Andando - estudosdabiblia.net que isso significa ... O Proceder dos Peregrinos A o m esmo t empo que...

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Andando na Verdade 3 João 4 Santificados no proceder e no pensamento ... 1 ì A Serviço do Rei A consciência ................. 4 O santuário eterno ............. 5 O campo de batalha do coração ... 6 “Deus quer que eu seja feliz” ...... 7 í A Família Deus odeia o divórcio .......... 10 O destruidor de lares ........... 11 Os deveres da esposa .......... 12 î Na Casa de Deus Adoração aceitável .................................. 15 Jesus usou métodos carnais para atrair as multidões? ........ 16 ï Escrito para o Nosso Ensino Pedindo demais desta vida ............................. 18 “Se os pecadores querem seduzir-te” ..................... 19 ð O Poder de Deus para a Salvação Jesus Cristo é Superior! .............................. 21 Alguém se interessa por você ........................... 24 O pastor e suas ovelhas ............................... 26 Vislumbre da vida além .............................. 28 A necessidade do batismo nas águas ..................... 29 Serpentes e pombas ................................. 30 Palavras cruzadas: Os primeiros seis selos ................. 32 Apocalipse 4-5 (Palavras cruzadas: respostas) .............. 33 æ Desafios e Dúvidas Deus entregou tais homens ............................ 34 As crenças básicas do Islã ............................. 36 Como alcançar outros com o evangelho? ................. 39 Veja más notícias como boas notícias .................... 41 Armagedom ....................................... 43 O que isso significa? ................................. 45 “Buscai e achareis” .................................. 47 Distribuição Gratuita Venda Proibida Ano 6 • Número 4 Outubro - Dezembro 2004 O que está pensando? O comportamento digno de pessoas santificadas começa nos pensamentos voltados a Deus. Para fazer as coisas certas, precisamos pensar nas coisas puras, justas e boas. A consciência treinada pela palavra de Deus é de grande valor na batalha contra o pecado. Não devemos negligenciar este presente que Deus nos deu para a nossa própria proteção. Estamos em guerra. O diabo quer nos vencer, mas Deus quer nos salvar. Ambos lutam para dominar os nossos pensamentos, e nós decidimos quem vai vencer. Se o diabo vencer a batalha pelo nosso coração, nós perderemos terrivelmente. Se permitirmos que Deus domine os nossos corações, seremos vencedores eternos! Nas páginas que seguem nesta revista, você será desafiado a compreender e aceitar a vontade de Deus. Aceite o desafio. Procure pensar e andar na verdade. Andando na Verdade é publicada trimestralmente e distribuída gratuita- mente a pessoas interessadas no estudo da palavra de Deus. Alguns dos artigos foram traduzidos por Arthur Nogueira Campos, Heather Allan da Silva e Megan Allan e usados com permissão de seus autores e redatores. Os autores retêm os direitos ao próprio trabalho. Redator: Dennis Allan, C.P. 60804, São Paulo, SP, 05786-970. E-mail: [email protected] Estudos Bíblicos na Internet: www.estudosdabiblia.net

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Andandona

Verdade3 João 4

Santificados no proceder e no pensamento . . . 1

ì A Serviço do ReiA consciência . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

O santuário eterno . . . . . . . . . . . . . 5

O campo de batalha do coração . . . 6

“Deus quer que eu seja feliz” . . . . . . 7

í A FamíliaDeus odeia o divórcio . . . . . . . . . . 10

O destruidor de lares . . . . . . . . . . . 11

Os deveres da esposa . . . . . . . . . . 12

î Na Casa de DeusAdoração aceitável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

Jesus usou métodos carnais para atrair as multidões? . . . . . . . . 16

ï Escrito para o Nosso EnsinoPedindo demais desta vida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

“Se os pecadores querem seduzir-te” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

ð O Poder de Deus para a SalvaçãoJesus Cristo é Superior! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

Alguém se interessa por você . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

O pastor e suas ovelhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

Vislumbre da vida além . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

A necessidade do batismo nas águas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

Serpentes e pombas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

Palavras cruzadas: Os primeiros seis selos . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

Apocalipse 4-5 (Palavras cruzadas: respostas) . . . . . . . . . . . . . . 33

ñ Desafios e DúvidasDeus entregou tais homens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

As crenças básicas do Islã . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

Como alcançar outros com o evangelho? . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

Veja más notícias como boas notícias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41

Armagedom . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

O que isso significa? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45

“Buscai e achareis” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47

Distribuição Gratuita — Venda Proibida

Ano 6 • Número 4 Outubro - Dezembro 2004

O que está pensando?O comportamento digno de pessoas santificadas começa

nos pensamentos voltados a Deus. Para fazer as coisas

certas, precisamos pensar nas coisas puras, justas e boas.

A consciência treinada pela palavra de Deus é de grande

valor na batalha contra o pecado. Não devemos

negligenciar este presente que Deus nos deu para a nossa

própria proteção.

Estamos em guerra. O diabo quer nos vencer, mas Deus

quer nos salvar. Ambos lutam para dominar os nossos

pensamentos, e nós decidimos quem vai vencer. Se o diabo

vencer a batalha pelo nosso coração, nós perderemos

terrivelmente. Se permitirmos que Deus domine os nossos

corações, seremos vencedores eternos!

Nas páginas que seguem

nesta revista, você será

desafiado a compreender

e aceitar a vontade de

Deus. Aceite o desafio.

Procure pensar e andar na

verdade.

Andando na Verdade é publicada

trimestralmente e distribuída gratuita-

mente a pessoas interessadas no

estudo da palavra de Deus. Alguns

dos artigos foram traduzidos por

Arthur Nogueira Campos, Heather

Allan da Silva e Megan Allan e usados

com permissão de seus autores e

redatores. Os autores retêm os

direitos ao próprio trabalho.

Redator: Dennis Allan, C.P. 60804,

São Paulo, SP, 05786-970.

E-mail: [email protected]

Estudos Bíblicos na Internet:www.estudosdabiblia.net

Andando na Verdade 1

Santificados no Proceder e no Pensamento

Acensura mais forte dirigida por Jesus aos religiosos de

sua época os acusava de serem hipócritas.

Apresentaram uma fachada de religiosidade, mas eram,

por dentro, corruptos e podres (leia Mateus 23). É lamentável a falta de santidade

evidente nos dias de hoje, mesmo entre aqueles que se consideram cristãos,

servos do Senhor. É possível uma pessoa, ou até uma igreja, estar

doutrinariamente corretíssima e ainda não demonstrar a santidade que Deus

pede. Podemos abordar a questão da santificação de praticamente todos os

livros da Bíblia. Um livro que apresenta um ensinamento muito prático é a

primeira carta de Pedro. Este livro mostra a ligação fundamental entre a nossa

comunhão com Deus santo e a nossa própria santificação.

A Santificação no Proceder

Oprincípio é bem explicado no primeiro capítulo: “Como filhos da

obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis

anteriormente na vossa ignorânica; pelo contrário, segundo é

santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos

em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos,

porque eu sou santo” (1:14-16).

O Proceder dos Peregrinos

Ao mesmo tempo que Pedro nos chama à santificação, ele trata da realidade

da nossa existência terrestre. Vivemos no meio de uma sociedade perversa

e corrupta. Como manter a santidade neste ambiente? A resposta de Pedro

envolve a nossa perspectiva e auto-imagem. O padrão pelo qual medimos e

decidimos o nosso comportamento não deve ser a sociedade ou a cultura

humana. Usando a situação de pessoas deslocadas dos seus lares (1:1), ele

desenvolve o tema do comportamento de forasteiros e peregrinos aqui na terra.

Estamos aqui de passagem, como estrangeiros

residentes em outro país que não são cidadãos

dele. Em termos práticos, ele diz: “Amados,

exorto-vos, como peregrinos e forasteiros

que sois, a vos absterdes das paixões

carnais, que fazem guerra contra a alma”

Todas as citações nesteartigo que não incluemo nome do livro são de1 Pedro.

2 2004:4

(2:11). Moramos aqui, mas não devemos ser guiados ou controlados pelos

costumes mundanos. Como herdeiros de Deus e “povo de propriedade

exclusiva de Deus” (2:9). Outros textos reforçam os mesmos fatos. Paulo disse

que a nossa pátria está nos céus (Filipenses 3:20), e Jesus disse que seus

discípulos estão no mundo, mas não são do mundo (João 17:14-18).

Sabendo que somos cidadãos de outro país com um Rei muito superior a

quaisquer governantes humanos, seria fácil para os cristãos se acharem acima

dos outros homens e isentos de regras humanas. Uma boa parte do livro de 1

Pedro combate tais noções, mostrando a importância de procedimento e

pensamento dignos de santos. Considere alguns pontos importantes:

! Temos o exemplo de Cristo e de seu procedimento neste mundo (2:21-25).

! Devemos demonstrar a submissão em vários relacionamentos humanos:

• Todos em relação às autoridades do governo (2:13-17; cf. Romanos 13:1-

7).

• Servos em relação ao seu senhor, mesmo se ele for cruel (2:18-20).

• Mulheres em relação ao seu marido, mesmo quando ele for descrente

(3:1-6).

• Homens em relação às necessidades de sua mulher (3:7).

• Todos em relação aos seus irmãos (3:8-9; 4:8-10; 1:22).

! Devemos demonstrar a pureza (4:1-3). Os cristãos simplesmente não

participam da imundícia que domina as vidas de muitos descrentes.

! Devemos nos comportar com humildade (5:5-7). O verdadeiro caminho à

exaltação não é pela auto-exaltação, e sim, pelo serviço humilde.

! Devemos resistir ao diabo (5:8-9). A batalha não é fácil, mas os fiéis e

perseverantes têm a garantia da vitória final.

Procedimento Puro Exige Pensamento Puro

Anossa santificação exige a determinação de fazer o que é certo,

independente das influências negativas que nos cercam (4:1). Há um

vínculo óbvio entre o pensamento e o procedimento. No mundo, as pessoas

fazem a vontade dos seus próprios pensamentos carnais e egoístas (Efésios 2:3).

O pecado e a maldade procedem de um coração corrupto e podre (Mateus

15:19). Não é assim que devemos agir. Pessoas santificadas tomam a decisão

de mudar os seus pensamentos (Efésios 4:17). Apesar da ênfase sensual,

Andando na Verdade 3

material e terrestre da maioria das pessoas – até de muitos religiosos – nós

precisamos olhar para cima e pensar nas coisas lá do alto (Colossenses 3:1-6).

É lamentável observar a ênfase terrestre e mundana de muitos dos apelos feitos

hoje, usando o nome do Senhor. Jesus Cristo não é uma máquina de vendas

que recebe uma ficha (oração) e entrega um pedido (bênção material). Ele é o

Senhor santo e puro, e ele nos chama a olharmos para os céus para sermos um

povo santificado.

Três versículos bíblicos são especialmente úteis na nossa busca de santidade no

pensamento e, conseqüentemente, no procedimento. Reflita bem nestas

mensagens:

ì “Lava o teu coração da malícia, ó Jerusalém, para que sejas salva!

Até quando hospedarás contigo os maus pensamentos?” (Jeremias 4:14).

Para se livrar da malícia e alcançar a salvação, é imprescindível uma limpeza do

coração, tirando toda a maldade. A figura de hospedar os maus pensamentos

bem ilustra o problema que precisamos resolver. Quando deixamos um quarto

no coração vazio e preparado para a permanência dos maus pensamentos,

nunca ficaremos livres da maldade. Precisamos fazer uma limpeza total!

í Paulo explicou que a batalha do cristão é espiritual, e não carnal. O propósito

dela é levar “cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Coríntios

10:5). O maior desafio do discipulado é aprender pensar como Deus,

submetendo todos os nossos pensamentos à vontade dele. Não é um exercício

de raciocínio onde procuramos compreender e analisar os propósitos e as razões

de Deus para aceitar e obedecer o que faz sentido para nós. É um exercício de

vontade onde submetemos a nossa vontade à dele em absolutamente tudo.

î “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo

o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é

puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama,

se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja

isso o que ocupe o vosso pensamento” (Filipenses 4:8).

Este versículo não descreve a maioria das cenas nas novelas

que passam na televisão. Muitas coisas na Internet não se

encaixam aqui. O conteúdo de muitas músicas, revistas e

conversas do dia-a-dia não passa neste teste. O que deve ocupar o nosso

pensamento são as coisas boas que demonstram a grandeza e a santidade do

Senhor.

Quer ser santificado? Lave o coração e pense nas coisas boas que vêm do alto!

–Dennis Allan

São Paulo, SP

4 2004:4

A consciênciaA

consciência revela o que cada homem acredita que “deve” ser (Atos 23:1,24;

24:16; 26:9-11). É indicativo de seu sentimento interno sobre o moral correto,

do ideal nobre pelo qual sente que deve lutar. É o seu estímulo em direção à

sua concepção de alturas morais, e seus freios contra fazer o que acredita ser

errado. A consciência não é o padrão final da verdade, porque isso deve vir de

Deus através da revelação; mas a consciência para Deus diz a atitude do indivíduo

em relação a Deus. É por isso que o homem tem que fazer o que ele

verdadeiramente acredita que Deus quer que ele faça (Romanos 14).

Enquanto alguém tenta fazer o que acredita que Deus quer que faça, ì ele pode

ter um conceito errôneo do que Deus deseja (que era o caso de Saulo, ao

perseguir os cristãos), ou í ele pode, por causa da fraqueza da carne, agir de

modo contrário às suas intenções boas (Romanos 7:22 em diante). Neste caso,

ele fica infeliz por causa de sua consciência – humilhado diante de Deus, e

reconhecedor da sua necessidade do perdão em Cristo. Somos todos criaturas

imperfeitas, e devemos, às vezes, sentir esta aflição.

Mas e aqueles que participam, aceitam e apóiam aquilo que é contrário à palavra

de Deus ou que não tem nenhuma autorização divina? Podem não saber que é

errado e podem estar agindo com boa consciência diante de Deus. Neste caso,

informações adicionais sobre a palavra de Deus seriam bem aceitas. Porque

querem verdadeiramente fazer sua vontade, abrirão sua Bíblias com alegria,

investigarão e mudarão sua conduta para encaixar-se na evidência. Desta

maneira eles mantêm uma boa consciência diante de Deus (1 Pedro 3:21).

Entretanto, infelizmente, nós devemos reconhecer que há aqueles que não têm

tal caráter nobre (Atos 17:11). Ficam irritados se sua prática for questionada.

Amam o elogio dos homens mais do que o elogio de Deus (João 12:42-43). Se

sua consciência para Deus continuar a funcionar, conduzem a uma vida infeliz,

lutando com si, oprimidos com os sentimentos de culpa. Indesejável – sim, mas

Î A Serviço do Rei Vivendo como Seguidores de CristoS !

