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4 ____________________________________________________________ Rev. Saberes UNIJIPA, Ji-Paraná, Vol 10 nº 3 Jul/Dez 2018 ISSN 2359-3938 ANÁLISE DOS ESTILOS DE LIDERANÇA QUE INFLUENCIAM NA SUPERVISÃO DE ENFERMAGEM: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 1 Rafael Martins Papa Débora Cristiane Pellenz 2 RESUMO: Reconhecendo a questão da liderança como fator preponderante para o bom desenvolvimento do trabalho individual e coletivo em enfermagem, busca-se conhecer e avaliar junto à literatura especializada os tipos de liderança apresentados pela ciência da administração e sua compatibilidade com o trabalho em enfermagem. O objetivo principal deste estudo foi identificar na literatura científica, os estilos de liderança que influenciam na tomada de decisão na supervisão de enfermagem. Além de definir e caracterizar o conceito de liderança e liderança em enfermagem; identificar os estilos presentes na gestão de enfermagem e, relacionar os estilos de liderança e suas influencias na tomada de decisão em enfermagem. A sistemática metodológica consistiu-se na elaboração de uma monografia baseada em revisão de literatura sobre o tema, focado na descrição do assunto a partir dos apontamentos de autores renomados cientificamente no tema. Sendo esta busca realizada através de uma revisão bibliográfica do tipo exploratória descritiva, de referencia documental. Os estudos mostram que a liderança se desenvolve melhor quando o líder consegue mesclar pelo menos dois estilos gerenciais. A partir do desenvolvimento da liderança participativa o grupo fica mais susceptível a condução do processo assistencial segundo a proposta apresentada por sua liderança, ou seja, há a aceitação das decisões do líder de forma mais natural. O estudo mostra que não há tomada de decisão satisfatória se esta não estiver associada à liderança democrática, necessitando esta ser reconhecida e aceita pelos liderados e, tal aceitação esta diretamente ligada à escolha do estilo de liderança aplicado pelo enfermeiro supervisor. Palavras-Chaves: Enfermagem. Liderança. Supervisão. INTRODUÇÃO A liderança desde as épocas mais antigas, já vinha sendo tratada com atenção pelos teóricos da administração; se observarmos o século XX, poderemos destacar uma série de acontecimento que demonstram a importância da liderança nas mais diferentes situações, Salomé, Camargo e Guerra (2003), colocam essa preocupação como ponto referencial desde a 1º Guerra Mundial, onde a vitória sempre esteve associada a 1 Artigo Científico elaborado a partir do Manual de Artigo Científico do Athenas Grupo Educacional e das Normas da ABNT solicitado no curso de pós-graduação em Enfermagem do Trabalho e Saúde do Trabalhador. 2 Enfermeira pelo Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná- CEUJI-ULBRA- Pós Graduada Programa Saúde da Família - PSF, Mestre em Genética e Toxicologia Aplicada, ULBRA-RS. [email protected]

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ANÁLISE DOS ESTILOS DE LIDERANÇA QUE INFLUENCIAM NA

SUPERVISÃO DE ENFERMAGEM: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA1

Rafael Martins Papa

Débora Cristiane Pellenz2

RESUMO: Reconhecendo a questão da liderança como fator preponderante para o bom

desenvolvimento do trabalho individual e coletivo em enfermagem, busca-se conhecer e avaliar

junto à literatura especializada os tipos de liderança apresentados pela ciência da administração

e sua compatibilidade com o trabalho em enfermagem. O objetivo principal deste estudo foi

identificar na literatura científica, os estilos de liderança que influenciam na tomada de decisão

na supervisão de enfermagem. Além de definir e caracterizar o conceito de liderança e liderança

em enfermagem; identificar os estilos presentes na gestão de enfermagem e, relacionar os estilos

de liderança e suas influencias na tomada de decisão em enfermagem. A sistemática

metodológica consistiu-se na elaboração de uma monografia baseada em revisão de literatura

sobre o tema, focado na descrição do assunto a partir dos apontamentos de autores renomados

cientificamente no tema. Sendo esta busca realizada através de uma revisão bibliográfica do tipo

exploratória descritiva, de referencia documental. Os estudos mostram que a liderança se

desenvolve melhor quando o líder consegue mesclar pelo menos dois estilos gerenciais. A partir

do desenvolvimento da liderança participativa o grupo fica mais susceptível a condução do

processo assistencial segundo a proposta apresentada por sua liderança, ou seja, há a aceitação

das decisões do líder de forma mais natural. O estudo mostra que não há tomada de decisão

satisfatória se esta não estiver associada à liderança democrática, necessitando esta ser

reconhecida e aceita pelos liderados e, tal aceitação esta diretamente ligada à escolha do estilo

de liderança aplicado pelo enfermeiro supervisor.

Palavras-Chaves: Enfermagem. Liderança. Supervisão.

INTRODUÇÃO

A liderança desde as épocas mais antigas, já vinha sendo tratada com atenção

pelos teóricos da administração; se observarmos o século XX, poderemos destacar uma

série de acontecimento que demonstram a importância da liderança nas mais diferentes

situações, Salomé, Camargo e Guerra (2003), colocam essa preocupação como ponto

referencial desde a 1º Guerra Mundial, onde a vitória sempre esteve associada a

1Artigo Científico elaborado a partir do Manual de Artigo Científico do Athenas Grupo Educacional e das

Normas da ABNT solicitado no curso de pós-graduação em Enfermagem do Trabalho e Saúde do

Trabalhador. 2 Enfermeira pelo Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná- CEUJI-ULBRA- Pós Graduada Programa

Saúde da Família - PSF, Mestre em Genética e Toxicologia Aplicada, ULBRA-RS.

