Anestesia geral

197
Fundamentos da Anestesia Geral Rafael Hannickel Souza TEA/SBA Anestesiologista da Clínica Integrada de Anestesiologia de Jundiaí HPS HSE HU Professor Colaborador Disciplina Anestesiologia FMJ

Transcript of Anestesia geral

Page 1: Anestesia geral

Fundamentos da

Anestesia Geral

Rafael Hannickel Souza

TEA/SBA

Anestesiologista da Clínica Integrada de Anestesiologia de Jundiaí HPS – HSE – HU

Professor Colaborador Disciplina Anestesiologia FMJ

Page 2: Anestesia geral

Histórico

1772 - Joseph Priestley descobre óxido nitroso - N2O.

1844 - Horan Wells - uso clínico N2O para analgesia dentária.

1881 - Klicowitsch - N20 em analgesia de parto.

1961-Tunstall - uso do N20 à 50% da Fi.

1846- Em 16 de outubro, Willian Morton, no Massachussetts General Hospital em Boston -E.U.A - uso do éter etílico para extirpação cirurgica de glândula salivar. ( Marco inicial da Era da Anestesia).

1897 - Simpson , Inglaterra - clorofórmio para anestesia obstétrica.

1920 - Guedel descreve os planos da anestesia geral e características e indicações da anestesia com éter. Maguill introduz os tubos traqueais para anestesia com agentes voláteis.

Page 3: Anestesia geral

Histórico

1933 - Waters utilizou ciclopropano para anestesia cirúrgica.

1934 - Lundy - Tiopental para indução venosa de Anestesia.

1942 - Griffith e Johnson : d-tubocurarina para produzir relaxamento muscular durante Anestesia Geral.

1943 - Lofgren sintetizou a lidocaína.

1949 - Phillips e Fusco utilizam succinilcolina clinicamente.

1956 - Johnson usa halotano clinicamente.

1959 - Artusio e Van Poznac - metoxifluorano.

1972 - Dobkin - enflurano.

1975 - Início da Especialização em Anestesiologia.

Décadas de 80 e 90 - Isoflurano / Seveflurano / Desflurano.

Page 4: Anestesia geral

Anestesia Geral

Depressão reversível induzida por drogas do SNC e que resulta em perda de resposta e percepcão de todos os estímulos externos.

Page 5: Anestesia geral

Hipnose

Inconsciência

Amnésia

Analgesia

Controle Reflexos

Autonômicos

Imobilidade

Analgesia

Pós

Operatória

Anestesia Geral Completa

Page 6: Anestesia geral

Objetivos da Anestesia Geral

Administração de Agentes anestésicos.

Obtenção de efeito clínico desejado.

Concentração terapêutica no sítio efetor, ou seja no SNC - Biófase

Page 7: Anestesia geral

Anestésicos Gerais

Anestésicos Venosos

Anestésicos Inalatórios

Page 8: Anestesia geral

Anestesia Geral

Anestésicos Inalatórios.

Anestésicos Venosos.

Anestesia Geral Inalatória (AGI).

Anestesia Geral Balanceada Venosa Inalatória (AGVI).

Anestesia Geral Venosa Total (AGVT).

Page 9: Anestesia geral

Anestesia Geral

Administrção única Agente Inalatório.

Doses elevadas.

Efeitos Colaterais.

Page 10: Anestesia geral

Anestésicos Venosos

Advento Anestésicos Venosos.

Uso de drogas com finalidades específicas.

Sinergismo.

Dose.

Efeitos Colaterais.

Segurança e Previsibilidade da Anestesia.

Page 11: Anestesia geral

Anestésicos Venosos

Sedação/Ansiólise Benzodiazepínicos.

Analgesia Opióides.

Hipnose Hipnóticos.

Relaxamento Muscular BNM.

Page 12: Anestesia geral

Anestésico Ideal ÚnicoNÃO EXISTE

Hipnose – Amnésia – Analgesia – Relaxamento

Muscular.

Rápida capacidade de indução e recuperação.

Alta potência.

Efeitos colaterais mínimos (cardiovascular e resp.)

Ausência de toxicidade.

Ausência de interação medicamentosa

Page 13: Anestesia geral

Aproximação Anestésico Ideal

Associação de fármacos – finalidades específicas.

Característica mais interessante de cada.

Sinergismo entre elas.

Reduzir doses.

Reduzir Efeitos Colaterais.

Segurança e Previsibilidade Anestesia.

Page 14: Anestesia geral

ANESTESIA GERAL MODERNA

INALATÓRIA

VENOSA

BALANCEADA VENOSA – INALATÓRIA

ANESTESIA ALVO CONTROLADA

Page 15: Anestesia geral

Anestesia Alvo Controlada

• Maior Estabilidade Hemodinâmica

• Maior Estabilidade Profundidade Anestésica

• Maior Previsibilidade e Rápida Recuperação

• Menor Quantidade de Fármaco

Page 16: Anestesia geral
Page 17: Anestesia geral

V1

Central

V2

Equilíbrio

Rápido

V3

Equilíbrio

Lento

Ve

Efeito

k21

k12

k13

k31

k10

ke0

k1e

FÁRMACO

Modelo Tricompartimental

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k13

k31

k10

k21

k12

Biofase

V1 V2

V3

Ve

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Co

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tração

A

paren

te

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2 1 3

MODELO

TRICOMPARTIMENTAL

0

2

4

6

8

10

0 10 20 30 40

0

2

4

6

8

10

0 10 20 30 40

Page 20: Anestesia geral

Mapeamento Estresse Cirúrgico

Duração da Cirurgia

Estr

esse C

irú

rgic

o

INTUBAÇÃO

INCISÃOTRAÇÃO

PERITONIALTRAÇÃO

VISCERAS

OCAS

Co

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tração

Ideal d

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3020100

Concentr

atio

n n

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l

400

350

300

250

200

150

100

50

0

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sio

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r)

1000

900

800

700

600

500

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0

Injeção em Bôlus

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1000

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Injeção em Bôlus

Repique

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Concentr

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0

Injeção em Bôlus

Repique

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3020100

Concentr

atio

n n

g/m

l

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Infu

sio

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ate

(ml/h

r)

1000

900

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700

600

500

400

300

200

100

0

Janela Terapêutica

Bôlus e Repiques

Page 25: Anestesia geral

3020100

Concentr

atio

n n

g/m

l

400

350

300

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50

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Infu

sio

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ate

(ml/h

r)

1000

900

800

700

600

500

400

300

200

100

0

Janela Terapêutica

Infusão ContínuaAlvo-Controlada

Page 26: Anestesia geral

Anestésicos Inalatórios

Page 27: Anestesia geral

Mecanismo Ação Anestésicos Inalatórios

Não existe “ Teoria Unitária “.

Anestesia Inalatória é consagrada por milões de aplicações ao longo dos últimos 150 anos.

Considerável debate acerca dos mecanismos de ação.

