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INSTITUTO INTERNACIONAL DA LÍNGUA PORTUGUESA Comunidade dos Países de Língua Portuguesa ANEXO 16 - MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO PdPLE (Portal do Professor de Português Língua Estrangeira) MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DOS MATERIAIS DIDÁTICOS DO PORTAL DO PROFESSOR DE PORTUGUÊS LÍNGUA ESTRANGEIRA (PdPLE) Outubro 2012

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Professor de Português Língua Estrangeira)

MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DOS MATERIAIS DIDÁTICOS DO PORTAL DO PROFESSOR DE PORTUGUÊS LÍNGUA ESTRANGEIRA (PdPLE)

Outubro 2012

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MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DOS MATERIAIS DIDÁTICOS DO PORTAL DO PROFESSOR DE PORTUGUÊS LÍNGUA ESTRANGEIRA (PdPLE)

DIREÇÃO EXECUTIVA DO IILP

Gilvan Müller de Oliveira

EQUIPE ASSESSORA CENTRAL

Edleise Mendes

Matilde V. R. Scaramucci

Maria José Grosso

Marisa Mendonça

Viviave Bagio Furtoso 2

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1. APRESENTAÇÃO O Portal do Professor de Português Língua Estrangeira (PdPLE) é uma plataforma on-line que tem como objetivo primordial oferecer à comunidade de professores, pesquisadores e interessados em geral recursos para o ensino e a aprendizagem do português como língua estrangeira/segunda língua. Concebido, desenvolvido, alimentado e gerido de forma multilateral, o PdPLE é um instrumento de cooperação linguístico-cultural entre os Estados Membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Ajudará a localizar interesses comuns e servirá como fórum de negociações no âmbito do português como língua estrangeira, com vista a otimizar os esforços na área. Desse modo, o PdPLE terá um papel muito importante para as estratégias de promoção, difusão e projeção do português no mundo, criando um sistema internacionalizado de gestão do ensino de PLE/PL2. O Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP) foi mandatado pelo Plano de Ação de Brasília para a Promoção, Difusão e Projeção da Língua Portuguesa (PAB), formulado durante a I Conferência Internacional sobre o Futuro do Português no Sistema Mundial, realizada em março/abril de 2010 na capital brasileira. A iniciativa surge num momento de grande valorização e procura pela língua portuguesa no mundo e propõe um salto na oferta de materiais didáticos, seja em termos quantitativos, seja em termos qualitativos e, ainda, em termos de participação, compatível com o crescimento da demanda. O PdPLE promove a cooperação entre os países membros da CPLP, abrindo uma frente de trabalho e de negociação permanente que pode superar a situação atual de polarização entre normas, hoje ainda um problema saliente para a promoção da língua portuguesa. Contribuirá, ainda, para incluir os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor-Leste como agentes de difusão do idioma nas suas respectivas áreas de influência. Finalmente, promove mudanças positivas no modo de conceber e estabilizar as normas linguísticas, dando visibilidade também às variedades do português que funcionam como normas objetivas urbanas nos países de língua oficial portuguesa, o que permite pluralizar a oferta de PLE/PL2, de acordo com as demandas específicas do público interessado. Com isso, fica ampliada a participação dos PALOP e Timor-Leste, além de outras regiões de língua oficial portuguesa, criando capacidade instalada nesses novos contextos. São ainda características do PdPLE a exploração do potencial das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) (acessibilidade, amplitude de atuação, baixo custo, circularidade, flexibilidade) para a difusão aberta e gratuita da língua portuguesa e para o

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incentivo ao trabalho conjunto das equipes nacionais, com vista a uma melhor presença do português no mercado das línguas. Todos os materiais disponibilizados no PdPLE estarão ao abrigo de uma licença Creative Commons (by-nc-sa). Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem obras derivadas sobre a obra original, desde que com fins não comerciais e que atribuam crédito ao autor e licenciem as novas criações sob os mesmos parâmetros. Toda nova obra feita a partir desta deverá ser licenciada com a mesma licença, de modo que qualquer obra derivada, por natureza, não poderá ser usada para fins comerciais. 2. ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA DO PORTAL 2.1 PÚBLICO-ALVO O PdPLE tem como utilizador principal o professor de língua portuguesa, em contexto de LE/L2, embora esse não seja um fator limitador para utilizadores que atuem em outros contextos de ensino. Desse modo, por ter como destinatário privilegiado o professor, o PdPLE possui o grande potencial de disponibilizar, gratuitamente, materiais didáticos para o ensino-aprendizagem do português, os quais podem ser adaptados e atualizados, a depender das necessidades e interesses dos professores. Essa disponibilidade de recursos contribui para diminuir a grande carência que muitos professores declaram ter para encontrar materiais atualizados e diversificados, sobretudo aqueles que estão fora dos grandes centros de formação e de produção editorial. Pelo caráter inovador e diversificado dos materiais didáticos, o PdPLE também funcionará como importante fonte de atualização e autoformação do professor, visto que este poderá ter acesso a princípios, orientações e abordagens contemporâneas para o ensino de línguas, através da experiência, uso e aplicação dos materiais e recursos disponíveis, além de poder utilizar o ambiente do Portal e suas ferramentas como meio de interação com outros professores e formadores, em diferentes cantos do planeta. Potencialmente, o PdPLE e suas ferramentas de interatividade podem fomentar o aprimoramento linguístico-comunicativo de professores de português falantes de outras línguas ou daqueles que, de modo geral, necessitem aprimorar o seu desempenho na língua portuguesa. Isso será possível porque através de ferramentas on-line de comunicação síncrona e assíncrona, o professor poderá interagir com outros utilizadores da língua mais proficientes e também com professores formadores, que podem orientá-lo em suas dificuldades e dúvidas. 2.2 NÍVEIS DE PROFICIÊNCIA PARA O ENSINO DE PLE/PL2 As descrições dos níveis apresentadas a seguir objetivam, como é natural, oferecer parâmetros gerais para a elaboração e a organização de materiais. Cada nível, portanto,

