ANÁLISE SISTEMÁTICA E GEOGRAFICA DE IMPACTOS AMBIENTAIS

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    ANLISE SISTEMTICA DE

    IMPACTOS AMBIENTAIS

    TEORIA, MODELAGEM, SIMULAES, EXPERIMENTOS,

    ESTUDOS DE CASO E EXEMPLOS

    Dr. Georges Kaskantzis

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    4. AVALIAO SISTEMTICA DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

    4.1. IMPACTO AMBIENTAL

    O termo Impacto Ambiental definido como perturbao do ecossistema, provenientede uma ao ou omisso humana, qualificada de positiva ou negativa por um gruposocial, no contexto espacial e temporal. Observa-se que o efeito do impacto inclui umanoo de julgamento, valor positivo (benfico) ou negativo (prejudicial), portanto relativo, porque varia no espao e tempo. Na Figura 3.1 apresentada a evoluo doimpacto ambiental em funo do tempo.

    Figura 4.1 Impacto ambiental em funo do tempo, ta = momento antes do impacto, to =momento de ocorrncia do impacto, ti = momento do incio dos efeitos do impacto no meio, tf= momento aps o impacto e finalizao da ao e tc = momento de interesse considerado.

    4.2. AVALIAO DO IMPACTO AMBIENTAL (AIA)

    O processo de Avaliao do Impacto Ambiental (AIA) um dos instrumentos da Poltica

    Ambiental, constitudo por um conjunto de procedimentos capaz de assegurar, desdeo incio do processo, que projetos, aes e atividades humanas, com potencial de lesaro ambiente, sejam examinados criteriosamente para identificar e avaliar os impactospositivos e negativos que sero originados, as alternativas tecnolgicas e locacionais, eainda para consultar a comunidade, atravs da audincia pblica, sobre as propostas.

    Na percia ambiental as tcnicas de avaliao de impactos ambientais so teis paraidentificar, classificar e valorar qualitativa e quantitativamente os impactos negativosque causam os danos ambientais propriamente ditos.

    ta to ti tf tc

    Evoluo do Meio Ambiente sem Impacto

    Evoluo do Meio Ambiente apsocorrncia do Impacto Ambiental

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    4.3. LICENCIAMENTO AMBIENTAL

    Na percia ambiental o licenciamento ambiental do empreendimento sob anlise deveser solicitado para verificar a validade, as condicionantes do licenciamento e termosaditivos. Em diversas ocasies o empreendimento sofre modificaes na estrutura e no

    processo. No entanto, o licenciamento das modificaes, geralmente, no solicitadoconforme rege a legislao. Basicamente, existem trs tipos de licenas que devem serverificadas: Licena Prvia, Licena de Instalao e Licena de Operao.

    - LICENA PRVIA (LP)

    solicitada no incio do processo de licenciamento ambiental, na fase de planejamentodo empreendimento, obra ou atividade. Nessa fase o Poder Pblico exigir ou no aelaborao do EIA/RIMA. Os documentos geralmente solicitados so: requerimento dosolicitante, cadastro da atividade com caractersticas, cpia das notcias em jornal de

    circulao regional e dirio oficial, que tornam pblico o pedido de licenciamento ecpia do pagamento da taxa. Cabe observar que nada impede que o rgo licenciadorpea mais documentos para subsidiar a tomada de deciso.

    - LICENA DE INSTALAO (LI)

    Essa licena solicitada aps a licena prvia. Nessa fase so apresentados os planos eos programas ambientais tais como: Planos de Controle Ambiental, Programas deRecuperao Ambiental, Projeto das Unidades de Tratamento dos Efluentes Industriaise os Programas de Gerenciamento de Risco. Os documentos so semelhantes aos

    apresentados anteriormente, porm, adequados a essa fase do licenciamento. Apsobteno dessa licena, o interessado poder iniciar a implantao da atividade.

    - LICENA DE OPERAO (LO)

    A LO solicitada aps a obteno da LP e LI e vem acompanhada da documentaonecessria, que ser concedida se todos os procedimentos forem aprovados. Nessafase, os sistemas de tratamento dos poluentes do processo so verificados quanto eficincia proposta no projeto.

    No caso da Percia Ambiental obrigatrio verificar todas as licenas. Por outro lado, aanlise sistemtica do EIA - RIMA permite obter informaes importantes para realizara percia e responder aos quesitos. Portanto, caso exista um EIA j desenvolvido para aempresa ou atividade investigada no se deve deixar de solicit-lo, ele certamente serbastante til. A partir desse ponto, as tcnicas utilizadas para avaliao de impactosambientais sero descritas e aplicadas para a prtica da pericia ambiental.

    4.4 TIPOLOGIA DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

    Os impactos ambientais tm caractersticas distintas; as principais esto indicadas naTabela 4.1.

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    A caracterizao dos impactos ambientais realizada considerando seus elementos esuas possibilidades. importante identificar, classificar, analisar e avaliar os impactosambientais negativos decorrentes da leso ambiental (ITGE, 1998).

    Tabela 4.1 Principais caractersticas ou tipologia dos impactos ambientais

    ELEMENTO DO IMPACTO POSSIBILIDADE

    1. DESENCADEAMENTO IMEDIATO, DIFERENCIADO, ESCALONADO

    2. FREQNCIA CONTNUA, DESCONTNUA, SAZONAL

    3. EXTENSO PONTUAL, LINEAR, ESPACIAL

    4. REVERSIBILIDADE REVERSVEL, IRREVERSVEL

    5. DURAO 01 ANO, DE 1-10 ANOS, DE 10-50 ANOS

    6. MAGNITUDE GRANDE, MDIA, PEQUENA

    7. IMPORTNCIA IMPORTANTE, MODERADA, FRACA, DESPREZVEL

    8. SENTIDO POSITIVO, NEGATIVO

    9. ORIGEM DIRETA, INDIRETA, TERCIRIA

    10. ACUMULAO LINEAR, QUADRTICA, EXPONENCIAL

    11. SINERGIA PRESENTE, AUSENTE

    12. DISTRIBUIO DO NUS SOCIALIZADOS, PRIVATIZADOS

    4.5 IMPORTNCIA E MAGNITUDE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

    Para estabelecer a importncia, a magnitude e a significncia dos impactos ambientais, necessrio, inicialmente, fazer o inventrio ambiental. Os elementos deste inventrioso as caractersticas fsicas, qumicas, biolgicas, socioeconmicas e socioculturais,necessrias para definir a estrutura e entender o funcionamento do ambiente natural.

    Para facilitar o entendimento e estudo do ambiente, em geral, faz-se uma classificaodas caractersticas do sistema ambiental, atravs de uma rvore de nveis hierrquicos.O sistema dividido em subsistemas, componentes e fatores ambientais. Nos nveis dehierarquia esto fauna, flora, solo, gua, ar, paisagem e os bens materiais e imateriaisdo patrimnio histrico e cultural.

    Dependendo da metodologia empregada na avaliao de Impactos, o nmero de nveispode variar. Em geral, tem-se o subsistema fsico-natural constitudo dos meios inerte,biolgico e paisagstico; o subsistema socioeconmico e sociocultural e, o subsistemade infraestrutura.

    O meio inerte inclui os fatores ambientais ar, solo, gua e processos do meio inerte; omeio bitico engloba os fatores vegetao, fauna, processos do meio bitico; o meioperceptual inclui os fatores paisagsticos e singulares. No componente populao soconsiderados fatores culturais, nvel de renda, atividades econmicas da comunidade.No componente infraestrutura so consideradas as atividades e elementos urbanos.