Acredita-se que existam inúmeros locais no sistema nervoso

Page 28: Anestesia geral

Hans Horst Meyer e Overton – Teoria da Lipossolubilidade – sugeriram incorporação de anestésicos lipofílicos às membranas lipídicas das células do sistema nervoso resultando em alterações metabólicas e anestesia.

Corrobora este raciocínio a relação entre potência do anestésico e sua solubilidade em azeite de oliva.

Page 29: Anestesia geral

Frank e Lieb propuseram que os AI

interagissem com sítios polares e não

polares.

Teoria do Volume excesivo – AI ao

penetrar nas membranas lipídicas,

alterariam o volume celular, bloqueando

canais iônicos, resultando em anestesia.

Page 30: Anestesia geral

Quastel e Wheatley – ação em áreas

específicas do Sistema nervoso, inibindo

processos oxidativos determinados.

Pauling – Anestesia em razão da

formação de microcristais no Sistema

Nervoso.

Page 31: Anestesia geral

Possibilidade de AI ligarem-se a

receptores (proteínas) específicos do SNC

em nível sináptico, com consequente

ativação de sistemas inibitórios (GABA)

e/ou inibição de sistemas excitatórios (L-

aspartato e L-glutamato – NMDA)

Page 32: Anestesia geral

Mecanismo Ação – AI -Celular

Ativação Neuro - atividade Inibitória.

- Ácido gama aminobutírico (GABA tipo A)

- Neurotransmissor inibitório.

- Contrabalança ação excitatória do sistema adrenérgico central.

Page 33: Anestesia geral
Page 34: Anestesia geral

Mecanismo Ação – AI - Celular

Inibição da Neuro - atividade excitatória

- Glutamato e seu Receptor n-metil d-aspartato (NMDA)

- Aminoácidos excitatórios.

Page 35: Anestesia geral
Page 36: Anestesia geral

Receptor NMDA – Cetamina bloqueia os canais, prevenindo a despolarização, inibindo a resposta

excitatória.

Page 37: Anestesia geral

Anestésicos Inalatórios

Atualmente usados:

Halotano

Isoflurano

Sevoflurano

Desflurano (não introduzido no Brasil)

Óxido Nitroso - N2O

Page 38: Anestesia geral

Anestésicos InalatóriosApresentam-se sob 2 formas:

vaporizador

• Líquidos Gás (Halotano,

Enfl,Isof,Sevo,Desf.)

• Gás (Óx. Nitroso) Armazenados em cilindros

Sistema Pulmões Sangue Tecidos

Anest.

Page 39: Anestesia geral

Anestésicos Inalatórios (Ais)

Sistema Pulmões Sangue Tecidos Anest.

(Fi) (FA)

• Mistura no Sist. Anestesia do O2 + N2O ou Ar dos fluxômetros

com AI volátil do vaporizador, tendo uma concentração

inspirada ou fração inspirada (Fi), que é o resultado da Fração

administrada (Fad) após sua diluição no volume total “puro” do

sistema de anestesia.

Page 40: Anestesia geral

Anestésicos Inalatórios (Ais)

Pressão Pressão Pressão

Parcial Parcial Parcial

Alveolar Arterial Cerebral

“ A Concentração Alveolar ou Fração Alveolar (FA) do

Anestésico Inalatório espelha a concentração cerebral”

Page 41: Anestesia geral

Anestésicos Inalatórios (Ais)

CAM – Concentração Alveolar Mínima

“ Concentação Alveolar de anestésico

inalatório em que 50% dos indivíduos

permanecem imóveis quando estimulados

cirurgicamente “

Page 42: Anestesia geral

Anestésicos Inalatórios (Ais) Potência

Expessa em termos de CAM.

Diretamente proporcional à solubilidade lipídica.

Produto da CAM pelo coeficiente de partição óleo/gás

são praticamente iguais para todos os Ais.

Qto > lipossolubilidade > coef. Partição > Potência

óleo/gás < CAM

Page 43: Anestesia geral

Relação Potência e Coeficiente Partição Óleo/Gás

AIs CAM Coef. Particão

Halotano 0,7 224

Enflurano 1,7 98,5

Isoflurano 1,17 99

Sevoflurano 1,9 53

Desflurano 6,0 20

N2O 104 1,4

*N2O a 50% na FA reduz a CAM pela metade.

Page 44: Anestesia geral

Anestésicos Inalatórios (Ais)

Em Anestesia Clínica:

Sistema deve ser ajustado para administrar a Dose Eficaz (DE 95) –

Conc. Alveolar em que 95% dos indivíduos permanecem irresponsivos

„a estimulação cirúrgica.

DE 95 – 1,3 a 1,5 CAM CAM bar

CAM DE 50

CAM despertar ou CAM acordado – ½ CAM = conc. Alveolar

50% pacientes despertam.

Page 45: Anestesia geral

Anestésicos Inalatórios (Ais)

• O principal objetivo da

anestesia inalatória é

atingir uma pressão

parcial cerebral constante

ideal de anest. Inalatório

e para isso torna-se

necessária uma

manipulação adequada

na administração deste

anestésico para o

paciente.

Page 46: Anestesia geral

Aparelhos de Anestesia

Page 47: Anestesia geral

Anestésicos Inalatórios (Ais)Efeito Segundo Gás – O que é ?

Observado por Epstein em 1964.

N2O em altas conc. (> 50%)

Gera alto gradiente pressão alvéolo/sangue.

Rapidamente captado pelo sangue alveolar

CRF diminui

Gases alveolares remanescentes (AI) conc. Diluente

(N2O)

Conclusão : segundo gás (AI) administrado com O2 e N2O

tem sua concentração do que se administrado só com O2.

Page 48: Anestesia geral

Farmacocinética dos AisCaptação, Distribuição e Eliminação

Ação farmacológica : Captação do alvéolo pelo

sangue SNC.

Captação pelo sangue depende:

- solubilidade do agente no sangue.

(coeficiente partição sangue/gás)

qto < solub. Sg < coef. > rapidez

atinge SNC > veloc. indução

Page 49: Anestesia geral

Farmacocinética dos AisCaptação, Distribuição e Eliminação

• Captação pelo sangue depende:

1 - Coef. Partição sangue/gás.

2 - Débito cardíaco. qto > DC

> captação “wash out”

FA

> tempo SNC

indução mais lenta

(chocado - DC Captação FA vel. Indução)

3 - Gradiente Alveolo-venoso.

Page 50: Anestesia geral

Farmacocinética dos AisCaptação, Distribuição e

Eliminação• Término Cirurgia.

• Desligados Gases Anestésicos. (FAD= 0)

• Administração O2 a 100%.

• FI < FA

• Anestésico Boca e Sist. Anestesia por ‡ pressão parcial

e do sangue para o alvélo e tecidos para sangue.

• Processo equilíbrio no sentido inverso.

• Dispertar : Abrir olhos ou boca - FA = 0,5 CAM (CAMAcordado)

Page 51: Anestesia geral

Anestesia Geral Paciente Adulto

Venopunção.

Benzodiazepínico.

Opióide.

Hipnótico.

BNM.

