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Fatec Garça
CURSO TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL
ANDERSON MARCOS RIBEIRO
JOCIVANIA DOS SANTOS BISPO
SUSTENTABILIDADE: AQUECIMENTO E REAPROVEITAMENTO DA ÁGUA
GARÇA 2014
2014
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Fatec Garça
CURSO TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL
ANDERSON MARCOS RIBEIRO
JOCIVANIA DOS SANTOS BISPO
SUSTENTABILIDADE: AQUECIMENTO E REAPROVEITAMENTO DA ÁGUA
Artigo Científico apresentado à Faculdade de Tecnologia de Garça – FATEC, como requisito para a conclusão do Curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial, examinado pela seguinte comissão de professores:
Orientador: Prof. Ms. Maria Alda cabreira
GARÇA 2014
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Fatec Garça
CURSO TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL
ANDERSON MARCOS RIBEIRO
JOCIVANIA DOS SANTOS BISPO
SUSTENTABILIDADE: AQUECIMENTO E REAPROVEITAMENTO DA
ÁGUA
Artigo Científico apresentado à Faculdade de Tecnologia de Garça – FATEC, como requisito para a conclusão do Curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial, examinado pela seguinte comissão de professores:
Data da Aprovação: ____/____/____
_________________________________. Prof. Ms. Maria Alda cabreira
FATEC Garça
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Prof. FATEC Garça
_________________________________
Prof. FATEC Garça
SUSTENTABILIDADE: AQUECIMENTO E REAPROVEITAMENTO DA ÁGUA
Anderson Marcos Ribeiro¹
Jocivânia dos Santos Bispo1 [email protected]
Prof. Ms. Maria Alda Barbosa Cabreira2
Abstract – The theme chosen for conducting the research reflects issues involving the Environment, the appropriation of elements of the nature by man and depredation caused, which have been a concern of people committed to the development, but also to the conservation and preservation of these elements. These questions must pervade contents worked on different undergraduate courses, like the Technology in the Industrial Mechatronics. The methodology of the development of a prototype was used to demonstrate the theory that justified the question, a practical experiment of manufacturing for heating and reuse of water, by using electronic microcontroller. The prototype aims to reuse part of the water after its use in the bathe, which water is purified to not potable reuse. All this manufacturing heating and reuse of water has relevance with the Mechatronics, helping the journey and level control. Keywords: Water. Solar Heating. Technology. Sustainability. Resumo – O tema escolhido para realização da pesquisa reflete as questões que envolvem o Meio Ambiente, a apropriação dos elementos da natureza pelo homem e as agressões provocadas, as quais têm sido motivo de preocupação das pessoas comprometidas com o desenvolvimento, mas também com a conservação e a preservação desses elementos. Essas questões devem perpassar os conteúdos trabalhados nos diferentes cursos de graduação, como exemplo, o de Tecnologia em Mecatrônica Industrial. Para demonstrar a teoria que fundamentou as questões colocadas, foi utilizada a metodologia do desenvolvimento de um protótipo, um experimento prático de manufatura para o aquecimento e reaproveitamento da água, com uso da eletrônica por Microcontrolador. O protótipo objetiva a parte de reaproveitamento da água após sua utilização no banho doméstico, em que a água é purificada para reutilização não potável. Toda essa manufatura de aquecimento e reaproveitamento da água tem como relevância a Mecatrônica, auxiliando todo o caminho percorrido e o controle de nível.
Palavras-chave: Água. Aquecimento Solar. Tecnologia. Sustentabilidade.
1 Alunos do curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial – FATEC-Garça
2 Docente da Faculdade de Tecnologia de Garça - FATEC
1 INTRODUÇÃO
O Planeta Terra está passando por vários problemas, entre eles as agressões
aos elementos da natureza, em foco, o uso irracional da água e da energia elétrica,
os quais causam grandes desperdícios. A necessidade em reduzir o uso de energia
elétrica contribui com a sustentabilidade, minimizando os desperdícios de energia
elétrica e o reaproveitamento da água.
