ANEXO B1 DOSSIÊ DAS UNIDADES DE GERENCIAMENTO … · apresentaram eventos de inundação/enchente...

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Relatório Técnico nº 131.057-205 B1-1/189 ANEXO B1 DOSSIÊ DAS UNIDADES DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS DO ESTADO DE SÃO PAULO UGRHIS

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Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-1/189

ANEXO B1

DOSSIÊ DAS UNIDADES DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS

HÍDRICOS DO ESTADO DE SÃO PAULO – UGRHIS

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-2/189

APRESENTAÇÃO

Este Anexo, parte integrante do Relatório Técnico n.º 131.057-205,

Cadastramento de pontos de erosão e inundação no Estado de São Paulo, apresenta a

compilação dos resultados do trabalho para as 22 (vinte e duas) Unidades de

Gerenciamento de Recursos Hídricos – UGRHI do Estado, expondo a caracterização

geral do meio físico e do uso e ocupação do solo em cada unidade, além da situação

com relação aos processos erosivos e aos processos de inundação/enchente.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-3/189

SUMÁRIO

1 UGRHI 1 – MANTIQUEIRA .......................................................................................... 4

2 UGRHI 2 – PARAÍBA DO SUL .................................................................................... 9

3 UGRHI 3 – LITORAL NORTE .................................................................................... 20

4 UGRHI 4 – PARDO .................................................................................................... 26

5 UGRHI 5 – PIRACICABA/CAPIVARI/JUNDIAÍ ......................................................... 35

6 UGRHI 6 – ALTO TIETÊ ............................................................................................ 47

7 UGRHI 7 – BAIXADA SANTISTA .............................................................................. 57

8 UGRHI 8 – SAPUCAÍ/GRANDE ................................................................................. 63

9 UGRHI 9 – MOGI-GUAÇU ......................................................................................... 72

10 UGRHI 10 – TIETÊ/SOROCABA ............................................................................... 83

11 UGRHI 11 – RIBEIRA DE IGUAPE/LITORAL SUL ................................................... 93

12 UGRHI 12 – BAIXO PARDO/GRANDE.................................................................... 103

13 UGRHI 13 – TIETÊ/JACARÉ ................................................................................... 108

14 UGRHI 14 – ALTO PARANAPANEMA .................................................................... 117

15 UGRHI 15 – TURVO/GRANDE ................................................................................ 124

16 UGRHI 16 – TIETÊ/BATALHA ................................................................................. 133

17 UGRHI 17 – MÉDIO PARANAPANEMA .................................................................. 140

18 UGRHI 18 – SÃO JOSÉ DOS DOURADOS ............................................................ 149

19 UGRHI 19 – BAIXO TIETÊ ....................................................................................... 157

20 UGRHI 20 – AGUAPEÍ ............................................................................................. 165

21 UGRHI 21 – PEIXE ................................................................................................... 174

22 UGRHI 22 – PONTAL DO PARANAPANEMA ........................................................ 181

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 189

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-4/189

1 UGRHI 1 – MANTIQUEIRA

1.1 Descrição Geral

A UGRHI-1 (Mantiqueira) localiza-se na porção leste/sudeste do Estado de São

Paulo (Figura 1), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela 1.

Agrega os tributários das margens direita e esquerda do rio Sapucaí-Guaçu, drenando

uma área de aproximadamente 674 km2. Os principais rios desta UGRHI são os rios

Sapucaí-Guaçu e Sapucaí-Mirim.

Figura 1. Localização da UGRHI-1 no Estado de São Paulo.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-5/189

Tabela 1. Municípios com sede na UGRHI-1 (Fonte: São Paulo, 1994)

UGRHI MUNICÍPIOS

MANTIQUEIRA

CAMPOS DO JORDÃO

SANTO ANTÔNIO DO PINHAL

SÃO BENTO DO SAPUCAÍ

Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com

DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-1 rochas metamórficas do Complexo

Pinhal (representado por migmatitos de injeção, subordinadamente anatexitos e

granitoides diversos, migmatitos oftalmiticos, embrechitos facoidais e migmatitos

policíclicos de estruturas diversas, localmente com termos granulíticos); do Complexo

Silvianópolis (gnaisses embrechíticos, com núcleos de granulitos e anatexitos não

diferenciados contendo ocorrências restritas do Grupo Amparo, granulitos diversos e

migmatitos de anatexia, rochas metadioríticas e metabasíticas) e do Complexo Embu

(predominando migmatitos heterogêneos, essencialmente estromatíticos, com

paleossoma xistoso, gnáissico ou anfibolítico, migmatitos homogêneos variados

predominando os de natureza homofânica, oftalmítica e facoidal).

Geomorfologicamente, de acordo com Ross e Moroz (1997), a UGRHI-1 situa-se

majoritariamente no Planalto e Serra da Mantiqueira (Cinturão Orogênico do Atlântico),

onde predominam formas de relevo denudacionais cujo modelado constitui-se

basicamente em escarpas e morros altos com topos aguçados e topos convexos.

Predominam altimetrias entre 1.000 a 2.000 metros com declividade média maior que

30% no nível alto. Por ser uma unidade de relevo com formas muito dissecadas, vales

de entalhamento pequeno e densidade de drenagem alta ou vales muito entalhados

com densidade de drenagem menor e vertentes muito inclinadas caracteriza-se como

área de nível de fragilidade potencial muito alto, estando sujeita a processos erosivos

intensos e grande probabilidade de ocorrência de movimentos de massa e erosão

linear com voçorocas. Pedologicamente, segundo Oliveira et al. (1999), as associações

pedológicas que predominam na UGRHI-1 são classificadas como Argissolos

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-6/189

Vermelho-Amarelos Distróficos A moderado e proeminente + Argissolos Vermelho-

Amarelos Eutróficos A moderado, ambos com textura média/argilosa e argilosa em fase

não rochosa e rochosa de relevo montanhoso e forte ondulado; Latossolos Vermelho-

Amarelos Distróficos A moderado e proeminente de textura argilosa relevo forte

ondulado. Ocorrem também Cambissolos Háplicos Distróficos A proeminente e

moderado + Cambissolos Húmicos Distróficos ambos de textura média e argilosa em

relevo forte ondulado e montanhoso e Cambissolos Húmicos + Cambissolos Háplicos A

proeminente e moderado, ambos Distróficos de textura argilosa e média em relevo

montanhoso e escarpado.

No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, predominam nesta Unidade

Hidrográfica as áreas de mata e as de campo antrópico/pastagem, que juntas recobrem

mais de 90% do seu território. Destaca-se a presença de importantes remanescentes

da Mata Atlântica, que integram a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, reconhecida

pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura - UNESCO,

que tem com uma das suas funções a conservação da biodiversidade e dos demais

atributos naturais da Mata Atlântica, incluindo a paisagem e os recursos hídricos.

1.2 Erosão

De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a

UGRHI-1 está predominantemente inserida na classe II - Alta de suscetibilidade à

erosão (Figura 2).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-7/189

Figura 2. Mapa de Erosão da UGRHI-1 e UGRHI-2 (IPT/DAEE, 1997).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-8/189

Na UGRHI, foi cadastrada uma erosão linear urbana (ravina) e 53 rurais (42

ravinas e 11 boçorocas). Estes processos ocorrem prioritariamente em áreas de alta

suscetibilidade à erosão (classe II).

A Tabela 2 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos

lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-1.

Tabela 2. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-1

MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL

CAMPOS DO JORDÃO 1 7 8

SANTO ANTÔNIO DO PINHAL 0 26 26

SÃO BENTO DO SAPUCAÍ 0 20 20

TOTAL 1 53 54

O Mapa 01 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos

erosivos lineares na UGRHI-1, impresso em escala 1:250.000.

1.3 Inundação

Pelas análises conduzidas e registros consultados, todos os municípios já

apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana: Campos do

Jordão, Santo Antônio do Pinhal e São Bento do Sapucaí.

O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de

processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso

em escala 1:750.000.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-9/189

2 UGRHI 2 – PARAÍBA DO SUL

2.1 Descrição Geral

A UGRHI-2 (Paraíba do Sul) localiza-se na porção sul/sudeste do Estado de São

Paulo (Figura 3), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela 3.

Agrega os tributários das margens direita e esquerda do rio Paraíba do Sul, drenando

uma área de aproximadamente 14.429 km2. Os principais rios desta UGRHI são o

Paraíba do Sul, Paraitinga, Bananal, da Bocaina, entre outros.

Figura 3. Localização da UGRHI-2 no Estado de São Paulo.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-10/189

Tabela 3. Municípios com sede na UGRHI-2 (Fonte: São Paulo, 1994)

UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI

PARAÍBA DO SUL

APARECIDA

ARAPEÍ

AREIAS

BANANAL

CAÇAPAVA

CACHOEIRA PAULISTA

CANAS

CRUZEIRO

CUNHA

GUARAREMA

GUARATINGUETÁ

IGARATÁ

JACAREÍ

JAMBEIRO

LAGOINHA

LAVRINHAS

LORENA

MONTEIRO LOBATO

NATIVIDADE DA SERRA

PARAIBUNA

PINDAMONHANGABA

PIQUETE

POTIM

QUELUZ

REDENÇÃO DA SERRA

ROSEIRA

SANTA BRANCA

SANTA ISABEL

SÃO JOSÉ DO BARREIRO

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

SÃO LUÍS DO PARAITINGA

SILVEIRAS

TAUBATÉ

TREMEMBÉ

Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-11/189

DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-2 rochas metamórficas do Complexo

Embu (predominando migmatitos heterogêneos, essencialmente estromatíticos, com

paleossoma xistoso, gnáissico ou anfibolítico, migmatitos homogêneos variados

predominando os de natureza homofânica, oftalmítica e facoidal) e rochas granitóides

das Suítes Granitóides, representadas pelas fácies Cantareira (granitos foliados,

granulação fina a média, textura porfirítica frequente; contatos parcialmente

discordantes e composição tonalítica a granítica) e Migmatítica (representada por

corpos granitóides foliados, com contatos concordantes e transicionais, incluindo

anatexitos, nebulitos e oftalmitos; grande heterogeneidade petrográfica, composicional

e textural). Ocorrem também rochas metamórficas representadas pelos complexos

Silvianópolis (gnaisses embrechíticos, com núcleos de granulitos e anatexitos não

diferenciados contendo ocorrências restritas do Grupo Amparo, granulitos diversos e

migmatitos de anatexia, rochas metadioríticas e metabasíticas); Costeiro (migmatitos

diversos, incluindo estromatitos, metatexitos, diatexitos, biotita gnaisses, granitoides e

granitos gnáissicos, anfibolitos e serpentinitos subordinados, localmente migmatizados,

metabasitos, charnoquitos, quartzitos, micaxistos); Pinhal (representado por migmatitos

oftalmiticos, embrechitos facoidais e migmatitos policíclicos de estruturas diversas,

localmente com termos granulíticos) e Juiz de Fora (representado por migmatitos

remigmatizados, com estruturas complexas); pelos grupos Açungui (representado por

filitos, quartzo filitos, micaxistos, quartzo micaxistos, subordinadamente quartzitos

micáceos e gnaisses, metabasitos, mármores calcíticos e dolomíticos, calcossilicatadas

e talco xistos) e São Roque (representado por dois conjuntos de rochas: um composto

por filitos, incluindo metassiltitos, quartzo xistos, quartzitos e micaxistos subordinados;

e outro composto por clorita xistos e quartzo micaxistos, subordinadamente

metassiltitos, metagrauvacas, metarcóseos, calcários dolomíticos e calcíticos,

calciossilicatadas e filitos); rochas sedimentares representadas pelas formações

Caçapava (representada por arenitos, argilitos, subordinadamente folhelhos e

conglomerados) e Tremembé (representada por folhelhos e argilitos localmente

pirobetuminosos, incluindo intercalações de arenitos e brechas sedimentares) e os

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-12/189

Sedimentos/Depósitos Aluviais (representados por aluviões em geral, incluindo areias

inconsolidadas de granulação variável, argilas e cascalheiras fluviais

subordinadamente, em depósitos de calhas e/ou terraços) e Coluviais (areias com

matriz argilosa, cascalhos de limonita e quartzo na base). Geomorfologicamente, de

acordo com Ross e Moroz (1997), a UGRHI-2 situa-se majoritariamente no Planalto

Médio Vale do Paraíba (predominam formas de relevo denudacionais cujo modelado

constitui-se basicamente em morros baixos com topos convexos e formas

agradacionais associadas ao Rio Paraíba do Sul. Predominam altimetrias entre 600 a

800 metros e com declividades predominantes de 20 a 30%. Por ser uma unidade de

relevo com dissecação média, com vales muito entalhados e densidade de drenagem

média a alta, apresenta um nível de fragilidade potencial médio o que torna a área

suscetível a fortes atividades erosivas) e no Planalto de Paraítinga/Paraibuna

(predominam formas de relevo muito dissecadas cujo modelado constitui-se

basicamente por morros altos e alongados com topos convexos. Possui altimetria entre

800 e 1200 e declividades predominantes de 20 a 30%, ultrapassando os 40%, com

frequência. Por ser unidade de formas de dissecação média a alta, com vales

entalhados e densidade de drenagem média a alta, esta área apresenta um nível de

fragilidade potencial médio a alto, estando sujeita a fortes atividades erosivas de

caráter linear e pequenos escorregamentos de terras ou movimentos de massa).

Ocorrem também porções no Planalto e Serra da Mantiqueira (predominam formas de

relevo denudacionais cujo modelado constitui-se basicamente em escarpas e morros

altos com topos aguçados e topos convexos. Predominam altimetrias entre 1.000 a

2.000 metros com declividade média maior que 30% no nível alto. Por ser uma unidade

de relevo com formas muito dissecadas, com vales muito entalhados e alta densidade

de drenagem e vertentes muito inclinadas é área de nível de fragilidade potencial muito

alto, estando sujeita aos processos erosivos intensos e grande probabilidade de

ocorrência de movimentos de massas); no Planalto e Serra da Bocaina (predominam

formas de relevo denudacionais cujo modelado constitui basicamente por morros altos

e cristas com topos aguçados e topos convexos. Possui altimetrias entre 1000 a 2000

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-13/189

metros e declividades predominantes são superiores a 30% para as partes das

superfícies altas, enquanto que nas bordas prevalecem declividades ao redor de 60%.

Por apresentar formas de dissecação intensa os vales são muito entalhados e a

densidade de drenagem muito alta, esta área revela m nível de fragilidade potencial

médio, estando sujeita a fortes atividades erosivas); na Depressão do Médio Paraíba

(formas de relevo denudacionais cujo modelado constitui-se basicamente por colinas

de topos convexos, com vales de entalhamento de até 20 a 80 metros e dimensão

interfluvial variando de 250 a 3750 metros. Com altitudes predominantes entre 600 e

700 metros e declividades entre 5 e 20%) e nas Planícies e Terraços Fluviais

(apresentam declividades inferiores a 2% e posicionam-se em diferentes níveis

altimétricos, com potencial de fragilidade muito alto por serem áreas sujeitas às

inundações periódicas, com lençol freático pouco profundo e sedimentos

inconsolidados sujeitos às acomodações constantes). Pedologicamente, segundo

Oliveira et al. (1999), as associações pedológicas que predominam na UGRHI-2 são

classificadas como Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos de textura argilosa, de

relevo forte ondulado e montanhoso + Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos

argilossólicos, com textura argilosa, de relevo forte ondulado, ambos A moderado e

Argissolos Vermelho-Amarelos Distróficos + Argilossolos Vermelhos Distróficos de

textura média/argilosa + Argilossolos Vermelho-Amarelos Distróficos latossólicos A

moderado fase não rochosa e rochosa com relevo montanhoso e forte ondulado.

Ocorrem também as associações Cambissolos Háplicos Distróficos de textura argilosa

e média, relevo montanhoso e escarpado + Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos

de textura argilosa, com relevo montanhoso, ambos A moderado + Afloramento de

rochas; Gleissolos Melânicos Distróficos com argila de baixa atividade, de textura

argilosa + Neossolos Flúvicos com argila de baixa atividade, textura média +

Organossolos Distróficos todos com relevo de vázea; Latossolos Amarelos Distróficos

de relevo suave ondulado e ondulado + Argilossos Vermelho-Amarelos Distróficos de

relevo ondulado ambos A moderado e proeminente com textura argilosa e Cambissolos

Húmicos + Cambissolos Háplicos A proeminente e moderado, ambos Distróficos de

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-14/189

textura argilosa e média em relevo montanhoso e escarpado.

Nesta UGHRI predominam as classes de uso campo antrópico/pastagem e de

mata, que compreendem a 49% e 40%, respectivamente, totalizando 89% da área

desta unidade. A classe de área urbana constitui 3%, e representa um acelerado

crescimento das cidades, em manchas contínuas, com significativa concentração

populacional e industrial. O seu parque industrial conta com empresas de destaque,

principalmente nos ramos aeroespacial e automobilístico, além de ser um polo

científico e tecnológico de grande relevância estratégica.

A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas

durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.

Foto 1. Erosão de margem no rio Paraíba, município de Caçapava.

Foto 2. Erosões em talude da represa de Paraibuna.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-15/189

Foto 3. Focos erosivos em encosta,no município de Silveiras.

Foto 4. Ravinamentos em talude rodoviário no município de Natividade da Serra.

Foto 5. Obras de drenagem no município de Areias.

Foto 6. Aspectos do relevo da UGRHI 2.

Foto 7. Depósitos provenientes de corridas de massa, município de Piquete.

Foto 8. Uso e ocupação do solo no município de Cunha.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-16/189

Foto 9. Obras de contenção de taludes, município de Paraibuna.

2.2 Erosão

De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a

UGRHI-2 está predominantemente inserida nas classes II - Alta e III - Média de

suscetibilidade à erosão (Figura 4).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-17/189

Figura 4. Mapa de Erosão da UGRHI-1 e UGRHI-2 (IPT/DAEE, 1997).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-18/189

Na UGRHI, foram cadastradas 71 erosões lineares urbanas (48 ravinas e 23

boçorocas) e 3983 rurais (1228 ravinas e 2755 boçorocas). Estes processos ocorrem

prioritariamente em áreas de alta/média suscetibilidade à erosão (classe II e III).

A Tabela 4 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos

lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-2.

Tabela 4. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-2

MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL

APARECIDA 10 41 51

ARUJÁ 0 8 8

CAÇAPAVA 7 129 136

CRUZEIRO 5 152 157

CUNHA 5 384 389

GUARAREMA 1 98 99

GUARATINGUETÁ 3 199 202

GUARULHOS 0 9 9

ITAQUAQUECETUBA 0 2 2

JACAREÍ 5 117 122

JAMBEIRO 1 93 94

LAGOINHA 6 67 73

MOGI DAS CRUZES 6 50 56

NATIVIDADE DA SERRA 2 205 207

PARAIBUNA 1 243 244

PINDAMONHANGABA 1 102 103

PIQUETE 1 62 63

QUELUZ 1 41 42

ROSEIRA 1 17 18

SALESÓPOLIS 0 6 6

SANTA BRANCA 0 112 112

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 13 235 248

SÃO LUÍS DO PARAITINGA 1 118 119

SUZANO 0 1 1

TAUBATÉ 1 178 179

ARAPEÍ 0 62 62

AREIAS 0 112 112

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-19/189

BANANAL 0 91 91

CACHOEIRA PAULISTA 0 195 195

CANAS 0 14 14

IGARATÁ 0 131 131

LAVRINHAS 0 57 57

LORENA 0 205 205

MONTEIRO LOBATO 0 34 34

REDENÇÃO DA SERRA 0 109 109

SANTA ISABEL 0 99 99

SÃO JOSÉ DO BARREIRO 0 72 72

SILVEIRAS 0 121 121

TREMEMBÉ 0 12 12

TOTAL 71 3983 4054

O Mapa 01 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos

erosivos lineares na UGRHI-2, impresso em escala 1:250.000.

2.3 Inundação

Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 31

municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,

a saber: Aparecida, Arapeí, Areias, Bananal, Caçapava, Cachoeira Paulista, Canas,

Cruzeiro, Cunha, Guararema, Guaratinguetá, Igaratá, Jacareí, Jambeiro, Lavrinhas,

Lorena, Monteiro Lobato, Paraibuna, Pindamonhangaba, Piquete, Potim, Queluz,

Roseira, Santa Branca, Santa Isabel, São José do Barreiro, São José dos Campos,

São Luís do Paraitinga, Silveiras, Taubaté e Tremembé.

O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de

processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso

em escala 1:750.000.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-20/189

3 UGRHI 3 – LITORAL NORTE

3.1 Descrição Geral

A UGRHI-3 (Litoral Norte) localiza-se na porção sul/sudeste do Estado de São

Paulo (Figura 5), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela 5.

Agrega os tributários das margens direita e esquerda do rio Camburu ou tingá,

drenando uma área de aproximadamente 1.952 km2. O principal rio desta UGRHI é o

Camburu ou Tingá.

Figura 5. Localização da UGRHI-3 no Estado de São Paulo.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-21/189

Tabela 5. Municípios com sede na UGRHI-3 (Fonte: São Paulo, 1994)

UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI

LITORAL NORTE

CARAGUATATUBA

ILHABELA

SÃO SEBASTIÃO

UBATUBA

Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com

DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-3 rochas do Complexo Costeiro

(migmatitos diversos, incluindo estromatitos, metatexitos, diatexitos, biotita gnaisses,

granitoides e granitos gnáissicos, anfibolitos e serpentinitos subordinados, localmente

migmatizados) e os Corpos Alcalinos do Litoral Norte estão representados por nefelina

sienitos, pulaskitos, teralitos, essexitos, nordmarkitos, tinguaítos e álcali-sienitos,

cortados por numerosos diques não individualizados de micro-sienitos, traquitos,

lamprófiros, fonólitos, tinguaítos, nordmarkitos e teschenitos. Ocorrem também os

Sedimentos Marinhos e Lagunares Indiferenciados, incluindo areias, argilas de mangue

e areias litorâneas e rochas da Suíte Granitóide (granitos foliados, granulação fina a

média, textura porfirítica frequente; contatos parcialmente discordantes e composição

tonalítica a granítica - fácies Cantareira). Geomorfologicamente, de acordo com Ross e

Moroz (1997), a UGRHI-3 situa-se majoritariamente na Escarpa/Serra do Mar e Morros

Litorâneos (constitui-se basicamente em escarpas e cristas com topos aguçados e

topos convexos. Altimetrias variam de 10 até 1000 metros e as declividades

predominantes são de 20 a 30%, sendo por vezes superiores a 30% e atingindo os

60%, em setores localizados das vertentes. Formas de dissecação muito intensas, com

vales de grande entalhamento, com alta densidade de drenagem e vertentes muito

inclinadas, apresenta um nível de fragilidade potencial muito alto, estando sujeita a

processos erosivos agressivos e movimentos de massa espontâneos e induzidos) e na

Planície Litorânea do Litoral Norte (terrenos planos de natureza sedimentar marinha e

fluvial quaternária, onde ocorrem processos de agradação. Com altimetrias entre 0 e 20

metros com declividades dominantes inferiores a 2%, possui baixa densidade de

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-22/189

drenagem de padrão meandrante e anastomasado. Possuem potencial de fragilidade

muito alto por serem áreas sujeitas às inundações periódicas, com lençol freático

pouco profundo e sedimentos inconsolidados sujeitos as acomodações constantes).

Ocorrem também porções no Planalto de Paraítinga/Paraibuna (predominam formas de

relevo muito dissecadas cujo modelado constitui-se basicamente por morros altos e

alongados com topos convexos. Possui altimetria entre 800 e 1200 e declividades

predominantes de 20 a 30%, ultrapassando os 40%, com frequência. Por ser unidade

de formas de dissecação média a alta, com vales entalhados e densidade de drenagem

média a alta, esta área apresenta um nível de fragilidade potencial médio a alto,

estando sujeita a fortes atividades erosivas de caráter linear e pequenos

escorregamentos de terras ou movimentos de massa) e no Planalto Paulistano/Alto

Tietê (morros médios e altos com topos convexos. Pedologicamente, segundo Oliveira

et al. (1999), as associações pedológicas que predominam na UGRHI-3 são

classificadas como Cambissolos Háplicos Distróficos textura argilosa e média fase não

rochosa e rochosa, relevo montanhoso e escarpado + Latossolos Vermelho-Amarelos

Distróficos textura argilosa relevo montanhoso e forte ondulado ambos A moderado e

proeminente. Ocorrem também Espodossolos Ferrocárbicos Órticos A proeminente e

moderado, com textura arenosa + Neossolos Quartzarênicos Órticos Distróficos A

moderado, ambos em relevo plano e Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos de

textura argilosa + Cambissolos Háplicos Distróficos de textura argilosa e média fase

não pedregosa e pedregosa, ambos A moderado, em relevo forte ondulado e

montanhoso.

