Anderson zardo artigo sobre cabeamento estruturado

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VISÃO GERAL SOBRE CABEAMENTO ESTRUTURADOAnderson Zardo

Resumo: Este artigo visa a dar uma noção geral sobre o cabeamento estruturado – sua importância dentro de uma organização, histórico, componentes utilizados e padrões que regem as instalações onde ele é empregado.

Palavras-chave: Cabeamento. Estruturado. Normas. Padronização. Rede. Comunicação.

1. Introdução:

Com a proliferação dos computadores pessoais na década de 80, uma mudança relevante ocorreu na informática. Antes do advento do computador pessoal, as informações eram armazenadas em repositórios centrais, localizados nos Mainframes e eram acessados mediante o uso de terminais de vídeo. Os computadores pessoais proporcionaram ao usuário capacidade de processamento e liberdade de escolha inigualáveis, resultando porém, na criação de pequenas ilhas de informação, inacessíveis a outros indivíduos da organização.Naquela época, empresas de telecomunicações e computação como AT&T, Dec e IBM criavam seus próprios sistemas de cabeamento proprietários.Nos anos 90, o cabeamento estruturado teve um grande progresso com a introdução do cabo par trançado. Nesse sentido, a criação das normas EIA/TIA e ISO, ajudaram na padronização de cabos, conectores e procedimentos.

2. ConceitoO conceito de Sistema de Cabeamento Estruturado baseia-se na disposição de uma rede de cabos, com integração de serviços de dados e voz, que facilmente pode ser redirecionada por caminhos diferentes, no mesmo complexo de Cabeamento, para prover um caminho de transmissão entre pontos da rede distintos.

3. Histórico do Cabeamento Estruturado

Com o crescimento do uso das redes locais de computadores e a agregação de novos serviços e mídias como voz, dados,

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teleconferência, internet e multimídia, surgiu a necessidade de se estabelecer critérios para ordenar e estruturar o cabeamento dentro das empresas.

No final dos anos 80, as companhias dos setores de telecomunicações e informática estavam preocupadas com a falta de padronização para os sistemas de cabos de telecomunicações em edifícios comerciais e campus.

Em 1991, a associação EIA/TIA ( Eletronic Industries Association / Telecommunications Industry Association ) propôs a primeira versão de uma norma de padronização de fios e cabos para telecomunicações em prédios comerciais, denominada de EIA/TIA-568 cujo objetivo básico era :

a)       Implementar um padrão genérico de cabeamento de telecomunicações a ser seguido por fornecedores diferentes;

b)       Estruturar um sistema de cabeamento intra e inter-predial, com produtos de fornecedores distintos;

c)       Estabelecer critérios técnicos de desempenho para sistema distintos de cabeamento tradicional, baseado em aplicações

4. Principais componentes do Cabeamento Estruturado

Um Sistema de Cabeamento Estruturada EIA/TIA 568A é formado por seis subsistemas descritos a seguir e ilustrados na figura abaixo.

1 - Entrada do Edifício: consistem de cabos, equipamentos de conexão, dispositivos de proteção, equipamentos de transição e outros equipamentos necessários para conectar as instalações externas ao sistema de cabos local.

2 - Sala de Equipamentos: é o local propício para abrigar equipamentos de telecomunicações, de conexão e instalações de aterramento e de proteção.

3 - Cabeação Backbone: consiste nos meios de transmissão (cabos e fios), conectores de cruzamento (cross-connects) principal e intermediários, terminadores mecânicos, utilizados para interligar os Armários de Telecomunicações, Sala de Equipamentos e instalações de entrada.

4 - Armário de Telecomunicações: O Armário de Telecomunicações é o local, dentro de um prédio, onde são alojados os elementos de cabeação. Dentro do Armário de Telecomunicações são encontrados terminadores mecânicos, conectores de cruzamento (cross-connects), terminadores para os sistemas de Cabeação Horizontal e Vertical (patch panel).

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5 - Cabeação Horizontal:  subsistema de Cabeação Horizontal, compreende os cabos que vão desde a Tomada de Telecomunicações da Área de Trabalho até o Armário de Telecomunicações. O subsistema de Cabeação Horizontal possui os seguintes elementos:

a. Cabeação Horizontal;

b. Tomada de Telecomunicações;

c. Terminações de Cabo;

d. Cross-Connections.

6 - Área de Trabalho: Os componentes da Área de Trabalho são:

1. Equipamento da estação: computadores, terminais de dados, telefone, etc.;

2. Cabos de ligação - cordões modulares, cabos de adaptação, jumpers de fibra;

3. Adaptadores.

5. Meio Físico:

Basicamente os meios físicos empregados são os seguintes:

1.       Cabo UTP de 100 Ohms (22 ou 24 AWG):

          800 metros para voz (20 a 300 MHz);

          90 metros para dados (Cat. 3,4 e 5).