Andando na Verdade 5

ainda há esperança enquanto a batalha acontece. Como é terrivelmente triste ver

alguém cuja consciência está cauterizada (1 Timóteo 4:2), e que pode rejeitar

Deus sem receio algum.–por Robert Turner

O santuário eterno“Então, ouvi uma voz do céu, dizendo: Escreve: Bem-aventurados os

mortos, que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para

que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham”

(Apocalipse 14:13)

No final de uma estrada, podemos ir a um lugar eterno de descanso

e beleza e força. A solitude e a segurança pelos quais ansiamos são

coisas que podem ser totalmente realizadas. O que é verdadeiro em tempo

será ainda mais verdadeiro na eternidade: “Há um lugar de descanso calmo,

próximo do coração de Deus” (Cleland B. McAfee). É para ser um lugar de

“santuário” no sentido mais verdadeiro da palavra.

Uma das pinturas de Dalhart Windberg se chama Santuário Eterno. Uma cópia

dessa pintura primeiro chamou a minha atenção no corredor do hospital onde

minha mãe estava morrendo. Puxou-me imediatamente para um mundo que era

forte e sereno. Mais tarde, uns amigos me deram uma cópia pequena para

pendurar na minha casa, e sempre tenho muita vontade de entrar na cena

mostrada. Quando estou cansado do mundo, consigo ouvir a queda d'água

distante de Windberg. Posso sentir o cheiro das árvores frescas que protegem o

rio e sentir o calor carinhoso do campo por debaixo dos meus pés. Um desejo

profundo pelo santuário se mexe dentro de mim.

Na literatura, acho que não há maior santuário que Imladris ou Rivendell, na obra

de J. R. R. Tolkien. No mundo imaginado da Terra Média, onde o bem e o mal

estão em guerra, Rivendell é o refúgio dos elfos num vale inclinado e escondido

passando por meio dos brégios abaixo das Montanhas Místicas. Rivendell se

comunica comigo porque eu sei que representa a realidade. Conecta-me a uma

verdade que é maior que a minha própria vida.

Não é inevitável, certamente, que eu chegarei no eterno santuário do lar de Deus.

Se chegar, será a conseqüência das escolhas certas a respeito de Deus que eu

estou fazendo agora. Eu sei que nem todas as estradas levam ao portão do céu.

Há apenas uma que leva, e coloco os meus pés neste caminho quando por fé eu

corajosamente me submeto àquilo que eu sei da verdade de Deus.

6 2004:4

Traga-nos, o Senhor Deus, no último despertar à casa e o portão do céu,

Para entrar por aquele portão e viver naquela casa,

Onde não haverá escuridão nem brilho forte, mas uma luz equilibrada

Nem barulho nem silêncio, mas uma música equilibrada;

Nem medos nem esperança, mas uma possessão equilibrada;

Nem fins nem inícios, mas uma eternidade equilibrada;

Nas habitações de sua majestade e sua glória, um mundo sem fim.

(John Donne)

–por Gary Henry

O campo de batalha do coração humano“Se procerderes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia,

procerderes mal, eis o pecado jaz a porta; o seu desejo será contra ti,

mas a ti cumpre dominá-lo” (Gênesis 4:7).

No antigo conflito entre o certo e o errado, são os próprios corações

que estão sendo arriscados. O tentador procura nos destruir nos

enganando e levando a nossa vontade para longe de Deus. E ao ponto que

deixamos os nossos corações virarem contra Deus, deixamos o mal ganhar mais

uma triste vitória. Temos nos tornado mais um nome na longa lista de vítimas de

Satanás.

Os nossos corações estão sendo atacados por todos os lados. Não há uma única

dimensão do nosso pensamento em que não somos desafiados pelo mal e

enfrentados com escolhas cruciais. No nosso intelecto, a escolha é entre a

verdade e o engano. Nos nossos carinhos, temos que decidir entre o amor e o

ódio. Na nossa vontade, as únicas alternativas são a nossa obediência a Deus ou

não. A não ser que determinamos não deixar acontecer, ter os pensamentos

errados, e até o coração errado, fará com que sejamos vencidos em cada uma

destas coisas e apagará todas as coisas boas para o qual fomos criados para

aproveitar.

Estas verdades nos deixam mais sérios, certamente. Temos uma necessidade

óbvia por humildade e vigilância em tudo que tem a ver com o nosso bem-estar

espiritual. Mas também é possível que tenhamos coragem e esperança.

Esforçando-se a fortalecer a coragem de seu jovem amigo Timóteo, Paulo

escreveu: “Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de

poder, de amor e de moderação” (2 Timóteo 1:7). Nós estamos enrolados

numa luta cósmica, mas o Criador deste cosmos é muito maior em força e

Andando na Verdade 7

sabedoria do que todas as forças do mal juntas. O Rei de direito reina de seu

trono!

Sejamos lembrados deste fato: o diabo tem o poder somente de nos tentar, não

o poder de nos obrigar. E Deus, que nos deu a liberdade de escolher, não irá nos

obrigar. Ao invés disto, honrando a nossa liberdade, ele nos exorta a resistir o

engano do diabo e segurar a verdade. Deus nos convida a encontrar nele aquilo

que é a vida real. O assunto básico é fácil de entender e perigoso de esquecer.

Moisés capturou-o nas suas palavras históricas a Israel: “Os céus e a terra

tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte,

a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua

descendência” (Deuteronômio 30:19).

O diabo luta com Deus, e o campo de batalha é o coração humano.

(Feodor Dostoevski)

–por Gary Henry

“Acho que Deus quer que eu seja feliz”

Ohomem foi embora, deixando para trás seu casamento e seus dois filhos.

Um ano depois encontrou uma outra mulher que lhe fazia sentir-se “vivo”.

Seu primeiro casamento fora uma luta desde o começo, e só tinha

piorado. Ele não era feliz; nem ela. Ele sempre tinha visto divórcio como algo

errado, mas sua situação era única. Quando questionado de uma perspectiva

bíblica sobre seus planos de casar de novo, reconheceu que não teve nenhum

direito, mas disse: “Acho que Deus quer que eu seja feliz”

A menina tinha apenas dezesseis anos. Veio de uma família com pais separados.

Seu pai tinha divorciado sua mãe dez anos antes. Apesar de ser popular na

escola, ela ainda lutava com insegurança. Ela desejava a atenção que os

meninos a deram. Ela sabia que a fornicação era errada, mas sua situação era

única. Ela estava só e ficar com “ele” fazia-a se sentir feliz e segura. Quando

questionada de uma perspectiva bíblica sobre sua intimidade imoral, ela

reconheceu que não estava certa, mas disse: “Eu acho que Deus quer que eu

seja feliz”. Ela nunca imaginou que ficaria grávida após apenas uma vez. Ela

estava com medo. Um bebê mudaria todos seus planos para o futuro. Ficou

deprimida. Foi à clínica e derramou seu coração a um conselheiro. Não poderia

pensar num aborto. Deus não gostaria daquilo. O conselheiro disse: “Eu acho

que Deus quer que você seja feliz”.

A mulher, divorciada há dezesseis anos, tinha tido uma vida dura. Seu "ex" havia

casado de novo e estava feliz. Sua filha mais velha havia saído de casa cinco anos

8 2004:4

antes; elas não haviam se falado desde o aborto. Seu filho tinha acabado de se

formar do colegial. Nenhum dos seus filhos jamais havia obedecido o evangelho.

A amargura e o desânimo tomaram conta do seu coração. A igreja da qual fazia

parte era pequena e estava envelhecendo. Ela não estava feliz. Seus amigos do

trabalho convidaram-na para ir na igreja deles. Ela foi. Ela encontrou pessoas da

sua idade nas mesmas circunstâncias que ela. Tornaram-se amigos. A igreja

pequena e envelhecida começava a ficar menor e mais envelhecida. Quando

abordaram a mulher sobre sua troca da verdade de Deus por uma mentira, ela

reconheceu que sua igreja nova fazia algumas coisas com as quais ela não se

sentia a vontade, mas disse: “Eu acho que Deus quer que eu seja feliz”.

A frase “acho que Deus quer que eu seja feliz” já foi usada por muitos para

justificar sua imoralidade e suas apostasias. A lógica baseia-se numa definição

egocêntrica da felicidade e da suposição que Deus quer esse tipo de felicidade

para nós. Esta lógica ignora ou é cega a toda a infelicidade no seu caminho. O

homem divorcia para ser feliz, mas deixa para trás uma família infeliz. A menina

comete fornicação para ser feliz e aumenta sua infelicidade. Ela aborta para ser

feliz e priva seu filho da vida, da liberdade e da felicidade. A mãe abandona sua

fé para ser feliz. Tudo isso acontece porque as pessoas supõem que Deus quer

que sejam felizes.

Você consegue imaginar? Eva observa o potencial da fruta proibida em fazê-la

feliz e raciocina: “Eu sei o que Deus falou ‘não comerás’ mas acho que Deus quer

que eu seja feliz” (Gênesis 3:6). Nós devemos considerar que os limites de Deus

são estabelecidos para nossa felicidade.

Acabe não poderia ser feliz a não ser que tivesse uma determinada vinha. “Eu sei

que Deus disse ‘não matarás’ mas eu acho que Deus quer que eu seja feliz.”

Acabe e Jezabel levaram em consideração a felicidade de Nabote (1 Reis 21:4-7)?

Demas pode ter raciocinado: “Eu sei que devo permanecer e trabalhar com

Paulo, mas eu acho que Deus quer eu eu seja feliz” (2 Timóteo 4:10). O mesmo

pensamento pode nos afetar se nossa felicidade pessoal for determinada pelos

acontecimentos e circunstâncias neste mundo atual. Muitos raciocinam e

desculpam-se do serviço espiritual sacrificial porque, no fundo, acham que Deus

quer que sejam felizes!

Na nossa fartura tornamo-nos obcecados com a importância de ser feliz.

Salomão fez isso tudo e concluiu que é vaidade (Eclesiastes 2:1-11). George

Bernard Shaw brincou: “O segredo de ser miserável é ter o tempo livre para

incomodar-se sobre a questão de ser feliz ou não.” Certamente, para muitos a

busca da “felicidade” só trouxe uma miséria maior.

As pessoas estão procurando a felicidade em todos os lugares errados. A maioria

recorda a conclusão de Salomão: “Teme a Deus e guarda os seus

Andando na Verdade 9

mandamentos; porque isto é o dever de todo homem” (Eclesiastes 12:13),

mas não percebe que essa conclusão também é a chave a felicidade verdadeira

e duradoura.“Bem-aventurado é o povo cujo Deus é o SENHOR!” (Salmo

144:15) e cuja esperança está nele (Salmo 146:5). Temer o Senhor e andar nos

seus caminhos traz a felicidade a tudo, desde o alimento que você come à família

com quem você compartilha o mesmo (Salmo 128:1-4). A bênção vem àqueles

que honram, obedecem e confiam no Senhor Deus (Provérbios 16:20; 28:14;

29:18). Não é a busca à felicidade que traz a felicidade mas a busca à vontade

de Deus.

Os modelos exemplares da fé não são encontrados buscando a felicidade. Que

tipo do exemplo Jó seria se tivesse simplesmente desistido da fé para ser mais

feliz? É sua resistência com a infelicidade extrema que o torna notável (Tiago

5:10-11). E se Maria tivesse decidido que seria mais feliz se abortasse seu Filho?

No fim, Maria encontrou sua felicidade em poder servir à vontade de Deus (Lucas

1:38).

Se Jesus tivesse decidido que seria mais feliz no céu nós estaríamos perdidos!

Nós somos chamados para imitarmos a atitude sem egoísmo de Jesus

(Filipenses 2:5-8). Quando um homem divorcia sua esposa para a felicidade

pessoal, não está valorizando os outros mais do que ele mesmo (versículo 3).

Quando uma mulher aborta seu filho para conseguir a felicidade, está cuidando

dos seus próprios interesses e não dos interesses de seu bebê (versículo 4). Essas

atitudes não refletem a mente de Cristo

Deus não nos chamou à felicidade como nós definimos a felicidade. Pelo

contrário, nós fomos chamados para sofrer, se for preciso, para a causa de Cristo

(1 Pedro 2:19-21). É melhor sofrer por fazer o bem do que por fazer o mal em

um esforço mal orientado de ser feliz (3:17). Não há nenhum valor em sofrer

como um malfeitor, contudo se algum sofrer como cristão não há vergonha

nisso, mas é uma ocasião para regozijar e ficar contente (4:12-16).

Deus quer que você seja feliz? Com certeza! No entanto, as escrituras que te

informam que Deus quer a sua felicidade eterna também dizem que ele odeia o

divórcio (Malaquias 2:16), que nós devemos fugir da fornicação (1 Coríntios

6:18), que esse Deus odeia as mãos que vertem o sangue inocente (Provérbios

6:17), que nós devemos ser fiéis até a morte (Apocalipse 2:10).

Nenhuma parte da palavra de Deus pode ser ignorada ou comprometida para

garantir a felicidade que Deus oferece. Sim, Deus quer que sejamos felizes, e é

por isso que nós devemos odiar o que ele odeia e amar o que ele ama. Jesus

disse, “Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes”

(João 13:17). Se você não tiver a felicidade que Deus oferece, então ou você não

conhece as coisas de Deus ou não está as praticando. –por Andy Diestelkamp

10 2004:4

Deus odeia o divórcio“V

ou me divorciar, mas não pretendo me casar de novo.” Ouvimos estas

palavras com cada vez mais freqüência. Geralmente quem diz isso está

pensando que Deus dá o direito de divorciar, mas condena o segundo

casamento. Entretanto, a verdade é que o divórcio em si é pecaminoso a não

ser que seja por causa de relações sexuais ilícitas.

Considere Mateus 19:3-6. A pergunta originalmente feita a Jesus pelo fariseus

não era a respeito de casar de novo, mas a respeito do divórcio: “É lícito ao

marido repudiar a sua mulher por qualquer motivo?” A resposta de Jesus

àquela pergunta: “Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”.

Foi somente após mais perguntas que Jesus discutiu o problema de casar de

novo e do adultério.

Considere Malaquias 2:16. “Porque o SENHOR, Deus de Israel, diz que

odeia o repúdio”. Mesmo sob a antiga aliança Deus não aprovava o divórcio

indiscriminado. É provável que as “lágrimas” do versículo 13 que "cobriam o

altar" e que causaram o Senhor a recusar sua oferta, eram as lágrimas daqueles

que tinham sido deixados injustamente.

Considere Mateus 5:32. “Qualquer que repudiar sua mulher, exceto em

caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera”. Observe

as palavras, “a expõe”. Este escritor entende que esse versículo ensine que

aquele que se divorciar de sua esposa a coloca numa posição de tentação a

cometer o adultério, e compartilha da culpa quando ela comete adultério. Por

outro lado, se a deixar por causa de relações sexuais ilícitas, deixa-a

legitimamente, e não compartilha de nenhuma culpa em qualquer adultério que

ela possa vir a cometer.