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apesar de ser delimitado e visar orientar a seleção de gêneros, temas e situações de comunicação para o desenvolvimento das Unidades Didáticas que compõem os materiais, é flexível. Portanto, as definições dos gêneros textuais, dos temas e das situações de uso da língua serão definidas a partir dos interesses e necessidades de uso da língua portuguesa na perspetiva das comissões elaboradoras locais, durante o processo de produção dos materiais. É relevante ressaltar que para a composição dessas descrições, a Equipe Assessora Central buscou compatibilizar os referenciais já existentes, nomeadamente o Quadro Europeu Comum de Referência (QECR) e o Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras), com o objetivo de encontrar denominadores comuns que sirvam de orientação para as equipes técnicas de elaboração dos materiais do Portal¹.

No Nível 1, o aluno evidencia um domínio operacional limitado da língua portuguesa, demonstrando ser capaz de compreender e produzir textos de gêneros e temas limitados, em contextos conhecidos. Trata-se de alguém, portanto, que usa estruturas simples da língua e vocabulário reduzido, interagindo em situações limitadas e em contextos socioculturais restritos.

No Nível 2, o aluno evidencia um domínio operacional parcial da língua portuguesa, demonstrando ser capaz de compreender e produzir textos de variados gêneros e temas relativamente diversos, em contextos conhecidos e em alguns desconhecidos, em situações simples e em algumas relativamente mais complexas. Trata-se de alguém, portanto, que usa estruturas simples e algumas complexas e vocabulário adequado a contextos conhecidos e a alguns desconhecidos, interagindo em diferentes contextos socioculturais.

No Nível 1, o aluno evidencia um domínio operacional limitado da língua portuguesa, demonstrando ser capaz de compreender e produzir textos de gêneros e temas limitados, em contextos conhecidos. Trata-se de alguém, portanto, que usa estruturas simples da língua e vocabulário reduzido, interagindo em situações limitadas e em contextos socioculturais restritos

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¹Havendo demanda de equivalência entre os níveis de proficiência do Portal e referenciais já existentes, a Equipe Assessora Central pode desenvolver, posteriormente, um trabalho de investigação e reflexão mais aprofundado sobre o assunto.

No Nível 3, o aluno evidencia domínio operacional amplo da língua portuguesa, demonstrando ser capaz de compreender e produzir, de forma fluente, textos de gêneros e temas diversos, em situações de uso conhecidas e desconhecidas, simples e complexas. Trata-se de alguém, portanto, que usa estruturas complexas da língua e vocabulário adequado e amplo, interagindo com desenvoltura nas mais variadas situações que exigem domínio da língua-alvo e em diferentes contextos socioculturais.

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2.3 UNIDADES DIDÁTICAS As Unidades Didáticas representam um conjunto de atividades integradas, que são elaboradas a partir de situações de uso e de expectativas de aprendizagem. Essas Unidades são organizadas por níveis de proficiência e por variedades de uso da língua dos países e culturas em língua portuguesa integrantes do PdPLE. Apesar de as Unidades Didáticas apresentarem uma equivalência de carga horária (aproximadamente 2 horas) e uma certa ordenação, visto que são numeradas em ordem crescente, em cada nível de proficiência, isto não significa que os cursos sejam organizados rigidamente e que haja uma ordem de trabalho ou sequência didática. Pelo contrário, um dos princípios do PdPLE é a flexibilidade e a abertura, de modo que o professor possa transitar pelo Portal, selecionando diferentes Unidades Didáticas, de variedades distintas do português, a depender do nível de proficiência de seus alunos e dos interesses e necessidades que apresentem. As Unidades Didáticas devem, em um primeiro momento, considerar que o público-alvo do processo de ensino-aprendizagem é o de jovens e adultos. Isto não significa, no entanto, que um país e sua equipe técnica não possa elaborar grupos de Unidades para outros públicos específicos, como crianças , falantes de uma língua em particular etc. Caso haja esse interesse, o país deverá apresentar uma proposta que será analisada em reuniões futuras da Equipe Assessora Central. 2.4 ROTEIROS PEDAGÓGICOS As Unidades Didáticas podem ser organizadas por roteiros pedagógicos, que têm como objetivo atender a contextos variados ou a interesses específicos de ensino-aprendizagem. Isso possibilita, por exemplo, que aquele que utiliza o PdPLE transite por variedades do português e suas culturas, considerando os recursos disponibilizados por cada país, por níveis de proficiência, a depender dos seus interesses e necessidades (ex. roteiros nacionais, roteiros interculturais, roteiros por nível de proficiência, roteiros por situação de uso, roteiros por interesse profissional etc.). Alguns roteiros serão disponibilizados no PdPLE, como exemplos, para que os professores possam conhecer as possibilidades de trânsito dentro do Portal. No entanto, é desejável que o professor seja capaz de selecionar, entre as Unidades Didáticas e os recursos disponíveis, aqueles que mais bem se adaptem ao seu contexto de atuação e às necessidades e objetivos de aprendizagem de seus alunos. 2.5 ATIVIDADES COMPLEMENTARES