VMC + Agente Inalatório / ou AGVT

Repiques Opióde e BNM conforme resposta paciente.

Page 52: Anestesia geral

Paciente Pediátrico

Benzodiazepínico VO 30 minutos antes.

Indução com Agente Inalatório – SEVO.

Venopunção.

Acesso Via Aérea definitiva.

VMC ou Respiração espontânea.

Manutenção com Ag. Inalatório.

Page 53: Anestesia geral

Anestésicos Venosos

Page 54: Anestesia geral

Classes de Agentes Endovenosos

Benzodiazepínicos:Midazolan, Diazepan e Lorazepan.

Propofol

Etomidato

Quetamina

Barbitúricos: Tiopental,Metoexital e Tiamilal.

Opióides: Fentanil,Sufentanil, Alfentanil e Remifentanil.

Bloqueadores Neuromusculares

Page 55: Anestesia geral

Midazolan

Primeiro benzodiazepínico hidrossolúvel.

Hidrossolubilidade dependendo do pH.

Ph < 4 – fármaco hidrossolúvel.

pH fisiológico – extremamente lipossolúvel,

transpondo rapidamente as barreiras lipídicas, o

que lhe confere rápido início de ação e grande

volume de distribuição.

Page 56: Anestesia geral

Midazolan

Possui meia vida de distribuição curta, um clearance plasmático elevado, uma meia vida de eliminação (t ½ß) curta e, por conseguinte uma curta duração de efeito após uma dose única por via venosa.

No entanto a meia vida contexto sensitiva para as infusões contínuas podem ser longas baseada na dose administrada e tempo de infusão.

Page 57: Anestesia geral

• Abertura do anel diazepina em ph < 4, elevando muito a hidrossolubilidade. Em ph fisiológico de 7,4 e temp de 37º C , o anel diazepina se fecha reultando em elevada lipossolubilidade do MIDAZOLAN.

Page 58: Anestesia geral

50

100

4 8

h

Meia-Vida Contexto-Sensitiva

Midazolam

Propofol

Page 59: Anestesia geral

Midazolan - Metabolismo

Metabolismo – metabólitos hidroxilados são conjugados

e eliminados pela urina.

Metabólito 1-hidroximidazolam é detectado no plasma

em concentrações de 40 – 80% em relação à molécula

mãe, sendo farmacologicamente ativo no receptor

GABA – benzodiazepínico (acima de 60ng/ml).

Término de ação é primariamente resultado da

redistribuiçãoentre SNC e V2 e V3.

Pelo elevado clearance sistêmico – doses repetidas e

infusões contínuas, os níveis plasmáticos diminuirão de

maneira mais rápida em relação a outros bdz.

Page 60: Anestesia geral

Midazolan – Mecanismo de Ação

Propriedades hipnótico-sedativas, ansiolíticas, amnésicas,anticonvulsivantes e relaxantes musculares por ação central.

Receptor GABA A ( bulbo olfatório, córtex, cerebelo, hipocampo,subst. Negra, colículo inferior, núcleo estriado, região subcortical e medula)

Agonistas promovem abertura do canal de cloro, hiperpolarizando a célula, que se torna resistente à excitabilidade neuronal.

Antagonista – Flumazenil.

Page 61: Anestesia geral

Mecanismo Ação

2 sítios de ligação na subunidade ß e 1 sítio de

ligação para os benzodiazepínicos na

subunidade Ƴ2.

Page 62: Anestesia geral
Page 63: Anestesia geral
Page 64: Anestesia geral

Hipnose com Midazolam

Concentração alvo 150 ng.ml-1

bolus = 0.2 mg.kg

350

300

250

200

150

100

50

0

0 20 40 60 80 100 120

Midazolam 0,2 mg.kg-1

Período (minutos)

(ng.ml-1)

Janela

Terapêutica

Page 65: Anestesia geral

Midazolan – Farmacodinâmica - SNC

• Sedação a hipnose dose dependente ( dose inducão 0,2 mg/kg).

• Amnésia Anterógrada (DE 95 produção amnésia 50 mcg/kg).

• Efeito ansiolítico (entre dose amnésica e sedativa).

• Efeito anticonvulsivante (intercorrências agudas).

• Diminui o fluxo sanguíneo, metabolismo e consumo de oxigênio cerebral.

• Efeito sobre atividade elétrica cerebral.

• Em relação à proteção cerebral, os barbitúricos são imbatíveis.

Page 66: Anestesia geral

Tiopental

Cetamina

Etomidato

Propofol

Midazolam

FSC PPC

0

MCO2 PIC

AÇÕES DOS ANESTÉSICOS VENOSOS

Page 67: Anestesia geral

Midazolan sobre SCV

• Mínimas alterações hemodinâmicas.

• Efeitos depressores mais em centros de controle

cardiovascular central, mais do que por ação periférica.

• Decrécimo PAM ( 15 – 25 %).

• Mínimo aumento na FC (10 %).

• Diminuição não signifcativa RVS, PAP,PCP,VS e DC.

• Na associação com opióides e propofol há sinergismo o potencialização da depressão SCV, principalmente nos casos de hipovolemia, uso de ß-bloqueadores e disfunção miocárdica prévea.

Page 68: Anestesia geral

Tiopental

Cetamina

Etomidato

Propofol

Midazolam

FC

0

a

a

PAM

0

0 a

DC

0

0 a

RVS

0 a

0

0 a

AÇÕES DOS ANESTÉSICOS VENOSOS

Veno-

dilatação

0

0

Contratilidade

Miocárdica

0

0

Page 69: Anestesia geral

Midazolan sobre Respiração

• Volume corrente diminui e frequência respiratória aumenta na mesma proporção, o que resulta em um aumento de somente 10 % na fração expirada de CO2.

(o uso associado com opióide bloqueia esse tipo de compensação).

• Presença de DPOC intensifica a depressão respiratória.

• Pico máximo de depressão 15 minutos após injeção em bôlus.

• Midazolan 0,05 mg/kg + Fentanil 2mcg/kg eleva a incidência de fenômenos hipóxicos de 50% (se uso midazolan puro) para 90% (associação).

Page 70: Anestesia geral

Tiopental

Cetamina

Etomidato

Propofol

Midazolam

PaCO2

0

RESPOSTA

AO CO2

MECÂNICA

RESPIRATÓRIA

FR; VC

FR

VC

VC; FR

AÇÕES DOS ANESTÉSICOS VENOSOS

DEPRESSÃO

RESPIRATÓRIA

0

TÔNUS

BRONQUIOLAR

0 a

0

0

melhora o

broncoespasmo

(baixas doses)

Page 71: Anestesia geral

Flumazenil

• Antagonista específico e competitivo dos receptores GABA A, possibilita reversão dos efeitos de sedação, hipnose, amnésia, ansiólise e depressão respiratória.

• Meia vida muito curta (1 hora).

• Riscos de Efeitos depressores residuais após eliminação do flumazenil.

• Titular dose de flumazenil intermitentes de 0,2 mg até 1 mg, com paciente monitorizado, com oxigenioterapia e pessoal treinado.

