clínicas);
• Relações entre provedores de serviços e operadoras
(contratualização);
• Controle e disciplinamento da utilização de serviços necessários ao
atendimento dos usuários (necessidade de autorização etc.).
1.4. METODOLOGIA E FONTES DE INFORMAÇÕES
O estudo combinará a utilização de informações disponíveis em fontes
secundárias e a realização de entrevistas com atores-chave de operadoras e
prestadores (estudos de caso). Tanto o roteiro das entrevistas semi-estruturadas
como o questionário com atores chaves está sendo adaptados para as realidades
locais.
Para a caracterização do mercado, serão consideradas todas as
operadoras que atuam na região e não apenas as que nela têm sede. Para a
realização dos estudos de caso serão priorizadas as modalidades que
representem maior cobertura nos respectivos estados.
Os critérios para selecionar os estudos de casos deverão contemplar:
• Para as Operadoras:
- Diferentes Modalidades
- Proporção de beneficiários cobertos
- Localização – capital/interior
• Para os Prestadores de serviços:
- Integrar a rede de prestadores das operadoras analisadas
- Tipo de provedor (exames de alto custo; Hospital)
Dentre as fontes secundárias serão priorizadas as seguintes:
- Cadastros ANS
- Sistema de Registro de Produtos - RPS
- Sistema de Informações de Beneficiários – SIB
- Sistema de Informações de Produtos - SIP
- Cadastro de Operadoras - CADOP
- IBGE – AMS e PNAD (2003)
- MS/ DATASUS - Cadastro de estabelecimentos de saúde
- SES
- PROCON
- ABRAMGE
1.5. RESULTADOS ESPERADOS
• Conhecer como a rede assistencial de saúde suplementar está
organizada;
• Mapear sob a ótica da operacionalização dos mecanismos adotados
pelas prestadoras, das relações existentes entre as operadoras de planos
privados de saúde, os prestadores de serviços e seus beneficiários;
• Contribuir para a indicação das adequações normativas e
institucionais necessárias à efetiva qualificação dos processos de regulação
desenvolvidos e implementados pela ANS que possam ser aplicados ao estado
em questão;
• Subsidiar o desenvolvimento de estudos sobre políticas de saúde
suplementar e sua contribuição para a promoção da saúde e para a garantia da
integralidade da atenção;
• Elaboração de relatório técnico analítico contendo os dados obtidos,
as dificuldades e/ou limitações encontradas na realização do estudo, as
recomendações estratégicas e políticas.
2. CARACTERIZANDO O ESTADO GOIÁS E A CAPITAL: PERFI L
EPIDEMIOLOGICO, DEMOGRAFICO E DE SERVICOS DE SAUDE
2.1. Goiás
2.1.1. Contexto socioeconômico demográfico
Os dados apresentados revelam que houve um significativo acréscimo da
população do Estado de Goiás, que atingiu mais de cinco milhões de habitantes
em 2000, número este mais que o dobro da população de 1970. Vale ressaltar
que o grau de urbanização atingiu em 2000 a cifra de 87,9%. A evolução da
distribuição da população por sexo e idade indica uma tendência de
envelhecimento com aumento do peso relativo das faixas etárias de 15 a 59 anos
e de maiores de 60 anos e diminuição do peso relativo da população no grupo de
0 a 14 anos. Estas mudanças ocorridas na conformação da estrutura etária da
população delineiam um novo perfil das demandas por políticas sociais e
especificamente por ações de saúde (Tabela 1).
Tabela 1- ESTADO DE GOIÁS: População residente por sexo e grupos de idade – 1991 e 2000.
1991 2000 Grupos de idade
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total 4.018.903 2.015.505 2.003.398 5.003.228 2.492.438 2.510.790
0 a 4 anos 442.515 225.939 216.576 482.645 246.181 236.464
5 a 9 anos 465.954 237.332 228.622 486.892 248.159 238.733
10 a 14 anos 474.664 239.657 235.007 497.208 252.690 244.518
15 a 19 anos 441.763 219.107 222.656 520.838 260.633 260.205
20 a 24 anos 405.145 200.429 204.716 504.075 249.699 254.376
25 a 29 anos 368.475 180.533 187.942 450.048 220.783 229.265
30 a 34 anos 312.375 153.351 159.024 419.989 205.312 214.677
35 a 39 anos 262.185 129.688 132.497 376.273 184.163 192.110
40 a 44 anos 209.226 106.553 102.673 309.796 152.114 157.682
45 a 49 anos 166.070 84.738 81.332 248.631 123.061 125.570
50 a 54 anos 133.123 68.912 64.211 196.652 98.359 98.293
55 a 59 anos 106.973 53.846 53.127 151.365 75.465 75.900
60 a 64 anos 83.671 42.121 41.550 124.907 61.916 62.991
65 a 69 anos 61.046 30.998 30.048 92.106 45.253 46.853
70 a 74 anos 38.888 19.663 19.225 63.612 31.511 32.101
75 a 79 anos 25.728 12.739 12.989 39.790 19.469 20.321 80 anos ou mais
21.102 9.899 11.203 - - -
80 a 89 anos - - - 32.622 15.217 17.405
90 a 99 anos - - - 5.005 2.096 2.909 100 anos ou mais
- - - 774 357 417
Fonte: IBGE / CENSO Elaboração: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica – 2005.
A evolução das taxas de fecundidade e natalidade apresentadas abaixo
(Tabela 2) revela que Goiás em 2003 já apresentava fecundidade abaixo do nível
de reposição e conseqüente numero de nascimentos decrescentes. Tendência
esta que acompanha a tendência da região e do Brasil, mas com patamares
menores.
Tabela 2 - ESTADO DE GOIÁS, Centro-Oeste e Brasil: Taxa de fecundidade total e taxa bruta de natalidade -1992,1997-99,2002-2003.
Taxa de fecundidade total (1) Taxa bruta de natalidade (2) Especificação 1992 1997 1998 1999 2002 2003 1992 1997 1998 1999 2002 2003
Goiás 2,4 2,1 2,0 2,0 1,9 1,9 22,9 20,4 20,0 19,6 18,6 18,2 Centro-Oeste 2,5 2,2 2,2 2,2 2,1 2,1 23,7 21,6 21,3 20,9 20,0 19,7 Brasil 2,7 2,4 2,4 2,3 2,4 2,3 23,0 21,6 21,4 21,2 21,0 20,9 Fonte: IBGE Elaboração: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica – 2005. (1) nº médio de nascidos vivos por mulher. (2) nº de nascidos vivos por 1.000 habitantes.
Com relação ao comportamento da mortalidade vale destacar o papel
desempenhado pela queda significativa das taxas de mortalidade infantil
observadas no período em questão, onde se detectou um decréscimo da ordem
de mais de 10 pontos percentuais (Tabela 3).
Tabela 3 - ESTADO DE GOIÁS, Centro-Oeste e Brasil: Taxa bruta de mortalidade e taxa de mortalidade infantil - 1992, 1997-99,2002-2003.
Taxa bruta de mortalidade (3) Taxa de mortalidade infantil (4) Especificação 1992 1997 1998 1999 2002 2003 1992 1997 1998 1999 2000 2002 2003
Goiás 6,2 5,8 5,8 5,8 5,7 5,7 31,0 28,6 26,9 25,0 21,9 20,7 ... Centro-Oeste 5,9 5,6 5,6 5,6 5,5 5,6 30,4 25,4 25,1 24,5 21,2 20,4 ... Brasil 7,5 7,0 7,0 6,9 6,3 6,3 44,3 36,7 36,1 34,6 29,6 27,8 27,5 Fonte: IBGE Elaboração: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica – 2005. (3) nº de óbitos por 1.000 habitantes. (4) nº de óbitos infantis, por 1.000 nascidos vivos.
A exemplo do ocorrido para o país como um todo, constata-se um aumento
da esperança de vida ao nascer para o Estado de Goiás ao longo do período
estudado, fenômeno provocado principalmente pela redução nos níveis de
mortalidade em especial a de menores de um ano (Tabela 4).
Tabela 4 - ESTADO DE GOIÁS, Centro-Oeste e Brasil: Esperança de vida ao nascer – 1992, 1997- 00 - 2002- 03. Especificação 1992 1997 1998 1999 2000 2002 2003
Goiás 67,5 68,8 69,1 69,3 69,6 70,1 70,3
Centro-Oeste 67,3 68,8 68,9 69,2 ... 69,9 70,1
Brasil 66,3 67,8 68,1 68,4 68,6 71,0 71,3 Fonte: IBGE Elaboração: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica – 2005.
Analisando as informações referentes aos coeficientes de mortalidade para
algumas causas selecionadas observou-se que as doenças cérebro-vasculares
são as que se destacam ao lado dos acidentes de transito e das no período de
1999 a 2004 para o Estado de Goiás. No que se refere aos demais indicadores de
mortalidade (óbitos infantis) observa-se que houve uma considerável melhoria na
notificação destes óbitos, ou seja, a porcentagem de óbitos por causas mal
definidas vem caindo no estado (Tabela 5).
2.1.2. Situação de saúde e serviços disponíveis
Na Tabela 6 é possível observar que a rede hospitalar publica no estado de
Goiás vem crescendo, principalmente no âmbito municipal; em contrapartida a
rede hospitalar privada teve no período analisado uma desativação de 66
hospitais. Esta desativação pode ser sentida na diminuição de mais de 3000 leitos
(Tabela 7), que por sua vez não foram supridos pela rede publica. O que se
constitui em um problema serio para a população do estado de Goiás.
Tabela 5 - Coeficiente de Mortalidade para algumas causas selecionadas- Goiás (por 100.000 habitantes)
Causa do Óbito 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
AIDS
3,5
3,7
4,0
3,4
4,1
3,8
3,4
Neoplasia maligna da mama (/100.000 mulheres)
6,5
6,5
6,6
6,5
7,4
7,7
7,4
Neoplasia maligna do colo do útero (/100.000 mulh)
5,5
5,0
5,2
4,4
5,5
5,1
4,3
Infarto agudo do miocárdio
21,4
23,3
24,5
27,1
25,2
26,0
24,5
Doenças cerebrovasculares
41,8
40,9
39,4
39,7
41,4
42,1
39,0
Diabetes mellitus
14,6
14,8
13,9
15,7
15,5
16,5
15,7
Acidentes de transporte
25,7
28,1
26,5
29,2
28,8
30,7
28,7
Agressões
17,5
21,6
22,8
26,3
25,4
28,2
26,1 Outros Indicadores de Mortalidade 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Total de óbitos
23.650
23.175
23.921
25.634
25.697 27.545
26.834
Nº de óbitos por 1.000 habitantes
4,9
4,6
4,7
4,9
4,8
5,1
4,8
% óbitos por causas mal definidas
13,6
10,2
9,5
8,0
7,6
7,3
7,2
Total de óbitos infantis
1.641
1.500
1.445
1.528
1.471
1.469
1.366
Nº de óbitos infantis por causas mal definidas
89
62
64
55
48
61
52
% de óbitos infantis no total de óbitos *
6,9
6,5
6,0
6,0
5,7
5,3
5,1
% de óbitos infantis por causas mal definidas
5,4
4,1
4,4
3,6
3,3
4,2
3,8
Mortalidade infantil por 1.000 nascidos-vivos **
17,5
15,8
15,5
16,3
16,0
16,1
14,9 * Coeficiente de mortalidade infantil proporcional **considerando apenas os óbitos e nascimentos coletados pelo SIM/SINASC
Tabela 6 - ESTADO DE GOIÁS: Rede hospitalar – 1995 – 03.
Público Ano Total Total Estadual Municipal
Universitário Privado
1995 401 107 8 99 1 293 1996 403 109 8 101 1 293 1997 432 137 8 129 1 294 1998 435 140 8 132 1 294 1999 442 145 9 136 1 296 2000 434 145 9 136 1 288 2001 434 150 9 141 1 283 2002 373 145 7 138 1 227 2003 (1) 378 150 8 142 1 227
Fonte: Ministério da Saúde (1) Posição : julho. Elaboração: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica – 2005.
Tabela 7 - ESTADO DE GOIÁS: Número de leitos – 1995 – 03.
Público Ano Total Total Estadual Municipal
Privado Universitário
1995 22.316 3.810 1.101 2.709 18.209 297 1996 22.266 3.871 1.101 2.770 18.098 297 1997 22.548 4.564 1.116 3.448 17.692 292 1998 22.381 4.618 1.085 3.533 17.471 292 1999 22.486 4.754 1.147 3.607 17.440 292 2000 21.855 4.739 1.147 3.592 16.824 292 2001 21.971 4.934 1.147 3.787 16.745 292 2002 19.788 4.560 856 3.704 14.936 292 2003 (1) 19.832 4.683 890 3.793 14.857 292
Fonte: Ministério da Saúde (1) Posição : julho. Elaboração: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica – 2005
Na analise da rede ambulatorial no período em questão, observa-se uma
diminuição dos postos de saúde, centros de saúde e das unidades mistas. No
entanto os prontos-socorros gerais e as unidades de saúde de família aparecem
como os atuais responsáveis pelos atendimentos ambulatoriais no estado (Tabela
8).
Tabela 8 - ESTADO DE GOIÁS: Rede ambulatorial – 1998 – 03.
Ano Posto de saúde
Centro de saúde
Unidade mista Pronto socorro geral
Unidade de saúde da família
1998 306 321 12 - - 1999 322 340 27 3 12 2000 282 288 28 3 145 2001 229 233 23 4 428 2002 196 221 21 3 559 2003 (1) 216 218 13 7 602
Fonte: Ministério da Saúde. (1) Posição : julho. Elaboração: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica – 2005.
2.2. GOIÂNIA
2.2.1. Contexto socioeconômico e demográfico
O município de Goiânia registrou no Censo Demográfico de 2000, uma
população de 1.093.007. A taxa de crescimento no período 1996-2000 foi de 2,2%
ao ano, assim se mantivermos este mesmo coeficiente de crescimento a
população em 2003 será de 1.146.103.
A esperança de vida ao nascer (média de anos vividos) em Goiânia
apresentou no período intercensitário um ganho de dois anos, chegando em 2000
aos 70 anos para a população total, melhora esta também sentida pelo indicador
de mortalidade infantil que alcançou patamares de 21 por mil nascidos vivos no
mesmo período.
A taxa de fecundidade total (número de nascidos vivos entre mulheres de
15-49 anos) em Goiânia acompanha a tendência nacional de queda, em 1991 era
de 2,04 filhos por mulher, passando em 2000 para 1,79. Outro indicador de
fecundidade importante refere-se a um crescimento na percentagem de mulheres
de 10-14 e 15-17 anos que possuem filhos. Neste sentido observa-se que mesmo
diante de uma fecundidade declinante, o grupo etário que tem contribuído para
esta percentagem tem sido alimentado pelas gestações de adolescentes. Como
ilustração vale destacar que em 1991 a porcentagem de mulheres de 10-14 anos
com filhos era inexistente e em 2000 este número passa a representar 0,41%. Na
faixa etária subseqüente já se observa desde 1991 uma tendência importante
sendo 5,23 a percentagem encontrada para em 2000 alcançar valores de 6,36 %
de mulheres nesta faixa etária que já possuíam filhos. A idade em que se inicia o
ciclo reprodutivo com o nascimento do primeiro filho no Brasil tem apresentado
ligeira diminuição, com maior número de gestações na adolescência, sendo a
idade mediana em já 1996 de 22,4 anos (Quadro 1).
Quadro 1- Indicadores demográficos Goiânia (GO) Esperança de vida ao nascer, 2000 70,06 Mortalidade até cinco anos de idade, 2000 23,43 Mortalidade até um ano de idade, 2000 21,3 Percentual de adolescentes do sexo feminino entre 15 e 17 anos com filhos, 2000 6,36 Percentual de crianças do sexo feminino entre 10 e 14 anos com filhos, 2000 0,41 Probabilidade de sobrevivência até 40 anos, 2000 93,28 Probabilidade de sobrevivência até 60 anos, 2000 80,38 Taxa de fecundidade total, 2000 1,79 Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil
Através das informações contidas no Atlas de Desenvolvimento Humano
no Brasil, observa-se que Goiânia apresentou de 1991 para 2000 uma melhora
geral em seus índices de desenvolvimento humano (IDH) (eles variam no
intervalo de 0 a 1 e quanto mais se aproxima do 1 melhor as condições deste
índice), passando de níveis médios (0,5 a 0,8) para altos: 0,832. Esta tendência
foi observada no comportamento dos indicadores de renda, longevidade e
educação fundamentalmente (0,933). O IDH mede o grau de satisfação das
necessidades materiais e culturais da população (Jannuzzi, 2001).
2.2.2. Situação de saúde e serviços disponíveis
Faz-se necessário também, nesta linha de reflexão que aqui se propõe
apresentar como está configurado atualmente o cenário da assistência em saúde
no município. Chama atenção uma participação majoritária do atendimento
privado à saúde (76,5%) (Quadro 2), tendência esta também demonstrada em
outros municípios do Brasil e que pode ser entendida pelo crescimento dos planos
de saúde que ocorreu principalmente em função da insatisfação popular e dos
inúmeros problemas relacionados à saúde pública no Brasil (descredenciamento
de leitos do SUS demora nas marcações de consultas, baixa qualidade dos
atendimentos prestados etc.).
Quadro 2 - Número e Proporção de Unidades por
Tipo de Prestador- Goiânia Dez/2002
Tipo de Prestador Unidades % Ministério da Saúde 1 0,2 Privados 504 76,5 Outros Órgãos Federais - - Estaduais 20 3,0 Municipais 106 16,1 Filantrópicas 18 2,7 Universitários Públicos 4 0,6 Sindicais 5 0,8 Universitários Privados 1 0,2 Não Especificados - - Não Identificados - - Total 659 100,0 Fonte: SIA/SUS
Com relação à rede de assistência ambulatorial chama atenção em Goiânia
o papel desempenhado pelos centros de saúde e clinicas especializada, no
entanto, a participação dos consultórios e de demais serviços auxiliares de
diagnose e terapia totaliza quase 70% dos tipos de unidades presentes na Capital
(Quadro 3).
