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A DIVERSIDADE DA GEOGRAFIA BRASILEIRA: ESCALAS E DIMENSÕES DA ANÁLISE E DA AÇÃO DE 9 A 12 DE OUTUBRO 6257 ANÁLISE GEOECONÔMICA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL E SUA INFLUÊNCIA NA DINÂMICA URBANA DE FRANCISCO BELTRÃO - PARANÁ CARLOS CASSEMIRO CASARIL 1 Resumo O objetivo deste trabalho foi analisar a indústria da construção civil e sua influência na dinâmica urbana de Francisco Beltrão. Verificou-se que a indústria da construção civil é o principal setor em número de estabelecimentos e o segundo subsetor industrial na geração de empregos e rendas. Constatou-se que o segmento de suprimentos da cadeia produtiva da construção civil realiza suas aquisições para reposição de estoques, diretamente das distribuidoras industriais e de grandes atacadistas, sobretudo, localizados nos Estados de SP, PR, SC e RS. Palavras-chave: Geografia, Indústria, Dinâmica Urbana, Construção Civil, Francisco Beltrão. Abstract The aim of this work was to analyze the industry of the civil construction and its influence on urban dynamics of Francisco Beltrão. It was found that the industry of the civil construction is the main sector in number of establishments and the second industrial subsector in the generation of jobs and income. It was found that the supply segments of production chain of the civil construction performs its acquisitions for stock replacement, directly from industrial distributors and large wholesalers, mainly located in the States of SP, PR, SC and RS. Keywords: Geography, Industry, Urban Dynamics, Civil Construction, Francisco Beltrão. 1 Introdução Objetiva-se analisar a indústria da construção civil e sua influência na dinâmica urbana de Francisco Beltrão. Procura-se entender as transformações, na estruturação da indústria da construção civil. Analisando ainda, o papel desse setor na geração de empregos e estabelecimentos, as políticas públicas, como o PAC, o Minha Casa Minha Vida e a ampliação do número de financiamentos imobiliários, são fundamentais para entender o boom nas construções civis. As Concessões de Serviços Públicos a Iniciativa Privada que se realizaram a nível federal, seguem princípios relativos, de Ignácio Rangel (1980), podendo enfatizar que isso representa um avanço, pois as condições políticas e institucionais divergem ao seu tempo. 1 Geógrafo, Doutor em Geografia, realizando Estágio Pós-doutoral no programa de pós-graduação em Geografia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Francisco Beltrão. Bolsista do Programa Nacional de Pós- Doutorado da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (PNPD-CAPES).

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ANÁLISE GEOECONÔMICA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

CIVIL E SUA INFLUÊNCIA NA DINÂMICA URBANA DE FRANCISCO

BELTRÃO - PARANÁ

CARLOS CASSEMIRO CASARIL1

Resumo O objetivo deste trabalho foi analisar a indústria da construção civil e sua influência na dinâmica urbana de Francisco Beltrão. Verificou-se que a indústria da construção civil é o principal setor em número de estabelecimentos e o segundo subsetor industrial na geração de empregos e rendas. Constatou-se que o segmento de suprimentos da cadeia produtiva da construção civil realiza suas aquisições para reposição de estoques, diretamente das distribuidoras industriais e de grandes atacadistas, sobretudo, localizados nos Estados de SP, PR, SC e RS. Palavras-chave: Geografia, Indústria, Dinâmica Urbana, Construção Civil, Francisco Beltrão.

Abstract The aim of this work was to analyze the industry of the civil construction and its influence on urban dynamics of Francisco Beltrão. It was found that the industry of the civil construction is the main sector in number of establishments and the second industrial subsector in the generation of jobs and income. It was found that the supply segments of production chain of the civil construction performs its acquisitions for stock replacement, directly from industrial distributors and large wholesalers, mainly located in the States of SP, PR, SC and RS. Keywords: Geography, Industry, Urban Dynamics, Civil Construction, Francisco Beltrão.

1 – Introdução

Objetiva-se analisar a indústria da construção civil e sua influência na

dinâmica urbana de Francisco Beltrão. Procura-se entender as transformações, na

estruturação da indústria da construção civil. Analisando ainda, o papel desse setor

na geração de empregos e estabelecimentos, as políticas públicas, como o PAC, o

Minha Casa Minha Vida e a ampliação do número de financiamentos imobiliários,

são fundamentais para entender o boom nas construções civis. As Concessões de

Serviços Públicos a Iniciativa Privada que se realizaram a nível federal, seguem

princípios relativos, de Ignácio Rangel (1980), podendo enfatizar que isso representa

um avanço, pois as condições políticas e institucionais divergem ao seu tempo.