No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, aproximadamente 89% da área

desta UGRHI é constituída pela classe de uso mata, que recobre significativas porções

da Serra do Mar e corresponde a Unidades de Conservação de diferentes categorias

de manejo e níveis de restrições. Esta Unidade Hidrográfica vem recebendo grandes

projetos de infraestrutura, principalmente do setor de petróleo e gás. Abriga muitas

praias que se espalham em torno de vilas de pescadores ou pequenas cidades,

recebem turistas especialmente no período de alta temporada, resultando num

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-23/189

acréscimo significativo de população flutuante.

3.2 Erosão

De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a

UGRHI-3 está predominantemente inserida na classe II – Alta de suscetibilidade à

erosão (Figura 6).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-24/189

Figura 6. Mapa de Erosão da UGRHI-3 (IPT/DAEE, 1997).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-25/189

Na UGRHI, foram cadastradas 0 erosões lineares urbanas e 55 rurais (28

ravinas e 27 boçorocas). Estes processos ocorrem prioritariamente em áreas de alta

suscetibilidade à erosão (classe II).

A Tabela 6 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos

lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-3.

Tabela 6. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-3

MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL

CARAGUATATUBA 0 15 15

ILHABELA 0 12 12

SÃO SEBASTIÃO 0 10 10

UBATUBA 0 18 18

TOTAL 0 55 55

O Mapa 02 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos

erosivos lineares na UGRHI-3, impresso em escala 1:250.000.

3.3 Inundação

Pelas análises conduzidas e registros consultados, todos os municípios já

apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana: Caraguatatuba,

Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba.

O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de

processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso

em escala 1:750.000.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-26/189

4 UGRHI 4 – PARDO

4.1 Descrição Geral

A UGRHI-4 (Pardo) localiza-se na porção nordeste do Estado de São Paulo

(Figura 7), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela 7. Agrega os

tributários das margens direita e esquerda do rio Pardo (cabeceiras), drenando uma

área de aproximadamente 8.963 km2. Os principais rios desta UGRHI são o Pardo,

Canoas, da Fartura, do Peixe, Tambaú, entre outros.

Figura 7. Localização da UGRHI-4 no Estado de São Paulo.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-27/189

Tabela 7. Municípios com sede na UGRHI-4 (Fonte: São Paulo, 1994)

UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI

PARDO

ALTINÓPOLIS

BRODOWSKI

CACONDE

CAJURU

CASA BRANCA

CÁSSIA DOS COQUEIROS

CRAVINHOS

DIVINOLÂNDIA

ITOBI

JARDINÓPOLIS

MOCOCA

RIBEIRÃO PRETO

SALES OLIVEIRA

SANTA CRUZ DA ESPERANÇA

SANTA ROSA DE VITERBO

SÃO JOSÉ DO RIO PARDO

SÃO SEBASTIÃO DA GRAMA

SÃO SIMÃO

SERRA AZUL

SERRANA

TAMBAÚ

TAPIRATIBA

VARGEM GRANDE DO SUL

Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com

DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-4 rochas sedimentares pertencentes ao

Grupo São Bento, representado pelas formações Serra Geral (rochas vulcânicas

toleíticas em derrames basálticos), Botucatu (arenitos eólicos, de granulação fina à

média) e Pirambóia (arenitos finos a médios, com matriz síltico-argilosa, apresenta

níveis de folhelhos e arenitos argilosos); ao Grupo Tubarão, representado pelo Sub-

Grupo Itararé (arenitos finos a grosseiros, siltitos, lamitos, diamictitos e ritimitos) e pelas

formações Aquidauana (arenitos e siltitos de tonalidades avermelhadas) e Tatuí (siltitos

arenosos e argilosos, arenitos lamíticos, e raras lentes de calcário); ao Grupo Passa

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-28/189

Dois, representado pela Formação Corumbataí (arenitos muito finos, siltitos, lamitos e

folhelhos; níveis de calcários oolíticos e coquina); ao Grupo Bauru, representado pela

Formação Adamantina (arenitos finos a muito finos, com teor de matriz variável, lamitos

e siltitos). Ocorrem também rochas representadas pelas Suítes Básicas (diques

básicos em geral, incluindo diabásios, dioritos pórfiros, microdioritos pórfiros, gabros,

lamprófiros, andesitos, monzonitos pórfiros e traquiandesitos); rochas metamórficas

representadas pelos complexos Pinhal (migmatitos de injeção, subordinadamente

anatexitos e granitóides diversos) e Silvianópolis (granulitos diversos e migmatitos de

anatexia; granitos-gnaisses subordinadamente); pelo Grupo Amparo (paragnaisses

essencialmente fitados e bandados, com intercalações de micaxistos, quartzitos,

anfibolitos, calcossilicáticas, metaultrabásicas e gonditos, quartzitos feldspáticos,

micáceos, com intercalações de biotita xistos). E, os Sedimentos/Depósitos Aluviais

(areias inconsolidadas de granulação variável, argilas e cascalheiras fluviais) e os

Depósitos Coluviais de Espigão (areias com matriz argilosa, cascalhos de limonita e

quartzo na base). Geomorfologicamente, de acordo com Ross e Moroz (1997), a

UGRHI-4 situa-se majoritariamente no Planalto em Patamares Estruturais de Ribeirão

Preto (altitudes entre 500 e 700 metros e declividades que variam de 2 a 10%.

Constitui-se de formas de relevo denudacionais cujo modelado é basicamente em

colinas amplas e baixas com topos tabulares) e na Depressão Mogi-Guaçu (altimetrias

predominantes entre 500 e 600 metros, com declividades entre 5 a 10%. Constitui-se

de formas de relevo denudacionais cujo modelado é basicamente em colinas de topos

tabulares amplos). Ocorrem também porções no Planalto do Alto Rio Grande (altitudes

entre 700 e 800 metros e declividades que variam de 20 a 30%. Constitui-se de formas

de relevo denudacionais cujo modelado é basicamente e morros baixos com topos

convexos e parte com topos aguçados. Predominam formas de dissecação média a

alta, com vales entalhados e com densidade de drenagem média a alta, apresentando

um nível de fragilidade potencial médio. Áreas sujeitas a forte atividade erosiva); no

Planalto Residual de Franca e Batatais (altimetrias entre 700 e 1000 metros e

declividades de 10 a 20%. Esta unidade apresenta um nível de fragilidade potencial

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-29/189

baixo, com baixo potencial erosivo, nos setores mais aplanados dos topos dos

interflúvios, tornando-se com maior potencial erosivo nos setores de vertentes com

declividades mais elevadas); no Planalto Residual de São Carlos (predominam formas

de dissecação média a alta, com vales entalhados e com densidade de drenagem

média a alta, apresentando um nível de fragilidade potencial médio. Áreas sujeitas a

forte atividade erosiva); no Planalto Centro Ocidental Paulista (com altitudes entre 300

e 600 metros e declividades inferiores a 20%. Predominam formas de dissecação

média a alta, com vales entalhados e com densidade de drenagem média a alta,

apresentando um nível de fragilidade potencial médio); no Planalto de Serra

Negra/Lindóia (altitudes entre 900 e 1100 metros. Nos níveis mais baixos apresenta

declividades que variam de 2 a 20% na maior parte da área, sendo superior nos

setores mais dissecados do relevo) e nas Planícies e Terraços Fluvias (caracterizam-se

por áreas baixas e planas sujeitas a inundações periódicas que possui declividades

inferiores a 2%, posicionando-se em diferentes níveis altimétricos. Possuem potencial

de fragilidade muito alto por estarem sujeitas a inundações periódicas e possuírem

lençol freático pouco profundo e sedimentos inconsolidados sujeitos a acomodações

constantes). Pedologicamente, segundo Oliveira et al. (1999), as associações

pedológicas que predominam na UGRHI-4, são classificados como Latossolos

Vermelhos Distroférricos, de textura argilosa e Distróficos de textura média, ambos A

moderado, relevo suave ondulado e ondulado e Latossolos Vermelhos Distroférricos +

Latossolos Vermelhos-Amarelos Distróficos ambos A moderado, com textura média,

em relevo suave ondulado. Ocorrem também Latossolos Vermelho-Amarelos

Distróficos A moderado e proeminente, com textura média + Latossolos Vermelhos

Distróficos A moderado, de textura média argilosa, ambos em relevo suave ondulado;

Argissolos Vermelho-Amarelos Eutróficos + Argissolos Vermelhos Eutróficos ambos A

moderado textura média/argilosa e argilosa relevo forte ondulado e montanhoso;

Neossolos Quartzarênicos Órticos A fraco e moderado + Latossolos Vermelho-

Amarelos A moderado, de textura média ,ambos Distróficos relevo suave ondulado e

plano; Neossolos Flúvicos Distróficos A moderado textura argilosa e média, relevo de

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-30/189

várzea; Gleissolos Háplicos e Melânicos + Organossolos + Cambissolos Háplicos A

moderado ou proeminente, com textura indiscriminada, bem a imperfeitamente

drenados, todos Distróficos de relevo de várzea e Latossolos Brunos Distrófico A

proeminente textura argilosa relevo montanhoso.

No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, destacam-se as áreas de campo

antrópico/pastagem, que ocupam 50% do seu território, seguidas pela classe de

culturas semi-perenes (cana-de-açúcar), com 25%. A UGHRI encontra-se em processo

de industrialização, com destaque para a agroindústria e a indústria de transformação.

A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas

durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.

Foto 10. Represamento do rio Pardo no município de Caconde.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-31/189

Foto 11. Drenagem canalizada no município de Cássia dos Coqueiros.

4.2 Erosão

De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a

UGRHI-4 está predominantemente inserida nas classes IV – Baixa, I – Muito Alta e II -

Alta de suscetibilidade à erosão (Figura 8).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-32/189

Figura 8. Mapa de Erosão da UGRHI-4 (IPT/DAEE, 1997).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-33/189

Na UGRHI, foram cadastradas 60 erosões lineares urbanas (13 ravinas e 47

boçorocas) e 606 rurais (43 ravinas e 563 boçorocas). Estes processos ocorrem

prioritariamente em áreas de muito alta suscetibilidade à erosão (classe I).

A Tabela 8 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos

lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-4.

Tabela 8. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-4

MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL

ALTINÓPOLIS 2 2 4

BATATAIS 0 1 1

BRODOWSKI 1 4 5

CACONDE 2 0 2

CAJURU 19 114 133

CASA BRANCA 9 0 9

CÁSSIA DOS COQUEIROS 1 48 49

CRAVINHOS 0 17 17

JARDINÓPOLIS 4 3 7

MOCOCA 1 307 308

PONTAL 0 1 1

RIBEIRÃO PRETO 1 2 3

SALES OLIVEIRA 2 1 3

SANTA CRUZ DA ESPERANÇA 0 25 25

SANTA ROSA DE VITERBO 11 0 11

SANTO ANTÔNIO DA ALEGRIA 0 28 28

SÃO JOSÉ DO RIO PARDO 3 2 5

SÃO SIMÃO 1 0 1

SERRA AZUL 0 40 40

SERRANA 0 10 10

SERTÃOZINHO 0 1 1

TAMBAÚ 2 0 2

TAPIRATIBA 1 0 1

TOTAL 60 606 666

O Mapa 03 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-34/189

erosivos lineares na UGRHI-4, impresso em escala 1:250.000.

4.3 Inundação

Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 14

municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,

a saber: Altinópolis, Caconde, Casa Branca, Divinolândia, Mococa, Ribeirão Preto, São

José do Rio Pardo, São Sebastião da Grama, São Simão, Serra Azul, Serrana,

Tambaú, Tapiratiba e Vargem Grande do Sul.

O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de

processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso

em escala 1:750.000.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-35/189

5 UGRHI 5 – PIRACICABA/CAPIVARI/JUNDIAÍ

5.1 Descrição Geral

A UGRHI-5 (Piracicaba/Capivari/Jundiaí) localiza-se na porção leste/sudeste do

Estado de São Paulo (Figura 9), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na

Tabela 9. Agrega os tributários das margens direita e esquerda dos rios Piracicaba,

Jaguari, Capivari, Camanducaia, Atibaia, Jundiaí entre outros, drenando uma área de

aproximadamente 14.194 km2.

Figura 9. Localização da UGRHI-5 no Estado de São Paulo.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-36/189

Tabela 9. Municípios com sede na UGRHI-5 (Fonte: São Paulo, 1994)

UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI

PIRACICABA/CAPIVARI/JUNDIAÍ

ÁGUAS DE SÃO PEDRO

AMERICANA

AMPARO

ANALÂNDIA

ARTUR NOGUEIRA

ATIBAIA

BOM JESUS DOS PERDÕES

BRAGANÇA PAULISTA

CAMPINAS

CAMPO LIMPO PAULISTA

CAPIVARI

CHARQUEADA

CORDEIRÓPOLIS

CORUMBATAÍ

COSMÓPOLIS

ELIAS FAUSTO

HOLAMBRA

HORTOLÂNDIA

INDAIATUBA

IPEÚNA

IRACEMÁPOLIS

ITATIBA

ITUPEVA

JAGUARIÚNA

JARINU

JOANÓPOLIS

JUNDIAÍ

LIMEIRA

LOUVEIRA

MOMBUCA

MONTE ALEGRE DO SUL

MONTE MOR

MORUNGABA

NAZARÉ PAULISTA

NOVA ODESSA

PAULÍNIA

PEDRA BELA

PEDREIRA

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-37/189

PINHALZINHO

PIRACAIA

PIRACICABA

RAFARD

RIO CLARO

RIO DAS PEDRAS

SALTINHO

SALTO

SANTA BÁRBARA D'OESTE

SANTA GERTRUDES

SANTA MARIA DA SERRA

SANTO ANTÔNIO DE POSSE

SÃO PEDRO

SUMARÉ

TUIUTI

VALINHOS

VARGEM

VÁRZEA PAULISTA

VINHEDO

Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com

DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-5, rochas sedimentares pertencente ao

Grupo Tubarão, representado pelo Sub-Grupo Itararé (composto predominantemente

por arenitos de granulação heterogênea, siltitos, lamitos, diamictitos e ritmitos) e pela

Formação Tatuí (constituída predominantemente de siltitos arenosos e argilosos.

Subordinadamente, ocorrem arenitos lamíticos, folhelhos, sílex e raras lentes de

calcário); ao Grupo São Bento, representado pelas formações Serra Geral (composta

por rochas vulcânicas toleíticas em derrames basálticos de coloração cinza a negra,

textura afanítica), Botucatu (composta por arenitos eólicos, de cores creme e vermelho,

de granulação fina à média) e Pirambóia (constituída predominantemente de arenitos

finos a médios, com matriz síltico-argilosa, avermelhados); ao Grupo Passa Dois,

representado pelas formações Corumbataí (constitui-se de arenitos muito finos, siltitos,

lamitos e folhelhos; níveis de calcários oolíticos e coquina) e Irati (composta por siltitos,

argilitos e folhelhos sílticos de cor cinza clara a escura, folhelhos pirobetuminosos,

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-38/189

localmente em alternância rítmica com calcários creme a acinzentado, em parte

silicificados e dolomíticos), rochas representadas pelas Suítes Básicas (diques básicos

em geral, incluindo diabásios, dioritos pórfiros, microdioritos pórfiros, gabros,

lamprófiros, andesitos, monzonitos pórfiros e traquiandesitos) e das Suítes Granitóides

(granitos foliados, granulação fina a média, textura porfirítica frequente; contatos

parcialmente discordantes e composição tonalítica a granítica - fácies Cantareira) e

Graníticas (corpos graníticos a granodioríticos alóctones, intrusivos, isótropicos,

granulação fina a grossa, com textura sub-hipidiomórfica e hipidiomórfica granular -

fácies Itu), sedimentos da Formação Rio Claro (composta por arenitos pouco

consolidados finos a médios, subordinadamente conglomerados e argilitos), rochas

metamórficas do Complexo Silvianópolis (granulitos diversos e migmatitos de anatexia,

granitos-gnaisses subordinadamente e gnaisses embrechíticos com núcleos de

granulitos e anatexitos não diferenciados contendo ocorrências restritas do Grupo

Amparo) e do Complexo Pinhal (representado por migmatitos de injeção,

subordinadamente anatexitos e granitoides diversos, migmatitos oftalmíticos,

embrechitos facoidais e migmatitos policíclicos de estruturas diversas, localmente com

termos granulíticos) e dos grupos Amparo (paragnaisses essencialmente fitados e

bandados, com intercalações de micaxistos, quartzitos, anfibolitos, calcossilicáticas,

metaultrabásicas, quartzitos feldspáticos, micáceos, com intercalações de biotita xistos

e subordinadamente filitos e gonditos) e São Roque (filitos, quatzo filitos e filitos

grafitosos em sucessões rítmicas incluindo subordinadamente metassiltitos e quartzo

xistos, quartzitos e micaxistos subordinados), rochas associadas ás Zonas

Cataclásticas (predominando rochas miloníticas e cataclasitos). Ocorrem também

Depósitos Coluviais de Espigão (areias com matriz argilosa, cascalhos de limonita e

quartzo na base), Depósitos de Cimeira (estão representados por conglomerados,

arenitos imaturos e cimento ferruginoso) e Depósitos Aluviais (areias inconsolidadas de

granulação variável, argilas e cascalheiras fluviais), associados ás principais

drenagens. Geomorfologicamente, de acordo com Ross e Moroz (1997), a UGRHI-5

situa-se majoritariamente na Depressão do Médio Tietê (constitui basicamente por

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-39/189

colinas de topos amplos tabulares e convexos, com altimetrias entre 500 e 650 metros

e declividades entre 10 e 20%. Apresenta formas de dissecação média com vales

entalhados e densidade de drenagem média a alta, nível de fragilidade potencial médio

a baixo) e na Depressão do Rio Mogi-Guaçu (altimetrias predominantes entre 500 e

600 metros, com declividades entre 5 a 10%. Constitui-se de formas de relevo

denudacionais cujo modelado é basicamente em colinas de topos tabulares amplos,

com formas de dissecação baixa, com vales pouco entalhados e densidade de

drenagem baixa, apresentando um potencial erosivo baixo). Ocorrem também porções

situadas nos Planaltos de Jundiaí (constituído por colinas e morros baixos com topos

convexos e parte com morros altos com topos aguçados No nível alto do planalto

predominam as altimetrias entre 900 e 1200 metros, com declividades predominantes

de 30 a 40%, chegando a 60% em algumas vertentes. E, no nível médio do planalto,

predominam as altimetrias entre 700 e 800 metros, com declividades predominantes de

20 a 30%. Por ser unidade com formas muito dissecadas, com vales entalhados e com

alta densidade de drenagem, esta área apresenta um nível de fragilidade potencial alto,

estando sujeita a ocorrência de movimento de massa e desencadeamento de

processos erosivos lineares vigorosos); no Planalto Residual de São Carlos (altitudes

entre 600 e 900 metros e declividades que variam de 2 a 20% na maior parte da área,

sendo superior nos setores mais dissecados do relevo. Constitui-se de formas de

relevo denudacionais cujo modelado é basicamente em colinas de topos aplainados e

tabulares, com formas de dissecação muito intensa, com vales de entalhamento

pequeno e densidade de drenagem alta ou vales muito entalhados, com densidade de

drenagem menor, caracterizando áreas sujeitas a processos erosivos agressivos,

inclusive com movimentos de massa); no Planalto de Serra Negra/Lindóia

(predominando altitudes entre 900 e 1100 metros. Nos níveis mais baixos apresenta

declividades que variam de 2 a 20% na maior parte da área, sendo superior nos

setores mais dissecados do relevo. Constitui-se de formas de relevo denudacionais

cujo modelado é basicamente em colinas de topos aplainados e tabulares, com formas

muito dissecadas, vales entalhados associados a vales poucos entalhados e alta

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-40/189

densidade de drenagem, caracterizando áreas sujeitas a processos erosivos

agressivos, com probabilidade de ocorrência de movimentos de massa e erosão linear

com voçorocas, apresentando nível de fragilidade potencial alto); no Planalto Centro

Ocidental Paulista (altitudes entre 300 e 600 metros e declividades inferiores a 20%.

Predominam formas de dissecação média a alta, com vales entalhados e com

densidade de drenagem média a alta, apresentando um nível de fragilidade potencial

médio) e no Planalto e Serra da Mantigueira (predominam formas de relevo

denudacionais cujo modelado constitui-se basicamente em escarpas e morros altos

com topos aguçados e topos convexos. Predominam altimetrias entre 1.000 a 2.000

metros com declividade média maior que 30% no nível alto. Por ser uma unidade de

relevo com formas muito dissecadas, com vales muito entalhados e alta densidade de

drenagem e vertentes muito inclinadas é área de nível de fragilidade potencial muito

alto, estando sujeita aos processos erosivos intensos e grande probabilidade de

ocorrência de movimentos de massas). Pedologicamente, segundo Oliveira et al.

(1999), as associações pedológicas que predominam na UGRHI-5, são classificados

como Argissolos Vermelho-Amarelos Distróficos com textura arenosa/média +

Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos de textura média, ambos A moderado,

relevo suave ondulado, Argissolos Vermelho-Amarelos Eutróficos + Argissolos

Vermelhos Eutróficos ambos A moderado textura média/argilosa e argilosa relevo forte

ondulado e montanhoso e Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos relevo ondulado +

Cambissolos Háplicos Distróficos em relevo ondulado e forte ondulado, ambos A

moderado textura argilosa, Latossolos Vermelhos Distróficos + Latossolos Vermelhos

Distroférricos, ambos A moderado, textura argilosa, em relevo suave ondulado;

Latossolos Vermelhos Distróficos A moderado textura argilosa em relevo suave

ondulado. Ocorrem também Neossolos Litólicos Distróficos A moderado ou

chernozêmico com textura argilosa, e Distróficos A moderado textura indiscriminada em

relevo escarpado; Cambissolos Distróficos A moderado textura argilosa em relevo forte

ondulado; Gleissolos Háplicos Distróficos + Argissolos Vermelho-Amarelos Eutróficos

de textura média/argilosa + Cambissolos Háplicos Tb Distróficos, ambos A moderado,

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-41/189

todos em relevo de várzea; Neossolos Quartzarênicos Órticos + Latossolos Vermelho-

Amarelos de textura média, ambos Distróficos A moderado relevo e suave ondulado;

Nitossolos Vermelhos Eutroférricos + Nitossolos Vermelhos Distroférricos latossólicos +

grupamento indiscriminado de Argissolos Vermelhos, todos A moderado textura

argilosa em relevo suave ondulado e ondulado; Grupamento indiscriminado de

Planossolos Háplicos Ta, A moderado + Gleissolos Háplicos e Melânicos. Os

Argissolos são solos que apresentam gradiente textural entre os horizontes A e B,

tornando-os altamente suscetíveis a erosões.

No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, predomina nesta UGHRI as

áreas de campo antrópico/pastagem, em mais de 50% do seu território, seguidas pela

classe de mata (22%) e pelas culturas semi-perenes (10%). A região é provida por

importantes sistemas de transportes (rodoviário, ferroviário, hidroviário e aeroviário)

que dão suporte ao seu crescimento econômico, e abriga importantes centros urbanos.

Esta Unidade Hidrográfica concentra o segundo maior contingente populacional do

Estado, com aproximadamente 5 milhões de habitantes.

A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas

durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.

Foto 12. Assoreamento do corrego São Francisco, município de Analândia.

Foto 13. Aspectos do relevo no município de Corumbataí.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-42/189

Foto 14. Rio Atibaia, município de Paulínia.

Foto 15. Uso e ocupação das margens de represa no município de Cordeirópolis.

Foto 16. Uso e ocupação do solo no Município de Corumbataí.

Foto 17. Aspectos do relevo no município de Joanópolis.

5.2 Erosão

De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a

UGRHI-5 está predominantemente inserida nas classes IV – Baixa, II – Alta e I – Muito

Alta de suscetibilidade à erosão (Figura 10).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-43/189

Figura 10. Mapa de Erosão da UGRHI-5 (IPT/DAEE, 1997).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-44/189

Na UGRHI, foram cadastradas 96 erosões lineares urbanas (37 ravinas e 59

boçorocas) e 3108 rurais (947 ravinas e 2161 boçorocas). Estes processos ocorrem

prioritariamente em áreas de muito alta suscetibilidade à erosão (classe I).

A Tabela 10 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos

lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-5.

