Anatomia geral dos ossos e articulações

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ESTUDO DO MOVIMENTO ANATOMIA GERAL DOS OSSOS E ARTICULAÇÕES CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO DE APOIO À GESTÃO DESPORTIVA

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ESTUDO DO MOVIMENTO

ANATOMIA GERAL DOS OSSOS E ARTICULAÇÕES

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Os ossos do corpo são classificados em diferentes grupos, de acordo com a sua aparência. Diferenciamos entre:

Ossos curtos (ossos do corpo, ossos do tarso)

Ossos longos (ossos do antebraço, osso da coxa)

Ossos planos (ossos do crânio, esterno)

O processo de formação do osso é chamado ossificação. Os ossos planos, como por exemplo os ossos do crânio,

desenvolvem-se da transformação direta do tecido conjuntivo em tecido ósseo. Este processo é denominado

ossificação direta (ossificação intramembranosa). No recém-nascido por exemplo, os ossos do crânio ainda não

estão completamente desenvolvidos, e os locais onde a formação óssea ainda não se completou podem ser

facilmente sentidos – são os chamados fontículos.

Fig. 1 - Início da ossificação intermembranosa.

Células do mesênquima se tornam arredondadas e formam um blastema no qual, por diferenciação, originam-se osteoblastos que produzem tecido ósseo primário.

A maioria dos ossos, porém, é chamada por ossificação indireta (ossificação endocondral ou endocondronal). No

estágio embrionário formam-se a partir de um “molde” catilaginoso, que será mais tarde transformado em osso.

Ossos curtos são formados por ossificação direta. As células localizadas no centro do “molde” cartilaginoso em

crescimento degeneram no processo, e no espaço vazio aí surgido migram os chamados osteoblastos (osteo = osso,

blasto = célula imatura), a partir da membrana que envolve a cartilagem (periósteo). Estes são gradualmente

transformados em células ósseas (osteócitos). Entretanto, nem todo o tecido cartilaginoso é ossificado, mas

determinadas partes permanecem como cartilagem das articulações.

Figura 1

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Esta cartilagem obtém a sua alimentação através do líquido que se encontra na cavidade das articulações sinoviais.

Recebe também alimento dos vasos sanguíneos que percorrem o tecido ósseo localizado logo abaixo da cartilagem.

Os nutrientes para a cartilagem difundem-se por pressão e acúmulo diretamente entre as células cartilaginosas, não

sendo transportados por vasos sanguíneos pequenos (capilares). Através de tensão adequada e balanceada durante

o período de crescimento, as articulações recebem o suprimento alimentar adequado. Com isto, a cartilagem sofre

espessamento, garantindo melhor proteção frente a lesões articulares, que podem ser provocadas por stress

excessivo. Uma articulação que não é submetida a qualquer de stress reage ao contrário, isto é, o tecido

cartilaginoso atrofia.

Os ossos longos são também formados por ossificação indireta,

porém possuem diversos centros de ossificação. A ossificação

ocorre de tal maneira, que permanecem nas extremidades do

osso uma cartilagem articular e uma zona de crescimento (disco

epifisário). Os discos epifisários só se ossificam quando uma

pessoa completou o crescimento (com aproximadamente 20

anos). O disco epifisário pode ser reconhecido em uma pessoa

jovem através do raio X.

A diáfise é o corpo de um osso longo e as epífises as extremidades. A placa epifisária é o local de crescimento ósseo em comprimento. A cavidade medular é um espaço no interior da diáfise. A medula vermelha é o local de produção de células sanguíneas e a medula amarela consiste em gordura. O periósteo cobre a superfície externa do osso. A camada externa contém vasos sanguíneos e nervos. A camada interna contém osteoblastos e osteoclastos. As fibras perfurantes sustentam o periósteo, os ligamentos e os tendões mantendo-os no seu lugar. O endósteo reveste as cavidades no interior do osso e contém osteoblastos e osteoclastos.

Os osteoblastos produzem matriz óssea e tornam-se osteócitos.

Os osteoclastos destroem (reabsorvem) tecido ósseo.