O uso indiscriminado de energia e a falta de reaproveitamento da água
utilizada para o banho formam a base da pesquisa. Normalmente a água vai direto
para o esgoto e finalmente para os rios, sem tratamento.
Neste estudo será analisado o aquecimento da água por meio do aquecedor
solar de baixo custo, e pôr fim, a sua purificação para ser novamente utilizada, com
o objetivo de trazer resultados para a economia, sendo um comparativo com os
aquecedores solares comerciais, a fim de apresentar uma manufatura completa com
vantagens de instalação e ao meio ambiente.
O artigo foi elaborado para atender às necessidades nas residências, por
meio de um aquecedor solar, pois como o uso do chuveiro é constante, o consumo
de energia é muito alto e para melhorar a situação se faz necessário encontrar
caminhos que contribuam para a sustentabilidade do Planeta e qualidade de vida
das pessoas.
As tecnologias utilizadas na mecatrônica objetivam contribuir na facilitação do
manejo do processo, desde a saída da água da caixa, até o reservatório de
reutilização.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O problema causado aos recursos naturais é a apropriação desordenada,
portanto, o mau uso. A água um bem natural disposto em algumas regiões do
Planeta e ausente em outras sofre hoje um grande desperdício com o uso
indiscriminado, pela ação antrópica.
O Brasil por ser um país tropical e dispor de muito sol, praticamente todo o
ano, e de uma rica diversidade dos demais elementos, torna-se viável o investimento
na recuperação e preservação dos elementos da natureza. O Sol é uma fonte
energética limpa, não polui o meio-ambiente, cabendo às pessoas explorá-la
racionalmente.
Segundo Pereira (2006), todo território brasileiro recebe em torno de 2200
horas de insolação/ano, com um potencial para captação de energia equivalente a
15 trilhões MW/h, correspondente a 50 mil vezes o consumo nacional de
eletricidade, publicado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Em 2004, o consumo de energia elétrica no setor residencial foi de 78,5 TWh,
atendendo cerca de 46,8 milhões de consumidores. O setor residencial responde por
24 % do consumo total de energia elétrica no país e, dentro deste setor, são 26% do
consumo total atribuído ao aquecimento de água. Mesmo com números
exorbitantes, a maioria da população brasileira ainda utiliza chuveiro elétrico,
implicando em consumo absurdo de energia elétrica, até com a má instalação do
equipamento (Plano Nacional de Energia 2030, 2007).
A tecnologia utilizada para o aquecimento da água é a termosolar, a qual
minimiza danos ambientais, diferente das fontes convencionais de energia. O
aquecimento solar começou a ser desenvolvido comercialmente no Brasil na década
de 1970, mas foi nos anos 90 que a taxa de consumo se elevou, devido à
implantação do Programa Brasileiro de Etiquetagem – PBE (SIQUEIRA, 2009).
A economia de água e de energia elétrica é de grande relevância para o
Planeta, porque o grande problema hoje é a falta de água e o consumo muito alto de
energia elétrica. O reaproveitamento da água traz ao meio ambiente equilíbrio, com
o comprometimento dos que o utilizam racionalmente.
Bélico e Camargo (2006) relatam que a energia elétrica apresenta maior
impacto ao meio ambiente, tornando-se assim um grande desafio para quem quer
economizá-la. Relatam ainda que o acesso à energia elétrica é um requisito básico
de cidadania, sem o qual o individuo fica marginalizado, do que se entende por
desenvolvimento. Complementam que levar eletricidade para aproximadamente dois
bilhões de pessoas, as quais ainda não têm acesso a ela, torna-se um dos maiores
desafios globais do século XXI. Para as residências, a substituição do chuveiro
elétrico, seria útil, apesar de em dias nublados, diminuir a insolação, mas ainda é um
investimento gratificante.
As questões colocadas refletem a busca pela sustentabilidade, que vem se
colocando de forma sistemática. Com o seu desenvolvimento, algumas pessoas têm
a conscientização de sua relevância, de forma que é uma mudança que possibilita
melhores condições de vida para todos.