Tabela 10. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-5

MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL

ÁGUAS DE SÃO PEDRO 0 3 3

AMERICANA 4 10 14

AMPARO 4 74 78

ANALÂNDIA 0 19 19

ANHEMBI 0 3 3

ARTUR NOGUEIRA 2 41 43

ATIBAIA 2 40 42

BOM JESUS DOS PERDÕES 2 7 9

BOTUCATU 0 2 2

BRAGANÇA PAULISTA 1 45 46

CABREÚVA 0 14 14

CAMPINAS 36 128 164

CAMPO LIMPO PAULISTA 1 19 20

CAPIVARI 0 79 79

CHARQUEADA 0 104 104

CORUMBATAÍ 0 119 119

COSMÓPOLIS 0 24 24

DOIS CÓRREGOS 0 56 56

ELIAS FAUSTO 0 35 35

ENGENHEIRO COELHO 0 10 10

HOLAMBRA 0 23 23

HORTOLÂNDIA 8 7 15

INDAIATUBA 0 15 15

IPEÚNA 0 124 124

IRACEMÁPOLIS 0 9 9

ITATIBA 2 70 72

ITIRAPINA 1 82 83

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-45/189

ITU 0 23 23

ITUPEVA 0 46 46

JAGUARIÚNA 0 15 15

JARINU 0 17 17

JOANÓPOLIS 0 55 55

JUNDIAÍ 1 28 29

LIMEIRA 3 195 198

LOUVEIRA 0 5 5

MOJI MIRIM 0 19 19

MOMBUCA 0 78 78

MONTE ALEGRE DO SUL 1 28 29

MONTE MOR 0 33 33

MORUNGABA 1 19 20

NAZARÉ PAULISTA 4 16 20

NOVA ODESSA 1 8 9

PAULÍNIA 1 6 7

PEDRA BELA 0 32 32

PEDREIRA 0 41 41

PINHALZINHO 0 45 45

PIRACAIA 0 74 74

PIRACICABA 0 326 326

PORTO FELIZ 0 1 1

RAFARD 0 62 62

RIO CLARO 6 107 113

RIO DAS PEDRAS 1 52 53

SALTINHO 0 7 7

SALTO 0 7 7

SANTA BÁRBARA D'OESTE 1 62 63

SANTA GERTRUDES 0 2 2

SANTA MARIA DA SERRA 0 50 50

SANTO ANTÔNIO DE POSSE 2 19 21

SÃO PEDRO 7 241 248

SERRA NEGRA 0 8 8

SOCORRO 0 45 45

SUMARÉ 4 14 18

TIETÊ 0 38 38

TORRINHA 0 35 35

TUIUTI 0 39 39

VALINHOS 0 17 17

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-46/189

VARGEM 0 21 21

VÁRZEA PAULISTA 0 5 5

VINHEDO 0 5 5

TOTAL 96 3108 3204

O Mapa 04 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos

erosivos lineares na UGRHI-5, impresso em escala 1:250.000.

5.3 Inundação

Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 47

municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,

a saber: Águas de São Pedro, Americana, Amparo, Atibaia, Bom Jesus dos Perdões,

Bragança Paulista, Campinas, Campo Limpo Paulista, Capivari, Corumbataí,

Cosmópolis, Elias Fausto, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Iracemápolis, Itatiba,

Itupeva, Jaguariúna, Jarinu, Joanópolis, Jundiaí, Limeira, Louveira, Mombuca, Monte

Alegre do Sul, Monte Mor, Morungaba, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Pinhalzinho,

Piracaia, Piracicaba, Rafard, Rio Claro, Rio das Pedras, Salto, Santa Bárbara D'oeste,

Santa Gertrudes, Santa Maria da Serra, São Pedro, Sumaré, Valinhos, Vargem, Várzea

Paulista e Vinhedo.

O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de

processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso

em escala 1:750.000.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-47/189

6 UGRHI 6 – ALTO TIETÊ

6.1 Descrição Geral

A UGRHI-6 (Alto Tietê) localiza-se na porção sul do Estado de São Paulo (Figura

11), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela 11. Agrega os

tributários das margens direita e esquerda dos rios Tietê e Pinheiros, drenando uma

área de aproximadamente 5.851 km2. Os principais rios desta UGRHI são os rios Tietê,

Pinheiros, Aricanduva, Juqueri, Paraitinga, Cotia, Biritiba-Mirim, entre outros.

Figura 11. Localização da UGRHI-6 no Estado de São Paulo.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-48/189

Tabela 11. Municípios com sede na UGRHI-6 (Fonte: São Paulo, 1994)

UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI

ALTO TIETÊ

ARUJÁ

BARUERI

BIRITIBA-MIRIM

CAIEIRAS

CAJAMAR

CARAPICUÍBA

COTIA

DIADEMA

EMBU

EMBU-GUAÇU

FERRAZ DE VASCONCELOS

FRANCISCO MORATO

FRANCO DA ROCHA

GUARULHOS

ITAPECERICA DA SERRA

ITAPEVI

ITAQUAQUECETUBA

JANDIRA

MAIRIPORÃ

MAUÁ

MOGI DAS CRUZES

OSASCO

PIRAPORA DO BOM JESUS

POÁ

RIBEIRÃO PIRES

RIO GRANDE DA SERRA

SALESÓPOLIS

SANTANA DE PARNAÍBA

SANTO ANDRÉ

SÃO BERNARDO DO CAMPO

SÃO CAETANO DO SUL

SÃO PAULO

SUZANO

TABOÃO DA SERRA

Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-49/189

DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-6 rochas do Complexo Embu

(migmatitos heterogêneos essencialmente estromatíticos, com paleossoma xistoso,

gnáissico ou anfibolítico, migmatitos homogêneos variados predominando os de

natureza homofânica, oftalmítica e facoidal) e das Suítes Granitóides (granitos foliados,

granulação fina a média, textura porfirítica frequente; contatos parcialmente

discordantes e composição tonalítica a granítica - fácies Cantareira) e Graníticas

(corpos graníticos a granodioríticos alóctones, intrusivos, isótropicos, granulação fina a

grossa, com textura sub-hipidiomórfica e hipidiomórfica granular - fácies Itu) e Granitos

e Granitóides polidiapíricos (predominância de termos porfiríticos, com granulação

variada). Ocorrem também rochas sedimentares da Bacia São Paulo, representadas

pela Formação São Paulo (incluindo argilitos, siltitos, arenitos argilosos finos e,

subordinadamente, arenitos grossos, cascalhos, conglomerados e restritos leitos de

argilas orgânicas) e da Bacia de Taubaté, representada pela Formação Caçapava

(arenitos, argilitos, folhelhos e conglomerados), rochas metamórficas dos complexos

Costeiro (migmatitos metatexíticos de estruturas variadas predominantemente

estromatíticas e oftálmicas; diatexitos, incluindo termos facoidais, oftálmicos e

homofânicos de paleossomoas variados e migmatitos policíclicos complexos de

paleossoma xistoso e/ou gnáissico, anfibolitos e serpentinitos subordinados, localmente

migmatizados), Pinhal (representado por migmatitos oftalmíticos, embrechitos facoidais

e migmatitos policíclicos de estruturas diversas, localmente com termos granulíticos) e

Silvianópolis (gnaisses embrechíticos com núcleos de granulitos e anatexitos não

diferenciados contendo ocorrências restritas do Grupo Amparo), dos grupos Açungui

(representado por micaxistos, quartzo micaxistos; subordinadamente quartzitos

micáceos e gnaisses), São Roque (filitos, quatzo filitos e filitos grafitosos em sucessões

rítmicas incluindo subordinadamente metassiltitos e quartzo xistos, quartzitos e

micaxistos subordinados) e Amparo (paragnaisses essencialmente fitados e bandados,

com intercalações de micaxistos, quartzitos, anfibolitos, calcossilicáticas,

metaultrabásicas, quartzitos feldspáticos, micáceos, com intercalações de biotita xistos

e subordinadamente filitos e gonditos), rochas associadas ás zonas cataclásticas

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-50/189

(predominando rochas miloníticas e cataclasitos). E, os Sedimentos/Depósitos Aluviais

(areias inconsolidadas de granulação variável, argilas e cascalheiras fluviais),

associados ás principais drenagens. Geomorfologicamente, de acordo com Ross e

Moroz (1997), a UGRHI-6 situa-se majoritariamente no Planalto Paulistano/Alto Tietê

(predominando altimetrias entre 800 e 1000 metros, com declividades entre 10 e 20%,

com formas de dissecação muito intensa, vales de entalhamento pequeno e densidade

de drenagem alta ou vales muito entalhados com densidade de drenagem menor,

caracterizando áreas sujeitas a processos erosivos agressivos, inclusive com

movimentos de massa) e no Planalto e Serra da Mantigueira (predominam formas de

relevo denudacionais cujo modelado constitui-se basicamente em escarpas e morros

altos com topos aguçados e topos convexos. Predominam altimetrias entre 1.000 a

2.000 metros com declividade média maior que 30% no nível alto. Por ser uma unidade

de relevo com formas muito dissecadas, com vales muito entalhados e alta densidade

de drenagem e vertentes muito inclinadas é área de nível de fragilidade potencial muito

alto, estando sujeita aos processos erosivos intensos e grande probabilidade de

ocorrência de movimentos de massa). Ocorrem também porções na Depressão do

Médio-Paranaíba (constitui-se basicamente por colinas de topos convexos, com

altimetrias de 600 a 700 metros e declividades de 10 a 20%, apresentando formas de

dissecação muito intensa, com vales de entalhamento pequeno e densidade de

drenagem alta ou vales muito entalhados, com densidade de drenagem menor,

caracterizando áreas sujeitas a processos erosivos agressivos, inclusive com

movimentos de massa), no Planalto de Paraitinga/Paraibuna (predominam formas de

relevo muito dissecadas cujo modelado constitui-se basicamente por morros altos e

alongados com topos convexos. Possui altimetria entre 800 e 1200 e declividades

predominantes de 20 a 30%, passando dos 40% com frequência. Por ser unidade de

formas de dissecação média a alta, com vales entalhados e densidade de drenagem

média a alta, esta área apresenta um nível de fragilidade potencial médio a alto,

estando sujeita a fortes atividades erosivas de caráter linear e pequenos

escorregamentos de terras ou movimentos de massa), no Planalto de São Paulo

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-51/189

(altimetrias entre 700 a 800 metros e declividades de 20 a 30%. Apresentam formas de

dissecação média a alta, vales entalhados com densidade de drenagem média a alta,

apresentando um nível de fragilidade potencial médio, caracterizando áreas com forte

atividade erosiva. Os setores de vertentes pouco mais inclinadas apresentam maior

susceptibilidade aos processos erosivos, principalmente quando se desenvolvem

escoamentos concentrados) e no Planalto de Jundiaí (predominam formas de relevo

denudacionais cujo modelado é constituído basicamente por colinas e morros baixos

com topos convexos e parte com morros altos com topos aguçados. No nível alto do

planalto, predominam as altimetrias entre 900 e 1200 metros, com declividades

predominantes de 30 a 40%, chegando a 60% em algumas vertentes. E, no nível médio

do planalto, predominam as altimetrias entre 700 e 800 metros, com declividades

predominantes de 20 a 30%) e nas Planícies e Terraços Fluviais, apresentando

declividades inferiores a 2% e posicionam-se em diferentes níveis altimétricos, com

potencial de fragilidade muito alto por serem áreas sujeitas às inundações periódicas,

com lençol freático pouco profundo e sedimentos inconsolidados sujeitos às

acomodações constantes. Pedologicamente, segundo Oliveira et al. (1999), as

associações pedológicas que predominam na UGRHI-6, são classificados como

Argissolos Vermelho-Amarelos Distróficos textura argilosa relevo forte ondulado e

montanhoso + Cambissolos Háplicos Distróficos textura argilosa em relevo forte

montanhoso e escarpado, ambos A moderado; Argissolos Vermelho-Amarelos

Distróficos textura argilosa e média/argilosa em relevo forte ondulado e montanhoso +

Cambissolos Háplicos Distróficos de textura argilosa em relevo montanhoso, ambos A

moderado e Cambissolos Distróficos A moderado, de textura argilosa em relevo forte

ondulado. Ocorrem também Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos A moderado e

proeminente em relevo ondulado e suave ondulado + Cambissolos Háplicos Distróficos

A moderado em relevo ondulado e forte ondulado, ambos de textura argilosa e

Organossolos Mésicos ou Háplicos Distróficos + Gleissolos Melanozêmicos A

proeminente + Gleissolos Háplicos ambos Distróficos Tb com textura argilosa, todos

em relevo plano de várzea.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-52/189

No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, destaca-se a classe de uso

mata (38%), seguida das classes área urbana (28,5%) e campo antrópico/pastagem

(20,5%). Constitui uma Unidade Hidrográfica de significativa importância, por sua

complexidade, diversidade e conflitos, que resultam em experiências e ações que se

tornam referência para o Estado e o País. Esta UGHRI abriga aproximadamente 20

milhões de habitantes, representando cerca de 47% da população total do Estado de

São Paulo. Consequentemente, os problemas relacionados à disponibilidade e

consumo de água, ao comprometimento dos mananciais superficiais, à ocupação

periférica, à disposição de resíduos, às inundações/enchentes, processos erosivos e

escorregamentos, entre outros, são de uma dimensão incomparável com em relação às

demais Unidades Hidrográficas paulistas.

A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas

durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.

Foto 18. Obras civis e solo degradado no município de Barueri.

Foto 19. Assoreamento de córrego no município de Franco da Rocha.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-53/189

Foto 20. Rio Tietê, município de Pirapora do Bom Jesus.

Foto 21. Focos erosivos gerados por ausência de obras de microdrenagem, no município de Cajamar.

Foto 22. Ocupações de baixo padrão às margens de córrego no município de Cajamar.

Foto 23. Obras em drenagem no município de Franco da Rocha.

6.2 Erosão

De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a

UGRHI-6 está predominantemente inserida nas classes II - Alta e IV - Baixa de

suscetibilidade à erosão (Figura 12).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-54/189

Figura 12. Mapa de Erosão da UGRHI-6 (IPT/DAEE, 1997).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-55/189

Na UGRHI, foram cadastradas 21 erosões lineares urbanas (15 ravinas e 6

boçorocas) e 767 rurais (146 ravinas e 621 boçorocas). Estes processos ocorrem

prioritariamente em áreas de alta suscetibilidade à erosão (classe II).

A Tabela 12 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos

lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-6.

Tabela 12. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-6

MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL

ARUJÁ 1 1 2

BARUERI 0 8 8

BIRITIBA-MIRIM 0 30 30

CAIEIRAS 0 23 23

CAJAMAR 0 31 31

CAMPO LIMPO PAULISTA 0 1 1

CARAPICUÍBA 1 0 1

COTIA 0 14 14

CUBATÃO 0 1 1

EMBU 0 3 3

EMBU-GUAÇU 0 28 28

FRANCISCO MORATO 1 13 14

FRANCO DA ROCHA 1 54 55

GUARULHOS 2 10 12

ITANHAÉM 0 1 1

ITAPECERICA DA SERRA 0 20 20

ITAPEVI 0 20 20

ITAQUAQUECETUBA 2 0 2

MAIRIPORÃ 0 60 60

MAUÁ 0 2 2

MOGI DAS CRUZES 5 30 35

NAZARÉ PAULISTA 0 10 10

OSASCO 2 2 4

PARAIBUNA 0 45 45

PIRAPORA DO BOM JESUS 0 46 46

POÁ 2 0 2

RIBEIRÃO PIRES 1 11 12

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-56/189

RIO GRANDE DA SERRA 1 0 1

SALESÓPOLIS 0 116 116

SANTA BRANCA 0 2 2

SANTANA DE PARNAÍBA 1 27 28

SANTO ANDRÉ 1 15 16

SÃO BERNARDO DO CAMPO 0 36 36

SÃO LOURENÇO DA SERRA 0 22 22

SÃO PAULO 0 44 44

SÃO ROQUE 0 9 9

SUZANO 0 32 32

TOTAL 21 767 788

O Mapa 05 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos

erosivos lineares na UGRHI-6, impresso em escala 1:250.000.

6.3 Inundação

Pelas análises conduzidas e registros consultados, todos os municípios já

apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana: Arujá, Barueri,

Biritiba-Mirim, Caieiras, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Diadema, Embu, Embu-Guaçu,

Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato, Franco da Rocha, Guarulhos, Itapecerica da

Serra, Itapevi, Itaquaquecetuba, Jandira, Mairiporã, Mauá, Mogi das Cruzes, Osasco,

Pirapora do Bom Jesus, Poá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Salesópolis,

Santana de Parnaíba, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul,

São Paulo, Suzano e Taboão da Serra.

O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de

processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso

em escala 1:750.000.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-57/189

7 UGRHI 7 – BAIXADA SANTISTA

7.1 Descrição Geral

A UGRHI-7 (Baixada Santista) localiza-se na porção sul do Estado de São Paulo

(Figura 13), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela 13. Agrega

os tributários das margens direita e esquerda do rio Cubatão, drenando uma área de

aproximadamente 2.781 km2. Os principais rios desta UGRHI são os rios Cubatão,

Itapanhaú, Aguapeú, entre outros.

Figura 13. Localização da UGRHI-7 no Estado de São Paulo.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-58/189

Tabela 13. Municípios com sede na UGRHI-7 (Fonte: São Paulo, 1994)

UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI

BAIXADA SANTISTA

BERTIOGA

CUBATÃO

GUARUJÁ

ITANHAÉM

MONGAGUÁ

PERUÍBE

PRAIA GRANDE

SANTOS

SÃO VICENTE

Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com

DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-7 os Sedimentos Marinhos e Lagunares

Indiferenciados, incluindo areias, argilas de mangue e areias litorâneas. Ocorrem

também rochas do Complexo Costeiro (migmatitos diversos, incluindo estromatitos,

metatexitos, diatexitos, biotita gnaisses, granitoides e granitos gnáissicos, anfibolitos e

serpentinitos subordinados, localmente migmatizados), das Suítes Granitóides (granitos

foliados, granulação fina a média, textura porfirítica frequente; contatos parcialmente

discordantes e composição tonalítica a granítica - fácies Cantareira) e Graníticas

(corpos graníticos a granodioríticos alóctones, intrusivos, isótropicos, granulação fina a

grossa, com textura sub-hipidiomórfica e hipidiomórfica granular - fácies Itu), do

Complexo Embu (migmatitos heterogêneos essencialmente estromatíticos, com

paleossoma xistoso, gnáissico ou anfibolítico, migmatitos homogêneos variados

predominando os de natureza homofânica, oftalmítica e facoidal), do Grupo Açungui

(filitos com intercalações de rochas carbonáticas, filitos, quartzo filitos,

subordinadamente xistos e quartzitos, metabasitos e epidioritos, anfibolitos, anfibólio

xistos, metagabros e diques metabasítios de caráter variado e mármores calcíticos e

dolomíticos), da Formação Cananéia (areias marinhas litorâneas, finas inconsolidadas,

frequentemente limonitizadas, com presença de esparsos leitos argilosos), rochas

associadas ás Zonas Cataclásticas (milonitos e cataclasitos) e os

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-59/189

Sedimentos/Depósitos Aluviais (aluviões em geral, incluindo areias inconsolidadas de

granulação variável, argilas e cascalheiras fluviais), associados ás principais

drenagens. Geomorfologicamente, de acordo com Ross e Moroz (1997), a UGRHI-7

situa-se em vários compartimentos geomorfológicos, destacando-se as Planícies

Litorâneas de Bertioga, Santista, de Praia Grande/Peruíbe e Cananéia/Iguape

(apresentam altimetrias entre 0 e 20 metros com declividades dominantes inferiores a

2%, possui baixa densidade de drenagem de padrão meandrante e anastomosado.

Possuem potencial de fragilidade muito alto por serem áreas sujeitas às inundações

periódicas, com lençol freático pouco profundo e sedimentos inconsolidados sujeitos as

acomodações constantes). Ocorrem também porções na Escarpa/Serra do Mar e

Morros Litorâneos (constitui-se basicamente em escarpas e cristas com topos

aguçados e topos convexos. Altimetrias variam de 10 até 1000 metros e as

declividades predominantes são de 20 a 30%, sendo por vezes superiores a 30% e

atingindo os 60%, em setores localizados das vertentes. Formas de dissecação muito

intensas, com vales de grande entalhamento, com alta densidade de drenagem e

vertentes muito inclinadas, apresenta um nível de fragilidade potencial muito alto,

estando sujeita a processos erosivos agressivos e movimentos de massa espontâneos

e induzidos), no Planalto de Paraítinga/Paraibuna (predominam formas de relevo muito

dissecadas cujo modelado constitui-se basicamente por morros altos e alongados com

topos convexos. Possui altimetria entre 800 e 1200 e declividades predominantes de 20

a 30%, ultrapassando os 40%, com frequência. Por ser unidade de formas de

dissecação média a alta, com vales entalhados e densidade de drenagem média a alta,

esta área apresenta um nível de fragilidade potencial médio a alto, estando sujeita a

fortes atividades erosivas de caráter linear e pequenos escorregamentos de terras ou

movimentos de massa) e no Planalto Paulistano/Alto Tietê (morros médios e altos com

topos convexos. Predominam as altimetrias entre 800 e 1000 metros, com declividades

predominantes entre 10 e 20%. Formas de dissecação média a alta, com vales

entalhados e densidade de drenagem média a alta, esta área apresenta um nível de

fragilidade potencial médio, estando sujeita a fortes atividades erosivas).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-60/189

Pedologicamente, segundo Oliveira et al. (1999), as associações pedológicas que

predominam na UGRHI-7, são classificados como Associação Complexa de

Espodossolos Ferrocárbicos Órticos A moderado + Espodossolos Ferrocárbicos

Hidromórficos hísticos, ambos de textura arenosa + Organossolos endotiomórficos +

Solos de Mangue indiscriminados + Gleissolos indiscriminados, todos de relevo de

várzea; Espodossolos Ferrocárbicos Órticos A proeminente e moderado, com textura

arenosa + Neossolos Quartzarênicos Órticos Distróficos A moderado, ambos em relevo

plano e Gleissolos Sálicos Órticos + Gleissolos Tiomórficos indiscriminados +

Espodossolos Ferrocárbicos Hidromórficos A proeminente e moderado e textura

arenosa, todos em relevo plano. Ocorrem também Cambissolos Háplicos Distróficos A

moderado e proeminente, em relevo forte ondulado e montanhoso + Latossolos

Vermelho-Amarelos Distróficos A moderado em relevo forte ondulado, ambos de

textura argilosa.

No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, a classe predominante na

UGHRI é a de mata, que recobre cerca de 75% da área, seguida pela de área urbana,

com 8,5%. Esta Unidade Hidrográfica desempenha importantes funções estratégicas

associadas às atividades industriais, comerciais, transporte e sistema financeiro,

abrigando o maior porto do país e da América Latina e o parque industrial de Cubatão.

Possui vocação turística e passa por significativas mudanças em razão das

expectativas de exploração do pré-sal.

7.2 Erosão

De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a

UGRHI-7 está predominantemente inserida nas classes II - Alta e V – Muito Baixa de

suscetibilidade à erosão (Figura 14).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-61/189

Figura 14. Mapa de Erosão da UGRHI-7 (IPT/DAEE, 1997).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-62/189

Na UGRHI, foram cadastradas 0 erosões lineares urbanas e 33 rurais (9 ravinas

e 24 boçorocas). Estes processos ocorrem prioritariamente em áreas de alta

suscetibilidade à erosão (classe II).

A Tabela 14 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos

lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-7.

Tabela 14. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-7

MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL

BERTIOGA 0 13 13

BIRITIBA-MIRIM 0 3 3

CUBATÃO 0 1 1

GUARUJÁ 0 1 1

ITANHAÉM 0 1 1

SANTO ANDRÉ 0 2 2

SANTOS 0 4 4

SÃO BERNARDO DO CAMPO 0 2 2

SÃO PAULO 0 6 6

TOTAL 0 33 33

O Mapa 06 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos

erosivos lineares na UGRHI-7, impresso em escala 1:250.000.

7.3 Inundação

Pelas análises conduzidas e registros consultados, todos os municípios já

apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana: Bertioga, Cubatão,

Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente.

O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de

processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso

em escala 1:750.000.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-63/189

8 UGRHI 8 – SAPUCAÍ/GRANDE

8.1 Descrição Geral

A UGRHI-8 (Sapucaí/Grande) localiza-se na porção nordeste do Estado de São

Paulo (Figura 15), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela 15.

Agrega os tributários das margens direita e esquerda do rio Sapucaí e inclui alguns

afluentes pela margem esquerda do rio Grande, drenando uma área de

aproximadamente 9.141 km2. Os principais rios desta UGRHI são os rios Sapucaí,

Sapucaizinho, do Carmo, Ponte Nova.