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As atividades complementares são aquelas que podem ser produzidas por professores de PLE/PL2 que fazem uso do Portal, bem como o público em geral, como professores em formação, por exemplo. Essas atividades não seguem, necessariamente, a mesma estrutura proposta nas Unidades Didáticas, visto que estão abertas à experimentação do público uitlizador do Portal. Elas podem ser enviadas de acordo com a Unidade Didática à qual está relacionada tematicamente. Antes de serem disponibilizadas para o público, essas atividades serão avaliadas pelas equipes responsáveis pela organização pedagógica do PdPLE. As atividades propostas por professores uitlizadores do Portal devem ser originais, ou seja, precisam ser criadas por seus autores e não copiadas, por exemplo, de livros já existentes ou de outros portais on-line. Por isso, as Equipes Técnicas deverão avaliar toda e qualquer atividade enviada para o Portal, antes que ela seja disponibilizada ao público. 2.6 FERRAMENTAS ON-LINE O Portal também contribuirá, de modo mais amplo, com a inovação no uso de materiais didáticos, não só pela atualidade dos princípios e aspectos teórico-metodológicos que apresenta, mas também pela promoção de interação entre os utilizadores por meio de ferramentas de comunicação síncrona e assíncrona. Através dessas ferramentas, os professores utilizadores do PdPLE poderão ampliar suas experiências de ensino de língua portuguesa, além de praticar a língua oralmente e por escrito, o que contribui para o aprimoramento da proficiência em português. 3. PRINCÍPIOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS Nesta seção do Manual, serão apresentados os pressupostos teóricos que servirão de base para a elaboração das Unidades Didáticas do PdPLE. 3.1 CONCEPÇÃO DE LÍNGUA E A APRENDIZAGEM Ao tomarmos a língua(gem) como objeto de estudo em uma perspectiva histórica, observamos que o caminho percorrido registra três grandes modelos teóricos de interpretação da linguagem humana: “a língua como atividade mental, a língua como uma estrutura e a língua como atividade social” (CASTILHO, 1998, p. 11). Em comum aos dois primeiros modelos, que concebem a língua como atividade mental e como estrutura, está a concepção de língua como produto que não depende de onde, por quem e para quem foi produzida, para mencionar apenas alguns dos aspectos que constituem suas condições de produção. Na concepção de língua como atividade social, adotada neste Portal, os contextos em que a língua emerge são essenciais para a interpretação do que é dito, quando, por quem, para

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quem e para quê, ou seja, do uso efetivo da língua. Nessa perspectiva, todo o sentido é construído pelos participantes na interação de modo dialógico. Todo o encontro interacional é crucialmente marcado pelo mundo social que o envolve: pela instituição, pela cultura e pela história. Isso quer dizer que os eventos interacionais não ocorrem em um vácuo social. Ao contrário, ao se envolverem em uma interação, tanto escrita quanto oral, as pessoas o fazem para agirem no mundo social, em um determinado momento e espaço, em relação a quem se dirigem ou a quem se dirigiu a elas. É nesse sentido que a construção do significado é social. Aprender uma língua implica usá-la nas mais variadas situações de comunicação. Uma proposta tem sido o trabalho com as habilidades de ler, escrever, falar e ouvir de modo integrado, ou seja, a partir de um texto escrito podemos produzir outro texto escrito ou um texto oral; ao mesmo tempo, a partir de um texto oral podemos produzir outro texto oral ou um texto escrito. Assim, o uso de uma língua, abrangendo a sua aprendizagem, inclui as ações realizadas pelas pessoas que, como indivíduos e como atores sociais, desenvolvem um conjunto de competências gerais e, particularmente de competências linguístico-comunicativas. 3.2 PROFICIÊNCIA EM LE/L2 Apesar de sua importância como elemento orientador em processos de ensino/aprendizagem, a noção de proficiência não tem sido bem compreendida, uma vez que comumente é concebida como absoluta, única e monolítica, baseada na proficiência do falante nativo ideal. Como a visão estruturalista ofereceu um dos primeiros arcabouços teóricos para defini-la, ser proficiente tem sido entendido, inadequadamente, como ser capaz de dominar os elementos da língua, ou controlar e manipular formas gramaticais e de vocabulário . O conceito de proficiência que fundamenta o PdPLE, entretanto, pressupõe uma visão de uso de língua(gem) em que ser proficiente é ser capaz de usar a língua adequadamente com propósitos sociais (CLARK, 1996; CONSELHO da EUROPA, 2001) ou ser capaz de usar “a língua para desempenhar ações no mundo” (BRASIL, 2011, p. 4). Nesse caso, portanto, não falamos de uma proficiência única, mas de “proficiências” ou níveis de proficiência distintos, definidos a partir da reflexão sobre a natureza da linguagem em situações variadas de uso da língua. 3.3 LÍNGUA E CULTURA As discussões e ideias a respeito da visão de língua como cultura, ou da indissociabilidade dessas duas dimensões do humano, estão muito presentes no meio intelectual das ciências sociais, trazendo essas reflexões para a área da pedagogia de línguas. A relação entre