Quadro 3 - Número e Proporção de Unidades por Tipo de Unidade Dez/2002
Tipo de Unidade Unidades %
Posto de Saúde 3 0,5
Centro de Saúde 47 7,1
Policlínica 7 1,1
Ambulatório de Unidade Hospitalar Geral 20 3,0
Ambulatório de Unidade Hospitalar Especializada 18 2,7
Unidade Mista - -
Pronto Socorro Geral 1 0,2
Pronto Socorro Especializado 1 0,2
Consultório 291 44,2
Unidade Móvel Fluvial/Marítima - -
Clínica Especializada 51 7,7
Centro/Núcleo de Atenção Psicossocial 5 0,8
Centro/Núcleo de Reabilitação 2 0,3
Outros Serviços Auxiliares de Diagnose e Terapia 138 20,9
Unid. Móvel Terrestre p/Atend. Médico/Odontológico 8 1,2
Unid.Móvel Terr.Prog.Enfrent.às Emergênc.e Traumas - -
Farmácia para Dispensação de Medicamentos - -
Unidade de Saúde da Família 29 4,4
Centro Alta Complexidade em Oncologia III - -
Centro Alta Complexidade em Oncologia II 1 0,2
Unidades de Vigilância Sanitária - -
Unidades não Especificadas 37 5,6
Outros códigos - -
Total 659 100,0
Fonte: SIA/SUS
Com relação a alguns indicadores de mortalidade em Goiânia, chamam
atenção às proporções de óbitos por doenças cerebrovasculares, acidentes de
transito e o infarto agudo do miocárdio. Vale destacar que também em Goiânia
observa-se uma queda significativa nos óbitos por causas mal definidas –
tendência esta também observada no contexto do Estado como um todo. A
mortalidade infantil alcança patamares 15,5 por mil nascidos vivos, taxa esta
muito próxima a outras capitais do país (Quadro 4).
Quadro 4
Causa do Óbito 1999 2000
AIDS 7,2 7,0
Neoplasia maligna da mama (/100.000 mulheres) 9,6 9,4
Neoplasia maligna do colo do útero (/100.000 mulh) 8,7 5,2
Infarto agudo do miocárdio 21,4 26,3
Doenças cerebrovasculares 42,8 43,2
Diabetes mellitus 18,6 19,4
Acidentes de transporte 33,2 31,9
Agressões 23,7 22,2
Fonte: SIM
Outros Indicadores de Mortalidade 1999 2000
Total de óbitos 5.555 5.263
Nº de óbitos por 1.000 habitantes 5,3 4,8
% óbitos por causas mal definidas 9,8 1,9
Total de óbitos infantis 352 315
Nº de óbitos infantis por causas mal definidas 11 3
% de óbitos infantis no total de óbitos * 6,3 6,0
% de óbitos infantis por causas mal definidas 3,1 1,0
Mortalidade infantil por 1.000 nascidos-vivos ** 16,9 15,5
Fonte: SIM/SINASC
A distribuição dos leitos por especialidade concentra-se fundamentalmente
entre os cirúrgicos e os de clínica médica; já sua distribuição segundo natureza,
demonstra que estes são privados em mais de 80% dos casos (Gráfico 1).
Distribuição de Leitos por Natureza (%)
0 20 40 60 80 100
Públicos
Privados
Universitários
3. CARACTERÍSTICAS DO MERCADO DE SAÚDE SUPLEMENTAR – O
ESTADO DE GOIÁS NO CONTEXTO DA REGIAO CENTRO-OESTE
Para a caracterização do Mercado de Saúde Suplementar serão analisadas
variáveis que permitam compreender a dinâmica do mercado de modo a poder
caracterizar sua cobertura; a composição da oferta e a tendência observada na
distribuição entre as diferentes modalidades; na segmentação e no modo de
contratação. Pretende-se, ainda, caracterizar o perfil dos beneficiários em termos
de renda, idade e auto-avaliação do estado de saúde. Vale destacar que o
cenário da Região Centro-oeste será utilizado neste primeiro momento para
facilitar a contextualização do Estado de Goiás. As fontes de informações que
compõem este cenário descritivo foram retiradas da PNAD-2003 (IBGE).
Analisando o comportamento e a influência da renda familiar sobre as
taxas de cobertura de Planos de saúde, segundo dados da PNAD 2003, observa-
se a mesma tendência tanto para o Brasil, quanto para o Centro-oeste e Goiás,
ou seja, esta adesão esta diretamente relacionada com a renda das famílias o
que em Goiás quer dizer que dos 23,4% de população coberta por planos de
saúde, mais de 75% das famílias apresentavam renda mensal de mais de 20
salários mínimos. Também vale destacar o contingente expressivo e preocupante
de população que possuem planos de saúde, mas cuja informação de rendimento
mensal não foi declarada (Tabela 9).
Fonte: IBGE, PNAD 2003
Vale destacar ainda que do total da população coberta por planos de
saúde, a maioria era residentes das zonas urbanas, que declararam possuir um
População com cobertura de PS % Tabela 9- População residente coberta por Planos de Saúde segundo classe de rendimento mensal
familiar
BRASIL Região Centro-oeste GOIÁS
Classes de rendimento mensal familiar (2) 24,55 24,76 23,36 Até 1 salário mínimo............................ ...................... 2,89 5,07 4,82 Mais de 1 a 2 salários mínimos.................. ............. 6,74 8,24 7,98 Mais de 2 a 3 salários mínimos.................. ............. 14,08 13,61 15,49 Mais de 3 a 5 salários mínimos.................. ............. 24,92 22,73 24,30 Mais de 5 a 10 salários mínimos................. ........... 43,85 40,77 41,27 Mais de 10 a 20 salários mínimos................ .......... 65,80 60,58 59,64 Mais de 20 salários mínimos..................... .............. 83,76 77,51 75,81 Sem rendimento (3)............................... ..................... 7,18 7,97 7,21 Sem declaração................................... ....................... 39,55 33,32 48,27
estado de saúde muito bom e bom; 62,7% eram dependentes e possuíam de 0 a
18 anos em 46,4% dos casos. As mulheres são maioria entre os dependentes na
Região Centro-oeste (Tabela 10).
Tabela 10 - População residente, por cobertura de p lano de saúde, tipo do plano de saúde principal e s ituação de titular ou dependente, segundo os grupos de idade, o sexo, a situação do domicílio, a auto-avaliação do estado de saúde e as classes de rendimento mensal familiar - Região Cent ro-Oeste.
População residente
Cobertura de plano de saúde
Cobertos
Grupos de idade, sexo, situação do domicílio, auto-avaliação do estado de saúde e classes de rendimento mensal
familiar Total Não
cobertos
Total (1)
Titu- lares
Depen- dentes
Sem declaração
Total..................................... .... 12 570 256 9 460 267 3 109 650 1 160 163 1 949 487 339 0 a 18 anos................................................................ 4 537 358 3 606 559 930 460 25 134 905 326 339 19 a 39 anos............................................................. 4 615 271 3 493 521 1 121 750 540 848 580 902 - 40 a 64 anos............................................................ 2 813 422 1 951 724 861 698 510 976 350 722 -
65 anos ou mais.................................................... 600 618 405 427 195 191 83 205 111 986 -
Idade ignorada........................................................ 3 587 3 036 551 - 551 -
Homens............................................. 6 201 422 4 751 149 1 450 273 638 074 812 199 - 0 a 18 anos................................................................ 2 299 702 1 832 510 467 192 13 001 454 191 - 19 a 39 anos............................................................. 2 242 490 1 734 135 508 355 303 705 204 650 - 40 a 64 anos............................................................ 1 368 485 980 716 387 769 273 779 113 990 -
65 anos ou mais.................................................... 288 797 202 178 86 619 47 589 39 030 -
Idade ignorada........................................................ 1 948 1 610 338 - 338 -
Mulheres........................................... 6 368 834 4 709 118 1 659 377 522 089 1 137 288 339 0 a 18 anos................................................................ 2 237 656 1 774 049 463 268 12 133 451 135 339 19 a 39 anos............................................................. 2 372 781 1 759 386 613 395 237 143 376 252 - 40 a 64 anos............................................................ 1 444 937 971 008 473 929 237 197 236 732 -
65 anos ou mais.................................................... 311 821 203 249 108 572 35 616 72 956 -
Idade ignorada........................................................ 1 639 1 426 213 - 213 -
Situação do domicílio Urbana........................................................................ 10 829 058 7 860 357 2 968 362 1 113 318 1 855 044 339 Rural........................................................................... 1 741 198 1 599 910 141 288 46 845 94 443 -
Auto-avaliação do estado de saúde
Muito bom e bom................................................. 9 738 379 7 163 187 2 575 192 917 738 1 657 454 - Regular...................................................................... 2 409 693 1 945 631 464 062 217 000 247 062 -
Ruim e muito ruim................................................. 421 845 351 449 70 396 25 425 44 971 -
Sem declaração..................................................... 339 - - - - 339 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2003, Acesso e Utilização de Serviços de Saúde. (1) Inclusive as pessoas que não declararam a situação do titular ou dependente no plano de saúde principal.
Ainda no esforço de caracterizar o cenário da saúde suplementar em
Goiás, observa-se que entre a população coberta por planos de saúde, 34,4% se
declararam titulares e possuíam entre 19 e 64 anos de idade. Entre os
dependentes (76%) suas idades variavam de 0 a 39 anos. Ainda na questão da
titularidade esta era composta em 53,8% dos casos por mulheres na categoria
dependente e em faixas etárias predominantemente compostas pelas idades de 0
a 39 anos.
A população coberta pelos planos de saúde no estado de Goiás
reside predominantemente em áreas urbanas (94,2%) e avalia seu estado de
saúde como muito bom e bom em quase 81% dos casos (Tabela 11).
Tabela 11 - População residente, por cobertura de p lano de saúde, tipo do plano de saúde principal e s ituação de titular ou dependente, segundo os grupos de idade, o sexo, a s ituação do domicílio, a auto-avaliação do estado de saúde e as classes de rendimento mensal familiar – GOIÁS
População residente
Cobertura de plano de saúde
Cobertos
Grupos de idade, sexo, situação do domicílio, auto-avaliação do estado de saúde e classes de rendimento mensal
familiar Total Não
cobertos
Total (1)
Titu- lares
Depen- dentes
Sem declaração
Total..................................... ................. 5 419 182 4 151 722 1 267 121 436 245 830 876 339 0 a 18 anos.................................................................................... 1 938 228 1 540 888 397 001 6 429 390 572 339 19 a 39 anos................................................................................. 1 946 789 1 507 156 439 633 198 669 240 964 -
40 a 64 anos................................................................................ 1 250 865 896 533 354 332 202 381 151 951 -
65 anos ou mais........................................................................ 281 946 206 129 75 817 28 766 47 051 -
Idade ignorada............................................................................ 1 354 1 016 338 - 338 -
Homens............................................. ............. 2 691 929 2 106 777 585 152 229 106 356 046 - 0 a 18 anos.................................................................................... 1 002 809 802 433 200 376 3 723 196 653 - 19 a 39 anos................................................................................. 947 943 756 734 191 209 108 636 82 573 -
40 a 64 anos................................................................................ 605 454 444 043 161 411 100 501 60 910 -
65 anos ou mais........................................................................ 135 046 103 228 31 818 16 246 15 572 -
Idade ignorada............................................................................ 677 339 338 - 338 -
Mulheres........................................... .............. 2 727 253 2 044 945 681 969 207 139 474 830 339 0 a 18 anos.................................................................................... 935 419 738 455 196 625 2 706 193 919 339 19 a 39 anos................................................................................. 998 846 750 422 248 424 90 033 158 391 -
40 a 64 anos................................................................................ 645 411 452 490 192 921 101 880 91 041 -
65 anos ou mais........................................................................ 146 900 102 901 43 999 12 520 31 479 -
Idade ignorada............................................................................ 677 677 - - - -
Situação do domicílio Urbana............................................................................................ 4 754 520 3 559 823 1 194 358 416 280 778 078 339 Rural............................................................................................... 664 662 591 899 72 763 19 965 52 798 -
Auto-avaliação do estado de saúde
Muito bom e bom..................................................................... 4 101 956 3 078 186 1 023 770 331 662 692 108 - Regular.......................................................................................... 1 106 694 893 469 213 225 95 442 117 783 -
Ruim e muito ruim..................................................................... 210 193 180 067 30 126 9 141 20 985 -
Sem declaração......................................................................... 339 - - - - 339 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2003, Acesso e Utilização de Serviços de Saúde. (1) Inclusive as pessoas que não declararam a situação do titular ou dependente no plano de saúde principal.
Ao analisar os principais motivos que levaram a população nas últimas
duas semanas, segundo dados da PNAD-2003, a buscar os serviços de saúde
em Goiás, 60,9% declararam ser por motivo de doença ou problemas
odontológicos. Vale destacar também que 29,4% da população atendida
declararam estar coberta por planos de saúde, mas somente 68% fizeram uso
deste plano no atendimento recebido.
Com relação ao atendimento recebido, 52,2% da população que procurou
os serviços de saúde no período analisado respondeu não ter pagado por este
atendimento e quase 60% declararam terem sido atendidos pelo SUS.
A avaliação que a população fez do atendimento recebido foi em 81% dos
casos qualificado como muito bom e bom (Tabela 12).
Motivo principal da procura
Total Doença ou problema
odontológico
Vacinação ou outros
atendimentos de
prevenção, pré-natal
ou somente atestado médico
Outros Sem declaração
Total..................................... .................................. 739 866 450 820 230 498 58 548 -
Cobertura de plano de saúde Tem.......................................................................................................................... 217 281 120 829 78 858 17 594 -
Não tem................................................................................................................. 522 585 329 991 151 640 40 954 -
Sem declaração.................................................................................................. - - - - -
Atendimento através de plano de saúde Sim............................................................................................................................ 147 899 72 770 60 242 14 887 - Não........................................................................................................................... 591 629 378 050 169 918 43 661 -
Sem declaração.................................................................................................. 338 - 338 - -
Pagamento pelo atendimento Sim............................................................................................................................ 171 595 114 061 48 399 9 135 - Não........................................................................................................................... 567 933 336 759 181 761 49 413 -
Sem declaração.................................................................................................. 338 - 338 - -
Atendimento através do SUS Sim............................................................................................................................ 442 020 270 751 133 698 37 571 - Não........................................................................................................................... 286 676 171 944 94 770 19 962 -
Não sabe e sem declaração.......................................................................... 11 170 8 125 2 030 1 015 -
Avaliação do atendimento
Muito bom e bom............................................................................................... 602 114 362 828 194 279 45 007 - Regular.................................................................................................................... 101 201 62 947 30 806 7 448 -
Ruim e muito ruim.............................................................................................. 36 213 25 045 5 075 6 093 -
Sem declaração.................................................................................................. 338 - 338 - - Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2003.
Tabela 12 - Pessoas que tiveram atendimento de saúd e nas 2 últimas semanas (exclusive as pessoas cujo principal atendimento de saúde recebido foi a marca ção de consulta), por motivo principal da procura, segundo a cobertura de plano de saúde, o atendiment o através de plano de saúde, o pagamento pelo atendimento, o atendimento através do SUS, a avaliaçã o do atendimento e a natureza do serviço de saúde – Goiás
Do total de pessoas que estiveram internadas nos últimos 12 meses os
dados da Pnad, revelaram que 74,4% foram internadas pelo menos 1 vez, sendo
que destas internações apenas 22,01% se deu pelo plano de saúde. Quanto a
avaliação que fizeram de seu estado de saúde, 52% declaram que seu estado de
saúde era muito bom ou bom e no que se refere às classes de rendimento mensal
familiar observou-se que 55,8% destas pessoas que se internaram nos últimos 12
meses possuíam renda mensal familiar de até 3 salários mínimos, os que não
possuíam rendimento representaram 3,3% dos casos das internações (Tabela
13).
Tabela 13 - Pessoas que estiveram internadas nos úl timos 12 meses, por número de internações, segundo a situação do domicílio, o ate ndimento através do plano de saúde, a auto-avaliação do estado de saúde e as cla sses de rendimento mensal familiar – Goiás
Pessoas que estiveram internadas nos últimos 12 meses
Número de internações Situação do domicílio, atendimento através do plano de saúde, auto-avaliação do estado de
saúde e classes de rendimento mensal familiar Total
1 2 ou mais
Sem declaração
Total..................................... .................... 550 649 409 177 141 472 -
Situação do domicílio Urbana............................................................................................... 474 513 351 992 122 521 - Rural................................................................................................... 76 136 57 185 18 951 -
Atendimento através de plano de saúde Sim...................................................................................................... 121 498 91 715 29 783 - Não..................................................................................................... 429 151 317 462 111 689 -
Sem declaração............................................................................ - - - -
Auto-avaliação do estado de saúde
Muito bom e bom......................................................................... 292 424 248 426 43 998 - Regular.............................................................................................. 183 760 122 845 60 915 -
Ruim e muito ruim........................................................................ 74 465 37 906 36 559 -
Sem declaração............................................................................ - - - -
Classes de rendimento mensal familiar (1) 550 311 408 839 141 472 -
Até 1 salário mínimo.................................................................... 85 283 57 531 27 752 -
Mais de 1 a 2 salários mínimos............................................... 134 045 95 800 38 245 -
Mais de 2 a 3 salários mínimos.............................................. 87 637 68 684 18 953 -
Mais de 3 a 5 salários mínimos.............................................. 107 285 80 549 26 736 -
Mais de 5 a 10 salários mínimos............................................ 71 415 54 151 17 264 -
Mais de 10 a 20 salários mínimos.......................................... 28 091 21 660 6 431 -
Mais de 20 salários mínimos.................................................. 15 229 13 199 2 030 -
Sem rendimento (2)..................................................................... 18 279 14 557 3 722 -
Sem declaração............................................................................ 3 047 2 708 339 - Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2003.
Com relação ao comportamento dos planos exclusivamente odontológicos
observou-se que no Centro-Oeste eles possuem taxa de cobertura de 2,4%, taxa
esta muito similar à encontrada para o Estado de Goiás. Chama atenção a
diferença entre capital e interior, quase 3 vezes maior, o que pode sinalizar uma
predominância destes planos em regiões mais urbanizadas e centrais (Tabela
14).