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Vejamos como poderá o exercício físico auxiliar no envelhecimento do sistema esquelético.

· Aspectos Esqueléticos:

O processo de envelhecimento acarreta, entre outras consequências, a perda de densidade óssea, que pode levar à

osteoporose, principal preocupação em relação aos aspectos esqueléticos no idoso.

Muitos autores afirmam que o stress mecânico aplicado aos ossos, a ingestão de cálcio durante a infância e as

hormonas sexuais são os fatores mais importantes para alcançar o pico de massa óssea.

A atividade física aumenta a massa e diminui a perda óssea, independentemente de idade, género ou nível de

densidade óssea inicial. Esse facto é explicado pela hipertrofia a que o osso responde quando ultrapassa seu limiar

de stress. O local onde foi aplicada a carga responde mecanicamente, enquanto o esqueleto tem uma resposta

através do nível de cálcio.

O stress mecânico no osso gera potenciais eléctricos locais que afectam o equilíbrio da actividade osteoblástica e

osteoclástica, aumentando a densidade óssea.

Certamente, a actividade física produz um aumento da densidade óssea, ou, ao menos, a mantém, mas qual a

melhor estratégia de treino (intensidade, duração e frequência) para alcançar esse objectivo ainda é uma dúvida que

muitos pesquisadores procuram esclarecer.

Há um duplo efeito da actividade física na diminuição dos riscos de fractura consequente à osteoporose: a redução

da incidência e gravidade das quedas e o aumento da quantidade e qualidade ósseas.

Diversos estudos permitem afirmar que a intensidade deve estar acima de um limiar para que haja estimulação

óssea, mas, ao mesmo tempo, uma intensidade elevada pode causar, entre outros riscos, hipertrofia óssea.

Actividades que implicam suportar o peso corporal e estão pouco acima das basais são consideradas dentro desse

limiar, ou seja, se o indivíduo é sedentário, a caminhada pode-lhe ser útil, mas, se já pratica caminhadas no seu dia-

a-dia, então a corrida pode ser estimuladora. Mas, deve ser ressaltado que não é tão simples assim sugerir uma

actividade física a um idoso; é importante que vários outros factores de risco para a saúde sejam observados.

Autores concordam quando estabelecem a infância e a adolescência como idades ideais para se começar a pensar na

prevenção da osteoporose, pois é nessa fase que se atinge o pico de massa óssea. Além disso, estudos têm mostrado

que a prática da actividade física deve ser constante e duradoura, o que justifica o facto de pessoas com uma história

de actividades físicas habituais apresentarem maior densidade óssea do que sedentários.

COMPOSIÇÃO E PROCESSOS DE FORMAÇÃO ÓSSEA

A estrutura óssea pode ser dividida em 2 compartimentos: periférico ou cortical e axial ou trabecular. Todos os ossos

possuem diferentes proporções do componente ósseo cortical (mais superficial) e trabecular (mais profundo), sendo

o primeiro encontrado principalmente nos ossos longos (periféricos), constituindo 80% da massa esquelética total, e

o segundo encontrado no esqueleto axial ou central constituindo 70% do volume deste esqueleto.

O osso está em constantes mudanças, as quais, segundo BAR-OR (1996) podem ser divididas em 3 processos:

crescimento, modelagem e remodelagem. O crescimento compreende o desenvolvimento de toda estrutura

esquelética, tanto na largura quanto no comprimento - fenómeno controlado principalmente pelo sistema

endócrino. O desenvolvimento longitudinal é a característica principal do processo de crescimento, o qual é inibido

pela redução dos espaços epifisários, especialmente nos ossos longos. Por sua vez, a modelagem é responsável pelo

aumento da resistência óssea, pelo ganho de massa e corresponde principalmente ao tamanho ósseo. Esta última,

responde particularmente a atividades com predomínio de stress mecânico, como mostra o estudo de SCHULTHEIS

(1991), que relatou a possibilidade de estudantes praticantes de atividades com carga (musculação) adquirirem

maior resistência óssea com menor possibilidade de fraturas ao longo da vida.