Considere 1 Coríntios 7:10. “Ora, aos casados, ordeno, não eu, mas o

Senhor, que a mulher não se separe do marido”. Observe a palavra

Ï A FamíliaServindo a Cristo no Lar

Andando na Verdade 11

“ordeno”. O versículo seguinte (7:11) não nega nem anula esta ordem, mas

simplesmente reconhece que alguém pode desobedecer a ordem do Senhor

(nesse caso ele está pecando – 1 João 3:4), e ele cita as opções se desobedecer.

O Senhor não somente ordena que o marido e a esposa vivam juntos, mas os

ordena que satisfaçam as necessidades físicas um do outro (1 Coríntios 7:3-5)

e que amem um ao outro (Efésios 5:25; Tito 2:4-5).

Se um cônjuge num casamento falhar nesse sentido, o outro deve ainda ser

obediente a Deus, procurando ser a pessoa fiel que Deus queria que fosse no

relacionamento do casamento. O pensamento sobre o divórcio ou a separação

nunca deve passar pela cabeça a não ser que relações sexuais ilícitas ocorrerem.

Nós não estamos sugerindo que o divórcio em si é “adultério”, mas estamos

dizendo que o divórcio por qualquer motivo sem ser relações sexuais ilícitas é

pecado. Os cristãos não devem ser influenciados pelos padrões soltos que

prevalecem no mundo em que vivem.

–por Bill Hall

O destruidor de laresE

mbora raramente identificado, o pecado do egoísmo é o culpado

responsável por quase todos os problemas, tristezas, miséria e divisões que

ocorrem no lar. Uma das marcas dos “tempos difíceis” sobre a qual Paulo

profetizou era que os homens seriam egoístas (2 Timóteo 3:1-2). E, como é triste

quando os maridos e as esposas subordinarão as necessidades da família às

preferências pessoais, pensando nos termos do egoísmo: O que eu quero, o que

eu gosto, meus direitos, meus interesses, e minha felicidade. Pensar de tal modo

é praticamente a garantia de tempos difíceis no lar. Mas poucas pessoas vêem

o egoísmo como um problema pessoal.

Como H.W. Beecher disse, “O egoísmo é aquele vício detestável que ninguém

perdoará nos outros, e ninguém está sem ele dentro de si." É nossa inclinação

a nos vermos como as vítimas do egoísmo em vez de culpados. Como uma

esposa infeliz sobre a qual li recentemente foi ouvida dizendo, "Meu marido não

mostra nenhum interesse no que eu faço. Tudo que importa a ele é o que ele faz

naquele lugar - seja lá onde é - que ele trabalha!" Tal atitude pode descrever-nos

mais do que nós queremos admitir. Como o povo de Deus, nós não somos

ignorantes a respeito dos dispositivos de Satanás (2 Coríntios 2:11), de como o

pecado é enganoso, nem de seu poder cegante. Por isso, por mais remoto e

improvável que possa parecer, nós devemos ver a possibilidade de egoísmo nas

12 2004:4

nossas próprias vidas! Como o filho pródigo, cada um de nós deve cair em si

para superar a si mesmo (Lucas 15:17). Como Paulo disse, "Examinai-vos a

vós mesmos..." (2 Coríntios 13:5), teste seus motivos com honestidade

absoluta pois ninguém pode lidar com um problema que não admita que tenha.

Negar a si mesmo é uma das primeiras lições a ser aprendida pelo seguidor de

Cristo (Mateus 16:24). Nada é mais fundamental para a obediência e justiça.

Sem isso, nenhum homem pode verdadeiramente amar sua esposa como Cristo

amou a igreja (Efésios 5:25). Como o amor de Cristo sacrificou a si mesmo para

a igreja, assim deve ser o amor do marido para sua esposa. É um amor que dá

sem egoísmo. Sem isso, as esposas não podem ser submissas a seus maridos,

assim com ao Senhor (versículo 22). O mesmo espírito que leva à submissão ao

Senhor deve levar à submissão entre o marido e a esposa. Ser o que o Senhor

quer que eu seja significa ser o que devo ser com meu cônjuge. O egoísmo,

então, é um pecado contra o homem e Deus – e, muitas vezes, contra os filhos.

Conseqüentemente, criar os filhos na disciplina e admoestação do Senhor

(Efésios 6:4) envolve negar a si. Por exemplo, criar os filhos para o céu leva

tempo. O egoísmo rouba esse tempo precioso de muitos filhos – sob um

pseudônimo, para ter certeza. Ocupado demais, cansado demais, para falar e

responder perguntas, para ler a Bíblia, para orar com eles, para levá-los aos

cultos. Mas, talvez o que seja pior são aqueles filhos que sofrem porque os pais

egoístas dividem o lar em vez de negar a si. É quase impensável que alguns

negociariam uma família boa pelo prazer próprio; por uma garrafa, por um

amante, pelos "bons tempos". No entanto, continua a acontecer, até em alguns

que alegam ser cristãos. Dessas formas, e de outras até ainda mais sutil, o

egoísmo é um grande destruidor de lares. Que Deus possa nos ajudar a removê-

lo das nossas vidas.–por Dan S. Shipley

Os deveres da esposaSeja uma auxiliadora para seu marido

(Gênesis 2:18). Esta é a finalidade pela

qual você foi criada. Nunca se esqueça

disso. Nenhum cônjuge deve servir a si

mesmo de maneira egoísta, mas deve servir

ao outro. Isto é principalmente verdadeiro

para você como esposa. “Porque o

homem não foi feito da mulher, e sim a mulher, do homem. Porque

Andando na Verdade 13

também o homem não foi criado por causa da mulher, e sim a mulher,

por causa do homem” (1 Coríntios 11:8-9).

Seja submissa ao seu marido em tudo, assim como a igreja é submissa

a Cristo (Efésios 5:22-24; Colossenses 3:18; 1 Pedro 3:1-6). Nós não

precisamos procurar saber se isso ainda é apropriado ou se está ultrapassado.

Os movimentos de libertação feminina podem levantar-se e cair, mas a Bíblia

ainda diz: “Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio

marido” (1 Pedro 3:1).

Seja uma boa dona de casa (Tito 2:4-5; 1 Timóteo 5:14). O mundo nunca

voltará a Deus até que, de algum modo, colocarmos as donas de casas de volta

nos lares em vez de se dedicarem às carreiras. A mão que balança o berço

governa o mundo.

Tenha um espírito manso e tranqüilo (1 Pedro 3:4). Talvez há mulheres hoje

que gostariam mais que pensassem nelas como “pessoas” e não “mulheres”. Ao

protestar e queixar-se são barulhentas, tumultuosas e conseqüentemente

disonrosas. É honorável ser uma mulher (1 Pedro 3:7), e ter "um espírito

manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus" (1 Pedro 3:4).

Conceda ao seu marido o afeto que lhe é devido (1 Coríntios 7:3). Em uma

base igual, ambos os partidos são obrigados, entre outras coisas, a satisfazer os

desejos sexuais do outro.

Não prive seu marido de seu corpo, porque pertence a ele (1 Coríntios

7:4-5). Não cumprir suas obrigações conjugais com seu marido é roubar o que

lhe é devido.

“O que acha uma esposa acha o bem e alcançou a benevolência do

SENHOR” (Provérbios 18:22)

Abuso de 1 Coríntios 7:3-5

Abusando daquilo que Paulo disse. Há duas maneiras que alguns abusam

daquilo que Paulo disse: ì não obedecendo o mandamento, í distorcendo o

que ele disse para justificar o sexo forçado. O primeiro é desobediência total. O

segundo é repugnante e desatencioso. Ambos são pecaminosos! Para refrescar

sua memória, aqui estão os deveres que eu mencionei com esta passagem:

! Conceda ao seu marido o afeto que lhe é devido (1 Coríntios 7:3). Em uma

base igual, ambos os partidos são obrigados, entre outras coisas, a satisfazer

as necessidades e os desejos sexuais do outro.

14 2004:4

! Não prive seu marido de seu corpo, porque pertence a ele (1 Coríntios 7:4-

5). Não cumprir suas obrigações conjugais com seu marido é roubar o que

lhe é devido.

Definindo o que Paulo disse. Meus comentários eram apenas para definir

literalmente o que Paulo disse. Vamos examinar a frase, "conceda ... o que lhe

é devido”. Qualquer dicionário mostrará que "conceder" significa "dispor para

que (alguém) faça uso de (um direito seu)”. Isso implica que a outra pessoa tem

direito de “usar” aquilo, assim tornando “obrigado” que o outro permita.

Também, na frase, "não priveis um ao outro", "privar" significa "Impedir(-se)

de ter a posse ou gozo de alguma coisa ou de algum bem, abster-se de”. Ou

seja, não “pagar” é "roubar" o que é "devido" o outro cônjuge.

Não Seja Egoísta! Paulo está incentivando a consideração sem egoísmo para

o outro cônjuge. Deve haver um consentimento de ambos os cônjuges, sobre ter

ou não relações sexuais. Se não houver sexo, deve haver consentimento

(versículo 5). Do mesmo modo, se o sexo ocorrer, deve haver consentimento.

Nenhum cônjuge deve reter o sexo do outro de maneira egoísta. Por outro lado,

cada cônjuge precisa levar em consideração o outro e não abusar dessa

passagem para própria satisfação egoísta. O ponto: "Não seja egoísta, de

nenhuma das duas maneiras!"–por Andrew Mitchell

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Andando na Verdade 15

Adoração aceitável

Uma boa parte do livro de Êxodo é composta por instruções sobre a

construção do tabernáculo, seus móveis e as construções resultantes. Foi

ordenado a Moisés, “Vê, pois, que tudo faças segundo o modelo que

te foi mostrado no monte” (Êxodo 25:40; veja também 25:9; 26:30). Desde

as cortinas da tenda até os móveis de dentro, instruções específicas foram dadas

sobre como tudo deveria ser feito. Quando o tabernáculo foi montado por

Moisés, uma nuvem o cobriu e a glória do Senhor o encheu (Êxodo 40:33-35).

Era uma época emocionante para o povo de Israel.

Instruções detalhadas foram dadas sobre o processo elaborado para consagrar

Arão e seus filhos como sacerdotes (Êxodo 29). Arão e seus filhos foram lavados

com água e vestidos com roupas especiais feitas para eles. Foram ungidos com

óleo e sacrifícios foram oferecidos. Sangue foi colocado na ponta de suas orelhas

direitas, no dedão das suas mãos direitas e dos seus pés direitos. Durante sete

dias Arão e seus filhos ficaram na porta do tabernáculo (Levítico 8).

No oitavo dia, ofereceram holocaustos no altar no pátio do tabernáculo e no final

dos holocaustos, a glória do Senhor apareceu ao povo e fogo veio do Senhor e

consumiu o que estava sobre o altar, causando uma grande impressão no povo

(Levítico 9:23-24).

Até este ponto, tudo foi feito de acordo com as instruções do Senhor.

Infelizmente, dois dos filhos de Arão, Nadabe e Abiú, decidiram, por algum

motivo, colocar fogo nos seus incensários e incenso no fogo que era um

holocausto ao Senhor. Fogo veio do Senhor novamente, mas desta vez matou

estes dois homens (Levítico 10:1-2).

Que castigo severo! Nadabe e Abiú não eram culpados de idolatria ou feitiçaria.

Não eram culpados de imoralidade sexual ou violência, nem mesmo de

assassinato. Todavia, morreram rapidamente na mão do Senhor. O que poderia

Ð Na Casa de DeusA Igreja no Plano do Senhor

16 2004:4

ser tão terrível sobre oferecer fogo e incenso ao Senhor? Não é este o papel dos

sacerdotes, oferecer sacrifícios?

O autor Moisés informa-nos que estes dois homens estavam oferecendo “fogo

estranho”, que o Senhor não havia ordenado (Levítico 10:1). Claramente, o

Senhor não aceitou este fogo, independente do quanto eram sinceros,

entusiasmados ou bem intencionados no que possam ter feito. O Senhor disse

a Arão através de Moisés que aqueles que chegam a ele tem que ver a sua

santidade. O Senhor deve ser glorificado perante o povo por aqueles que

chegam a ele (10:3).

Não é pouca coisa ignorar as instruções do Senhor sobre a adoração ou sobre

qualquer coisa! Deus não é glorificado quando eu o adoro de acordo com meus

próprios desejos. Nadabe e Abiú aprenderam tarde demais que Deus não aceita

adoração qualquer que lhe oferece. Nossa adoração deve ser de acordo com o

“padrão” que ele tem revelado na sua palavra.–por Allen Dvorak

Jesus usou métodos carnais para atrair as multidões?

Muitos grupos religiosos usam uma variedade de apelações carnais para

atrair pessoas às suas reuniões. Por exemplo, fazem jantares ou dão

sorvete, têm jogos ou eventos divertidos, etc. Quando é pedido que

justifiquem estas atividades, geralmente citarão os episódios onde Jesus

alimentou as multidões. Alguns dizem, “Se você alimentar primeiro o corpo,

depois terá a chance de alimentar a alma”. Vamos ver se sua referência às

atividades de Jesus realmente apóia suas práticas.

Houve duas vezes diferentes em que Jesus alimentou, de maneira miraculosa,

multidões enormes com quantidades pequenas de comida. Uma vez havia 5.000

homens, mais as mulheres e crianças (Mateus 14:15-21; Marcos 6:30-44; Lucas

9:10-17; João 6:1-14). Em uma outra ocasião havia 4.000 homens, mais as

mulheres e crianças (Mateus 15:32-38; Marcos 8:1-9).

Nestas duas ocasiões, as pessoas tinham seguido Jesus para ouvir seu ensino

maravilhoso e para ver seus milagres surpreendentes. Nunca houve uma

promessa de comida para atraí-los. Na verdade, os dois acontecimentos

mostraram as pessoas seguindo por longas distâncias e por muito tempo antes

Andando na Verdade 17

de receberem comida. Por exemplo, em Mateus 15:32 nós lemos: “E,

chamando Jesus os seus discípulos, disse: Tenho compaixão desta

gente, porque há três dias que permanece comigo e não tem o que

comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça pelo

caminho.” Você viu? As pessoas não foram seduzidas a seguir devido a uma

oferta de comida. A comida veio mais tarde, como um ato de compaixão. As

pessoas não foram esperando receber comida.

Nós temos uma referência onde Jesus suspeitou que as pessoas, de fato, foram

com o desejo de receber comida (João 6:22 em diante). Nessa ocasião ele não

as alimentou!

Aqueles que usariam o exemplo de Jesus alimentando as multidões para

justificar suas práticas carnais hoje em dia estão simplesmente errados!–por Greg Gwin

Por que oferecer estes estudos bíblicos?

Num mundo no qual muitas igrejas e muitos pastores fazem comércio da

palavra de Deus, algumas pessoas acham estranho encontrar literatura

como esta revista disponível totalmente grátis. Por que oferecer estudos

como estes? Como pode ser de graça? As respostas são simples.