• Condenado nos casos de anestesia ambulatorial.

Page 72: Anestesia geral

Propofol

• Introduzido na prática clínica no final da década de 1980.

• Ag. Hipnótico-Sedativo para indução e manutenção da anestesia.

• Propriedades anti-eméticas.

Page 73: Anestesia geral
Page 74: Anestesia geral

age no hipocampo e no córtex pré-frontal, inibindo a

liberação de acetilcolina

atua nos receptores da glicina e GABA(A) localizados

no corno dorsal da medula

aumenta a concentração de dopamina

diminui os níveis de serotonina

Resumo dos efeitos do propofol no SNC

Page 75: Anestesia geral

Composição Propofol

• 2,3 diisopropilfenol.

• Composto por substâncias insolúveis em água.

• Altamente lipossolúvel.

• 1 a 3 % emulsão leitosa branca.

• 10 % óleo de soja.

• 2,25 % glicerol.

• 1,2 % fosfato purificado de ovos.

• Ph – 7,0 .

• Pode ser diluído em SG 5% ou SF 0,9 %.

Page 76: Anestesia geral

BIS

Index

100

80

70

55

40

0

Estado

Hipnótico

Consciente

Sonolento

Hipnose superficial

Hipnose intermediária

Hipnose profunda

Supressão da onda

Doses Típicas

0 - 35 µg.kg-1.min

-1

30 - 70 µg.kg-1.min

-1

75 - 115 µg.kg-1.min

-1

90 - 150 µg.kg-1.min

-1

> 150 µg.kg-1.min

-1

Propofol (µg.kg-1.min

-1)

com alfentanil

30 - 70 µg.kg-1.min

-1

Page 77: Anestesia geral

Anestesia

Sedação

Antiemético

Antipruriginoso

Ansiolítico

µg.ml-1

5

1

0,5

0

Anesthesiology, 80(3), 1994

Page 78: Anestesia geral

Relação beta relativa

SynchFastSlow

Surto de supressão

consciente

sedação

anestesia geral

hipnose profunda

próximo da supressão

aumento do surto

de supressão

silêncio cortical

100

80

60

40

20

0

Page 79: Anestesia geral

Estado Hipnótico Modificações EEG

olhos fechados

com relaxamento

predominância

da onda α

anestesia

profunda

aumento na

atividade

da onda lenta

(ondas delta e teta)

diminuição nas

ondas α e β

anestesia

superficial

aumento no β power

diminuição na onda α

silêncio

cortical

Surto de Supressão

ondas α (7,5-12,5 Hz)

ondas β (12,5-30 Hz)

ondas deltas (1,5-3,5 Hz)

ondas tetas (3,5-7,5 Hz)

isoelétrico

Page 80: Anestesia geral

Farmacocinética Propofol

• Alterada por idade avançada, Obesidade, Doenças Preexistentes e uso de medicamentos.

• Idosos : clearance diminuído e diminuição do volume do compartimento central.

• Crianças: Aumento V1 (50%) e aumento do clearance (25%).

• Mulheres: VD e Clearance > Homens.

• Hepatopatas: Aumento V1 (maior tempo de equilíbrio)

Page 81: Anestesia geral

KeO Propofol

• t½KeO = 2,6 minutos.

• Equilíbrio entre C.plasmática e sítio de efeito é lento (8 – 10 minutos).

• Doses elevadas (2 – 2,5 mg/kg) diminui esse tempo para menos da metade por atingir Cp de 10 – 12 mcg/ml.

Page 82: Anestesia geral

Clearance Propofol

• Muito rápido.

• Sugere sítios de metabolismo extra hepático.

• 3 – 4 L/minuto/70kg.

• Muito lipossolúvel – grande depósito em V2 e V3 por mecanismo de distribuição rápida. (t½π 1 – 8 min)

Page 83: Anestesia geral

t½ß Propofol• 4 – 24 horas.

• Longo tempo é indicativo de um compartimento periférico de perfusão limitada, fato que resulta em lento retorno para compartimento central (V1).

• Pelo elevado clearance e retorno lento de V3 para V1, há rápida queda da Cp após término da infusão.

• Meia vida contexto sensitiva < 40 minutos para infusões de 8 horas.

Page 84: Anestesia geral

VD Propofol

• Grande

• Principalmente para V3

• 202 Litros

Page 85: Anestesia geral

Farmacodinâmica Propofol SNC

• Depressão atividade eletoencefalográfica dese dependente chegando à abolição.

• Diminui FSC , CMRO2, PIC.

• Mantém PPC.

Page 86: Anestesia geral

Tiopental

Cetamina

Etomidato

Propofol

Midazolam

FSC PPC

0

MCO2 PIC

AÇÕES DOS ANESTÉSICOS VENOSOS

Page 87: Anestesia geral

Farmacodinâmica PropofolCardiovascular

• Depressor.

• Queda 15-30% PAS, PAD, PAM.

• Queda DC, RVS e VS Ejeção.

• Diminui contratilidade dose dependsente.

• Precauções: Injeção lenta e pré – hidratação.

• Efeito Vagotônico.

• Diminui CMRO2 cardíaco, fluxo sg miocárdico e resistência vascular miocárdica (mantém oferta/demanda)

Page 88: Anestesia geral

Tiopental

Cetamina

Etomidato

Propofol

Midazolam

FC

0

a

a

PAM

0

0 a

DC

0

0 a

RVS

0 a

0

0 a

AÇÕES DOS ANESTÉSICOS VENOSOS

Veno-

dilatação

0

0

Contratilidade

Miocárdica

0

0

Page 89: Anestesia geral

Farmacodinâmica PropofolRespiratório

• Depressão ação central.

• Deprime profundidade e frequencia respiratórias (potencializado pela associação com bzp e opióides).

• Não altera tônus da musculatura brônquica, mas diminui sua reatividade provavelmente por atenuação vagal (Asmáticos se beneficiam).

• Preserva Vasoconstrição pulmonar hipóxica ( AI inibem esse reflexo em C insp > 1 CAM)

Page 90: Anestesia geral

Tiopental

Cetamina

Etomidato

Propofol

Midazolam

PaCO2

0

RESPOSTA

AO CO2

MECÂNICA

RESPIRATÓRIA

FR; VC

FR

VC

VC; FR

AÇÕES DOS ANESTÉSICOS VENOSOS

DEPRESSÃO

RESPIRATÓRIA

0

TÔNUS

BRONQUIOLAR

0 a

0

0

melhora o

broncoespasmo

(baixas doses)

Page 91: Anestesia geral

• Intra Oculares: Diminui a PIO.

• Hepato – Renais : Não altera enzimas hepáticas (TGO, TGP, FA) e não altera uréia e creatinina.

• Coagulação: relatos de inibição da agregação plaquetária, síntese de tromboxano e aumento óxido nítrico.

Não há estudos que evidenciam alterações de TP, fibrinogênio, PDF e nº e fç plaquetas.