1 Geógrafo, Doutor em Geografia, realizando Estágio Pós-doutoral no programa de pós-graduação em Geografia

da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Francisco Beltrão. Bolsista do Programa Nacional de Pós-

Doutorado da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (PNPD-CAPES).

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Este estudo terá como elemento básico a inter-relação entre a ciência

geográfica e a economia política. A base da explicação é a produção (LÊNIN, 1982;

MARX, 1983, 1987; SANTOS, 1977; MAMIGONIAN, 1996). O estudo da geografia

dos capitais (MONBEIG, 1957) possibilita um entendimento profundo dos processos

de acumulação. No ano 2000 a população total de Francisco Beltrão, somava

67.132 (81% de urbanos), em 2010, esse número atinge 78.957 (85% de urbanos)

(IBGE, 2000, 2010). Esta municipalidade possui forte dinâmica no setor industrial,

seu PIB representa 25,85% dentre os setores, os empregos atingem 9.378, ou

36,41% das ocupações estavam no setor industrial (ipeadata, 2010; BRASIL, 2013).

A indústria da construção civil possuía 193 estabelecimentos, 34,46% do total de

indústrias em 2013, sendo este o principal setor em número de estabelecimentos

(BRASIL, 2013). Em relação à população ocupada nas indústrias de Francisco

Beltrão em 2013, o setor de alimentos e bebidas era o principal gerador de

empregos, com 4043 ocupações, 43,11% do total. Na sequência a indústria da

construção civil gerava 1456 ocupações, 15,52% dos empregos (BRASIL, 2013).

Assim, verifica-se, que o setor da construção civil possui o maior número de

estabelecimentos industriais em relação aos demais setores. E, em relação ao

número de empregos gerados, o setor de construção civil fica logo atrás do setor de

Alimentos e Bebidas, principal setor industrial instalado em Francisco Beltrão. Este

fato é a principal justificativa para realização desta pesquisa, ou seja, a dinâmica

deste setor industrial nos instiga a desvelá-lo.

2 - Caracterização da Cadeia Produtiva da Construção Civil

A cadeia produtiva da construção civil é na verdade muito ampla e pode

ser pensada a partir de três blocos. Onde, no bloco do centro da cadeia, estruturam-

se atividades ligadas ao planejamento e execução da obra. Neste bloco realizam-se

os projetos arquitetônicos, estruturais, financeiros, ambientais e outros. Além de, ser

formado também pelo fornecimento de suprimentos da construção civil, como as

ferramentas leves, a exemplo das fitas métricas, esquadro, réguas, pás, enxadas

entre outras; somando-se ainda as matérias primas básicas, como areia, brita,

cimento, ferragens, tubos e conexões, cabos e fios, cerâmica, porcelanato,

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vidraçaria, entre outras, não esquecendo ainda, o fornecimento dos equipamentos

pesados, como caminhões, tratores, britadeiras, rompedor hidráulico, etc.

No bloco do centro encontramos ainda, os serviços ligados a

comercialização e publicidade do empreendimento.

No bloco da esquerda da cadeia, se estabelecem as atividades

produtivas, dentre elas,

• indústria madeireira - a construção civil utiliza madeira em larga escala, tanto em sua fase estrutural, com fôrmas para concreto, como no acabamento de obras, com portas, janelas, pisos etc; • siderurgia e metalurgia básica - seus produtos constituem insumos fundamentais para a construção civil, em todas as etapas da sua produção; • insumos não-metálicos - compõem-se de elementos de diversas ordens como gesso, brita, granito, areia etc; • máquinas e equipamentos - representam um setor muito variado, desde as máquinas pesadas, de utilização na construção pesada de estradas e aeroportos, até os equipamentos sofisticados e de alta tecnologia, para cálculos e manutenção da obra; • indústria cerâmica - é bastante diversificada e compreende a cerâmica vermelha, com tijolos e telhas; a cerâmica de acabamento, com revestimentos e pastilhas; e as louças sanitárias; • material elétrico e hidráulico - são fios, cabos, disjuntores, tomadas, interruptores, canos, tubos e conexões, hidrômetros, torneiras; • segurança pessoal e coletiva - representa [...] alguns equipamentos de uso obrigatório em uma obra (capacetes, botas, luvas, uniformes, óculos, tapumes, lonas, telas etc...) (SEBRAE, 2008, p.13).

