Anatomia Macroscópia Da Medula Espinhal e Seus Envoltórios

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Anatomia Macroscópia da Medula Espinhal e seus Envoltórios Professor: Hugo Alves de Sousa

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Anatomia

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  • Anatomia Macroscpia da Medula

    Espinhal e seus Envoltrios

    Professor: Hugo Alves de Sousa

  • Generalidades

    Etimologicamente, medula significa

    miolo e indica o que est dentro. Assim,

    medula espinhal, dentro do canal vertebral.

    Machado, 2000

  • Generalidades O que a medula espinhal?

    A medula espinhal uma massa cilindride de tecido nervoso situada dentro do canal vertebral sem, entretanto, ocup-lo completamente.

    - Mede aproximadamente 45cm;

    - Tem incio no plano horizontal do forame magno do osso occipital;

    - Trmino no plano horizontal da segunda vrtebra lombar;

    - Possui um cone medular;

    - Cauda eqina;

    - Filamento terminal

    Machado, 2000

  • Forma e Estrutura Geral da Medula

    A medula apresenta

    forma aproximadamente

    cilndrica, sendo

    ligeiramente achatada no

    sentido ntero-posterior.

    Apresenta duas

    dilataes denominadas

    intumescncia cervical e

    intumescncia lombar.

    Machado, 2000

  • Forma e Estrutura Geral da Medula A superfcie da medula espinhal apresenta os seguintes sulcos longitudinais, que a percorrem em toda extenso:

    -Sulco mediano posterior

    - Fissura mediana anterior

    - Sulco lateral anterior

    - Sulco lateral posterior

    - *Sulco intermdio posterior, observado apenas na regio cervical.

    Obs: Nos sulcos lateral anterior e posterior fazem conexo, respectivamente, as razes ventrais e dorsais dos nervos espinhais.

    Machado, 2000

    Sulco mediano posterior

    Sulco lateral posterior

    Sulco intermdio posterior

    Sulco lateral anterior

    Fissura mediana anterior

  • Forma e Estrutura Geral da Medula

    Na medula, pode-se observar duas substncias com colorao distinta, uma cinzenta e outra branca.

    A substncia cinzenta localiza-se por dentro da branca e apresenta a forma de uma borboleta, ou de um H. Nela distinguimos de cada lado trs colunas:

    - Coluna anterior

    - Coluna posterior

    - Coluna lateral

    Machado, 2000

  • Bror Rexed (1914-2002)

    1952 e 1954 publicou trabalhos definindo as lminas da

    medula espinal (lminas de Rexed)

  • Forma e Estrutura Geral da Medula A substncia branca formada por fibras, a maioria delas mielnicas, que sobem e descem na medula e que podem ser agrupadas de cada lado em trs funculos ou cordes, a saber:

    - Funculo anterior

    - Funculo lateral

    - Funculo posterior

    Obs: Dentro dos funculos trafegam tractos e fascculos. Esses levam informaes como a mesma origem, destino e funo.

    Machado, 2000

  • PRINCIPAIS VIAS ASCENDENTES

    Tracto Destino Funo

    Espinotalmico anterior Ncleo ventral pstero-lateral do

    tlamo

    Presso, tato protoptico

    Espinotalmico lateral Ncleo ventral pstero-lateral do

    tlamo

    Dor, temperatura

    Fascculo grcil Ncleo grcil Propriocepo consciente,

    tato epicrtico, sensibilidade

    vibratria, estereognosia

    Fascculo cuneiforme Ncleo cuneiforme Propriocepo consciente,

    tato epicrtico, sensibilidade

    vibratria, estereognosia

    Espinocerebelar anterior Cerebelo Propriocepo inconsciente

    Espinocerebelar posterior Ceebelo Propriocepo inconsciente

  • PRINCIPAIS VIAS DESCENDENTES

    Tracto Origem Funo

    Corticospinal anterior Crtex motor ipisilateal Controla a atividade muscular atravs da inervao de neurnios motores

    Corticospinal lateral Crtex motor contralateral Controla a atividade muscular atravs da inervao de neurnios motores

    Rubrospinal Ncleo rubro contralateral Controla os msculos distais dos membros, especialmente flexores

    Vestbulospinal lateral Ncleo vestibular lateral

    ipsilateral

    Envolvido no controle postural

    (especialmente relacionado com

    movimentos da cabea) atravs da

    inibio de msculos flexores axiais e

    estmulo dos msculos extensores

    axiais

    Retculospinal lateral e

    anterior

    Formaes reticulares ipisilateral

    e contralateral

    Modulam os estado dos fusos

    neuromusculares

    Tectospinal Colculo superior Move a cabea reflexivamente em resposta a significantes estmulos

    auditivos, visuais ou tteis

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  • Reflexo miottico

    REFLEXO MIOTTICO: a estimulao do fuso

    muscular causa contrao reflexa do msculo.