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língua-cultura e o seu entendimento como instância fundamental para o desenvolvimento de um processo intercultural de ensino/aprendizagem de línguas significa considerar que as experiências de trabalho com a língua em uso serão sempre ações situadas, relacionadas a eventos e contextos reais de vivência dos interlocutores. Ensinar e aprender PLE/PL2 sob a orientação de uma abordagem intercultural, de modo a promover experiências de vida entre diferentes culturas, significa contribuir para a criação de zonas de negociação, de espaços “inter” ou entrelugares. Na construção conjunta desses espaços, o elemento fundamental e catalizador das experiências de ensinar e aprender é a língua de mediação, no caso específico da nossa reflexão, o português. Nesse sentido, quando ensinamos e aprendemos o português, estamos tratando de uma dimensão muito maior do que um conjunto de formas e suas regras de combinação, mas de um modo de ser e de viver através da linguagem. Então, a questão não é simplesmente introduzir o cultural como um conjunto de conteúdos ou temas que, ao lado do gramatical ou outros conjuntos conceituais, representam a totalidade de uma língua. Aprender uma língua como o português, por exemplo, seria mais do que dominar uma cultura de ilustração, mas aprender a estar socialmente em português, o que envolve muito mais coisas do que simplesmente o domínio de formas linguísticas e de curiosidades culturais sobre a língua-alvo. Nesse sentido, mais do que um instrumento, a língua é um símbolo, um modo de identificação, um sistema de produção de significados individuais, sociais e culturais, uma lente através da qual enxergamos a realidade que nos circunda. Ao estruturar os nossos pensamentos e ações, ela faz a mediação entre as nossas experiências e a do outro com o qual interagimos socialmente através da linguagem, auxiliando-nos a organizar o mundo à nossa volta. Nesse sentido, a cultura não está antes nem depois da língua, nem uma dentro da outra, mas estão no mesmo lugar. Então, por não separar os limites de onde começa a língua e termina a cultura ou vice-versa, é que a língua portuguesa que se quer ensinar e aprender, ou que funciona como mediadora entre mundos culturais diferentes, é uma língua-cultura, que tem variadas faces, tantas quanto os países que a abrigam. Nas atividades programadas em cada Unidade Didática e nas experiências de uso da língua por elas desencadeadas, a língua e a cultura dos países que integram a CPLP estarão juntas, sendo representadas pela infinidade de materiais e recursos disponíveis nos diferentes contextos e esferas de interação e comunicação. Portanto, todos os produtos das línguas-culturas em português (textos, áudios, vídeos, artes visuais etc.) serão o ponto de partida para o desenvolvimento de ações de linguagem e de reflexões sobre essas ações. 3.4 DIÁLOGO NA DIVERSIDADE: AS VARIEDADES DO PORTUGUÊS O PdPLE será um espaço de diálogo entre as diferentes variedades do português e de promoção daquelas que não estão formalmente estabelecidas/reconhecidas. Assim, a oferta dos materiais produzidos por cada um dos diferentes países da CPLP permitirá, por um