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    A partir da classificao do ambiente so analisadas as caractersticas dos impactosambientais. A importncia do impacto medida qualitativa do mesmo, obtida a partirdo grau de incidncia (intensidade) da alterao produzida e caracterizao do efeito,verificada por uma srie de atributos preestabelecidos. Os atributos para valorao daimportncia do impacto ambiental esto na Tabela 4.2

    Tabela 4.2 Parmetros para avaliao da importncia do impacto ambiental

    NATUREZA DO IMPACTO (NA) INTENSIDADE (IN)

    Impacto benfico = + 1 Baixa = 1

    Impacto prejudicial = -1 Mdia = 2

    EXTENSO (EX) Alta = 4

    Pontual = 1 Muito Alta = 8

    Parcial = 2 Total= 12

    Extensa = 4 MOMENTO (MO) (ti to)

    Total = 8 Longo prazo = 1

    Crtica = + 4 Mdio prazo = 2

    PERSISTNCIA (PE) Imediato = 4

    Fugaz = 1 Crtico = 4

    Temporal = 2 REVERSIBILIDADE(RV)

    Permanente = 84 Curto prazo = 1

    PERIODICIDADE (PR) Mdio prazo = 2

    Descontnuo = 1 Irreversvel = 4

    Peridico = 2 ACMULO (AC)

    Contnuo = 4 Simples = 1

    SINERGISMO (SI) Acumulativo = 4

    Ausncia = 1 RECUPERABILIDADE (MC)

    Sinrgico = 2 Imediata (< 1 ano) = 1

    Muito Sinrgico = 4 Mdio prazo (1- 3 anos) = 2

    Longo prazo (3-10 anos) = 4

    Permanente = 8

    A equao para o clculo do grau de importncia dos Impactos Ambientais, utilizandoos parmetros da Tabela 4.2, apresentada abaixo.

    I = NA (3IN + 2EX + MO + PE + RV + SI + AC + PR + MC)

    O resultado da relao indica qualitativamente a importncia do impacto ambiental:

    IRRELEVANTE: 0 I < 25; MODERADO: 25 < I < 50; SEVERO: 50 < I < 75; CRTICO: I > 75.

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    A magnitude do impacto ambiental uma estimativa quantitativa do efeito do mesmosobre o fator ambiental afetado, geralmente, determinada a partir de indicadores deimpacto do fator. Observa-se que fator pode ser afetado por mais de um impacto.Para estimar a magnitude dos impactos so utilizados diversos modelos como, porexemplo, modelos de difuso de poluentes, de vulnerabilidade, de qualidade

    ambiental, entre outros. A tcnica mais empregada usa funes de transformao oude qualidade para avaliar as alteraes dos indicadores dos fatores ambientaisafetados.

    4.6. MTODO DE PASTAKIA PARA AVALIAO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

    A anlise dos impactos ambientais decorrentes de um evento acidental tambm podeser realizada pelo mtodo de Pastakia (PASTAKIA, 1998). Esse mtodo avalia os efeitose as alteraes dos componentes ambientais causados pelos impactos negativos. Oscomponentes ambientais do sistema considerados so: Fsico-Qumicos; Ecolgico-

    Biolgicos; Social-Culturais e Econmico-Operacionais. Trata-se de um mtodo simplese direto, usualmente empregado nos estudos de Avaliao Ambiental (EIA/RIMA).

    Esse mtodo emprega cinco critrios, divididos em dois grupos, para calcular o ndicede impacto (ES) dos componentes ambientais com uma matriz. O ndice ES classifica osimpactos ocorridos nos componentes em escala numrica e alfabtica. Os critrios doprimeiro grupo avaliam a importncia e a magnitude da condio estabelecida peloimpacto no componente, em funo de benefcios, prejuzos, interesses da populaolocal e fronteiras (PASTAKIA, 1998).

    O segundo grupo de critrios avalia a permanncia, reversibilidade e acmulo dosefeitos e alteraes provocadas pelos impactos nos componentes analisados. A escalanumrica e alfabtica do ndice de impacto (ES) e a classificao dos impactos estoindicadas na Tabela 4.3. Os critrios utilizados esto apresentados na Tabela 4.4.

    Tabela 4.3 Escala do valor do ndice (ES) e da classe do impacto ambiental

    Faixa de valor

    (ES)

    Escala

    alfabtica (ES)

    Escala

    numrica (ES)

    Classe do

    impacto ambiental

    108 a 72 E 5 Extremamente positivo

    71 a 36 D 4 Significativamente positivo

    35 a 19 C 3 Moderadamente positivo

    10 a 18 B 2 Pouco positivo

    1 to 9 A 1 Muito pouco positivo

    0 N 0 Inalterado

    -1 a -9 -A -1 Muito pouco negativo

    -10 a -18 -B -2 Pouco negativo

    -19 a -35 -C -3 Moderadamente negativo

    -36 a -71 -D -4 Significativamente negativo

    -72 a -108 -E -5 Extremamente negativo

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    Tabela 4.4 Critrios de avaliao do impacto nos componentes ambientais

    GRUPOS DE CRITRIOS OBSERVAES

    (A1) IMPORTNCIA DA CONDIO

    (0) = sem importncia(1) = importante somente para o local da condio(2) = importante para vizinhana local da condio(3) = importante para o interesse regional e nacional

    Representa uma medida da importncia dacondio estabelecida, em relao sfronteiras geogrficas ou interesses dapopulao afetada.

    (A2) MAGNITUDE DA MUDANA / EFEITO

    (+3) = grande benefcio positivo(+2) = significante aumento da condio atual(+1) = melhoria da condio atual(0) = sem mudana da condio(-1) = mudana negativa da condio atual(-2) = significativa mudana negativa ou prejuzo

    (-3) = grande prejuzo ou mudana

    A magnitude definida com a medida naescala do benefcio/prejuzo, impacto oumudana da condio inicial

    (B1) PERMANNCIA

    (1) = no-aplicvel / sem mudana(2) = temporria(3) = permanente

    Define se a condio estabelecida permanente ou temporria no tempo.

    (B2) REVERSIBILIDADE

    (1) = no-aplicvel / sem mudana(2) = reversvel(3) = irreversvel

    Define se a condio estabelecida pode serrevertida e indica tambm o nvel decontrole sobre o efeito da condioestabelecida.

    (B3) ACMULO

    (1) = no-aplicvel / sem mudana(2) = no-acumulativo / individual(3) = acumulativo / sinrgico

    Indica se o efeito ocasionar um impactoindividual direto, sinrgico e acumulativoao longo do tempo.

    O clculo do valor do ndice de impacto (ES) realizado pela expresso:

    (ES) = (A1 x A2) + (B1 + B2 + B3)

    A1, A2, B1, B2 e B3 - so os valores dos critrios de avaliao do impacto ambientalatribudo a partir dos dados da Tabela 4.4.

    EXEMPLO. O vazamento acidental de leo no solo afetou os componentes do sistemaambiental. A partir das visitas de campo, anlise documental e resultados analticosdas amostras de solo, foram identificadas as condies dos componentes afetados e osefeitos decorrentes. Com os critrios de avaliao foi calculado o ndice de impacto decada componente. Os ndices individuais dos componentes de cada grupo foramsomados, e a soma dos grupos foi comparada para estabelecer os mais afetados. Os

    resultados obtidos esto apresentados nas Tabelas 4.5 e 4.6 e Figura 4.2.