Um aquecedor solar será uma possibilidade, podendo proporcionar economia
de energia elétrica, mas ainda possui um preço alto, inclusive a instalação. Na
maioria das vezes, a condição financeira de muitas pessoas não permite o consumo
de energia elétrica e nem ainda um aquecedor solar comercial.
A utilização residencial e a reutilização tem como fundamento para
sustentabilidade, reaproveitar o que já foi utilizado, pois a água após o banho é
totalmente inutilizável até que vá para o sistema de tratamento da companhia
responsável, mas para isso o consumidor paga por toda água que é direcionada ao
esgoto, por isso, nada melhor do que a reutilização desta água, mesmo que não seja
potável, para consumo próprio, e sim para necessidades físicas, como lavagem de
carros, calçadas, plantas, de roupas, propiciando uma grande economia para o
consumidor e para o meio ambiente.
3 METODOLOGIA DO PROTÓTIPO
A pesquisa está fundamentada teoricamente pela revisão bibliográfica, com o
acesso às leituras pertinentes ao tema. Como metodologia, utilizou-se o protótipo,
um experimento que se constitui da parte prática.
O projeto tem como primeira etapa, o armazenamento da água em uma caixa
d’água comum, com duas opções de evacuação.
A primeira opção é a água ir diretamente ao chuveiro. A segunda opção de
evacuação da água é com o auxilio de uma bomba d’água, onde ela é direcionada
ao aquecimento solar, por meio de uma placa elaborada com mangueira de 5.72 mm
de diâmetro, fixada em uma base escura, onde a mangueira também é escura para
que haja uma captação de insolação eficiente. Após a água passar por este
processo, ela será armazenada em um recipiente térmico onde a temperatura se
mantém.
No recipiente térmico, existe um sensor de nível, com a função de identificar
se o nível da água está baixo mandando informação para ligar a bomba.
Depois da utilização da água no banho, a água vai para um recipiente para
reutilização, onde sofre uma filtração por efeito da natureza que seria a evaporação
em um raso recipiente, com duas coberturas a 45 graus para que haja o
deslocamento da água limpa para suas canaletas que a encaminha para um
reservatório, tornando então esta água reutilizável. A imagem do protótipo será
especificada na figura 01:
Figura 01 - Protótipo
Fonte: Os autores (2014).
3.1 Controle de nível
O protótipo apresenta uma placa eletrônica elaborada manualmente para o
circuito do controle de nível da caixa térmica.
O PIC16F628A controla uma bomba através do sensor de nível, representado
fisicamente no protótipo como uma chave, presente na caixa térmica e o segundo
sensor de nível que está presente no reservatório de água para a reutilização, ativa
um indicador luminoso para identificar que o reservatório de água para a reutilização
se está cheio ao ponto de utilizar. É um simples comando utilizando circuitos
auxiliares a fins de não prejudicar o microcontrolador, pois não se deve introduzir
uma bomba d’água de 12 V diretos em uma saída do PIC.
Como se pode perceber na figura 02, a saída RA3 é o principal comando do
protótipo, é onde o microcontrolador manda um sinal de nível um para o transistor
BC548, ativando o TIP125, fechando contato entre o positivo da bomba e o negativo
do circuito, tudo isso só acontece após pressionar o botão em RA2, onde o PIC
entende como nível zero, já a saída para o Led só é acionada após a chave
identificar o nível um da chave. A placa foi elaborada no programa Protheus, e para
teste foi executada no protoboard.
Figura 02 – Circuito eletrônico para controle do microcontrolador
Fonte: Os autores (2014).
A lista de componentes e materiais utilizados relacionados aos preços será
especificada na tabela 01.
Tabela 01 – Componentes e materiais
Material utilizado Preço
Microcontrolador R$12,00
Bomba d’água 12V R$12,00
Resistores R$1,20
Transistores R$4,20
Cristal R$2,26
Led R$3,00
Capacitores R$0,50
Placa de cobre R$4,00
Tinta spray preto R$11,90
Recipientes Plásticos R$9,00
Madeira MDF R$25,00
Mangueira de Borracha R$4,00
Pregos R$9,90
Total R$98,96
Fonte: Os autores (2014).
