ANESTESIA. CONCEITO Compreende num estado inconsciente reversível caracterizado por amnésia (sono,...
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ANESTESIA
CONCEITO Compreende num estado inconsciente
reversível caracterizado por amnésia (sono, hipnose), analgesia (ausência de dor) e bloqueio dos reflexos autônomos, obtidos pela inalação, ou via endovenosa.
Os anestésicos líquidos produzem anestesia quando seus vapores são inalados, juntamente com oxigênio e, usualmente, com o óxido nitroso.
AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA
Visita pré-operatória;
Determinação dos diagnósticos efetivos e riscos. Entrevista, exame físico, exames diagnósticos, dados laboratoriais, etc.
FORMAS DE AVALIAÇÃO ASA é um sistema de avaliação médico do risco
anestésico-cirúrgico; É classificação quanto as condições físicas, desenvolvida pela ASA – American Society of Anesthesiologists para avaliação da gravidade das disfunções fisiológicas e anormalidades anatômicas é dada por:
ASA I – Nenhuma evidencia de distúrbio fisiológico, bioquímico ou psiquiátrico; o processo patológico que necessita de cirurgia não é sistêmico.
ASA 2 – presença de distúrbio sistêmico de grau leve ou moderado, resultante ou do problema que requer a cirurgia ou de outros processos.
ASA 3 – presença de doença sistêmica graves.
ASA 4 – Presença de doenças sistêmicas graves com padrões já instalados de insuficiência e que constituem ameaça a vida, não sendo, necessariamente, corrigidas com cirurgia.
ASA 5 – classificação para pacientes moribundos com probabilidade mínima de sobrevivência.
ASA 6 – paciente com morte cerebral declarada cujos órgãos estão sendo removidos para doação.
AVALIAÇÃO
Idade; Estado de consciência;
Padrões nutricionais e emocionais;
Histórico de doenças ou complicações anteriores;
Obesidade: alterações fisiológicas severas (pulmonares, cardíacas, doenças associadas, acúmulo de tecido adiposo em determinadas regiões dificulta a entubação, punções, etc.).
SISTEMA CARDIVASCULAR: Angina instável; Pacientes com Infarto do Miocárdio; não devem
ser submetidos a cirurgia eletiva nos 6 meses posteriores ao IAM;
Hipertensão, por risco de isquemia miocárdica ou acidente vascular cerebral;
SISTEMA RESPIRATÓRIO Acúmulo de secreções podem levar a
insuficiência respiratória; A anestesia e a cirurgia vão diminuir os
mecanismos de defesa orgânica e alterar a dinâmica pulmonar;
SISTEMA DIGESTÓRIO
Alterações gastrintestinais predispõem a alterações como desidratação, distúrbios eletrolíticos e nutricionais;
Alcoolismo compromete a recuperação anestésica; entre 6 a 8h inicia a síndrome de abstinência que de 2 a 5 dias evolui para o delirium tremens.
SISTEMA URINÁRIO Identificar pacientes de alto risco, com função
renal diminuída; Implica e dificuldades para excreção de drogas; Susceptíveis a insuficiência renal no intra
operatório.
SISTEMA NERVOSO Investigar desmaios, convulsões, paralisias,
tremores, cefaléias, alterações de motricidades, uso de medicações.
MEDICAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIAS
O objetivo da medicação é sedar o paciente para diminuir ansiedade.
Podem ser:
Sedativos: midazolam Ansiolíticos: alprazolam,olcadil, rivotril, diazepam Tranqüilizantes: flurazepam, lorazepam,
nitrazepam Analgésicos ou narcóticos: morfina, tramadol,
propofol Antieméticos: dramim, bromoprida, plasil
FUNÇÕES DO ANESTESISTA Aliviar a dor; Bloquear a consciência; Monitorizar; Manter as funções vitais (principalmente a
respiração); Manter a estabilidade cardíaca e vascular; Prover reposição de líquidos (soroterapia) e de
sangue (transfusão); Manter a temperatura corporal; Diagnosticar e solucionar problemas
momentâneos.