2.    Cabo STP (par trançado blindado) de 150 Ohms:

           90 metros para dados.

3.    Fibra óptica multimodo de 62,5/125 m:

    2.000 metros para dados.

4.    Fibra óptica monomodo de 8,5/125 m:

      3.000 metros para dados.

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6. Normas do Cabeamento Estruturado:

EIA/TIA 568 Especificação geral sobre cabeamento estruturado em instalações comerciais.

EIA/TIA 569 Especificações gerais para encaminhamento de cabos ( Infra estrutura , canaletas, bandejas, eletrodutos, calhas.

EIA/TIA 606 Administração da documentação.EIA/TIA 607 Especificação de aterramento.EIA/TIA 570 Especificação geral sobre cabeamento estruturado

em instalações residenciais.As normas que regem o cabeamento estruturado são, basicamente as seguintes:

7. Categorias dos cabos UTP

Categoria do cabo 1 (CAT1): Consiste em um cabo blindado com dois pares trançados compostos por fios 26 AWG. São utilizados por equipamentos de telecomunicação e rádio. Foi usado nas primeiras redes Token-ring mas não é aconselhável para uma rede par trançado.

(CAT1 não é mais recomendado pela TIA/EIA).

Categoria do cabo 2 (CAT2): É formado por pares de fios blindados (para voz) e pares de fios não blindados (para dados). Também foi projetado para antigas redes token ring EARCnet chegando a velocidade de 4 Mbps.

(CAT2 não é mais recomendado pela TIA/EIA).

Categoria do cabo 3 (CAT3): É um cabo não blindado (UTP) usado para dados de até 10Mbits com a capacidade de banda de até 16 MHz. Foi muito usado nas redes Ethernetcriadas nos anos noventa (10BASET). Ele ainda pode ser usado para VOIP, rede de telefonia e redes de comunicação 10BASET e 100BASET4.

(CAT3 é recomendado pela norma EIA/TIA-568-B).

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Categoria do cabo 4 (CAT4): É um cabo par trançado não blindado (UTP) que pode ser utilizado para transmitir dados a uma frequência de até 20 MHz e dados a 20 Mbps. Foi usado em redes que podem atuar com taxa de transmissão de até 20Mbps como token ring, 10BASET e 100BASET4. Não é mais utilizado pois foi substituido pelos cabos CAT5 e CAT5e.

(CAT4 não é mais recomendado pela TIA/EIA).

Categoria do cabo 5 (CAT5): usado em redes fast ethernet em frequências de até 100 MHz com uma taxa de 100 Mbps.

(CAT5 não é mais recomendado pela TIA/EIA).

Categoria do cabo 5e (CAT5e): é uma melhoria da categoria 5. Pode ser usado para frequências até 125 MHz em redes 1000BASE-T gigabit ethernet. Ela foi criada com a nova revisão da norma EIA/TIA-568-B.

(CAT5e é recomendado pela norma EIA/TIA-568-B).

Categoria do cabo 6 (CAT6): definido pela norma ANSI EIA/TIA-568-B-2.1 possui bitola 24 AWG e banda passante de até 250 MHz e pode ser usado em redes gigabit ethernet a velocidade de 1.000 Mbps.

(CAT6 é recomendado pela norma EIA/TIA-568-B).

Categoria: CAT 6a: é uma melhoria dos cabos CAT6. O a de CAT6a significa augmented (ampliado). Os cabos dessa categoria suportam até 500 MHz e podem ter até 55 metros no caso da rede ser de 10.000 Mbps, caso contrario podem ter até 100 metros. Para que os cabos CAT 6a sofressem menos interferências os pares de fios são separados uns dos outros, o que aumentou o seu tamanho e os tornou menos flexíveis. Essa categoria de cabos tem os seus conectores específicos que ajudam à evitar interferências.

Categoria 7 (CAT7): foi criado para permitir a criação de rede 10 gigabit Ethernet de 100m usando fio de cobre (apesar de atualmente esse tipo de rede esteja sendo usado pela rede CAT6).

8. Conclusão:

Demonstramos nesse artigo os componentes do cabeamento estruturado bem como a sua importância para uma fácil manutenção e manutenção da estrutura por muito tempo, mesmo com as constantes evoluções do mundo tecnológico.

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Referências:

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Cabo_de_par_trançado>

< http://www.abusar.org/cab_estrut.html>

< http://pt.wikipedia.org/wiki/Cabeamento_estruturado>

< http://www.gdhpress.com.br/redes/leia/index.php?p=cap1-20>