Analise Semiotica Felicidade Clandestina - Jepex - Final

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XI JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2011 – UFRPE: Recife, 18 a 22 de outubro. UMA ANÁLISE SEMIÓTICA DE “FELICIDADE CLANDESTINA” DE CLARICE LISPECTOR Jaime de Queiroz Viana Neto 1 , Glicínia Raquel Feitoza Braz 2 , Isaac Itamar de Melo Costa 3 _________________________________________________ 1 Primeiro autor é estudante de graduação em Letras, Unidade Acadêmica de Garanhuns, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Av. Bom pastor s/n - Mundaú - Garanhuns/PE. CEP 55292-901. E-mail: [email protected] 2 Segunda autora é estudante de graduação em Letras, Unidade Acadêmica de Garanhuns, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Av. Bom pastor s/n - Mundaú - Garanhuns/PE. CEP 55292-901. E-mail: [email protected] 3 Terceiro autor é estudante de graduação em Letras, Unidade Acadêmica de Garanhuns, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Av. Bom pastor s/n - Mundaú - Garanhuns/PE. CEP 55292-901. E-mail: [email protected] Introdução Este trabalho tem como objetivo analisar de um ponto de vista Semiótico, através da utilização do Percurso Gerativo de Sentido e seus respectivos níveis, propostos por Fiorin [1], o conto “Felicidade Clandestina” [2], da autora Clarice Lispector. Adota-se a perspectiva de que o Percurso Gerativo de Sentido é um modelo constituído de uma sucessão de patamares, cada um dos quais suscetíveis de receber uma descrição adequada e que mostra um meio de produção e interpretação do sentido de determinado texto, num processo que vai “do mais simples ao mais complexo”, conforme Fiorin [3]. A análise do conto, ou de qualquer outro texto, a partir do Percurso Gerativo de Sentido não trata de fazer o texto entrar no modelo previsto, mas de aplicar o modelo como instrumento de descrição do texto em análise, decompondo-o em níveis, até que se desvende sua estrutura e articulação. O objetivo do modelo semiótico é, portanto, descrever o sistema a partir do qual efeitos de sentido reconhecidos na leitura podem ser reencontrados e descritos. Nesse sentido, quem indica a via de acesso ao Percurso Gerativo de Sentido em cada texto é o próprio texto. Como forma de exemplificação, o autor expõe um esquema que apresenta os três patamares do percurso, conforme a Tabela 1, e que são, a saber, o nível profundo, o nível narrativo e o nível discursivo. Cada um dos níveis possui um componente sintático e um componente semântico. Material e métodos A análise realizada contemplou a visão do conto “Felicidade Clandestina” a partir de cada um dos três níveis que constituem o Percurso Gerativo de Sentido: o fundamental, o narrativo e o discursivo. Para este trabalho, especificamente, foi realizado um recorte no nível narrativo do conto analisado, com o objetivo de analisar, neste nível, apenas o agrupamento dos enunciados nas quatro fases da denominada sequência narrativa canônica que será especificada adiante, bem como uma análise mais detalhada desta. Após a leitura do conto em análise, o texto foi tratado separadamente a partir das considerações intrínsecas a cada um destes níveis, que foram subdivididos e analisados no conto separadamente, partindo da perspectiva teórica adotada no presente trabalho. Resultados e discussão A. Nível Fundamental O primeiro, mais abstrato e profundo nível presente no Percurso Gerativo de Sentido é denominado “fundamental”. Sobre este nível, Platão & Fiorin [4], abordando aspectos referentes aos níveis de leitura dos textos, afirmam que estes admitem três planos distintos na sua estrutura, e nomeiam o mais abstrato destes níveis de “estrutura profunda”, no qual “ocorrem os significados mais abstratos e mais simples. É nesse nível que se podem postular dois significados abstratos que se opõem entre si e garantem a unidade do texto inteiro”. Ainda segundo estes autores, a importância de detectar a “estrutura fundamental” de determinado texto “reside no fato de que ela permite dar uma unidade profunda aos elementos superficiais, que, à primeira vista, parecem dispersos e caóticos". Em outro trabalho, tratando mais especificamente dos componentes semântico e sintático do nível fundamental, Fiorin [5] afirma que “a semântica do nível fundamental abriga as categorias semânticas que estão na base da construção de um texto”, de modo que uma dada “categoria semântica” corresponde aos “dois significados abstratos que se opõem”, citados anteriormente. Conforme observado, uma categoria semântica – lembrando que estamos tratando aqui da semântica do nível fundamental – é constituída de uma oposição, de uma diferença que, por sua vez, dá unidade ao texto. No caso específico do conto “Felicidade Clandestina”, em análise, a oposição, os termos opostos em contrariedade são /liberdade/ versus /opressão/.