Tabela 14 Beneficiários de planos exclusivamente odontológicos e taxa de cobertura Goiás (dezembro/2006)
Taxa de cobertura (%)
Grandes Regiões e UF
Beneficiários População UF Capital
Região Metropolitana da Capital
Interior
Centro-Oeste 313.506 13.269.517 2,40% GOIAS 147.938 5.730.753 2,60% 7,40% 3,50% 2,10%
Com relação à contratação (Tabela 15), observou-se que o comportamento
dos Planos de saúde segue a mesma tendência tanto no estado analisado quanto
na Região como um todo, ou seja, na autogestão, medicina de grupo,
cooperativas e seguradoras de planos de saúde existe uma prevalência de planos
coletivos. Somente nas filantrópicas os planos individuais ou familiares superam
os coletivos. Na assistência odontologia as modalidades de contratos coletivos
também são maioria. Ainda nesta perspectiva vale destacar um contingente
elevado de informações ignoradas sobre o tipo de contrato existente, informação
esta que pode produzir um viés nas análises realizadas sobre esta temática.
4. CARACTERIZACAO DO MERCADO DE SAUDE SUPLEMENTAR NO ESTADO DE GOIAS E NA CAPITAL, NA PERSPECTIVA DOS BENEFICIARIOS , OPERADORAS, PLANOS DE SAÚDE E PROCEDIMENTOS.
4.1.Beneficiários
Com relação às taxas de cobertura observa-se que o estado de Goiás,
apresentava valores da ordem de 8,5% enquanto na capital este valor quase
triplica. No interior do estado esta cobertura de planos de assistência médica é
ainda tímida (Tabela 16).
Ao buscar uma caracterização destes beneficiários segundo idade, os
dados revelam que em Goiás e Goiânia, estes vão na mesma direção da Região
Centro-oeste, ou seja, mais de 50% dos beneficiários de planos de assistência
médica concentram-se nas faixas etárias de 20 a 49 anos (Tabela 17).
Tabela 15 Operadoras segundo tipo de contratação CENTRO-OESTE
Contratação Autogestão Cooperativa Médica
Filantropia Medicina de Grupo
Seguradora Especializada em Saúde
Cooperativa Odontológica
Odontologia de Grupo
Total
TOTAL 590.588 674.621 7741 336.074 153.214 101.790 155.594 2.019.622
Individual ou Familiar
22.107 165.004 6.124 81.477 14.108 15.567 23.237 327.624
Coletivo 516.742 485.573 1.571 237.916 139.025 83.814 123.019 1.587.660
Não Informado 51.739 24.044 46 16.681 81 2.409 9.338 104.338
GOIAS
Contratação Autogestão Cooperativa Médica Filantropia Medicina de
Grupo
Seguradora Especializada
em Saúde
Cooperativa Odontológica
Odontologia de Grupo Total
TOTAL 127.991 287.309 7.289 81.344 26.743 54.072 44.029 628.777 Individual ou Familiar 6.556 80.982 5.867 24.679 1.864 7.042 2.353 129.343 Coletivo 105.968 190.998 1.422 54.084 24.854 44.776 37.736 459.838 Não Informado 15.467 15.329 0 2.581 25 2.254 3.940 39.596
Tabela 16- Beneficiários de planos de assistência médica e taxa de cobertura, segundo as Grandes Regiões e Unidades da Federação ( dezembro/2006)
Taxa de cobertura (%)
Grandes Regiões e UF
Beneficiários População UF Capital
Região Metropolitana da Capital
Interior
Centro-Oeste 1.666.494 13.269.517 12,60% 24,50% 17,90% 7,00% Goiás 486.401 5.730.753 8,50% 22,60% 11,20% 7,70% Fontes: Sistema de Informações de Beneficiários - ANS/MS - 12/2006 e População estimada - IBGE/2006 Nota: O termo ”beneficiário” refere-se a vínculos aos planos de saúde, podendo incluir vários vínculos para um mesmo indivíduo
Na Tabela 18 buscou-se caracterizar os beneficiários segundo tipo de
contrato e sexo e foi possível observar que em comparação com o Centro-oeste
que fundamentalmente se caracteriza por contratos coletivos em Goiás e Goiânia
os contratos individuais quase atingem 25%. Com relação ao sexo nos planos
individuais e familiares as mulheres superam os homens.
Tabela 18 - Beneficiários de assistência médica por sexo segundo contratação CENTRO OESTE Contratação Masculino Feminino Total Individual ou Familiar 119840 14,96 168139 18,41 287979 16,80 Coletivo 639533 79,85 693865 75,99 1333398 77,79 Não Informado 41531 5,18 51048 5,59 92579 5,40 Total 800904 100 913052 100 1713956 100 GOIAS Contratação Masculino Feminino Total Individual ou Familiar 50252 20,13 69664 25,65 119916 23,01 Coletivo 184458 73,91 183323 67,50 367781 70,57 Não Informado 14839 5,94 18563 6,83 33402 6,40 Total 249549 100 271550 100 521099 100 GOIANIA Contratação Masculino Feminino Total Individual ou Familiar 28108 21,92 38758 26,04 66866 24,13 Coletivo 91331 71,22 97651 65,60 188982 68,20 Não Informado 8790 6,85 12429 8,35 21219 7,65 Total 128229 100 148838 100 277067 100
Tabela 17- Proporção dos beneficiários por idade Idade CENTRO OESTE GOIAS GOIANIA
Até 1 ano 1,13 1,18 1,09 1 a 4 anos 5,22 5,53 4,91 5 a 9 anos 6,59 6,94 6,42
10 a 14 anos 6,57 6,60 6,31 15 a 19 anos 7,04 7,08 6,90 20 a 24 anos 9,35 10,47 9,87 25 a 29 anos 11,20 11,73 11,24 30 a 34 anos 9,57 9,86 9,85 35 a 39 anos 8,13 8,20 8,24 40 a 44 anos 7,80 7,56 7,74 45 a 49 anos 6,89 6,48 6,74 50 a 54 anos 5,92 5,42 5,78 55 a 59 anos 4,56 4,08 4,50 60 a 64 anos 3,19 2,89 3,29 65 a 69 anos 2,39 2,18 2,53 70 a 74 anos 1,76 1,58 1,87 75 a 79 anos 1,24 1,08 1,27
80 anos ou mais 1,31 1,09 1,38 Inconsistente 0,15 0,05 0,05
Total 100,00 100,00 100,00
Na Tabela 19 observa-se a evolução dos beneficiários de planos de
assistência médica segundo as modalidades de operadoras, neste sentido,
registra-se a partir de 2003 um crescimento de beneficiários que tem acontecido
principalmente nas cooperativas médicas e nas operadoras de medicina de grupo.
A modalidade auto-gestão vem se mantendo ao longo destes sete anos em seus
números de beneficiários. Vem crescendo ainda de maneira tímida as
filantrópicas. Já as seguradoras vêm perdendo ao longo destes anos seu público
no estado de Goiás.
Tabela 19 - Beneficiários de planos de assistência médica, por modalidade da operadora - Goiás - 2000-2007
Competência Total Autogestão Cooperativa
médica Filantropia
Medicina de grupo
Seguradora especializada
em saúde dez/00 468.401 121.181 210.549 4.057 103.195 29.419 dez/01 483.154 123.574 244.474 4.269 82.370 28.467 dez/02 420.525 122.693 195.337 4.615 73.272 24.608 dez/03 426.305 120.429 212.948 5.294 64.684 22.950 dez/04 462.505 131.330 230.756 6.099 72.840 21.480 dez/05 483.018 125.733 256.162 6.991 73.357 20.775 dez/06 510.731 124.211 282.048 7.292 76.667 20.513 mar/07 516.316 124.333 281.932 7.285 81.470 21.296
Ainda na perspectiva de mapear o mercado de saúde suplementar e que
corrobora os dados da tabela acima que em Goiás 51,6% da população
beneficiária de planos de assistência médica estão concentradas na modalidade
Cooperativas médicas, a autogestão representa possui um quarto do mercado de
saúde suplementar em Goiás (Tabela 20).
Tabela 20 -Beneficiários por UF e Capitais Total por UF segundo Modalidade Goiás Período: Dez/2006
Goiás Modalidade N %
TOTAL 634.339 100 Autogestão 127802 25,8 Cooperativa Médica 255713 51,6 Filantropia 7290 1,5 Medicina de Grupo 78742 15,9 Seguradora Especializada em Saúde 26317 5,3
Avaliando os tipos de contrato mais freqüentes levando em consideração
agora para esta comparação, Goiás e Goiânia, os dados revelam que nos dois
casos mais de 70% deles são coletivos (Tabela 21).
Tabela 21 - Beneficiária por UF e Capital segundo contratação Contratação Goiás % Goiânia % TOTAL 634.339 365.222 Individual ou Familiar 118.671 18,7 68.840 18,8 Coletivo 467.666 73,7 266.355 72,9 Não Informado 48.002 30.027
Vale também destacar que as mulheres são a maioria dos beneficiários dos
planos de assistência médica tanto no estado quanto na capital (Tabela 22).
Tabela 22- Beneficiários por UF e Capital Sexo Goiás % Goiânia % Masculino 246109 47,7 127885 46,0 Feminino 270207 52,3 149893 54,0 Total 516316 100 277778 100
Como uma estratégia metodológica adotada com vista a qualificar o
mercado de saúde suplementar no estado de Goiás, esta será feito em
comparação com o mercado da capital, neste sentido as tabelas possuirão a
mesma numeração se diferenciando pelas letras “a “e “b “sendo a para o estado e
b para a capital.
Na Tabela 23 apresenta os beneficiários por contratação e modalidade,
neste sentido considerando que no estado como já dito anteriormente as
cooperativas representam 54,6% do total do mercado, também na capital este
numero se repete (54,7%). Em ambos os casos os contratos coletivos são a
maioria com exceção apenas para a modalidade filantrópica.
Tabela 23a - Beneficiários por contratação e modalidade – Goiás, 2007
Contratação Autogestão
Cooperativa Médica
Filantropia
Medicina de Grupo
Seguradora Especializada em Saúde Total
Individual ou Familiar 6696 80354 5862 24898 1959 119769 Coletivo 100435 187901 1423 53980 19312 363051 Não Informado 17202 13677 0 2592 25 33496 Total 124333 281932 7285 81470 21296 516316
Tabela 23b- Beneficiários por contratação e modalidade – Goiânia, 2007
Contratação Autogestão
Cooperativa Médica
Filantropia
Medicina de Grupo
Seguradora Especializada em Saúde Total
Individual ou Familiar 4084 45410 35 16164 1251 66944 Coletivo 48963 94758 11 34638 10292 188662 Não Informado 9630 11772 0 746 24 22172 Total 62677 151940 46 51548 11567 277778
No que se refere à época dos contratos (Tabelas 24 a e b) em Goiás 39,8%
deles são anteriores à Lei 9.656/98 e na capital esta percentagem é muito similar:
36,6%. Quanto ao tipo dos contratos anteriores a lei os coletivos são a maioria,
mas neste caso chama a atenção o numero significativo de contratos que não se
sabe o tipo, sendo em Goiás 16,3% e na capital 21,8%. Já nos contratos novos
também os coletivos são maioria sendo em Goiânia 69,7% e no estado 71,8%.
Tabela 24a - Beneficiários por contratação e época do contrato – Goiás, 2007
Contratação Anterior à Lei 9.656/98
Posterior à Lei 9.656/98 Total
Individual ou Familiar 32294 87475 119769 Coletivo 139709 223342 363051 Não Informado 33496 0 33496 Total 205499 310817 516316 Tabela 24b - Beneficiários por contratação e época do contrato – Goiânia, 2007
Contratação Anterior à Lei 9.656/98
Posterior à Lei 9.656/98 Total
Individual ou Familiar 13517 53427 66944 Coletivo 65874 122788 188662 Não Informado 22172 0 22172 Total 101563 176215 277778
Agora considerando as informações sobre segmentação e modalidade, e
retirando para fins destes cálculos os casos onde a segmentação não foi
registrada, observa-se no estado um comportamento bastante diferenciado por
modalidade de operadora. Na autogestão 53,4% o segmento e composto por
hospitalar sem obstetrícia, mais ambulatorial e odontológico, ficando em segundo
lugar com 37,2% dos casos o segmento que contempla hospitalar com obstetrícia
e ambulatorial. Já nas cooperativas médicas o maior contingente 73,3% é
composto pelo segmento hospitalar com obstetrícia e ambulatorial. Na medicina
de grupo, filantropia e seguradoras este último segmento também é a maioria no
estado de Goiás. Para Goiânia o comportamento é o mesmo encontrado para o
estado, como proporções muito similares para os mesmos segmentos e
modalidades (Tabelas 25a e b).
Tabela 25a - Beneficiários por segmentação e modalidade – Goiás, 2007
Segmentação Autogestão
Cooperativa Médica
Filantropia
Medicina de Grupo
Seguradora Especializada em Saúde Total
Referência 210 27462 85 15105 2458 45320 Hosp. c/ Obstetrícia + Ambulatorial + Odonto 1 0 0 4 0 5 Hosp. c/ Obstetrícia + Ambulatorial 38688 189999 6436 46560 17064 298747 Hosp. c/ Obstetrícia + Odonto 19 0 0 0 0 19 Hosp. c/ Obstetrícia 8568 1777 270 19 703 11337 Hosp. c/s Obstetrícia + Ambulatorial 141 112 0 15 558 826 Hosp. s/ Obstetrícia + Ambulatorial + Odonto 55464 62 9 1375 0 56910 Hosp. s/ Obstetrícia + Ambulatorial 93 38596 79 5351 457 44576 Hosp. s/ Obstetrícia 48 67 269 394 31 809 Ambulatorial + Odonto 0 8 0 1 0 9 Ambulatorial 678 1274 137 10083 0 12172 Não Informado 20423 22575 0 2563 25 45586 Total 124333 281932 7285 81470 21296 516316 Tabela 25 b - Beneficiários por segmentação e modalidade – Goiânia, 2007
Segmentação Autogestão Cooperativa Médica
Filantropia
Medicina de Grupo
Seguradora Especializada em Saúde Total
Referência 88 10413 2 12762 1067 24332 Hosp. c/ Obstetrícia + Ambulatorial + Odonto 1 0 0 4 0 5 Hosp. c/ Obstetrícia + Ambulatorial 17696 106039 31 26793 9390 159949 Hosp. c/ Obstetrícia + Odonto 6 0 0 0 0 6 Hosp. c/ Obstetrícia 4374 35 8 7 487 4911 Hosp. c/s Obstetrícia + Ambulatorial 106 22 0 15 224 367 Hosp. s/ Obstetrícia + Ambulatorial + Odonto 28102 57 1 346 0 28506 Hosp. s/ Obstetrícia + Ambulatorial 67 22003 2 4054 356 26482 Hosp. s/ Obstetrícia 2 9 0 340 19 370 Ambulatorial 382 600 2 6498 0 7482 Não Informado 11853 12762 0 729 24 25368 Total 62677 151940 46 51548 11567 277778
Levando em consideração neste momento da analise a idade dos
beneficiários por modalidade de operadora, observa-se algumas diferenças
interessantes: nas cooperativas, filantrópicas, medicina de grupo e seguradoras
existe uma maior concentração nas idades de 20 a 44 anos, decrescendo
gradualmente conforme a idade avança. Na autogestão existe uma concentração
nas idades de 10 a 29 anos e que volta a subir depois nas faixas de 40 a 54 anos;
de novo o comportamento por idades segundo modalidade em Goiânia é o
mesmo do encontrado para o total do estado (Tabelas 26a e 26b).
Tabela 26 a - Beneficiários por faixa etária e modalidade – Goiás, 2007
Faixa Etária-5 Autogestão
Cooperativa Médica
Filantropia
Medicina de Grupo
Seguradora Especializada em Saúde Total
Até 1 ano 801 4949 27 1276 239 7292 1 a 4 anos 4061 19347 561 5146 1178 30293 5 a 9 anos 6832 20768 520 6036 1618 35774 10 a 14 anos 9209 17818 438 5032 1539 34036 15 a 19 anos 11490 17658 413 5586 1573 36720 20 a 24 anos 11417 26582 596 11123 2576 52294 25 a 29 anos 8836 32213 555 11739 2874 56217 30 a 34 anos 6967 28415 456 9556 2367 47761 35 a 39 anos 7288 23496 478 7458 1927 40647 40 a 44 anos 9719 20885 592 5973 1665 38834 45 a 49 anos 10871 17177 578 4427 1199 34252 50 a 54 anos 10549 13976 569 3234 793 29121 55 a 59 anos 7986 11360 473 2037 578 22434 60 a 64 anos 5577 8662 302 1211 500 16252 65 a 69 anos 4218 6934 236 723 298 12409 70 a 74 anos 3256 5142 202 451 191 9242 75 a 79 anos 2387 3390 147 233 98 6255 80 anos ou mais 2685 3134 139 208 80 6246 Inconsistente 184 26 3 21 3 237 Total 124333 281932 7285 81470 21296 516316
Tabela 26 b - Beneficiários por faixa etária e modalidade – Goiânia, 2007
Faixa Etária-5 Autogestão
Cooperativa Médica
Filantropia
Medicina de Grupo
Seguradora Especializada em Saúde Total
Até 1 ano 331 2373 0 795 128 3627 1 a 4 anos 1794 9229 1 2949 566 14539 5 a 9 anos 2924 10395 2 3615 751 17687 10 a 14 anos 4086 9580 5 3066 734 17471 15 a 19 anos 5473 9551 2 3503 804 19333 20 a 24 anos 5802 12320 5 7639 1376 27142 25 a 29 anos 4639 15751 4 7717 1586 29697 30 a 34 anos 3519 15071 3 6137 1263 25993 35 a 39 anos 3318 12979 4 4614 1014 21929 40 a 44 anos 4512 11927 4 3807 886 21136 45 a 49 anos 5369 10038 3 2772 727 18909 50 a 54 anos 5550 8288 2 2023 489 16352 55 a 59 anos 4477 6859 2 1225 405 12968 60 a 64 anos 3211 5341 0 744 351 9647 65 a 69 anos 2452 4393 4 438 212 7499 70 a 74 anos 1919 3358 3 262 136 5678 75 a 79 anos 1417 2264 0 129 77 3887 80 anos ou mais 1785 2217 2 110 59 4173 Inconsistente 99 6 0 3 3 111 Total 62677 151940 46 51548 11567 277778
No que se refere ao tipo de segmentação e contratação (Tabelas 27a e b)
já considerando que os coletivos são maioria, observa-se que nos segmentos
2,8,9,11 prevalecem os contratos individuais ou familiares; nos demais os
coletivos são maioria. Vale destacar que em Goiânia não foi encontrado o
segmento ambulatorial mais odontológico.