    FUNES: Garantir o tnus muscular

    Controle sobre o comprimento muscular

    Proteo contra estiramento passivo

    Excepcionalmente monossinaptico Extenso da perna

    O martelo atinge o tendo do msculo quadrceps e causa

    estiramento passivo tanto das FE e das FI (fusos musculares).

    As fibras aferentes Ia levam as informaes para o sistema da

    coluna dorsal mas atravs de colaterais excitam os

    motoneurnios homnimos.

    Resultado: contrao reflexa (extenso da perna)

    Neste caso, o fuso detectou o aumento de comprimento

    muscular

    A AAO DA GRAVIDADE estira constantemente os fusos;

    mesmo o msculo estando em repouso, apresenta um nvel de

    contrao reflexa chamado de TONUS MUSCULAR.

  • O reflexo miottico quando evocado causa uma contrao reflexa, geralmente

    extensora.

    Leses perifricas ou centrais o reflexo pode causar:

    Arrefelxia: ausncia de reflexo

    Hiperreflexia reflexo exacerbado

    Hiporreflexia reflexo pouco ativo

    Bceps braquial

    Reflexo do supinador

    Reflexo patelar

    Reflexo glabelar

    Reflexo do tendo de Aquiles

  • Estimulo: Estimulo cutneo nociceptivo

    Resposta: Flexo do membro afetado

    As fibras aferentes nociceptivas (dor rpida), atravs de

    interneurnio excitatrio, estimulam os neurnios

    motores flexores causando a contrao dos msculos

    flexores do membro afetado do mesmo lado.

    Funo: Proteo contra estmulos nociceptivos

    Reflexo polissinaptico

    Reflexo flexor ou reflexo de retirada

  • Conexes com os Nervos Espinhais Segmentos Medulares

    Nos sulcos lateral anterior e posterior fazem conexo pequenos filamentos nervosos denominados filamentos radiculares, que se unem para formar, respectivamente, as razes ventral e dorsal dos nervos espinhais.

    As duas razes, se unem para formar os nervos espinhais, ocorrendo a unio em um ponto situado distalmente ao gnglio espinhal que existe na raiz dorsal.

    Machado, 2000

  • Conexes com os Nervos Espinhais Segmentos Medulares

    Considera-se segmento medular de um determinado nervo a parte da medula onde fazem conexo os filamentos radiculares que entram na composio deste nervo.

    Existem 31 pares de nervos espinhais aos quais correspondem 31 segmentos medulares assim distribudos:

    - 8 cervicais

    - 12 torcicos

    - 5 lombares

    - 5 sacrais

    - 1 coccgeo

    Machado, 2000; Coccgeo Filamento Terminal

  • Topografia Vertebromedular

    Peele

    The Neuroanatomical Basis

    for clinical neurology, 1954

    Proc. Esp. Seg. med.

    C2-T10 +2

    T11-T12 lombares

    L1 sacrais e cocc.

    Chipault

    Vrtebra Seg. med.

    Cervicais +1

    Tor. Sup. (T1-T6) +2

    Tor. Inf. (T7-T9) +3

    T10 L1-L2

    T11 L3-L4

    T12 L5

    L1 sacrais e cocc.

    No adulto, a medula no ocupa todo o canal vertebral, pois termina ao nvel da 2

    vrtebra lombar.

  • Envoltrios da Medula

    Como todo sistema nervoso central, a medula envolvida por membranas fibrosas denominadas meninges, que so:

    -Dura-mter

    -Aracnide

    -Pia-mter

    Em relao com as meninges que envolvem a medula existem trs cavidades ou espaos:

    - Epidural Loc. Entre a dura-mter e o peristeo do canal vertebral Cont.Tecido adiposo e veias

    - Subdural Loc. Espao virtual entre a dura-mter e a aracnide Cont. Pequena quant. de lquido

    - Subaracnide Loc. Entre a aracnide e a pia-mter Cont. Lquido crebro-espinhal