Figura 15. Localização da UGRHI-8 no Estado de São Paulo.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-64/189

Tabela 15. Municípios com sede na UGRHI-8 (Fonte: São Paulo, 1994)

UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI

SAPUCAÍ/GRANDE

ARAMINA

BATATAIS

BURITIZAL

CRISTAIS PAULISTA

FRANCA

GUAÍRA

GUARÁ

IGARAPAVA

IPUÃ

ITIRAPUÃ

ITUVERAVA

JERIQUARA

MIGUELÓPOLIS

NUPORANGA

PATROCÍNIO PAULISTA

PEDREGULHO

RESTINGA

RIBEIRÃO CORRENTE

RIFAINA

SANTO ANTÔNIO DA ALEGRIA

SÃO JOAQUIM DA BARRA

SÃO JOSÉ DA BELA VISTA

Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com

DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-8 rochas vulcânicas e sedimentares

pertencentes ao Grupo São Bento, representado pelas formações Serra Geral (rochas

vulcânicas toleíticas em derrames basálticos), Botucatu (arenitos eólicos, de

granulação fina à média) e Pirambóia (arenitos finos a médios, com matriz síltico-

argilosa, apresenta níveis de folhelhos e arenitos argilosos), ao Grupo Bauru

representado pela Formação Adamantina (arenitos e lamitos) e ao Grupo Tubarão,

representado pela Formação Aquidauana (arenitos e siltitos de tonalidades

avermelhadas). Ocorrem também rochas das Suítes Básicas, representadas por diques

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-65/189

básicos em geral, incluindo diabásios, dioritos pórfiros, microdioritos pórfiros, gabros,

lamprófiros, andesitos, monzonitos pórfiros e traquiandesitos, do Grupo

Araxá/Canastra, representado por quartzitos sericíticos com intercalações de sericita

xistos, calcoxistos e filitos. E, os Sedimentos/Depósitos Aluviais (argilas, siltes, areias e

cascalhos), associados ás principais drenagens. Geomorfologicamente, de acordo com

Ross e Moroz (1997), a UGRHI-8, situa-se majoritariamente no Planalto Centro

Ocidental Paulista (altitudes entre 300 e 600 metros e declividades inferiores a 20%.

Predominam formas de dissecação média a alta, com vales entalhados e com

densidade de drenagem média a alta, apresentando um nível de fragilidade potencial

médio). Ocorrem também porções nos Planaltos Residuais de Franca e Batatais, cujo

modelado dominante é composto de colinas com topos aplanados, com altimetria entre

700 e 1000 metros e declividades de 10 a 20%. Ocorrem formas de relevo

denudacionais cujo modelado constitui-se basicamente em colinas amplas e baixas.

Predominam formas de dissecação baixas e vales pouco entalhados e com densidade

de drenagem baixa, esta unidade apresenta um nível de fragilidade potencial baixo.

Pedologicamente, segundo Oliveira et al. (1999), as associações pedológicas que

predominam na UGRHI-8 são classificados como Latossolos Vermelhos Distroférricos

A moderado, com textura argilosa, relevo ondulado e suave ondulado e Latossolos

Vermelhos Distroférricos A moderado e proeminente, de textura argilosa, relevo suave

ondulado e plano. Ocorrem também Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos A

moderado e proeminente, com textura média + Latossolos Vermelhos Distróficos A

moderado, de textura média argilosa, ambos em relevo suave ondulado; Latossolos

Amarelos Acriférricos e Distróficos com e sem plintita + Latossolos Vermelhos

Acriférricos ambos A moderado com textura argilosa, relevo suave ondulado e plano +

Gleissolos Háplicos Eutróficos e Distróficos com textura indiscriminada relevo de

várzea; Gleissolos Háplicos Eutróficos e Distróficos relevo de várzea + Latossolos

Amarelos Acriférricos e Ácricos com e sem plintita A moderado com textura argilosa em

relevo plano e suave ondulado + Planossolos Háplicos Eutróficos Tb A moderado com

textura médio-argilosa relevo de várzea e Nitossolos Vermelhos Eutroférricos +

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-66/189

Latossolos Vermelhos Eutróficos ambos A moderado, com textura argilosa, relevo

suave ondulado; Neossolos Quartzarênicos Órticos A fraco e moderado + Latossolos

Vermelho-Amarelos A moderado, textura média, ambos Distróficos relevo suave

ondulado e plano; Cambissolos Háplicos Distróficos de relevo ondulado + Neossolos

Litólicos Distróficos de relevo forte ondulado, ambos com textura média de fase

pedregosa + Latossolos Vermelhos Distróficos com textura argilosa de relevo suave

ondulado, todos A moderado e os Neossolos Litólicos Distróficos + Cambissolos

Háplicos Distróficos ambos A moderado e textura média, de fase pedregosa, em relevo

forte ondulado e montanhoso. Os Argissolos são solos que apresentam gradiente

textural entre os horizontes A e B, tornando-os altamente suscetíveis a erosões.

No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, nesta Unidade Hidrográfica são

mais significativas as áreas ocupadas por campo antrópico/pastagem, representando

54% do seu território, seguidas pela classe de cultura semi-perene (cana-de-açúcar),

com 30%. Destaca-se na UGRHI a área de ocorrência não confinada do Sistema

Aquífero Guarani, importante manancial subterrâneo.

A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas

durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.

Foto 24. Rio Sapucaí.

Foto 25. Erosão Fluvial no município de Igarapava.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-67/189

Foto 26. Loteamento sem pavimentação, gerando alta produção de sedimentos, município de Restinga.

Foto 27. Ocupação das várzeas do rio Pardo.

Foto 28. Aspectos do relevo e uso do solo no município de Santo Antonio da Alegria.

Foto 29. Uso e ocupação do solo: áreas de cultivo de soja e cana-de-açúcar.

Foto 30. Erosão Maritaca, município de Franca.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-68/189

8.2 Erosão

De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a

UGRHI-8 está predominantemente inserida nas classes IV – Baixa e I – Muito Alta de

suscetibilidade à erosão (Figura 16).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-69/189

Figura 16. Mapa de Erosão da UGRHI-8 (IPT/DAEE, 1997).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-70/189

Na UGRHI, foram cadastradas 69 erosões lineares urbanas (0 ravinas e 69

boçorocas) e 567 rurais (228 ravinas e 339 boçorocas). Estes processos ocorrem

prioritariamente em áreas de muito alta suscetibilidade à erosão (classe I).

A Tabela 16 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos

lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-8.

Tabela 16. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-8

MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL

ALTINÓPOLIS 0 121 121

ARAMINA 0 5 5

BATATAIS 0 20 20

BURITIZAL 0 17 17

CRISTAIS PAULISTA 0 12 12

FRANCA 56 73 129

GUAÍRA 2 0 2

GUARÁ 0 9 9

IGARAPAVA 1 5 6

IPUÃ 0 3 3

ITIRAPUÃ 0 50 50

ITUVERAVA 0 21 21

JERIQUARA 0 3 3

MIGUELÓPOLIS 0 10 10

NUPORANGA 0 5 5

ORLÂNDIA 0 3 3

PATROCÍNIO PAULISTA 3 106 109

PEDREGULHO 7 21 28

RESTINGA 0 13 13

RIBEIRÃO CORRENTE 0 5 5

RIFAINA 0 14 14

SANTO ANTÔNIO DA ALEGRIA 0 38 38

SÃO JOAQUIM DA BARRA 0 5 5

SÃO JOSÉ DA BELA VISTA 0 8 8

TOTAL 69 567 636

O Mapa 07 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-71/189

erosivos lineares na UGRHI-8, impresso em escala 1:250.000.

8.3 Inundação

Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 6

municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,

a saber: Batatais, Franca, Igarapava, Ituverava, Patrocínio Paulista e São Joaquim da

Barra.

O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de

processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso

em escala 1:750.000.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-72/189

9 UGRHI 9 – MOGI-GUAÇU

9.1 Descrição Geral

A UGRHI-9 (Mogi-Guaçu) localiza-se na porção nordeste do Estado de São

Paulo (Figura 17), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela 17.

Agrega os tributários das margens direita e esquerda do rio Mogi-Guaçu, drenando

uma área de aproximadamente 15.013 km2. Os principais rios desta UGRHI são os rios

Mogi-Guaçu, Mogi-Mirim, Jaguari Mirim, entre outros.

Figura 17. Localização da UGRHI-9 no Estado de São Paulo.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-73/189

Tabela 17. Municípios com sede na UGRHI-9 (Fonte: São Paulo, 1994)

UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI

MOGI-GUAÇU

AGUAÍ

ÁGUAS DA PRATA

ÁGUAS DE LINDÓIA

AMÉRICO BRASILIENSE

ARARAS

BARRINHA

CONCHAL

DESCALVADO

DUMONT

ENGENHEIRO COELHO

ESPÍRITO SANTO DO PINHAL

ESTIVA GERBI

GUARIBA

GUATAPARÁ

ITAPIRA

JABOTICABAL

LEME

LINDÓIA

LUÍS ANTÔNIO

MOGI GUAÇU

MOJI MIRIM

MOTUCA

PIRASSUNUNGA

PITANGUEIRAS

PONTAL

PORTO FERREIRA

PRADÓPOLIS

RINCÃO

SANTA CRUZ DA CONCEIÇÃO

SANTA CRUZ DAS PALMEIRAS

SANTA LÚCIA

SANTA RITA DO PASSA QUATRO

SANTO ANTÔNIO DO JARDIM

SÃO JOÃO DA BOA VISTA

SERRA NEGRA

SERTÃOZINHO

SOCORRO

TAQUARAL

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-74/189

Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com

DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-9 rochas sedimentares pertencente ao

Grupo Tubarão, representado pelo Sub-Grupo Itararé (arenitos finos a grosseiros,

siltitos, lamitos, diamictitos e ritimitos) e pelas formações Aquidauana (arenitos e siltitos

de tonalidades avermelhadas) e Tatuí (siltitos arenosos e argilosos, arenitos lamíticos,

e raras lentes de calcário), ao Grupo Passa Dois, representado pelas formações

Corumbataí (arenitos muito finos, siltitos, lamitos e folhelhos; níveis de calcários

oolíticos e coquina) e Irati (siltitos, argilitos e folhelhos sílticos, folhelhos

pirobetuminosos, localmente em alternância rítmica com calcários, em parte

silicificados e dolomíticos), ao Grupo São Bento, representado pelas formações Serra

Geral (rochas vulcânicas toleíticas em derrames basálticos), Botucatu (arenitos eólicos,

de granulação fina à média) e Pirambóia (arenitos finos a médios, com matriz síltico-

argilosa, apresenta níveis de folhelhos e arenitos argilosos) e ao Grupo Bauru

representado pelas formações Adamantina (arenitos finos a muito finos, com teor de

matriz variável, lamitos e siltitos) e Marília (arenitos de granulação fina a grossa, com

lentes e intercalações subordinadas de siltitos, argilitos e arenitos muito finos.

Abundância de cimento carbonático). Ocorrem também rochas representadas pelas

Suítes Básicas (diques básicos em geral, incluindo diabásios, dioritos pórfiros,

microdioritos pórfiros, gabros, lamprófiros, andesitos, monzonitos pórfiros e

traquiandesitos), pela Suíte Alcalina de Jaboticabal (tinguaítos) e pelo Complexo

Alcalino de Poços de Caldas (fonolitos, foiaitos, tinguaítos, tufos e rochas piroclásticas),

rochas metamórficas e ígneas representadas pelos complexos Pinhal (migmatitos de

injeção, subordinadamente anatexitos e granitóides diversos) e Silvianópolis (granulitos

diversos e migmatitos de anatexia; granitos-gnaisses subordinadamente), Grupo

Amparo (paragnaisses essencialmente fitados e bandados, com intercalações de

micaxistos, quartzitos, anfibolitos, calcossilicáticas, metaultrabásicas e gonditos,

quartzitos feldspáticos, micáceos, com intercalações de biotita xistos), Suítes

Graníticas Indiferenciadas (granitos e granitoides, com predominância de termos

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-75/189

porfiríticos, com granulações variadas), rochas associadas à Zonas Cataclásticas

(milonitos e cataclasitos) e a Formação Eleutério (metarenitos, metassiltitos, e

metarcóseos). E, os Sedimentos Aluvionares/Depósitos Aluvionares (areias

inconsolidadas de granulação variável, argilas e cascalheiras fluviais), os Depósitos

Coluviais de Espigão (areias com matriz argilosa, cascalhos de limonita e quartzo na

base) e os Depósitos de Cimeira (conglomerados, arenitos imaturos, cimento

ferruginoso). Geomorfologicamente, de acordo com Ross e Moroz (1997), a UGRHI-9,

situa-se majoritariamente na Depressão Mogi-Guaçu (altimetrias predominantes entre

500 e 600 metros, com declividades entre 5 a 10%. Constitui-se de formas de relevo

denudacionais cujo modelado é basicamente em colinas de topos tabulares amplos) e

no Planalto de Serra Negra/Lindóia (altitudes entre 900 e 1100 metros. Nos níveis mais

baixos apresenta declividades que variam de 2 a 20% na maior parte da área, sendo

superior nos setores mais dissecados do relevo). Ocorrem também porções no Planalto

Residual de São Carlos (predominam formas de dissecação média a alta, com vales

entalhados e com densidade de drenagem média a alta, apresentando um nível de

fragilidade potencial médio. Áreas sujeitas a forte atividade erosiva), no Planalto em

Patamares Estruturais de Ribeirão Preto (altitudes entre 500 e 700 metros e

declividades que variam de 2 a 10%. Constitui-se de formas de relevo denudacionais

cujo modelado é basicamente em colinas amplas e baixas com topos tabulares), no

Planalto Centro Ocidental Paulista (com altitudes entre 300 e 600 metros e declividades

inferiores a 20%. Predominam formas de dissecação média a alta, com vales

entalhados e com densidade de drenagem média a alta, apresentando um nível de

fragilidade potencial médio), no Planalto Residual de Franca e Batatais (altimetrias

entre 700 e 1000 metros e declividades de 10 a 20%. Esta unidade apresenta um nível

de fragilidade potencial baixo, com baixo potencial erosivo, nos setores mais aplanados

dos topos dos interflúvios, tornando-se com maior potencial erosivo nos setores de

vertentes com declividades mais elevadas) e nas Planícies e Terraços Fluvias

(caracterizam-se por áreas baixas e planas sujeitas a inundações periódicas que

possui declividades inferiores a 2%, posicionando-se em diferentes níveis altimétricos.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-76/189

Possuem potencial de fragilidade muito alto por estarem sujeitas a inundações

periódicas e possuírem lençol freático pouco profundo e sedimentos inconsolidados

sujeitos a acomodações constantes). Pedologicamente, segundo Oliveira et al. (1999),

as associações pedológicas que predominam na UGRHI-9, são classificados como

Latossolos Vermelhos Distróficos A moderado com textura média, em relevo plano e

suave ondulado, Latossolos Vermelhos Distroférricos com textura argilosa e Distróficos

com textura média ambos A moderado, relevo suave ondulado e plano, Grupamento

indiscriminado de Argissolos Vermelho-Amarelos sem e com cascalhos, em relevo

suave ondulado e ondulado, Argissolos Vermelho-Amarelos Eutróficos + Argissolos

Vermelhos Eutróficos ambos A moderado textura média/argilosa e argilosa relevo forte

ondulado e montanhoso; Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos câmbicos +

Cambissolos Háplicos, ambos A moderado e proeminente textura indiscriminada em

relevo plano + Gleissolos Melânicos e Háplicos ambos relevo de várzea, todos

Distróficos. Ocorrem também Neossolos Quartzarênicos Órticos + Latossolos

Vermelho-Amarelos de textura média, ambos Distróficos A moderado em relevo e

suave ondulado; Grupamento indiscriminado de Gleissolos Háplicos e Melânicos em

relevo de várzea; Latossolo Bruno Distrófico A proeminente com textura argilosa em

relevo montanhoso e Neossolos Litólicos Eutróficos em relevo forte ondulado +

Latossolos Vermelhos Distroférricos + Latossolos Vermelhos Distróficos, ambos em

relevo suave ondulado, todos com textura argilosa + Latossolos Vermelho-Amarelos

Distróficos de textura média em relevo suave ondulado, todos A moderado. Os

Argissolos são solos que apresentam gradiente textural entre os horizontes A e B,

tornando-os altamente suscetíveis a erosões.

No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, predomina a classe campo

antrópico/pastagem, que constitui 49% da sua área, seguida da classe cultura semi-

perene (cana-de-açúcar), com 34%. Destaca-se na Unidade Hidrográfica a atividade de

agroindústria (açúcar, álcool, papel e celulose, entre outros) e o turismo, por meio dos

municípios reconhecidos como estâncias hidrominerais, tais como Águas da Prata,

Águas de Lindóia, Lindóia, Serra Negra e Socorro.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-77/189

A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas

durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.

Foto 31. Deserto do Alemão, município de Santa Rita do Passa Quatro.

Foto 32. Represamento na área urbana do município de Conchas.

Foto 33. Deserto do Alemão, município de Santa Rita do Passa Quatro.

Foto 34. Processos erosivos em solo rural, no município de Socorro.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-78/189

Foto 35. Processos erosivos em solo rural, no município de Espírito Santo do Pinhal.

Foto 36. Aspectos do relevo no município de Águas da Prata.

9.2 Erosão

De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a

UGRHI-9 está predominantemente inserida nas classes III - Média e IV – Baixa de

suscetibilidade à erosão (Figura 18).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-79/189

Figura 18. Mapa de Erosão da UGRHI-9 (IPT/DAEE, 1997).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-80/189

Na UGRHI, foram cadastradas 72 erosões lineares urbanas (11 ravinas e 61

boçorocas) e 3330 rurais (156 ravinas e 3174 boçorocas). Estes processos ocorrem

prioritariamente em áreas de alta suscetibilidade à erosão (classe II).

A Tabela 18 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos

lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-9.

Tabela 18. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-9

MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL

AGUAÍ 0 129 129

ÁGUAS DA PRATA 0 60 60

ÁGUAS DE LINDÓIA 2 23 25

AMÉRICO BRASILIENSE 3 13 16

AMPARO 0 25 25

ANALÂNDIA 0 22 22

ARARAQUARA 0 46 46

ARARAS 0 86 86

BARRINHA 1 10 11

CASA BRANCA 0 116 116

CONCHAL 0 27 27

CORUMBATAÍ 0 11 11

CRAVINHOS 2 10 12

DESCALVADO 4 109 113

DOBRADA 0 9 9

DUMONT 0 10 10

ENGENHEIRO COELHO 0 7 7

ESPÍRITO SANTO DO PINHAL 0 175 175

ESTIVA GERBI 0 18 18

GUARIBA 0 49 49

GUATAPARÁ 0 26 26

IBATÉ 0 12 12

ITAPIRA 0 282 282

JABOTICABAL 0 95 95

LEME 2 67 69

LINDÓIA 1 38 39

LUÍS ANTÔNIO 0 31 31

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-81/189

MATÃO 0 7 7

MOGI GUAÇU 1 198 199

MOJI MIRIM 10 105 115

MONTE ALTO 34 50 84

MOTUCA 0 27 27

PIRASSUNUNGA 0 118 118

PITANGUEIRAS 0 21 21

PONTAL 0 5 5

PORTO FERREIRA 0 42 42

PRADÓPOLIS 0 15 15

RIBEIRÃO PRETO 0 19 19

RINCÃO 0 17 17

RIO CLARO 0 9 9

SANTA CRUZ DA CONCEIÇÃO 0 93 93

SANTA CRUZ DAS PALMEIRAS 0 70 70

SANTA ERNESTINA 0 15 15

SANTA LÚCIA 1 17 18

SANTA RITA DO PASSA QUATRO 5 231 236

SANTA ROSA DE VITERBO 0 7 7

SANTO ANTÔNIO DO JARDIM 0 70 70

SÃO CARLOS 0 86 86

SÃO JOÃO DA BOA VISTA 5 195 200

SÃO SIMÃO 0 30 30

SERRA NEGRA 0 85 85

SERTÃOZINHO 0 11 11

SOCORRO 1 150 151

TAIÚVA 0 29 29

TAMBAÚ 0 4 4

TAQUARAL 0 14 14

TAQUARITINGA 0 28 28

VARGEM GRANDE DO SUL 0 56 56

TOTAL 72 3330 3402

O Mapa 08 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos

erosivos lineares na UGRHI-9, impresso em escala 1:250.000.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-82/189

9.3 Inundação

Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 27

municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,

a saber: Águas da Prata, Águas de Lindóia, Araras, Barrinha, Conchal, Descalvado,

Dumont, Engenheiro Coelho, Espírito Santo do Pinhal, Estiva Gerbi, Guariba, Itapira,

Jaboticabal, Leme, Lindóia, Mogi Guaçu, Moji Mirim, Pirassununga, Pitangueiras, Porto

Ferreira, Rincão, Santa Cruz da Conceição, Santo Antônio do Jardim, São João da Boa

Vista, Serra Negra, Sertãozinho e Socorro.

O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de

processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso

em escala 1:750.000.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-83/189

10 UGRHI 10 – TIETÊ/SOROCABA

10.1 Descrição Geral

A UGRHI-10 (Tietê/Sorocaba) localiza-se na porção sul do Estado de São Paulo

(Figura 19), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela 19. Agrega

os tributários das margens direita e esquerda dos rios Tietê, Peixe e Sorocaba,

drenando uma área de aproximadamente 11.850 km2. Os principais rios desta UGRHI

são os rios Tietê, Sororcaba, Peixe, Ipanema, Pirpora,Tatuí, de Conchas, entre outros.

Figura 19. Localização da UGRHI-10 no Estado de São Paulo.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-84/189

Tabela 19. Municípios com sede na UGRHI-10 (Fonte: São Paulo, 1994)

UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI

TIETÊ/SOROCABA

ALAMBARI

ALUMÍNIO

ANHEMBI

ARAÇARIGUAMA

ARAÇOIABA DA SERRA

BOFETE

BOITUVA

BOTUCATU

CABREÚVA

CAPELA DO ALTO

CERQUILHO

CESÁRIO LANGE

CONCHAS

IBIÚNA

IPERÓ

ITU

JUMIRIM

LARANJAL PAULISTA

MAIRINQUE

PEREIRAS

PIEDADE

PORANGABA

PORTO FELIZ

QUADRA

SALTO DE PIRAPORA

SÃO ROQUE

SARAPUÍ

SOROCABA

TATUÍ

TIETÊ

TORRE DE PEDRA

VARGEM GRANDE PAULISTA

VOTORANTIM

Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com

DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-10 rochas sedimentares pertencentes

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-85/189

aos Grupos Tubarão (Sub-Grupo Itararé e Formação Tatuí), Passa Dois (formações

Corumbataí e Irati), São Bento (formações Serra Geral, Botucatu e Pirambóia), e Bauru

(Formação Marília); as Suítes Básicas (diques básicos em geral, incluindo diabásios,

dioritos pórfiros, microdioritos pórfiros, gabros, lamprófiros, andesitos, monzonitos

pórfiros e traquiandesitos); as Suítes Granitóides (fácies Cantareira) e Graníticas

(fácies Itu); a Suíte Alcalina (glimeritos, pulaskitos, aegirinitos e carbonatitos com

diques shokinitos não individualizados); aos complexos Embu (migmatitos

heterogêneos essencialmente estromatíticos, com paleossoma xistoso, gnáissico ou

anfibolítico, migmatitos homogêneos variados predominando os de natureza

homofânica, oftalmítica e facoidal) e Silvianópolis (gnaisses embrechíticos com núcleos

de granulitos e anatexitos não diferenciados contendo ocorrências restritas do Grupo

Amparo); ao Grupo São Roque (filitos, quatzo filitos e filitos grafitosos em sucessões

rítmicas incluindo subordinadamente metassiltitos e quartzo xistos, quartzitos e

micaxistos subordinados); ao Grupo Amparo (paragnaisses essencialmente fitados e

bandados, com intercalações de micaxistos, quartzitos, anfibolitos, calcossilicáticas,

metaultrabásicas, quartzitos feldspáticos, micáceos, com intercalações de biotita xistos

e subordinadamente filitos e gonditos); rochas associadas ás zonas cataclástica

(milonitos e cataclasitos); os Sedimentos Aluvionares/Depósitos Aluvionares (areias

inconsolidadas de granulação variável, argilas e cascalheiras fluviais) e os Depósitos

Coluviais de Espigão (areias com matriz argilosa, cascalhos de limonita e quartzo na

base). Geomorfologicamente, de acordo com Ross e Moroz (1997), a UGRHI-10 situa-

se majoritariamente na Depressão do Médio Tietê (constitui basicamente por colinas de

topos amplos tabulares e convexos, com altimetrias entre 500 e 650 metros e

declividades entre 10 e 20%. Apresenta formas de dissecação média com vales

entalhados e densidade de drenagem média a alta, nível de fragilidade potencial médio

a baixo). Ocorrem também porções no Planalto de Ibiúna/São Roque (predominam as

altimetrias entre 800 e 1100 metros, com vertentes de declividades predominantes de

20 a 30%, ultrapassando com frequência os 30%. Por apresentar formas de dissecação

média a alta, com vales entalhados e densidade de drenagem elevada, esta área

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-86/189

apresenta um nível de fragilidade potencial médio a alto, estando sujeita a fortes

atividades erosivas), no Planalto Residual de São Carlos (predominam formas de

dissecação média a alta, com vales entalhados e com densidade de drenagem média a

alta, apresentando um nível de fragilidade potencial médio. Áreas sujeitas a forte

atividade erosiva), na Depressão Paranapamema (predominam formas com dissecação

baixa, com vales pouco entalhados e densidade de drenagem baixa, apresentando um

potencial erosivo baixo), no Planalto Centro Ocidental Paulista (altitudes entre 300 e

600 metros e declividades inferiores a 20%. Predominam formas de dissecação média

a alta, com vales entalhados e com densidade de drenagem média a alta,

apresentando um nível de fragilidade potencial médio), no Planalto Residual de

Botucatu (predominam formas muito dissecadas com vales entalhados associados a

vales poucos entalhados, com alta densidade de drenagem. Áreas sujeitas a processos

erosivos agressivos, com probabilidade de ocorrência de movimentos de massa e

erosão linear com voçorocas) e no Planalto de Jundiaí (constituído por colinas e morros

baixos com topos convexos e parte com morros altos com topos aguçados No nível alto

do planalto predominam as altimetrias entre 900 e 1200 metros, com declividades

predominantes de 30 a 40%, chegando a 60% em algumas vertentes. E no nível médio

do planalto, predominam as altimetrias entre 700 e 800 metros, com declividades

predominantes de 20 a 30%. Por ser unidade com formas muito dissecadas, com vales

entalhados e com alta densidade de drenagem, esta área apresenta um nível de

fragilidade potencial alto, estando sujeita a ocorrência de movimento de massa e

desencadeamento de processos erosivos lineares vigorosos). Pedologicamente,

segundo Oliveira et al. (1999), as associações pedológicas que predominam na

UGRHI-10, são classificados como Argissolos Vermelho-Amarelos Distróficos A

moderado com textura arenosa/média e média/argilosa em relevo ondulado e forte

ondulado e Latossolos Vermelhos Distróficos A moderado com textura argilosa em

relevo suave ondulado e ondulado. Ocorrem também Latossolos Vermelho-Amarelos

Distróficos, com textura média + Neossolos Quartzarênicos Órticos Distróficos ambos A

moderado, relevo suave ondulado e plano; Neossolos Litólicos Distróficos A moderado

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-87/189

e proeminente e Eutróficos A moderado, ambos com textura argilosa de relevo

ondulado e forte ondulado; Grupamento indiscriminado de Cambissolos Háplicos Tb

Distróficos, bem a imperfeitamente drenados, com relevo plano e relevo de várzea e

Grupamento indiscriminado de Planossolos Háplicos Ta A moderado e de Gleissolos

Háplicos e Melânicos. Os Argissolos são solos que apresentam gradiente textural entre

os horizontes A e B, tornando-os altamente suscetíveis a erosões.