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    Tabela 4.5 ndices do impacto dos componentes ambientais afetados

    Componentes Fsicos e Qumicos (PC) = - 174 ES RB A1 A2 B1 B2 B3

    SOLO01 Contaminao do solo -24 -C 2 -2 2 2 2

    SOLO02 Contaminao das margens do riacho -32 -C 2 -2 3 3 2

    SOLO03 Impermeabilizao do solo -8 -A 1 -1 3 3 2

    SOLO04 Contaminao das margens dos rios -14 -B 2 -1 2 3 2SOLO05 Alterao da drenagem hdrica do solo -3 -A 1 -1 1 1 1

    SOLO06 Alterao da infiltrao de gua -3 -A 1 -1 1 1 1

    SOLO07 Aumento do processo de eroso -3 -A 1 -1 1 1 1

    SOLO08 Contaminao da gua subterrnea -12 -B 2 -1 2 2 2

    SOLO09 Contaminao dos banhados -54 -D 3 -3 2 3 1

    SOLO10 Reduo da reteno de gua do solo -3 -A 1 -1 1 1 1

    Componentes Ecolgicos e Biolgicos (BE) = - 109 ES RB A1 A2 B1 B2 B3

    SBIO01 Perda de habitats naturais -14 -B 2 -1 2 2 3

    SBIO02 Eliminao de vegetao -32 -C 2 -2 3 3 2

    SBIO03 Impacto sobre a fauna terrestre -10 -B 2 -1 2 2 1SBIO04 Distrbio da fauna silvestre -10 -B 2 -1 2 2 1

    SBIO05 Perda de stios, abrigo, alimentao, reproduo -14 -B 2 -1 2 2 3

    SBIO06 Impacto sobre local dessedentao animal -10 -B 1 -2 1 2 2

    SBIO07 Interrupo de corredores ecolgicos -12 -B 2 -1 2 2 2

    SBIO08 Impacto sobre a cadeia trfica -7 -A 1 -1 2 2 3

    Componentes Sociais e Culturais (SC) = - 43 ES RB A1 A2 B1 B2 B3

    SSC01 Alterao da paisagem -10 -B 2 -1 1 3 1

    SSC02 Impacto sobre uso da gua -6 -A 2 -1 1 1 1

    SSC03 Impacto sobre uso do solo -3 -A 1 -1 1 1 1

    SSC04 Gerao de conhecimentos 63 D 3 3 3 1 3

    SSC05 Perda de terras agrcolas -6 -A 1 -1 3 1 2

    SSC06 Gerao de emprego temporrio 10 B 2 1 2 1 2

    SSC07 Desvalorizao dos terrenos ribeirinhos -8 -A 1 -1 3 3 2

    SSC08 Atendimento s comunidades 36 D 3 3 1 1 2

    Componentes Econmicos e Operacionais (EO) = - 211 ES RB A1 A2 B1 B2 B3

    SECM01 Custo do atendimento da emergncia -18 -B 3 -2 1 1 1

    SECM02 Custo de atendimento do acidente -27 -C 3 -3 1 1 1

    SECM03 Custos de recuperao das reas contaminadas -27 -C 3 -3 1 1 1

    SECM04 Pagamento de indenizaes -18 -B 3 -2 1 1 1

    SECM05 Pagamento de multas -27 -C 3 -3 1 1 1

    SECM06 Custo dos processos legais -36 -D 4 -3 1 1 1SECM07 Custo de recuperao da imagem da empresa -24 -C 4 -2 1 1 1

    SECM08 Custos de aquisio, equipamento e instalaes -6 -A 2 -1 1 1 1

    SECM09 Alterao da rotina de vida local -10 -B 2 -1 2 2 1

    SECM10 Impactos visual-olfativos -10 -B 2 -1 2 2 1

    SECM11 Aumento do trfego de veculos -8 -A 2 -1 2 1 1

    (ES) = (a1 x a2) x (b1 +b2 +b3) = (2 x -1) x (2 + 1 +1) = - 8 -8 -A A1 A2 B1 B2 B3

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    ANLISE DOS RESULTADOS

    Os dados da Tabela 3 indicam que o derrame do leo no solo originou impactos emtodos os grupos de componentes ambientais. Na Tabela 4.6 esto indicados os ndicesde impacto ambiental ES dos componentes ambientais afetados.

    Tabela 4.6 ndice global dos impactos dos componentes ambientais

    (ES)-108-72

    -71-36

    -35-19

    -18-10

    -9-1

    00

    19

    1018

    1935

    3671

    72108

    Classe -E -D -C -B -A N A B C D E

    PC 0 1 2 2 5 0 0 0 0 0 0BE 0 0 1 6 1 0 0 0 0 0 0SC 0 0 0 1 4 0 0 1 0 2 0EO 0 1 4 4 2 0 0 0 0 0 0

    Total 0 2 7 13 12 0 0 1 0 2 0

    Os resultados indicam que vazamento acidental de leo no solo causou 37 impactosnos componentes do sistema ambiental, mas apenas dois foram significativamentenegativos (-D). Apesar do acidente, a experincia adquirida pelos tcnicos da empresae pelas autoridades com essa ocorrncia e informaes geradas a partir de trabalhosrealizados pela empresa para recuperar o solo foram significativamente positivos (+D).

    Os componentes ambientais mais afetados pela contaminao do solo com leo, emordem decrescente, foram os Econmico-Operacionais (-230); Fsico-Qumicos (-174),Ecolgico-Biolgicos (-109) e os Scio-Culturais (-43). No grupo de componentes Fsico-

    Qumico a contaminao do banhado foi o mais negativo e relevante, mas pode serrecuperado. No grupo Ecolgico-Biolgico o impacto mais relevante foi eliminao davegetao, classificado como moderadamente negativo (C).

    No grupo dos componentes Sociais e Culturais no foi constatada a ocorrncia deimpacto negativo de relevncia. Os resultados indicam que houve apenas alterao dapaisagem devido instalao das mquinas, sendo o impacto classificado como pouconegativo (-B).

    A partir dos resultados obtidos podemos concluir que os componentes do grupo Fsico-

    Qumicos foram os mais afetados e causaram as maiores alteraes dos componentes.Os dados da Tabela 4.5 indicam que a contaminao do riacho e do banhado foram osmais relevantes. Os dados da Figura 4.2 indicam que os impactos negativos dacontaminao do solo esto no centro da escala de valores do ES, ou seja, podem serconsiderados como impactos de muito pouco a modernamente negativos.

    Com a aplicao desse mtodo foi possvel avaliar os impactos ambientais provocadospelo vazamento de leo, identificar de forma sistemtica os componentes ambientaismais afetados, determinar os ndices de impacto ES, para comparar e determinar osimpactos mais relevantes do acidente investigado.

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    Figura 4.2 ndice de impacto ES dos grupos de componentes (PC) Fsico-Qumicos, (BE)Ecolgico-Biolgicos, (SC) Scio Culturais, (EO) Econmico-Operacionais afetados pelacontaminao do solo com leo derramado no acidente

    4.7. AVALIAO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PELA MODELAGEM E SIMULAO

    Com o avano da capacidade de processamento dos computadores, a modelagem doscenrios acidentais est se tornando uma ferramenta de grande valia na investigaode Impactos Ambientais. Com a modelagem ambiental possvel verificar hipteses,simular o transporte e acmulo de poluentes no ambiente, para estimar-se o nvel derecuperao e o estado de conservao ao longo do tempo. Alm disso, a modelagemcom computador possibilita avaliar o efeito dos Impactos Ambientais sobre a dinmicados processos biolgicos, como, por exemplo, cadeias trficas, ciclos reprodutivos de

    animais, entre outros.