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XI JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2011 – UFRPE: Recife, 18 a 22 de outubro.

UMA ANÁLISE SEMIÓTICA DE “FELICIDADE CLANDESTINA” DE CLARICE LISPECTOR

Jaime de Queiroz Viana Neto1, Glicínia Raquel Feitoza Braz2, Isaac Itamar de Melo Costa3

_________________________________________________ 1 Primeiro autor é estudante de graduação em Letras, Unidade Acadêmica de Garanhuns, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Av. Bom pastor

s/n - Mundaú - Garanhuns/PE. CEP 55292-901. E-mail: [email protected] 2 Segunda autora é estudante de graduação em Letras, Unidade Acadêmica de Garanhuns, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Av. Bom pastor

s/n - Mundaú - Garanhuns/PE. CEP 55292-901. E-mail: [email protected] 3 Terceiro autor é estudante de graduação em Letras, Unidade Acadêmica de Garanhuns, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Av. Bom pastor

s/n - Mundaú - Garanhuns/PE. CEP 55292-901. E-mail: [email protected]

Introdução Este trabalho tem como objetivo analisar de um

ponto de vista Semiótico, através da utilização do Percurso Gerativo de Sentido e seus respectivos níveis, propostos por Fiorin [1], o conto “Felicidade Clandestina” [2], da autora Clarice Lispector.

Adota-se a perspectiva de que o Percurso Gerativo de Sentido é um modelo constituído de uma sucessão de patamares, cada um dos quais suscetíveis de receber uma descrição adequada e que mostra um meio de produção e interpretação do sentido de determinado texto, num processo que vai “do mais simples ao mais complexo”, conforme Fiorin [3].

A análise do conto, ou de qualquer outro texto, a partir do Percurso Gerativo de Sentido não trata de fazer o texto entrar no modelo previsto, mas de aplicar o modelo como instrumento de descrição do texto em análise, decompondo-o em níveis, até que se desvende sua estrutura e articulação. O objetivo do modelo semiótico é, portanto, descrever o sistema a partir do qual efeitos de sentido reconhecidos na leitura podem ser reencontrados e descritos. Nesse sentido, quem indica a via de acesso ao Percurso Gerativo de Sentido em cada texto é o próprio texto.

Como forma de exemplificação, o autor expõe um esquema que apresenta os três patamares do percurso, conforme a Tabela 1, e que são, a saber, o nível profundo, o nível narrativo e o nível discursivo. Cada um dos níveis possui um componente sintático e um componente semântico.

Material e métodos

A análise realizada contemplou a visão do conto “Felicidade Clandestina” a partir de cada um dos três níveis que constituem o Percurso Gerativo de Sentido: o fundamental, o narrativo e o discursivo. Para este trabalho, especificamente, foi realizado um recorte no nível narrativo do conto analisado, com o objetivo de analisar, neste nível, apenas o agrupamento dos enunciados nas quatro fases da denominada sequência narrativa canônica que será especificada adiante, bem como uma análise mais detalhada desta.

Após a leitura do conto em análise, o texto foi tratado separadamente a partir das considerações intrínsecas a cada um destes níveis, que foram subdivididos e analisados no conto separadamente, partindo da perspectiva teórica adotada no presente trabalho.

Resultados e discussão A. Nível Fundamental

O primeiro, mais abstrato e profundo nível presente

no Percurso Gerativo de Sentido é denominado “fundamental”. Sobre este nível, Platão & Fiorin [4], abordando aspectos referentes aos níveis de leitura dos textos, afirmam que estes admitem três planos distintos na sua estrutura, e nomeiam o mais abstrato destes níveis de “estrutura profunda”, no qual “ocorrem os significados mais abstratos e mais simples. É nesse nível que se podem postular dois significados abstratos que se opõem entre si e garantem a unidade do texto inteiro”. Ainda segundo estes autores, a importância de detectar a “estrutura fundamental” de determinado texto “reside no fato de que ela permite dar uma unidade profunda aos elementos superficiais, que, à primeira vista, parecem dispersos e caóticos".