Já no bloco da direita da cadeia produtiva da construção civil, situa-se

uma grande diversidade de atividades produtivas e prestadoras de serviços de bens

de consumo final e intermediário, a exemplo,

• indústria moveleira - este segmento ganha destaque especial nas edificações industriais, comerciais e, especialmente, residenciais (o mercado especializado do setor oferece mobiliário de diversos materiais como madeira, aço, plástico); • manutenção de imóveis e equipamentos - depois de concluída a obra e dada a sua destinação, o seu uso exige serviços de manutenção (seja ela uma estrada, ponte, indústria, loja comercial ou imóvel residencial) que se mostram os mais variados possíveis, desde manutenção de elevadores e escadas rolantes, até instalações hidráulicas e elétricas, pintura etc; • transporte, descarte e/ou aproveitamento de entulhos - o poder público municipal exige que os entulhos das obras sejam recolhidos, evitando a acumulação de lixo em canteiros e nas vias de acesso. Isto reflete a importância crescente dos processos de reciclagem desses resíduos, pois já existem experiências rentáveis do reaproveitamento dos materiais de demolição. Além disso, o armazenamento e o transporte de entulhos também abrem espaço para a prestação de serviços especializados; • serviços de decoração - a profissionalização dos serviços de decoração desponta como uma larga fatia no mercado, tanto de objetos como de prestadores de serviços em imóveis comerciais e residenciais, incluindo serviços de jardinagem e plantas ornamentais (SEBRAE, 2008, p.14).

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Deste modo, a cadeia produtiva da indústria da construção civil, somam

as indústrias, o comércio e as empresas prestadoras de serviços da construção civil.

Ou seja, toda uma gama de micro, pequenas e médias empresas que se

dinamizaram, com o aumento dos financiamentos imobiliários ocorrido no país.

2.1 - A Área de Estudo, Indústria da Construção Civil e Dinâmica Urbana

O Município de Francisco Beltrão localiza-se na mesorregião Sudoeste do

Paraná (vide mapa 1) e foi instalado em 14 de dezembro de 1952. Francisco Beltrão

pleiteava em 1960 possuía uma população rural de 50.507 habitantes, e uma

população urbana constituída por apenas 4.989 habitantes e, seu grau de

urbanização, atingia tão somente 9% (IBGE, 1960).

Em 1970, Francisco Beltrão, contabilizou 13.413 habitantes urbanos e

23.394 rurais e, seu grau de urbanização chegou a 36% (IBGE, 1970). Em 1980,

Francisco Beltrão, atinge uma população urbana superior a rural, contabilizando

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28.988 habitantes urbanos, frente aos 20.625 rurais, o que proporciona um grau de

urbanização de 58,43% (IBGE, 1980).

Em 1991, Francisco Beltrão, contabilizou 45.622 habitantes urbanos e

totalizou uma população rural de 15.650. Consequentemente, seu grau de

urbanização elevou-se para 64%. Crescimento urbano que, de certa forma, já

apresentava um razoável mercado consumidor para as mercadorias industriais

(IBGE, 1991). No ano 2000 a população total de Francisco Beltrão, somava 67.132

(81% de urbanos) e em 2010, esse número sobe para 78.957, atingindo 85,43% de

população urbana (IBGE, 2000, 2010).

Quando analisamos Francisco Beltrão a partir da rede urbana nacional,

verificamos que a mesma é considerada uma cidade pequena, mas quando

modificamos a escala geográfica de análise, ou seja, a rede urbana estadual

(Paraná), a rede urbana regional (Sudoeste do Paraná), considera-se Francisco

Beltrão como uma cidade de Porte Médio. Na verdade Francisco Beltrão seria uma

cidade pequena no limiar de tornar-se uma cidade média, pois a mesma possui o

papel de uma cidade regional, polo regional, “capital mesorregional”, assim, possui

uma capacidade de organização e direção da vida regional.

Deste modo, Francisco Beltrão possui uma grande dinâmica quando

analisamos sua posição na mesorregião sudoeste do PR. Sabemos que no território

da mesma, não encontramos grandes indústrias da construção civil, mas sim

pequenas e médias empresas. Neste caso, especificamente para esta pesquisa,

estamos interessados em desvelar a dinâmica geoeconômica destes vários

segmentos da cadeia produtiva da indústria da construção civil, sejam eles,

indústrias, comércios ou prestadores de serviços.