Pessoas que apreciam a salvação e que vivem gratas pelo resgate feito

por meio do sangue de Cristo reconhecem uma dívida que nunca serão

capazes de pagar. Paulo entendeu a mesma dívida quando disse: “Pois

sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a

ignorantes; por isso, quanto está em mim, estou pronto a anunciar

o evangelho também a vós outros....” (Romanos 1:14-15).

Obviamente, custa dinheiro preparar, imprimir e enviar estudos como

estes. Pessoas convertidas a Cristo com a vontade de divulgar a palavra

pura do Senhor pagam estas despesas, voluntariamente, para lhe oferecer

esta oportunidade. Por isso, estas publicações não são vendidas, e não

solicitamos doações dos leitores. Se você reconhece o valor destas

mensagens, compartilhe as mesmas com seus parentes e amigos.

www.estudosdabiblia.netEstudos da Bíblia – C.P. 60804 – São Paulo – SP – 05786-970

18 2004:4

Pedindo demais desta vida“Sei que nada há melhor para o homem do que regozijar-se e levar vida

regalada; e também que é dom de Deus que possa o homem comer,

beber e desfrutar o bem de todo o seu trabalho” (Eclesiastes 3:12-13).

Em Eclesiastes Qohelet, ou o Pregador, está compartilhando as suas

observações sobre a vida. Ele não está expressando uma visão divina por si;

mas sim, está dando sua avaliação do ponto de vista da experiência

humana. Ele diz, “Apliquei o coração a esquadrinhar e a informar-me

com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu.... Aplicando-me

a conhecer a sabedoria e a ver o trabalho que há sobre a terra – pois

nem de dia nem de noite vê o homem sono nos seus olhos” (Eclesiastes

1:13; 8:16).

O Pregador examina vários esforços humanos de descobrir a felicidade:

sensualidade, materialismo, longevidade, beleza, força, posteridade, sabedoria

e outros dons da vida terrestre, que o homem respeita. Sua análise: a satisfação

verdadeira não pode ser encontrada na experiência humana. “Tudo é vaidade

e correr atrás do vento” (Eclesiastes 1:2,14,17; 2:11,17,26; etc.).

A vida é arbitrária e impredizível demais para fornecer a felicidade genuína (cf.

Eclesiastes 7:15; 8:14). Nossa ignorância, combinada com o providência

insondável de Deus, faz-nos incapazes de determinar eficazmente nosso próprio

caminho (cf. Eclesiastes 3:11; 6:12; 7:13-14,23-24; 8:17). Todos morrerão

eventualmente, nossas posses serão deixadas para os outros e nós seremos

esquecidos (Eclesiastes 2:14-16,20-23; 3:18-20; 9:5-6). Isso não é pessimismo;

é simplesmente como as coisas são.

Ñ Para o Nosso EnsinoLições Valiosas do Antigo Testamento

Andando na Verdade 19

Nunca pretendeu-se que nós encontrássemos nossa felicidade final na terra. O

Pregador afirma que, para todo o mal e infortúnio que nos sucede nesta vida,

Deus tem fornecido uma fonte suficiente da bondade, satisfação e apreciação.

Assim sua exortação repetida: “Eis o que eu vi: boa e bela coisa é comer e

beber e gozar cada um do bem de todo o seu trabalho, com que se

afadigou debaixo do sol, durante os poucos dias da vida que Deus lhe

deu; porque esta é a sua porção” (Eclesiastes 5:18; cf. 2:24-25; 3:12-13;

8:15).

Vamos parar de pedir mais da vida terrena do que ela pode nos dar. É construída

por Deus de tal maneira para servir de um lugar de provação, um momento de

crescimento, uma extensão de alegria e dificuldade. Aprenda a apreciar as coisas

simples de hoje e pare de fingir que a felicidade verdadeira está bem ali na frente.

Quando considerada corretamente, a vida apresenta felicidade razoável mas

estimula nosso apetite para o céu.

– por Jim Jonas

“Se os pecadores querem seduzir-te”

“Filho meu, se os pecadores querem seduzir-te, não o consintas. Se

disserem: Vem conosco ... lança a tua sorte entre nós ... Filho meu, não

te ponhas a caminho com eles; guarda das suas veredas os pés”

(Provérbios 1:10,11a,14a,15).

Oescritor sábio de Provérbios encorajou seus leitores a não se juntarem aos

“pecadores”. Aqueles que sempre ficam com pecadores geralmente

acabam se tornando pecadores também e dividem o destino do pecador.

O perigo é real. O apóstolo Paulo avisou sobre as conseqüências de ficar com

amigos perversos. “Não vos enganeis: as más conversações corrompem

os bons costumes” (1 Coríntios 15:33). O escritor de Provérbios avisou, “Não

te associes com o iracundo, nem andes com o homem colérico, para

que não aprendas as suas veredas e, assim, enlaces a tua alma”

(22:24-25).

A Bíblia não ensina que devemos nos isolar do mundo. Não podemos ser o sal

e a luz do mundo sem algum tipo de contato com “pecadores” (Mateus 5:13-14).

Muitas vezes os cristãos começam com o alvo admirável de ensinar e influenciar

20 2004:4

seus colegas, mas às vezes são influenciados pelo mundo, pelos amigos e pelos

colegas, mais do que eles conseguem influenciar os pecadores. Por quê?

Ao mesmo tempo que queremos influenciar nossos companheiros, devemos

estar atentos à possibilidade de nós sermos influenciados. O poder dos nossos

amigos e conhecidos de nos influenciar depende de vários fatores. Por exemplo,

quanto mais gostamos deles e os respeitamos, maior será a influência que eles

têm sobre nós. Mais importante ainda, quanto mais fracas são as nossas

convicções a respeito de certo e errado, maior é a possibilidade de sermos

influenciados por outros que mantêm seus valores firmes. A quantidade de

tempo que passamos na companhia de outros e a natureza das nossas atividades

com eles também são fatores cruciais em determinar sua influência sobre nós.

Eu já vi um grande número de cristãos seduzidos pelo mundo, atraídos de volta

à vida de pecado pelos seus companheiros, as pessoas com quem trabalham ou

passam seu tempo livre. Também observei que quase todos estes cristãos têm

pelo menos uma coisa em comum. Quando são avisados sobre mudar seu

comportamento, quase todos negam que seus companheiros estavam tendo

alguém efeito neles! É um erro ser confiante demais sobre sua própria força

espiritual (1 Coríntios 10:12).

Há uma diferença crítica entre ter contato com pecadores e andar no caminho

deles. Até Jesus associava-se com pecadores e foi severamente criticado por isso

(Mateus 9:9-13), mas ele não se conformou com o comportamento pecaminoso

deles. O caminho da justiça de volta para o mundo geral segue o caminho de

concessão. A aceitação de colegas e evitar a crítica e escárnio tornam-se mais

importantes do que “ser verdadeiro” aos valores bíblicos (Romanos 12:1-2). As

convicções ficam mais fracas, o cristão começa a dar motivos de como alguns

pecados não são tão pecaminosos!

Quem são SEUS “companheiros”? Você está os influenciando a serem mais

como Cristo ... ou você começou a seguir o caminho deles?–por Allen Dvorak

! Centenas de artigos sobre diversos assuntos bíblicos

! Estudos de livros completos, como Salmos, Romanos, Apocalipse e outros.

! Andando com Deus (leitura bíblica diária)

! O Que Está Escrito? (desde 1994) ! Andando na Verdade (desde 1999)

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Andando na Verdade 21

O livro de Hebreus (1)

Jesus Cristo é Superior!E

mbarcamos agora em uma das viagens mais fascinantes no estudo da

Bíblia. A carta aos cristãos hebreus é um dos livros mais ricos do Novo

Testamento. O autor deste livro apresenta e defende uma série de temas

importantes, focalizando a superioridade de Jesus Cristo.

Durante o nosso estudo de Hebreus, veremos a posição exaltada de Jesus

destacada de várias maneiras. Considere na próxima página a lista de algumas

das afirmações deste livro sobre a grandeza de Cristo.

Hebreus nos convida a adorar o Senhor Jesus. Sua primazia e divindade são

motivos para todas as criaturas lhe darem louvor. Deus manda que os anjos

adorem a Jesus, e apresenta seu Filho de um modo que todos devem admirá-lo.

Jesus Cristo é Deus, como o salmista disse “acerca do Filho: O teu trono, ó

Deus, é para todo o sempre” (1:8; compare Salmo 45:6).

Esta carta enfatiza a posição de Jesus como nosso Sumo Sacerdote. Nesta

capacidade, ele entrou a nosso favor na presença do Pai, onde permanece até

hoje. Por meio dele, podemos nos aproximar do trono da graça com a confiança

e esperança, sabendo que ele vive para nos ajudar na caminhada para a

eternidade.

O livro destaca, também, a eficácia do único sacrifício perfeito pelos pecados –

o próprio Jesus Cristo. O autor mostra que os sacrifícios anteriores não

resolveram o problema do pecado, “porque é impossível que o sangue de

touros e de bodes remova pecados”

(10:4). O único sacrifício capaz de remover

pecados é o próprio Cristo, que se ofereceu

“uma vez para sempre para tirar os

pecados de muitos” (9:28).

Ò O Poder de DeusEstudos no Novo Testamento

As referências neste artigo que nãoincluem o nome do livro são deHebreus.

22 2004:4

JesusCristo

! É o Filho de Deus, superior aos profetas

! É o herdeiro, superior aos ministros e

servos

! É o Criador do universo

! É a manifestação perfeita de Deus

! É o Rei eterno e perfeitamente justo,

sentado à direita do Pai

! É superior aos anjos

! Merece adoração, pois é Deus

! É eterno

! É o Senhor

! É o Autor da salvação

! Santifica os homens

! Venceu o diabo

! É Sumo Sacerdote para sempre

! É a propiciação pelos pecados do povo

! É o Apóstolo de Deus

! Estabeleceu e domina a casa de Deus

! Cumpriu a sua missão e entrou no

descanso de Deus, o Santo dos Santos

! Enfrentou as tentações, mas não pecou

! Foi glorificado e nomeado Sumo

Sacerdote pelo próprio Pai

! Mudou o sacerdócio e mudou a lei

! É Mediador e Fiador da nova (superior)

aliança

! É o único sacrifício eficaz e perfeito

! É o Autor e Consumador da fé

! É o grande Pastor das ovelhas

Andando na Verdade 23

Jesus, como Rei eterno, Sumo Sacerdote para sempre e sacrifício perfeito, se

tornou Mediador de uma nova e superior aliança. Veremos nestes estudos que,

apesar das doutrinas contraditórias de algumas pessoas hoje, Jesus cumpriu o

Velho Testamento e introduziu o Novo Testamento, uma aliança superior que

oferece a salvação aos homens perdidos. Aquela lei, com seu sacerdócio inferior

e seus sacrifícios ineficazes, “nunca aperfeiçoou coisa alguma” (7:19). Mas

Jesus Cristo é o “Mediador de superior aliança instituída com base em

superiores promessas” (8:6).

Hebreus é um livro prático

Além de seu grande valor em termos de doutrinas importantes sobre Jesus

e seu trabalho na redenção do homem, o livro de Hebreus contém muito

ensinamento prático e de fácil aplicação nas nossas vidas. Observe alguns

dos ensinamentos que são encontrados no decorrer deste livro:

! Como evitar desvios da fé

Uma das características desta epístola são os desvios sobre o perigo de

desviar. Várias vezes, o autor muda de assunto, deixando seus temas

principais, para avisar os leitores do perigo da apostasia. Ele adverte sobre

o risco de negligenciar a palavra que Jesus e os apóstolos revelaram (2:1-4).

Em outro trecho, fala do perigo de se tornar incrédulo e não alcançar o

descanso eterno (3:7-4:11). Em outras passagens, ele repreende os cristãos

que não cresciam como deviam e fala da conseqüência de voltar ao pecado

(5:11 - 6:12; 10:23-31). Os grandes exemplos da fé no capítulo 11 servem

para nos ajudar nas provações (12:1-3). Deus disciplina seus filhos amados

para ajudá-los a alcançar a paz e a santificação (12:4-17).

! Como cristãos devem se comportar

Muitas das cartas do Novo Testamento incluem, depois de seus

ensinamentos doutrinários, trechos de orientações práticas para os

discípulos de Cristo. O último capítulo de Hebreus apresenta, de maneira

resumida, vários conselhos importantes. Este capítulo fala sobre relações

entre irmãos, frisando o amor fraternal e a hospitalidade (13:1-3). Fala sobre

a pureza do casamento em contraste com as relações ilícitas condenadas

pelo Senhor (13:4). Incentiva os servos de Deus a confiarem nele, evitando

a avareza e a confiança em coisas materiais (13:5-6). Para evitar doutrinas

falsas e não abandonar Cristo, ele oferece a ajuda de guias – exemplos dos

fiéis que já morreram (13:7) e a orientação de servos vivos (13:17). Mas os

guias ajudam somente quando eles nos mostram constantemente a

superioridade de Cristo, que se sacrificou por nós. Os sacrifícios do nosso

louvor e serviço são aceitos por causa do sacrifício dele (13:8-16). É por

24 2004:4

Jesus, o grande Pastor, que podemos ser aperfeiçoados para agradar a Deus

(13:20-21).

Alguns fatos sobre o livro de Hebreus

Os próximos artigos desta série darão ênfase ao conteúdo da carta aos

Hebreus. Nesta introdução, observaremos alguns fatos gerais sobre o livro.

! O autor não se identifica

Há várias especulações sobre a autoria do livro de Hebreus, mas não temos

informações suficientes para identificar o autor. O autor não se identificou

por nome no livro. Vários livros da Bíblia não incluem os nomes dos seus

autores, mas foram reconhecidos e circulados entre os servos de Deus desde

a antigüidade. O que importa para nós não é o nome da pessoa que

escreveu, mas a mensagem do livro que vem do Senhor para nos instruir.

! Data aproximada do livro

Considerando as evidências internas, é provável que Hebreus tenha sido

escrito nos anos 60 d.C. Ele trata de uma questão que perturbava várias

igrejas já nas primeiras décadas depois da morte de Jesus – a relação entre

o evangelho de Cristo e a lei do Velho Testamento. Já havia passado tempo

suficiente para alguns dos primeiros discípulos terem morrido (13:7). Os

próprios destinatários da carta já tinham algum tempo de conversão (10:32-

35; 5:12). Algumas referências indicam que o templo em Jerusalém ainda

existia quando o autor mandou esta carta – ele fala dos sacrifícios que ainda

estavam sendo oferecidos (10:1-3) e diz que o primeiro sistema estava

“prestes a desaparecer” (8:13). O templo foi destruído pelos romanos em

70 d.C. As saudações no final do livro citam o nome de Timóteo, dizendo

que ele foi posto em liberdade (13:23). Timóteo trabalhou com Paulo e com

outros cristãos a partir da segunda viagem de Paulo (Atos 16:1-3).