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lado, que o professor possa ter acesso a Unidades Didáticas de uma mesma variedade, contextualizadas a um determinado espaço geográfico e salientando as suas especificidades, ou, por outro lado, que um mesmo professor selecione unidades de diferentes variedades do português, realçando, assim, as diferentes possibilidades de uso da língua numa perspectiva de complementaridade. 4. PROCEDIMENTOS PARA A ELABORAÇÃO DAS UNIDADES 4.1 ESTRUTURA DA UNIDADE DIDÁTICA Todas as Unidades Didáticas serão estruturadas de modo a compartilharem características em relação ao formato e às etapas de apresentação das atividades. Para cada unidade, os elaboradores deverão considerar: situação de uso, expectativas de aprendizagem, atividade de preparação, bloco de atividades, extensões da unidade e atividades de avaliação, que são descritas a seguir. 4.1.1 SITUAÇÃO DE USO É a partir de “situações de uso” que as Unidades Didáticas serão elaboradas e, portanto, precisam ser bem entendidas. Uma situação de uso é vista aqui como uma ação de linguagem que oferece uma gama de oportunidades de trabalho com a língua, e que pode ser explorada em diferentes contextos, com variados propósitos de comunicação e interação, com diferentes interlocutores. A situação de uso não deve ser vista como o meio para se realizar a ação de linguagem, mas é a própria ação em si. São exemplos de situação de uso: apresentar-se e apresentar alguém; candidatar-se à vaga de emprego; explicar as etapas de elaboração de uma receita culinária, entre outros. As situações de uso poderão envolver mais de uma habilidade ou eixo. Então, para "opinar sobre um filme assistido é preciso, antes de tudo, assistir ao filme (compreensão oral). Essa ação de linguagem pode pressupor ações de linguagem complementares que combinem ainda outras habilidades, tais como ler uma sinopse ou uma crítica do filme antes de se posicionar a respeito, ou ainda compará-lo com outros filmes do mesmo gênero, ler uma biografia do diretor, etc. A manifestação de uma opinião sobre o filme, por sua vez, pode ser feita oralmente ou por escrito (produção oral ou escrita) e compor gêneros distintos, tais como conversa, debate, resenha crítica, apresentação, podendo ser veiculada em canais diversos (livro, revista, cartaz etc). Ligadas a essas situações de uso estão as expectativas de aprendizagem definidas para cada Unidade Didática, as quais devem refletir as estratégias ou caminhos através dos quais as ações de linguagem ou situações de uso podem ser realizadas, como, por exemplo: "saber argumentar a favor de um ponto de vista, oralmente e por escrito";

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"identificar as ideias principais em um texto, para resumi-lo depois", "escutar a fala do outro, em um debate, e saber contra-argumentar", entre outros. Ao nível da compreensão oral, as atividades deverão focar, fundamentalmente, o desenvolvimento de habilidades de audição/ compreensão de textos que, no quotidiano e nas situações reais de interação se apresentam nessa forma. Relativamente à compreensão escrita, as atividades deverão incidir, sobretudo, na leitura/interpretação de textos de gêneros variados. No que diz respeito à produção oral, será importante incidir na planificação de atividades que habilitem o aluno a usar a língua em diferentes contextos, considerando-se variados propósitos comunicativos e interlocutores. Em relação à produção escrita, as atividades deverão privilegiar o uso adequado do código escrito em diversificadas situações e com diferentes objetivos. Embora os eixos (ler, escrever, falar e ouvir) tenham sido apresentados de modo separado, eles serão trabalhados, como já mostramos anteriormente, de forma integrada, visto que as ações de linguagem pressupõem o desenvolvimento de capacidades que se complementam. 4.1.2 EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Entende-se por expectativa de aprendizagem o que se espera que o aluno seja capaz de realizar como ação de linguagem a partir das atividades propostas na Unidade Didática. As expectativas de aprendizagem, desse modo, devem orientar a elaboração das atividades que integram as Unidades Didáticas, visto que representam as metas a serem atingidas no processo de aprendizagem do aluno. Como já foi dito na seção anterior, as estratégias de aprendizagem devem refletir as estratégias ou caminhos através dos quais as ações de linguagem ou situações de uso podem ser realizadas. São exemplos de expectativas de aprendizagem: - Saber argumentar a favor de um ponto de vista, oralmente e por escrito. - Identificar as ideias principais em um texto, para resumi-lo depois. - Escutar a fala do outro, em um debate, e saber contra-argumentar. - Fazer uma apresentação e a de um colega oralmente e por escrito. - Apresentar formas alternativas para expressar as mesmas ideias. - Localizar países e regiões em mapas.

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- Familiarizar-se com a identificação e aprender a produzir o gênero “currículo”. - Produzir texto para concorrer a uma vaga de emprego. 4.1.3 ATIVIDADE DE PREPARAÇÃO A atividade de preparação para o trabalho com a Unidade Didática pressupõe o momento de sensibilização do aluno para o desenvolvimento das ações de linguagem previstas, bem como, a ativação dos seus conhecimentos e experiências prévios. Por isso, essa etapa da aula é muito importante, uma vez que antecipa situações, revela os conhecimentos que os alunos já têm, assim como suas dificuldades, e também aponta direcionamentos para a condução da Unidade. 4.1.4 BLOCO DE ATIVIDADES O bloco de atividades deverá proporcionar um conjunto de experiências de uso da língua que vise alcançar as expectativas de aprendizagem estabelecidas em cada Unidade Didática. As atividades, por sua vez, devem ser organizadas a partir de estímulos, representados por materiais representativos da língua-cultura portuguesa que se tem como foco. Assim, uma atividade terá sempre algum texto, vídeo, imagem etc., a partir do qual as experiências de uso da língua terão lugar. 4.1.5 EXTENSÕES DA UNIDADE DIDÁTICA As extensões da Unidade Didática são atividades que complementam e expandem as ações de linguagem trabalhadas na Unidade Didática ou que desencadeiam experiências mais amplas de investigação, pesquisa, produção, entre outras coisas, e que podem ser utilizadas como tarefas para serem realizadas posteriormente. Podem ser atividades de extensão da Unidade a realização de exercícios, de tarefas a partir de reflexões sobre a língua, o desenvolvimento de pesquisa sobre tema discutido, a visita a locais de interesse, a participação em eventos, a produção de textos, vídeos etc. 4.1.6 ATIVIDADES DE AVALIAÇÃO Cada Unidade Didática deverá ser acompanhada por atividades que sistematizem e retomem as ações de linguagem trabalhadas e que possam ser utilizadas para avaliar a aprendizagem do aluno. O procedimento ou modo de organização da proposta de trabalho dependerá das atividades. Poderão ser elaborados exercícios, pesquisas, projetos, produção de textos etc., podendo ser também uma importante extensão da Unidade. 4.2 SELEÇÃO DE MATERIAIS AUTÊNTICOS