No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, as classes predominantes na

UGRHI correspondem a campo antrópico/pastagem (48%) e mata (32%). Nesta

Unidade Hidrográfica ocorre o Sistema Aquífero Guarani, importante manancial

subterrâneo, que se estende por cerca de 60% da sua área territorial, de forma não

confinada, reforçando a importância de medidas para sua proteção, visto ser bastante

vulnerável à contaminação.

A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas

durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.

Foto 37. Assoreamento em drenagem no município de Bofete.

Foto 38. Obras de drenagem no município de Anhembi.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-88/189

Foto 39. Erosão em solo rural no município de Bofete.

Foto 40. Erosão em solo rural no município de Botucatu.

Foto 41. Erosão em solo rural no município de Tatuí.

Foto 42. Loteamento com intensa produção de sedimento nos município de Porto Feliz.

Foto 43. Aspectos do relevo no município de Botucatu.

Foto 44. Rio Sorocaba, município de Iperó.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-89/189

Foto 45. Rio Tietê (Reservatório de Promissão).

Foto 46. Preparo de solo em extensa área no município de Pardinho (foco de produção de sedimentos).

Foto 47. Aspectos do relevo e uso do solo urbano no município de Araçariguama.

10.2 Erosão

De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a

UGRHI-10 está predominantemente inserida nas classes IV – Baixa e I – Muito Alta de

suscetibilidade à erosão (Figura 20).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-90/189

Figura 20. Mapa de Erosão da UGRHI-10 (IPT/DAEE, 1997).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-91/189

Na UGRHI, foram cadastradas 80 erosões lineares urbanas (19 ravinas e 61

boçorocas) e 4228 rurais (1493 ravinas e 2735 boçorocas). Estes processos ocorrem

prioritariamente em áreas de baixa/muito alta suscetibilidade à erosão (classe IV e I). A

Tabela 20 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos lineares,

urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-10.

Tabela 20. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-10

MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL

ALAMBARI 0 95 95

ALUMÍNIO 0 14 14

ANHEMBI 3 248 251

ARAÇARIGUAMA 0 30 30

ARAÇOIABA DA SERRA 0 197 197

BARRA BONITA 0 2 2

BOFETE 2 247 249

BOITUVA 4 112 116

BOTUCATU 46 139 185

CABREÚVA 0 9 9

CAPELA DO ALTO 1 82 83

CERQUILHO 2 65 67

CESÁRIO LANGE 0 36 36

CONCHAS 2 416 418

DOIS CÓRREGOS 0 7 7

ELIAS FAUSTO 0 52 52

GUAREÍ 0 18 18

IBIÚNA 0 4 4

INDAIATUBA 0 22 22

IPERÓ 0 27 27

ITAPETININGA 0 153 153

ITU 2 136 138

JUMIRIM 2 37 39

LARANJAL PAULISTA 0 169 169

MAIRINQUE 0 20 20

MINEIROS DO TIETÊ 0 27 27

PARDINHO 0 1 1

PEREIRAS 0 178 178

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-92/189

PIEDADE 0 69 69

PILAR DO SUL 0 52 52

PIRACICABA 0 105 105

PORANGABA 0 162 162

PORTO FELIZ 1 279 280

QUADRA 0 52 52

RAFARD 0 42 42

SALTINHO 0 16 16

SALTO 5 27 32

SALTO DE PIRAPORA 4 80 84

SÃO MANUEL 0 30 30

SÃO ROQUE 0 8 8

SARAPUÍ 0 219 219

SOROCABA 1 89 90

TATUÍ 0 120 120

TIETÊ 3 214 217

TORRE DE PEDRA 1 86 87

VOTORANTIM 1 35 36

TOTAL 80 4228 4308

O Mapa 09 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos

erosivos lineares na UGRHI-10, impresso em escala 1:250.000.

10.3 Inundação

Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 27

municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,

a saber: Alumínio, Anhembi, Araçariguama, Araçoiaba da Serra, Boituva, Botucatu,

Cabreúva, Capela do Alto, Cerquilho, Conchas, Ibiúna, Itu, Laranjal Paulista, Mairinque,

Pereiras, Piedade, Porangaba, Porto Feliz, Salto de Pirapora, São Roque, Sarapuí,

Sorocaba, Tatuí, Tietê, Torre de Pedra, Vargem Grande Paulista e Votorantim.

O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de

processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso

em escala 1:750.000.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-93/189

11 UGRHI 11 – RIBEIRA DE IGUAPE/LITORAL SUL

11.1 Descrição Geral

A UGRHI-11 (Ribeira de Iguape/Litoral Sul) localiza-se na porção sul do Estado

de São Paulo (Figura 21), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na

Tabela 21. Agrega os tributários das margens direita e esquerda do rio da Ribeira do

Iguape e do rio Juquiá, drenando uma área de aproximadamente 16.779 km2. Os

principais rios desta UGRHI são os rios da Ribeira do Iguape, Juquiá, São Lourenço,

Pariquera-Açu, Jacupiranguinha, Guarau, entre outros.

Figura 21. Localização da UGRHI-11 no Estado de São Paulo.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-94/189

Tabela 21. Municípios com sede na UGRHI-11 (Fonte: São Paulo, 1994)

UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI

RIBEIRA DE IGUAPE/LITORAL SUL

APIAÍ

BARRA DO CHAPÉU

BARRA DO TURVO

CAJATI

CANANÉIA

ELDORADO

IGUAPE

ILHA COMPRIDA

IPORANGA

ITAÓCA

ITAPIRAPUÃ PAULISTA

ITARIRI

JACUPIRANGA

JUQUIÁ

JUQUITIBA

MIRACATU

PARIQUERA-AÇU

PEDRO DE TOLEDO

REGISTRO

RIBEIRA

SÃO LOURENÇO DA SERRA

SETE BARRAS

TAPIRAÍ

Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com

DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-11 rochas do Grupo Açungui (filitos com

intercalações de rochas carbonáticas, filitos, quartzo filitos, subordinadamente xistos e

quartzitos, metabasitos e epidioritos, anfibolitos, anfibólio xistos, metagabros e diques

metabasítios de caráter variado e mármores calcíticos e dolomíticos); das Suítes

Granitóides (granitos foliados, granulação fina a média, textura porfirítica frequente;

contatos parcialmente discordantes e composição tonalítica a granítica - fácies

Cantareira) e Graníticas (corpos graníticos a granodioríticos alóctones, intrusivos,

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-95/189

isótropicos, granulação fina a grossa, com textura sub-hipidiomórfica e hipidiomórfica

granular - fácies Itu e granitos alcalinos a subalcalinos, alóctones, isótropos, granulação

média a grossa, com textura hipidiomórfica ou xenomórfica granular, predominando os

termos granodioríticos a biotita graníticos – fácies Graciosa); do Complexo Embu

(migmatitos heterogêneos essencialmente estromatíticos, com paleossoma xistoso,

gnáissico ou anfibolítico, migmatitos homogêneos variados predominando os de

natureza homofânica, oftalmítica e facoidal); do Complexo Setuva (migmatitos

estromatíticos de paleossoma xistoso, migmatitos homogêneos, diatexitos, anatexitos e

incluindo núcleos granitoides e micaxistos, quartzitos, quartzo micaxistos, granada

micaxistos, ardósias, mármores dolomíticos, gonditos, metaultrabasitos, talco xistos e

esteatitos, metarcóseos com intercalações de quartzo xistos ); do Complexo Costeiro

(migmatitos diversos, incluindo estromatitos, metatexitos, diatexitos, biotita gnaisses,

granitoides e granitos gnáissicos, anfibolitos e serpentinitos subordinados, localmente

migmatizados); os Depósitos Aluviais (aluviões em geral, incluindo areias

inconsolidadas de granulação variável, argilas e cascalheiras fluviais); os Sedimentos

Marinhos e Lagunares Indiferenciados (areias, argilas de mangue e areias litorâneas);

os sedimentos arenosos das formações Cananéia (areias marinhas litorâneas, finas

inconsolidadas, frequentemente limonitizadas, com presença de esparsos leitos

argilosos) e Pariquera-Açu (siltitos areno-argilosos e areias arcosianas de origem fluvial

com intercalações de cascalho); da Suíte Alcalina (representada pela Suíte Alcalina de

Juquiá, predominando olivina piroxenitos, álcali-gabros, nefelina sienitos, ijolitos,

melteigitos, carbonatitos, com pequenos diques lamprofíricos, e tinguaíticos não

individualizados e peridotitos) e rochas associadas as Zonas Cataclásticas (rochas, em

geral, miloníticas e cataclásticas). Geomorfologicamente, de acordo com Ross e Moroz

(1997), a UGRHI-11 situa-se em vários compartimentos, destacando: a Depressão do

Baixo Ribeira (predominam formas de relevo denudacionais cujo modelado constitui-se

basicamente por colinas e patamares aplanados e altimetrias entre os 10 e 30 metros,

além de declividade entre 10 e 20%); o Planalto Atlântico de Guapiara (morros baixos

com topos convexos. Predominam altimetrias entre 700 e 800 metros e declividades

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-96/189

entre 20 e 30%. Por ser uma unidade com formas de dissecação e densidade de

drenagem média a alta, com vales entalhados, possui nível de fragilidade potencial

médio-alto, estando sujeita a significativos processos erosivos); o Planalto do

Ribeira/Turvo (morros altos com topos aguçados e topos convexos. As altimetrias

variam entre 700 e 900 metros e as declividades predominantes são de 20 a 30%.

Formas muito dissecadas possui vales bem entalhados e alta densidade de drenagem,

apresentando um nível de fragilidade potencial alto, estando sujeita aos processos

erosivos lineares, ocorrência de movimentos de massa), Planalto de Ibiuna/São Roque

(morros altos com topos aguçados e topos convexos. Predominam as altimetrias entre

800 e 1100 metros, com vertentes de declividades predominantes de 20 a 30%,

ultrapassando com frequência os 30%. Formas de dissecação média a alta, com vales

entalhados e densidade de drenagem elevada, apresenta um nível de fragilidade

potencial médio a alto, estando sujeita a fortes atividades erosivas), Planalto

Paulilstano/Alto Tietê (morros médios e altos com topos convexos. Predominam as

altimetrias entre 800 e 1000 metros, com declividades predominantes entre 10 e 20%.

Formas de dissecação média a alta, com vales entalhados e densidade de drenagem

média a alta, esta área apresenta um nível de fragilidade potencial médio, estando

sujeita a fortes atividades erosivas); Escarpa/Serra do Mar e Morros Litorâneos

(constitui-se basicamente em escarpas e cristas com topos aguçados e topos

convexos. Altimetrias variam de 10 até 1000 metros e as declividades predominantes

são de 20 a 30%, sendo por vezes superiores a 30% e atingindo os 60%, em setores

localizados das vertentes. Formas de dissecação muito intensas, com vales de grande

entalhamento, com alta densidade de drenagem e vertentes muito inclinadas,

apresenta um nível de fragilidade potencial muito alto, estando sujeita a processos

erosivos agressivos e movimentos de massa espontâneos e induzidos); Planície

Litorânea de Iguape/Cananéia (apresentam altimetrias entre 0 e 20 metros com

declividades dominantes inferiores a 2%, possui baixa densidade de drenagem de

padrão meandrante e anastomosado. Possuem potencial de fragilidade muito alto por

serem áreas sujeitas às inundações periódicas, com lençol freático pouco profundo e

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-97/189

sedimentos inconsolidados sujeitos as acomodações constantes) e Planícies Fluvial do

Rio Ribeira de Iguape (sedimentos inconsolidados arenosos e argilosos. Áreas baixas e

planas sujeitas a inundações periódicas que possui declividades inferiores a 2%,

posicionando-se em diferentes níveis altimétricos. Apresentam potencial de fragilidade

muito alto por estarem sujeitas a inundações periódicas e possuírem lençol freático

pouco profundo e sedimentos inconsolidados sujeitos a acomodações constantes).

Pedologicamente, segundo Oliveira et al. (1999), as associações pedológicas que

predominam na UGRHI-11, são classificados como Argissolos Vermelho-Amarelos

Distróficos e Eutróficos abrúpticos ou não, A moderado com textura arenosa/média e

média/argilosa em relevo forte ondulado e montanhoso; Cambissolos Háplicos Tb e Ta

Distróficos e Eutróficos de textura argilosa A moderado em relevo forte ondulado e

montanhoso. Ocorrem também Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos de texturas

argilosa e média em relevo ondulado e forte ondulado; Gleissolos Háplicos e Melânicos

ambos Distróficos Tb de textura argilosa em relevo de várzea; Neossolos Litólicos

Distróficos textura arenosa relevo forte ondulado; associação Complexa de

(Espodossolos Ferrocárbicos Órticos A moderado + Espodossolos Ferrocárbicos

Hidromórficos Hísticos, ambos de textura arenosa + Organossolos endotiomórficos +

Solos de Mangue indiscriminados, todos de relevo de várzea); associação complexa de

(Organossolos Mésicos ou Háplicos Distróficos + Organossolos Mésicos ou Háplicos

Distróficos (soterrados) + Gleissolos (não tiomórficos) Eutróficos e Distróficos ambos

indiscriminados + Cambissolos Háplicos Tb Distróficos A moderado textura

argilosa/média ou argilosa, todos em relevo plano de várzea); associação complexa de

(Neossolos Flúvicos Tb Eutróficos A moderado com textura indiscriminada + Gleissolos

indiscriminados de textura argilosa e média em relevo de várzea) e Latossolos

Amarelos Distróficos A moderado com textura argilosa em relevo suave ondulado. Os

Argissolos são solos que apresentam gradiente textural entre os horizontes A e B,

tornando-os altamente suscetíveis a erosões.

No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, a UGRHI é recoberta em 81%

pela classe de mata. Em razão disto, incidem no seu território diversas Unidades de

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-98/189

Conservação, sejam de Proteção Integral ou de Uso Sustentável, com vistas ao uso e

manejo adequado dessas áreas. Os usos urbanos e agrícolas são pouco expressivos

nesta Unidade Hidrográfia.

A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas

durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.

Foto 48. Rio Ribeira de Iguape.

Foto 49. Focos erosivos em encosta no município Barra do Turvo.

Foto 50. Taludes com solo exposto no município de Itariri.

Foto 51. Cortes em talude no município de Sete Barras (solo exposto).

11.2 Erosão

De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-99/189

UGRHI-11 está predominantemente inserida nas classes III – Média e V – Muito Baixa

de suscetibilidade à erosão (Figura 22).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-100/189

Figura 22. Mapa de Erosão da UGRHI-11 (IPT/DAEE, 1997).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-101/189

Na UGRHI, foram cadastradas 4 erosões lineares urbanas (3 ravinas e 1

boçoroca) e 428 rurais (209 ravinas e 219 boçorocas). Estes processos ocorrem

prioritariamente em áreas de alta suscetibilidade à erosão (classe II).

A Tabela 22 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos

lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-11.

Tabela 22. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-11

MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL

APIAÍ 0 20 20

BARRA DO CHAPÉU 0 54 54

BARRA DO TURVO 0 106 106

BOM SUCESSO DE ITARARÉ 0 1 1

CAJATI 0 28 28

CANANÉIA 0 3 3

ELDORADO 0 37 37

IGUAPE 0 13 13

IPORANGA 0 20 20

ITAÓCA 0 9 9

ITAPIRAPUÃ PAULISTA 0 44 44

ITARIRI 0 2 2

JACUPIRANGA 0 28 28

JUQUIÁ 0 14 14

JUQUITIBA 0 2 2

MIRACATU 0 3 3

PARIQUERA-AÇU 0 1 1

PEDRO DE TOLEDO 0 6 6

REGISTRO 2 4 6

RIBEIRA 0 23 23

SÃO MIGUEL ARCANJO 0 2 2

SETE BARRAS 2 8 10

TOTAL 4 428 432

O Mapa 10 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos

erosivos lineares na UGRHI-11, impresso em escala 1:250.000.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-102/189

11.3 Inundação

Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 22

municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,

a saber: Apiaí, Barra do Chapéu, Barra do Turvo, Cajati, Cananéia, Eldorado, Iguape,

Iporanga, Itaóca, Itapirapuã Paulista, Itariri, Jacupiranga, Juquiá, Juquitiba, Miracatu,

Pariquera-Açu, Pedro de Toledo, Registro, Ribeira, São Lourenço da Serra, Sete

Barras e Tapiraí.

O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de

processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso

em escala 1:750.000.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-103/189

12 UGRHI 12 – BAIXO PARDO/GRANDE

12.1 Descrição Geral

A UGRHI-12 (Baixo Pardo/Grande) localiza-se na porção norte do Estado de

São Paulo (Figura 23), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela

23. Agrega os tributários das margens direita e esquerda do rio Pardo e inclui alguns

afluentes pela margem esquerda do rio Grande, drenando uma área de

aproximadamente 7.254 km2. Os principais rios desta UGRHI são os rios Grande e

Pardo.

Figura 23. Localização da UGRHI-12 no Estado de São Paulo.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-104/189

Tabela 23. Municípios com sede na UGRHI-12 (Fonte: São Paulo, 1994)

UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI

BAIXO PARDO/GRANDE

ALTAIR

BARRETOS

BEBEDOURO

COLINA

COLÔMBIA

GUARACI

ICÉM

JABORANDI

MORRO AGUDO

ORLÂNDIA

TERRA ROXA

VIRADOURO

Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com

DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-12 rochas sedimentares, de composição

predominantemente arenosa, pertencentes ao Grupo Bauru, representado pela

Formação Adamantina (arenitos e lamitos) e rochas básicas (basaltos toleíticos) do

Grupo São Bento, representado pela Formação Serra Geral. E, os

Sedimentos/Depósitos Aluviais (argilas, siltes, areias e cascalhos), associados ás

principais drenagens. Geomorfologicamente, de acordo com Ross e Moroz (1997), a

UGRHI-12, situa-se majoritariamente no Planalto Centro Ocidental Paulista (altitudes

entre 300 e 600 metros e declividades inferiores a 20%. Predominam formas de

dissecação média a alta, com vales entalhados e com densidade de drenagem média a

alta, apresentando um nível de fragilidade potencial médio). Ocorrem também porções

localizadas nas Planícies Fluviais (caracterizam-se por áreas baixas e planas sujeitas a

inundações periódicas que possui declividades inferiores a 2%, posicionando-se em

diferentes níveis altimétricos. Possuem potencial de fragilidade muito alto por estarem

sujeitas a inundações periódicas e possuírem lençol freático pouco profundo e

sedimentos inconsolidados sujeitos a acomodações constantes) e no Planalto Residual

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-105/189

de São Carlos (predominam formas de dissecação média a alta, com vales entalhados

e com densidade de drenagem média a alta, apresentando um nível de fragilidade

potencial médio. Áreas sujeitas a forte atividade erosiva). Pedologicamente, segundo

Oliveira et al. (1999), as associações pedológicas que predominam na UGRHI-12 são

classificados como Latossolos Vermelhos Distróficos A moderado textura média relevo

plano e suave ondulado e Latossolos Vermelhos Distroférricos A moderado e

proeminente textura argilosa, relevo plano e suave ondulado; Argissolos Vermelho-

Amarelos Eutróficos + Argissolos Vermelhos Distróficos e Eutróficos ambos textura

arenosa/média e média, relevo suave ondulado. Ocorrem também Latossolos

Vermelho-Amarelos Distróficos A moderado textura média, relevo plano e suave

ondulado e Gleissolos Háplicos Tb + Neossolos Flúvicos A moderado, ambos

Eutróficos e Distróficos com textura indiscriminada, em relevo de várzea. Os Argissolos

são solos que apresentam gradiente textural entre os horizontes A e B, tornando-os

altamente suscetíveis a erosões.

No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, destaca-se a classe de cultura

semi-perene (cana-de-açúcar), com 43% de incidência, seguida da classe de campo

antrópico/pastagem, com 39%. Em relação ao cultivo de cana-de-açúcar, que ocorre

em todos os municípios desta UGRHI, três deles são responsáveis por 53% da

produção total de açúcar, aguardente e álcool: Morro Agudo, Barretos e Bebedouro.

12.2 Erosão

De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a

UGRHI-12 está predominantemente inserida nas classes IV – Baixa e III – Média de

suscetibilidade à erosão (Figura 24).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-106/189

Figura 24. Mapa de Erosão da UGRHI-12 (IPT/DAEE, 1997).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-107/189

Na UGRHI, foram cadastradas 6 erosões lineares urbanas (1 ravina e 5

boçorocas) e 45 rurais (4 ravinas e 41 boçorocas). Estes processos ocorrem

prioritariamente em áreas de média suscetibilidade à erosão (classe III). A Tabela 24

apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos lineares, urbanos e

rurais, dentro dos limites da UGRHI-12.

Tabela 24. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-12

MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL

BARRETOS 1 13 14

BEBEDOURO 0 1 1

COLINA 2 2 4

COLÔMBIA 0 7 7

GUAÍRA 0 4 4

GUARACI 0 5 5

ICÉM 1 8 9

JABORANDI 1 2 3

MORRO AGUDO 0 2 2

ORLÂNDIA 1 0 1

VIRADOURO 0 1 1

TOTAL 6 45 51

O Mapa 11 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos

erosivos lineares na UGRHI-12, impresso em escala 1:250.000.

12.3 Inundação

Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 7

municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,

a saber: Barretos, Bebedouro, Icém, Morro Agudo, Orlândia, Terra Roxa e Viradouro.

O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de

processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso

em escala 1:750.000.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-108/189

13 UGRHI 13 – TIETÊ/JACARÉ

13.1 Descrição Geral

A UGRHI-13 (Tietê/Jacaré) localiza-se na porção central do Estado de São

Paulo (Figura 25), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela 25.

Agrega os tributários das margens direita e esquerda do curso médio do rio Tietê,

drenando uma área de aproximadamente 11.811 km2. Os principais rios desta UGRHI

são os rios Tietê, Jacaré-Pepira, Jacaré-Guaçu, Boa Esperança.