Independente do nome do autor e da data de sua composição, o livro de

Hebreus permanece como uma mensagem rica e prática, valiosa para todas

as pessoas que querem agradar a Deus. –por Dennis Allan

Alguém se interessa por você

Enquanto Davi se encontrava em exílio voluntário de seu povo, escondendo-

se, como um animal no deserto, de um Saul enlouquecido de ciúme, ele

compôs estas linhas lamentosas: “... pois não há quem me reconheça

... ninguém que por mim se interesse” (Salmo 142:4).

Andando na Verdade 25

A verdade é que Alguém se interessava, e se interessa. As pessoas que mais

freqüentemente se ajuntavam ansiosamente em volta de Jesus durante os seus

dias de ensinamento eram os rejeitados, aquele grande grupo de homens e

mulheres que conheciam bem seus próprios fracassos morais e espirituais e

eram forçados a sentirem-nos ainda mais agudamente por uma elite religiosa

que os via como inúteis e indignos. Jesus os tocava intensamente porque ele tão

obviamente valorizava e se interessava por eles mesmo quando os chamava para

arrependerem-se e seguirem-no.

Tal foi o caso quando Jesus ensinou aquela bem conhecida trilogia de parábolas

concernentes às coisas perdidas que somente Lucas registra (Lucas 15). (Mateus

de fato coloca a história da ovelha perdida num discurso anterior sobre

humildade, Mateus 18:12-14). Grandes multidões tinham vindo ouvir Jesus

pregar, enquanto um grupinho de fariseus cada vez mais antagonistas

resmungava seu desdém por “este homem” que “recebe pecadores e come

com eles” (Lucas 15:2). Jesus fez uma pausa em seu ensinamento para

responder novamente a seus críticos que, em sua cegueira, continuavam

repetindo uma acusação que não somente o elogiava, como indiciava

severamente os acusadores.

Jesus pregava o evangelho do reino não como se fosse para aqueles que, como

imaginavam, tinham se tornado dignos dele, mas como uma porta aberta a

todos. A mensagem dos fariseus era uma mensagem de reforma de modo a ser

digno finalmente para um chamado ao reino. O evangelho de Jesus era para

pecadores como eram, prometendo perdão e boas vindas a cada coração crente

e penitente. Realmente, como as duas primeiras parábolas confirmam, Jesus era

pior do que os fariseus o tinham descrito. Ele não somente recebia pecadores

mas continuava buscando-os!

Não há dúvida de que estas três parábolas sobre coisas perdidas e pessoas

perdidas sejam dirigidas principalmente aos ataques dos fariseus. Elas começam

muito enfaticamente como um apelo à natureza humana. Elas contêm o tipo de

argumento “o que você faria?” que o Senhor freqüentemente usava (Lucas 14:5).

O que qualquer pastor faria se perdesse uma ovelha? O que ele faria se a

achasse? E o que uma dona de casa faria se perdesse algum dinheiro? E o que

ela faria se o achasse? Tudo sobre estas ilustrações é tão natural que nem

precisa de explanação. Todas as pessoas, até mesmo os fariseus, sentem falta

de coisas perdidas e se regozijam grandemente quando são recuperadas, mesmo

coisas tão mundanas como uma ovelha ou uma moeda. Está implícito em seu

argumento: Certamente, um ser humano, ainda que degradado, vale tanto

quanto qualquer destas coisas!

26 2004:4

Interrogando ainda mais, Jesus está perguntando: “O que faríeis se perdêsseis

um filho? O que faríeis se o encontrásseis de novo? E, se estivésseis onde Deus

está e tivésseis perdido todos estes ‘filhos’ o que faríeis? E como vos sentiríeis se

eles voltassem ao lar novamente? Se não entendeis o que estou fazendo, tentai

entender-vos a vós mesmos!”

Esta foi a defesa parabólica de Jesus de sua preocupação com a recuperação

moral dos degradados e sua crença que isso era absolutamente possível e digno.

Para seus críticos, os coletores de impostos e pecadores eram somente

insignificantes pedacinhos de refugo humano sem esperança, para com os quais

eles eram indiferentes. Incoerentemente, estes seres humanos, feitos à imagem

de Deus, valiam menos para os fariseus do que uma ovelha comum ou um dia

de salário. Por elas não tinham interesse nem alegria. Estas parábolas dizem que

era o comportamento dos fariseus que não era natural, até mesmo sub-humano,

e não o do Senhor.

Na terceira e mais forte destas suas três parábolas, Jesus passa da defesa de seu

próprio amor incompreendido para a repreensão dos fariseus pela falta dele. Ele

lhes mostrou como deveriam ter sido; agora ele mostrar-lhes-á como eles são.

O foco da Parábola do Filho Pródigo não está no “pródigo”, mas no irmão mais

velho, que retrata de modo sombrio e trágico a atitude dos escribas egoístas.

Contudo mesmo nesta história de repreensão severa há amor e rogo àqueles a

quem ela é dirigida. É um convite à alegria, um convite a partilhar o amor dele

e do Pai pelos homens e mulheres perdidos de todas as qualidades; mas há uma

estrada dura e humilhante que eles precisam trilhar antes que estejam prontos

a recebê-la. E antes que acabe, eles ficarão assustados ao saberem que aqueles

que eles tanto tinham desprezado já tinham feito a jornada antes deles.

Nestas parábolas talvez mais do que em qualquer outra é revelado o trabalho e

o propósito reais do reino do céu. Perder este foco sobre o povo perdido, a

sincera busca para encontrá-lo, a alegria entusiástica pela volta deles, é perder

o Cristo que os ensinou.–por Paul Earnhart

O pastor e suas ovelhas

Pastores e ovelhas eram uma parte tão familiar do mundo antigo que se

tornaram uma pronta metáfora para os escritores bíblicos. O terno cuidado

dos pastores com suas ovelhas levaram Davi e seus companheiros salmistas

a falar do Senhor como o pastor de Israel (Salmos 23; 80:1), e de Israel como

“as ovelhas do teu pasto” (Salmos 100:3; 95:7; 79:13; 78:52).

Andando na Verdade 27

Os profetas também, em suas visões messiânicas, viram Deus de modo

semelhante: “Como um pastor apascentará o seu rebanho; entre os seus

braços recolherá os cordeirinhos, e os levará no seio; as que

amamentam, ele guiará mansamente.” (Isaias 40:11); “Eu mesmo

apascentarei as minhas ovelhas, e as farei repousar, diz o Senhor

Deus. A perdida buscarei, a desgarrada tornarei a trazer, a quebrada

ligarei e a enferma fortalecerei...” (Ezequiel 34:15-16).

Escritores do Velho Testamento também fizeram uso efetivo da bem conhecida

disposição das ovelhas para se desgarrarem. De nossos caminhos pecaminosos

Isaías escreveu: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas”

(Isaías 53:6) e o mais longo dos salmos termina com este queixoso apelo: “Ando

errante como ovelha desgarrada; procura o teu servo, pois não me

esqueço dos teus mandamentos” (Salmo 119:176).

Em sua ilustração do pastor e das ovelhas (Lucas 15:3-7; Mateus 18:12-14),

Jesus estava não somente abordando seus ouvintes pela prática conhecida, mas

com uma metáfora bíblica conhecida. Não havia meio deles perderem a lição.

Jesus, como o fez seu Pai, via os homens como “aflitos e exaustos, como

ovelhas sem pastor” (Mateus 9:35).

As ovelhas comumente se perdem devido a sua própria despreocupação.

Esquecendo tanto o rebanho como o pastor elas perambulam sem destino,

tendo na mente nada mais do que a próxima moita de capim. Não há

pensamento em lobos ou profundos precipícios. Como isto espelha

acuradamente nossos modos ineptos! Não é que um dia tenhamos a idéia de ser

ímpios e então comecemos metodicamente a cumprir nossa ambição. Estamos

meramente tão preocupados com os desejos e circunstâncias presentes que nos

tornamos distraídos das conseqüências de nossas escolhas. Vidas vividas sem

propósito tornam-nos peões de nossas paixões e, seja de propósito ou não,

encontramo-nos antes que o saibamos, longe de Deus, miseráveis em nosso

desamparo e feridos. Tais ovelhas não representam os orgulhosos e os teimosos,

mas os infelizes, aqueles que são rápidos em admitir sua própria estupidez e

pecado mas, não obstante, são assim mesmo perdidos.

Mas o foco da parábola está no pastor. Argumentando do menor para o maior,

Jesus toma a atitude conhecida de um pastor para com uma ovelha perdida,

para justificar sua atitude para com as pessoas perdidas, e para expor o espírito

sem misericórdia de seus críticos. Ele tinha antes usado o mesmo tipo de

argumento, da atitude de um médico para com o doente (Mateus 9:12). Os

fariseus sabiam que nenhum pastor verdadeiro jamais abandonaria uma ovelha

perdida ainda que o resto do seu rebanho estivesse seguro. Com pastores a

preocupação não era meramente econômica, mas sentimental. Eles ficariam

28 2004:4

freqüentemente ligados às ovelhas até o ponto de chamar cada uma delas por

seu próprio nome especial (2 Samuel 12:3; João 10:3).

Os fariseus também sabiam que o pastor, quando achasse sua ovelha, não a

esmurraria com raiva, mas carregaria a desgarrada, agora severamente

enfraquecida, gentilmente em seus ombros. Mais ainda, quando ele retornasse,

ele voltaria em franca alegria.

Com esta simples ilustração Jesus levantou uma questão implícita com seus

detratores: como poderiam eles ter tal compaixão por uma ovelha e tratar os

homens com tal arrogante e egoísta dureza. Eles não somente não tinham

buscado o pecador perdido, mas não se regozijariam com sua recuperação. E

com isto eles tinham mostrado dramaticamente como sua própria disposição

diferia da divina. Enquanto Deus se regozija, eles amuam. Enquanto o céu

perdoa, eles cospem seu desprezo. Enquanto o bom Pastor busca recuperar o

rebanho espalhado, eles vivem para devastá-lo. É um quadro sombrio.

Mas alguns podem ficar envergonhados pela observação conclusiva de Jesus que

“haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que

por noventa e nove justos (retos) que não necessitam de

arrependimento” (Lucas 15:7). Ele está sugerindo que Deus sente uma alegria

menor pelos justos do que pelo pecador recuperado? As duas coisas. A alegria

de recuperar o perdido é um tipo especial de alegria, uma alegria cheia de alívio,

mas isso nunca exclui como profundo, um deleite naquilo que nunca foi perdido.

E, o termo justo ou reto que Jesus usa aqui tem um toque irônico em si. Quem,

no mundo, seria tão justo que não precisasse de arrependimento? Infelizmente,

os fariseus pensavam que poderiam nos dizer. A verdade é que todas as ovelhas

desgarraram (Romanos 3:9, 10) e precisam da misericórdia daquele “grande

Pastor das ovelhas” que nos redime “pelo sangue da eterna aliança”

(Hebreus 13:20). Este grande Pastor “apascentará o seu rebanho; entre os

seus braços recolherá os cordeirinhos e os levará no seu seio; as que

amamentam, ele guiará mansamente” (Isaías 40:11).–por Paul Earnhart

Momentos na vida de Cristo

Vislumbre da vida além

Jesus contou uma história em Lucas 16:19-31 sobre um rico mesquinho e um

mendigo justo que morreram. Jesus descreveu a vida deles após a morte.

Lázaro, o mendigo, estava no paraíso, no conforto do seio de Abraão. Mas

o rico ficou sendo atormentado pelo fogo contínuo. Ele pediu que Abraão

Andando na Verdade 29

enviasse a Lázaro para esfriar a sua língua, mas Abraão disse que era impossível,

por haver um abismo intransponível entre eles. Então pediu que Abraão deixasse

Lázaro voltar para avisar os irmãos dele, a fim de que não fossem também para

aquele lugar horrendo. Ele achava que, se Lázaro ressuscitasse, seus irmãos

creriam. Mas Abraão respondeu dizendo que, se eles não creram em Moisés e

nos profetas, não acreditariam se alguém ressurgisse de entre os mortos. Aliás,

não muito depois Jesus ressuscitou outro Lázaro e poucos acreditaram.

Há lições nessa história: ì Seremos julgados pelo nosso procedimento em vida.

í O tormento do inferno é terrível. Às vezes se fala de experimentar o “inferno

na terra”, mas quem diz isso não tem a mínima idéia do que seja o inferno na

verdade. Alguns se recusam a obedecer a Cristo dizendo que, se os seus entes

queridos estão no inferno, querem unir-se a eles lá. Mas ninguém no inferno

deseja que mais alguém vá para lá. î Há um abismo intransponível entre o

paraíso e o tormento. Assim, ao morrer, o meu destino é selado. Desde a hora

em que morrer, serei consolado ou atormentado para sempre. ï Devemos ouvir

ao testemunho que a Palavra de Deus dá. Muitos acham que seria mais fácil crer

se pudessem presenciar um milagre ou uma ressurreição. Mas, de acordo com

Abraão, se não cremos na evidência das Escrituras, não creríamos se

observássemos um milagre ocorrer.–por Gary Fisher

A necessidade do batismo nas águas

Opapel do batismo nas águas na salvação das pessoas é bem fácil de

entender. O apóstolo Pedro mandou que seus ouvintes no Dia de

Pentecostes fossem “batizados em nome de Jesus Cristo para

remissão dos vossos pecados” (Atos 2:38). Como o batismo é “para a

remissão dos pecados”, é absolutamente necessário para a salvação.

Alguns argumentariam, no entanto, que o batismo de Atos 2:38 na verdade é o

batismo com o Espírito Santo, não o batismo nas águas. Há diversas dificuldades

associadas com este ponto de vista.

Jesus prometeu aos seus apóstolos que ele lhes mandaria o Espírito Santo,

também descrito como “o Consolador” e “o Espírito da verdade”, depois

de subir ao céu. Após sua ressurreição, Jesus ordenou que os apóstolos ficassem

em Jerusalém para aguardarem esta promessa (Atos 1:4-5). Eles seriam

batizados com o Espírito Santo, batismo que aconteceu no Dia de Pentecostes,

que pôde ser visto quando falaram em línguas (2:1-4). O batismo com o Espírito

Santo não foi administrado por homens, ou seja, nenhum homem batizou outro

com o batismo com o Espírito Santo. O batismo com o Espírito Santo foi

prometido, não ordenado. Veio “direto do céu”.

30 2004:4

Em Atos 2:38, no entanto, Pedro não falou para seus ouvintes “esperarem” pelo

batismo; o batismo de Atos 2:38 foi ordenado. Por que Pedro ordenaria que

fossem batizados se o batismo de Atos 2:38 fosse o batismo com o Espírito

Santo? Certamente seus ouvintes não controlavam o Espírito Santo. Do que

adiantaria os apóstolos ordenarem que fossem batizados? O batismo de Atos

2:38 é um que eles podiam buscar e receber em obediência, em vez de um dado

a eles de acordo com a vontade do Espírito Santo.