    SOLO

    -E -D -C -B -A N A B C D E

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    -E -D -C -B -A N A B C D E

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    PC

    -E -D -C -B -A N A B C D E

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    BE

    -E -D -C -B -A N A B C D E

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    SC

    -E -D -C -B -A N A B C D E

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    EO

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    Os softwares de ltima gerao, como os Sistemas de Informaes Geogrficas (SIG)possibilitam a espacializao das informaes ambientais e superposio de mapastemticos, cobertura vegetal, geologia, usos do solo, corpos hdricos, etc. Isto significaque podemos avaliar impactos negativos que ocorrem em diversos fatores ambientais,simultaneamente e de forma integrada, o que facilita a identificao de efeitos diretos,

    secundrios e cruzados nos fatores afetados. Os estudos de anlise de riscos atravsda simulao de modelos fenomenolgicos e determinsticos no computador fornecemresultados que indicam as medidas de segurana para proteger a sade da populao.

    EXEMPLO

    Uma fbrica de formicidas est localizada a 250m de uma comunidade. O formicidaparticulado altamente txico produzido em reator batelada pressurizado. Quando apresso atinge o limite mximo, a vlvula de alvio do reator libera o produto parachamin. Apesar do sistema de segurana atender s especificaes, os tcnicos do

    rgo ambiental esto preocupados com a comunidade e solicitaram empresa umestudo de anlise de riscos. O objetivo estimar o valor da concentrao do herbicidana comunidade caso ocorra abertura da vlvula do reator por medida de segurana.

    MODELAGEM DA EMISSO DAS PARTCULAS PELA CHAMIN

    Clculo da Concentrao do Componente Ativo (mg/m3)

    C x y( )2 Q 10

    6

    3.14D2

    u x2 n

    exp

    xn 2

    D2

    y2

    Hx v

    u

    2

    1

    1

    1 n

    2

    H u

    x v1

    2

    x0 10 m x 1 1 500 m

    y0 50 m y1 50 m

    M CreateMesh C x0 x1 y0 y1( )

    RESULTADOS OBTIDOS COM A SIMULAO DO CENRIO ACIDENTAL

    Os resultados da simulao indicaram que a emisso do produto pela chamin iria sedepositar na comunidade com concentrao acima da mxima permitida na legislao,e poderia causar danos sade da populao da vizinhana. Tal produto deixou de serfabricado nessa unidade industrial.

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    RESULTADOS DA MODELAGEM DE POLUENTES ATMOSFRICOS

    r

    1

    52

    103

    154

    205

    256

    307

    358

    409

    460

    511

    562

    613

    664

    715

    766

    817

    868919

    970

    1.02110 3

    1.07210 3

    1.12310 3

    1.17410 3

    C r( )

    0

    1.72510 -13

    3.75710 -7

    5.90310 -6

    1.35710 -5

    1.78110 -5

    1.89310 -5

    1.83610 -5

    1.70810 -5

    1.55810 -5

    1.40910 -5

    1.27110 -5

    1.14710 -5

    1.03810 -5

    9.4110 -6

    8.56110 -6

    7.81610 -6

    7.15910

    -6

    6.5810 -6

    6.06610 -6

    5.6110 -6

    5.20310 -6

    4.83910 -6

    4.51110 -6

    0 250 500 750 1000 1250 1500 1750 2000 2250 25001 10

    14

    2 106

    4 106

    6 106

    8 106

    1 105

    1.2 105

    1.4 105

    1.6 105

    1.8 105

    Perfil de Concentrao do Composto

    distncia axial (m)

    C(mg/Nm3)

    PLUMAS DE MATERIAL PARTICULADO

    Taxa de Deposio de Partculas (mg/m2 s) - Cenrio 1A - C = 0,01 mg/Nm3

    M

    Figura 4.3 Resultado da simulao da disperso atmosfrica de partculas txicas

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    EXEMPLO

    O lanamento ilegal de agrotxicos em um ecossistema aqutico provocou a morte einfeco da ictiofauna. O acidente causou o desequilbrio da populao dos peixes.Algumas semanas depois do evento foram observados peixes com leses, que

    infectaram outros indivduos da ictiofauna. Os especialistas tambm observaram noecossistema afetado peixes resistentes contaminao.

    Para estimar-se a evoluo da epidemia na ictiofauna, causada pela contaminao dagua, foi realizada a simulao da dinmica do comportamento de trs populaes depeixes (contaminados, sensveis e resistentes a contaminao) como funo do tempo(02 anos). A simulao do modelo foi realizada com o programa STELLA. Na Figura 4.4est o modelo utilizado; no grfico da Figura 4.5 esto os resultados das populaes depeixes estudados e na Tabela 4.7 esto os valores numricos do grfico da Figura 4.5.

    Figura 4.4 Simulao das populaes dos peixes infectados, resistentes e sensveis

    epidemia, originada pelo lanamento de produtos txicos

    Os resultados obtidos indicam que nos primeiros meses o nmero de peixes sensveisreduz, enquanto, as populaes dos peixes contaminados e resistentes aumentam.Revelam tambm que, durante um ano, os efeitos do acidente afetam as populaesde peixes (comportamento oscilatrio); aps esse perodo espera-se que oecossistema retorne ao equilbrio, mas ainda com a presena de peixes contaminados.Isto significa que, no mnimo durante este perodo, a pesca deve ser proibida.

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    Figura 4.5 Nmero de peixes das populaes atingidas pelo acidente

    Tabela 4.7 Variao das populaes de peixes atingidas, em funo do tempo

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    EXEMPLO

    Um vazamento de petrleo atingiu o solo e vegetao de uma regio industrial. Paraestabelecer a rea que foi contaminada pelo petrleo foi empregada uma imagem desatlite, obtida no dia do acidente. Com um Sistema de Informaes Geogrficas (SIG),

    a imagem foi georeferenciada, identificadas as feies de interesse, e classificada pelatcnica da Mxima Verossimilhana e Segmentao de Objetos. Aps a classificaoforam determinadas as dimenses das reas afetadas pelo acidente.

    CLASSIFICAO DA IMAGEM PELA TCNICA DA MXIMA VEROSSIMILHANA

    Figura 4.6 Imagem de satlite da rea atingida pelo leo, derramado

    Na Figura 4.6 est indicada a regio atingida pelo leo no acidente. A classificao da

    imagem pela Mxima Verossimilhana foi realizada em vrias etapas. Inicialmenteforam determinados os componentes principais da imagem para identificar as classesde interesse (cinco). Em seguida, foi realizada a classificao no-supervisionada paraobter as classes de treinamento.

    Com os resultados da etapa anterior foi realizada uma classificao mais refinada daimagem pela Mxima Verossimilhana. Para melhorar os resultados foram obtidos osdados de declividade e orientao geogrfica do terreno, atravs do SIG. Na Figuras de(a) - (f) esto indicados, respectivamente, os componentes principais; a declividade; osaspectos; as classes, os dados integrados e resultados da classificao da imagem.

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    (a) Componentes Principais

    (b)Declividade do Terreno

    (c) Aspectos do Terreno

    (d)Classes identificadas na imagem

    (e)Camadas (b), (c) e (d) Integradas

    (f) Resultados da Classificao

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    Os resultados indicam que a soma das reas de classes identificadas na imagem igual

    a 129.338,90 m2 (13 ha). Deste total, 3,5 ha correspondem vegetao; 2,2 ha aosolo, 1,1ha s estradas; 2,9 ha sombra e 3,3 ha superfcie coberta com leo. Logo, asuperfcie afetada por leo corresponde, aproximadamente, a 25,4% da rea total naimagem analisada. Na Figura 4.7 esto os resultados obtidos.