Associação com AINH e Antitrombóticos pode aumentar riscos de sangramento.

Page 92: Anestesia geral

Propofol e Obesidade

• Apesar de aumento de VD (aumento de V3, mas também de V2 e V1) nesses pacientes e da alta lipossolubilidade do propofol, este tem distribuição estável e clearance elevado, não se acumulando após 2 horas de infusão.

• Dose pelo Peso Corporal Corrigido para minimizar efeitos hemodinâmicos.

Page 93: Anestesia geral

Peso Corporal Corrigido

PPC = Peso Ideal + 30/40% do excesso

Homens – Peso Ideal é :

Altura em cm – 100

Mulheres – Peso Ideal é :

Altura em cm - 105

Page 94: Anestesia geral

• Gestantes : Atravessam barreira placentária, sem repercussão clínica para o RN.

Despertar materno e Apgar = isoflurano.

Aparecem no leite materno em quantidades ínfimas, sem depressão do lactente.

Idosos: Levar em consideração condições clínicas e idade. (função cardíaca prévea)

Devemos reduzir as doses de indução e manutenção por diminuição de V1 nesses pacientes, minimizando as repercussões hemodinâmicas.

Page 95: Anestesia geral

Efeitos não hipnóticos do Propofol

• Ansiolítico ( doses sub hipnóticas).

• Antipruriginoso (via depressão espinhal corno posterior para coceira e corno anterior para arranhões) Dose – 10 mg bôlus ou 0,5 –1,0 mg/kg/h.

• Anticonvulsivante e Antiepilético.

• Antiemético por ação na zona de gatilho quimiorreceptora e centro do vômito.

Page 96: Anestesia geral

Etomidato• Caracteres físico-químicos:

• Derivado imidazólico carboxilado que existe como 2 isômeros,onde somente o isômero + é ativo com hipnótico.

• Solução 2mg/ml.

• Propilenoglicol (35% volume) em sua diluição e tem sido proposto diluição com 2-hidroxipropil-ß-ciclodextrina, que resulta em menor dor à injeção, e menos tromboflebites.

Page 97: Anestesia geral

Etomidato• Hipnótico de ação central, potencializa os efeitos inibitórios

do acido gama-amino-butírico (GABA) sobre o receptor GABA A.

• Age em receptores diferentes dos benzodiazepínicos, os quais são específicos.

• VD = 2,5 L/kg

• Clearance hepático muito elevado = 17ml/kg/min

(parece haver metabolismo extra-hepático por est. Plasm.)

• Metabólitos inativos.

Page 98: Anestesia geral
Page 99: Anestesia geral

EtomidatoSituações que alteram a farmacocinética:

• Insuficiência hepática e renal – diminuição das proteínas plasmáticas e aumento da fração livre droga, já que 75% do etomidato está ligado à proteína plasma(Efeito farmacodinâmico intenso).

• Idade avançada (diminuição VD e do clearance), o que os torna mais sensíveis.

Page 100: Anestesia geral

Etomidato• Grande estabilidade hemodinâmica nas doses

convencionaisquando comparado ao propofol. (0,3 mg/kg – indução)

• Menor depressão respiratória que o propofol e tiopental.Pode ser usado com segurança em asmáticos(não libera histamina).

• Infusão contínua prolongada – Supressão da Supra Renal.

• Relacionado a incidência de náusea e vômito no pós operatório (30 a 40%).

• Relacionado a dor à injeção, flebites e tromboflebites.

• Contrações musculares tônico clônicas e soluços podem acompanhar sua administração.

Page 101: Anestesia geral

Colesterol

Pregnolona

17 -hidroxilase

Progesterona17 -hidroxipregnolona

17 -hidroxiprogesterona

11 deoxicortisol

cortisol

17 -hidroxilase

11 -hidroxilase

11 deoxicorticosterona

corticosterona

aldosterona

Page 102: Anestesia geral

Tiopental

Cetamina

Etomidato

Propofol

Midazolam

FC

0

a

a

PAM

0

0 a

DC

0

0 a

RVS

0 a

0

0 a

AÇÕES DOS ANESTÉSICOS VENOSOS

Veno-

dilatação

0

0

Contratilidade

Miocárdica

0

0

Page 103: Anestesia geral

Tiopental

Cetamina

Etomidato

Propofol

Midazolam

FSC PPC

0

MCO2 PIC

AÇÕES DOS ANESTÉSICOS VENOSOS

Page 104: Anestesia geral

Tiopental

Cetamina

Etomidato

Propofol

Midazolam

PaCO2

0

RESPOSTA

AO CO2

MECÂNICA

RESPIRATÓRIA

FR; VC

FR

VC

VC; FR

AÇÕES DOS ANESTÉSICOS VENOSOS

DEPRESSÃO

RESPIRATÓRIA

0

TÔNUS

BRONQUIOLAR

0 a

0

0

melhora o

broncoespasmo

(baixas doses)

Page 105: Anestesia geral

Cetamina

• Caracteres físico químicos:

• pKa = 7,5.

• Lipossolubilidade 5 a 10 X maior que tiopental.

• Estrutura molecular com 2 isômeros ou enantiômeros.

• R (-) Cetamina e R (+) Cetamina.

Page 106: Anestesia geral

Cetamina

• Farmacocinética:

• Obedece modelo tricompartimental –após administração venosa, a queda da cp. Tem característica bifásica, com uma fase de distribuição inicial e rápida, com duração de 45 minutos, seguida de uma fase de eliminação longa, com duração de horas.

Page 107: Anestesia geral

Cetamina – Mecanismo Ação

• Inconscência e Analgesia dose dependente.

• Anestesia dissociativa.

• Atualmente:

• Papel aminoácidos excitatórios na geração de nicicepção tem sido bem definida, e o glutamato e aspartato participam na transmissão neuronal em vários níveis das vias nociceptivas (corno dorsal da medula) com agonista dos receptores N-metil-D-aspartato (NMDA).

Page 108: Anestesia geral

Cetamina – Mecanismo Ação

• Antagonismo receptor NMDA.

• Reduz liberação pré-sináptica de glutamato.

• Antogonismo receptores colinérgicos nicotínicos e muscarínicos.

• Potencialização do GABA. (altas doses)

• Agonista receptores opíóides µ.

• Hipnose e Analgesia.

Page 109: Anestesia geral

Mecanismo Ação – Celular

• Inibição da Neuro - atividade excitatória

- Glutamato e seu Receptor n-metil d-aspartato

(NMDA).

- Aminoácidos excitatórios.

Page 110: Anestesia geral

Receptor NMDA

• Glutamato Ocupa local ligação subtipo NMDA

- Abre-se canal iônico membrana.

- Influxo Na+, K+ e Ca+.

- Despolarização neurônio pós sináptico.

- Início Potencial Ação.

- Ativação de outras vias.

Page 111: Anestesia geral

• pKa próximo pH fisiológico.

• Alta lipossolubilidade.

• Atravessa rapidamente B. hematoencefálica.

• Rápido início ação.

• 30 segundos.

• Efeito máximo em 1 minuto.