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Os materiais a serem utilizados no desenvolvimento das atividades deverão ser, preferencialmente, materiais autênticos, ou seja, materiais que circulam nos espaços reais de uso da língua portuguesa. Embora a autenticidade seja sempre relativa, visto que normalmente deslocamos os materiais de seus ambientes de uso e os levamos para a sala de aula, ainda assim são representativos de experiências situadas e reais de interação e comunicação, nas quais os sujeitos agem através da língua. São exemplos de materiais autênticos: vídeos e áudios gravados da TV, Rádio ou internet, textos de livros, jornais, revistas, internet, guia turístico, cardápio, dentre outros. Todos os materiais utilizados na elaboração das Unidades Didáticas devem estar devidamente referenciados, ou seja, as fontes das quais foram retirados precisam ser descritas, com o máximo de detalhes possível. Assim, textos, fotografias, desenhos, imagens em geral, músicas, áudios, filmes, entre outros, devem apresentar os dados de onde foram retirados e os seus autores, caso haja. Para orientar a elaboração dessas referências, cada Equipe Técnica deve tomar como base as normas de seu país, ou seja, aquelas utilizadas em publicações em geral, em materiais didáticos, sites da internet etc. 4.3 TEMPO PEDAGÓGICO O tempo pedagógico representa a duração, em minutos e horas, destinada à realização das atividades programadas em uma determinada Unidade Didática. Para assegurar, então, que haja equilíbrio e coerência entre as Unidades de um mesmo conjunto (Ex.: Moçambique), é necessário que estas tenham o mesmo tempo pedagógico planejado. Como já apresentado na seção 2.3 deste Manual, o tempo estimado para cada Unidade Didática é de aproximadamente 2 (duas) horas . No entanto, embora tenhamos que assegurar esse equilibrio entre as Unidades, reconhecemos que a realização concreta de cada experiência de desenvolvimento das atividades em sala de aula serão influenciadas por diferentes fatores como, por exemplo, o ritmo de aprendizagem dos alunos, que poderá alterar a duração das aulas. Em relação às atividades de cada Unidade Didática, o tempo pedagógico refere-se ao equilíbrio das experiências de uso da língua e a como estas experiências estão relacionadas do ponto de vista de sua duração. Assim, não se deve, por exemplo, realizar a leitura de um texto em uma hora e destinar dez minutos apenas para se produzir um texto opinativo sobre o tema tratado. 4.4 COERÊNCIA E EQUILÍBRIO ENTRE ATIVIDADES E UNIDADES

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As atividades que compõem uma Unidade Didática devem ser coerentes e manter o equilíbrio temático e pedagógico umas em relação às outras. Isto é, deve-se assegurar que as experiências de uso da linguagem por ela desencadeadas possam relacionar-se e complementar-se, como, por exemplo, quando lemos um texto e depois falamos sobre ele, ouvimos o que os outros têm a dizer, escrevemos uma síntese etc. Do mesmo modo, deve haver coerência e equilíbrio entre as Unidades Didáticas, no sentido de que devem apresentar uma carga horária compatível entre si, com o intuito de assegurar a composição de diferentes percursos de ensino da língua. Além disso, há a necessidade de se manter a coerência de conceitos, princípios e abordagem pedagógica, já que, juntas, as Unidades são representativas das experiências de ensino-aprendizagem em uma das variedades do português privilegiadas no Portal. 5. ORGANIZAÇÃO DAS EQUIPES DE TRABALHO São atribuições da Equipe Técnica: - Estabelecer uma equipe permanente de trabalho para a produção de Unidades Didáticas a partir das orientações da Reunião Técnica com a Equipe Assessora Central; - gerir a produção dos materiais, considerando a filosofia do Portal contida neste Manual; - fazer a avaliação preliminar dos materiais elaborados; - fazer a articulação com a Equipe Assessora Central para a avaliação final e a disponibilizacão dos materiais didáticos no PdPLE; - estar em contato permanente com a Equipe Assessora Central e com a Comissão Nacional (CN) do respectivo país.

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APÊNDICE 1

UNIDADE DIDÁTICA: Apresentação

SITUAÇÃO DE USO

Apresentar-se e apresentar alguém

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

- Identificar as informações principais num texto poético curto. - Apresentar formas alternativas para expressar as mesmas ideias. - Localizar países e regiões em mapas. - Fazer a sua apresentação e a de um colega oralmente e por escrito.