Tabela 27a- Beneficiários por segmentação e contratação – Goiás, 2007
Segmentação Individual ou Familiar Coletivo
Não Informado Total
1 Referência 8748 36572 0 45320 2Hosp. c/ Obstetrícia + Ambulatorial + Odonto 4 1 0 5 3 Hosp. c/ Obstetrícia + Ambulatorial 51415 247290 42 298747 4Hosp. c/ Obstetrícia + Odonto 0 19 0 19 5Hosp. c/ Obstetrícia 1266 10071 0 11337 6Hosp. c/s Obstetrícia + Ambulatorial 38 788 0 826 7Hosp. s/ Obstetrícia + Ambulatorial + Odonto 80 56816 14 56910 8Hosp. s/ Obstetrícia + Ambulatorial 40837 3732 7 44576 9Hosp. s/ Obstetrícia 758 51 0 809 10Ambulatorial + Odonto 0 9 0 9 11Ambulatorial 10936 1236 0 12172 Não Informado 5687 6466 33433 45586 Total 119769 363051 33496 516316
Tabela 27b - Beneficiários por segmentação e contratação – Goiânia, 2007
Segmentação Individual ou Familiar Coletivo
Não Informado Total
1 Referência 3928 21113 0 25041 2Hosp. c/ Obstetrícia + Ambulatorial + Odonto 2 1 0 3 3Hosp. c/ Obstetrícia + Ambulatorial 27430 130657 23 158110 4Hosp. c/ Obstetrícia + Odonto 0 6 0 6 5Hosp. c/ Obstetrícia 379 4485 0 4864 6Hosp. c/s Obstetrícia + Ambulatorial 12 437 0 449 7 Hosp. s/ Obstetrícia + Ambulatorial + Odonto 53 29388 1 29442 8Hosp. s/ Obstetrícia + Ambulatorial 25307 1641 2 26950 9Hosp. s/ Obstetrícia 361 4 0 365 10Ambulatorial 7221 279 0 7500 Não Informado 2173 971 21193 24337 Total 66866 188982 21219 277067
4.2. Operadoras
No Quadro 5 temos a descrição das operadoras de planos de assistência
médica e odontológica no Estado de Goiás, segundo modalidade e número de
beneficiários. É importante destacar a participação majoritária de uma única
cooperativa médica com 68,4% do mercado de planos de assistência a saúde em
Goiás; o mesmo se repetindo só que de forma mais concentrada nas assistência
odontologia – 96,8% dos planos são de uma única operadora e na modalidade de
cooperativa.
Modalidade N.Beneficiários UF-GO
Cooperativa médica 1173 Cooperativa médica 2582 Cooperativa médica 2656 Cooperativa médica 16066 Cooperativa médica 16460 Cooperativa médica 13282 Cooperativa médica 582 Cooperativa médica 561 Cooperativa médica 1060 Cooperativa médica 1136 Cooperativa médica 1558 Cooperativa médica 2515 Cooperativa médica 176621 Cooperativa médica 640
236892 Auto Gestão 7200 Auto Gestão 6849 Medicina de Grupo 8064 Auto Gestão 1920 Medicina de Grupo 10007 Auto Gestão 6528 Medicina de Grupo 1531 Auto Gestão 15037 Auto Gestão 10985 Medicina de Grupo 6497 Medicina de Grupo 2326 Medicina de Grupo 7224 Auto Gestão 1024 Medicina de Grupo 6829 Medicina de Grupo 10512 Filantropia 7226 346651 Medicina de Grupo 1559 Cooperativa Odontológica 3780 Cooperativa Odontológica 1352 Cooperativa Odontológica 3661 Cooperativa Odontológica 1997 Cooperativa Odontológica 7322 Cooperativa Odontológica 30628 Odontologia de Grupo 24 50323
Avaliando a localização das operadoras em atividade, observa-se que em
44% dos casos elas possuem sede na capital, sendo que no caso da cooperativa
médica esta possui sede também em outras localidades do estado, bem como as
operadoras na modalidade autogestão também estão espalhadas para além da
capital.
Quadro 6 - Operadoras de saúde em atividade, segundo as UF da sede – jun.2007
UF da Sede Centro-Oeste Goiás Goiânia
Autogestão 42 7 5 Cooperativa
Médica 32 15 1 Filantropia 1 1 1
Medicina de Grupo 28 13 9 Total 103 36 16
Com relação às operadoras em atividade segundo planos novos ativos,
observa-se que no Brasil existem mais de 2000 operadoras em atividade, sendo
que destas 6,7% estão na região Centro-oeste. Os comportamentos destas
operadoras nas unidades da federação estão concentradas em 33,4% no DF e
34,8% em Goiás, ficando os demais estados integrantes da Região com
participações menores (Tabela 28).
Tabela 28- Operadoras em atividade, segundo número de planos novos ativos: Brasil, Região Centro-oeste e UFs – Dezembro 2006
Operadoras em atividade Número de planos ativos Brasil Centro-
oeste DF GO MS MT
Total 2.069 138 46 48 21 23
Sem planos 590 54 21 16 10 7
1 a 10 planos 894 58 22 21 5 10
11 a 20 planos 272 13 2 5 2 4
21 a 50 planos 229 10 1 4 3 2
51 a 100 planos 62 2 0 1 1 0 Mais de 100 planos 22 1 0 1 0 0 Fonte: Cadastro de Operadoras - ANS/MS - 01/01/2007 e RPS - ANS/MS - 16/07/2007
Primeiramente é importante destacar que segundo dados de dezembro de
2006 em Goiás não havia operadoras na modalidade “administradoras” e
“seguradoras especializadas” em atividade. Do total daquelas em atividade
exclusivamente de assistência médica, 77% estavam distribuídas na mesma
proporção entre cooperativas médicas e de medicina de grupo, as de autogestão
totalizam 20,5%. No que se refere ao número de beneficiários 56% estão na faixa
de 1001 a 10.000 beneficiários. No entanto vale destacar a existência de uma
única cooperativa médica que possui entre 100.001 a 500.000, o que PR sua vez
demonstra a concentração do mercado de saúde suplementar no estado neste
tipo de modalidade (Tabela 29).
Tabela 29 - Operadoras em atividade, por modalidade, segundo número de beneficiários- Goiás- dez 2006.
Número de beneficiários Total Administradoras Autogestão
Cooperativa médica
Cooperativa odontológica Filantropia
Medicina de grupo
Odontologia de grupo
Seguradora especializada
em saúde
Total 48 - 8 15 6 1 15 3 -
Sem beneficiários 11 - 1 1 - - 6 3 -
1 a 100 - - - - - - - - -
101 a 1.000 2 - - 2 - - - - -
1.001 a 2.000 9 - 1 5 2 - 1 - -
2.001 a 5.000 10 - 1 5 2 - 2 - -
5.001 a 10.000 8 - 3 - - 1 4 - -
10.001 a 20.000 6 - 2 1 1 - 2 - -
20.001 a 50.000 1 - - - 1 - - - -
50.001 a 100.000 0 - - - - - - - -
100.001 a 500.000 1 - - 1 - - - - -
Acima de 500.000 0 - - - - - - - -
Fonte: Cadastro de Operadoras - ANS/MS - 01/01/2007 e Cadastro de Beneficiários - ANS/MS - 05/2007
No cenário brasileiro das operadoras em atividade, observa-se que 33,1%
do mercado de saúde suplementar é composto pela modalidade medicina de
grupo. As cooperativas médicas representam 17,3% do mercado nacional e as de
autogestão são 14,8%. Na analise regional a modalidade autogestão representa
32% sendo este o maior percentual, seguido pelas cooperativas médicas e
medicina de grupo. Em Goiás o mercado fica concentrado nas mesmas
proporções entre as modalidades de cooperativas médicas e medicina de grupo
(Tabela 30).
Tabela 30 - Operadoras em atividade, por Grandes Regiões da sede, segundo a modalidade
- Brasil e Ufs da Região Centro-Oeste - dezembro/2006 Modalidade da operadora Brasil Centro-Oeste DF GO MS MT
Total 2.069 138 46 48 21 23
Administradora 20
- - - - -
Autogestão 307
44
28
8
4
4
Cooperativa médica 358
32
2
15
6
9
Cooperativa odontológica 154
12
1
6
3
2
Filantropia 106
1
-
1
-
-
Medicina de grupo 684
31
9
15
6
1
Odontologia de grupo 428
18
6
3
2
7
Seguradora especializada em saúde
12
-
-
-
-
-
Fonte: Cadastro de Operadoras - ANS/MS - 01/01/2007
4.3. Planos de Saúde
Na análise das informações sobre as operadoras ativas no Centro-oeste,
levando em consideração os contingentes de planos de saúde antigos e novos
segundo modalidade da operadora e tipo de plano (Tabelas 31 e 32) é possível
observar que entre os planos antigos a maior concentração reside nas
cooperativas médicas, comportamento este similar ao encontrado no Brasil. Em
Goiás estes planos antigos eram majoritariamente planos coletivos em
cooperativas médicas. Os planos novos também são encabeçados pelas
cooperativas médicas no Centro-oeste, sendo que em Goiás esta relação é
diferenciada em relação ao tipo de plano ficando agora entre os planos novos a
categoria de planos individuais com a maior proporção nas modalidades
cooperativas médicas e medicina de grupo.
Tabela 31- Operadoras ativas e planos de saúde antigos cadastrados, segundo o número de beneficiários da operadora - Goiás - dezembro/2006
Planos coletivos Planos individuais Número de beneficiários da operadora
Total de planos antigos
Total de planos antigos
Centro-Oeste GO % GO %
Total 5.843 167 100 21
Autogestão 71
15
-
-
Cooperativa médica 3159
131
100
21
Cooperativa odontológica 25
-
-
-
Filantropia 280
-
-
-
Medicina de grupo 1510
21
-
-
Odontologia de grupo 21
-
-
-
Seguradora especializada em saúde 777
- - - Fontes: Cadastro de Beneficiários - ANS/MS - 05/2007 e RPS - ANS/MS - 16/07/2007 e Cadastro de Operadoras - ANS/MS- 01/01/2007
Tabela 32 - Operadoras ativas e planos de saúde novos registrados, segundo o número de beneficiários da operadora - Goiás- dezembro/2006
Número de beneficiários da operadora
Total de planos novos Brasil
Total de planos novos
Centro-Oeste
Planos coletivos Planos individuais
GO % GO %
Total 15.931 687 129
189
Autogestão 396
62
6 0
Cooperativa médica 7512
464
91 139
Cooperativa odontológica 673
44
12 14
Filantropia 871
11
6 5
Medicina de grupo 4749
76
14 31
Odontologia de grupo 1028
30
- 0
Seguradora especializada em saúde 702
- - -
Fontes: Cadastro de Beneficiários - ANS/MS - 05/2007 e RPS - ANS/MS - 16/07/2007 e Cadastro de Operadoras - ANS/MS- 01/01/2007
4.4. Freqüência e custo de procedimentos
No ano de 2002, os custos médios foram muito similares entre os contratos
coletivos empresariais e individuais, já nas consultas exames os custos maiores
se dividiram entre os contratos coletivos por adesão e os individuais. Já nas
internações o custo médio mais elevado esteve entre os contratos individuais ou
coletivos. As terapias representaram para os contratos coletivos empresariais o
custo médio mais elevado. Em 2003 este comportamento muda, ficando os
atendimentos, as consultas e as internações com custo médio mais elevado para
os contratos coletivos por adesão. Com relação aos exames os custos
praticamente são os mesmos entre os três tipos de contratação.
Em 2004, os custos médios de atendimentos, consultas e exames foram
maiores entre os contratos coletivos empresariais e os individuais e familiares. Já
as internações apresentaram custo mais elevado entre os contratos individuais ou
familiares. Os custos médios em 2005 foram nos casos dos atendimentos mais
elevados para os contratos coletivos empresariais, para as consultas o maior
custo esteve para os contratos individuais ou familiares. Quanto aos exames
praticamente o custo médio por contratação foi o mesmo; para as internações o
maior custo ficou para os contratos individuais e no caso das terapias os contratos
coletivos por adesão foram os que apresentaram maior custo.
Para 2006, ultimo ano desta serie foi possível observar uma variação do
custo médio entre os tipos de contratos, chamando atenção para os custos mais
elevados nos atendimentos e terapias para os contratos coletivos por adesão;
para as consultas e internações estas pesaram mais nos contratos individuais e
familiares; para os exames os custos foram similares entre os contratos
analisados.
Tabela 33- Freqüência média e custo médio de utilização segundo tipo de evento e tipo de contratação-GOIÁS (série a partir de 2002). UF Ano Evento Contratação Freq. Média Custo Médio GO 2002 Atendimentos Coletivo empresarial 0,2810063 106,05381 GO 2002 Atendimentos Coletivo por adesão 0,4444639 82,530787 GO 2002 Atendimentos Individual ou familiar 0,3581229 104,9617 GO 2002 Consultas Coletivo empresarial 4,3308972 27,216707 GO 2002 Consultas Coletivo por adesão 4,9731528 32,340516 GO 2002 Consultas Individual ou familiar 5,0211397 32,4365 GO 2002 Exames Coletivo empresarial 7,7398049 19,622848 GO 2002 Exames Coletivo por adesão 11,56597 21,189912 GO 2002 Exames Individual ou familiar 12,224855 20,898275 GO 2002 Internações Coletivo empresarial 0,1935392 679,09916 GO 2002 Internações Coletivo por adesão 0,214202 1069,4481 GO 2002 Internações Individual ou familiar 0,261279 1707,4004 GO 2002 Terapias Coletivo empresarial 0,0115528 441,71702 GO 2002 Terapias Coletivo por adesão 0,0151446 41,603151 GO 2002 Terapias Individual ou familiar 0,0202633 44,048618 GO 2003 Atendimentos Coletivo empresarial 0,2910436 90,873555 GO 2003 Atendimentos Coletivo por adesão 0,1740455 130,13034 GO 2003 Atendimentos Individual ou familiar 0,3523287 104,88225 GO 2003 Consultas Coletivo empresarial 4,2763674 24,432485 GO 2003 Consultas Coletivo por adesão 3,9200428 33,271095 GO 2003 Consultas Individual ou familiar 4,5260985 31,927736 GO 2003 Exames Coletivo empresarial 7,4202686 23,394402 GO 2003 Exames Coletivo por adesão 11,777495 24,645067 GO 2003 Exames Individual ou familiar 11,183613 24,561705 GO 2003 Internações Coletivo empresarial 0,1590183 966,58605 GO 2003 Internações Coletivo por adesão 0,1151868 1349,3248 GO 2003 Internações Individual ou familiar 0,1839534 1082,8477 GO 2004 Atendimentos Coletivo empresarial 0,3804924 101,51315 GO 2004 Atendimentos Coletivo por adesão 0,4933367 88,654946 GO 2004 Atendimentos Individual ou familiar 0,4175847 111,01409 GO 2004 Consultas Coletivo empresarial 4,168505 32,181524 GO 2004 Consultas Coletivo por adesão 5,0347465 26,557908 GO 2004 Consultas Individual ou familiar 5,4115828 32,504682 GO 2004 Exames Coletivo empresarial 8,9917834 24,083934 GO 2004 Exames Coletivo por adesão 10,865561 33,56535 GO 2004 Exames Individual ou familiar 13,797384 25,766801 GO 2004 Internações Coletivo empresarial 0,2290719 792,92421
GO 2004 Internações Coletivo por adesão 0,1930066 958,64019 GO 2004 Internações Individual ou familiar 0,2679775 1067,8865 GO 2005 Atendimentos Coletivo empresarial 0,2676587 111,67073 GO 2005 Atendimentos Coletivo por adesão 0,2221492 77,315594 GO 2005 Atendimentos Individual ou familiar 0,350911 72,008764 GO 2005 Consultas Coletivo empresarial 4,2427723 32,46059 GO 2005 Consultas Coletivo por adesão 3,5361852 28,775029 GO 2005 Consultas Individual ou familiar 5,1217776 36,240528 GO 2005 Exames Coletivo empresarial 7,1391566 24,673097 GO 2005 Exames Coletivo por adesão 6,2049627 24,072752 GO 2005 Exames Individual ou familiar 10,555983 24,803835 GO 2005 Internações Coletivo empresarial 0,1900161 980,32187 GO 2005 Internações Coletivo por adesão 0,1457542 976,86917 GO 2005 Internações Individual ou familiar 0,2743842 1158,2234 GO 2005 Terapias Coletivo empresarial 0,4954271 24,151298 GO 2005 Terapias Coletivo por adesão 0,2393073 112,04713 GO 2005 Terapias Individual ou familiar 0,7866665 37,414743 GO 2006 Atendimentos Coletivo empresarial 0,6526922 65,578999 GO 2006 Atendimentos Coletivo por adesão 0,2808844 131,37695 GO 2006 Atendimentos Individual ou familiar 0,352455 115,32641 GO 2006 Consultas Coletivo empresarial 4,4461141 33,541722 GO 2006 Consultas Coletivo por adesão 4,5981992 30,849311 GO 2006 Consultas Individual ou familiar 5,5219308 32,485672 GO 2006 Exames Coletivo empresarial 7,6007517 24,381576 GO 2006 Exames Coletivo por adesão 10,109987 23,694977 GO 2006 Exames Individual ou familiar 12,729907 24,243159 GO 2006 Internações Coletivo empresarial 0,1751138 1218,4607 GO 2006 Internações Coletivo por adesão 0,1511583 1392,9883 GO 2006 Internações Individual ou familiar 0,2306886 1598,6722 GO 2006 Terapias Coletivo empresarial 2,5173095 12,554522 GO 2006 Terapias Coletivo por adesão 0,6829966 61,873428 GO 2006 Terapias Individual ou familiar 1,1733071 29,577442
Fonte: SIP/ANS/MS - 6/6/2007
O esforço até aqui apresentado, reflete parte inicial de uma caracterização
do mercado de saúde suplementar que buscou contemplar fundamentalmente o
cenário do estado de Goiás com ênfase na capital. Neste sentido varias
comparações foram realizadas, ora com o estado, ora com a região. Como um
desdobramento necessário para esta análise também se realizou mediante o
quadro apresentado uma pesquisa de cunho mais qualitativa junto às principais
operadoras de planos de saúde com sede na capital e que foram escolhidas
segundo o critério de maior representatividade. Os principais
prestadores hospitalares mencionados pelas respectivas operadoras
selecionadas também foram ouvidos. Assim, neste segundo momento dar-se-á
ênfase a esta nova perspectiva metodológica que em muito enriqueceu o quadro
apresentado pelas fontes secundarias de informação utilizadas neste trabalho.