3.2 Programação
Para o funcionamento correto do Microcontrolador é necessário fazer o
download da programação no PIC16F628A, com a configuração exata, programação
especificada, de acordo com sua elaboração no programa DEV C++:
// Acionamento de uma Bomba d'água, controlado pelo estado de um Sensor representado por uma
chave
//============================================================================
// PIC 16F628A 4MHz
#include <htc.h>
__CONFIG(HS & WDTDIS & LVPDIS); // configuração em assembly devido a pesquisa aprofundada
ao artigo
// declarações de constantes
#define TRUE 1 // verdadeiro
#define PINO_BOMB RA3 // bomba
#define S_PINO_BOMB TRISA3
#define CHV1 RA2 // chave da bomba
#define E_CHV1 TRISA2
#define PINO_LED RA0 // pino do led
#define S_PINO_LED TRISA0
#define CHV2 RA1 // chave do led
#define E_CHV2 TRISA1 // Bit quatro do registrador A, dois deve ser definido como entrada e dois
como saída
void interrupt trata_interrupcao (void)
{
; // nao faz nada - esta rotina esta aqui apenas para evitar que o compilador HI-TECH aloque o
codigo-objeto no fim da memoria
}
// principal do programa
void main (void)
{
S_PINO_BOMB = 0; // configura pino 4 do Reg. A como saída
E_CHV1 = 1; // configura pino 3 do Reg. A como entrada
S_PINO_LED = 0; // configura pino zero do Reg. A como saída
E_CHV2 = 1; // configura pino 2 do Reg. A como entrada
while (TRUE) // fica em loop infinito
{
if (CHV1 == 0)
{
PINO_BOMB = !PINO_BOMB; // inverte o estado.
}
if (CHV2 == 1)
{
PINO_LED = !PINO_LED; // inverte o estado.
}
3.2.1 PIC 16F628A
Microcontrolador PIC 16F628A tem como função o controle dos sensores e da
bomba, presentes no protótipo, com todas suas características, pois o protótipo
necessita de um microcontrolador de baixo custo, para que não agregue um alto
valor no projeto em geral, pois o controle de todo sistema do protótipo é executado
apenas pelo microcontrolador para que a função seja autônoma, que seria o controle
do nível da caixa térmica do protótipo.
As características são de linguagem Assembly para a programação do
Microcontrolador. Suas interrupções são a base para o funcionamento pratico,
servindo para interromper o programa imediatamente. Para a obtenção de atitudes
instantâneas, estas interrupções são geradas diretamente pelo hardware, resultando
em rapidez e acessibilidade em qualquer ponto do sistema. Desta forma, na
ocorrência de uma interrupção, o protótipo executa a função programada, podendo
continuar ou retornar ao início da função, conforme figura 03.
Figura 03 – Microcontrolador PIC16F628A
Fonte: Os Autores (2014)
3.2.2 Interrupções presentes no PIC
Algumas interrupções presentes no microcontrolador são acionadas no
programa pelos seguintes caracteres:
Interrupção de TIMERS (3): são contadores internos em que a interrupção
acontece sempre que TMR0 (timer 0) que é um contador de 8 bits e TMR1 (timer 1)
que é de 16 bits, estouram. Possui também o TMR2 (timer 2) um contador de 8 bits,
sua interrupção não acontece quando ele estoura mas sim na utilização de
contagem de tempo.
Interrupção externa: essa interrupção é gerada pelo sinal externo ligado a
uma porta especificado PIC a porta RB0 (especificada detalhadamente no próximo
capitulo), se a porta a porta estiver configurada como entrada.
Interrupção por mudança de estado: a interrupção anterior funciona apenas
na borda de subida ou borda de descida que é quando o sinal lógico aumenta ou
diminui já na interrupção por mudança de estado acontece em ambos os casos.
Interrupção de fim na escrita na EEPROM: alguns PICs possuem uma
memória EEPROM interna e essa interrupção serve para detectarmos o final de uma
rotina de escrita nessa memória.