Francisco Beltrão possui forte dinâmica no setor industrial, onde seu PIB e

empregos industriais somavam 25,85% do PIB e 9.378, ou 36,41% dos empregos no

setor industrial (IPEA, 2010; BRASIL, 2013). Assim, podemos dizer que, este possui

forte dinâmica no setor produtivo.

As indústrias do setor de construção civil em Francisco Beltrão passaram

de 8 estabelecimentos, com 220 empregos em 1985 para 88 unidades, com 393

empregos, em 2000, alcançando 227 estabelecimentos e 1723 vínculos, em 2010 e

contabilizaram 193 unidades com 1456 vínculos, em 2013 (ver gráfico 1). Em 2013

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esse setor representava 34,46% dos estabelecimentos e 15,52% dos vínculos entre

os subsetores industriais (BRASIL, 1985 - 2013).

Gráfico 1 – Estabelecimentos e vínculos na indústria da Construção Civil em Francisco Beltrão – PR. Fonte: BRASIL,1985 - 2013. Org.: CASARIL, C.C., 2015.

Em relação ao setor da indústria da construção civil no Sudoeste do

Paraná, verificamos que, os estabelecimentos somavam 53 com 639 empregos, em

1985; 355 unidades e 1358 vínculos, em 2000, alcançando 809 estabelecimentos e

4711 vínculos, em 2010 e totalizaram 1006 unidades com 6274 vínculos, em 2013.

Representando assim, em 2013, 33,65% dos estabelecimentos e 13,87% dos

vínculos entre os subsetores industriais na mesorregião Sudoeste do Paraná

(BRASIL, 1985, 2000, 2010, 2013).

No Paraná na construção civil somava 19.173 estabelecimentos com

147.152 vínculos, em 2013, representando, 35,02% e 16,51% das unidades e

vínculos, respectivamente, entre os subsetores industriais no Paraná (BRASIL,

2013).

Já no Brasil, verificamos que o subsetor da construção civil, contabilizava

206.860 estabelecimentos e 2.892.557 vínculos, em 2013, representando, 34,36% e

24,32% dos estabelecimentos e vínculos, respectivamente, entre os subsetores

industriais no Brasil (BRASIL, 2013).

O total de estabelecimentos e vínculos industriais presentes em Francisco

Beltrão, representam, 18,72% e 20,74% dos estabelecimentos e vínculos industriais

0

150

300

450

600

750

900

1050

1200

1350

1500

1650

1800

RAIS ESTABELECIMENTOS RAIS VÍNCULOS

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do Sudoeste do Paraná, 1,02% e 1,05% do Paraná e 0,09% e 0,08% do Brasil,

respectivamente (BRASIL, 2013).

Deste modo, verificamos que, para Francisco Beltrão, os dados

apresentados nos dizem que as indústrias da construção civil, contam com o maior

número de estabelecimentos industriais, entre os subsetores industriais instalados

nesta municipalidade. Porém, sabemos que a maioria destas, não são indústrias

produtivas e, sim, prestadoras de serviços no ramo da construção (exemplo das

empreiteiras, construtoras e incorporadoras, etc.). Se bem que, temos algumas, que

podemos considerar como indústrias produtivas, o maior exemplo é a Dalba

Engenharia2 (com unidade em Francisco Beltrão e Guarapuava), que possui uma

pedreira e entrega pedras de vários tamanhos, realiza serviços de engenharia,

usinagem de asfalto, usinagem de concreto, areia industrial e agregados de alto

desempenho e, já ganhou várias licitações do Governo Federal e Estadual para

Restauração de Rodovias, sobretudo, as presentes nas mesorregiões Sudoeste

paranaense e Centro-Sul paranaense.

Além desta, se destacam neste mesmo segmento, a PAVIMAR

Construtora de Obras Ltda. e a Pedreira Motter.