    Figura 4.7 rea da sombra, vegetao, leo, solo exposto e das estradas

    CLASSIFICAO PELA TCNICA DA SEGEMENTAO E ANLISE ORIENTADA OBJETOS

    A segunda regio da imagem de satlite foi classificada pela tcnica da segmentao eanlise orientada por objeto. O mtodo fornece um resultado melhor que o anterior,principalmente, para imagens de alta resoluo. A segmentao da imagem realizadaem multiescalas para hierarquizar os objetos indicados na Figura 4.8.

    Aps a segmentao, as classes e os objetos da imagem foram definidos. Em seguida,foram obtidas as amostras de treinamento, tcnica do vizinho mais prximo. Os dadosdo treinamento foram utilizados com a imagem de satlite para fazer sua classificaodefinitiva pela tcnica Fuzzy. Neste caso foram adotadas 05 classes para classificar os

    objetos. As classes foram solo, flora, leo, estrada e sombra (classe no classificada).

    Os resultados obtidos indicam que a soma das reas de todos os objetos classificados igual a 38,5 ha. Desta rea total, 8,4 ha so do solo; 16,8 ha da flora; 9,5 ha da regiocom leo, 2,4 ha das estradas e 1,4 ha superfcie da sombra. Neste caso, a rea cobertacom leo representa, aproximadamente, 24,68% da rea total dessa regio analisada.As reas das classes na 1 e 2 regio, respectivamente, so: solo (17 e 21,28%); flora(27,1 e 43,64%); leo (25,4 e 24,68%), estradas (8,5 e 6,23%) e sombra (22,3 e 3,64%).Assim, na segunda regio da imagem existe mais vegetao que na primeira e menossombra, mas, para as outras classes das feies analisadas, as reas so semelhantes.

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    (a) Imagem de satlite

    (b)Resultado da segmentao

    (c) Identificao dos objetos (leo)

    (d) Identificao das classes

    (e)Dados de treinamento

    (f) Resultados da classificaoFigura 4.8 Tratamento e classificao da imagem: (a) original; (b) segmentada; (c) identificaode objeto (leo); (d) identificao das classes (flora, leo, estrada, solo); (e) dados treinamento;(f) imagem classificada

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    4.8 OUTROS MTODOS PARA AVALIAO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

    As metodologias mais utilizadas para avaliar os impactos ambientais so: MetodologiaEspontnea; Listagens de Verificao; Matrizes de Interao; Redes de Interaes;Metodologias Quantitativas; Modelo de Simulao; Mapas Temticos de Superposio

    e Projeo de Cenrios. A escolha da metodologia adequada para cada caso dependedos recursos tcnicos e financeiros disponveis e atendimento do termo de referncia.

    MATRIZ DE INTERAO (Mtodo semi-quantitativo)

    A tcnica da Matriz de Interao uma lista bidimensional que faz o cruzamento dascondies e caractersticas dos fatores ambientais com as aes prejudiciais. Asinteraes destes elementos so analisadas pela magnitude e importncia. Amagnitude representa a extenso das interaes entre caractersticas ambientais eaes prejudiciais. Na Tabela 4.8 est um exemplo da Matriz de Interao.

    Adota-se a faixa de valores de [0,5] para magnitude e importncia. Atribu-se o valor01 intensidade pequena e 05 grande. Em cada clula de interao colocada umalinha diagonal em cada clula e atribudos os valores do grau de importncia e damagnitude, respectivamente, acima e abaixo da diagonal. Em seguida, somam-se todosos valores das linhas e colunas para obter o valor global dos impactos. Os resultados daTabela 4.8 indicam que as aes de explorao de carvo afetam a qualidade da gua.

    Tabela 4.8 Matriz de interao: explorao de carvo versus qualidade da gua

    Fator/ AoExploso

    furosEscavao

    terreno Poos DragasExtraomadeira

    Pescacomercial

    Caacomercial

    TOTAL(I\M)

    Superficial 2 \ 4 2 \ 4 2 \ 2 2 \ 3 1 \ 2 1 \ 4 2 \ 2 12\21

    Ocenica 1 \ 2 1 \ 1 1 \ 2 1 \ 2 0 \ 0 5 \ 4 0 \ 0 9\11

    Fretico 2 \ 1 2 \ 2 5 \ 4 0 \ 0 0 \ 0 0 \ 0 0 \ 0 9 \7

    Qualidade 2 \ 1 4 \ 4 1 \ 3 1 \ 2 1 \ 2 5 \ 3 5 \ 3 19\18

    Temperatura 0 \ 0 0 \ 0 0 \ 0 0 \ 0 1 \ 3 0 \ 0 0 \ 0 1\3

    Reposio 0 \ 0 2 \ 3 3 \ 3 2 \ 3 2 \ 2 0 \ 0 0 \ 0 9\11

    Geada 1 \ 1 1 \ 1 0 \ 0 0 \ 0 1 \ 2 0 \ 0 0 \ 0 3\4

    TOTAL (I\M) 8\9 12\15 12\14 6\10 6 \ 11 11 \ 11 7 \ 5 62\65

    MTODO BATELLE

    Na avaliao econmica do dano ambiental, um dos principais problemas que existem a quantificao do impacto que permita expressar os efeitos provocados por meio devalores numricos. Em 1972 foi desenvolvido pelo Instituto Batelle um procedimentopara valorar os efeitos do impacto sobre o ambiente atravs de unidades mensurveis.

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    Os impactos so divididos em quatro categorias: ecolgicos; contaminao ambiental;esttica e interesse humano. O sistema dividido em 78 elementos, agrupados em 18componentes e 4 categorias. O impacto para cada elemento equivalente ao produtoponderado do ndice de Qualidade Ambiental (IQA) e ndice de Importncia Relativa(IPR). Esse ndice de Importncia Relativa determinado pelo grupo de especialistas.

    O mtodo tambm emprega uma srie de curvas dos elementos para definir a relaode pertinncia entre o valor numrico do elemento a sua qualidade ambiental. Umponto crtico da tcnica que nem sempre a escolha dos melhores componentes dequalidade bvia. Outro ponto crtico a designao da Importncia Relativa doscomponentes. Caso no seja adequada para fazer a avaliao, tanto os componentesbiofsicos como os socioeconmicos perdem nfase.

    O primeiro passo transformar o valor do elemento no valor do ndice de qualidadeambiental, para uniformiz-los em uma escala de 0-1, onde zero significa um ndice de

    qualidade baixo e 01 um ndice de qualidade muito bom. A transformao do ndice deQualidade Ambiental realizada com a funo indicada na Figura 4.9.

    O segundo passo atribuir o valor da importncia para os 78 elementos atravs dos1000 pontos correspondentes. O nmero de pontos atribudos para o elemento refletea sua importncia em relao aos demais. No final, o valor do ndice de QualidadeAmbiental de cada elemento multiplicado pelo ndice de Importncia Relativa (IPR)para a obteno valor do ndice de Impacto Ambiental (IIA). Matematicamente tem-se

    (IIA) = (IQA) x (IPR)

    EXEMPLO. Aps o acidente, a concentrao de oxignio dissolvido na gua era igual a0,4mg/L. A partir da curva de qualidade ambiental do OD, Figura4.9 obtm-se o ndicede 0,35. O valor multiplicado pelo peso das Unidades de Importncia Ambiental (=31),obtido da Figura L, fornece o valor do ndice de Impacto Ambiental, UAI = 0,35 x 31 =10,85. Fazendo da mesma forma para todos os elementos ambientais e procedendo asoma dos ndices de impacto calcula-se o valor total dos impactos.