Em outro trabalho, tratando mais especificamente dos componentes semântico e sintático do nível fundamental, Fiorin [5] afirma que “a semântica do nível fundamental abriga as categorias semânticas que estão na base da construção de um texto”, de modo que uma dada “categoria semântica” corresponde aos “dois significados abstratos que se opõem”, citados anteriormente.

Conforme observado, uma categoria semântica – lembrando que estamos tratando aqui da semântica do nível fundamental – é constituída de uma oposição, de uma diferença que, por sua vez, dá unidade ao texto. No caso específico do conto “Felicidade Clandestina”, em análise, a oposição, os termos opostos em contrariedade são /liberdade/ versus /opressão/.

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Pode-se chegar a esta conclusão através da reunião de elementos presentes nos dois blocos opostos que fundamentam o conto: de um lado, a liberdade, representada por elementos envolvidos com a personagem-narradora, tais como a paixão por livros e a insistência na busca pelo livro prometido, correspondendo à construção de uma “aura” em torno da própria leitura tida como sinônimo de liberdade para a narradora, e do outro a opressão, representada por elementos envolvidos com a garota dona do livro, tais como o adiamento do empréstimo e o prazer em torturar a personagem-narradora através deste não-acesso à leitura, que correspondem à opressão de não permitir a liberdade através da leitura buscada pela outra garota. Os elementos dessa categoria semântica recebem ainda, nos textos, a qualificação semântica /euforia/ versus /disforia/. Em “Felicidade Clandestina”, a liberdade recebe uma valoração eufórica, enquanto a opressão recebe uma valoração disfórica, conclusão possível pela análise do desenrolar do texto em direção a estes juízos de valor. Quanto à sintaxe do nível fundamental, Fiorin [6] atesta que esta “abrange duas operações: a negação e a asserção". No conto em análise, ocorre o seguinte percurso: afirmação de a (opressão), pois há uma clara dominância das práticas realizadas pela garota dona do livro na parte inicial da história; negação de a (opressão), no momento em que as práticas são descobertas pela mãe da garota e a opressão é a partir de então negada; afirmação de b (liberdade), no momento após a negação de a, quando a personagem-narradora entre em conjunção com o objeto livro (que representa a liberdade) e dá-se a afirmação desse elemento. B. Nível Narrativo

A narratividade é um componente presente em todos os textos, definida como uma transformação situada entre dois estados sucessivos e diferentes. Ocorre uma narrativa mínima quando há um estado inicial, uma transformação e um estado final.

No entanto, os textos, por sua vez, não são narrativas mínimas, e sim complexas, em que uma série de enunciados de fazer e de ser estão organizados hierarquicamente. Nesse sentido, conforme Platão & Fiorin [7], no texto articulam-se vários enunciados. Os enunciados simples se articulam entre si para formar sequências narrativas.

Uma narrativa complexa estrutura-se numa sequência canônica, ou agrupamento de enunciados, formado por quatro fases distintas: a manipulação, a competência, a performance e a sanção.

Na fase de manipulação, um sujeito age sobre outro para levá-lo a querer e/ou dever fazer alguma coisa. Há inúmeros tipos de manipulação, como o pedido, a ordem e a sedução. No caso da narrativa em análise, a manipuladora propõe à manipulada uma recompensa, ou seja, um objeto de valor positivo, o livro, de forma que é constituída uma tentação. A

manipulada também manifesta um juízo positivo sobre o objeto de valor e, por isso, também se automanipula.

Na fase da competência, o sujeito que vai realizar a transformação central da narrativa é dotado de um saber e/ou poder fazer. A menina que desejava o livro tinha a competência de poder ir até a casa da outra menina, detentora do livro, e sabia como fazê-lo.

A performance é a fase em que se dá a transformação, a mudança de um estado para outro central da narrativa. O sujeito que opera a transformação e o que entra em conjunção ou em disjunção com um objeto podem ser idênticos. No conto em análise, a personagem-narradora não entra em conjunção com o objeto de valor na primeira vez em que faz a tentativa, e continua a tentar várias vezes. Ela permanece em estado disjunto com o objetivo por um tempo até que a mãe da menina inicialmente detentora do livro dá-lhe a posse do objeto.

A última fase é a sanção. Nela ocorre a constatação de que a performance se realizou e, por conseguinte, o reconhecimento do sujeito que operou a transformação. Eventualmente, nessa fase, distribuem-se prêmios e castigos. A narrativa pode pôr em ação um jogo de máscaras: segredos que devem ser revelados, mentiras que precisam vir à tona.