Temos também, algumas que podemos considerar como indústrias, que

são aquelas que produzem tijolos, blocos de concreto, pavers, estruturas pré-

fabricadas etc., que comercializam seus produtos, cerca de 80%, em Francisco

Beltrão e o restante nas cidades mais próximas de seu entorno (Marmeleiro,

2 A Dalba Engenharia, já realizou entre seus serviços, a construção de: PCNs - Pequenas Centrais

Hidrelétricas (PCH Santana I: Município de Nortelandia – MT, 15MW, ano de 2010; PCH Pardos: Município de Porto União – SC, 10MW, ano de 2011 e PCH Itaguaçu: Município de Pitanga – PR – 14 MW, ano de 2012); Usinas Eólicas (Wobben Windpower – Município de Água Doce – SC e Impsa – Município de Água Doce – SC); Restauração Rodoviária (BR-280 Marmeleiro a Barracão – PR – 72,00 Km; PR-466 Guarapuava ao Rio Bonito – 48,83 Km; PRC-163 Barracão a Santo Antônio do Sudoeste – 26,00 Km; PR-364 Palmital a Laranjal – 25,00 Km; PR-182 Realeza a Marmelândia – 19,50 Km; PR-092 Jaguariaiva a Arapoti – 18,70 Km; PR-562 Coronel Vivida a Vista Alegre – 17,60 Km; PR-565 Laranjeiras do Sul a Porto Barreiro – 16,60 Km); Implantação Rodoviária (Acesso a Campina do Simão – PR – 29,87 Km; SC-439 Urupema e Rio Rufino – 19,2 Km; BR-158 Palmital ao Rio Cantu – 16,30 Km; SC-459 Quilombo e Santiago do Sul – 8,9 Km; SC-459 Acesso ao Município de Coronel Martins – 3,60 Km); Aeroportos (Restauração e ampliação do Aeroporto de Guarapuava – PR; Implantação do Aeroporto de Castro – PR). Esta empresa faz parte de um grupo “O Grupo Dalba Holging”, que atua no ramo de engenharia, indústria de construção, transportes e logística, mercado imobiliário, comércio de veículos, possui também participações acionárias em PCNs e Usinas Eólicas.

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Renascença, Flor da Serra do Sul, Manfrinópolis, Pinhal de São Bento, Ampére,

Nova Esperança do Sudoeste, Enéas Marques, Verê e Itapejara d’Oeste).

E, como já foi mencionado, o segmento comercial e prestador de

serviços, também faz parte da cadeia produtiva da construção civil, sobretudo, o

segmento de suprimentos da construção civil, identificado fundamentalmente pelas

lojas de materiais de construção.

Assim, este segmento amplia a dinâmica urbana de Francisco Beltrão e

as principais empresas fornecedoras de suprimentos instaladas nesta cidade são a

Center Sudoeste materiais de Construção, Pio X materiais de construção, Vila Nova

materiais de construção, Construmax materiais de construção e várias outras.

Inclusive, algumas empresas estão associadas a “Rede Bem Viver de Materiais de

Construção”, uma rede que surgiu em 2001, visando adquirir produtos em maiores

quantidades para praticarem preços competitivos. Esta rede possui lojas associadas

nos Campos Gerais, no Sudoeste e Oeste do Paraná. Em Francisco Beltrão as lojas

associadas a esta rede são, Difer Materiais de Construção, Salvatti Materiais de

Construção e a Imperial Materiais de Construção.

Em pesquisa preliminar verificamos que o segmento de suprimentos da

cadeia produtiva da construção civil realiza aquisições para abastecer seus

empreendimentos, diretamente das distribuidoras industriais e de grandes

atacadistas, sobretudo, instalados nos Estados de SP, PR, SC e RS.

De São Paulo são feitas aquisições de produtos, das marcas e empresas: Da

indústria metalúrgica - Aliança Metalúrgica S.A; CANAL Artefatos Metálicos Ltda.

(Nova Odessa); Madeireiras - Grupo Ullian é formado por três empresas: Ullian Portas

e Janelas de Aço, Mecal Portas e Janelas de Aço e Lumini Soluções em Portas e

Janelas de Alumínio (com sede em São José do Rio Preto); Indústrias químicas -

Amanco (A Marca Amanco pertence à Mexichem, grupo de empresas químicas e

petroquímicas líderes no mercado latino-americano, com sede em São Paulo); Tintas

Suvinil (indústria BASF S/A, com unidades em São Paulo, São Bernardo do Campo e

Jaboatão dos Guararapes - PE); Pisos, revestimentos, argamassas e

impermeabilizantes - Artec Cerâmica; Astra S/A (Jundiaí); Cerâmica Almeida (Santa