5. Caracterização das operadoras e prestadores hosp italares selecionadas
para os estudos de caso na capital: GOIÂNIA
Para compor esta análise qualitativa do mercado de saúde suplementar em
Goiânia entrevistas foram realizadas com os responsáveis nos níveis diretivos, a
partir de um roteiro prévio definido pela equipe, que tinha a finalidade de
aprofundar as informações secundarias existentes e desta forma contribuir de
maneira mais consistente para a reflexão proposta pela pesquisa. Fizeram parte
da pesquisa de campo três modalidades de operadoras: uma cooperativa médica
(que se constitui na principal modalidade encontrada no estado de Goiás), uma
autogestão e uma medicina de grupo.
Entre os prestadores foram pesquisados os dois principais hospitais da
capital. Em cada operadora foram ouvidos os níveis diretivos (geral, de regulação
e assistencial), além da aplicação de um questionário fechado contendo
informações mais objetivas e que complementaram o quadro dos dados
secundários já existentes. Nos hospitais a entrevista foi realizada com um diretor
e um responsável pelos planos de saúde. Na Parte I será apresentado um
comparativo das respostas às entrevistas realizadas, na Parte II uma descrição
sumária dos serviços prestados por cada operadora selecionada conforme
questionário respondido e na Parte III uma descrição e caracterização dos
Hospitais visitados.
5.1. Parte I
Com relação à estrutura organizacional da Cooperativa Médica e da
Autogestão as informações foram retiradas da pagina existente na Web que se
encontram ao final deste trabalho. Já estrutura organizacional da Medicina de
Grupo esta composta pela: Presidência, Superintendências e Gerências.
Com relação aos planos ofertados pela cooperativa eles são segundo o
entrevistado todos os permitidos: ambulatoriais, hospitalares, ambulatorial e
hospitalar. Estes podem ser com co-participação ou sem co-participação.
Possuem planos para pessoas físicas que são os familiares e para pessoas
jurídicas que são os coletivos que ocorrem por adesão no caso de associações e
empresariais onde a empresa fornece o plano aos seus funcionários. Salienta que
os planos coletivos por adesão mediante um interveniente normalmente possuem
uma clientela com perfil mais enfermo. Os planos podem se restringir ao âmbito
local, nacional ou regional. A modalidade Autogestão possui um plano de saúde
medica e outro odontológico. Sua modalidade é familiar e por adesão e não existe
segundo os entrevistados diferenciação entre os beneficiários, afinal não existe
interesse financeiro o que se privilegia é a amizade e o bem estar dos
beneficiários.
A Medicina de grupo possui uma gama significativa de produtos individuais
e empresariais, além de ofertar planos com cobertura que pode variar em local,
nacional e regional. A cobertura é a mais ampla possível congrega a assistência
ambulatorial, hospitalar e obstetrícia.
Com relação à integralidade na assistência na cooperativa ela não ocorre
principalmente porque na legislação existem exclusões que a impedem de ser
alcançada como é o caso dos transplantes de rim e córnea e também dos
tratamentos de psiquiatria. Se os planos fossem ter que cobrir tudo os associados
não teriam como paga-lo, eles seriam muito caros. A lógica da assistência medica
suplementar é a mais viável para reduzir custos. Na modalidade de autogestão o
que foi mencionado sobre a integralidade na assistência pela área de promoção
foi que a operadora tem realizado estudos para avaliar a possibilidade de inclusão
das áreas de psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia e nutrição em seus planos,
porque identificam que estas especialidades são fundamentais quando se pensa
na integralidade das ações. No entanto no interior do estado estas ações ficam
comprometidas pela falta de profissionais, rede hospitalar deficitária dentre outras.
No discurso da Medicina de grupo sobre se através dos serviços oferecidos
pelos planos de saúde se tem conseguido alcançar a integralidade na assistência,
este avalia que sim pelo fato de possuírem beneficiários com mais de 12 anos de
carteira, ou seja, esta permanência poderia ser avaliada como uma satisfação das
diversas necessidades apresentadas pelos beneficiários ao longo dos anos.
Também mencionou que um plano que contemple as diversas necessidades da
população é na maioria das vezes inviável para a grande maioria da população
pelo seu alto custo.
A Cooperativa se colocou como rigorosa no que se refere à adoção
de novas tecnologias e procedimentos. A lógica adotada para esta adoção deve
seguir critérios de evidencias médica aceita cientificamente e já concluídas; esta
área é de muito conflito, mas não cabe a operadora avaliar a eficácia destas
novas tecnologias. Também mencionou que eles sofrem uma pressão muito
grande das empresas farmacêuticas. Na Autogestão, observou-se que os
cuidados são tomados e elas só são incorporadas depois que o auditor medico
faz uma minuciosa analise do custo beneficio que esta nova tecnologia trará para
os beneficiários.
No que se refere à introdução e agregação de novas tecnologias e
procedimentos para a Medicina de Grupo a operadora se vale de avaliações
técnicas, bem como das condições da rede credenciada, ou seja, esta precisa
estar apta e possuir as habilitações necessárias para tal.
A interface com o SUS não existe no entender da Cooperativa, ela só esta
presente na legislação, mas na pratica isto não acontece. O que existe às vezes é
parcerias. A parceria com o SUS segundo a Cooperativa entrevistada é
necessária para que se tenha clareza das atribuições, responsabilidades e o
papel de cada um no cenário da saúde no Brasil. Através desta parceria podemos
alcançar um modelo mais integral de assistência à saúde. Para a Autogestão o
diretor geral foi enfático em dizer que o SUS é mais um prestador de serviços e
que ele deve desempenhar seu papel quando este não pode ser exercido pelos
planos de saúde. Os motivos que levam os usuários de planos de saúde segundo
os entrevistados a procurarem o SUS ocorrem fundamentalmente naqueles casos
onde existe a co-participação, em casos de procedimentos estéticos eletivos, falta
de informação da população e também por preferenciais individuais.
A interface com o SUS para a Medicina de grupo também não existe, mas
foi colocado que esta parceria seria necessária e que se os papeis fossem
definidos com clareza esta parceria seria muito positiva para a população em
geral. Nesta mesma direção o entrevistado respondeu que em 12 anos da
operadora em Goiânia, houve apenas um caso em que o usuário buscou o SUS.
Segundo ele a operadora trabalha educando o beneficiário a não buscar o SUS
através de um maior esclarecimento sobre a cobertura dos planos de saúde,
prestadores credenciados e assim por diante.
As conseqüências da regulamentação para o setor foram varias segundo o
diretor geral da Cooperativa dentre elas salientou a profissionalização, melhorias
tecnológicas, melhorias no controle, maior transparência da gestão e propiciou um
saneamento financeiro; mas chama atenção que também se observou uma
concentração do setor, tendência esta que segundo ele será ainda maior. Para a
Autogestão as mudanças que o processo de regulação do setor pela Lei n.9656-
98 acarretou na operadora foi negativo porque ela privilegia planos comerciais e
prejudica a auto-gestão. A legislação engessa segundo esta operadora porque as
solicitações e exigências são inúmeras que muitas vezes inviabiliza o serviço
oferecido por operadoras menores. A falta de reciprocidade e a burocratização
excessiva é um limitador para os planos de autogestão.
Para a Medicina de Grupo as mudanças que o processo de
regulamentação do setor acarretou na operadora, segundo o entrevistado não
foram grandes porque a operadora já cumpria grande parte do que fora
estabelecido, mas salientou que de qualquer maneira estas foram muito
importantes para a operadora e para o setor em geral.
No âmbito da regulação a Cooperativa respondeu que as negociações com
os prestadores a respeito dos preços dos serviços de diárias é feita diretamente
com a associação; os medicamentos e matérias a operadora usa pesquisa de
mercado privilegiando os genéricos, mas tem também uma tabela própria. Fazem
a cotação em 4 fornecedores de pelo menos 290 itens. A gerencia de regulação
da Autogestão respondeu que a negociação com os prestadores do preço dos
serviços assegurados pela operadora se dá por intermédio da UNIDAS, ou seja,
não fazem esta negociação diretamente. Na Medicina de Grupo nas questões
referentes à regulação propriamente dita, o entrevistado respondeu quando
perguntado como são negociados com os prestadores os preços dos serviços
assegurados pela operadora que estes seguem o mercado, mas que dependendo
da situação negociações individuais também são realizadas.
Respondeu a Cooperativa também que a operadora não tem burocracia
para exames e consultas e como possuem um plantão 24 horas nos casos de
procedimentos de alto-custo esta autorização é praticamente on-line e em casos
de urgência o atendimento é realizado e depois se solicita a autorização. As
autorizações segundo esta operadora são realizadas via cartão do beneficiários e
nos casos de internação e procedimentos terapêuticos através de auditoria. A
Autogestão segundo os depoimentos colhidos também não faz restrição no
atendimento da urgência e emergência, seja nos finais de semana, noite ou
feriado, e os hospitais conveniados não tem medo de atender o conveniado
porque estes são sempre pagos em dia e ate mesmo em casos de procedimentos
de alto custo são viabilizados. Na Medicina de Grupo foi dito que para consultas,
procedimentos diagnósticos e terapêuticos não existem a necessidade de
autorizações, mas para internações e procedimentos exames de alto custo sim é
necessário autorização que é fornecida por um médico da central de atendimento.
Os mecanismos de regulação utilizados para médicos e prestadores tem
como base na Cooperativa um trabalho continuo que é realizado pela operadora
no sentido de sensibilizá-los para a importância do seguimento dos protocolos
clínicos, bem como são utilizados auditorias, visitas e envio de cartas e às vezes
existe a necessidade de abertura de sindicância quando todas estas estratégias
não tem êxito. A operadora dispõe de uma auditoria operativa (no local) outra
analítica que se incumbe da revisão das contas e a apara altos custos. Possui
também um grupo de auditores que tratam de áreas especificas (obesidade e
oncologia). Os mecanismos de regulação adotados junto aos prestadores e
médicos contratados pela Autogestão é fundamentalmente o uso das
autorizações prévias, e uma relação mais estreita destes com os auditores. Vale
ressaltar que segundo nossa entrevistada o associado é a principal peça nesta
fiscalização. Utiliza também periodicamente mecanismos de controle de qualidade
da assistência prestada tanto pelo prestador quanto pelo profissional médico
usando principalmente do auditor medico no hospital e também de assistentes
sociais.
Para a Medicina de Grupo os mecanismos de regulação utilizados junto
aos prestadores, só existem no âmbito técnico gerencial, a política da operadora é
não interferir na conduta medica. Existe acompanhamento das atividades médicas
com a finalidade de obter dados para avaliar a rede credenciada como um todo.
Nos casos onde é detectado algum abuso no numero de exames e/ou
procedimentos a conduta da operadora é buscar um dialogo com estes
prestadores buscando um acordo que beneficie os dois lados. Salientou também
que a existência de protocolos clínicos ajudam a minimizar estas situações junto
aos prestadores.
Os protocolos clínicos são utilizados para melhor atender os usuários e
também para contenção dos custos e tem facilitado a relação com o cooperado
no entender da Cooperativa; com relação à utilização de protocolos clínicos, estes
são usados pelo auditor médico e o papel dos auditores na Autogestão é decisivo
e a ele cabe tomar decisões importantes no contexto da regulação e
monitoramento dos procedimentos. O sistema de auditoria médica na Medicina de
grupo é composto por uma diretoria composta por médicos que fazem uma
avaliação técnica das condutas e muitas vezes visitam estes profissionais para
formularem com mais precisão os casos e questão
A Cooperativa dispõe de um serviço de Call Center que tem uma interface
importante com a área de regulação porque ela possui um nível de autonomia que
vai ate o contratual, o que por sua vez já desafoga em muito o trabalho dos
auditores, ou seja, muitas das duvidas são sanadas nesta instância daí quando
foge desta instância o auditor é acionado. A operadora de Autogestão não possui
um serviço de Call Center estruturado, mas segundo nossa entrevistada o serviço
24 horas muitas vezes faz este papel. O Call Center na Medicina de Grupo possui
uma interface direta com a área de regulação e cabe a ele fornecer informações
principalmente contratuais, as demais duvidas são encaminhadas aos médicos
auditores.
Os principais itens glosados segundo a Cooperativa referem-se a materiais
e medicamentos e elas representam em média 12% dos pagamentos realizados
aos hospitais, no entanto a política da operadora é resolver o problema e não
fragilizar a relação com o prestador. Para a Autogestão os abusos são freqüentes
principalmente no que se refere ao numero de exames solicitados pelos médicos
e materiais utilizados nos respectivos prestadores hospitalares e o que muitas
vezes acontece é que estes jogam o associado contra a operadora como
estratégia para justificar seus abusos. No entanto uma estratégia que tem sido
utilizada como meio de fiscalizar e diminuir estes abusos é a co-participação nos
casos de exames e consultas que excedam o acordado. Com relação às glosas
nos faturamentos hospitalares a Medicina de grupo respondeu que isto é uma
questão cultural e que o que é feito para minimizar este fato principalmente nos
itens medicamentos e materiais é procurar trabalhar com pacotes.
A gerência assistencial da Cooperativa respondeu que a mesma busca
organizar sua rede de modo a garantir a oferta de serviços a todas as faixas
etárias. Com relação à utilização de reembolso ele se da, mas tendo como
parâmetro a tabela de Goiânia principalmente nos casos de valores excessivos. A
política da Autogestão na questão da organização da rede é abrir ao máximo o
leque de prestadores hospitalares para que assim possa satisfazer de maneira
mais adequada seus beneficiários. Na entrevista com o responsável pela gerencia
assistencial fui informada que a operadora tem muita preocupação em garantir a
oferta de serviços a todas as faixas etárias, neste sentido segundo eles é que se
justifica o fato de não terem uma rede própria para poderem ter um rede bem
ampla e capaz de satisfazer as distintas necessidades e preferências de seus
associados. Também foi dado o exemplo de serviços especializados como
geriatria e cardiologia pediátrica como sendo ações que visam não deixar
descoberta nenhuma parcela de seus associados. Também foi mencionada
coberturas parciais para portadores de necessidades especiais.
Na Medicina de Grupo os critérios utilizados pela operadora para a
organização da rede de assistência vai depender da necessidade de seus
beneficiários e da concorrência, ou seja, muitas vezes segundo ele a rede fica
maior do que deveria por causa da concorrência e que seria muito melhor que
houvesse uma rede adequada ás necessidades dos beneficiários sem a
preocupação com a concorrência.
A área de assistência da Cooperativa respondeu que estão sendo criados
os protocolos de conduta (Projeto Diretriz) que visam uma melhoria na qualidade
do serviço prestado e que gera um custo - beneficio importante. Com relação às
estratégias usadas para regulação da qualidade dos serviços prestados no caso
dos prestadores hospitalares este controle e fiscalização já existem, mas no caso
dos laboratórios o que existe esta em processo de acreditação. Com relação à
existência de formas de avaliação da satisfação dos usuários a resposta obtida foi
que realizam freqüentemente pesquisas de opinião e que na ultima o índice de
satisfação dos usuários foi de 89%. O aspecto que mais gera insatisfação é o
tempo de carência, o desejo de utilizar medicamentos ainda em teste e o custo
dos planos.
A Autogestão dispõe de assistência 24 horas, faz encaminhamento, faz
visitas para avaliar equipamentos e também realiza uma seleção dos profissionais
bastante séria, antes de proceder ao credenciamento de seus respectivos
colaboradores. Vale mencionar que a operadora disse ter realizado há poucos
meses uma pesquisa de satisfação junto a seus beneficiários e o nível de
satisfação encontrado foi superior a 60% e as queixas foram principalmente no
que se refere ao preço do convênio e os aspectos de sinistralidade.
Quanto à existência de políticas para regular a qualidade dos serviços
prestados, a Medicina de grupo respondeu que existe uma preocupação grande
da operadora com esta qualidade tanto que ela é o pré-requisito para o
credenciamento, bem como de sua manutenção. Neste sentido pesquisas de
satisfação também são realizadas com freqüência pela operadora junto aos seus
beneficiários, bem como visitas in lócus aos prestadores também acontecem com
esta mesma finalidade. Existem pesquisas de controle de satisfação dos usuários
frente à rede credenciada de assistência cujos resultados subsidiam as
intervenções que por sua vez sejam necessárias de serem feitas, sempre
garantindo a qualidade e excelência dos serviços contratados.
A Cooperativa possui como política de promoção da saúde um
departamento de medicina preventiva que trabalha fundamentalmente com
gestação, controle de peso, hipertensão, diabetes, orientação para amamentação,
tabagismo e alcoolismos nas empresas, dentre outros. Com relação a atividades
de promoção da saúde na Auto-gestão foi mencionada a existência de ações
como: vacinação contra a gripe, hepatite e febre amarela para idosos. Programas
de prevenção de câncer de mama, próstata, diabetes, colesterol, pressão alta e
câncer de pele também são desenvolvidos pela operadora e que neste sentido
uma parceria firmada entre a operadora a empresa e para 2008 criara um
programa que será destinado a todos os beneficiários.
A Medicina de grupo disse possuir um Plano assistencial de qualidade de
Vida que visa fazer um mapeamento da saúde de seus beneficiários, identificando
patologias e incentivando a prevenção, principalmente nos casos de diabetes e
doenças cardíacas, bem como nos casos de doenças crônicas e oncologia.