ATIVIDADE DE PREPARAÇÃO

Observe a imagem e responda às perguntas:

O que imagina quando vê esta imagem? Ela é parecida com alguma paisagem do seu país?

BLOCO DE ATIVIDADES

1. Clique e oiça o texto. 2. Identifique as seguintes informações do texto: nome, naturalidade, nacionalidade e profissão. 3. Agora, leia o texto:

(Poema gravado) Eu chamo-me João Tembe

Sou do sul do meu país Sou do mar, lá da Catembe

Na vida, já muito fiz.

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Comunidade dos Países de Língua Portuguesa

Moçambique é o meu país Professor a profissão

A trabalhar já muito fiz P´ra desenvolver minha Nação.

4. As expressões abaixo podem ser ditas de outras formas na oralidade. Experimente dizer essas ideias de outras formas:

Eu chamo-me Sou do sul; Moçambique é o meu país Professor a profissão

5. Qual é a profissão indicada no texto? E a sua profissão, qual é? Dê exemplos de outras profissões. 6. De que país é João Tembe? Qual é, então, a sua nacionalidade? E a sua, qual é? 7. Com base nos mapas a seguir, indique:

- Onde fica o país de João Tembe? - E a região de onde ele é natural?

8. Agora, é a sua vez de escrever. Produza um pequeno texto para se apresentar aos seus colegas.

EXTENSÕES DA UNIDADE

Preste atenção às seguintes formas:

Verbo “ser” + nacionalidade + género + profissão Verbo “ser” de + naturalidade Verbo “estar” em + país + região

- Escreva frases que ilustrem cada forma acima apresentada.

2. Com base nos dados de um colega, prepare a sua apresentação por escrito. 3. Escreva um pequeno texto sobre a localização do seu país e da sua região.

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ATIVIDADE DE AVALIAÇÃO

1. Preencha o formulário de identificação e escreva um pequeno texto com base nas suas informações.

Ficha de inscrição – Curso de Português

Nome: ………………………………… Apelido:………………………….

Género: ……………………………………

Data nascimento: ……/……/……

Nacionalidade: ……………………………………………………………..

Naturalidade: ……………………………………………………………….

Profissão: …………………………………………………………………...

Telefone: ……………………………………………………………………

E-mail: ……………………………………………………………

Texto

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APÊNDICE 2

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UNIDADE DIDÁTICA: Buscando emprego

SITUAÇÃO DE USO

Candidatar-se a uma vaga de emprego.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

- Ler e analisar anúncios de emprego. - Familiarizar-se com a identificação e aprender a produzir o gênero “currículo”. - Produzir texto para concorrer a uma vaga de emprego.

ATIVIDADE DE PREPARAÇÃO

Padraig Shanahan Irlandês, casado, 29 anos.

R.: Arlindo Fernandes, 221 – Centro, Garça - SP

Telefone: (14) 3441.1234 Email: [email protected]

Objetivos Gerência de eletromecânica.

Formação Faculdade de Tecnologia de Limerick (1996 – 2000) Superior completo - Engenharia

mecânica

Experiência Gerente (1998 – 2006) Shanahan Engenharia (Newtown, Clarina - Irlanda) Dirigi empresa familiar por oito anos. Estagiário (1997 – 1998) Kildimo Engenharia (Avenida Kildimo, 131)

Qualificações Idiomas Fluente em português.

Inglês, língua materna.

Informática Microsoft Office.

Leia o texto e analise os tópicos que são importantes na elaboração do currículo apresentado. Você conhece outros tipos de currículo? Troque experiências com seus colegas ou pesquise outros formatos na internet.

Vaga

desejada.

Listar cursos

de graduação e

pós -

graduação. Caso

não tenha

cursado, citar

onde concluiu o

Ensino Médio.

Dados

pessoais e

informações

para contato.

Experiência

profissional,

em ordem

retroativa (do

emprego atual

para o

primeiro

emprego).

Listar

idiomas que

fala e cursos

relevantes.

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BLOCO DE ATIVIDADES

Atividade 1

a) Observe o anúncio abaixo:

b) Agora, leia a carta resposta do candidato:

Garça, 24 de outubro de 2007.

Cara Lin,

Eu estou escrevendo em resposta a seu anúncio publicado no jornal

de hoje sobre trabalho temporário como assistente de professor em Macau.

Estudo português há cinco anos, gosto de trabalhar com pessoas, sou bastante

fluente e estou muito interessado nessa vaga, mas antes de me candidatar, eu

gostaria de saber qual é a duração exata deste emprego e qual será o salário.

Eu também gostaria de dizer que estarei disponível para entrevista somente no

período noturno. Aguardo seu contato.

Atenciosamente,

Padraig Shanahan.

c) Depois da leitura dos textos, responda às perguntas:

A carta resposta contempla adequadamente as informações do anúncio? Por quê? A carta está adequada ao nível de formalidade exigido na situação? Explique. Em seu país, os anúncios de emprego e as cartas resposta são produzidos do mesmo

PROFESSOR DE PORTUGUÊS - MACAU

Se você fala português fluentemente, gosta de

se relacionar com pessoas e conhecer outros

lugares, esta é a sua chance! Estamos

contratando assistente de professor de

português para realizar trabalho temporário em

Macau. Entre em contato com Lin:

Caixa Postal 79 – Fortaleza – CE, Brasil.