Gertrudes – SP); Cerâmica Lef (Piracicaba); Cristofoletti - pisos e revestimentos (Rio

Claro); Deca (possui oito fabricas no Brasil – “metais em São Paulo e Jundiaí” – Louças

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em Judiaí I e Jundiaí II, São Leopoldo – RS, Recife - PE, Queimados - RJ, João Pessoa

- PB); Grupo Delta de Revestimento Cerâmico (fabrica as marcas Delta, Duragres e

Beta, possui sede em Rio Claro – SP e unidade industrial em Barra Bonita - SP); Denver

Impermeabilizantes (Suzano); Fortaleza argamassas e revestimentos (matriz em São

Roque - SP e unidades em Araraquara-SP, Porto Alegre – RS, Campo Grande – MS,

Cuiabá – MT, Rio de Janeiro – RJ, Serra – ES, Uberlândia - MG e Aparecida de Goiania

– GO); Incefra (revestimentos cerâmicos, com unidades fabris em SP e BA); Karina

(pisos e revestimentos, com sede em Cordeirópolis – SP); Nardini Cerâmica (Santa

Gertrudes – SP); Sika (Osasco); Smaltcolor cerâmica (Grupo Embramaco, localizado em

Santa Gertrudes); Vedacit (impermeabilizantes, com unidade em SP e Salvador); Via

Rosa (porcelanato, localizada em Piracicaba); Weber (fabricante dos produtos quarzolit)

e Produtos elétricos - Corona (produz chuveiros e torneiras eletrônicas, etc. com sede

em SP); FAME – Fábrica de Aparelhos e Material Elétrico Ltda.; Lorenzetti S/A

(Fabricante de Chuveiros, Duchas, Aquecedores, Purificadores, Filtros, Torneiras

Elétricas, Metais Sanitários, etc., com sede em SP); Ilumi (produtos elétricos, com sede

em São Paulo e unidade em Leme); Mondialle Design (fabricante de banheiras de

hidromassagem em fibra e acrílico, com sede em Santa Barbara d’Oeste).

Do Rio de Janeiro veem produtos da Stam fechaduras e cadeados (Nova

Friburgo).

No Paraná, são adquiridos produtos da indústria metalúrgica - Ferragens

Negrão (Curitiba); Metais Talita (Loanda); Metais Pevilon (Santa Izabel do Ivaí); Pado

(cadeados e fechaduras, com sede em Cambé); VONDER, ferramentas e ferragens (faz

parte do grupo paranaense OVD, com sede em Curitiba); Indústrias químicas - Isdralit

(produtos de P.V.C., polietileno, fibrocimento etc., com unidades em Curitiba e SP);

Plastilit - Produtos Plásticos do Paraná Ltda. (unidades em Curitiba e Fazenda Rio

Grande – PR); Pincéis Tigre S/A (Castro-PR); Polibol (produz mangueiras para ar

comprimido, nebulizadores para avicultura, indústria e comércio, aquecedores para

piscinas etc., com sede em Cascavel); Pollyana Mangueiras (Medianeira); Produza -

Indústria e Comércio de Componentes Plásticos Ltda. (São José dos Pinhais); Tintas

Ciacollor (Maringá); Madeireira - MRG (portas e janelas, com sede em Nova

Esperança-PR); Ferramentas - Black&Decker (começou em 1910, na cidade de

Baltimore, nos Estados Unidos - possui representantes em todos os Estados brasileiros.

As lojas de Francisco Beltrão são atendidas pelos representantes de Curitiba); Cal e

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cimento - Cal Cem (com sede em Colombo-PR - fornece cal para construção civil,

industrial e calcário agrícola); San Francisco Ind. de Cal e Calcário (Almirante

Tamandaré-PR); Cimento Votorantim (fábrica Votoran, Rio Branco do Sul); Cimento

Itambé (Balsa Nova - PR); Pisos e revestimentos - Incepa (Campo Largo e São

Mateus do Sul); Roca (indústria Espanhola de Porcelanas sanitárias e Cerâmicas etc.,

Em 1999, a Roca entrou definitivamente no mercado brasileiro, ao adquirir a Keramik

Holding AG Laufen, detentora das marcas Incepa e Celite, que já era, líder nacional em

louças sanitárias) e Móveis - GAAM Gabinetes (Ampére); Ghelplus (produz cubas,

tanques, pias em inox, etc. localizada em Ampére); Acquavitalle (indústria de Fiber

Glass, especializada em Banheiras de Hidromassagens, com sede em Foz do Iguaçu);

Em Santa Catarina, são adquiridos produtos da indústria metalúrgica – CID

Produtos (indústria metalúrgica, sede em Joinville); Docol – Metais Sanitários (Joinville);

Irmãos Fischer S/A Ind. e Com. (com sede em Brusque); Metalúrgica Inandete Ltda.