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A remodelagem tem como principal função, a reparação de micro fraturas ocorridas no dia-dia por um contínuo ciclo

de destruição e posterior renovação óssea, ou seja, a ativação dos osteoclastos leva a reabsorção óssea e as ações

dos osteoblastos reconstroem a matriz óssea, levando a nova mineralização do tecido. Diferenças entre as ações dos

osteoblastos e osteoclastos podem elevar ou reduzir a mineralização, sendo que é o equilíbrio dinâmico entre eles

que possibilita a manutenção da Densidade da Matriz Óssea. Segundo LANYON, MAGEE & BAGGOT apud MAFFULLI

& KING (1992), a remodelagem depende de três fatores: (1) a magnitude da força aplicada no osso; (2) a freqüência

com a qual as forças são aplicadas e (3) a direção de aplicação da força.

Segundo BAR-OR (1996), as forças mecânicas induzidas pelo exercício físico, agem sobre os osteoblastos para formar

novo tecido, adaptando-o aos estímulos externos. De forma similar, a ação muscular resulta em estresse mecânico

no osso gerando potenciais elétricos que afetam o equilíbrio da atividade osteoblástica e osteoclástica, induzindo-o

a novas modificações. Com o avanço da idade, ocorre o predomínio da atividade osteoclástica aumentando o

processo de desmineralização óssea, a qual é atribuída principalmente a degeneração dos constituintes trabeculares

da estrutura óssea.

EXERCÍCIOS:

Os ossos do corpo são classificados em diferentes grupos, de acordo com a sua aparência. Quais são?

Qual é o grupo de ossos que se formam por ossificação direta?

Explica o processo de ossificação direta.

Designe as cinco funções do sistema esquelético. (ver pdf aulas)

Preenche os espaços.

a. A _____________ é o corpo de um osso longo e as _______________ as extremidades.

b. A ______________ é o local de crescimento ósseo em comprimento.

c. A ______________ é um espaço no interior da diáfise.

d. A _____________ é o local de produção de células sanguíneas e a ______________ consiste em gordura.

Quais são as funções dos osteoblastos e dos osteoclastos?

Quais são os fatores mais importantes para alcançar o pico de massa óssea?

O que acontece a uma articulação que não é submetida a qualquer de stress.

A atividade física produz efeitos na estrutura óssea, independentemente da idade, género ou nível de

densidade óssea inicial. Quais são esses efeitos?

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DESIGNAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES

As articulações são habitualmente designadas de acordo com os ossos ou suas porções que nela se relacionam; por

exemplo, a articulação temporomandibular é a articulação da mandíbula com o crânio, especificamente o processo

condilar da mandíbula com o osso temporal.

Exercício

Como se devem designar as articulações entre …

… os metacarpos e as falanges?

… o Úmero e o cúbito?

… a escápula e o úmero?

CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES

As articulações são separadas em três grupos, de acordo com sua estrutura e mobilidade. As articulações

classificam-se estruturalmente como fibrosas, cartilaginosas e sinoviais, ou seja, classificam-se de acordo com o tipo

de tecido conjuntivo que mantém o contacto entre os ossos, e a existência ou não de uma cápsula articular cheia de

líquido. As articulações também se podem classificar de acordo com a sua função, com base no grau de mobilidade

de cada uma. Fala-se então de sinartroses (imóveis), anfiartroses (semimóveis) e diartroses (que se movem

livremente).

Articulações fibrosas

As articulações fibrosas são constituídas por 2 ossos, que se encontram unidos por meio de tecido conjuntivo

fibroso interposto entre as superfícies articulares, não têm pouco ou nenhum movimento. As articulações deste

grupo classificam-se ainda, com base na sua estrutura, em suturas, sindesmoses ou gonfoses.

Suturas são linhas de junção entre os ossos do crânio. As suturas raramente são lisas e algumas são

completamente imóveis nos adultos.

Sindesmoses é um tipo de articulação fibrosa em que os ossos estão mais afastados do que numa sutura e

são unidos por ligamentos. Numa sindesmose pode haver algum movimento pela flexibilidade dos ligamentos, como

é o caso da sindesmose rádio-cubital, que mantém unidos o rádio e o cúbito.