Figura 25. Localização da UGRHI-13 no Estado de São Paulo.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-109/189

Tabela 25. Municípios com sede na UGRHI-13 (Fonte: São Paulo, 1994)

UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI

TIETÊ/JACARÉ

AGUDOS

ARARAQUARA

AREALVA

AREIÓPOLIS

BARIRI

BARRA BONITA

BAURU

BOA ESPERANÇA DO SUL

BOCAINA

BORACÉIA

BOREBI

BROTAS

DOIS CÓRREGOS

DOURADO

GAVIÃO PEIXOTO

IACANGA

IBATÉ

IBITINGA

IGARAÇU DO TIETÊ

ITAJU

ITAPUÍ

ITIRAPINA

JAÚ

LENÇÓIS PAULISTA

MACATUBA

MINEIROS DO TIETÊ

NOVA EUROPA

PEDERNEIRAS

RIBEIRÃO BONITO

SÃO CARLOS

SÃO MANUEL

TABATINGA

TORRINHA

TRABIJU

Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-110/189

DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-13 rochas sedimentares de composição

predominantemente arenosa, pertencentes ao Grupo Bauru, representado pelas

formações Adamantina e Marília. Rochas básicas (basaltos toleíticos) e arenosas do

Grupo São Bento, representado pelas formações Serra Geral, Botucatu e Pirambóia e

Suítes Básicas (diques e sills de diabásio, dioritos pórfiros, monzonitos pórfiros,

andesitos pórfiros, gabros e lamprófiros). E, os Sedimentos Aluvionares/Depósitos

Aluvionares (areias inconsolidadas de granulação variável, argilas e cascalheiras

fluviais), os Depósitos Coluviais de Espigão (areias com matriz argilosa, cascalhos de

limonita e quartzo na base) e os Depósitos de Cimeira (conglomerados, arenitos

imaturos, cimento ferruginoso). Geomorfologicamente, de acordo com Ross e Moroz

(1997), a UGRHI-13, situa-se majoritariamente no Planalto Residual de São Carlos

(predominam formas de dissecação média a alta, com vales entalhados e com

densidade de drenagem média a alta, apresentando um nível de fragilidade potencial

médio. Áreas sujeitas a forte atividade erosiva) e no Planalto Centro Ocidental Paulista

(com altitudes entre 300 e 600 metros e declividades inferiores a 20%. Predominam

formas de dissecação média a alta, com vales entalhados e com densidade de

drenagem média a alta, apresentando um nível de fragilidade potencial médio).

Ocorrem também porções localizadas nas Planícies Fluviais (caracterizam-se por áreas

baixas e planas sujeitas a inundações periódicas que possui declividades inferiores a

2%, posicionando-se em diferentes níveis altimétricos. Possuem potencial de

fragilidade muito alto por estarem sujeitas a inundações periódicas e possuírem lençol

freático pouco profundo e sedimentos inconsolidados sujeitos a acomodações

constantes) e na Depressão do Médio Tietê (constitui basicamente por colinas de topos

amplos tabulares e convexos, com altimetrias entre 500 e 650 metros e declividades

entre 10 e 20%. Apresenta formas de dissecação média com vales entalhados e

densidade de drenagem média a alta, nível de fragilidade potencial médio a baixo).

Pedologicamente, segundo Oliveira et al. (1999), as associações pedológicas que

predominam na UGRHI-13, são classificados como Latossolos Vermelhos Distróficos

textura média e argilosa e Latossolos Vermelhos Eutroférricos e Distroférricos ambos

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-111/189

textura argilosa A moderado relevo plano e suave ondulado; Argissolos Vermelho-

Amarelos Distróficos e Eutróficos abrúpticos ou não, A moderado com textura

arenosa/média e média em relevo suave ondulado e ondulado; Latossolos Vermelho-

Amarelos Distróficos A moderado e proeminente textura média e argilosa relevo suave

ondulado. Ocorrem também Neossolos Quartzarênicos Órticos Distróficos A moderado

em relevo plano e suave ondulado; Nitossolos Vermelhos Eutróficos e Distróficos de

relevo ondulado; Gleissolos Háplicos e Melânicos ambos Distróficos, com textura

média e argilosa em relevo de várzea; Neossolos Litólicos Eutróficos e Distróficos

textura média e argilosa relevo forte ondulado e montanhoso, Organossolos Mésicos

ou Háplicos Distróficos em relevo de várzea; Planossolos Háplicos Distróficos A

moderado e proeminente com textura arenosa/média e arenosa/argilosa, relevo de

várzea. Os Argissolos são solos que apresentam gradiente textural entre os horizontes

A e B, tornando-os altamente suscetíveis a erosões.

No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, a classe predominante na

UGRHI é a de campo antrópico/pastagem, compreendendo 49% da sua área, seguida

da classe de cultura semi-perene (cana-de-açúcar), com 23%. Destacam-se os

municípios de Araraquara, Bauru, Jaú e São Carlos que totalizam 61% da população

da Bacia. Além disso, possui privilegiada infraestrutura de transporte: Hidrovia Tietê-

Paraná e as rodovias Marechal Rondon e Washington Luiz, além de uma malha

ferroviária eletrificada. A Unidade Hidrográfica é cortada, também, pelo gasoduto

Bolívia-Brasil.

A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas

durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-112/189

Foto 52. Descarte de resíduos sólidos urbanos na cabaceira de um processo erosivo, município de Bauru.

Foto 53. Erosão de margem no rio Jacaré-Guaçu.

Foto 54. Erosão rural com processos erosivos (Estrada de Jaú).

Foto 55. Uso do solo rural com cultivo de cana-de-açúcar, município de Guarapuã.

Foto 56. Ocupação das margens da Represa Arealva, município de Itaju.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-113/189

13.2 Erosão

De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a

UGRHI-13 está predominantemente inserida nas classes III – Média, I – Muito Alta e IV

– Baixa de suscetibilidade à erosão (Figura 26).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-114/189

Figura 26. Mapa de Erosão da UGRHI-13 (IPT/DAEE, 1997).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-115/189

Na UGRHI, foram cadastradas 66 erosões lineares urbanas (16 ravinas e 50

boçorocas) e 276 rurais (234 ravinas e 42 boçorocas). Estes processos ocorrem

prioritariamente em áreas de muito alta suscetibilidade à erosão (classe I).

A Tabela 26 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos

lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-13.

Tabela 26. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-13

MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL

AGUDOS 8 12 20

ARARAQUARA 3 28 31

AREALVA 0 22 22

BARIRI 0 14 14

BARRA BONITA 1 0 1

BAURU 19 1 20

BOA ESPERANÇA DO SUL 0 12 12

BOCAINA 2 19 21

BOREBI 0 7 7

BROTAS 0 12 12

DOIS CÓRREGOS 10 13 23

DOURADO 0 17 17

GAVIÃO PEIXOTO 0 4 4

IACANGA 0 27 27

IBATÉ 1 15 16

IBITINGA 0 13 13

ITAJU 0 7 7

ITIRAPINA 0 1 1

JAÚ 5 11 16

LENÇÓIS PAULISTA 2 2 4

MACATUBA 0 1 1

MINEIROS DO TIETÊ 0 2 2

NOVA EUROPA 0 1 1

PEDERNEIRAS 1 1 2

RIBEIRÃO BONITO 1 16 17

SÃO CARLOS 6 6 12

SÃO MANUEL 7 2 9

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-116/189

TABATINGA 0 6 6

TORRINHA 0 1 1

TRABIJU 0 3 3

TOTAL 66 276 342

O Mapa 12 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos

erosivos lineares na UGRHI-13, impresso em escala 1:250.000.

13.3 Inundação

Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 22

municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,

a saber: Agudos, Araraquara, Arealva, Areiópolis, Barra Bonita, Bauru, Boa Esperança

do Sul, Dois Córregos, Dourado, Iacanga, Ibitinga, Igaraçu do Tietê, Itapuí, Itirapina,

Jaú, Lençóis Paulista, Nova Europa, Pederneiras, Ribeirão Bonito, São Carlos, São

Manuel e Tabatinga.

O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de

processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso

em escala 1:750.000.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-117/189

14 UGRHI 14 – ALTO PARANAPANEMA

14.1 Descrição Geral

A UGRHI-14 (Alto Paranapanema) localiza-se na porção sul do Estado de São

Paulo (Figura 27), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela 27.

Agrega os tributários das margens direita e esquerda do rio Paranapanema e inclui

alguns afluentes pela margem direita do rio Jaguariaíva, drenando uma área de

aproximadamente 22.756 km2. Os principais rios desta UGRHI são os rios

Paranapanema, Guapiara, Apiaí-Mirim, Taquari, Verde, entre outros.

Figura 27. Localização da UGRHI-14 no Estado de São Paulo.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-118/189

Tabela 27. Municípios com sede na UGRHI-14 (Fonte: São Paulo, 1994)

UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI

ALTO PARANAPANEMA

ANGATUBA

ARANDU

BARÃO DE ANTONINA

BERNARDINO DE CAMPOS

BOM SUCESSO DE ITARARÉ

BURI

CAMPINA DO MONTE ALEGRE

CAPÃO BONITO

CORONEL MACEDO

FARTURA

GUAPIARA

GUAREÍ

IPAUSSU

ITABERÁ

ITAÍ

ITAPETININGA

ITAPEVA

ITAPORANGA

ITARARÉ

MANDURI

NOVA CAMPINA

PARANAPANEMA

PILAR DO SUL

PIRAJU

RIBEIRÃO BRANCO

RIBEIRÃO GRANDE

RIVERSUL

SÃO MIGUEL ARCANJO

SARUTAIÁ

TAGUAÍ

TAQUARITUBA

TAQUARIVAÍ

TEJUPÁ

TIMBURI

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-119/189

Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com

DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-14 rochas sedimentares pertencentes

aos Grupos Tubarão (Sub-Grupo Itararé e Formação Tatuí), Passa Dois (formações

Corumbataí e Irati), São Bento (formações Serra Geral, Botucatu e Pirambóia), Paraná

(Formação Furnas) e Bauru (formações Adamantina e Marília); Suítes Básicas; Suítes

Granitóides (fácies Cantareira) e Graníticas (fácies Itu); rochas metamórficas e ígneas

representadas pelo Grupo Açungui (filitos, quartzo filitos, subordinadamente xistos e

quartzitos, lentes de rochas carbonáticas) e pelo Complexo Embu (migmatitos

heterogêneos essencialmente estromatíticos, com paleossoma xistoso, gnáissico ou

anfibolítico, migmatitos homogêneos variados predominando os de natureza

homofânica, oftalmítica e facoidal); os Sedimentos Aluvionares/Depósitos Aluvionares

(areias inconsolidadas de granulação variável, argilas e cascalheiras fluviais) e os

Depósitos Coluviais de Espigão (areias com matriz argilosa, cascalhos de limonita e

quartzo na base). Geomorfologicamente, de acordo com Ross e Moroz (1997), a

UGRHI-14, situa-se majoritariamente na Depressão do Paranapamema (predominam

formas com dissecação baixa, com vales pouco entalhados e densidade de drenagem

baixa, apresentando um potencial erosivo baixo). Ocorrem também porções no Planalto

Centro Ocidental Paulista (altitudes entre 300 e 600 metros e declividades inferiores a

20%. Predominam formas de dissecação média a alta, com vales entalhados e com

densidade de drenagem média a alta, apresentando um nível de fragilidade potencial

médio), no Planalto Residual de Botucatu (predominam formas muito dissecadas com

vales entalhados associados a vales poucos entalhados, com alta densidade de

drenagem. Áreas sujeitas a processos erosivos agressivos, com probabilidade de

ocorrência de movimentos de massa e erosão linear com voçorocas), no Planalto

Atlântico de Guapiara (predominam altimetrias entre 700 e 800 metros e declividades

entre 20 e 30%. Por ser uma unidade com formas de dissecação e densidade de

drenagem média a alta, com vales entalhados, possui nível de fragilidade potencial

médio-alto, estando sujeita a significativos processos erosivos), no Planalto de

Ibiúna/São Roque (predominam as altimetrias entre 800 e 1100 metros, com vertentes

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-120/189

de declividades predominantes de 20 a 30%, ultrapassando com frequência os 30%.

Por apresentar formas de dissecação média a alta, com vales entalhados e densidade

de drenagem elevada, esta área apresenta um nível de fragilidade potencial médio a

alto, estando sujeita a fortes atividades erosivas). Pedologicamente, segundo Oliveira

et al. (1999), as associações pedológicas que predominam na UGRHI-14, são

classificados como Argissolos Vermelho-Amarelos Distróficos e Eutróficos abrúpticos

ou não, A moderado com textura arenosa/média e média em relevo suave ondulado e

ondulado; Latossolos Vermelhos Distróficos de textura argilosa em relevo suave

ondulado; Latossolos Vermelhos Eutroférricos e Distroférricos e Nitossolos Vermelhos

Eutroférricos em relevo ondulado e suave ondulado, ambos A moderado e

chernozêmico com textura argilosa. Ocorrem também Latossolos Vermelho-Amarelos

Distróficos de texturas argilosa e média em relevo ondulado e suave ondulado;

Gleissolos Háplicos e Melânicos ambos Distróficos Tb de textura argilosa em relevo de

várzea e Neossolos Litólicos Eutróficos e Distróficos texturas arenosa, média e argilosa

relevo forte ondulado e montanhoso. Os Argissolos são solos que apresentam

gradiente textural entre os horizontes A e B, tornando-os altamente suscetíveis a

erosões.

No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, a classe com maior ocorrência

em área é a de campo antrópico/pastagem, abrangendo 43% do território da UGRHI,

seguida da classe de cultura perene com 14%. Esta Unidade é a maior do Estado em

extensão, caracteriza-se por uma economia agrícola e com a maioria dos seus

municípios registrando população inferior a 50.000 habitantes.

14.2 Erosão

De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a

UGRHI-14 está predominantemente inserida nas classes IV – Baixa, I – Muito Alta e III

- Média de suscetibilidade à erosão (Figura 28).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-121/189

Figura 28. Mapa de Erosão da UGRHI-14 (IPT/DAEE, 1997).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-122/189

Na UGRHI, foram cadastradas 50 erosões lineares urbanas (15 ravinas e 35

boçorocas) e 5305 rurais (737 ravinas e 4568 boçorocas). Estes processos ocorrem

prioritariamente em áreas de muito alta suscetibilidade à erosão (classe I). A Tabela 28

apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos lineares, urbanos e

rurais, dentro dos limites da UGRHI-14.

Tabela 28. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-14

MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL

ALAMBARI 0 1 1

ANGATUBA 1 164 165

APIAÍ 0 14 14

AVARÉ 1 64 65

BERNARDINO DE CAMPOS 2 7 9

BOFETE 0 23 23

BOM SUCESSO DE ITARARÉ 0 5 5

CAPÃO BONITO 6 307 313

CERQUEIRA CÉSAR 0 18 18

CHAVANTES 0 3 3

FARTURA 1 214 215

GUAREÍ 1 319 320

ITAÍ 3 153 156

ITAPETININGA 8 353 361

ITAPEVA 5 258 263

ITAPORANGA 8 389 397

ITARARÉ 1 413 414

ITATINGA 0 66 66

MANDURI 1 7 8

NOVA CAMPINA 1 8 9

PARANAPANEMA 2 199 201

PARDINHO 0 82 82

PIEDADE 0 16 16

PILAR DO SUL 2 104 106

PIRAJU 1 87 88

QUADRA 0 4 4

RIBEIRÃO GRANDE 1 37 38

RIVERSUL 2 389 391

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-123/189

SÃO MIGUEL ARCANJO 1 223 224

SARAPUÍ 0 13 13

TAGUAÍ 1 132 133

TAQUARIVAÍ 1 18 19

TORRE DE PEDRA 0 1 1

ARANDU 0 9 9

BARÃO DE ANTONINA 0 157 157

BURI 0 159 159

CAMPINA DO MONTE ALEGRE 0 16 16

CORONEL MACEDO 0 154 154

GUAPIARA 0 57 57

IPAUSSU 0 25 25

ITABERÁ 0 294 294

RIBEIRÃO BRANCO 0 81 81

SARUTAIÁ 0 49 49

TAPIRAÍ 0 3 3

TAQUARITUBA 0 50 50

TEJUPÁ 0 98 98

TIMBURI 0 62 62

TOTAL 50 5305 5355

O Mapa 13 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos

erosivos lineares na UGRHI-14, impresso em escala 1:250.000.

14.3 Inundação

Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 25

municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,

a saber: Angatuba, Bom Sucesso de Itararé, Buri, Campina do Monte Alegre, Capão

Bonito, Coronel Macedo, Fartura, Guapiara, Guareí, Ipaussu, Itaberá, Itaí, Itapetininga,

Itapeva, Itaporanga, Itararé, Nova Campina, Paranapanema, Pilar do Sul, Piraju,

Ribeirão Grande, Riversul, São Miguel Arcanjo, Taquarituba e Tejupá. O Mapa 22 do

Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de processos de

inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, em escala 1:750.000.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-124/189

15 UGRHI 15 – TURVO/GRANDE

15.1 Descrição Geral

A UGRHI-15 (Turvo/Grande) localiza-se na porção noroeste do Estado de São

Paulo (Figura 29), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela 29.

Agrega os tributários das margens direita e esquerda do rio Turvo e inclui alguns

afluentes pela margem esquerda do rio Grande, drenando uma área de

aproximadamente 16.022 km2. Os principais rios desta UGRHI são os rios Grande,

Turvo, Preto, da Cachoeirinha.

Figura 29. Localização da UGRHI-15 no Estado de São Paulo.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-125/189

Tabela 29. Municípios com sede na UGRHI-15 (Fonte: São Paulo, 1994)

UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI

TURVO/GRANDE

ÁLVARES FLORENCE

AMÉRICO DE CAMPOS

ARIRANHA

ASPÁSIA

BÁLSAMO

CAJOBI

CÂNDIDO RODRIGUES

CARDOSO

CATANDUVA

CATIGUÁ

CEDRAL

COSMORAMA

DOLCINÓPOLIS

EMBAÚBA

ESTRELA D'OESTE

FERNANDO PRESTES

FERNANDÓPOLIS

GUAPIAÇU

GUARANI D'OESTE

INDIAPORÃ

IPIGUÁ

MACEDÔNIA

MERIDIANO

MESÓPOLIS

MIRA ESTRELA

MIRASSOL

MIRASSOLÂNDIA

MONTE ALTO

MONTE AZUL PAULISTA

NOVA GRANADA

NOVAIS

OLÍMPIA

ONDA VERDE

ORINDIÚVA

OUROESTE

PALESTINA

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-126/189

PALMARES PAULISTA

PARAÍSO

PARANAPUÃ

PARISI

PAULO DE FARIA

PEDRANÓPOLIS

PINDORAMA

PIRANGI

PONTES GESTAL

POPULINA

RIOLÂNDIA

SANTA ADÉLIA

SANTA ALBERTINA

SANTA CLARA D'OESTE

SANTA RITA D'OESTE

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

SEVERÍNIA

TABAPUÃ

TAIAÇU

TAIÚVA

TANABI

TURMALINA

UCHOA

URÂNIA

VALENTIM GENTIL

VISTA ALEGRE DO ALTO

VITÓRIA BRASIL

VOTUPORANGA

Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com

DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-15 rochas sedimentares, de composição

predominantemente arenosa, pertencentes ao Grupo Bauru, representado pelas

formações Adamantina, Santo Anastácio e Marília. Rochas básicas (basaltos toleíticos)

do Grupo São Bento, representado pela Formação Serra Geral. E, os

Sedimentos/Depósitos Aluviais (argilas, siltes, areias e cascalhos), associados ás

principais drenagens. Geomorfologicamente, de acordo com Ross e Moroz (1997), a

UGRHI-15, situa-se majoritariamente no Planalto Centro Ocidental Paulista (altitudes

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-127/189

entre 300 e 600 metros e declividades inferiores a 20%. Predominam formas de

dissecação média a alta, com vales entalhados e com densidade de drenagem média a

alta, apresentando um nível de fragilidade potencial médio). Ocorrem também, porções

na Planície Aluvial dos principais rios, tais como, Grande, Turvo, apresentando relevos

planos e baixos, de agradação, com declividades inferiores a 3%, dimensões e formas

variadas. Pedologicamente, segundo Oliveira et al. (1999), as associações pedológicas

que predominam na UGRHI-15 são classificados como Argissolos Vermelho-Amarelos

Distróficos e Eutróficos abrúpticos ou não, A moderado com textura arenosa/média e

média em relevo suave ondulado e ondulado; Latossolos Vermelhos Distróficos A

moderado textura média relevo plano e suave ondulado e Latossolos Vermelhos

Eutroférricos e Distroférricos em relevo plano e suave ondulado + Nitossolos

Vermelhos Eutroférricos em relevo suave ondulado e ondulado, ambos A moderado e

chernozêmico com textura argilosa. Ocorrem também Gleissolos Háplicos Tb e

Neossolos Flúvicos A moderado, ambos Eutróficos e Distróficos com textura

indiscriminada, em relevo de várzea; Neossolos Litólicos Distróficos Tb textura média

relevo montanhoso. Os Argissolos são solos que apresentam gradiente textural entre

os horizontes A e B, tornando-os altamente suscetíveis a erosões.

No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, predominam as áreas de campo

antrópico/pastagem, perfazendo 63% do território da UGRHI, seguidas da classe de

cultura semi-perene, com 20%. Possui o maior número de municípios dentre as

unidades hidrográficas paulistas, em grande parte registrando população inferior a

10.000 habitantes. Em termos de atividades econômicas destaca-se a agroindústria

(cana-de-açúcar e laranja).

A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas

durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-128/189

Foto 57. Assoreamento em drenagem urbana no município de Fernando Prestes.

Foto 58. Obras em drenagem urbana do município de Catanduva.

Foto 59. Obras em drenagem urbana no município de Fernandópolis.

15.2 Erosão

De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a

UGRHI-15 está predominantemente inserida nas classes II – Alta e I – Muito Alta de

suscetibilidade à erosão (Figura 30).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-129/189

Figura 30. Mapa de Erosão da UGRHI-15 (IPT/DAEE, 1997).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-130/189

Na UGRHI, foram cadastradas 173 erosões lineares urbanas (49 ravinas e 124

boçorocas) e 480 rurais (240 ravinas e 240 boçorocas). Estes processos ocorrem

prioritariamente em áreas de muito alta/alta suscetibilidade à erosão (classes I e II).

A Tabela 30 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos

lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-15.

Tabela 30. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-15

MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL

ALTAIR 0 6 6

ÁLVARES FLORENCE 0 24 24

AMÉRICO DE CAMPOS 0 5 5

ARIRANHA 3 0 3

ASPÁSIA 0 2 2

CÂNDIDO RODRIGUES 2 0 2

CARDOSO 1 5 6

CATANDUVA 27 0 27

CATIGUÁ 1 1 2

CEDRAL 2 3 5

COSMORAMA 0 18 18

DOLCINÓPOLIS 1 16 17

EMBAÚBA 1 0 1

ESTRELA D'OESTE 1 9 10

FERNANDO PRESTES 1 2 3

FERNANDÓPOLIS 17 24 41

GUAPIAÇU 4 7 11

GUARANI D'OESTE 0 2 2

ICÉM 0 3 3

INDIAPORÃ 0 9 9

IPIGUÁ 1 0 1

JALES 6 8 14

MACEDÔNIA 1 23 24

MERIDIANO 1 12 13

MESÓPOLIS 0 3 3

MIRA ESTRELA 1 7 8

MIRASSOL 6 2 8

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-131/189

MIRASSOLÂNDIA 0 3 3

MONTE ALTO 5 7 12

MONTE AZUL PAULISTA 7 0 7

NOVA GRANADA 3 5 8

OLÍMPIA 2 6 8

ONDA VERDE 1 10 11

ORINDIÚVA 0 2 2

OUROESTE 2 7 9

PALESTINA 1 6 7

PALMARES PAULISTA 1 0 1

PARAÍSO 1 0 1

PARANAPUÃ 3 8 11

PARISI 0 4 4

PAULO DE FARIA 1 24 25

PEDRANÓPOLIS 0 10 10

PINDORAMA 1 2 3

PIRANGI 3 3 6

POPULINA 1 29 30

RIOLÂNDIA 0 11 11

SANTA ADÉLIA 12 1 13

SANTA ALBERTINA 4 30 34

SANTA CLARA D'OESTE 0 17 17

SANTA RITA D'OESTE 1 34 35

SANTA SALETE 0 3 3

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 27 5 32

SEVERÍNIA 2 1 3

TABAPUÃ 0 1 1

TAIAÇU 1 6 7

TAIÚVA 0 2 2

TANABI 3 8 11

TURMALINA 0 12 12

UCHOA 0 1 1

URÂNIA 2 15 17

VALENTIM GENTIL 1 7 8

VISTA ALEGRE DO ALTO 3 0 3

VITÓRIA BRASIL 0 2 2

VOTUPORANGA 8 7 15

TOTAL 173 480 653

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-132/189

O Mapa 14 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos

erosivos lineares na UGRHI-15, impresso em escala 1:250.000.

15.3 Inundação

Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 10

municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,

a saber: Catanduva, Catiguá, Fernando Prestes, Guapiaçu, Olímpia, Pindorama,

Pirangi, São José do Rio Preto, Tanabi e Votuporanga.

O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de

processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso

em escala 1:750.000.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-133/189

16 UGRHI 16 – TIETÊ/BATALHA

16.1 Descrição Geral

A UGRHI-16 (Tietê/Batalha) localiza-se na porção centro/noroeste do Estado de

São Paulo (Figura 31), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela

31. Agrega os tributários das margens direita e esquerda do curso inferior do rio Tietê,

drenando uma área de aproximadamente 13.186 km2. Os principais rios desta UGRHI

são os rios Batalha, Dourado, São Lourenço.