(Indaial); Indústria moveleira - Balcony Ind. e Com. de Móveis Ltda. (Coronel Freitas-

SC); Pias e cubas - Resimetal (cubas e lavabos e resinas, localizada em Palhoça);

Materiais elétricos - DWT ferramentas elétricas (Ind. Suíça. No Brasil possui

distribuição e assistência técnica em Jaraguá do Sul); Eletrocal Indústria e Comércio de

Materiais Elétricos Ltda. (produtora da marca Corfio – fios e cabos elétricos, com sede

em Caçador); Eletro Zagonel Ltda. (produz torneiras eletrônicas, duchas e chuveiros

eletrônicos etc., com sede em Pinhalzinho – SC); Franke (Joinville); Taschibra (Indaial);

ThermoSystem (produz Duchas e Chuveiros Eletrônicos, Aquecedores Solares

econômicos etc., com sede em Tubarão – SC); Indústrias químicas - Cipla - indústria

transformadora de plásticos (Joinville); FortLev (produtora de soluções em

armazenamento de água – possui quadro unidades industriais para atender todo o

Brasil, Araquari-SC, Cajamar-SP, Camaçari-BA, Serra-ES); Incofima (produtos em fibra,

com sede em Chapecó); Mantac (fabricação de mangueiras, tubos e acessórios, com

sede em Joinville); Plasforro Perfis de PVC Ltda. (Joinville); Blukit (soluções para

instalações hidráulicas, com sede em Blumenau); Telhas Rainha (Rio do Sul); Imbralit

(Criciúma); Pisos e Cerâmicas - Ceramfix (Gaspar-SC); Cecrisa S/A (produz e distribui

as cerâmicas Cecrisa e Portinari, possui unidades em Criciúma, Tubarão-SC, Anápolis-

GO, Santa Luzia-MG); Ceusa (revestimentos cerâmicos, localizada em Urussanga);

Porto Design (Itajaí); Elizabeth (porcelanatos, com unidades em Criciúma – SC, Vinhedo

– SP e João Pessoa – PB) e Ferramentas - Grupo GMEG (Compressores, ferramentas

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para construção civil, moto-bombas, geradores, etc., com sede em Navegantes); Orion

(distribuidora de máquinas e ferramentas, com unidades em Palhoça, São José e

Florianópolis);

No Rio Grande do Sul, são adquiridos produtos da indústria metalúrgica -

Atlas Pincéis e Ferramentas (Esteio–RS); Brinox (Caxias do Sul); Conesul Atacadista

distribuidor de ferragens (Caxias do sul); Famastil Taurus (Porto Alegre); Paraboni –

ferramentas (Riozinho); Giosul Aramados (Garibaldi); Tramontina (Carlos Barbosa-RS,

Encruzilhada do Sul-RS e Recife-PE); Indústrias químicas - BAKOF TEC Indústria e

Comércio de Fiberglass Ltda. (Frederico Westphalen-RS); Killing (tintas e adesivos, com

unidades no RS, CE, BA); Plasbil Revestimentos (Bianchini Indústria de Plásticos Ltda.,

com sede em Tapejara-RS); Tintas Renner (Gravataí); Atacadista - Distribuidora

Nacional (com sede em Porto Alegre e, filiais em São José-SC e Curitiba-PR); Horbach

& Cia Ltda. (materiais de construção, com sede em Cachoeira do Sul); Materiais

elétricos - Meber - metais e duchas (Bento Gonçalves); Soprano (Matriz e centro de

distribuição farroupilha – RS; produção e centro de distribuição Campo Grande - MS;

divisão de materiais elétricos, Escada-PE; divisão hidráulica, Caxias do Sul-RS; divisão

construção civil, farroupilha-RS) e Vitesse Ind. e Com. de Produtos Plásticos Ltda. (Novo

Hamburgo).