Ainda com relação ao SUS a Cooperativa disse que o que leva muitas
vezes os usuários a procurarem o SUS são em casos de urgência, contratos sem
cobertura principalmente os antigos que eram mais restritivos e situações de
carência. Os ressarcimentos ao SUS na Autogestão são pouco freqüentes e no
que se refere ás glosas elas estão na faixa de 2% e neste ano será maior porque
segundo a entrevistada ainda possuem dificuldades para realizar esta fiscalização
de forma mais adequada. Na Medicina de Grupo os casos de ressarcimento ao
SUS praticamente são inexistente dado o trabalho que a operadora realiza junto
aos seus beneficiários de esclarecimento da rede credenciada a que seu plano da
direito.
Estrutura organizacional da Cooperativa Médica
Conselho de Administração Diretor-Presidente
1º Vice-Presidente/Diretor Administrativo 2º Vice-Presidente/Diretor Financeiro
Diretora de Mercado Diretor de Marketing e Convênios
Diretora de Auditoria Diretor de Auditoria
Diretor Médico Diretor do Conselho Técnico Diretor do Conselho Técnico
Diretor de Recursos e Serviços Próprios
Estrutura organizacional – Auto Gestão
5.2. PARTE II
A operadora A (Cooperativa Médica) , possui 194.375 beneficiários,
estando estes divididos em 45 tipos de planos de saúde sendo 92 planos
coletivos e 53 familiares; os planos de segmentação contabilizam 9. Os serviços
assistenciais disponíveis incluem na rede credenciada serviços ambulatoriais,
hospitalares e serviços de apoio diagnóstico e terapêutico. O maior numero de
atendimentos estão concentrados e 2 prestadores hospitalares e 1 ambulatorial.
Os mecanismos adotados para a regulação da utilização dos serviços oferecidos
são: autorização prévia, porta de entrada, direcionamento, co-participação, fator
moderador e franquia. Vale ressaltar que estes mecanismos são utilizados por
modalidades de planos e não por segmentação, por exemplo, na modalidade dos
planos individual ou familiar e o coletivo são utilizados como regulação a
autorização previa e a co-participação, bem como há combinações de
mecanismos para os produtos de acordo com as variações dos planos.
Os critérios adotados para credenciamento dos prestadores individuais é
fundamentalmente seu grau de especialização e sua cooperação, já no que se
refere ao credenciamento dos prestadores empresariais os critérios são:
reputação no mercado e a sua capacidade de incorporação de tecnologia, sendo
esta uma dimensão considerada para a classificação dos hospitais pela
operadora, além do seu corpo de profissionais e que e disponibilizada pela
associação das entidades locais.
A operadora em questão não realiza compras de materiais para seus
hospitais contratados.
Em situação de urgência e emergência a operadora utiliza como
mecanismo de regulação um pronto atendimento para os casos em que o
beneficiário esteja em Goiânia, no entanto, a utilização deste e de livre escolha do
beneficiário. Nos casos de urgência e impossibilidade de autorização previa da
operadora o mecanismo utilizado para garantir a internação é a liberação do
atendimento inclusive para procedimentos de média e alta complexidade; também
não é exigido autorização para uso do suporte diagnóstico necessário ao
atendimento de urgência e emergência. Vale destacar que a operadora possuiu
um site e jornal informativo para informar como os beneficiários devem proceder
nos atendimentos de consultas, realização de exames, internações e urgência e
emergência. Esta operadora não faz acompanhamento de nenhum grupo de
patologias (case management).
Com relação aos exames de investigação fetal este é liberado mediante
indicação clinica e conforme contrato do beneficiário. Também é necessária a
autorização previa para internação do recém-nascido no CTI e neste caso o RN
pode utilizar o código da mãe.
Para a realização de ressonância magnética os procedimentos necessários
dependerão da situação, ou seja, não existe um único padrão.
A operadora define protocolos clínicos e que são utilizados para orientar a
conduta médica. Caso algum procedimento não conste ou exceda o numero
previsto no protocolo clinico a conduta adotada é a realização de analise do
medico auditor para possível autorização.
Existem muitas vezes divergências (médicas, administrativas e financeiras)
com os prestadores em relação aos procedimentos realizados e as causas mais
freqüentes são: volume de procedimentos que ultrapassa o limite estabelecido,
procedimentos que estão fora do protocolo ou da cobertura do plano do
beneficiário e as glosas.
A operadora não trabalha com consultas bonificadas.
A operadora possui cadastro de clientela, cartão de saúde e registros
epidemiológicos como sistemas de informações, bem como já implementou o
TISS e também constroem indicadores de utilização de seus serviços
periodicamente que são utilizados nas visitas ao prestador por médicos auditores
da operadora.
A operadora possui um Comitê de especialistas, cuja função principal é
fornecer embasamento técnico ao Conselho de Administradores.
Existe sistema de informação acerca dos prestadores e mecanismos de
comunicação regular da operadora com o beneficiário, no entanto, a operadora
não solicita dos beneficiários nenhum relatório de acompanhamento da utilização
dos serviços utilizados.
Com relação à existência de algum tipo de acompanhamento das
gestantes de risco (a operadora oferta leito de UTI em caso de necessidade), no
caso desta operadora não existe, a conduta é do médico assistente.
Além da cobertura mínima obrigatória a operadora oferece: assistência
domiciliar (mas estimula a internação domiciliar), transporte aéreo, vacinas,
benefício família e seguro funeral (remissão).
A operadora oferece programas de promoção e prevenção especialmente
para os portadores de patologias de alta complexidade e também programa de
beneficio farmacêutico que se dá através de descontos oferecidos nas farmácias
credenciadas.
A operadora B (Autogestão) possui 12.667 beneficiários e um único tipo
de plano que é o coletivo. O tipo de plano oferecido é o hospitalar com
ambulatorial e obstétrico. Os serviços assistenciais assegurados incluem na rede
credenciada e da livre escolha do beneficiário, os serviços ambulatoriais,
hospitalares e de apoio diagnostico e terapêutico. Com relação aos seus
principais prestadores foram mencionados 3 laboratórios e 3 hospitais.
Os mecanismos adotados pela operadora para regulação da utilização dos
serviços assistenciais pelos beneficiários são fundamentalmente três: a
autorização previa a co-participação e o fator moderador.
Os mecanismos utilizados para o credenciamento dos prestadores
individuais são: disponibilidade do profissional no mercado, reputação no
mercado, grau de especialização, necessidade de diferentes produtos pela
operadora e indicações pessoais e no que se refere ao credenciamento dos
prestadores individuais os critérios são: disponibilidade do serviço no mercado,
reputação no mercado e incorporação de tecnologia. Vale destacar que a
operadora classifica os hospitais segundo seu nível de incorporação tecnologia e
de recursos humanos e isto é um fator levado em consideração para flexibilização
de demandas dos prestadores no que se refere a glosas, procedimentos extras
etc.
A operadora não realiza compras de materiais para seus hospitais
contratados.
No que se refere a situações de urgência e emergência a operadora não
utiliza de nenhum mecanismo de regulação e quando isto acontece e na
impossibilidade de autorização previa da operadora o procedimento adotado é a
liberação do atendimento, inclusive para procedimentos de média e alta
complexidade. Autorização para uso do suporte diagnostico necessário ao
atendimento de urgência e emergência não é solicitado.
A operadora utiliza seu site e do estatuto e regulamento como instrumentos
para informar seu beneficiário de como devem proceder nos atendimentos de
consultas, realização de exames, internações e urgência e emergência.
A adoção de case management se deu pela necessidade de padronização
da qualidade da atenção oferecida e por seu alto grau de complexidade do
cuidado e é usado para a Oncologia e Diabetes.
A utilização dos exames de investigação fetal (ultra-som, Doppler e
cardiologia fetal) se dão mediante solicitação médica e a autorização para
internação do recém-nascido no CTI pode ser solicitada após a internação.
Nestes casos o RN pode utilizar o código da mãe.
Para a realização da ressonância magnética, o beneficiário necessita de
autorização prévia e nos casos onde é definida pelo médico a necessidade de
internação em urgência cardiológica o fluxo utilizado é: o próprio beneficiário
busca o hospital ou o medico interna o beneficiário no hospital geral de sua
escolha.
Existem protocolos clínicos que são utilizados para definir os tipos de
procedimentos a serem autorizados e para definir o numero de procedimentos a
serem autorizados. E nos casos onde existe a necessidade de um procedimento
que não consta ou que excede o numero previsto pelo protocolo a conduta
adotada pela operadora é pedir ao medico auditor que analise o caso para depois
liberar ou não a autorização.
Com relação às principais divergências entre as operadoras e os
prestadores estão à realização de procedimentos sem autorização prévia e as
glosas.
A operadora não trabalha com consultas bonificadas e não possui um
Comitê de especialistas.
O sistema de informação disponível na operadora é o cadastro da clientela
e um sistema de informações gerenciais. Implementou o TISS e constroem
indicadores de utilização de serviços que são utilizados no programa de visita ao
prestador realizado pelo medico auditor da operadora; também possui um sistema
de informação dos prestadores. Com relação à existência de algum mecanismo
de comunicação regular da operadora com o beneficiário a mesma disse possuir,
mas não existe a pratica de solicitar ao beneficiário a elaboração de relatórios de
acompanhamento dos serviços utilizados.
Existe a oferta de leitos de UTI a gestante de alto risco em caso de
necessidade e o procedimento utilizado para acompanhamento destas gestantes
quem define é o medico assistente.
Além da cobertura mínima obrigatória a operadora oferece hospital dia para
atividades de atenção ao paciente mental e assistência domiciliar, no entanto, não
estimula a internação domiciliar. Oferece programas de promoção e prevenção
especialmente para os portadores de patologias de alta complexidade, mas não
possui programas de beneficio farmacêutico.
A operadora C (Medicina de Grupo) possui planos individuais e
empresariais; como Goiânia é uma filial esta por sua vez não possui as
informações desagregadas, pois estas estão contidas nas informações da
Superintendência do Centro-oeste que inclui Distrito Federal. A operadora possui
rede credenciada para os serviços ambulatoriais, hospitalares e de apoio
diagnostico/terapêutico. Foram três os principais prestadores segundo
atendimentos e faturamento credenciados na capital. Os mecanismos adotados
pela operadora para a regulação da utilização pelos beneficiários dos serviços
assistenciais oferecidos são: a autorização prévia, o direcionamento e a co-
participação.
A operadora possui Central de Atendimento ao Cliente e sua principal
função é de direcionamento dos beneficiários aos prestadores credenciados e
prestação de informações sobre carências e coberturas. Os critérios utilizados
pelo atendente do Call Center para referenciar os beneficiários para os
prestadores são: localização geográfica, tipo de plano e a gravidade do problema.
No que se refere aos critérios utilizados pela operadora para o
credenciamento dos prestadores individuais os mencionados foram: o seu grau de
especialização e a necessidade que a operadora tem de oferecer diferentes
produtos aos seus beneficiários. Já no que tange ao credenciamento dos
prestadores empresariais a reputação no mercado e a necessidade de
diferenciação dos produtos em função dos diferentes tipos de planos são os
principais critérios adotados pela operadora.
Os hospitais são classificados pela operadora segundo nível de
incorporação tecnológica e de recursos humanos existentes e estes
procedimentos são importantes para a formação de rede de prestadores
específicos para cada plano oferecido pela operadora.
A operadora freqüentemente compra medicamentos, órteses e próteses
para suprir os hospitais contratados e os preços e as marcas são os mecanismos
utilizados para orientar estas compras e em casos de urgência e emergência a
operadora não se utiliza de nenhum mecanismo de regulação para o uso destes
materiais.
Vale destacar que a operadora respondeu possuir um serviço que garante
a liberação 24 horas por dia o que por sua vez não colocaria em risco nenhum
atendimento e/ou internação em casos de urgência em nenhuma situação.
Autorizações da operadora para uso do suporte diagnostico necessário ao
atendimento de urgência/emergência não são solicitados.
Com relação à existência de algum instrumento para informar seus
beneficiários de como devem proceder nos atendimentos de consultas, realização
de consultas, exames, internações e urgências segundo a operadora estão
disponíveis no site, é fornecido pelo Call Center e pela figura do orientador
médico.
A operadora faz acompanhamento de alguns grupos de patologias:
cardiologia, oncologia e diabetes e o critério utilizado para seleção destas
patologias foi o alto grau de complexidade exigido para seus cuidados. O case
management é utilizado pela operadora como estratégia de gerenciamento e
prevenção.
Nos casos de investigação fetal tanto o Ultra-som, quanto o Doppler e a
Cardiotocografia fetal são liberados conforme solicitação médica, agora nos casos
de internação do recém-nascido no CTI neonatal é necessária uma autorização
prévia da operadora e o RN pode utilizar neste caso o código da mãe.
Para a realização de ressonância magnética o beneficiário necessita de
solicitação médica para liberar o procedimento. O fluxo previsto para a obtenção
junto à rede hospitalar de internação em urgência cardiológica acontece por parte
do próprio beneficiário que busca o hospital ou o médico interna seu paciente em
um hospital geral de sua escolha.
A operadora não tem protocolos clínicos definidos e quando existe algum
tipo de excesso ou dúvida a conduta adotada é a de exigir a autorização previa
para a realização do procedimento pretendido. Divergências com os prestadores
em relação aos procedimentos realizados não existem e, a operadora não
trabalha com consultas bonificadas.
A operadora possui cadastro de clientela, prontuário eletrônico, cartão
saúde e registros epidemiológicos, sistema de custos e de informações gerenciais
funcionado como mecanismo de comunicação regular da operadora com o
beneficiário. O Sistema de troca de informações em saúde suplementar – TISS
está implementado. Existe um sistema de informação acerca dos prestadores
cujos indicadores produzidos a partir destas informações são utilizados no
programa de visitas feitas aos prestadores pelos médicos auditores da operadora.
Para as gestantes de alto risco existe protocolo para orientação e
encaminhamento e lhe é ofertado leito de UTI quando necessário.
Além da cobertura mínima obrigatória da Lei 9.656 a operadora oferece:
hospital/dia para atividades de atenção ao paciente mental; programa de
assistência farmacêutica, assistência domiciliar (mas não estimula a internação
domiciliar), transporte pré-hospitalar, transporte aéreo, cobertura em viagem
internacional, oferece também programas de promoção e prevenção
especialmente para os portadores de patologias de alta complexidade e benefício
farmacêutico para todos os medicamentos que é são comprados em farmácias
credenciadas.
5.3. Parte III
O hospital 1 é credenciado e atende a 30 operadoras, possui cadastro no
CNES e não é credenciado ao SUS. O numero de leito é de 96 e com exceção de
nove leitos para UTI os demais estão disponíveis para as demais especialidades
conforme a necessidade. Não existem leitos contratados por operadoras. Os
serviços de apoio a internação disponíveis são: interconsultas, serviços de apoio
diagnostico e terapia, centro cirúrgico, UTI, hemodinâmica, quimioterapia, centro
obstétrico, hospital dia e outros como: medicina do sono e neurofisiologia. Os
serviços de hemoterapia e hemodiálise são terceirizados.
O hospital 2 é credenciado e atende a 27 operadoras, e possui cadastro no
CNES e está credenciado ao SUS somente para os casos de epilepsia. É um
hospital geral que possui 80 leitos, sendo dois exclusivos para UTI, ficando os
demais disponíveis indiferentemente para clinica e cirurgia. Possui uma UTI para
transplante de medula óssea. Vale destacar que não tem número de leitos
contratados por operadoras e no caso de leitos do SUS também não possui, pois
são mediante os pacotes firmados. Os serviços ofertados para apoio a
internação são: interconsultas, serviços de apoio diagnostico e terapia, centro
cirúrgico, UTI, hemodinâmica e hospital dia. Os serviços de hemoterapia,
hemodiálise e quimioterapia são terceirizados.
Existe diferença no relacionamento quando a operadora não possui sede
no estado segundo os dois hospitais e as conseqüências que isto traz são:
lentidão na concessão de autorizações, um menor controle do prestador e um
contato precário com o beneficiário o que por sua vez pode gerar impasses que
são nocivos para o prestador.
As internações ocorrem através de encaminhamento do médico do próprio
hospital e no caso de internação de urgência o hospital 1 não solicita autorização
previa da operadora. Vale ressaltar que na impossibilidade de autorização prévia
para os casos de urgência o hospital atende o paciente e em ate 72 horas a
autorização é solicitada. Neste hospital existe pagamento de internação por
pacote nos casos de angioplastia. O acesso as internações se dão mediante
encaminhamento do medico do próprio hospital e nos casos de internações de
urgência o hospital 2 solicita autorização previa da operadora e disseram não
existir pagamento de internação por pacote. Ainda com relação aos casos de
urgência onde haja impossibilidade de autorização previa da operadora o
procedimento utilizado pelo hospital é atender, mas como praticamente todas as
operadoras possuem um serviço de atendimento 24 horas para autorizações,
estas situações são raras. Autorizações para uso de suporte diagnostico
necessário ao atendimento de urgência e emergência não são exigidos pelas
operadoras segundo o hospital 2.
A negociação com a operadora acerca dos valores é definida através da
AHPACEG e AHEG, ou seja, de suas respectivas associações segundo hospital
1. Existem nos 2 hospital visitados um serviço de auditoria interna, mas não
auditoria permanente das operadoras. O papel desempenhado pelo auditor no
hospital acelera o processo de concessão de autorização, aumenta a
previsibilidade quanto ao faturamento futuro do hospital. Para o hospital 2 esta
negociação com a operadora é definida pela UNIDAS, ou seja, entre contratante e
contratado.
Praticamente todas as operadoras segundo o hospital 1 exigem
autorização para uso do suporte diagnostico para qualquer procedimento com
valor superior a R$114,00.
A transferência do paciente internado para leito de CTI se da nos dois
hospitais visitados mediante liberação conforme solicitação do medico assistente
e no caso de transferência para CTI de outro hospital, esta ocorre tanto pelo
medico que faz o contato e que define a internação e a transferência quanto pela
operadora. No hospital 1 existe a transferência de pacientes do pronto socorro pra
a enfermaria antes das 12 horas previstas. Já no hospital 2 a operadora não
autoriza a transferência de pacientes do pronto-socorro para a enfermaria antes
das 12 horas previstas em contrato e quando o paciente tem indicação cirúrgica
eletiva à autorização previa da operadora é obrigatória nos 2 hospitais
Com relação aos critérios seguidos pelo hospital 1 para assistência de
cuidados intensivos o principal é a indicação do médico e, no hospital 2 estes
estão previstos nos protocolos do hospital.