Interrupção de comparador: o PIC 16F628A possui dois comparadores
internos, eles podem ser utilizados de uma forma independente do programa (com
acesso aos pinos, como se fossem comparadores externos).
Interrupção de CCP: este módulo CCP (capture, compare e PWM) também
possui uma interrupção associada a ele para informar ao programa uma das duas
situações possíveis, sendo fim da captura (capture) ou fim da comparação
(compare).
Sempre que uma interrupção acontece, o programa armazena o endereço da
próxima linha a ser executada e desvia a execução do programa para um endereço
fixo da memória de programação. Estas interrupções apresentadas são necessárias
ao programador antes de utilizar o PIC.
3.2.3 Hardware do PIC 16F628A
O PIC 16F628A é um microcontrolador, composto de 18 pinos, que facilita na
montagem de hardwares, escolhido por ser compacto e demonstrar a eficiência num
baixo custo. Possui somente 35 instruções no seu microcódigo, sinal de clock de
frequência ate 20mhz, memória de programa do tipo flash, 224 bytes de memória
EEPROM para dados, instruções de 14bits com 200ns de tempo de execução,
dados de 8 bits por endereço de memória, 15 registradores especiais e 16 pinos, os
quais podem ser configurados como entrada e saída.
O PIC16F628A possui um total de 16 I/Os, separados em dois grupos,
denominados PORT, tendo PORTA e a PORTB, termos provenientes do inglês, que
significa PORT de porta e a letra de acompanhamento A. São oito pinos na PORTA
com seus nomes definidos de RA0, RA1, RA2, RA3, RA4, RA5, RA6 E RA7, e os
mesmos para PORTB que são RB0, RB1, RB2, RB3, RB4, RB5, RB6 e RB7.
Para o funcionamento do microcontrolador é necessário a sua alimentação,
sendo os pinos Vss (GND) e Vdd (+5Vcc). A tensão de alimentação nominal dos
PICs é de 5Vcc, mas o ranger de variação dessa tensão depende do modelo
estruturado. No caso do PIC 16F628A, ela vai de 2.0 a 5.5Vcc, conforme figura 04.
(SOUZA, 2008).
Figura 04 – Pinos do PIC16F628A
Fonte: Data Sheet (2009)
Como foi especificado anteriormente, as portas definidas por PORTA com os
pinos de RA0 a RA7 e PORTB que vai de RB0 a RB7. As flechas na figura 03
indicam quais pinos são entradas e quais pinos são saídas. O pino de RA5 serve
para o MCLR externo que tem a função de reset, refere-se ao Master Clear externo,
e sempre que for colocado em nível alto (+5V), a execução do programa retorna ao
inicio.
Os osciladores externos devem ser ligados aos pinos OSC1 e OSC. O
modelo que será usado no protótipo possui dois osciladores internos (37KHz e
4MHz) selecionados por software, e capacidade para operar com vários tipos de
osciladores externos. Tendo assim OSC1 como entrada para cristal externo e OSC2
para saída de cristal externo.
O pino RB3 é utilizado no módulo de CCP, para saída do PWM, e o pino RB6
pode ser utilizado para incremento do TMR1 e, juntamente com o RB7, para a
programação do Microcontrolador.
3.2.4 Características elétricas
Segundo Souza (2008) as características elétricas se constituem:
Temperatura de trabalho: -40c até +125c
Temperatura de armazenamento: -65c até +150c
Tensão de trabalho: 0.3v a +5.5v
Voltagem máxima de no pino vdd (em relação ao Vss ): -0.3 até +6.5 V
Voltagem máxima no pino MCLR (em relação ao Vss): -0.3 até +14V
Voltagem máxima nos demais pinos (em relação ao Vss): -0.3 até (Vdd +0.3V)
Dissipação máxima no pino de energia: 800mW
Corrente máxima de saída no pino Vss: 300mA
Corrente máxima de entrada no pino Vdd: 250mA
Corrente máxima de entrada de um pino (quando em Vss): 25mA
Corrente máxima de saída de um pino (quando em Vdd): 25mA
Corrente máxima de entrada em PORTA +PORTB: 200Ma
Corrente de saída em PORTA +PORTB: 200mA.