Início Ação Cetamina

Page 112: Anestesia geral
Page 113: Anestesia geral

Receptor NMDA – Cetamina bloqueia os canais, prevenindo a despolarização, inibindo a

resposta excitatória.

Page 114: Anestesia geral

Farmacodinâmica - SNC

• Anestesia dissociativa.

• Assemelha-se estado catalepsia.

• Intensa analgesia, pórém muitas vezes com olhos abertos e com reflexos.

• Aumenta PPC e PIC.

• Atividade excitatória SNC (onda Ɵ no EEG), semelhante atividade convulsiva.

• Eleva consumo oxigênio cerebral.

• Mantém responsividade cerebrovascular à PaCO2.

Page 115: Anestesia geral

Tiopental

Cetamina

Etomidato

Propofol

Midazolam

FSC PPC

0

MCO2 PIC

AÇÕES DOS ANESTÉSICOS VENOSOS

Page 116: Anestesia geral

Reações Psicológicas Cetamina

• Pode causar reações psicológicas indesejáveis durante a fase recuperação.

• Sonhos vívidos.

• Sensações extracorpóreas.

• Alucinações.

• 3 – 100% (BZD reduz)

• Isômero S(+) significantemente menor que R(-) ou mistura racêmica.

Page 117: Anestesia geral

Incidência (%) de efeitos colaterais em

pacientes que receberam anestesia com

cetamina (2 mg.kg-1) e MPA com BNZ por via

intravenosa

BNZ

Controle (salina)

Diazepam

Flunitrazepam

Lorazepam

Delírio

%

47

35

35

10

64

23

7

4

Anestesia inaceitável

pelo paciente

%

33

15

2

2

Sonhos

desagradáveis

%

Page 118: Anestesia geral

Tiopental

Cetamina

Etomidato

Propofol

Midazolam

FC

0

a

a

PAM

0

0 a

DC

0

0 a

RVS

0 a

0

0 a

AÇÕES DOS ANESTÉSICOS VENOSOS

Veno-

dilatação

0

0

Contratilidade

Miocárdica

0

0

Farmacodinâmica SCV(Provavelmente por ação central)

Page 119: Anestesia geral

Tiopental

Cetamina

Etomidato

Propofol

Midazolam

PaCO2

0

RESPOSTA

AO CO2

MECÂNICA

RESPIRATÓRIA

FR; VC

FR

VC

VC; FR

AÇÕES DOS ANESTÉSICOS VENOSOS

DEPRESSÃO

RESPIRATÓRIA

0

TÔNUS

BRONQUIOLAR

0 a

0

0

melhora o

broncoespasmo

(baixas doses)

Asmáticos

Page 120: Anestesia geral

• Analgesia preenptiva.

• Hipovolêmicos e compromentimento SCV grave.

• Pediatria (uso oral , IV e IM)

• Asmáticos.

• Tamponamento cardíaco/pericardite constritiva.

• Pacientes críticos (hipovolemia/sepse)

• Obstetrícia (analgesia, síndromes hemorrágicas).

• Queimados (hipovolêmicos)

INDICAÇÕES

Page 121: Anestesia geral

CONTRA-INDICAÇÕES

Hipertensão arterial

Hipertireoidismo

Hipertensão intracraniana

Hipertensão intraocular

Antecedentes psiquiátricos

Epilepsia

CONTRA-INDICAÇÕES

Page 122: Anestesia geral

Toda substância exógena, natural ou

sintética, que se liga especificamente com

qualquer uma das subpopulações de

receptores opióides, produzindo, por meio

dessa ligação, algum tipo de efeito

agonista.

Opióides

Page 123: Anestesia geral

RECEPTORES

Page 124: Anestesia geral

RECEPTORES

Page 125: Anestesia geral

É aquele que tem alta especificidade pelo

receptor e que quando ativado, produz

efeitos desejáveis ( analgesia, sedação ),

apresentando especificidade pequena ou

nula para receptores associados com a

geração de para efeitos ( depressão

respiratória, náusea, dependencia física,

etc...)

Opióides Ideal

Page 126: Anestesia geral

• Os opióides ativam pré e pós-sinapticamente os receptoresacoplados à proteína G-7 transmenbrana ao longo das vias transmissoras de dor.

Altas densidades de receptores opiódes conhecidos como µ, ƹ e ƙ são encontrados no corno dorsal da medula espinhal e centros superiores do SNC.

• Os opióides mais usados agem principalmente nos receptores µ.

Page 127: Anestesia geral

• Os efeitos celulares envolvem o aumento doinfluxo de potássio neuronal e consequente hiperpolarização dos neurônios, tornando menos provável sua resposta a estímulos dolorosos e à inibição do influxo de cálcio, com diminuição da liberação de neurotransmissores pelos neurônios localizados ao longo da via transmissora dor.

Page 128: Anestesia geral

Mecanismo Ação Opióides

Page 129: Anestesia geral

Analgesia

Prurido

Depressão respiratória

Sedação

Vasodilatação

Espasmo da musculatura lisa

Bradicardia

Náusea

Miose

Hipertonia muscular

Retenção urinária

Page 130: Anestesia geral

ß-endorfina é o ligante agonista

Endógeno dos receptores mu, enquanto que

os exógenos são morfina, fentanil, alfentanil,

sufentanil e remifentanil.

Naloxona : Antagonista ( se liga ao

receptor sem ativá-lo)

Receptores Opióides

Page 131: Anestesia geral

Característica Molécula

Efeito farmacológico

Solubilidade

Atravessam as barreiras

Excreção renal

Metabolismo hepático

Não ionizada

ativo

lipídica

sim

não

sim

Ionizada

inativo

água

não

sim

não

Page 132: Anestesia geral

Fentanil

• Segue modelo tricompartimental.

• Lembrando:

• Fração com capacidade de penetrar SNC (Biófase) é a fração não ionizada livre, ou seja, a não ligada à proteína plasmática.

• Depende então do pKa.

Page 133: Anestesia geral

Fentanil• Baseado nestes dados:

• Fentanil e Sufentanil penetram no SNC 150 vezes mais rápido que a morfina e o Alfentanil 10 vezes mais rápido que o fentanil.

• t½π = 1 a 2 min. t½ά = 10 a 30 min. (após injeção em bôlus a Cp cai rapidamente e 98% são eliminados em 1 h)

• VD = 3,6 L/kg

• Clearance = 10-20ml/kg/min

Page 134: Anestesia geral

Fentanil

• Alta lipossolubilidade.

• O que explica seu alto VD, e, por acumular em V3, pouco perfundido, dificulta seu acesso hepático e, desta forma sua depuração. (t ½ß = 3 a 6 hs).

• Altíssima meia vida contexto sensitiva.(não é ideal para infusão contínua)

• pKa = 8,4 (80% dose IV está na forma ionizada, portanto ligada à proteína plasmática e portanto sem ação)

Page 135: Anestesia geral

Sufentanil

• Segue modelo tricompartimental.