A natureza do batismo com o Espírito Santo foi novamente ilustrada em Atos 10

quando o Espírito Santo desceu sobre Cornélio e sua casa (versículos 44 e 47).

Eles não estavam buscando este batismo; foi administrado do céu. Depois,

Pedro ordenou que Cornélio e sua casa fossem batizados em nome do Senhor

– o batismo da grande comissão.

No dia de Pentecostes, os apóstolos estavam cumprindo a grande comissão

como fora dada a eles por Jesus. Ele disse: “Ide, portanto, fazei discípulos

de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do

Espírito Santo” (Mateus 28:19). Foi ordenado que os apóstolos batizassem

estes ouvintes, assim o batismo foi ordenado, não prometido. Faz sentido que

o batismo de Atos 2:38 seria o mesmo batismo que o da grande comissão.

Alguém acredita que o batismo da grande comissão é o batismo com o Espírito

Santo? No relato de Marcos, Jesus liga o batismo da grande comissão com a fé

e a salvação – “Quem crer e for batizado será salvo...” (16:16). O batismo

da grande comissão é colocado antes da salvação, e é uma condição para a

salvação. O batismo de Atos 2:38 é ligado à salvação da mesma forma; é “para

remissão dos vossos pecados”.– por Allen Dvorak

Serpentes e pombas“Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede,

portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas”

(Mateus 10:16).

Serpentes e pombas – duas criaturas com pouco em comum. E, no entanto,

no desenvolvimento do nosso caráter, devemos ser “como” elas são em

alguns aspectos. É um bom paradoxo, não é? Muito do caráter do cristão

é um paradoxo. Por exemplo:

Devemos controlar nossas línguas (Tiago 3:1-12) mas também ser ousados no

falar (Efésios 6:20). Não há virtude numa língua ousada que está descontrolada

nem numa língua que é tão controlada que nunca é ousada. Nossas línguas

Andando na Verdade 31

precisam de uma “ousadia controlada” para repreender o pecado tanto

publicamente (Gálatas 2:11-21) quanto particularmente (Mateus 18:15). Apesar

das conseqüências poderem ser desagradáveis (Marcos 6:16-18), devemos falar

ousadamente, e quando a situação requer, as nossas línguas ousadas devem ser

diretas (Mateus 23:15). O medo de dizer uma coisa errada não deve nos impedir

de dizer a coisa certa (Mateus 10:26-27). O silêncio nem sempre reflete

sabedoria, às vezes simplesmente mostra a covardia.

A humildade de Paulo (1 Coríntios 15:9) e, ao mesmo tempo, sua confiança (2

Timóteo 4:7-8) exemplificam mais um paradoxo. A humildade não deve criar a

timidez mas a confiança também não deve levar à arrogância. A humildade irá

nos manter cientes das nossas próprias fraquezas mas nunca deve causar

hesitação em apontar pecados na vida de outros (1 Coríntios 5:1-13). Nós somos

humilhados pelo risco que corremos de errar em opiniões e entendimentos da

verdade, mas somos confiantes de que há certas coisas das quais temos certeza

que não podem ser comprometidas (Gálatas 2:5).

A virtude da longanimidade (Gálatas 5:22) tem de ser equilibrada pela

intolerância (Colossenses 2:4,8,16,18). A longanimidade é precisa conforme

tentamos progredir para a maturidade, mas a intolerância é precisa quando o

progresso não acontece e metas não são atingidas (1 Coríntios 3:1-3; Hebreus

5:11-14). É uma coisa sofrer junto com pecadores enquanto tentam vencer o

pecado, mas tolerar o pecado é completamente diferente (Apocalipse 2:15-16,

20-21).

Com certeza devemos nos importar com o que os outros pensam de nós (Mateus

5:13-16) mas, ao mesmo tempo, nos importarmos pouco com a maneira que

nos avaliam (Gálatas 1:10). A virtude de viver para influenciar outros (Filipenses

2:12-16) pode tão facilmente tornar-se no vício de viver para agradar os outros

(Gálatas 2:11-21).

Alguns são propensos “pela natureza” a serem “como serpentes” ou “como

pombas” e o diabo usa as nossas “inclinações naturais” para causar um caráter

desequilibrado. Ele nos faria enfatizar o que é fácil e não enfatizar o que não é.

Como conseqüência nós, muitas vezes, vamos aos extremos: uma pessoa

falsamente sofisticada que acredita que pessoas “cultas” evitam falar ousado,

afirmações confiantes, intolerância de pecados e conduta que pode “ofender”

outras pessoas; ou um realista que é abusivo no falar, arrogante, intolerante e

despreocupado com o que outros podem pensar.

O desenvolvimento de um caráter equilibrado porém paradoxal não vem

rapidamente (Hebreus 5:12 – "ao tempo decorrido") nem é fácil (1 Coríntios

9:25 – "se domina"), mas não há atalhos para chegar à maturidade.

–por David Smitherman

32 2004:4

Palavras Cruzadas

Os primeiros seis selos (Apocalipse 6)1 2 3

4 5 6

7

8 9 10

11

12 13

14 15

16 17

18

19

20

Todas as respostas se encontram no capítulo 6 do Apocalipse, na versão Almeida Revista eAtualizada, 2ª edição. Serão publicadas na próxima edição de Andando na Verdade.

Horizontais2. Árvore que produz figos

4. Caíram pela terra

6. Tranqüilidade, calma, ausência de guerra

7. Tornou-se como sangue

9. O que João viu debaixo do altar

11. O primeiro cavaleiro saiu para ___

14. A arma de guerra do primeiro cavaleiro

15. Aquele que tem domínio total

16. Roupa

Andando na Verdade 33

18. Bebida feita de uvas

19. Número de seres viventes perto do trono de Deus

20. Uma moeda romana

Verticais1. Material feito de peles de animais sobre o que se escrevia

3. Arma de guerra do segundo cavaleiro

5. Óleo tirado de azeitonas

8. Onde as pessoas se esconderam da ira do Cordeiro

10. O nome do quarto cavaleiro

12. Instrumento para pesar; estava na mão do terceiro cavaleiro

13. Quem abriu os selos

17. Assento de Deus –por Dennis Allan

D A V I

H N O V I L H O

C O R O A S C

M S E I S

T E N A E

R E L Â M P A G O S N S

O E N O T M

N Ã C O E

O O L I V R O C R

à O A

J S E L O S D M A R L

Á G U I A S I D D

D N H T R O M B E T A

Á G A E I

U R I R

E S P Í R I T O S O

A A

Apocalipse4 e 5

Respostas

34 2004:4

Deus entregou tais homens

Aqueles que conseguem lembrar dos anos 50 sabem que a sociedade tem

passado por uma transição moral radical. Liderado pelos meios de

comunicação de massa, agora há uma aceitação quase da maioria de

coisas que nem eram discutidas publicamente em 1950. Leia Romanos 1:24-32–

“Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas

concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o

seu corpo entre si; pois eles mudaram a verdade de Deus em

mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador,

o qual é bendito eternamente. Amém! Por causa disso, os

entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres

mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro,

contrário à natureza; semelhantemente, os homens também,

deixando o contato natural da mulher, se inflamaram

mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens

com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição

do seu erro. E, por haverem desprezado o conhecimento de

Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental

reprovável, para praticarem coisas inconvenientes, cheios de

toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de

inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo

difamadores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes,

soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes

aos pais, insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem

misericórdia. Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que

são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não

somente as fazem, mas também aprovam os que assim

procedem.”

Ó Desafios e DúvidasCrescendo em Conhecimento e Fé ?

Andando na Verdade 35

Chega um ponto quando a sociedade falha em fornecer uma fundação moral,

boa o suficiente para dar aos seus filhos uma chance de serem cidadãos justos.

Não é o suficiente abster-se de “tais coisas”, principalmente se aprovam os que

assim procedem. A única esperança da nossa sociedade é para os homens justos

em todo lugar tomarem um posição e falarem contra todas as formas de

imoralidade e injustiça. Se isso não acontecer, temos toda razão para acreditar

que Deus irá nos entregar. Se Romanos 1:24-32 não comunica isso, o que vai?

Aqueles do mundo freqüentemente reclamam sobre falhas morais de pessoas

religiosas. O mundo parece ter um entendimento muito bom do padrão que

Deus tem colocado pelo seu povo e a falha dos cristãos em manter aquele

padrão traz inevitavelmente a repreensão sobre nosso Senhor.

A imoralidade pode levantar suas idéias entre o povo de Deus. Mas se levantar,

o Senhor deu ao indivíduo errante e à igreja uma maneira de lidar com isso (1

Coríntios 5). Se cairmos no pecado devemos nos arrepender prontamente e

lembrar das palavras de Efésios 5:3 – “Mas a impudicícia e toda sorte de

impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém

a santos.”

Muitos que se chamam de cristãos agora proclamam com orgulho sua

participação em todos os tipos de perversões que nem eram conhecidas numa

sociedade educada há trinta anos. Não-participantes freqüentemente se

orgulham em sua liberalidade na aceitação daqueles que escolham estilos de

vida “alternativos” (Romanos 1:32). Sexo antes do casamento e adultério

raramente são denunciados fora da igreja, já que parecem ser pouca coisa em

comparação com esses outros atos de imoralidade “vulgar.”

Considere seriamente Romanos 1:24-32 e pergunte a si mesmo: Deus entregou

a nossa sociedade? Veja também 2 Pedro 2:9.

Nós entendemos o significado de seremos peregrinos e forasteiros (2 Pedro

2:11)? Pedro estava falando sobre a igreja quando disse, “Vós, porém, sois

raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade

exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos

chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2:9).

Não há espaço para ceder aqui (1 Coríntios 6:9-11). Como indivíduos, devemos

fugir da fornicação (1 Coríntios 6:18); e instituições religiosas que não ensinam

toda a palavra de Deus sobre assuntos morais claramente não estão em

comunhão com Deus (1 Coríntos 6:14 - 7:1).

36 2004:4

Os cristãos não podem alegar serem perfeitos (1 João 1:8); mas não pode haver

dúvida de que a igreja do Senhor é o único santuário de moralidade neste

mundo de hoje. Os mundanos podem usar as exceções, mas é exatamente isso

que são – exceções aos modelos de honra e virtude.

Em contraste completo com as tendências deste mundo, “Assim brilhe

também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas

obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5:16).

–por David B. Brown

As crenças básicas do Islã

Há 1.200 anos um movimento religioso saiu do Deserto Árabe mudando

para sempre o curso da história humana. Seu líder impetuoso, Maomé, e

seu povo, os muçulmanos, agora invadem a vida religiosa ocidental de

uma maneira sem precedentes. O desafio que apresentam ao cristianismo do

Novo Testamento é muito real. Qualquer tipo de defesa que seja feita contra o

ensinamento islâmico deve ser baseado numa compreensão das crenças básicas

do islamismo. Este artigo explorará as doutrinas fundamentais da religião

muçulmana e as suas implicações ao cristianismo.

Os muçulmanos são ensinados a praticarem sua religião através dos cinco

“pilares” do islamismo. Estes cinco pilares fornecem um lugar excelente para

começar a estudar o islamismo. O primeiro pilar é recitar o credo “Não há outra

divindade além de Deus e Maomé é seu Mensageiro”. Os muçulmanos repetem

isso muitas vezes cada dia, acreditando que dizer isto na fé e sinceridade é o que

faz a pessoa ser um muçulmano. O segundo pilar é a oração diária. Os

muçulmanos devem orar cinco vezes por dia, virados para Meca, a cidade santa

na Arábia Saudita. O terceiro pilar é dar esmolas. Os muçulmanos se preocupam

muito com cuidar dos pobres. Porcentagens fixas da renda são dadas para

ajudar os pobres. O quarto pilar é jejuar durante o mês sagrado de Ramadã.

Ramadã é o nono mês do ano muçulmano e comemora o recebimento do

Alcorão por Maomé. Todos os muçulmanos fiéis jejuam do amanhecer ao

anoitecer durante este mês. Como o islamismo usa um calendário lunar, o

Ramadã cai em datas diferentes cada ano. O pilar final é a peregrinação a Meca.

Cada muçulmano adulto que é financeira e fisicamente apto deve viajar uma vez

a Meca durante sua vida, no mês de Dhul-Hijah. Vários rituais e ritos são feitos

durante o tempo em Meca.

Andando na Verdade 37

Examinando os cinco pilares do islamismo, acredito que podemos resumir o

islamismo à três crenças fundamentais. Primeiramente, no núcleo de tudo que

é muçulmano está a idéia de somente um Deus. Isto é refletido no primeiro pilar,

mas também em todas as outras coisas que o islamismo é e representa. Para os

muçulmanos, Deus é um ser soberano, todo-poderoso e único. No islamismo o

homem não deve conhecer Deus e ser mais como ele, mas aprender a vontade

de Deus e tornar-se mais obediente aos seus mandamentos. Associar qualquer

coisa ou qualquer um com Alá é incompreensível a um muçulmano e constitui

blasfêmia. Deus está absolutamente sozinho no lugar dado a ele pelo islamismo.

O Alcorão diz que “Ele é Deus; não há mais divindade além dele, conhecedor do

cognoscível e do incognoscível. Ele é o Clemente, o Misericordiosíssimo. Ele é

Deus; não há mais divindade além dele, Soberano, Augusto, Pacífico, Salvador,

Zeloso, Poderoso, Compulsor, Supremo! Glorificado seja Deus, de tudo quanto

lhe associam! Ele é Deus, Criador, Onifeitor, Formador. Seus são os mais

sublimes atributos. Tudo quanto existe nos céus e na terra glorifica-O, porque é

o Poderoso, o Prudentíssimo (59:22-24). (Todas as citações do Alcorão são do

site: http://www.xr.pro.br/Livros/O_Corao.html).

Segundo, quase tão importante quanto a idéia de um Deus, é o conceito de

Maomé ser profeta de Alá. Os muçulmanos não adoram Maomé (adoração é

apenas para Alá) mas o reverenciam, glorificam e veneram de maneira que é

possível imaginar que seja divino. A literatura muçulmana transborda com

grandes contos de Maomé. Dizem que foi um professor religioso, um reformista

social, um administrador tremendo, um gênio militar, um marido e pai perfeito

e um amigo fiel. Um muçulmano escreveu “Nenhum outro homem na história

excedeu ou igualou-se a ele em qualquer um destes aspectos diferentes da vida.”

Uma examinação imparcial da história encontrará rapidamente que Maomé não

era tão perfeito nem tão brilhante quanto os muçulmanos querem acreditar. Ele

aprovou a poligamia, cruelmente exterminou seus inimigos, mudou a “lei divina”

sempre que o serviu (2:217; 66:2) e levou para si privilégios que nenhum outro

muçulmano poderia ter (33:50). Ele parece ter sido pouco mais do que um

cacique muito ambicioso que fundou uma religião porque precisava de algo para

juntar as várias tribos árabes guerreando, pois assim poderia lutar contra os

judeus e cristãos. Seu sucesso é incontestável. Sua grandeza é, no mínimo,

assunto a debater.