    Figura 4.9 Funo qualidade ambiental da gua em funo do O2 dissolvido

    0

    0.2

    0.4

    0.6

    0.8

    1

    0 2 4 6 8 10

    Oxigeno Disuelto (mg/l)

    CalidadAmbiental

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    4.9 AVALIAO DE RISCO TOXICOLGICO SAUDE

    Durante a percia das reas contaminadas importante avaliar a existncia de riscospotenciais sade da populao. Dependendo do caso, ecossistemas, plantaes eoutros componentes tambm devem ser investigados. Alm disto, a identificao e a

    quantificao dos riscos da rea contaminada subsidiaro os planos de remediao eas medidas corretivas a serem adotadas.

    O risco representa a probabilidade da ocorrncia de um efeito adverso sade devido exposio a substncias txicas. A avaliao de risco a estimativa da exposio dapopulao a uma determinada substncia txica e avaliao do efeito adverso sadeem decorrncia dessa exposio. Os principais fatores que devem ser considerados naavaliao dos riscos so os contaminantes, os receptores e as vias de exposio.

    As metodologias de avaliao de risco so baseadas nos princpios da toxicologia

    sade humana e nas propriedades fsico-qumicas e comportamento ambiental doscontaminantes. Em geral, seguem a desenvolvida pela Agncia de Proteo AmbientalAmericana USEPA. Para quantificar o risco deve-se realizar a coleta e avaliao dosdados; avaliao de toxicidade; avaliao da exposio; caracterizao e quantificaodos riscos e o gerenciamento. Atualmente, existem diversos programas para avaliaodos riscos sade pela exposio de txicos como RBCA; C-SOIL; RISK PRO; SADA; etc.

    A coleta e avaliao dos dados iniciam na etapa da avaliao preliminar e continuamdurante as etapas da investigao confirmatria e investigao detalhada. Os dadoscoletados no campo so analisados no laboratrio para identificar os contaminantes e

    para estimar a distribuio espacial da concentrao. Deve-se estabelecer mtodosanalticos e limites de deteco; avaliar brancos de campo e de laboratrio; compararos resultados obtidos com valores de background; identificar substncias qumicas.

    A avaliao de toxicidade define a toxicidade especfica para cada composto avaliado,considerando-se os efeitos adversos sade associados exposio. Na avaliao daexposio, analisa-se a intensidade, a frequncia, a durao e as vias ou caminhos deexposio humana, atual ou futura, dos contaminantes. Os valores de exposio paradiferentes usos do solo esto na Tabela 4.9.

    Os resultados da avaliao de toxicidade so obtidos do monitoramento e modelagemdo transporte e da atenuao do poluente. Na Figura 4.10 esto indicadas as vias deexposio do contaminante. Na Figura 4.11 esto indicados alguns mtodos analticosutilizados para identificar e quantificar os contaminantes.

    A interpretao e avaliao dos dados do monitoramento so processos comparativosque servem para apurar o potencial de risco da rea contaminada. Tm-se utilizado oslimites de referncia de fontes, como, por exemplo, Valores Orientados da CETESB;Lista Holandesa; Lista de Berlim.

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    Figura 4.10 Principais caminhos de exposio dos contaminantes

    Figura 4.11 Tcnicas analticas utilizadas para investigar contaminantes

    A exposio o contato de um organismo com o contaminante. Se a exposio ocorrerao longo de um perodo de tempo, a exposio total pode ser dividida pelo perodo deinteresse para obter a taxa de exposio mdia por tempo. A taxa de exposio mdia uma funo da massa corporal. O ingresso a quantificao das concentraes docontaminante que ingressam no receptorexposto pela via de ingresso. A equaoutilizada para o clculo do ingresso das substncias no receptor :

    Onde:

    I = ingresso (mg/kg dia); C = concentrao da substncia no meio de contato (mg/L de gua); CR = taxa de contato (ex: litros/dia); EF = freqncia da exposio (dias/ano); ED = durao da exposio (anos); BW = massa corprea (kg);

    AT = tempo mdio (dias).

    processoseletroqumicos

    processosespectromtricos

    processoscromatogrficos

    processos fsico-atmicos

    Medida do pH

    Condutividadepotencial de

    Redox

    Potenciometria(eletrodos seleti-

    vos)

    EspectrometriaUV e VIS

    EspectrometriaInfravermelho (IR)

    Espectrometria defluorescncia

    Espectrometria deabsoro atmica

    Cromatografiagasosa (CG)

    Cromatografialquida (HPLC)

    Cromatografiacamada delgada

    (CCD)

    Espectrometriamassa

    Anlise raios X

    Medidas deradioatividade

    ABSOR O HUMANA

    INALAO INGESTO CUTANEA

    VIAS DIRETAS

    SOLO

    VIAS INDIRETAS PLANTASGUA SUBTERRNEA

    ALIMENTOSGUA POTVEL

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    Tabela 4.9 Valores de exposio de contaminantes, em funo do uso do soloUso do solo Via de exposio Taxa

    Residencial Ingesto de gua 2 litros / dia

    Comercial Ingesto de gua 1 litro / dia

    Residencial Inalao (exterior) 20m3/dia

    Inalao (interior) 15m3/dia

    Comercial Inalao 20m3/dia

    ResidencialIngesto de solo (criana) 100mg/dia

    Ingesto de solo (adulto) 50mg/dia

    Comercial Ingesto de solo 50mg//dia

    O objetivo da Anlise de Toxicidade a compilao e interpretao das evidncias deocorrncia de efeitos adversos sade humana, pela exposio de um receptor a um

    contaminante e estimar a relao entre a extenso da exposio e o incremento daprobabilidade de efeitos adversos sade.

    A anlise de toxicidade deve ser realizada atravs da identificao do perigotoxicolgico e da avaliao de dose-resposta. Assim, devemos coletar informaes detoxicidade das substncias; identificar os perodos de exposio s substncias;determinar as doses de referncia e a carcinogenicidade.

    A Dose de Referncia (RfD) um parmetro toxicolgico utilizado para avaliar efeitosno-carcinognicos resultantes de um evento de exposio. Os tipos de doses de

    referncia RfD utilizados nas avaliaes de risco dependem da via de ingresso(inalao, ingesto, contato drmico), dos efeitos crticos e da extenso da exposio(crnica, subcrnica ou eventos simples).

    Para obter as Doses de Referncia, inicialmente, deve-se realizar um estudo de dosescrticas, seguido da determinao dos efeitos txicos associados s doses selecionadase da identificao de nveis de exposio experimentais que representaram a mais altaconcentrao para no-ocorrncia de efeitos adversos, ou seja, a Dose de Referncia.

    Nos estudos de doses crticas necessrio obter o valor do Menor Nvel Efeito AdversoObservado (MNEO). O MNEO determinado nas curvas de Dose-Resposta e indica oponto da curva onde ocorre o primeiro efeito adverso a sade.

    A partir do MNEO determinado o Maior Nvel Efeito Adverso no Observado (MNEN).Dessa forma, a RfD pode ser obtida a partir do MNEO ou MNEN para efeitos txicoscrticos considerando a aplicao de Fatores de Incerteza (UF) e Fatores deModificao (FM).