• Altamente lipossolúvel, o que confere grande afinidade pelo receptor opióide.

• t½π = 1,4 min t½ά = 17 min t½ß = 164 min

• VD = 2,86 L/kg

• Clearance hepático = 13 ml/kg/min (elevado)

Page 136: Anestesia geral

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 1400

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

Bolus = 0.5 µg.kg-1

infusão: 0,5 µg.kg-1. h-1

Page 137: Anestesia geral

Alfentanil

• t½π e t½ά rápidos.

• Clearance menor que o do fentanil.

• Pequeno VD limita possibilidade de acúmulo e isso resulta em curto t½ß = 1 a 2 hs.

• Menos lipossolúvel que fentanil e sufentanil.

(recuperação + rápida pela baixa estocacagem em V3 e em tecido cerebral e medular após sua administração)

Page 138: Anestesia geral

Alfentanil

• pKa = 6,5 (contribui para elevada liberação de porção não ionizada em pH fisiológico, em torno de 90%, conferindo rápido início de ação - > que fenta e sufenta).

• Pelo pequeno VD = 0,5 a 1 L/kg , menor acumulo em V3 que fentanil e sufentanil.

• Pode ser usado em infusão contínua, mas deve ser interrompido antes término da cirurgia.

Page 139: Anestesia geral

Alfscov (Scott, sem ajuste de peso)

[Bolus] = 30 µg.kg-1

[Concentração alvo] = 80 ng.ml-1

T. DE INF. [0 A 30 min ] = 0,17 ug.kg-1. min-1 =1,3 ml/h

T. DE INF.[30 A 90 min ] = 0,30 ug.kg-1. min-1 =2,3 ml/h

0.0

50.0

100.0

150.0

200.0

250.0

300.0

350.0

0.0 8.1 16.4 24.7 33.0 41.3 49.7 58.0 66.3 74.7 83.0

minutos

ng.ml-1

Page 140: Anestesia geral

*T1/2keO= meia vida para o equilíbrio entre o plasma e ocompartimento do local de efeito(receptor).

Vol. distribuição (l.kg-1)

Clearance (ml.kg-1.min-1)

t1/2 (h)

T1/2keO* (min)

fenta

3-6

10-20

3,1-4,4

4,5

alfenta

0,25-0,75

3-8

1,2-1,7

0.90

remi

0,3-0,4

40-60

0,05-0,39

1,5

suf

2,86

13

1,2-

1,7

3

Page 141: Anestesia geral

Pico máximo

(min)

3,6

5,6

1,4

1,2

2,8

2,2

1,6

2,0

Fármacos

Fentanil

Sufentanil

Alfentanil

Remifentanil

Midazolam

Propofol

Tiopental

Etomidato

t1/2 Keo

(min)

4,7

3,0

0,9

1,3

4,0

2,4

1,5

1,5

Page 142: Anestesia geral

Morfina

Meperidina

Fentanil

Sufentanil

Alfentanil

Remifentanil

pka

7,9

8,5

8,4

8,0

6,5

7,3

Ligação

protéica %

35

70

84

93

92

66-93

Clearance

L/min

1,05

1,02

1,53

0,9

0,24

4,00

Volume de

distribuição (L)

224

305

335

123

27

30

Page 143: Anestesia geral

Morfina

Meperidina

Fentanil

Sufentanil

Alfentanil

Remifentanil

não

ionizada %

23

7

8.5

20

89

58

Coeficiente

partição

1

32

955

1725

129

---

Meia-vida

Elim (h)

2-3

3-5

3-7

2-5

1-2

0.2-0.3

Meia –vida contexto

dep (min)-infusão 4 h

---

---

260

30

60

4

Page 144: Anestesia geral

fentanil

alfentanil

sufentanil

remifentanil

Conc plasmática(ng.ml-1)

em 50% a CAM do iso

1,67

28,8

0,14

1,37

Potência

1

1/25

12

1,2

Page 145: Anestesia geral

Agonista seletivo dos receptores opióides

Potência semelhante à do fentanil

Meia-vida de 3-5 minutos

Tempo de latência semelhante ao do

alfentanila

Metabolizado por esterases inespecíficas

do sangue e dos tecidos

Não libera histamina

Page 146: Anestesia geral

Remifentanil

• 1990 – identificado composto GI8708413.

• 1996 – Denominado Remifentanil e liberado para uso clínico pelo FDA.

• Novo membro da família dos opióides derivados da fenilpiperidina.

• Ação ultracurta, que pode ser titulado rapidamente e individualizado de acordo com os diferentes tipos de estímulos e tempos cirúrgicos.

Page 147: Anestesia geral

Mapeamento Estresse Cirúrgico

Duração da Cirurgia

Estr

esse C

irú

rgic

o

INTUBAÇÃO

INCISÃOTRAÇÃO

PERITONIALTRAÇÃO

VISCERAS

OCAS

Co

ncen

tração

Ideal d

o F

árm

aco

Page 148: Anestesia geral

remifentanilaGI90291

GI94219

Page 149: Anestesia geral

Remifentanil

• Metabolizado por hidrólise por esterases plasmáticas e teciduais inespecíficas, resulta em depuração plasmática rápida e sem efeitos cumulativos, mesmo após longos períodos em infusão contínua.

• Diferente dos outros agonistas µ como fentanil, sufentanil e alfentanil, que se distribuem amplamente pelo organismo (V2 e V3) e ao interromper infusão contínua sua redistribuição aumenta muito a meia vida contexto sensitiva prolongando seus efeitos depressores.

Page 150: Anestesia geral

Fentanil

Alfentanil

Sufentanil

Remifentanil

Meia-Vida Contexto-Sensitiva

Após 240 minutos

de infusão262,5 min

58,5 min

33,9 min

3,7 min

Meia-Vida Contexto-Sensitiva

Page 151: Anestesia geral

Remifentanil

• VD = 0,39 (+/- 0,25) L/kg

• t½Ke0 rápido – semelhante ao alfentanil, mas muito menor que t½Ke0 do fentanil e sufentanil.

• Metabólito : GR90291 – 4600 vezes menos potente que Remifentanil.

Page 152: Anestesia geral

Farmacodinâmica RemifentanilCardiovascular

• Como todos agonistas µ : Hipotensão Arterial e bradicardia (potencializadas na associação com outros A. Venosos).

• Resposta rápida e previsível às diminuições de taxas de infusão.

• Não libera histamina.

Page 153: Anestesia geral

Farmacodinâmica RemifentanilSNC

• Indicado para neuroanestesia.

• Não aumenta PIC (se mantida normocarbia)

• Não altera vel. de produção ou reabsorção de LCR.

• Rápida e total recuperação após término infusão (avaliação precoce)

• Indicado em asociação ao propofol nas craniotomias com paciente acordado.

• Sedação UTI (Aspiração – após reavaliar)

• Mantém intcta a reatividade vascular cerebral, ou seja, conserva intacta a resposta vasoconstritora secundária a hipocapnia.

Page 154: Anestesia geral

Farmacodinâmica RemifentanilRespiratório

• Como todos agonistas :

• Depressão respiratória dose-dependente.