Com relação ao atendimento ao parto (serviço este presente somente no
hospital 1), gestante de alto risco e recém-nascido, verificou-se que o acesso as
vagas hospitalares se dão através de encaminhamento do obstetra que
acompanha a gestante com guia previamente autorizada e que pode muitas
vezes já deixar agendada com antecedência a vaga na UTI. Caso exista a
necessidade de internação do recém-nascido em UTI, este é encaminhado para
outro hospital da rede, pois esta se encontra desativada atualmente.
Na necessidade de internação em urgência cardiológica o fluxo realizado
para esta internação nos dois casos analisados fica a cargo do médico que fará a
internação no hospital credenciado de sua escolha. O acesso para o uso de
Stents se dá mediante autorização previa da operadora quando não há risco para
o paciente e sua implantação requer indicação do medico assistente para sua
liberação. Para os casos de utilização de prótese ortopédica existe a necessidade
de autorização mediante auditoria no hospital 1 e no outro esta autorização se dá
mediante indicação medica, mas o plano tem que cobrir.
Os dois hospitais possuem protocolos clínicos para a assistência aos
beneficiários e que é definido pelo próprio hospital em consonância com as
sociedades de especialidades medicas que por sua vez estabelecem padrões
baseados em critérios científicos. Estes protocolos orientam a conduta medica e
define os tipos de procedimentos a serem solicitados. Não existe no hospital
normas e rotinas que definem numero de procedimentos e fluxos de
referenciamento do beneficiário. Caso haja necessidade de um procedimento que
não conste ou exceda o numero previsto pelo protocolo a autorização só ocorre
no hospital 1 após analise do medico auditor da operadora, já no segundo hospital
conduta adotada é solicitar uma autorização previa.
Segundo os hospitais as operadora paga apenas uma fração do valor dos
materiais, sinalizando assim que os materiais devem ser reutilizados.
Com relação às situações mais sujeitas a glosas pelas operadoras são o
hospital 1 respondeu ser os medicamentos e honorários médicos. A glosa nos
medicamentos representa 10% do faturamento do hospital junto à operadora e
nos demais itens é em torno de 2,5%. Estas divergências entre operadora e
prestador são resolvidas através de uma revisão técnica e de auditoria. No
hospital 2 os procedimentos mais sujeitos a glosas pelas operadoras são:
medicamento, insumos e materiais. Elas representam hoje cerca de 3 a 5% do
faturamento do hospital. As divergências existentes são resolvidas através de
uma revisão técnica. No entanto é fundamental uma sintonia entre operadora e
prestador e uma relação mais direta entre médico e os auditores para que estas
divergências sejam resolvidas mais rapidamente, o que nem sempre acontece.
O hospital 1 respondeu que a nova legislação dos planos de saúde não
trouxe alterações no seu relacionamento com as operadoras que por sua vez
também são tratadas da mesma maneira independentemente de sua modalidade.
Para o hospital 2 nova legislação trouxe alterações no relacionamento com a
operadora, principalmente porque depois da lei não possuem mais a estratégia do
“cheque calção” e que nos casos de urgência os procedimentos são realizados,
mas não se tem segurança do seu recebimento.
O hospital 1 não dispõe de sistemas de informação, nem de comunicação
ou contato regular com o beneficiário, nem de mecanismos de identificação do
beneficiário atendido em serviço de urgência visando seu acompanhamento
futuro, mas já implementou o TISS. O hospital 2 dispõe de prontuário eletrônico,
cartão de saúde, registros epidemiológicos e de faturamento como sistemas de
informação. Foi o pioneiro em Goiânia na implementação do TISS. No que se
refere à existência de algum mecanismo de comunicação regular com o
beneficiário, este não aparece, mas foi mencionado nos casos de emergência
mecanismos de identificação deste beneficiário para seu acompanhamento futuro.
A contratação dos profissionais médicos ocorre de três maneiras no
hospital 1: pode ser contratado pela operadora juntamente com o prestador; pode
ser contratado pelo prestador como pessoa jurídica de forma terceirizada ou pode
ser contratado pelo prestador diretamente. Já no hospital 2 a contratação do
profissional medico é realizado pela operadora através de empresa, de forma
independente da administração do hospital. Caso os serviços médicos sejam
terceirizados não existe mudança na rotina da gerencia dos dois hospitais.
Os prestadores entrevistados responderam que estão sempre buscando se
atualizar no que se refere a possíveis alterações nas normas de pagamento de
determinados procedimentos que ora são disponibilizados nas Webs, ou mesmo
diretamente junto às operadoras, estratégia esta que pode minimizar glosas e
divergências futuras.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Do total da população coberta por planos de saúde no estado de
Goiás (23,4%) mais de 75% apresentavam renda mensal de mais de 20 salários
mínimos, o que demonstra claramente uma associação direta entre renda e
acesso a plano de saúde;
• Chama atenção também a diminuição significativa dos planos de
saúde entre a população adulta e maior de 60 anos;
• O SUS continua sendo mesmo para a população coberta por planos
de saúde o sistema mais utilizado;
• Em Goiás a modalidade de Cooperativas médicas possui 54,6% do
mercado de saúde suplementar, ficando as autogestões em segundo lugar com
25%, no entanto observa-se também um crescimento de beneficiários na
modalidade Medicina de grupo a lógica é a mesma para a capital;
• Na capital a taxa de cobertura de planos de assistência médica é de
22,5%, contra 7,7% no interior. E os planos coletivos representam mais de 70%.
• O tema das novas tecnologias é uma discussão difícil e que as
operadoras sofrem muita pressão por parte dos beneficiários
• As autorizações prévias são as principais formas de controle usado
pelas operadoras para conter possíveis excessos;
• As glosas ocorrem fundamentalmente nos itens de medicamentos e
materiais;
• Os auditores médicos desempenham um papel fundamental em
situações de conflito;
• A indicação médica é decisiva para autorização de vários
procedimentos;
• No que se refere à integralidade da assistência, observa-se que os
programas existentes ainda são incipientes e funcionam como ações pontuais e
desfocadas;
• O mecanismo de microrregulação mais utilizado é o controle de
utilização de serviços pelos usuários
• Os mecanismos de controle de utilização dos serviços utilizam-se
dos protocolos como política de negociação;
• Crescimento da rede de credenciados é motivado pela competição
do mercado;
• Maior problema entre as operadoras e prestadores são quando o
volume de procedimentos ultrapassa o teto, quando os procedimentos estão fora
do protocolo ou quando o plano não dá cobertura;
• Com relação à reutilização de materiais, os hospitais dizem que as
operadoras só pagam os reutilizados.
• No que se refere à época dos contratos em Goiás 39,8% deles são
anteriores a Lei e na capital este percentagem é de 36,6;
• Na cooperativas médicas a segmentação é fundamentalmente
composta pelo hospitalar com obstetrícia e ambulatorial (73,3%);
7. RECOMENDAÇÕES PARA REFLEXÃO
• A regulamentação do setor é visto como algo importante, que trouxe
pontos positivos, mas que pode beneficiar apenas as grandes operadoras;
• A interface com o SUS é algo pensado como positivo desde que os
papeis sejam bem definidos de maneira a beneficiar a população como um todo;
• Observa-se que a cadeia de regulação da saúde suplementar fica
fragilizada por não contemplar também algum tipo de mecanismo que possa atuar
junto aos itens medicamentos e equipamentos.
8. ANEXOS
8.1. Questionários
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO PARA PRESTADORES DE SERVIÇOS
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO ENTREVISTADOR DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PRESTADOR 1) O prestador pertence à rede própria (de alguma operadora) ou é credenciado pela operadora? □ Rede própria □ Credenciado
Especificar a quais operadoras estão credenciadas: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
1.1) O prestador é: □ Privado □ Filantrópico
Nome do Prestador: Endereço: Telefone: e-mail: CNPJ/CPF: Caracterização do hospital: [ ]Geral [ ]Maternidade [ ]Cardiológico Responsável Técnico:
Questionário número: Nome do pesquisador: Local: Data:
□ Público 2) O hospital possui Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES? • Sim CNES N.___________ • Não 3) Este serviço é credenciado ao SUS? □ Sim □ Não 4) Qual o número total de leitos do hospital? _____________________ 5) Número de leitos por especialidade:
Obstétricos e ginecológicos Clínica Pediatria Cirurgia UTI UTI NEONATAL Outros
6) Qual o número de leitos credenciados pelo SUS: ______________________________________________________ 7) Qual o número de leitos contratados ou credenciados por operadoras? _______________________________________________________ 8) Quais serviços são ofertados para apoio à internação? □ Interconsultas? urgência/emergência? □ Serviços de Apoio Diagnóstico e Terapia □ Centro Cirúrgico □ UTI □ Hemodinâmica □ Hemoterapia □ Hemodiálise □ Quimioterapia □ Radioterapia □ Centro Obstétrico □ Neonatologia □ Hospital/dia □ Outros Especificar__________________________________________________
9) Há diferenças entre o relacionamento do hospital com operadoras sediadas no Estado e com aquelas sediadas em outras unidades da federação? □ Sim. □ Não. 10) Em caso afirmativo, que conseqüências têm o fato de a operadora ter a sede em outro estado? □ Lentidão na concessão de autorizações; □ Menor fiscalização/controle do prestador; □ Menor contato com o beneficiário, dirimindo, assim, impasses cujo impacto é negativo
para o prestador; □ Outras. Citar: _____________________________________________________ 11) A maioria dos acessos às internações ocorre através de: □ Encaminhamento do médico de outros serviços da operadora □ Encaminhamento do médico do próprio hospital □ Encaminhamento realizado pela própria operadora □ Outro Especificar _________________________________________________ 12) Para internação de urgência, o hospital solicita autorização prévia da operadora? □ Sim □ Não 13) Existe pagamento de internação por “pacote”? □ Sim □ Não 14) Em caso afirmativo, em qual procedimento? • Parto normal • Parto cesáreo • cardiologia • Ortopedia • Outros Especificar ________________________________________________
15) Como se dá a negociação com a operadora acerca dos valores e qual a composição tecnológica dos pacotes ou a composição de pacotes? _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ 16) Há auditor permanente da operadora no hospital? • Sim • Não 17) O Hospital possui serviço de auditoria interna?
□ Sim □ Não 18) Qual o impacto da presença do auditor no hospital? • Acelera a concessão de autorização prévia; • Reduz a liberdade da prática médica; • Aumenta a previsibilidade quanto ao faturamento futuro do hospital; • Outros. Citar: __________________________________________________ 19) Nos casos de urgência, em caso de impossibilidade de autorização prévia da operadora (em situações em que o atendimento é realizado à noite, nos fins de semana e feriados), qual o mecanismo utilizado para garantir a internação? • A operadora mantém serviço de atendimento 24 h para autorizações • Há necessidade de autorização prévia, portanto não se atende • Há facilidade de acesso, inclusive nos fins de semana e feriados, exceto para os
procedimentos de média e alta complexidade que possuem regras específicas de autorização
• Não necessita de autorização prévia • Outros Especificar_________________________________________________
20) A operadora exige algum tipo de autorização para uso do suporte diagnóstico necessário ao atendimento de urgência/emergência? • Sim, sempre. • Sim, para alguns procedimentos ou exames. Indique quais: • Não
21) A transferência do paciente internado para leito de CTI ocorre através de: □ Liberação conforme solicitação do médico assistente □ Autorização prévia da operadora □ Outro Especificar__________________________________________________
22) A transferência para CTI de outro prestador ocorre através: □ De indicação do médico, que faz o contato, define pela internação e a transferência
para o CTI □ De encaminhamento pela operadora □ Outro Especificar ________________________________________________
23) Quais os critérios seguidos pelo hospital para a assistência de cuidados intensivos: □ Segundo definição do médico. □ Protocolo definindo critérios para atendimento □ Renovação de autorização para permanência no CTI □ Outro Especificar_________________________________________________ 24) A operadora autoriza a transferência de pacientes do pronto-socorro para a enfermaria antes das 12 horas previstas em alguns contratos? □ Sim.
□ Não. 25) Quando o paciente tem indicação cirúrgica eletiva, a autorização para a realização da cirurgia ocorre através de: □ Liberação conforme solicitação do médico assistente □ Autorização prévia da operadora □ Outro Especificar__________________________________________________
26) Como ocorre o acesso às vagas hospitalares para o atendimento ao parto: □ Encaminhamento do obstetra que acompanha a gestante no pré-natal, com guia
previamente autorizada □ Encaminhamento pela operadora ao serviço de especialidade □ É responsabilidade do beneficiário a busca de vagas disponíveis na rede própria ou
credenciada □ Existe uma central de vagas na operadora que providencia a vaga □ Outro Especificar_________________________________________________
27) Existe planejamento do acesso da gestante de alto risco aos leitos de CTI? □ Sim, é possível planejar com antecedência na rede própria/ credenciada. □ Não é possível garantir o acesso com antecedência, pois as vagas são utilizadas em
função da disponibilidade do momento □ Outro Especificar_________________________________________________
28) O acesso à internação do recém-nascido em UTI neonatal ocorre através de: 1. Liberação conforme solicitação do médico assistente 2. Autorização prévia da operadora 3. Outro Especificar__________________________________________________ 29) O acesso à internação do recém-nascido em UTI neonatal de outro prestador ocorre através da: □ Da indicação do médico, que faz o contato, define pela internação e transferência para
o UTI □ Da operadora, que define a internação □ Outro Especificar__________________________________________________
30) Definida pelo médico a necessidade de internação em urgência cardiológica, qual o fluxo para a sua obtenção junto à rede hospitalar? □ O beneficiário busca um hospital credenciado □ O médico interna o beneficiário no hospital credenciado de sua escolha □ A operadora indica o hospital credenciado □ Outro Especificar__________________________________________________
31) Como ocorre o acesso para o uso de stents: □ Liberação conforme solicitação do médico assistente □ Autorização prévia da operadora □ Concessão pela Operadora
□ Outros Especificar__________________________________________________
32) A implantação de stent requer: □ Indicação do médico assistente □ Constar de protocolo da sociedade brasileira de cardiologia □ Constar de protocolo próprio. □ Outra. Especificar: _______________________________ 33) Caso exista indicação médica, como se dá o acesso ao uso de stents? □ Liberação mediante solicitação médica; □ Autorização prévia □ Depende do tipo de plano (individual ou coletivo); □ Outra. Especificar:__________________________________________________ 34) Como se dá a autorização para a utilização de prótese ortopédica de materiais importados nacionalizados (por exemplo, cabeça de fêmur). □ Protocolo □ Indicação médica □ Autorização mediante auditoria □ Não há cobertura 35) Este hospital utiliza protocolos clínicos para a assistência aos beneficiários? □ Sim □ Não Caso utilize, para quais situações?__________________________________ 36) Quem define os protocolos: • A operadora • O próprio hospital • As sociedades de especialidades médicas, que estabelecem padrões baseados em critérios
científicos (“Medicina baseada em evidências” ou outros) • O SUS • Outros Especificar_________________________________________________ 37) Os protocolos clínicos existentes abordam: (pode-se marcar mais de uma opção): □ Orientação da conduta médica □ Definição do tipo de procedimentos a ser solicitados □ Outros Especificar ________________________________ 38) O Hospital tem definido normas e rotinas que abordam: □ Definição do número de procedimentos a serem autorizados (é fluxo de atendimento) □ Definição do fluxo de referenciamento do beneficiário (é fluxo de atendimento) □ Outros Especificar__________________________________________________
39) Havendo necessidade de procedimento que não conste ou exceda o número previsto pelo protocolo, a conduta adotada é: □ Não há cobertura prevista □ Há exigência de uma autorização prévia □ A autorização ocorre após análise do médico auditor da operadora □ Outro Especificar__________________________________________________ 40) Como a operadora se comporta quanto à reutilização de materiais, como o shaver e o filtro para hemodiálise? □ Segue regulamentação da Anvisa que condena a reutilização dos materiais e, portanto, paga-os integralmente; □ Paga apenas uma fração do valor dos materiais, sinalizando assim que os materiais devem ser reutilizados.
41) Quais as situações/procedimentos mais sujeitos à glosa? □ Atendimento em UTI, sem autorização prévia; (Internações sem autorização prévia/apartamentos) □ Atendimento em UTI de paciente em situação irregular com a operadora; □ Medicamentos; □ Insumos e materiais; □ Órteses e próteses; □ Honorários médicos; □ Mudanças de procedimentos; □ Procedimentos não incluídos em protocolo ou em número superior ao estabelecido
42) Há uma estimativa de quanto as glosas representam do faturamento do hospital junto à operadora? ( indicar %) 43) Como são resolvidas as divergências médicas, administrativas e financeiras acerca dos procedimentos realizados? □ Revisão técnica; □ Auditoria; □ Glosa direta. □ Outro. Citar: ______________________________________________________
44) A nova legislação dos planos de saúde (Lei nº 9.656/98) trouxe alterações no relacionamento do hospital com a operadora? □ Não. □ Sim. Citar: ______________________________________________________ 45) Há diferenças no relacionamento do hospital com as diferentes modalidades de operadoras (medicina de grupo, cooperativa, autogestão seguradoras, filantrópicas)? □ Sim. □ Não.