Terceiro, e bem ligado com as outras duas crenças principais, é a idéia de que

o Alcorão é a palavra absoluta de Deus. Os muçulmanos acreditam que o

Alcorão foi dado através do anjo Gabriel a Maomé quando ele tinha

aproximadamente quarenta anos. Supostamente Maomé memorizou-a e ditou-a

38 2004:4

a seus companheiros que então a anotaram. Na verdade o Alcorão foi coletado

de várias escritas depois que Maomé morreu. No entanto, o Alcorão é aceito

como a última palavra revelada de Deus, e suplanta e substitui todas as outras

revelações prévias de Deus (isto é, a Bíblia). Os muçulmanos são ensinados que

nenhuma das palavras de seus 114 capítulos foi mudada de qualquer maneira.

Isto, obviamente, não é verdade. O islamismo nem mesmo possui o Alcorão

original. O Alcorão mais velho existente é datado aproximadamente 200 anos

após Maomé. Há diferentes códigos posteriores do Alcorão que existem que

contêm variantes textuais. O próprio Alcorão contém contradições (compare

7:54 e 32:4 a 41:9-12) e evidência de um teologia progressivamente em

mudança (veja 2:106 e 9:54). Os muçulmanos, no entanto, negarão veemente

qualquer problema com o Alcorão.

Quais são as ramificações de crenças islâmicas para os cristãos? Primeiramente,

se Alá for um, então Jesus não é divino. O Alcorão contém diversas passagens

que são muito explícitas em indicar que Jesus certamente não é Deus. “Ó

adeptos do Livro, não exagereis em vossa religião e não digais de Deus senão a

verdade. O Messias, Jesus, filho de Maria, foi tão-somente um mensageiro de

Deus e Seu Verbo, com o qual Ele agraciou Maria por intermédio do Seu Espírito.

Crede, pois, em Deus e em Seus mensageiros e digais: Trindade! Abstende-vos

disso, que será melhor para vós; sabei que Deus é Uno. Glorificado seja! Longe

está a hipótese de ter tido um filho. A Ele pertence tudo quanto há nos céus e na

terra, e Deus é mais do que suficiente Guardião” (4:171). Os muçulmanos

acreditam que Jesus era apenas um profeta de Deus (e mesmo assim um profeta

não tão grande quanto Maomé). Ele não foi crucificado, nem ressuscitou dos

mortos. Os muçulmanos amam citar os estudiosos da Bíblia liberais que negam

a divindade de Jesus, os milagres e a inspiração e integridade da Bíblia. Estes

apenas reforçam a idéia muçulmana de que Jesus não é Deus. Segundo, fé no

Alcorão significa que a Bíblia é insuficiente, com defeitos e incorreta. Todas as

citações da Bíblia que contradizem o ensino islâmico ou que ensinam que Jesus

é divino ou são explicados ou ditos que representam a “corrupção” na Bíblia. Os

muçulmanos alegam acreditar na Bíblia mas realmente não acreditam, e

geralmente sabem muito pouco sobre ela. Não parece perturbar nem incomodar

os muçulmanos a acreditarem que Deus permitiu que sua palavra fosse mudada

e alterada. Além disso, não concedem que se Deus permitiu que aquilo

acontecesse com a Bíblia logicamente o mesmo poderia acontecer ao Alcorão.

Na verdade, seguir esta premissa consistentemente conduziria todos nós a

sermos mórmons – afinal eles alegam ter uma revelação ainda mais recente!

Andando na Verdade 39

Assim uma pessoa pode ver que o islamismo e o cristianismo estão para sempre

um contra o outro como inimigos mortais. Maomé destruiria a fé em nosso

Salvador e no livro que nos fala sobre ele. Certamente nós devemos responder

à ameaça crescente do islamismo ou ver muitos perderem suas almas nesta

religião falsa. Parece para mim que o diálogo com os muçulmanos deve começar

estabelecendo a inspiração, a confiabilidade e a veracidade da Bíblia. Como

todos os grupos que aceitam e são guiados por “revelação” adicional nenhum

progresso pode ser feito até que a fé genuína na Bíblia esteja estabelecida. Não

é tão difícil mostrar aos muçulmanos que devem confiar na Bíblia. Seu Alcorão

ensina que Jesus era um profeta em quem devem acreditar (4:171; 5:78).

Maomé alegou que suas revelações poderiam ser verificadas pelos ensinamentos

do Novo Testamento (10:95). O Novo Testamento de 700 d.C. (tempo de

Maomé) é o mesmo que hoje (de fato, nós temos manuscritos de antes). Se

Maomé estava satisfeito com o Novo Testamento de seus dias os muçulmanos

também devem aceitá-lo. É o mesmo livro! Além disso, o Alcorão ensina que a

Bíblia é a “palavra de Alá” (6:115-116) e “não há nenhuma mudança das

palavras de Alá” (10:65). Então que muçulmano pode acreditar que a Bíblia foi

corrompida ou mudada? Outras evidências para a veracidade da Bíblia,

particularmente a evidência dos manuscritos, podem facilmente ser obtidas de

qualquer manual bom sobre a apologética. Recolha este tipo de material e

prepare-se para estabelecer a Bíblia como a única palavra de Deus. Somente

desta maneira podemos tornar tantos seguidores zelosos de um homem iludido

em seguidores do Cristo de Deus.–por Mark Roberts

Os desafios na vida do novo cristão (22)

De que modo um novo cristão podealcançar outros com o evangelho?

“Quem, eu? Eu jamais conseguiria ensinar o evangelho a alguém.” Sem

dúvida, a idéia de ensinar outra pessoa pode apavorar a mente de um

novo convertido. Mas pare um pouco para pensar sobre onde estamos

e como chegamos aqui.

Pense no que despertou o seu interesse pelas questões espirituais. Foi uma

percepção dos seus pecados? Uma morte recente o teria chocado e feito

perceber a brevidade da vida, fazendo-o pensar no que virá depois desta vida?

40 2004:4

Ou será que você simplesmente ficou enjoado com o esgoto moral em que

vivemos? Você deve conhecer outra pessoa que sinta ou tenha experimentado

a mesma coisa. Este é o melhor momento para dizer-lhe que você encontrou a

resposta. Aliás, você descobriu a fonte das respostas para todas as perguntas

sobre a vida e o viver santo (2 Pedro 1:3).

Mas como você aprendeu essas respostas? Não foi por meio do estudo da

palavra de Deus? Independente das pessoas que ajudaram, o instrumento que

tocou o seu coração foi a palavra inspirada pelo Espírito (João 16:8). Deus não

depende da eloqüência humana para levar os homens a Jesus Cristo. Sua

palavra se encarrega disso (Isaías 55:11). Quando você começar a pensar em

atrair outras pessoas a conhecê-lo, lembre-se que tudo o que precisa fazer é pô-

las em contato com a palavra. Quando ela chegar aos corações bons, Deus

cuidará da colheita (Lucas 8:15; 1 Coríntios 3:6). Há muitas ferramentas

eficientes à disposição para o plantio da semente do reino. Vídeos, apostilas

simples de aula, cursos por correspondência e folhetos podem ser todos eles

usados para apresentar a Bíblia às pessoas. Peça que os presbíteros ou os

pregadores lhe mostrem o que está disponível. Depois ponha em funcionamento

o recurso que você acabou de descobrir. Comece amanhã, dando um folheto,

uma fita cassete ou um CD a alguém que precisa aprender o evangelho.

Embora as publicações existentes possam ajudar às vezes, o recurso mais valioso

para influenciar as outras pessoas é você mesmo. Você é uma nova criatura em

Cristo. O seu velho eu foi crucificado e você se levantou das águas do batismo,

o seu sepultamento, para andar em novidade de vida (Romanos 6:3-6). Toda a

visão da sua vida é diferente agora. Você não serve mais a Satanás, mas à justiça

(Romanos 6:17-18). E, lembre-se, o justo deseja conduzir o seu próximo pela

vereda da justiça (Provérbios 12:26). Você deve se enxergar como um

instrumento nas mãos do Mestre (Romanos 6:13). Como seu seguidor, você é

uma luz para o mundo (Mateus 5:14). Agora, quando os seus amigos, vizinhos

e parentes o vêem, têm diante de si uma pessoa completamente diferente.

Nunca subestime a força da sua influência na vida das pessoas. Elas perceberão

mudanças radicais e normalmente farão algum comentário a respeito disso. Eis

uma oportunidade excelente para você plantar a semente do estudo bíblico no

futuro. Não tenha vergonha de dizer às pessoas o que você fez. Diga-lhes que

você aprendeu sobre o plano da salvação de Deus e se comprometeu a seguir

as instruções de sua palavra. Deixe que as pessoas saibam que você acredita em

Deus, que você aceita a Bíblia como a palavra dele e que você está disposto a

fazer a vontade dele. Essa é a essência do cristianismo.

Andando na Verdade 41

Como novo cristão, provavelmente você está levando um novo grupo de pessoas

a ter algum contato com o viver cristão. Agora você tem a oportunidade de falar

com pessoas que outros cristãos talvez não conheçam. Obedecendo ao

evangelho, você acabou de abrir a porta para um novo grupo de pessoas para

estudar a Bíblia. Agora chegou a hora de ficar atento para essas “possibilidades”.

Não deixe passar as oportunidades de dizer coisas que façam as pessoas saber

que você pertence a Jesus. Ainda que você na verdade não esteja pronto para

dar um estudo bíblico nesse momento, consiga um “sim”, e leve com você um

cristão experiente para conduzir o estudo. Não só outra alma preciosa aprenderá

o evangelho, mas você aprenderá a ensinar os perdidos.

Por fim, não esqueça o papel da oração para alcançar os perdidos. Inclua os

perdidos nos seus pedidos de oração. Deixe que o Senhor saiba quanto você

deseja alcançá-los com o evangelho (Romanos 10:1; Efésios 6:18-19). Se você

fizer a sua parte, ele promete atender ao seu clamor (1 Pedro 3:12). Que o

Senhor o abençoe à medida que continuar em seu caminho para o céu. Oro

para que você possa ajudar outras almas perdidas a encontrar o Salvador de que

tanto precisam.–por Ken Dart

Veja más notícias como boas notícias

“Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse

os teus decretos” (Salmos 119:71). Ninguém gosta da dor. Contudo

o salmista tinha uma atitude positiva de fé que o capacitou a lidar com

as circunstâncias dolorosas. Ele não disfarçou a realidade mas a viu de maneira

otimista e se mostrou bem positiva ao enfrentar seus problemas. As notícias más

de ter que agüentar o problema deram-lhe uma oportunidade para aprender a

verdade de Deus. Nós precisamos cultivar esta atitude nestas épocas difíceis. As

coisas que são difíceis de agüentar podem ser proveitosas para recordar.

A boa notícia da Bíblia é, apesar dos problemas deste mundo e das falhas do

homem, a verdade encorajadora que Deus pode trazer o bem do mal.

“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que

amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”

(Romanos 8:28). Se amarmos a Deus de modo supremo, teremos a confianção

que a vontade dele é levar seus filhos fiéis para o céu. Lá a alegria e êxtase

eternas esperam-nos. Todas as lágrimas e tristezas são esquecidas para sempre

(Apocalipse 21:3-7; 22:3-5)!

42 2004:4

ì A Realidade do Inferno Pode nos Despertar. Como o inferno pode ser

uma notícia boa? João Batista pregou sobre o julgamento final de Cristo: “A sua

pá, ele a tem na mão, para limpar completamente a sua eira e recolher

o trigo no seu celeiro; porém queimará a palha em fogo inextinguível.

Assim, pois, com muitas outras exortações anunciava o evangelho ao

povo” (Lucas 3:17-18). Os salvos são mantidos como o bom trigo. Os perdidos

são separados e punidos como a palha queimada e sem valor. A Bíblia ensina

claramente a realidade da punição horrível do inferno (Marcos 9:43-48). A má

notícia da realidade do inferno é parte do evangelho (a boa nova da salvação do

pecado)! Se não houvesse pecado, não poderia haver salvação (libertação do

pecado). Nós apreciamos verdadeiramente a graça salvadora de Deus na luz da

ira terrível da justiça de Deus! A convicção do pecado e o reconhecimento da ira

de Deus podem motivar a alma ainda sensível do perdido a buscar a misericórdia

de Deus em Cristo (Atos 2:36-38; 8:20-24). O homem tem que reconhecer que

há más notícias sem Cristo para que aprecie a boa notícia de Cristo.

í O Poder de Cristo Pode nos Ajudar.“Estas coisas vos tenho dito para

que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende

bom ânimo; eu venci o mundo” (João 16:33). Jesus incentivou seus

discípulos desanimados, chateados com sua partida, com palavras da esperança

e do conforto. Jesus nosso Senhor é maior do que qualquer problema que nós

enfrentarmos. Podemos conseguir, porque ele conseguiu! O mundo encontra-se

na escuridão. Em vez de amaldiçoar a escuridão ou sentirmos pena de nós

mesmos, podemos ser uma luz aos outros do poder transformador do

evangelho (Filipenses 2:14-16). A verdade divina é mais forte do que o erro. O

declínio e a deterioração do mundo ao nosso redor são uma oportunidade ótima

para a luz de Cristo brilhar através de nós. Aquelas almas procurando ao nosso

redor, sobrecarregadas com os problemas da vida e a futilidade do pecado, irão

nos perguntar porque temos uma esperança tão edificante (1 Pedro 3:15). As

pessoas estariam mais interessadas no evangelho se nós fôssemos mais

interessantes. Os perdidos podem ser ganhos para Cristo!

î A Oportunidade para a Fé nos Fortalecer. “Meus irmãos, tende por

motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que

a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança.

Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos

e íntegros, em nada deficientes” (Tiago 1:2-4). O profeta Tiago nos diz para

não reclamarmos sobre nossos problemas como uma maldição. Nós devemos

ver todas as sortes de problemas inquietantes que tentam nossa alma como uma

oportunidade de fortalecer nossa fé! Nós só ficamos mais fortes exercitando

Andando na Verdade 43

nossos músculos da fé. Alguém chamou problemas de oportunidades

disfarçadas. Enfrentar corretamente nossas provações é simplesmente aplicar o

que dizemos, o que acreditamos. A má notícia da nossa tribulação é o controle

de qualidade de Deus. Ele tem uma finalidade positiva para nosso bem a longo

prazo. Testa a profundidade e a força de nossa fé. Deus permite que Satanás nos

tente. Seu alvo hostil é derrotar-nos. O alvo aprimorado de Deus para permitir

nossa provação é para que possamos superá-las! Como respondemos aos

problemas nos diz algo sobre nós mesmos. Nossa reação é espelho de Deus para

a condição de nossa alma. Nós tornamo-nos melhores, mais fortes e mais

próximos de Deus quando enfrentamos corretamente as provações. Se não

houvesse nenhuma provação, não poderia haver nenhum triunfo (Tiago 1:12)!