    Os valores do Fator de Incerteza (UF) geralmente so mltiplos de 10. A aplicao dosvalores de FI est relacionada com:

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    UF = 10 utilizado para quantificar variaes nas populaes consideradasno estudo, visando proteo de outras populaes mais sensveis;

    UF = 10 utilizado quando valores do estudo dose-resposta foram obtidosem animais e sero extrapolados para os humanos;

    UF = 10 utilizado quando MNEN foi obtido para condies de exposiosub crnica e ser utilizado para determinao de RfD crnicas;

    UF = 10 utilizado quando um MNEO utilizado no lugar de um MNEN.

    Para os Fatores de Modificao (FM) podem-se adotar valores na faixa de 0 a 10, paraincluir aspectos que tenham alguma incerteza associada, como por exemplo, que notenham sido considerados na quantificao do RfD ou que sejam especficos somentepara um determinado composto qumico investigado. Considerando estes parmetros,

    o valor da RfD para efeitos no-carcinognicos pode ser obtido pela equao

    Onde:

    RfD = Dose de ingresso (mg/kg dia) (p/ex: gua contaminada); MNEM = Maior nvel de efeito adverso no observado (mg/kg dia); MNEO = Menor nvel do efeito observado (mg/kg dia); UFI = Fator de incerteza (adimensional); FM = Fator de modificao.

    A anlise toxicolgica para os efeitos carcinognicos realizada com base no Fator deCarcinogenicidade (SF) acompanhado do peso da evidncia de cncer. A evidncia decncer pode ser classificada, segundo a EPA, a partir do seguinte sistema:

    Grupo A: Reconhecidamente carcinognicos sade humana; Grupo B: Provvel cancergeno para humanos; Grupo B1: Evidncias suficientes para animais e limitadas para humanos; Grupo B2: Evidncias suficientes nos animais e inadequadas para humanos; Grupo C: Possvel cancergeno para humanos.

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    AVALIAO DOS RISCOS TOXICOLGICOS

    Riscos para efeitos no-carcinognicos

    Os efeitos no-carcinognicos foram avaliados por meio da comparao do nvel de

    exposio por perodo de tempo (Dose de Ingresso) com uma Dose de Referncia paraum perodo de exposio similar. Esta comparao representada pelo Quociente dePerigo No-Carcinognico (HQ).

    O HQ assume que existe um nvel de exposio (RfD) abaixo do qual, provavelmente,no ocorrem efeitos adversos sade dos organismos expostos concentrao docomposto de interesse para a avaliao do risco. Se o nvel de exposio quantificadopara um cenrio de exposio excede a RfD, ou seja, a relao do maior que 1, existeum perigo de ocorrncia de efeitos no-carcinognicos adversos sade humana.

    Onde:

    HQ = quociente de perigo no carcinognico; In = dose de ingresso para o cenrio de exposio n (mg/kg dia); RfDi = dose de referncia para a via de ingresso i (mg/kg dia).

    Para o caso de mais de um composto qumicos tem-se

    Onde:

    HI = ndice de perigo; In = dose de ingresso para o cenrio de exposio n (mg/kg dia); RfDi = dose de referncia para a via de ingresso i (mg/kg dia).

    Quando o ndice de Perigoexcede a unidade, existe um potencial para ocorrncia deefeitos no-carcinognicos adversos sade. O ndice de perigo deve ser calculadopara cada caminho de exposio do modelo conceitual, considerando-se sempre ostempos de exposio (crnico, subcrnico, de curta durao). Para cada caminho de

    exposio deve ser calculado o Risco Total e o ndice de Perigo, considerando ospontos e os perodos de exposio e perodos. Se dois caminhos de exposio noafetam o mesmo receptor, o Risco Total e o ndice de Perigo associados a estescaminhos no devem ser combinados. Assim, tem-se

    Onde:

    HIET = ndice de perigo no carcinognico total; HI caminho i = ndice de perigo do caminho de exposio do caminho i.

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    Riscos para efeitos carcinognicos

    Para compostos qumicos que gerem efeitos carcinognicos, o risco estimado a partirdo fator de carcinogenicidade (SF), como um incremento da probabilidade de umindivduo desenvolver cncer ao longo do tempo de sua vida, como resultado de um

    evento de exposio a um composto qumico de interesse que potencialmente gerecncer. Por se estar tratando com baixas doses de ingresso de contaminantes, pode-seassumir o SF na poro linear da curva de Dose-Resposta, ou seja, poro da curvaonde possvel assumir uma relao linear para quantificao do Risco Carcinognico,como apresentado no Quadro 9600-1.

    Risco = In x SFOnde:

    Risco = risco carcinognico; In = dose de ingresso para o cenrio de exposio n (mg/kg dia) e; SF = fator de carcinogenicidade (mg/kg dia) -1.

    Para o caso de mltiplos compostos tem-se

    Onde:

    Risco total = risco carcinognico total; Risco i = risco carcinognico estimado para o composto i.

    O risco carcinognico totaldeve ser obtido para cada caminho de exposio descritono modelo conceitual da rea investigada, considerando todos os compostos qumicoscarcinognicos que potencialmente possam ocorrem no evento de exposio.

    O Risco Carcinognico Total ao qual um determinado indivduo pode estar exposto,deve ser calculado pelo somatrio de todos os riscos carcinognicos totais estimadospara cada caminho de exposio. Logo, o Risco Cumulativo Total da rea a somatriado riscopara cada composto qumico, para cada caminho de exposio, e para todosos meio que ocorrem dentro dos mesmos cenrios de exposio, simultaneamente.

    EXEMPLO

    Na investigao da oficina de impermeabilizao de madeira indicada na Figura 4.12,foram observados benzeno e formaldedo nas 5 amostras de solo e gua subterrneacoletadas. Na Tabela 4.10 esto os resultados analticos dessas amostras. Na visita daregio foram observados pastos, gado leiteiro, plantaes de hortalias, legumes e sojanas vizinhanas. A comunidade utiliza gua subterrnea para higiene pessoal, irrigaode hortas e limpeza domstica. Nas proximidades, tambm foram observadas crianasbrincando com terra.

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    Figura 4.12 Vista da oficina de impermeabilizao de madeiras investigada

    LEVANTAMENTO E ANLISE DOS DADOS DE CAMPO

    a) Dados coletados na empresaTabela 4.10 Resultados analticos das amostras de solo e gua da empresa

    Amostra Solo (mg/kg) gua subterrnea (g/L)

    Benzeno Formaldedo Benzeno Formaldedo

    P1 0,2343 0,1996 157,97 52,22

    P2 0,1884 0,1598 6,82 6,34

    P3 0,1094 0,1618 11,62 7,04

    P4 10,551 4,3339 2205,57 40,61

    P5 0,3086 0,1086 370,03 8,95

    b) Valores Orientadores da CETESBTabela 4.11 Valores de referncia para o solo e gua subterrnea, da CETESB

    Composto Solo (mg/kg) gua subterrnea (g/L)Agrcola Residencial Industrial Interveno

    Benzeno 0,06 0,08 0,15 5,0Formaldedo 0,15 0,60 1,30 0,18

    AVALIAO DA TOXICIDADE

    c) Receptores Crianas da comunidade; Adultos da comunidade; Trabalhadores da oficina.

    d) Vias de exposioi. Superfcie do solo

    Contato com a pele; Ingesto de vegetais.