Deste modo podemos ver que os produtos adquiridos para abastecer as lojas

de materiais de construção estão concentrados na região Sul e no Estado de SP e,

estas lojas ao que tudo indica possuem uma grande dinâmica, haja vista o momento

atual da construção civil em nosso país, ampliada, sobretudo, a partir de 2007, com o

lançamento realizado pelo Governo Federal do Programa de Aceleração do

Crescimento (PAC) e, dentro deste o Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV),

lançado em 2009 (com vigência até o momento), ampliou o número dos financiamentos

imobiliários para a população de maior poder aquisitivo, não contemplada pelo PMCMV,

o que por sua vez, gerou nitidamente um grande boom nas construções civis nas

cidades brasileiras e, com isso uma dinamização em toda cadeia produtiva da indústria

da construção civil, gerando expansão urbana horizontal e vertical, com ampliação da

empregabilidade e, por que não valorização imobiliária. Para exemplo didático, basta

verificarmos que o total de área construída em Francisco Beltrão passou de 75.045 m2

em 2003, para 234.144 m2 em 2014 (PMFB, 2015).

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Na escala nacional surgiram arroladas ao PAC, as Concessões de Serviços

Públicos a Iniciativa Privada que, seguem princípios relativos, de Ignácio Rangel (1980),

podendo enfatizar que isso representa um avanço, pois as condições políticas e

institucionais divergem ao seu tempo e trazem avanços a cada nova concessão,

permitindo o rompimento dos pontos de “estrangulamentos da economia” brasileira.

3 – Considerações

Nesta análise preliminar, verificou-se que a indústria da construção civil

possui uma grande dinâmica, e pode ser um setor que aliado aos avanços técnicos e da

inovação tecnológica, somados as concessões de serviços públicos a iniciativa privada,

permita que o Brasil ultrapasse a crise que se avizinha.

Verificou-se também que o setor da indústria da construção civil em

Francisco Beltrão, representa o principal em número de estabelecimentos e o segundo

subsetor industrial em geração de empregos e rendas. E, a ampliação desse setor é

fator fundamental para o desenvolvimento econômico e social da cidade e município,

pois sob o capitalismo a distribuição de renda ocorre quando a conjuntura econômica é

expansiva em investimentos produtivos (MARX, 1983; LENIN, 1982).

Outro fato observado na dinâmica urbana de Francisco Beltrão, relacionado a

indústria da construção civil, foi que as faculdades e universidades privadas trouxeram

para suas instituições, cursos na área da construção civil, como Engenharia Civil (2

cursos), Engenharia de Produção, Arquitetura e a partir de 2016 Engenharia Elétrica.

Lembrando que, estas Instituições de Ensino Superiores, possuem suas demandas de

Francisco Beltrão, do Sudoeste paranaense e Oeste catarinense. A exemplo do que

ocorreu em escala nacional, foram dinamizadas via governo federal, através do FIES-

MEC. E, a lógica da instalação destes cursos ligados à construção civil está relacionada

à dinâmica deste setor e a demanda por profissionais desta área na cidade e região.

4 – Referências Bibliográficas

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho. Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). Brasília, DF, 1985 a 2013. Disponível em <http://bi.mte.gov.br/bgcaged/login.php>. Acesso em 15/06/2015.

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo demográfico. Rio de Janeiro: IBGE, vários anos.

LÊNIN, V. I. O desenvolvimento do capitalismo na Rússia: o processo de formação do mercado interno para a grande indústria. São Paulo: 1982. 402 p.

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MAMIGONIAN, A. A Geografia e “A Formação Social como Teoria e como Método”. In: SOUZA, M. A. A. de. (Org.) Mundo do cidadão, um cidadão do mundo. São Paulo: Hucitec, 1996, p.198-206.

MARX, K. O capital. São Paulo: Abril Cultural, 1983. v. 1. (Os economistas).

________. Contribuição à crítica da economia política. São Paulo: Martins Fontes, 1987.

MONBEIG, P. Novos estudos de geografia humana brasileira. São Paulo: Difel, 1957.

RANGEL, I. Recursos ociosos e política econômica. São Paulo: Hucitec, 1980.

SANTOS, Milton. Sociedade e Espaço: A Formação Social como Teoria e como Método. Boletim Paulista de Geografia, São Paulo, n.54, p.81-100, jun. 1977.

SEBRAE. Cadeia produtiva da construção civil: cenários econômicos e estudos setoriais. Recife: SEBRAE, 2008.

http://www.ipeadata.gov.br/