Figura 31. Localização da UGRHI-16 no Estado de São Paulo.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-134/189

Tabela 31. Municípios com sede na UGRHI-16 (Fonte: São Paulo, 1994)

UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI

TIETÊ/BATALHA

ADOLFO

AVAÍ

BADY BASSITT

BALBINOS

BORBOREMA

CAFELÂNDIA

DOBRADA

ELISIÁRIO

GUAIÇARA

GUARANTÃ

IBIRÁ

IRAPUÃ

ITAJOBI

ITÁPOLIS

JACI

LINS

MARAPOAMA

MATÃO

MENDONÇA

NOVA ALIANÇA

NOVO HORIZONTE

PIRAJUÍ

PIRATININGA

PONGAÍ

POTIRENDABA

PRESIDENTE ALVES

REGINÓPOLIS

SABINO

SALES

SANTA ERNESTINA

TAQUARITINGA

URU

URUPÊS

Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com

DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-16 rochas sedimentares de composição

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-135/189

predominantemente arenosa, pertencentes ao Grupo Bauru, representado pelas

formações Adamantina e Marília. Rochas básicas (basaltos toleíticos) e arenosas do

Grupo São Bento, representado pelas formações Serra Geral e Pirambóia. Rochas

sedimentares pertencentes ao Grupo Passa Dois, representado pela Formação

Corumbataí (arenitos muito finos, siltitos, lamitos e folhelhos; níveis de calcários

oolíticos e coquina; cores predominantemente lilás e cinza). E, os

Sedimentos/Depósitos Aluviais (argilas, siltes, areias e cascalhos), associados ás

principais drenagens. Geomorfologicamente, de acordo com Ross e Moroz (1997), a

UGRHI-16, situa-se majoritariamente no Planalto Centro Ocidental Paulista (altitudes

entre 300 e 600 metros e declividades inferiores a 20%. Predominam formas de

dissecação média a alta, com vales entalhados e com densidade de drenagem média a

alta, apresentando um nível de fragilidade potencial médio). Ocorrem também, porções

no Planalto Residual de São Carlos (predominam formas de dissecação média a alta,

com vales entalhados e com densidade de drenagem média a alta, apresentando um

nível de fragilidade potencial médio. Áreas sujeitas a forte atividade erosiva).

Pedologicamente, segundo Oliveira et al. (1999), as associações pedológicas que

predominam na UGRHI-16, são classificados como Argissolos Vermelho-Amarelos

Distróficos e Eutróficos abrúpticos ou não, A moderado com textura arenosa/média e

média em relevo suave ondulado e ondulado; como Latossolos Vermelhos Distróficos

textura média, Latossolos Vermelhos Eutroférricos e Distroférricos ambos em relevo

plano e suave ondulado. Ocorrem também, Gleissolos Háplicos e Melânicos ambos

Distróficos, com textura média e argilosa, Neossolos Flúvicos A moderado, Eutróficos e

Distróficos com textura indiscriminada, todos em relevo de várzea e Neossolos Litólicos

Eutróficos e Distróficos textura média e argilosa relevo forte ondulado e montanhoso.

Os Argissolos são solos que apresentam gradiente textural entre os horizontes A e B,

tornando-os altamente suscetíveis a erosões.

No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, destaca-se, na UGRHI, a classe

campo antrópico/pastagem, abrangendo 65% da sua área, seguida da classe de

cultura semi-perene, com 14%. A unidade hidrográfica é cortada pela hidrovia Tietê-

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-136/189

Paraná e pelo gasoduto Brasil-Bolívia. No setor agrícola destaca-se a expansão das

agroindústrias sucroalcooleira (impondo significativas transformações ao setor) e

sucocítrica (grande centro de produção e exportação).

16.2 Erosão

De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a

UGRHI-16 está predominantemente inserida nas classes I – Muito Alta e II – Alta de

suscetibilidade à erosão (Figura 32).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-137/189

Figura 32. Mapa de Erosão da UGRHI-16 (IPT/DAEE, 1997).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-138/189

Na UGRHI, foram cadastradas 65 erosões lineares urbanas (16 ravinas e 49

boçorocas) e 538 rurais (10 ravinas e 528 boçorocas). Estes processos ocorrem

prioritariamente em áreas de muito alta suscetibilidade à erosão (classe I).

A Tabela 32 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos

lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-16.

Tabela 32. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-16

MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL

AGUDOS 0 2 2

AVAÍ 1 46 47

BADY BASSITT 4 4 8

BALBINOS 1 15 16

BAURU 23 42 65

CAFELÂNDIA 2 35 37

CÂNDIDO RODRIGUES 0 2 2

CEDRAL 0 4 4

DOBRADA 0 1 1

DUARTINA 0 23 23

ELISIÁRIO 1 3 4

FERNANDO PRESTES 0 5 5

GÁLIA 0 29 29

GUAIÇARA 0 3 3

GUARANTÃ 1 25 26

IACANGA 0 8 8

IBIRÁ 3 20 23

IBITINGA 0 2 2

ITAJOBI 1 13 14

ITÁPOLIS 0 7 7

JACI 1 2 3

JOSÉ BONIFÁCIO 0 3 3

LINS 4 19 23

MATÃO 7 2 9

MENDONÇA 0 1 1

MIRASSOL 0 1 1

NEVES PAULISTA 1 4 5

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-139/189

NOVA ALIANÇA 1 1 2

NOVO HORIZONTE 0 7 7

PINDORAMA 0 1 1

PIRAJUÍ 5 38 43

PIRATININGA 0 47 47

PONGAÍ 1 9 10

POTIRENDABA 0 10 10

PRESIDENTE ALVES 4 43 47

PROMISSÃO 0 3 3

REGINÓPOLIS 0 20 20

SABINO 0 2 2

SANTA ADÉLIA 0 12 12

TAQUARITINGA 3 2 5

URU 0 12 12

URUPÊS 1 10 11

TOTAL 65 538 603

O Mapa 15 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos

erosivos lineares na UGRHI-16, impresso em escala 1:250.000.

16.3 Inundação

Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 15

municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,

a saber: Balbinos, Borborema, Cafelândia, Itajobi, Itápolis, Lins, Matão, Pirajuí,

Piratininga, Pongaí, Reginópolis, Santa Ernestina, Taquaritinga, Uru e Urupês.

O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de

processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso

em escala 1:750.000.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-140/189

17 UGRHI 17 – MÉDIO PARANAPANEMA

17.1 Descrição Geral

A UGRHI-17 (Médio Paranapanema) localiza-se na porção sudoeste do Estado

de São Paulo (Figura 33), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na

Tabela 33. Agrega os tributários das margens direita e esquerda do rio São José dos

Dourados e inclui alguns afluentes pela margem esquerda do rio Paraná, drenando

uma área de aproximadamente 16.855 km2. Os principais rios desta UGRHI são os rios

Paranapanema, Turvo, Pardo, Novo, Capivara.

Figura 33. Localização da UGRHI-17 no Estado de São Paulo.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-141/189

Tabela 33. Municípios com sede na UGRHI-17 (Fonte: São Paulo, 1994)

UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI

MÉDIO PARANAPANEMA

ÁGUAS DE SANTA BÁRBARA

ALVINLÂNDIA

ASSIS

AVARÉ

CABRÁLIA PAULISTA

CAMPOS NOVOS PAULISTA

CÂNDIDO MOTA

CANITAR

CERQUEIRA CÉSAR

CHAVANTES

CRUZÁLIA

DUARTINA

ECHAPORÃ

ESPÍRITO SANTO DO TURVO

FERNÃO

FLORÍNIA

GÁLIA

IARAS

IBIRAREMA

ITATINGA

JOÃO RAMALHO

LUCIANÓPOLIS

LUPÉRCIO

MARACAÍ

OCAUÇU

ÓLEO

OURINHOS

PALMITAL

PARAGUAÇU PAULISTA

PARDINHO

PAULISTÂNIA

PEDRINHAS PAULISTA

PLATINA

PRATÂNIA

QUATÁ

RANCHARIA

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-142/189

RIBEIRÃO DO SUL

SALTO GRANDE

SANTA CRUZ DO RIO PARDO

SÃO PEDRO DO TURVO

TARUMÃ

UBIRAJARA

Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com

DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-17 rochas sedimentares, de composição

predominantemente arenosa, pertencentes ao Grupo Bauru, representado pelas

formações Adamantina e Marília. Rochas básicas (basaltos toleíticos) e arenosas do

Grupo São Bento, representado pelas formações Serra Geral, Botucatu e Pirambóia.

Rochas sedimentares de composição predominantemente arenosa, pertencentes ao

Grupo Tubarão, representado pela Formação Aquidauna. E, os Sedimentos/Depósitos

Coluviais de espigão (areias com matriz argilosa; cascalhos de limonita e quartzo na

base) e os Sedimentos/Depósitos Aluviais (argilas, siltes, areias e cascalhos),

associados ás principais drenagens. Geomorfologicamente, de acordo com Ross e

Moroz (1997), a UGRHI-17, situa-se majoritariamente no Planalto Centro Ocidental

Paulista (altitudes entre 300 e 600 metros e declividades inferiores a 20%. Predominam

formas de dissecação média a alta, com vales entalhados e com densidade de

drenagem média a alta, apresentando um nível de fragilidade potencial médio).

Ocorrem também, porções no Planalto Residual de Marília (predominam formas muito

dissecadas com vales entalhados associados a vales poucos entalhados, com alta

densidade de drenagem. Áreas sujeitas a processos erosivos agressivos, com

probabilidade de ocorrência de movimentos de massa e erosão linear com boçorocas),

no Planalto Residual de Botucatu (predominam formas muito dissecadas com vales

entalhados associados a vales poucos entalhados, com alta densidade de drenagem.

Áreas sujeitas a processos erosivos agressivos, com probabilidade de ocorrência de

movimentos de massa e erosão linear com voçorocas) e na Depressão do

Paranapamema (predominam formas com dissecação baixa, com vales pouco

entalhados e densidade de drenagem baixa, apresentando um potencial erosivo baixo).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-143/189

Pedologicamente, segundo Oliveira et al. (1999), as associações pedológicas que

predominam na UGRHI-17, são classificados como Argissolos Vermelho-Amarelos

Distróficos e Eutróficos abrúpticos ou não, A moderado com textura arenosa/média e

média em relevo suave ondulado e ondulado e Latossolos Vermelhos Eutroférricos e

Distroférricos em relevo plano e suave ondulado e Nitossolos Vermelhos Eutroférricos

em relevo ondulado e suave ondulado, ambos A moderado e chernozêmico com

textura argilosa. Ocorrem também, Neossolos Quartzarênicos Órticos Distróficos A

moderado, em relevo plano e suave ondulado e Neossolos Litólicos Eutróficos e

Distróficos textura média e argilosa relevo forte ondulado e montanhoso. Os Argissolos

são solos que apresentam gradiente textural entre os horizontes A e B, tornando-os

altamente suscetíveis a erosões.

No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, a classe predominante é a de

campo antrópico/pastagem, abrangendo 65% da área da UGRHI 17, seguida da classe

de cultura semi-perene (cana-de-açúcar), com 17%, que subsidia a agroindústria

sucroalcooleira. A Unidade Hidrográfica abriga uma porção confinada do Sistema

Aquífero Guarani, importante manancial subterrâneo. Destaca-se o seu potencial para

geração de energia, com a presença de várias usinas hidrelétricas, principalmente ao

longo do rio Paranapanema.

A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas

durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-144/189

Foto 60. Boçoroca rural no município de Pardinho, às margens da Rodovia Castelo Branco.

Foto 61. Erosão de margem em curso d’água no município de São Pedro do Turvo.

Foto 62. Focos erosivos em talude rodoviário no município de Pardinho.

Foto 63. Produção de sedimentos por exposição do solo às margens de rodovia, município de Duartina.

Foto 64. Cultivo de cana-de-açúcar no município de Maracaí.

Foto 65. Cultivo de soja no município de Assis.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-145/189

17.2 Erosão

De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a

UGRHI-17 está predominantemente inserida nas classes IV – Baixa, III – Média e II –

Alta de suscetibilidade à erosão (Figura 34).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-146/189

Figura 34. Mapa de Erosão da UGRHI-17 (IPT/DAEE, 1997).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-147/189

Na UGRHI, foram cadastradas 63 erosões lineares urbanas (15 ravinas e 48

boçorocas) e 1349 rurais (32 ravinas e 1317 boçorocas). Estes processos ocorrem

prioritariamente em áreas de muito alta/alta suscetibilidade à erosão (classe I e II). A

Tabela 34 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos lineares,

urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-17.

Tabela 34. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-17

MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL

ÁGUAS DE SANTA BÁRBARA 0 20 20

AGUDOS 0 110 110

ALVINLÂNDIA 2 40 42

ASSIS 6 8 14

AVARÉ 9 25 34

BERNARDINO DE CAMPOS 1 10 11

BOREBI 0 4 4

BOTUCATU 9 25 34

CABRÁLIA PAULISTA 5 30 35

CAMPOS NOVOS PAULISTA 0 11 11

CÂNDIDO MOTA 0 6 6

CERQUEIRA CÉSAR 5 12 17

CHAVANTES 0 3 3

CRUZÁLIA 0 1 1

DUARTINA 5 210 215

ECHAPORÃ 0 73 73

ESPÍRITO SANTO DO TURVO 0 45 45

FERNÃO 2 32 34

GÁLIA 1 66 67

IARAS 0 20 20

IEPÊ 0 8 8

ITATINGA 0 10 10

JOÃO RAMALHO 0 19 19

LENÇÓIS PAULISTA 0 4 4

LUCIANÓPOLIS 0 27 27

LUPÉRCIO 1 31 32

LUTÉCIA 0 26 26

MANDURI 0 2 2

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-148/189

MARACAÍ 0 4 4

MARÍLIA 0 51 51

OCAUÇU 2 34 36

ÓLEO 0 29 29

OSCAR BRESSANE 0 1 1

OURINHOS 4 2 6

PARAGUAÇU PAULISTA 5 26 31

PARDINHO 0 4 4

PAULISTÂNIA 0 17 17

PIRATININGA 0 32 32

PLATINA 0 5 5

PRATÂNIA 0 6 6

QUATÁ 2 28 30

RANCHARIA 2 51 53

RIBEIRÃO DO SUL 1 3 4

SANTA CRUZ DO RIO PARDO 1 58 59

SÃO MANUEL 0 23 23

SÃO PEDRO DO TURVO 0 33 33

UBIRAJARA 0 64 64

TOTAL 63 1349 1412

O Mapa 16 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos

erosivos lineares na UGRHI-17, impresso em escala 1:250.000.

17.3 Inundação

Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 13

municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,

a saber: Águas de Santa Bárbara, Assis, Avaré, Duartina, Espírito Santo do Turvo,

Itatinga, Maracaí, Óleo, Ourinhos, Pardinho, Paulistânia, Pratânia e Santa Cruz do Rio

Pardo.

O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de

processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso

em escala 1:750.000.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-149/189

18 UGRHI 18 – SÃO JOSÉ DOS DOURADOS

18.1 Descrição Geral

A UGRHI-18 (São José dos Dourados) localiza-se na porção noroeste do Estado

de São Paulo (Figura 35), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na

Tabela 35. Agrega os tributários das margens direita e esquerda do rio São José dos

Dourados e inclui alguns afluentes pela margem esquerda do rio Paraná, drenando

uma área de aproximadamente 6.832 km2. Os principais rios desta UGRHI são os rios

Tietê e Paraná.

Figura 35. Localização da UGRHI-18 no Estado de São Paulo.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-150/189

Tabela 35. Municípios com sede na UGRHI-18 (Fonte: São Paulo, 1994)

UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI

SÃO JOSÉ DOS DOURADOS

APARECIDA D'OESTE

AURIFLAMA

DIRCE REIS

FLOREAL

GENERAL SALGADO

GUZOLÂNDIA

ILHA SOLTEIRA

JALES

MARINÓPOLIS

MONTE APRAZÍVEL

NEVES PAULISTA

NHANDEARA

NOVA CANAÃ PAULISTA

PALMEIRA D'OESTE

PONTALINDA

RUBINÉIA

SANTA FÉ DO SUL

SANTA SALETE

SANTANA DA PONTE PENSA

SÃO FRANCISCO

SÃO JOÃO DAS DUAS PONTES

SÃO JOÃO DE IRACEMA

SEBASTIANÓPOLIS DO SUL

SUZANÁPOLIS

TRÊS FRONTEIRAS

Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com

DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-18 rochas sedimentares, de composição

predominantemente arenosa, pertencentes ao Grupo Bauru, representado pelas

formações Adamantina e Santo Anastácio. Rochas básicas (basaltos toleíticos) do

Grupo São Bento, representado pela Formação Serra Geral. E, os

Sedimentos/Depósitos Aluviais (argilas, siltes, areias e cascalhos), associados ás

principais drenagens. Geomorfologicamente, de acordo com Ross e Moroz (1997), a

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-151/189

UGRHI-18, situa-se majoritariamente no Planalto Centro Ocidental Paulista (altitudes

entre 300 e 600 metros e declividades inferiores a 20%. Predominam formas de

dissecação média a alta, com vales entalhados e com densidade de drenagem média a

alta, apresentando um nível de fragilidade potencial médio). Ocorrem também, porções

na Planície Aluvial dos principais rios, tais como, Paraná e Tietê, apresentando relevos

planos e baixos, de agradação, com declividades inferiores a 3%, dimensões e formas

variadas. Pedologicamente, segundo Oliveira et al. (1999), as associações pedológicas

que predominam na UGRHI-18, são classificados como Argissolos Vermelho-Amarelos

Distróficos e Eutróficos abrúpticos ou não, A moderado com textura arenosa/média e

média em relevo suave ondulado e ondulado e Latossolos Vermelhos Distróficos A

moderado textura média relevo plano e suave ondulado. Ocorrem também, Gleissolos

Háplicos Eutróficos e Distróficos Tb textura argilosa e Planossolos Háplicos Eutróficos

Tb A moderado com textura arenosa/média e arenosa/argilosa, todos em relevo de

várzea. Os Argissolos são solos que apresentam gradiente textural entre os horizontes

A e B, tornando-os altamente suscetíveis a erosões.

No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, destaca-se a classe campo

antrópico, constituindo 75% do território da UGRHI, seguida da classe de cultura semi-

perene (cana-de-açúcar), com 11%. Esta Unidade Hidrográfica abriga a Usina

Hidrelétrica de Ilha Solteira, no rio Paraná, terceira maior do Brasil. Grande parte dos

seus municípios possui população inferior a 5.000 habitantes. Dentre as principais

atividades econômicas pode-se citar a pecuária de leite e a fruticultura, com destaque

para o plantio de uva.

A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas

durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-152/189

Foto 66. Rio São José dos Dourados.

Foto 67. Rio São José dos Dourados próximo à sua foz, município de Ilha Solteira.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-153/189

18.2 Erosão

De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a

UGRHI-18 está predominantemente inserida na classe I – Muito Alta de suscetibilidade

à erosão (Figura 36).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-154/189

Figura 36. Mapa de Erosão da UGRHI-18 (IPT/DAEE, 1997).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-155/189

Na UGRHI, foram cadastradas 44 erosões lineares urbanas (1 ravina e 43

boçorocas) e 1325 rurais (161 ravinas e 1164 boçorocas). Estes processos ocorrem

prioritariamente em áreas de muito alta suscetibilidade à erosão (classe I).

A Tabela 36 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos

lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-18.

Tabela 36. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-18

MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL

APARECIDA D'OESTE 2 53 55

AURIFLAMA 2 70 72

BÁLSAMO 0 4 4

COSMORAMA 0 17 17

DIRCE REIS 0 51 51

ESTRELA D'OESTE 2 27 29

FERNANDÓPOLIS 1 41 42

FLOREAL 3 18 21

GENERAL SALGADO 2 60 62

GUZOLÂNDIA 0 42 42

ILHA SOLTEIRA 4 29 33

JALES 7 47 54

MAGDA 0 11 11

MARINÓPOLIS 1 40 41

MERIDIANO 0 53 53

MIRASSOL 4 2 6

MONTE APRAZÍVEL 5 50 55

NEVES PAULISTA 0 11 11

NHANDEARA 1 35 36

NOVA CANAÃ PAULISTA 1 48 49

PALMEIRA D'OESTE 1 100 101

PEREIRA BARRETO 0 14 14

POLONI 0 6 6

PONTALINDA 0 43 43

RUBINÉIA 1 47 48

SANTA CLARA D'OESTE 0 1 1

SANTA FÉ DO SUL 1 28 29

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-156/189

SANTA SALETE 0 19 19

SANTANA DA PONTE PENSA 1 23 24

SÃO FRANCISCO 1 35 36

SÃO JOÃO DAS DUAS PONTES 1 30 31

SÃO JOÃO DE IRACEMA 1 19 20

SEBASTIANÓPOLIS DO SUL 0 22 22

SUD MENNUCCI 0 55 55

SUZANÁPOLIS 1 39 40

TANABI 0 22 22

TRÊS FRONTEIRAS 1 45 46

URÂNIA 0 28 28

VALENTIM GENTIL 0 12 12

VOTUPORANGA 0 28 28

TOTAL 44 1325 1369

O Mapa 17 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos

erosivos lineares na UGRHI-18, impresso em escala 1:250.000.

18.3 Inundação

Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 2

municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,

a saber: Jales e Pontalinda.

O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de

processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso

em escala 1:750.000.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-157/189

19 UGRHI 19 – BAIXO TIETÊ

19.1 Descrição Geral

A UGRHI-19 (Baixo Tietê) localiza-se na porção noroeste do Estado de São

Paulo (Figura 37), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela 37.

Agrega os tributários das margens direita e esquerda do curso inferior do rio Tietê e

inclui alguns afluentes pela margem esquerda do rio Paraná, drenando uma área de

aproximadamente 15.724 km2. Os principais rios desta UGRHI são os rios Tietê e

Paraná.

Figura 37. Localização da UGRHI-19 no Estado de São Paulo.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-158/189

Tabela 37. Municípios com sede na UGRHI-19 (Fonte: São Paulo, 1994)

UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI

BAIXO TIETÊ

ALTO ALEGRE

ANDRADINA

ARAÇATUBA

AVANHANDAVA

BARBOSA

BENTO DE ABREU

BILAC

BIRIGUI

BRAÚNA

BREJO ALEGRE

BURITAMA

CASTILHO

COROADOS

GASTÃO VIDIGAL

GLICÉRIO

GUARAÇAÍ

GUARARAPES

ITAPURA

JOSÉ BONIFÁCIO

LAVÍNIA

LOURDES

MACAUBAL

MAGDA

MIRANDÓPOLIS

MONÇÕES

MURUTINGA DO SUL

NIPOÃ

NOVA CASTILHO

NOVA LUZITÂNIA

PENÁPOLIS

PEREIRA BARRETO

PLANALTO

POLONI

PROMISSÃO

RUBIÁCEA

SANTO ANTÔNIO DO ARACANGUÁ

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-159/189

SUD MENNUCCI

TURIÚBA

UBARANA

UNIÃO PAULISTA

VALPARAÍSO

ZACARIAS

Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com

DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-19 rochas sedimentares, de composição

predominantemente arenosa, pertencentes ao Grupo Bauru, representado pelas

formações Adamantina e Santo Anastácio. Rochas básicas do Grupo São Bento,

representado pela Formação Serra Geral. E, os Sedimentos/Depósitos Aluviais (argilas,

siltes, areias e cascalhos), associados ás principais drenagens. Geomorfologicamente,

de acordo com Ross e Moroz (1997), a UGRHI-19, situa-se majoritariamente no

Planalto Centro Ocidental Paulista (altitudes entre 300 e 600 metros e declividades

inferiores a 20%. Predominam formas de dissecação média a alta, com vales

entalhados e com densidade de drenagem média a alta, apresentando um nível de

fragilidade potencial médio). Ocorrem também, porções na Planície Aluvial dos

principais rios, tais como, Paraná e Tietê, apresentando relevos planos e baixos, de

agradação, com declividades inferiores a 3%, dimensões e formas variadas.

Pedologicamente, segundo Oliveira et al. (1999), as associações pedológicas que

predominam na UGRHI-19, são classificados como Argissolos Vermelho-Amarelos

Distróficos e Eutróficos abrúpticos ou não, A moderado com textura arenosa/média e

média em relevo suave ondulado e ondulado e Latossolos Vermelhos Distróficos A

moderado textura média relevo plano e suave ondulado. Ocorrem também, Gleissolos

Háplicos Eutróficos e Distróficos Tb textura argilosa e Planossolos Háplicos Eutróficos

Tb A moderado com textura arenosa/média e arenosa/argilosa, todos em relevo de

várzea. Os Argissolos são solos que apresentam gradiente textural entre os horizontes

A e B, tornando-os altamente suscetíveis a erosões.

No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, a classe com maior ocorrência

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-160/189

na UGRHI é a de campo antrópico/pastagem, abrangendo 69% da sua área, seguida

da classe de cultura semi-perene (cana-de-açúcar), com 15%. Abriga as Usinas

Hidrelétricas de Três Irmãos e Nova Avanhadava, integrando a hidrovia Tietê-Paraná.