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    ii. gua subterrneaInalao no banho;Ingesto de vegetais;Contato com a pele.

    e) Parmetros de exposio (referencia da EPA): Tabelas 4.12. Adulto residente na comunidade Tabela 4.13. Trabalhadores da empresa Tabela 4.14. Criana residente na comunidade

    Tabela 4.12 Parmetros de exposio para adultos residentes na comunidade

    Parmetro UnidadeMxima

    exposioExposio

    tpica

    Contato dermal com gua de irrigao

    Freqncia de exposio dia/ano 150 20

    Tempo de exposio h/dia 2,0 0,5rea total superficial da pela cm2 23000 18400Frao da rea dermal de contato com gua frao 0,5 0,1

    Ingesto da gua de irrigao

    Freqncia de exposio dia/ano 150 20Tempo de exposio h/dia 2,6 0,5Taxa de ingesto ml/h 50 10

    Ingesto de vegetais

    Taxa ingesto de vegetais acima do fretico g/dia 127 127Taxa de ingesto de razes vegetais g/dia 87,5 87,5Frao de vegetais no solo e gua afetados g/g 0,25 0,1

    Tabela 4.13 Parmetros de exposio para os trabalhadores da empresaParmetros Unidades Mxima exposio Exposio tpica

    Comum para todas as vias

    Peso corporal kg 70 70Expectativa de vida anos 70 70Perodo de exposio ano 25 8,0Freqncia de exposio dia/ano 250 250

    Ingesto de gua

    Taxa de ingesto L/dia 1,0 0,5

    Inalao de vapores do soloPerodo no ambiente exterior horas/dia 8,0 4,0Taxa de inalao m3/h 2,5 0,83

    Contato dermal com o solo

    Freqncia de exposio dias/ano 250 125Frao da rea dermal em contato solo cm2/ cm2 0,57 0,11Fator de aderncia mg/cm2 0,2 0,2

    Ingesto de solo

    Freqncia de exposio dias/ano 250 125Taxa de ingesto mg/dia 100 40

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    Tabela 4.14 Parmetros de exposio das crianas residentes na comunidade

    Parmetros UnidadesMxima

    exposio

    Exposio

    tpica

    Comum para todas as rotas

    Peso corporal kg 15 15

    Expectativa de vida anos 70 70

    Tempo de exposio anos 6,0 6,0

    Freqncia de exposio dias/ano 350 350

    Contato dermal no banho

    Tempo de exposio horas/dia 0,2 0,12

    rea superficial dermal cm2 7280 6800

    Inalao durante o banho

    Tempo de exposio dirio no banho horas/dia 0,2 0,12

    Taxa de inalao no banho m3/h 0,6 0,6

    Volume do banheiro m3 3,0 5,2Vazo da gua do banho L/minuto 10 8,0

    Temperatura da gua do chuveiro oC 48 45

    Contato dermal com o solo

    Freqncia de exposio dias/ano 350 130

    Frao da rea dermal exposta com o solo cm2/cm2 0,55 0,13

    Fator de aderncia da pele com o solo mg/cm2 0,2 0,2

    Ingesto de solo

    Freqncia de exposio dias/ano 350 130

    Taxa de ingesto mg/dia 200 90

    Bioavaliabilidade no solo frao Especfico Especfico

    Contato dermal com gua de irrigao

    Freqncia de exposio dias/ano 150 20

    Tempo de exposio horas/dia 2,0 0,5

    rea total da superfcie da pele cm2 7280 6800

    Frao da rea dermal em contato com a gua frao 0,5 0,1

    Ingesto da gua de irrigao

    Freqncia de exposio dias/ano 150 20

    Tempo de exposio horas/dia 2,6 0,5

    Taxa de ingesto ml/horas 50 10Ingesto de vegetais

    Taxa de ingesto de vegetais acima do solo g/dia 5,8 55,8

    Taxa de ingesto de razes de vegetais g/dia 48,5 48,5

    Frao de vegetais acima do solo ou gua afetados g/g 0,25 0,1

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    RESULTADOS

    1) Risco para efeitos carcinognicosTabela 4.15 Risco carcinognico total de exposio para crianas residentes

    Tabela 4.16 Risco carcinognico total de exposio para adultos residentes

    Figura 4.13 Risco carcinognico para os receptores individuais

    Os resultados acima indicam que para ambos os receptores considerados no existerisco carcinognico associado exposio dos contaminantes presentes nos meios.

    Contatopele no

    banho

    Inalaovapor no

    banho

    Inalaogua de

    irrigao

    Contato pele

    gua irrigao

    Ingesto

    vegetaisTotal

    Benzeno 1.5E-03 3.1E-02 2.5E-06 3.6E-04 1.4E-03 3.4E-02

    Formaldedo 0.0E+00 6.8E-06 5.3E-10 0.0E+00 0.0E+00 6.8E-06

    Total 1.5E-03 3.1E-02 2.5E-06 3.6E-04 1.4E-03 3.4E-02

    Contato peleno banho

    Inalaovapor no

    banho

    Inalaogua deirrigao

    Contato pelegua deirrigao

    Ingestovegetais

    Total

    Benzeno 1.3E-03 9.9E-03 8.0E-07 3.1E-05 9.0E-04 1.2E-02Formaldedo 0.0E+00 2.2E-06 1.7E-10 0.0E+00 0.0E+00 2.2E-06

    Total 1.3E-03 9.9E-03 8.0E-07 3.1E-05 9.0E-04 1.2E-02

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    2) Riscos para efeitos no carcinognicosTabela 4.17 Risco no carcinognico de exposio para a criana residente

    Tabela 4.18 Risco no carcinognico de exposio para o adulto residente

    Figura 4.14 ndice de perigo para os receptores individuais

    Os resultados indicam que existe risco toxicolgico de efeito no-cancergeno paraambos os receptores considerados nos cenrios estudados. As vias de exposio so ocontato dermal com a gua durante o banho, pela inalao de vapores no banho, ocontato dermal com gua de irrigao e ingesto de vegetais. Os dados acima indicamque o perigo maior para as crianas do que para os adultos residentes. Na Figura4.15 est indicado o ndice de risco em funo da via de exposio.

    Contato com a

    pele no banho

    Inalao

    no banho

    Inalao gua

    de irrigao

    Contato com

    gua de

    irrigao

    Ingesto de

    vegetaisTotal

    Benzeno 1.5E+02 1.6E+03 1.2E-01 3.6E+01 1.4E+02 1.9E+03

    Formaldedo 1.3E-02 0.0E+00 0.0E+00 3.2E-03 3.1E-01 3.3E-01

    Total 1.5E+02 1.6E+03 1.2E-01 3.6E+01 1.4E+02 1.9E+03

    Contato com

    a pele no

    banho

    Inalao

    no banho

    Inalao

    gua de

    irrigao

    Contato com

    gua de

    irrigao

    Ingesto de

    vegetaisTotal

    Benzeno 8.7E+01 3.3E+02 2.7E-02 2.1E+00 6.0E+01 4.8E+02

    Formaldedo 7.7E-03 0.0E+00 0.0E+00 1.8E-04 1.5E-01 1.6E-01

    Total 8.7E+01 3.3E+02 2.7E-02 2.1E+00 6.0E+01 4.8E+02

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    Figura 4.15 ndice de risco de efeitos no carcinognicos em funo das vias deexposio dos receptores considerados nos cenrios estudados. O adulto est

    associado cor verde e a criana cor azul das barras mostradas no grfico

    Os dados do grfico indicam que o risco de exposio pelo contato da pele com guadurante o banho o maior de todos para ambos os receptores, seguido pela ingestode vegetais e pela inalao de vapores no banho. Para a criana existe tambm riscopelo contato da pele com gua fretica contaminada durante a irrigao de culturas,que no existe para o indivduo adulto.