Outro exemplo de articulação fibrosa tipo sindesmose há a membrana de ligação (membrana interóssea)

entre a Tíbia e Perónio, constituída por tecidos fibrosos, que exerce duas funções: 1) serve de ponto de origem para

vários músculos do membro inferior e 2) transfere o stress da Tíbia para o Perónio. A força que surge quando da

aterrissagem de um salto é exercida no Tálus, sobe pela Tíbia e daí é transmitida para o Perónio através desta

membrana. (A Tíbia é assim aliviada do stress).

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Gonfoses são articulações especializadas que consistem no encaixe em cavidades e são mantidas no seu

lugar por finos feixes de tecido conjuntivo. As articulações entre os dentes e os seus alvéolos da mandíbula e maxilar

são gonfoses.

Exercícios

Defina articulações fibrosas.

Com que base na estrutura como se classificam as articulações fibrosas?

As articulações fibrosas são constituídas por 2 ossos, que se encontram unidos por meio de um tipo de tecido

interposto entre as superfícies articulares, qual é?

Numa articulação fibrosa tipo sindesmose há a membrana de ligação (membrana interóssea) entre dois ossos,

constituída por tecidos fibrosos, que exerce duas funções. Que funções são?

Dê dois exemplos de articulação fibrosa tipo sindesmose.

Articulações cartilaginosas

Os ossos estão unidos entre si por uma fibrocartilagem cuja consistência (rigidez) permite a existência de

deformação e de um certo grau de movimento (normalmente flexão) entre segmentos ósseos.

Síncondroses

A sincondrose (união por meio de cartilagem) é uma articulação assinovial em que a junção de dois ossos se

faz por cartilagem hialina**, com pouco ou nenhum movimento. As placas epifisárias dos ossos em crescimento são

sincondroses. A maioria das sincondroses é temporária e é substituída por osso formando-se sinostoses.

** Cartilagem hialina: Possui moderada quantidade de fibras colágenas***. Forma o primeiro esqueleto do embrião, que, depois, é

substituído por osso. Mesmo assim, alguns locais dos ossos ainda mantêm esse tipo de cartilagem. Ela é a mais abundante do

corpo humano. É encontrada no disco epifisário, fossas nasais, brônquios e na traquéia

*** As fibras colágenas ou conjuntivas são composta pela proteína colágeno (talvez a proteína mais abundante do reino animal).

Formam feixes de fibras brancas, geralmente de contorno ondulado, que se cruzam e entrelaçam, podendo mesmo ramificar-

se. Transformam-se em gelatina quando aquecidas a temperaturas elevadas. Localizam-se geralmente em tendões e em volta

de músculos ou nervos.

Sínfises

A sínfise ou anfiartrose consiste em fibrocartilagem unindo dois ossos que aderem por superfícies planas.

São sínfises as junções entre o manúbrio e o corpo do esterno, a sínfise púbica e os discos intervertebrais. Algumas

destas articulações são semimóveis, pela natureza flexível da fibrocartilagem.

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Exercícios

Defina articulações cartilaginosas, descreva em que consiste a sínfise e dê um exemplo.

Como se pode classificar os discos intervertebrais quanto à sua função, com base no grau de mobilidade?

Articulações sinoviais

As articulações sinoviais contêm líquido sinovial e permitem um movimento considerável entre os ossos que

aí se articulam. As articulações são anatomicamente mais complexas do que as fibrosas e as cartilaginosas. A maior

parte das articulações que reúnem os ossos do esqueleto apendicular são sinoviais, refletindo a muito maior

mobilidade deste esqueleto em comparação com o esqueleto axial.

Tipos de articulações sinoviais

As articulações sinoviais classificam-se de acordo com a forma das suas superfícies articulares. Os seis tipos

de articulações sinoviais são: planas (artródias), em sela (efipiartroses), em roldana ou dobradiça (trocleartroses),

cilíndricas ou pivot (trocartroses), esféricas (enartroses) e elípticas (condilartroses).