46) Em caso afirmativo, quais modalidades de operadora estão mais fortemente associadas às características listadas? 44.1
Autonomia médica
44.2 Facilidade autorização
prévia
44.3 Grande número
de glosas
44.4 Baixa
remuneração
44.5 Auditagem
44.6 Uso de
sistemas de informação
Medicina de grupo
Cooperativa Autogestão Seguradora Filantrópica 47) Este hospital dispõe de sistema de informação? □ Sim □ Não 48) Caso exista, os tipos são: • Prontuário eletrônico • Cartão de saúde • Registros epidemiológicos • Faturamento • Outro Especificar___________________________________________________ 49) Este hospital já implementou o Sistema de Troca de Informações em Saúde Suplementar (TISS)? □ Sim □ Não 50) Existe algum mecanismo de comunicação ou contato regular do prestador com o beneficiário? □ Sim □ Não 49) Em caso afirmativo, esse contato se dá através de: □ Ouvidoria □ Serviço de atendimento telefônico □ Boletim Informativo □ Envio de extrato de utilização □ Pesquisa de satisfação dos usuários □ Conselhos □ Outro Especificar_____________________________________________________ 51) Existe mecanismos de identificação do beneficiário atendido em serviço de emergência para o seu acompanhamento futuro (follow up)? □ Sim
□ Não 52) Como se dá a contratação do profissional médico? □ É contratado pela operadora, juntamente com o prestador; □ É contratado pelo prestador como pessoa jurídica, de forma terceirizada; □ É contratado pelo prestador diretamente; □ É contratado pela operadora, através de empresa, de forma independente da
administração do hospital. □ Outra situação Especificar 53) Caso os serviços médicos sejam terceirizados, como o hospital gerencia a prática médica: □ Central de Gerenciamento de Leitos; □ Não houve mudança na rotina; □ Outros mecanismos. Citar: ____________________________________________ 54) Quando ocorre mudanças na rotina e normatização das operadoras o prestador é informado? □ Sim □ Não 55) O prestador tem conhecimento das normas de auditoria da operadora? □ Sim □ Não
APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO PARA OPERADORAS DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO ENTREVISTADOR DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA OPERADORA 1) Número de beneficiários: 2) Número de planos: 3) Número de planos coletivos: 4) Número de planos individuais/familiares: 5) Tipos de planos (segmentação) oferecidos: 6) Assinale no quadro abaixo a forma como são assegurados os serviços assistenciais:
Rede 6.1 Serviços Ambulatoriais
(A)
6.2 Serviços Hospitalares (B)
6.3 Serviços de Apoio Diagnóstico/Terapêutico(C)
(A) Rede própria (B) Rede credenciada
(C) Livre escolha
Nome da operadora: Cidade/UF: Modalidade: Nome e cargo do interlocutor: Responsável técnico:
Questionário número: Nome do pesquisador: Local: Data:
7) Quais são os três principais prestadores? 7.1 Segundo número de atendimentos: 7.2 Segundo volume de faturamento: 8) Assinale na relação abaixo os mecanismos que a operadora adota para a regulação da utilização pelos beneficiários dos serviços assistenciais oferecidos pela rede prestadora: □ (1) Autorização prévia □ (2) Porta de entrada (ex.: médico generalista) □ (3) Direcionamento (utilização direcionada de prestador) □ (4) Hierarquização da Rede (encaminhamento por grau de complexidade) □ (5)Co-participação (parte efetivamente paga pelo consumidor referente à realização do
procedimento) □ (6) Franquia (valor estabelecido no contrato até o qual a operadora não tem
responsabilidade de cobertura) □ (7) Não pratica □ (8) Outros Quais________________________________________________ 9) Quais dos mecanismos apontados na questão 1 são utilizados na regulação de planos, segundo os tipos de segmentação: (listar números referentes a cada mecanismo)
Segmento Indiv/familiar Coletivo Referência . Hospitalar com Obstetrícia Hospitalar sem Obstetrícia Ambulatorial Odontológico 10) A operadora possui Central de Atendimento ao Cliente (Call Center, 0800)? □ Sim □ Não 11) Em caso afirmativo, qual a função do Call Center :
□ Direcionamento a prestador □ Fornecimento de autorização prévia □ Prestação de informações a beneficiários (carências, coberturas, etc). □ Outra. Citar: _______________________________________________________ 12) Quais os critérios que o atendente do Call Center usa para referenciar os beneficiários para os prestadores: □ Nenhum critério pré-definido □ Escolha própria do beneficiário □ Localização geográfica □ Tipo de plano (individual ou coletivo) □ Custo para o prestador □ Gravidade do problema □ Encaminhamento por outro profissional □ Prestador de maior procura pelos beneficiários □ Outro. Especificar:
_______________________________________________________ 13) Assinale abaixo os critérios utilizados para o credenciamento dos prestadores individuais: □ Disponibilidade do profissional no mercado □ Reputação no mercado □ Grau de especialização □ Necessidade de diferentes produtos pela operadora □ Indicações pessoais □ Grau de utilização de serviços de apoio diagnóstico □ Número de encaminhamentos por consulta/procedimento realizados. □ Outros Especificar____________________________________________ 14) Assinale abaixo os critérios utilizados para o credenciamento dos prestadores empresariais: □ Disponibilidade do serviço no mercado □ Preço □ Reputação no mercado □ Incorporação de tecnologia □ Necessidade de diferenciação dos produtos em função dos diferentes tipos de planos □ Outros Especificar___________________________________________ 15) A operadora classifica os hospitais segundo o nível de incorporação tecnológica e de recursos humanos? □ Sim □ Não 16) Em caso afirmativo, que tipo de repercussões essa prática traz? □ Tem impacto direto sobre a tabela de pagamentos
□ É um fator levado em consideração para a flexibilização de demandas dos prestadores (glosas, procedimentos extras, etc)
□ É uma informação importante para formação de redes de prestadores para cada plano oferecido pela operadora;
□ Outras. Especificar: __________________________________________________ 16.1) Quais são os itens considerados para classificação dos Hospitais? □ Hotelaria □ Incorporação Tecnológica □ Certificação por Organismo de Acreditação Hospitalar □ Corpo Clinico Especializado □ Credibilidade da Instituição □ Localização e Infra-estrutura □ Outros.
Especificar:__________________________________________________________ 17) A operadora realiza compras de materiais para o suprimento dos hospitais contratados? □ Sim □ Não 18) Em caso afirmativo, quais os materiais mais frequentemente comprados pela operadora? □ Medicamentos □ Órteses e próteses □ Outros materiais. Quais? _____________________________________________ 19) O que orienta essas compras? □ Preços □ Marcas □ Indicação do prestador □ Disponibilidade e Agilidade de Entrega do fornecedor □ Qualidade do material a ser adquirido □ Outras características. Quais? __________________________________________ 20) Em situações de Urgência e Emergência, a operadora utiliza algum mecanismo de regulação dessa utilização? □ Sim Qual? ______________________________________________________ □ Não 21) Nos casos de urgência e impossibilidade de autorização prévia da operadora, (atendimentos realizados à noite, nos fins de semana e feriados), qual o mecanismo utilizado para garantir a internação? • Não se libera o atendimento, visto que há necessidade de autorização prévia • Libera-se o acesso, inclusive nos fins de semana e feriados, exceto para os
procedimentos de média e alta complexidade que possuem regras específicas de autorização
• Libera-se o atendimento, inclusive para procedimentos de média e alta complexidade • Outros Especificar_________________________________________________ 22) Há necessidade de algum tipo de autorização da operadora para uso do suporte diagnóstico necessário ao atendimento de urgência/emergência? • Não • Sim, sempre • Sim, em algumas situações. Especificar:
_________________________________________ 23) A operadora possui algum instrumento (manual de normas e procedimentos, material publicitário) para informar como os beneficiários devem proceder nos atendimentos de consultas, realização de exames, internações e urgência/emergência? □ Manual de normas □ Manual de procedimentos □ Site/internet □ Call Center □ Outros Quais?________________________________________________ 24) A operadora faz acompanhamento de alguns grupos de patologias (case management), e/ou de beneficiários? □ Sim □ Não 25) O que levou a operadora a adotar o case management? □ A necessidade de regulação da utilização dos serviços assistenciais □ A necessidade de padronização da qualidade da atenção oferecida □ Outra razão. Especificar :
_____________________________________________________ 26) Para quais patologias é usado o case management? □ Cardiologia □ Obstetrícia □ Oncologia □ Doenças Crônicas (diabetes) □ Ortopedia □ Outra. Citar: ________________________________________________________ 27) Quais os critérios para a seleção de patologias para acompanhamento? □ Patologias cuja padronização de procedimentos médicos é escassa □ Patologias em que a utilização de serviços de apoio diagnóstico é elevada □ Patologias de alto grau de complexidade do cuidado □ Outros. Citar:________________________________________________________ 28) Como se dá o acesso aos seguintes exames de investigação fetal?
Ultra-som Doppler Cardiotocografia fetal Liberação conforme solicitação médica Autorização prévia Liberação conforme protocolo Co-pagamento Outros. Especificar:
29) Existe necessidade de autorização prévia para a internação do recém-nascido no CTI neonatal? □ Sim □ Não 30) Para a utilização de UTI neonatal: □ O Recém Nascido - RN pode utilizar o código da mãe □ É feito um código provisório para o RN □ Não há necessidade de utilização de código, o uso de serviço é automático nesses casos □ Há necessidade de co-pagamento conforme o número de dias de internação na UTI □ Outro Especificar_____________________________________________ 31) Para a realização de ressonância nuclear magnética, o beneficiário necessita de: □ Liberação conforme solicitação médica □ Autorização prévia □ Co-pagamento □ Liberação conforme protocolo □ Perícia médica □ Outro Especificar_____________________________________________ 32) Definida pelo médico a necessidade de internação em urgência cardiológica, qual o fluxo para a sua obtenção junto à rede hospitalar? □ O próprio beneficiário busca o hospital □ O médico interna o beneficiário no hospital geral de sua escolha □ Encaminhamento pela central de atendimento da operadora □ Outra Especificar__________________________________________________ 33) A operadora define protocolos clínicos ? □ Sim □ Não 34) Os protocolos clínicos são utilizados para: (pode ser marcada mais de uma opção) □ Não há utilização de protocolos clínicos □ Orientar a conduta médica □ Definir os tipos de procedimentos a serem autorizados □ Definir o número de procedimentos a serem autorizados □ Definir o fluxo/referenciamento do beneficiário
□ Outro Especificar_____________________________________________ 35) Se é necessário um procedimento que não consta ou que excede o número previsto pelo protocolo clínico, a conduta adotada é: • Não Autorização • Exigência de autorização prévia • Autorização após análise do médico auditor • Co-pagamento • Outro Especificar_____________________________________________ 36) Existem divergências (médicas, administrativas e financeiras) com os prestadores, em relação aos procedimentos realizados? □ Sim □ Não 37) Em caso afirmativo, quais são as causas mais freqüentes? □ Volume de procedimentos que ultrapassa o limite estabelecido □ Procedimentos fora do protocolo ou da cobertura do plano □ Realização de procedimentos sem autorização prévia da operadora □ Valor total dos procedimentos superando teto financeiro □ Protocolos experimentais □ Outro. Especificar: _____________________________________________________ 38) A operadora trabalha com “consultas bonificadas”? • Sim • Não 39) Quais os critérios para a concessão do bônus ao prestador? • Reduzido número de exames em relação à média dos demais médicos credenciados por
especialidade • Queda na solicitação de exames por consulta em relação a período anterior • Reduzido número de encaminhamentos por consulta em relação à média da
especialidade • Outros. Citar:_______________________________________________________ 40) Existe sistema de informação na operadora? □ Sim □ Não 41) Caso exista, qual o tipo? □ Cadastro da clientela □ Prontuário eletrônico □ Cartão de saúde □ Registros epidemiológicos □ Outro. Especificar: __________________________________________________
42) A operadora já implementou o Sistema de Troca de Informações em Saúde Suplementar □ Sim □ Não. Porque não?_________________________________________________________ 42.1) Como se deu a aceitação desse sistema por parte dos prestadores? □ Boa □ Não houve adesão completa □ Há resistência na maioria dos prestadores 43) A operadora constrói indicadores de utilização de serviços (número de exames/consulta, número de encaminhamentos/consulta, etc)? • Sim • Não 44) Que tipo de utilização a operadora faz desses indicadores? • Advertência ao prestador com baixa produtividade; • Concessão de bônus para prestadores produtivos • Descredenciamento • Programa de visita ao prestador por médico/auditor da operadora 45) Há Comitê de Especialistas na operadora? • Sim • Não 46) Em caso afirmativo, qual a função deste Comitê? • Estabelecer protocolos clínicos; • Prestar embasamento técnico ao Conselho de Administrador • Mitigar conflitos com prestadores • Outras. Especificar: _________________________________________________ 47) Quais são as causas mais freqüentes de divergências entre operadora e prestador? □ Volume de procedimentos que ultrapassa o limite estabelecido (por quem?, qual?) □ Procedimentos fora do protocolo ou da cobertura do plano □ Realização de procedimentos sem autorização prévia da operadora □ Valor de procedimentos que superam o teto financeiro □ Glosas □ Outro Especificar____________________________________________ 48) Existe sistema de informação acerca dos prestadores? □ Sim □ Não 49) Existe algum mecanismo de comunicação regular da operadora com o beneficiário? □ Sim □ Não
50) A operadora solicita aos beneficiários a elaboração de relatórios de acompanhamento da utilização de serviços? □ Sim □ Não 51) Caso existam sistemas de informação, qual o tipo? □ Cadastro da clientela □ Prontuário eletrônico □ Cartão de saúde □ Registros epidemiológicos □ Sistema de custos □ Sistema de informações gerenciais □ Outro Especificar_____________________________________________ 52) Existe acompanhamento das gestantes de alto risco? 1. Sim, existe protocolo para orientação e encaminhamento 2. Não, a conduta é do médico assistente
Exemplificar: _______________________________________________________
53) A operadora oferta leito de UTI à gestante de alto risco em caso de necessidade? □ Sim □ Não 54) Que outros benefícios, além da cobertura mínima obrigatória da Lei 9.656/98, a operadora oferece? □ Hospital/dia para atividades de atenção ao paciente mental □ Programa de assistência farmacêutica □ Assistência domiciliar □ Transporte pré-hospitalar □ Transporte aéreo □ Cobertura em viagem internacional □ Auxilio funeral □ Outros Especificar_____________________________________________ 55) A operadora estimula a internação domiciliar? □ Sim □ Não 56) A operadora oferece programas de promoção e prevenção, especialmente para os portadores de patologias de alta complexidade? □ Sim □ Não 57) Existe programa de benefício farmacêutico? □ Sim
□ Não 58) Em caso afirmativo, que tipo de medicamento participa do programa? □ Medicamentos da farmácia popular □ Medicamentos de alto custo □ Outros. Citar:____________________________________________________ 59) Caso exista programa de benefício farmacêutico, esse se dá por: • Aquisição em rede própria • Reembolso total • Reembolso parcial • Desconto em farmácia credenciada • Aquisição a preço de custo 60) No caso de participação do beneficiário no custeio do medicamento, como este se dá? □ Até 20% □ De 21% a 40% □ Acima de 40%
Entrevista Semi-Estruturada aos Níveis Diretivos
I - Nível diretivo geral 1- Como é a estrutura organizacional da operadora? 2- Quais os planos de saúde ofertados? 3- O(a) senhor(a) avalia que a partir dos serviços oferecidos nos planos de saúde se tem conseguido alcançar a integralidade na assistência? 4- Quais os mecanismos utilizados para a introdução e agregação de novas tecnologias e procedimentos? 5- Quais as formas de avaliação da eficácia de agregação de novas tecnologias? 6- Qual a interface com o SUS? É possível articular parcerias? 7- O que leva os usuários dos planos de saúde da operadora a procurarem o SUS? Existem casos dessa natureza na sua operadora? 8- Quais as mudanças que o processo de regulamentação do setor pela Lei nº 9.656/98 acarretou na operadora?
II - Gerência de Regulação Questões 1- Como é a estrutura organizacional da sua área de responsabilidade e quais os objetivos? 2 - Como são negociados com os prestadores os preços dos serviços assegurados pela operadora (medicamentos, materiais, diárias e cirurgias eletivas)? 3 - Como são feitas as autorizações para consultas, procedimentos diagnósticos e terapêuticos e internações? E os procedimentos/exames de alto custo? 4 - Quais os mecanismos de regulação dos prestadores próprios e contratados? 5 - Quais os mecanismos de regulação junto aos médicos e odontólogos que solicitam exames ou outros procedimentos acima da média? 6 - Como está organizado o sistema de auditoria médica e odontológica? 7 - Como está organizado o Call Center? Qual a interface que possui com a área de regulação? 8 - Os protocolos clínicos são utilizados como orientação da operadora? Com quais objetivos? 9- Quais as políticas que a operadora possui para regular a qualidade dos serviços prestados? Por exemplo, no caso do laboratório, a operadora exige periodicamente o controle externo de qualidade? 10 - Existem muitos casos de ressarcimento ao SUS? 11 - Que mudanças o processo de regulamentação do setor (Lei nº 9.656/ 98) acarretou para a operadora? 12 - Há uma estimativa dos principais itens glosados nas faturas hospitalares? Quanto as glosas representam dos pagamentos realizados aos hospitais no ano passado? 13 - Quais os mecanismos de regulação junto aos médicos que solicitam exames acima da média?
III - Gerência Assistencial ou Promoção à Saúde Questões 1 - Quais os critérios para organização da rede (há uma preocupação com garantia da oferta a todas as faixas etárias, apoio diagnóstico/terapêutico e os diversos recursos tecnológicos existentes)? 1.1 - Quando a Operadora incorpora o Plano odontológico no contrato? é só para o plano empresarial a partir de 50 beneficiários? e para individual ou familiar? 2 - Solicitar uma caracterização qualitativa e quantitativa da rede assistencial 2.1 - Quando a operadora não possui prestador que oferte um tipo de serviço, qual o encaminhamento e dado nestes casos? Há limites para utilização do reembolso? 3 - Os protocolos clínicos são utilizados como orientação da operadora? Com quais objetivos? 4 - A operadora implementa políticas e atividades de promoção da saúde? Descreva sumariamente. 5 - Como é feita a definição quanto à introdução de novas tecnologias e procedimentos? Existe avaliação da eficácia da agregação destas? 6- Quais as políticas que a operadora possui para regular a qualidade dos serviços prestados? Por exemplo, no caso do laboratório, a operadora exige periodicamente o controle externo de qualidade? 7 - Qual a interface com o SUS? É possível articular parcerias? 8 - O que leva os usuários dos planos de saúde da operadora a procurarem o SUS? Existem casos dessa natureza na operadora? Em que áreas isso é mais freqüente? 9 - Que mudanças o processo de regulamentação do setor (Lei nº 9.656/ 98) acarretou para a operadora? 10 - Quais as formas de avaliação da satisfação dos usuários dos planos de saúde? Existem reclamações? De que natureza?
8.2. Anexos II