Destacam-se as atividades econômicas voltadas à agropecuária e à indústria

sucroalcooleira.

A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas

durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.

Foto 68. Intenso processo de assoreamento e erosão de margem em curso d’água no município de Nova Luzitânia.

Foto 69. Obras de macrodrenagem no município de Sud Mennucci (Canal Deoclécio Bispo dos Santos).

Foto 70. Erosão em drenagem rural no município de Gastão Vidigal.

Foto 71. Erosão em drenagem rural no município de Bilac.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-161/189

Foto 72. Produção de sedimentos em estrada rural, município de Lourdes.

Foto 73. Ocupação às margens da Represa Nova Avanhandava, município de Buritama.

Foto 74. Represa Três Irmãos, no rio Tietê, município de Pereira Barreto.

19.2 Erosão

De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a

UGRHI-19 está predominantemente inserida nas classes III – Média e I – Muito Alta de

suscetibilidade à erosão (Figura 38).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-162/189

Figura 38. Mapa de Erosão da UGRHI-19 (IPT/DAEE, 1997).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-163/189

Na UGRHI, foram cadastradas 48 erosões lineares urbanas (18 ravinas e 30

boçorocas) e 678 rurais (299 ravinas e 379 boçorocas). Estes processos ocorrem

prioritariamente em áreas de muito alta suscetibilidade à erosão (classe I). A Tabela 38

apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos lineares, urbanos e

rurais, dentro dos limites da UGRHI-19.

Tabela 38. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-19

MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL

ALTO ALEGRE 1 3 4

ANDRADINA 10 31 41

ARAÇATUBA 3 42 45

AURIFLAMA 2 28 30

AVANHANDAVA 1 7 8

BARBOSA 0 2 2

BENTO DE ABREU 0 1 1

BILAC 1 17 18

BIRIGUI 1 17 18

BRAÚNA 0 8 8

BURITAMA 0 6 6

CASTILHO 2 31 33

COROADOS 0 3 3

FLOREAL 0 18 18

GASTÃO VIDIGAL 0 10 10

GENERAL SALGADO 3 15 18

GLICÉRIO 0 8 8

GUARAÇAÍ 6 14 20

GUARARAPES 1 23 24

GUZOLÂNDIA 0 14 14

ILHA SOLTEIRA 0 5 5

ITAPURA 0 3 3

JOSÉ BONIFÁCIO 1 8 9

LAVÍNIA 1 40 41

LOURDES 0 3 3

MACAUBAL 4 3 7

MAGDA 0 7 7

MIRANDÓPOLIS 4 66 70

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-164/189

MONTE APRAZÍVEL 0 6 6

MURUTINGA DO SUL 0 18 18

NEVES PAULISTA 0 2 2

NHANDEARA 1 9 10

NIPOÃ 0 4 4

NOVA CASTILHO 0 15 15

NOVA LUZITÂNIA 1 2 3

PENÁPOLIS 2 8 10

PEREIRA BARRETO 0 40 40

PLANALTO 0 4 4

POLONI 2 1 3

PROMISSÃO 0 6 6

RUBIÁCEA 0 2 2

SANTO ANTÔNIO DO ARACANGUÁ 0 80 80

SUD MENNUCCI 0 17 17

TURIÚBA 0 3 3

UBARANA 0 1 1

UNIÃO PAULISTA 0 2 2

VALPARAÍSO 1 22 23

ZACARIAS 0 3 3

TOTAL 48 678 726

O Mapa 18 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos

erosivos lineares na UGRHI-19, impresso em escala 1:250.000.

19.3 Inundação

Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 8

municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,

a saber: Araçatuba, Birigui, Glicério, Guararapes, José Bonifácio, Lourdes, Penápolis e

Sud Mennucci.

O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de

processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso

em escala 1:750.000.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-165/189

20 UGRHI 20 – AGUAPEÍ

20.1 Descrição Geral

A UGRHI-20 (Aguapeí) localiza-se na porção oeste do Estado de São Paulo

(Figura 39), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela 39. Agrega

os tributários das margens direita e esquerda do rio Aguapeí e inclui alguns afluentes

pela margem esquerda do rio Paraná, drenando uma área de aproximadamente 13.290

km2. Os principais rios desta UGRHI são os rios Paraná, Aguapeí e Tibiriça.

Figura 39. Localização da UGRHI-20 no Estado de São Paulo.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-166/189

Tabela 39. Municípios com sede na UGRHI-20 (Fonte: São Paulo, 1994)

UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI

AGUAPEÍ

ÁLVARO DE CARVALHO

ARCO-ÍRIS

CLEMENTINA

DRACENA

GABRIEL MONTEIRO

GARÇA

GETULINA

GUAIMBÊ

HERCULÂNDIA

IACRI

JÚLIO MESQUITA

LUCÉLIA

LUIZIÂNIA

MONTE CASTELO

NOVA GUATAPORANGA

NOVA INDEPENDÊNCIA

PACAEMBU

PANORAMA

PARAPUÃ

PAULICÉIA

PIACATU

POMPÉIA

QUEIROZ

QUINTANA

RINÓPOLIS

SALMOURÃO

SANTA MERCEDES

SANTÓPOLIS DO AGUAPEÍ

SÃO JOÃO DO PAU D'ALHO

TUPÃ

TUPI PAULISTA

VERA CRUZ

Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com

DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-20 rochas sedimentares, de composição

predominantemente arenosa, pertencentes ao Grupo Bauru, representado pelas

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-167/189

formações Adamantina, Santo Anastácio, Marília. Rochas básicas do Grupo São Bento,

representado pela Formação Serra Geral. E, os Sedimentos/Depósitos Aluviais (argilas,

siltes, areias e cascalhos), associados ás principais drenagens. Geomorfologicamente,

de acordo com Ross e Moroz (1997), a UGRHI-20, situa-se majoritariamente no

Planalto Centro Ocidental Paulista (altitudes entre 300 e 600 metros e declividades

inferiores a 20%. Predominam formas de dissecação média a alta, com vales

entalhados e com densidade de drenagem média a alta, apresentando um nível de

fragilidade potencial médio). Ocorrem também, porções na Planície Aluvial dos

principais rios, tais como, Paraná, Aguapeí, Tibiriça, entre outros, apresentando relevos

planos e baixos, de agradação, com declividades inferiores a 3%, dimensões e formas

variadas. Pedologicamente, segundo Oliveira et al. (1999), as associações pedológicas

que predominam na UGRHI-20, são classificados como Argissolos Vermelho-Amarelos

Distróficos e Eutróficos abrúpticos ou não, A moderado com textura arenosa/média e

média em relevo suave ondulado e ondulado e Latossolos Vermelhos Distróficos A

moderado textura média relevo plano e suave ondulado. Ocorrem também, Gleissolos

Háplicos Eutróficos e Distróficos Tb textura argilosa e Planossolos Háplicos Eutróficos

Tb A moderado com textura arenosa/média e arenosa/argilosa, todos em relevo de

várzea. Os Argissolos são solos que apresentam gradiente textural entre os horizontes

A e B, tornando-os altamente suscetíveis a erosões.

No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, predominam as áreas ocupadas

por campo antrópico/pastagem, compreendendo 77% do território da UGRHI, seguida

das áreas de cultura semi-perene (cana-de-açúcar), com 10%. A agricultura e a

pecuária são as principais atividades econômicas nesta Unidade Hidrográfica,

destacando-se a expansão do cultivo de cana-de-açúcar.

A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas

durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-168/189

Foto 75. Bancos de sedimentos no rio Aguapeí.

Foto 76. Processo erosivo em área de pastagem, no município de Arco Íris.

Foto 77. Produção de sedimentos em estrada e solo rural no município de Salmourão.

Foto 78. Intenso processo erosivo em solo rural no município de Tupã.

Foto 79. Margens do rio Paraná, no município de Paulicéia.

Foto 80. Solo exposto, em preparo para cultura agrícola, no município de Ouro Verde (produção de sedimentos).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-169/189

20.2 Erosão

De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a

UGRHI-20 está predominantemente inserida na classe I – Muito Alta de suscetibilidade

à erosão (Figura 40).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-170/189

Figura 40. Mapa de Erosão da UGRHI-20 (IPT/DAEE, 1997).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-171/189

Na UGRHI, foram cadastradas 140 erosões lineares urbanas (44 ravinas e 96

boçorocas) e 2624 rurais (1370 ravinas e 1254 boçorocas). Estes processos ocorrem

prioritariamente em áreas de muito alta suscetibilidade à erosão (classe I).

A Tabela 40 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos

lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-20.

Tabela 40. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-20

MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL

ADAMANTINA 10 65 75

ALTO ALEGRE 0 45 45

ÁLVARO DE CARVALHO 4 63 67

ARAÇATUBA 0 23 23

ARCO-ÍRIS 1 53 54

BENTO DE ABREU 0 7 7

BILAC 0 15 15

BRAÚNA 0 16 16

CAFELÂNDIA 0 51 51

CASTILHO 0 1 1

CLEMENTINA 2 32 34

DRACENA 14 21 35

FLÓRIDA PAULISTA 1 67 68

GABRIEL MONTEIRO 2 17 19

GÁLIA 0 38 38

GARÇA 4 57 61

GETULINA 3 98 101

GUAIÇARA 0 1 1

GUAIMBÊ 2 21 23

GUARAÇAÍ 0 9 9

GUARANTÃ 0 95 95

GUARARAPES 0 33 33

HERCULÂNDIA 2 68 70

IACRI 1 42 43

INÚBIA PAULISTA 0 1 1

IRAPURU 0 47 47

JÚLIO MESQUITA 4 56 60

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-172/189

JUNQUEIRÓPOLIS 1 32 33

LAVÍNIA 2 13 15

LINS 0 9 9

LUCÉLIA 4 26 30

LUIZIÂNIA 3 30 33

MARÍLIA 27 268 295

MIRANDÓPOLIS 7 38 45

MONTE CASTELO 1 7 8

NOVA GUATAPORANGA 1 0 1

NOVA INDEPENDÊNCIA 0 13 13

ORIENTE 0 33 33

OSVALDO CRUZ 1 21 22

OURO VERDE 0 7 7

PACAEMBU 0 31 31

PANORAMA 2 9 11

PARAPUÃ 2 14 16

PAULICÉIA 1 11 12

PIACATU 1 26 27

PIRAJUÍ 0 137 137

POMPÉIA 14 238 252

PRESIDENTE ALVES 0 44 44

PROMISSÃO 0 65 65

QUEIROZ 1 73 74

QUINTANA 4 94 98

RINÓPOLIS 2 90 92

RUBIÁCEA 0 42 42

SALMOURÃO 1 19 20

SANTA MERCEDES 0 7 7

SANTÓPOLIS DO AGUAPEÍ 0 29 29

SÃO JOÃO DO PAU D'ALHO 1 2 3

TUPÃ 5 59 64

TUPI PAULISTA 1 22 23

VALPARAÍSO 2 28 30

VERA CRUZ 6 45 51

TOTAL 140 2624 2764

O Mapa 19 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos

erosivos lineares na UGRHI-20, impresso em escala 1:250.000.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-173/189

20.3 Inundação

Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 4

municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,

a saber: Garça, Getulina, Panorama e Tupã.

O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de

processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso

em escala 1:750.000.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-174/189

21 UGRHI 21 – PEIXE

21.1 Descrição Geral

A UGRHI-21 (Peixe) localiza-se na porção oeste do Estado de São Paulo (Figura

41), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela 41. Agrega os

tributários das margens direita e esquerda do rio do Peixe e inclui alguns afluentes pela

margem esquerda do rio Paraná, drenando uma área de aproximadamente 10.827 km2.

Os principais rios desta UGRHI são os rios Paraná e do Peixe.

Figura 41. Localização da UGRHI-21 no Estado de São Paulo.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-175/189

Tabela 41. Municípios com sede na UGRHI-21 (Fonte: São Paulo, 1994)

UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI

PEIXE

ADAMANTINA

ALFREDO MARCONDES

ÁLVARES MACHADO

BASTOS

BORÁ

CAIABU

EMILIANÓPOLIS

FLORA RICA

FLÓRIDA PAULISTA

INDIANA

INÚBIA PAULISTA

IRAPURU

JUNQUEIRÓPOLIS

LUTÉCIA

MARIÁPOLIS

MARÍLIA

MARTINÓPOLIS

ORIENTE

OSCAR BRESSANE

OSVALDO CRUZ

OURO VERDE

PIQUEROBI

PRACINHA

RIBEIRÃO DOS ÍNDIOS

SAGRES

SANTO EXPEDITO

Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com

DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-21 rochas sedimentares, de composição

predominantemente arenosa, pertencentes ao Grupo Bauru, representado pelas

formações Adamantina, Santo Anastácio, Marília. Rochas básicas do Grupo São Bento,

representado pela Formação Serra Geral. E, os Sedimentos/Depósitos Aluviais (argilas,

siltes, areias e cascalhos), associados ás principais drenagens. Geomorfologicamente,

de acordo com Ross e Moroz (1997), a UGRHI-21, situa-se majoritariamente no

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-176/189

Planalto Centro Ocidental Paulista (altitudes entre 300 e 600 metros e declividades

inferiores a 20%. Predominam formas de dissecação média a alta, com vales

entalhados e com densidade de drenagem média a alta, apresentando um nível de

fragilidade potencial médio). Ocorrem também, porções na Planície Aluvial do Rio

Paraná, apresentando relevos planos e baixos, de agradação, com declividades

inferiores a 3%, dimensões e formas variadas. Pedologicamente, segundo Oliveira et

al. (1999), as associações pedológicas que predominam na UGRHI-21, são

classificados como Argissolos Vermelho-Amarelos Distróficos e Eutróficos abrúpticos

ou não, A moderado com textura arenosa/média e média em relevo suave ondulado e

ondulado e Latossolos Vermelhos Distróficos A moderado textura média relevo plano e

suave ondulado. Os Argissolos são solos que apresentam gradiente textural entre os

horizontes A e B, tornando-os altamente suscetíveis a erosões.

No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, a classe predominante na

UGRHI é a de campo antrópico, que ocupa 79% do seu território, seguida pela classe

de cultura semi-perene (cana-de-açúcar), com 7,5%. Esta Unidade Hidrográfica abriga

a Usina de Porto Primavera, instalada no rio Paraná, na divisa com o Estado do Mato

Grosso do Sul. A agricultura e a pecuária são as principais atividades econômicas,

destacando-se as áreas de cultivo de cana-de-açúcar voltadas ao abastecimento da

indústria sucroalcooleira.

A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas

durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-177/189

Foto 81. Assoreamento de pequeno curso d’água rural no município de Martinópolis.

Foto 82. Assoreamento em curso d’água no município de Emilianópolis.

Foto 83. Rio do Peixe.

Foto 84. Obras de drenagem, para contenção de processo erosivo, no município de Marília.

21.2 Erosão

De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a

UGRHI-21 está predominantemente inserida nas classes I – Muito Alta e II – Alta de

suscetibilidade à erosão (Figura 42).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-178/189

Figura 42. Mapa de Erosão da UGRHI-21 (IPT/DAEE, 1997).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-179/189

Na UGRHI, foram cadastradas 165 erosões lineares urbanas (76 ravinas e 89

boçorocas) e 6825 rurais (1461 ravinas e 5364 boçorocas). Estes processos ocorrem

prioritariamente em áreas de muito alta suscetibilidade à erosão (classe I). A Tabela 42

apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos lineares, urbanos e

rurais, dentro dos limites da UGRHI-21.

Tabela 42. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-21

MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL

ADAMANTINA 12 30 42

ALFREDO MARCONDES 3 154 157

ÁLVARES MACHADO 14 104 118

BASTOS 3 45 48

BORÁ 0 91 91

CAIABU 7 314 321

CAIUÁ 0 50 50

DRACENA 0 71 71

ECHAPORÃ 1 163 164

EMILIANÓPOLIS 2 103 105

FLORA RICA 1 143 144

FLÓRIDA PAULISTA 3 126 129

GARÇA 2 240 242

HERCULÂNDIA 0 49 49

IACRI 0 7 7

INDIANA 5 92 97

INÚBIA PAULISTA 2 25 27

IRAPURU 4 59 63

JOÃO RAMALHO 0 32 32

JUNQUEIRÓPOLIS 5 69 74

LUCÉLIA 2 88 90

LUPÉRCIO 0 6 6

LUTÉCIA 0 201 201

MARIÁPOLIS 9 195 204

MARÍLIA 21 332 353

MARTINÓPOLIS 4 416 420

OCAUÇU 0 43 43

ORIENTE 2 137 139

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-180/189

OSCAR BRESSANE 4 322 326

OSVALDO CRUZ 3 45 48

OURO VERDE 2 21 23

PACAEMBU 1 155 156

PANORAMA 0 10 10

PARAPUÃ 0 59 59

PIQUEROBI 1 134 135

POMPÉIA 2 298 300

PRACINHA 1 69 70

PRESIDENTE BERNARDES 0 201 201

PRESIDENTE EPITÁCIO 0 9 9

PRESIDENTE PRUDENTE 23 592 615

PRESIDENTE VENCESLAU 5 211 216

QUATÁ 2 211 213

QUINTANA 0 214 214

RANCHARIA 0 140 140

REGENTE FEIJÓ 5 65 70

RIBEIRÃO DOS ÍNDIOS 1 83 84

SAGRES 1 113 114

SANTO ANASTÁCIO 1 114 115

SANTO EXPEDITO 5 74 79

TUPÃ 3 147 150

VERA CRUZ 3 153 156

TOTAL 165 6825 6990

O Mapa 20 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos

erosivos lineares na UGRHI-21, impresso em escala 1:250.000.

21.3 Inundação

Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 1

municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,

a saber: Bastos. O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de

ocorrência de processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São

Paulo, impresso em escala 1:750.000.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-181/189

22 UGRHI 22 – PONTAL DO PARANAPANEMA

22.1 Descrição Geral

A UGRHI-22 (Pontal do Paranapanema) localiza-se na porção oeste do Estado

de São Paulo (Figura 43), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na

Tabela 43. Agrega os tributários da margem direita do curso inferior do rio

Paranapanema e inclui alguns afluentes pela margem esquerda do rio Paraná,

drenando uma área de aproximadamente 12.589 km2. Os principais rios desta UGRHI

são os rios Paranapanema, Paraná, Santo Anastácio e Pirapozinho.

Figura 43. Localização da UGRHI-22 no Estado de São Paulo.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-182/189

Tabela 43. Municípios com sede na UGRHI-22 (Fonte: São Paulo, 1994)

UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI

PONTAL DO PARANAPANEMA

ANHUMAS

CAIUÁ

ESTRELA DO NORTE

EUCLIDES DA CUNHA PAULISTA

IEPÊ

MARABÁ PAULISTA

MIRANTE DO PARANAPANEMA

NANTES

NARANDIBA

PIRAPOZINHO

PRESIDENTE BERNARDES

PRESIDENTE EPITÁCIO

PRESIDENTE PRUDENTE

PRESIDENTE VENCESLAU

REGENTE FEIJÓ

ROSANA

SANDOVALINA

SANTO ANASTÁCIO

TACIBA

TARABAI

TEODORO SAMPAIO

Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com

DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-22 rochas sedimentares, principalmente

arenosas, pertencentes ao Grupo Bauru, representado pelas formações Adamantina,

Santo Anastácio e Caiuá e os Sedimentos/Depósitos Aluviais (argilas, siltes, areias e

cascalhos), associados ás principais drenagens. Geomorfologicamente, de acordo com

Ross e Moroz (1997), a UGRHI-22 situa-se no Planalto Centro Ocidental Paulista

(altitudes entre 300 e 600 metros e declividades inferiores a 20%. Predominam formas

de dissecação média a alta, com vales entalhados e com densidade de drenagem

média a alta, apresentando um nível de fragilidade potencial médio). Pedologicamente,

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-183/189

segundo Oliveira et al. (1999), as associações pedológicas que predominam na

UGRHI-22, são classificados como Argissolos Vermelho-Amarelos Distróficos e

Eutróficos abrúpticos ou não, A moderado com textura arenosa/média e média em

relevo suave ondulado e ondulado e Latossolos Vermelhos Distróficos A moderado

textura média relevo plano e suave ondulado. Os Argissolos são solos que apresentam

gradiente textural entre os horizontes A e B, tornando-os altamente suscetíveis a

erosões.

No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, predomina a classe campo

antrópico/pastagem, correspondendo a 77% da área da UGRHI, seguida das classes

de mata e cultura semi-perene (cana-de-açúcar), com 8% e 7%, respectivamente. O

Município de Presidente Prudente é destacadamente o mais importante dessa Bacia,

concentrando aproximadamente 41% da população total desta Unidade Hidrográfica. A

pecuária é atividade econômica de destaque, destinando-se tanto para corte quanto

para produção de leite.

A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas

durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.

Foto 85. Curso d’água assoreado no município de Marabá Paulista.

Foto 86. Curso d’água assoreado no município de Mirante do Paranapanema.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-184/189

Foto 87. Curso d’água assoreado no município de Presidente Venceslau.

Foto 88. Boçoroca em solo rural do município Mirante do Paranapanema.

Foto 89. Processo erosivo em área de pastagem no município de Mirante do Paranapanema.

Foto 90. Drenagem em intenso processo erosivo, município de Marabá Paulista.

Foto 91. Solo exposto, em preparo para culturas agrícolas no município de Euclides da Cunha (sedimentos).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-185/189

22.2 Erosão

De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a

UGRHI-22 está predominantemente inserida nas classes III – Média, II – Alta e I –

Muito Alta de suscetibilidade à erosão (Figura 44).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-186/189

Figura 44. Mapa de Erosão da UGRHI-22 (IPT/DAEE, 1997).

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-187/189

Na UGRHI, foram cadastradas 104 erosões lineares urbanas (51 ravinas e 53

boçorocas) e 3261 rurais (783 ravinas e 2478 boçorocas). Estes processos ocorrem

prioritariamente em áreas de muito alta/alta suscetibilidade à erosão (classe I e II).

A Tabela 44 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos

lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-22.

Tabela 44. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-22

MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL

ÁLVARES MACHADO 17 157 174

ANHUMAS 6 178 184

CAIUÁ 0 44 44

ESTRELA DO NORTE 8 254 262

EUCLIDES DA CUNHA PAULISTA 0 7 7

IEPÊ 0 33 33

INDIANA 2 9 11

MARABÁ PAULISTA 2 371 373

MARTINÓPOLIS 1 102 103

MIRANTE DO PARANAPANEMA 4 399 403

NANTES 0 19 19

NARANDIBA 0 72 72

PIQUEROBI 0 136 136

PIRAPOZINHO 8 171 179

PRESIDENTE BERNARDES 5 272 277

PRESIDENTE EPITÁCIO 6 132 138

PRESIDENTE PRUDENTE 26 26 52

PRESIDENTE VENCESLAU 3 95 98

RANCHARIA 0 3 3

REGENTE FEIJÓ 3 117 120

ROSANA 3 39 42

SANDOVALINA 0 64 64

SANTO ANASTÁCIO 1 310 311

TACIBA 1 137 138

TARABAI 3 34 37

TEODORO SAMPAIO 5 80 85

TOTAL 104 3261 3365

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-188/189

O Mapa 21 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos

erosivos lineares na UGRHI-22, impresso em escala 1:250.000.

22.3 Inundação

Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 3

municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,

a saber: Iepê, Presidente Prudente e Presidente Venceslau.

O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de

processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso

em escala 1:750.000.

Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-189/189

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA. Mapa Geológico do Estado

de São Paulo. Escala 1:250.000. Convênio DAEE/UNESP, Instituto de Geociências e

Ciências Exatas, Campus de Rio Claro. 1982.

INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Mapa

de Erosão do Estado de São Paulo. Escala 1:1.000.000. IPT/DAEE, 1997 São Paulo,

1997.

OLIVEIRA, J. B. de et. al. Mapa Pedológico do Estado de São Paulo. Escala:

1:500.000. 1999. Campinas: Instituto Agronômico de Campinas – IAC. Rio de Janeiro:

Embrapa Solos. 1999.

ROSS, J. L. S. ; MOROZ, I. C. Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo. São

Paulo: Laboratório de Geomorfologia – Departamento de Geografia-

FFLCH/USP/Laboratório de Cartografia Geotécnica - Geologia Aplicada – IPT/FAPESP

– Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, 1997. Escala 1:500.000.

SÃO PAULO (Estado). Lei nº 9.034, de 27 de dezembro de 1994. Dispõe sobre o

Plano Estadual de Recursos Hídricos - PERH, a ser implantado no período 1994 e

1995, em conformidade com a Lei nº 7.663, de 30 de dezembro de 1991, que instituiu

normas de orientação à Política Estadual de Recursos Hídricos. Anexo II –

Discriminação dos municípios integrantes de cada Unidade de Gerenciamento de

Recursos Hídricos – UGRHI. São Paulo, 1994.