No trecho da narrativa em análise que segue, ocorre uma transformação de estado. A mãe da vilã sancionará as duas partes envolvidas: “Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa boa mãe entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!” [8].

Acontecem, então, duas sanções: uma recebida pela narradora e outra recebida pela dona do livro. As duas fizeram percursos diferentes, opostos. Uma o percurso em busca do livro e a outra o percurso em busca do não-compartilhamento do livro. A mãe sancionou pragmaticamente a personagem-narradora com o empréstimo do livro e, ao mesmo tempo, cognitivamente, por reconhecer o seu sofrimento. Sua filha foi sancionada, pelo que se pode recuperar, apenas cognitivamente.

A mãe, com isso, se depara com uma inversão da imagem que possuía da filha: “E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência da perversidade de sua filha desconhecida [...]” [9]. A mãe sanciona cognitivamente a filha, reconhecendo a perversidade desta, e ao mesmo tempo cessa o prazer da mesma em torturar a outra menina.

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C. Nível Discursivo

Comentando os três planos distintos admitidos pelos textos em sua estrutura, Platão & Fiorin [10] definem ainda o nível discursivo, ou estrutura superficial, como aquela em que “afloram os significados mais concretos e diversificados. É nesse nível que se instalam no texto o narrador, os personagens, os cenários, o tempo e as ações concretas”.

No nível fundamental, o “esqueleto” narrativo e abstrato comum aos textos é revestido de concretude, através das figuras (elementos concretos) e dos temas (elementos abstratos). De acordo com a predominância desses elementos, um texto pode ser classificado em temático ou figurativo, mas, os autores alertam que “todo texto figurativo pressupõe, sob as figuras, um tema”.

Nesse sentido, constata-se que o conto “Felicidade Clandestina” constitui um texto figurativo, pois nele predomina a presença de figuras. Como, conforme a afirmação acima, todo texto figurativo pressupõe um tema, através da análise das figuras presentes foi possível depreender o tema ao qual a produção se refere.

A autora realiza no texto um profundo encadeamento de figuras, que formam uma trama coerente, uma rede interligada. As figuras da menina dona dos livros, o próprio livro, a personagem-narradora em sua busca - entre outras - estão na verdade encadeadas no conto para que delas possa emergir o tema ao qual a autora quer se referir, que está intimamente ligado ao próprio título dado ao texto em análise: “Felicidade Clandestina”. Clarice Lispector produz a história construindo essa rede de figuras para expor um tema possivelmente autobiográfico: o fato de a felicidade ser para a autora algo que nunca chega, ou algo cujo acesso vai ser sempre não permitido e/ou adiado.

É possível depreender este tema a partir da ideia de adiamento do empréstimo do livro à personagem-narradora, por exemplo, pois o livro para a garota da história era em si o sinônimo da felicidade, que não chegava.

Além disso, a própria autora insere no texto passagens que fazem alusão ao tema que pretende fazer emergir, tais como “dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pela ruas como sempre e não caí nenhuma vez”; “Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do “dia seguinte” com ela ia se repetir com meu coração batendo”; “Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre ia ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia” [11] .

Com isso, percebe-se como no nível fundamental as figuras encontram-se em uma relação

coerentemente encadeada, para que se ache o tema subjacente a essa trama complexa de relações.

Referências

[1, 3, 5, 6] FIORIN, José Luiz.. Elementos da análise do discurso.

São Paulo: Contexto, 2001.

[4, 7, 10] FIORIN, José Luiz & PLATAO, Francisco Savioli. Para

entender o texto: Leitura e Redação. 17° ed. São Paulo:

Ática, 2008.

[2, 8, 9, 11] LISPECTOR, Clarice. Felicidade Clandestina. Rio de

Janeiro, Rocco, 1998.

Tabela 1. Esquema do Percurso Gerativo de Sentido.

Componente

Sintáxico

Componente

Semântico

Estruturas

sêmio-

narrativas

Nível profundo –

Sintaxe

fundamental

Semântica

fundamental

Nível de superfície

- Sintaxe narrativa

Semântica

narrativa

Estruturas

discursivas

Sintaxe discursiva

Discursivização

(actorialização,

temporalizaçã)

Semântica

discursiva

- Tematização

- Figurativização

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