3.2.5 PORTAS
TRIS:
Esses registradores servem para configurar os pinos das portas como
entrada ou saída. Quando é colocado “1” em um bit do TRIS, o pino relacionado a
ele é configurado como entrada. Para configurar o pino como saída, deve-se
escrever “0” no bit relacionado. Uma maneira pratica para memorizar essa regra é
associar o “1” ao “1” de input (entrada), e o “0” ao “0” de output (saída). Para
configurar o PORTA, deve ser utilizado o TRISA, e para configurar o PORTB, deve
ser utilizado o TRISB.
PORTS:
O PIC16F628A possui duas portas, sendo PORTA e PORT. O estado dessas
portas é acessado diretamente em duas posições distintas da memória. Quando um
pino dessas portas é configurado como entrada, ao lermos o seu bit relacionado,
encontramos diretamente o nível lógico aplicado a esse pino.
3.2.6 Contadores
TIMER 0:
Na linguagem TIMER O, o TRM0 é um contador de 8 bits que pode ser
associado diretamente na memória tanto para a leitura quanto para a escrita. A
diferença entre ele e os demais registradores é seu incremento é automático e pode
ser feito pelo clock da máquina ou por um sinal externo. O estouro desse controlador
pode gerar uma interrupção.
TIMER 1:
O TMR1, por sua vez, é um controlador de 16 bits que também pode ser
acessado diretamente na memória tanto para a leitura quanto para a escrita. No
entanto, devido ao seu tamanho, esse registrador é armazenado em dois endereços,
sendo TMR1 (parte alta) e TMR 1L (parte baixa). Além disso, o registrador T1CON é
o responsável pelas diversas configurações relacionadas ao timer 1, como:
habilitação, prescaler, oscilador externo próprio, origem do incremento (interno ou
externo) e sincronismo de incremento.
TIMER 2:
O TMR2 é outro contador de 8 bits que também pode ser acessado
diretamente na memória tanto para a leitura quanto para a escrita. Além disso, o
registrador T2CONé responsável pelas diversas configurações relacionadas do
timer, tais como habilitação, prescaler e protscaler. Para gerar uma interrupção, o
valor desse contador é comparado ao valor especificado em outro registrador, o
PR2, em vez de esperar o estouro dele.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a funcionalidade do experimento, chegou-se à conclusão de custos e
economia gerados pela adaptação do projeto aqui apresentado, defendendo o
conceito do protótipo de baixo custo. O protótipo é de tamanho significativo menor
para a demonstração de economia em uma residência com no mínimo duas
pessoas, estipulando-se que em uma residência desse porte, em um banho ideal de
15 minutos por pessoa, são 30 minutos/dia, pois de acordo com a Sabesp (2010),
em um banho de 15 minutos são consumidos 135 litros de água.
Em um chuveiro que consome 4.600W, que é a média do Brasil, consumido
nas regiões de clima médio a quente, como a regiões Nordeste e Centro-Oeste
(INMETRO, 2014).
Na região Nordeste o preço do Kwh está na base de R$ 0,35, e na região
Centro-Oeste de R$ 0,37 sem os tributos que acompanham sua conta de luz, como
as taxas de ICMS, Taxa de Iluminação Pública e Encargo de Capacidade
Emergencial (ANEEL, 2014)
O cálculo da média entre as duas regiões propostas:
Região nordeste R$ 0,35
Região Centro-Oeste R$ 0,37
Media= R$ 0,35 + R$ 0,37 = 0,72/2 = R$0,36
A média encontrada para o preço do Kwh é de R$ 0,36 entre as duas regiões.
Após encontrar estes valores pode-se calcular o consumo médio de energia elétrica
entre estas regiões que foram citadas por ser um intermediário em relação a toda
região brasileira.