Com ajuda de Deus, a má notícia de provações do mundo podem transformar-se

em boas notícias do triunfo de Deus em qualquer crente. É provado que a fé é

genuína e Deus é glorificado!

E agora, já se sente melhor?– por W. Frank Walton

Armagedom

Eu recebi o seguinte pedido: “Você conhece a teoria/crença de que a batalha

do Armagedom será lutada no Mt. Megido? Não consegui obter muita

informação sobre o lugar, Mt. Megido. Gostaria de receber qualquer

informação que você tenha.”

Resposta: Na verdade, Megido era o nome de uma cidade fortaleza antiga em

uma planície entre a cordilheira de montanhas do Monte Carmelo na fronteira

ocidental da Palestina e as colinas ao sudoeste do mar da Galiléia. A expressão

“Armagedom” ou “Har Mageddon” significa literalmente “colina de Megido”. O

monte de Megido seria um dos montes nesse vale ou planície de Megido,

também conhecido como Esdraelom, ou Jezreel no Velho Testamento.

A batalha do Armagedom acabou. Apocalipse retratou Roma em símbolos

dramáticos que descrevem seus aspectos diferentes: A besta do mar (Roma

Imperial), a besta da terra (a idolatria religiosa de Roma), e a grande meretriz (a

imoralidade e a devassidão de Roma). O dragão (Satanás) usou Roma para

tentar destruir o reino de Cristo, sua igreja. Apesar de Roma ter matado cristãos,

o evangelho finalmente triunfou sobre Roma Imperial. O conflito espiritual entre

44 2004:4

Roma e Cristo é retratado como o clímax de uma grande batalha em Har

Mageddon.

Pelo uso do nome Armagedom, alguém com um conhecimento das Escrituras

pensaria em uma batalha decisiva por esse simbolismo. Essa área era conhecida

por suas batalhas decisivas. Gideão derrotou os midianitas lá. Débora derrotou

Sísera lá. Egito ganhou uma grande vitória lá, matando o rei Josias. De fato,

durante a Primeira Guerra Mundial, ao estudar estas batalhas na Bíblia, o general

Allenby planejou um ataque aos turcos através desta planície, surpreendendo e

derrotando-os. Então se você quisesse retratar um conflito decisivo, que

simbolismo melhor do que Har Mageddon, ou um na colina de Megido?

A batalha não era literal, assim como a besta com 7 cabeças não era literal, e

nem as rãs saíam literalmente de sua boca (Apocalipse 16:13-14); também não

havia uma meretriz literal sentada sobre a besta (Apocalipse 17:3). Fala-se do

clímax do conflito espiritual como se acontecesse em Armagedom (Apocalipse

16:16). Eu já disse que esta batalha está no passado, não no futuro. Afinal, Roma

caiu. O evangelho permaneceu. A batalha é descrita em Apocalipse 19:11-21.

Agora olhe os primeiros três versículos do Apocalipse. João estava tendo uma

visão das “coisas que em breve devem acontecer”. O tempo delas estava

“próximo.” Assim o livro era sobre as coisas que estavam a ponto de

acontecerem na perseguição dos cristãos naqueles dias. Mas foram assegurados

da vitória. Após a vitória, o reino de Cristo foi validado no mundo e Cristo

estenderia seu reino por “mil anos” (uma quantidade longa e indefinida). Após

aquele período o fim viria e o julgamento aconteceria, e o universo acabaria

(Apocalipse 20:10-12). Então até aquela vitória e a derrota da besta (Roma), o

livro estava tratando por seu próprio testemunho, das “coisas que em breve

devem acontecer” naquela época. Isso inclui tudo no livro até os 1.000 anos em

Apocalipse 20. Tudo no livro antes daquele capítulo estava para “em breve

acontecer” quando João escreveu.

A mensagem do Apocalipse não é sobre os Estados Unidos, a China, o mercado

comum europeu ou sobre qualquer outra nação de hoje. Há princípios no livro

sobre o que eventualmente acontecerá a toda a nação que persegue o povo de

Deus como Roma o perseguiu, mas as coisas que realmente discutiu estavam

para “em breve acontecer”. As pessoas têm jogado jogos teológicos

irresponsáveis com o livre do Apocalipse, ignorando o que o próprio livro diz

sobre si. Quase toda geração tenta encontrar o cumprimento do livro em sua

própria época, ou o que acham que está prestes a acontecer com eles. Isso é

tolice e é errado.– por Dale Smelser

Andando na Verdade 45

O que isso significa?A

Bíblia está cheia de histórias surpreendentes de eventos estranhos. Os

eventos eram tão incomuns que em diversas ocasiões as pessoas que os

testemunharam se encontraram lutando com o significado e a significância

daquilo que tinha acontecido. Um evento assim aconteceu no dia de Pentecostes

após a ressurreição de Jesus. O Espírito Santo veio sobre os apóstolos, e eles

começaram a pregar nas línguas nativas dos seus ouvintes – idiomas que os

apóstolos não haviam aprendido. Este era um feito tão incomum que com razão

maravilhou aqueles que os ouviram. Lucas nos disse, “Todos, atônitos e

perplexos, interpelavam uns aos outros: Que quer isto dizer?” (Atos

2:12).

Podemos fazer a mesma pergunta — “Que quer isto dizer?” — sobre a Bíblia

como um todo. Qual é o significado deste livro antigo cheio de histórias

surpreendentes? Como devemos entendê-lo? É papo furado – como alguns que

estavam presentes no dia de Pentecostes acharam que era? É um mito? É

ficção? É profundo?

Alguém poderia argumentar que a pergunta do significado da Bíblia tem sido a

pergunta da raça humana por aproximadamente os últimos 1000 anos. Observe

as respostas possíveis para esta pergunta.

ì Não significa nada. Esta tem se tornado a conclusão de muitas pessoas no

mundo a respeito da Bíblia. Para muitas pessoas, a Bíblia não significa nada. Não

tem nenhum significado; é uma relíquia da antiga civilização romana. É

simplesmente um texto antigo como o Ilíada de Homero, mas não se dirige à

mente ou aos interesses das pessoas de hoje. É um artefato curioso, algo sobre

o qual os historiadores podem criar teorias, mas não deve ser levado a sério.

Este argumento da idade da Bíblia é apresentado freqüentemente. A suposição

é que não é possível que algo velho seja relevante à nova era em que nós

vivemos. Os tempos mudaram, nos dizem, e a vida é diferente. Para tal maneira

de pensar faria o mesmo sentido dizer que nós devemos seguir a religião dos

egípcios antigos ou dos gregos antigos. Mas ninguém segue estas religiões,

porque nós fizemos avanços no nosso modo de pensar e de compreender o

mundo a nosso redor. Nós alimentamos perguntas que nem mesmo teriam

passado pela mente dos antigos, em parte porque nosso mundo é tão diferente

do deles. Assim, nos dizem que a Bíblia não é relevante a nós hoje em dia.

Este argumento não faz uma distinção crucial entre a verdade de um documento

e o contexto cultural no qual essa verdade é expressada. Se algo for

46 2004:4

absolutamente verdadeiro, sua validez não é afetada pelo passar do tempo, pela

mudança das culturas, etc. Enquanto a maneira que as pessoas expressam uma

verdade possa mudar com a mudança de cultura, a verdade própria continua a

mesma. 1 + 1 = 2 a milhares de anos. O fato que esta verdade é antiga, ou que

já foi expressada com outros símbolos no passado, não tem nenhum impacto na

validade.

Isto não prova que a Bíblia é significativa, mas demonstra que se não pode

desprezar a possibilidade da Bíblia ter um significado para nós hoje em dia

simplesmente por ela ser um livro antigo.

í Tem significados múltiplos. Este é o último ataque contra a Bíblia e é a

abordagem que está sendo advogada atualmente em nossa sociedade cada vez

mais pós-moderna. Pós-modernistas afirmam que nenhum texto tem um

significado próprio, isto é que um texto tem somente o significado que uma

sociedade ou uma cultura lhe dá. De acordo com tal vista mundana, o

significado e a verdade não estão num texto. Em vez disso estão na sociedade;

a sociedade em que vivemos cria ou dita o que é a verdade para aquela

sociedade. Então os textos são lidos de maneira que refletem o que a sociedade

já decretou como verdade. Em tais sistemas a verdade é relativa à sociedade.

Uma sociedade pode ler o mesmo texto (tal como a Bíblia) de maneira diferente

de uma outra sociedade.

Não há, conseqüentemente, uma verdade absoluta em tal maneira de pensar.

Esta é exatamente a abordagem que está sendo tomada nas centenas de cursos

de religião nas faculdades em todo lugar. A Bíblia não é lida para descobrir o que

significa. Em vez disso a Bíblia é apresentada como algo que pode significar o

que quer que um grupo particular diz significar para ele.

É claro que um texto que possa significar diversas coisas diferentes – até mesmo

coisas opostas – também não significa nada. Por isso, esta abordagem à Bíblia

é igual à abordagem nº 1, que vimos anteriormente. Chega à mesma conclusão

em que nega que a Bíblia tenha qualquer significado inerente que deve chamar

nossa atenção hoje. É diferente somente no sentido que os pós-modernistas

dizem que, se a Bíblia significa alguma coisa, significa o que nós determinamos

em nossa sociedade.

É interessante ver que esta também é a mesma abordagem básica da Bíblia

usada em denominações, principalmente entre aqueles que se chamam de

evangélicos. O movimento evangélico advoga que muitas igrejas diferentes

chamadas de cristãs estão todas proclamando “a verdade”, no entanto aquelas

várias igrejas ensinam doutrinas que se contradizem – tudo da mesma Bíblia! O

Andando na Verdade 47

problema com a religião das denominações é que está afirmando, de sua

maneira, que a Bíblia realmente não significa nada em si, que a Bíblia não tem

um significado inerente. A visão de muitas denominações – de um vínculo de

irmandade que atravessa as linhas da doutrina – pratica a idéia de que a Bíblia

tem significados múltiplos e, conseqüentemente, nenhum significado.

î É a verdade de Deus. Há somente uma maneira de fazer sentido do que a

Bíblia diz e significa: entendê-la pelo que diz. A Bíblia afirma ser a verdade de

Deus entregue uma vez para sempre por meio de Jesus. Como tal tem um

significado inerente. As manipulações fantasiosas da Bíblia para promover as

preferências ou os objetivos de uma pessoa ou de uma sociedade não mudam

isso. A Bíblia significa o que significa se nós aceitarmos ou não, se nós somos

honestos com ela ou não, se nós o lemos precisamente ou não. Sim, foi escrita

num contexto cultural que não existe há muito tempo, mas isso não afeta a

verdade do que nos diz.

No entanto, isso não é a maneira mais popular de ler a Bíblia, porque quando

lemos a Bíblia desta maneira corta completamente nossas vidas e nossos

corações (Hebreus 4:12) e nos condena por pecar contra Deus. Isto produz um

sentido da culpa, que possa ser tão incômodo que muitas pessoas prefeririam

encontrar uma maneira de desacreditar e ignorar a Bíblia do que levá-la a sério.

Isso não quer dizer que todos que ainda não levam a Bíblia a sério fazem isso por

motivos egoístas e maus. Mas pode ser que o medo de enfrentar a verdade faz

com que muitos não levem a Bíblia a sério.

Se a Bíblia tem um significado inerente (que no fim é algo que você decide

aceitar e acreditar), então cabe a nós ler e estudá-la com cuidado para encontrar

e compreender esse significado.–por David McClister

“Buscai e achareis”

“Muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora” (1 João 4:1-2).

As pessoas não devem ser cegadas à existência do erro, mas devem

procurar a verdade. Jesus prometeu que “a verdade vos libertará”

(João 8:32). A verdade é o único antídoto para o erro. Esta verdade é acessível

a todos os homens. No entanto há determinadas considerações básicas que são

essenciais para quem busca a verdade com sinceridade. Vamos observar

algumas delas.

48 2004:4

ì A batalha inicial é com sua vontade própria. Se você realmente quer a

verdade, você pode achá-la (João 7:17). O desejo do Espírito Santo é que “não

vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do

Senhor” (Efésios 5:17). Mas primeiro você tem que decidir que seu desejo é

saber. Então você estará pronto para começar a busca. Um “coração bom e

honesto" é a primeira coisa que precisa.

í Você deve ter uma atitude boa e respeitável em relação à verdade.

Procurá-la será uma perda do seu tempo se você não pretende aceitar a verdade

– o que quer que seja. É preciso amar a verdade e acreditar nela para evitar a

condenação de Deus (leia, sem falta, 2 Tessalonicenses 2:10-12).

î Tenha certeza de que sua fonte da informação é de confiança. A palavra

revelada de Deus é a única fonte infalível da verdade religiosa. Os escritores da

Bíblia foram inspirados por Deus. Por isso, não podiam errar naquilo que falavam

pela orientação do Espírito Santo. As Escrituras são dadas por Deus, e são

perfeitas e todo-suficiente como um guia para o homem em sua busca pelo

perdão e na esperança da vida eterna (2 Timóteo 3:16-17).

ï Reconheça que não se encontra dentro de seu poder mudar aquilo

que a palavra de Deus ensina. Seja satisfeito com o que você encontra na

Bíblia. É possível para pais errarem. Lembre-se, também, que mesmo homens

que são chamados de “pregadores” ou “rabinos” não têm nenhuma

autoridade para obrigar você a praticar nenhuma tradição ou mandamento dos

homens. São apenas homens – e nada mais. Mas, o autor da Bíblia é Deus. O

Espírito Santo simplesmente revelou à humanidade o que estava na mente de

Deus. A Bíblia por si só torna conhecida a vontade de Deus para você. Fique

longe, então, de qualquer disposição de impedir esta revelação divina. É perfeita;

você não é.

ð Não permita que qualquer um atrapalhe sua obediência à verdade.

Uma alma (a sua) é valiosa demais. O evangelho de Cristo é o poder de Deus

para salvar (Romanos 1:16-17). Sua preocupação deve ser: “O que Cristo me

ensina a fazer para remissão dos pecados?” Leia cuidadosamente estas

passagens: Marcos 16:15-16; Atos 2:38; Romanos 10:10; Atos 22:16; Romanos

6:3-4. As exigências simples de Jesus são fé, arrependimento, confissão e

imersão para a remissão dos pecados.

Acredite na verdade, obedeça-a para ter sua alma purificada (1 Pedro 1:22).

Não deixe ninguém te persuadir a não obedecer o Autor da salvação eterna.

Hebreus 5:8-9. Todos que procuram a salvação desta maneira a encontrarão.

A verdade vos libertará.–por Barney Keith

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