• Rapidamente revertida com interrupção da infusão.

Page 155: Anestesia geral

Efeito Analgésico Remifentanil.

• Analgésico potente.

• Rápido início de ação.

• Dose – dependente.

• Efeito máximo em doses clínicas após 1 – 3 minutos de infusão.

• Potêncis similar ao fentanil e 21,5 X Alfenta.

• Efeito analgésico cessa muito rapidamente.

• Preocupa-se com ANALGESIA PÓS OP(Morfina, AINH, Bloq. Regionais, Infiltrações)

Page 156: Anestesia geral

Remifentanil em Situações Especiais

• Insuficiência Renal e Hepática :

Metabólito GR90291 acumula 200 X mais nos nefropatas, porém este é 4600 X menos potente que Remi, sem necessidade de ajuste de doses.

Metabolizado por histerases plasmáticas e teciduais inespecíficas, não pelo fígado.

(indicado para hepatopatas / tx hepático)

Page 157: Anestesia geral

• Idosos: Remifentanil

Recomendável redução da dose em 50% à partir dos 65 anos.

Hipotensão e Bradicardias exacerbadas.

Aumenta t½KeO (efeito clínico + demorado).

• Pediatria: Pode ser usado normalmente desde que ajustado de acordo com peso.

Page 158: Anestesia geral

No idoso, o bolus deve

ser reduzido em 50%

0

100

200

300

400

20 40 60 80

Idade (anos)

LBM

75kg

35kg

Bo

lus

(g

)

Minto et al, Anesthesiology 86:24-33, 1997

Page 159: Anestesia geral

No idoso, a taxa da infusão

deve ser reduzida em 30 a 40

%

20 40 60 80

0

10

20

30

40

50

60

idade (anos)

LBM

75kg

35kg

Ta

xa

de

Infu

são (

g/m

in)

Minto et al, Anesthesiology 86:24-33, 1997

Page 160: Anestesia geral

• Obstetrícia: Remifentanil

Contra indicado para analgesia periduaral

(glicina na formulação)

Rápida recuperação (não altera APGAR)

Pode ser usado em analgesia parto venosa.

Sempre lembrar do aumento da morbimortalidade materno fetal com anestesia geral X Bloqueios regionais (Dificuldade acesso à Via Aérea)

Page 161: Anestesia geral

• Obesidade: Remifentanil

O.M. relacionada com restrição ventilatória relacionada à obesidade (que pode ser potencializada pelos A. Venosos).

VD Aumentado (Grande V3).

Acúmulo opiódes liposolúveis.(Retardo recuperação desses pacientes).

Usar Peso Corporal Corrigido para evitar depressões hemodinâmicas com peso Real.

(Hipotenção e Bradicardia)

Page 162: Anestesia geral

0

5

10

15

20

25

-2 0 2 4 6 8 10

hipnótico{

{BNM

{Intubação

Minutos

Co

nce

ntr

açã

o d

e R

emif

enta

nil

(ng

.ml-1

)

Apnéia

Depressão Ventilatória

Rigidez muscular

0,3 g.kg-1.min-1

Page 163: Anestesia geral

2.00

1.75

1.50

1.25

1.00

0.75

0.50

0.25

0.00

Concentração de Remifentanil (ng.ml-1)

0 10 20 30 40 50 60

Co

nce

ntr

açã

o d

e I

so

flu

ran

o(%

)

(Lang E. e col, Anesthesiology 1996; 85:721)

Page 164: Anestesia geral

1. Reaparecimento da dor

2. Náuseas e vômitos

3. PA

4. FC

5. Reação violenta ao tubo traqueal

6. Edema agudo do pulmão

Page 165: Anestesia geral

Bloqueio Adespolarizantes

BNMs competem Ach na placa motora

Encaixam-se nas subunidades alfa

Depende da concentração e da afinidade ao receptor

Não há formação potencial de ação

Fibra muscular não recebe estímulo para contração

Paralisia flácida

Page 166: Anestesia geral

Bloqueadores Neuromusculares BNM

Page 167: Anestesia geral

Bloqueadores Neuromusculares BNM Adespolarizantes.

Page 168: Anestesia geral

Bloqueio Despolarizante

Bloqueio Fase I

Bloqueio Fase II

Grandes doses

Infusão contínua

Dessensibilização

Page 169: Anestesia geral

BNM

Bloqueadores Atracúrio

Neuro Cisatracúrio

Musculares Mivacúrio

(BNM) Rocurônio

Vecurônio

Pancurônio

Succinilcolina

Page 170: Anestesia geral

AGVI

Page 171: Anestesia geral

AGVI

Page 172: Anestesia geral

AGVI

Page 173: Anestesia geral

AGI

Page 174: Anestesia geral

AGVT

Page 175: Anestesia geral

AGVT

Page 176: Anestesia geral

Aparelhos de Anestesia

Page 177: Anestesia geral

Aparelhos Anestesia

Page 178: Anestesia geral

Work Station

Page 179: Anestesia geral

Work Station

Page 180: Anestesia geral

Anestesia Alvo Controlada

• Maior Estabilidade

Hemodinâmica

• Maior Estabilidade

Profundidade Anestésica

• Maior Previsibilidade e

Rápida Recuperação

• Menor Quantidade de

Fármaco

Page 181: Anestesia geral

Infusão Contínua Manual x Infusão Alvo-Controlada

Page 182: Anestesia geral

Drogas

Hipnótico

Propofol 1 e 2%

Analgésico

Remifentanil 1 e 2mg

Page 183: Anestesia geral

Infusão Alvo-Controlada

Page 184: Anestesia geral
Page 185: Anestesia geral

TCI Propofol

Page 186: Anestesia geral

Índice Bispectral (BIS)

Page 187: Anestesia geral

EquipamentosEquipamentos

Page 188: Anestesia geral

Equipamentos

BOMBAS

Equipamentos

Page 189: Anestesia geral

Equipamentos

Page 190: Anestesia geral

Otimizar Custo

Page 191: Anestesia geral

Otimizar Custo

Equipos Específicos

Extensores Comuns

Volumes das Interfaces

1 ml R$ x,xx

Perfusor Set 60 cm = 0,5 ml

Butterfly 21 = 0,4 ml

Torneirinha = 0,2 ml

Equipo Baxter = 10 ml

Equipo 3M = 15 ml

Equipo Anne = 6,7 ml

Page 192: Anestesia geral

Sinergismo Opióide e Propofol

Vuyk J – Anestesiology 1997

Page 193: Anestesia geral

Conclusões

Infusão Contínua

Meia-Vida Contexto Sensitiva

Mapeamento Estresse Cirúrgico

Monitorar Hipnose

Concentração Plasmática

Bombas de Infusão

Otimizar Custo

Page 194: Anestesia geral
Page 195: Anestesia geral
Page 196: Anestesia geral
Page 197: Anestesia geral

Propofol

[P] 2,6 µg/ml

ED50 1,2

OBRIGADO !!!