Um chuveiro de 4.600W, e o banho de 30 minutos e para o cálculo utilizou-se
o valor de 0,5, num total de 30 dias, terá então a seguinte situação:
Consumo mensal= Potencia x tempo
Comensal= 4,6W x (0,5 x 30) = 69 kwh no mês
Constatou-se que em um mês há um consumo de 69 kwh, só com um banho
de 30 minutos. Com o custo médio de 1kwh obtêm-se os seguintes resultados:
Economia mensal= comensal x kwh
Economia mensal= 69 x 0,36 = R$24,84
Encontrado o seguinte valor de R$24,84 pode-se chegar à conclusão de que
a implantação do projeto de aquecimento solar terá uma economia na residência
suposta para a tese de R$24,84/mês, porém, depois de acrescido o valor da taxa
25% de ICMS tem-se então:
ICMS= 24,84 / 0,75 = R$33,12
Tem-se então uma redução na conta de luz de R$33,12 num total de 30 dias
de consumo com o banho de duas pessoas em 15 minutos cada. Para a instalação
real em uma residência, é estipulado o preço da instalação devido ao custo dos
materiais, que foi de R$98,96 como o valor de uma bomba d’água de um tamanho
maior é o triplo do valor desta proposta no protótipo, o preço da instalação é o triplo
de R$98,96:
Custo instalação = 98,96x3 = R$296,88
Custo instalação = R$296,88/9 = R$32,98 em nove meses.
Dividindo em nove meses, o valor da instalação é o preço da redução nos
custos de energia mensal com o resultado final de R$32,98, após os nove meses
tem o inicio da economia no valor da conta de água.
Conclui-se também que, a vantagem e a contribuição do protótipo para a
pesquisa, e a exatidão do funcionamento mostram como seria em uma residência, e
como a vantagem dos custos é positiva, tornando viável a tecnologia residencial. E
com reutilização da água que foi uma implantação para o não desperdício da água
utilizada no banho, foi uma demonstração da funcionalidade da filtração por
evaporação que foi o intuito de demonstrar, sem um estudo focado diretamente
neste ponto.
REFERENCIAS
ANEEL, Agencia Nacional De Energia Elétrica. Tarifas da classe de consumo residencial de uma concessionária, 2014. Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/tarifaAplicada/index.cfm?fuseaction= tarifaAplicada.mostrarFrmValorOrdenado&tipoOrdenacao=valor&ordenacao=desc&ativaMenu=1>. Acesso em: 13 jun. 2014.
SABESP, Saneamento Básico do Estado de São Paulo. Uso racional da água, 2010. Disponível em: <http://www.sabesp.com.br/CalandraWeb/CalandraRedirect/?temp=2&temp2=3&proj=sabesp&pub=T&nome=Uso_Racional_Agua_Generico&db&docid=DAE20C6250A162698325711B00508A40>. Acesso em: 13 jun. 2014.
SOUZA, David José. Desbravando o PIC, O PIC16F628A. São Paulo: Érika, 2008.
INMETRO. Consumo de energia elétrica, 2014. Disponível em: <http://www.inmetro.gov.br/consumidor/pbe/chuveiro.pdf>. Acesso em: 6 jun. de 2014.
MICROCHIP. Microcontrollers with nano watt technology, 2009.
MME, Ministério de Minas e Energia. Plano nacional de energia 2030, Brasília DF, 2007.
PEREIRA, Enio Bueno. Atlas Brasileiro de Energia Solar, Dados de irradiação solar, São José dos Campos: Swera, 2006. RODRIGUES, Délcio; MATAJS, Roberto. Um banho de sol para o Brasil. O que os aquecedores solares podem fazer pelo meio ambiente e a sociedade. São Lourenço da Serra: Vitae Civilis, 2004.
SIQUEIRA, Débora Abrahão. Programa brasileiro de etiquetagem segundo a publicação. Estudo de desempenho do aquecedor solar. Uberlândia, 2009.
SOUZA, Lineu Belico Reis. CUNHA, Eldes Camargo Neves. Energia elétrica e sustentabilidade. Aspectos tecnológicos, socioambientais e legais. Barueri/SP: Manole, 2006.