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modo? Comente.

EXTENSÕES DA UNIDADE

Você viu o seguinte anúncio no jornal e ficou muito interessado, mas gostaria de ter mais

informações a respeito da vaga. Leia, atentamente, o anúncio abaixo e as anotações que

você fez.

Agora, escreva uma carta:

a) dizendo que você tem o perfil para a vaga;

b) pedindo mais informações como sugerido nas anotações.

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duração? horas de

trabalho? salário? disponível

para entrevista – somente pela manhã.

GUIA TURÍSTICO

Você ama o Alaska, fala português (e inglês)

fluentemente, e está disponível para realizar

trabalho temporário de curto prazo no

próximo verão? Nós o treinaremos para ser um

guia turístico. É um trabalho muito divertido e

paga-se bem! Se tiver interesse, entre em

contato com Mary:

Caixa Postal 180 – São Paulo – SP, Brasil.

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ATIVIDADE DE AVALIAÇÃO

Agora, escreva seu currículo.

APÊNDICE 3

UNIDADE DIDÁTICA: Atividade física e sedentarismo.

SITUAÇÃO DE USO

Estimular pessoas a combaterem o sedentarismo e os maus hábitos alimentares.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

- Compreender textos que incentivam para a mudança de hábitos alimentares e para a

prática de desporto.

- Produzir um texto de incentivo para a prática de atividade física.

ATIVIDADE DE PREPARAÇÃO

Observe a imagem e responda às questões:

O que é que esta imagem lhe sugere?

Na sua opinião, qual a importância da atividade física no bem estar das pessoas?

BLOCO DE ATIVIDADES

Atividade 1

- Consulte o texto a seguir, sobre saúde e sedentarismo:

Não fique parado, todos os passos contam

Mexa-se tem como objectivo promover a prática de actividade física moderada, de forma

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regular, tornando-a numa atitude quotidiana para a maioria das pessoas.

Mobilizar a população sedentária para incluir a Actividade Física nas rotinas diárias;

Aumentar o conhecimento dos benefícios na saúde;

Aumentar o conhecimento público de que a prática de Actividade Física regular é um

comportamento de saúde;

Aumentar o conhecimento de que todas as pessoas, independentemente da idade ou

estatuto sócio-económico, podem e devem realizar regularmente actividade física

adaptada às suas condições de vida;

Aumentar o conhecimento de que se pode começar ou recomeçar a prática em qualquer

idade;

Autonomizar os cidadãos para a actividade física, através de disseminação de

informação/educação;

Sozinho, na sua comunidade ou no seu local de trabalho, junte-se a este movimento para a

saúde e qualidade de vida. Coloque a actividade física na ordem do dia.

Organize: caminhadas, debates, jornadas, seminários, aulas de aeróbica ou outros eventos que

façam mexer a sua família, os seus amigos, os seus colegas de trabalho.

Como organizar: faça uma lista das pessoas interessadas. Combine um primeiro encontro para

as dividir por áreas de interesse. Cada um deve fazer a sua auto-avaliação e tomar consciência

por que razão quer mudar de hábitos alimentares

Desta forma, estará a contribuir para um país melhor. Envie-nos as suas actividades para que

possamos divulgar e incentivar outros a começar!

Contacte-nos atr avés do Mexa-se. É muito importante aumentar a consciência de que ser

activo dá mais vitalidade, alegria e qualidade à vida de cada um de nós.

(Fonte: http://mexa-se.idesporto.pt. Adaptado.)

Atividade 2

- A partir das informações lidas, elabore um texto para convidar pessoas a realizarem as

atividades físicas sugeridas, a ser enviado para o endereço eletrónico indicado.

-Preste atenção:

Expressar opinião: verbos de opinião com ocorrência de indicativo e conjuntivo (ex:julgar).

Sugerir: sugerir +Vconj. É melhor +Vinfinitivo.

Incentivar: Verbos no imperativo.

Expressar finalidade: frases finais (para que +Vconjuntivo).

O uso do Futuro do indicativo.

Atividade 3

- Ajude a dar visibilidade a esta ideia:

Utilize e selecione rótulos, caixas, marcadores de livros, sacos de plástico, garrafas de

água, calendários, balcões de exposição, ou outros materiais que ajudem a passar esta

mensagem. Escreva e apresente mais sugestões.

EXTENSÕES DA UNIDADE

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Seja mais ativo, seja feliz!

Escreva um diário sobre o que gostava de mudar na sua vida (inclusive os seus hábitos

alimentares). Use como apoio as seguintes perguntas:

1. Como é que vai passar à ação para se tornar mais ativo?

2. O que vai mudar na sua vida?

3. Que atividade física/desporto vai realizar?

4.

ATIVIDADE DE AVALIAÇÃO

Discuta com os seus colegas sobre as dificuldades de mudança de hábitos. Depois, elabore um

pequeno relatório sobre os resultados da discussão.