ANESTESTESIA LOCAL
Esta anestesia é empregada para procedimentos menores nos quais o local cirúrgico é infiltrado com um anestésico local como lidocaína ou bupivacaína.
Este tipo de anestesia não envolve perda da consciência e depressão das funções vitais, produzindo perda da sensibilidade temporária, causada pela inibição da condução nervosa.
BLOQUEIOS DE NERVOS PERIFÉRICOS
O anestesiologista administra o anestésico apenas ao redor dos nervos que irão para o local da cirurgia a ser realizada. Por exemplo, cirurgias sobre a mão podem ser realizadas com bloqueios dos nervos que inervam a mão, através da administração de anestésicos próximos a estes, na altura da axila ou do pescoço.
ANESTESIA GERAL
Esse tipo de anestesia é administrado em cirurgias de grande porte:
Cabeça, Pescoço, Abdômen superior, entre elas:
Gastroplastia, Gastrectomia, Enterectomia, Abdominoplastia, Mamoplastia.
A anestesia geral é obtida pela combinação de quatro elementos: hipnose, analgesia, relaxamento muscular e bloqueio das respostas.
Um dos objetivos fundamentais da anestesia geral é conferir ao paciente um estado de inconsciência suave e rápida, de maneira adequada, durante o tempo necessário e, a seguir, permitir uma recuperação rápida da consciência.
TIPOS DE ANESTESIA GERAL Venosa: Anestesia obtida pela injeção de
anestésicos numa veia do paciente. Atinge diretamente a corrente sangüínea e em seguida alcança o cérebro, onde o anestésico realiza sua ação principal.
Inalatória: Anestesia feita pela inalação de gases e vapores anestésicos através das vias aéreas. Nos pulmões, o anestésico é absorvido pela corrente sangüínea e daí atinge o cérebro.
Balanceada: Anestesia que combina o uso de medicamentos pelas vias inalatória e venosa. A associação permite reduzir as doses e obter melhores resultados com menos efeitos colaterais.
Antes mesmo do paciente entrar na sala cirúrgica, a equipe de anestesiologia é responsável pelo preparo de todos os equipamentos e materiais que serão utilizados na anestesia.
PROFUNDIDADE DA ANESTESIA GERAL
É determinada por sinais físicos, sendo classificado em quatro estágios, cada um dos quais com grupo definido de sinais e sintomas.
Estágio I: estágio inicial da anestesia até a perda da consciência. FC irregular.
Estágio II: Segundo estágio, são caracterizados por agitação psicomotora, gritos, falas, risos, ou mesmo choro, o pulso torna-se rápido e respiração irregular, pode ser freqüentemente evitado através da administração do anestésico EV. Estágio de delírio e desaparecimento do reflexo palpebral, pupilas dilatadas e responde ao reflexo da luz.
Estágio III: anestesia cirúrgica, obtida através da administração contínua de vapor ou gás, onde o cliente encontra-se inconsciente.
Estágio IV: atingido quando for administrada uma quantidade excessiva de anestésico com necessidade de entubação.
ENTUBAÇÃO Manejo de via aéreas: Entubação/Intubação traqueal
é a passagem de um tubo na traquéia pelo nariz ou boca.
Vias aéreas livres e desobstruídas; Redução do espaço morto; Diminuição do esforço respiratório; Não aspiração de corpos estranhos; Instalação de respiração artificial; Controle da pressão intrapulmonar; Prevenção de espasmos laríngeos; Maior êxito no caso de ressuscitação
cardiopulmonar.
EXTUBAÇÃO
Avaliar a respiração espontânea do paciente; Ofertar uma boa oxigenação do paciente; Antes da extubação, aspirar secreções; Retirar a fixação do tubo; Desinsuflar o cuff; Paciente deve respirar profundo; Tracionar a cânula ao final da inspiração –
favorecer a abertura das cordas vocais evitando seu trauma.