O movimento das articulações sinoviais pode ser descrito como monoaxial (que ocorre em redor de um

eixo), biaxial (que ocorre em redor de dois eixos formando entre si um ângulo reto), ou multiaxial (que ocorre em

redor de vários eixos).

As articulações planas, de deslizamento, consistem em duas superfícies planas opostas e de dimensões

aproximadamente iguais, em que pode ocorrer um ligeiro movimento de deslizamento entre os ossos. Estas

articulações são monoaxiais. São exemplo as apófises articulares entre as vertebras (discos intervertebrais).

As articulações em sela consistem em duas superfícies articulares em forma de sela orientadas em ângulo

reto uma para a outra de modo a que as superfícies complementares se articulem. As articulações em sela são

biaxiais. Um exemplo é a articulação carpo-metacárpica do polegar.

As articulações em roldana ou dobradiça são monoaxiais. Consistem num cilindro convexo, na extremidade

de um osso, que se aplica numa concavidade correspondente de outro osso. São exemplos as articulações do

cotovelo e do joelho.

As articulações cilíndricas (trocartroses – articulação em Pivot) são monoaxiais, restringindo o movimento à

rotação em torno de um único eixo. Consiste numa apófise óssea relativamente cilíndrica que roda num anel

parcialmente composto de osso e parcialmente composto de ligamento. Exemplos: A articulação da cabeça do rádio

com a extremidade proximal do cúbito e a articulação entre a apófise odontoideia, que se projeta do áxis e o atlas.

As articulações esféricas (enartoses) consistem numa cabeça esférica na extremidade de um osso e num

encaixe no osso adjacente em que entra uma porção dessa cabeça. Este tipo de articulações é multiaxial, permitindo

um amplo leque de movimentos em quase todas as direções. São exemplos as articulações do ombro e da anca.

As articulações de contorno elíptico (condilartroses) são articulações esféricas modificadas. As superfícies

articulares são de forma mais elipsoidal que esférica. As articulações elípticas são biaxiais, porque a sua forma limita

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o leque de movimentos quase a um movimento de charneira em dois planos e limita a rotação. Um exemplo é a

articulação atlanto-occipital.

Fig. - A forma do elipsóide é definida pelo achatamento.

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EXERCÍCIOS:

1. Descreva a estrutura de uma articulação sinovial.

2. Como funcionam as diferentes partes, de modo a permitir o movimento articular?

3. Com que base se classificam as articulações sinoviais?

4. Descreva os diferentes tipos de articulações sinoviais e dê exemplos de cada um.

5. Que movimentos permitem cada tipo de articulação?

6. Dados estes tipos de articulações: 1. Gonfose; 2. Sutura; 3. Sínfise; 4. Sindesmose.

Escolha quais os que se mantêm unidos por tecido conjuntivo fibroso.

a. 1,2,3

b. 1,2,4

c. 2,3,4

7. Qual destas articulações não está associada ao tipo correto?

a. Parietal com occipital – sutura

b. Úmero e omoplata – sinovial

c. Corpos do rádio e do cúbito – sincondrose

d. Dentes nos alvéolos - gonfose

8. Quais destas articulações são mais móveis?

a. Suturas

b. Sindesmoses

c. Sínfises

d. Sinoviais

e. Gonfoses

9. Os discos intervertebrais são exemplos de …

a. Suturas

b. Sindesmoses

c. Sínfises

d. Articulações sinoviais

e. Gonfoses

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10. As articulações que contêm cartilagem hialina chamam-se ________________, e as que contêm

fibrocartilagem chamam-se ________________.

a. Suturas; sincondroses

b. Sindesmoses; sínfises

c. Sínfises; sindesmoses

d. Sincondroses; sínfises

e. Gonfoses; sincondroses

11. Quais destes aspetos são comuns às articulações em roldana ou dobradiça e às articulações em sela.

a. Ambas são sinoviais

b. Ambas têm superfícies côncavas que articulam com uma superfície convexa

c. Ambas são monoaxiais

d. a e b

e. todas as hipóteses acima referidas.