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presença de vários lideres importantes, onde sempre houve a necessidade de se colocar

oficiais capacitados a liderança para o comando das tropas; pouco antes no século XIX

outro grande acontecimento histórico no qual a liderança foi fator propulsor foi a

Revolução Industrial, nesta a necessidade não era de oficiais e sim de pessoas

capacitadas a fim de direcionar as empresas e empregados para responder as

necessidade e desafios da época com mais eficiência.

Para reforçar a preocupação com os estudos sobre a liderança citamos

Chiavenato (2003) que descreve o fato de que frente a esta temática, os estudos sobre

recursos humanos ganharam maior destaque na década de 1920, estudos estes que

constataram a existência de ações que exerciam influencias positivas sobre o

comportamento das pessoas.

Observar-se então que a temática liderança empresarial já vem sendo alvo de

pesquisas desde o inicio do século XX e, a liderança pessoal pode ser reconhecida como

um diferencial na personalidade de alguns indivíduos desde há muitos anos. A realidade

não difere do passado, ainda hoje as discussões sobre liderança predominam e colocam

o assunto em constante aprimoramento. Kurcgant (2005) diz ser a liderança mais que

um atributo da personalidade, onde “o exercício da liderança não se apóia

exclusivamente nas características de personalidade, na interação indivíduo/meio, sendo

esta uma constante e, a liderança uma conseqüência desta interação”, diante disto é

possível perceber que o desafio de desenvolver líderes para os dias atuais está

relacionado à complexidade do ambiente competitivo em que se apresentam as relações

comerciais e de trabalho, com características especificas, onde se valoriza atributos

como responsabilidade, empenho, compromisso e poderio intelectual. A temática tem

apelo vigoroso tanto para os que lideram quanto para aqueles que são liderados.

Poletto (1999) afirma ser a liderança não apenas uma disciplina ou ciência

exata, mais sim uma arte e como tal deve ser sentida, experimentada e criada.

Liderança não significa coagir o individuo com ameaças ou pressões a realizar qualquer

tipo de tarefa, mas

sim, conseguir através de complexo de ações, gradativo processo de indução

baseado no conhecimento e convencimento. Agregado a isso o líder deve sempre estar

desenvolvendo-se em pró de seus liderados e dos objetivos a serem atingidos, com o fim

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de executar as atividades propostas, ou seja, o trabalho do líder consiste em conseguir

que o trabalho seja feito por outras pessoas e que essas pessoas trabalhem sem serem

obrigadas. (KRON e GRAY, 1999).

Todas as áreas são dependentes da utilização da ferramenta de liderança, com a

enfermagem não poderia ser diferente, a mesma tem evoluído de maneira significativa

no domínio das ciências administrativas, das novas tecnologias, das técnicas de

investigação clínica, exigindo a busca de conhecimentos totais para, assim, contribuir,

de algum modo, para a qualidade dos serviços prestados ao público em geral.

O enfermeiro de hoje tem uma formação voltada para o cuidado humano, que é

fundamental para o processo de recuperação e reabilitação do cliente. Apesar de que,

para a concretização deste trabalho não se pode deixar de lado, a equipe que precisa ser

orientada, motivada, comunicada, ouvida, assistida, organizada e trabalhada a fim de

prestar esse cuidado e para isso precisa-se de um líder.

É fundamental, então, lembrar que na própria organização ou em outros

ambientes de trabalho, o enfermeiro desempenha papel definitivo no desenvolvimento

de ações assertivas para o atendimento do cliente, contudo, problemas existem pela falta

de recursos e capacitação para resolvê-los; indiferença e desapego individual frente aos

compromissos de trabalho tem sido e continuarão a ser questões enfrentadas pelos

enfermeiros lideres em seus diversos campos de atuação. (Referencia).

Outra valiosa vertente no que diz respeito à liderança em enfermagem é a

questão referente ao trabalho em equipe, pois o trabalho coletivo faz parte da essência

do cuidar em enfermagem e, muitas vezes o enfermeiro líder se depara, na realidade,

com pessoas que trabalham em grupo, onde os indivíduos não interagem entre si e

apresentam comportamentos distintos entre si que em nada favorecem o

desenvolvimento do grupo.

Partindo então das varias oportunidades de observação, ao longo do curso de

graduação, sobre a atuação do enfermeiro líder, surgiu o interesse para o

desenvolvimento desta pesquisa, com o intuito de colaborar para a identificação dos

estilos de liderança que poderiam influenciar na tomada de decisão e na supervisão em

enfermagem. Seguimos na tentativa de selecionar o melhor estilo de liderança que

pudesse se enquadrar nas características e competências do enfermeiro supervisor, a fim

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de diminuir os conflitos nos ambientes de trabalho de enfermagem e, assim melhorar a

qualidade de vida desses trabalhadores.

ESTILOS DE LIDERANÇA

A Liderança Situacional é um tipo de liderança utilizada principalmente em

indústrias, no governo e na educação. Trata-se de um modelo moderno de liderança na

qual se afirma haver a não existência de um estilo melhor de liderança, graças às

variáveis desse estilo este pode se enquadrar em qualquer atividade da qual se requeira

um líder. A Liderança Situacional também é importante para os enfermeiros, e

profissionais de instituições ligados a área da saúde, uma vez que pode ser utilizada

como estrutura de orientação no que tange à habilidade de liderar. (HERSEY; DULDT,

1989 apud em GALVÃO, TREVIZAN, M.A.; SAWADA; FÁVERO, 1997).

O estilo baseia-se numa inter-relação entre a quantidade de orientação e

direção (tarefa) que o líder oferece, a quantidade de apoio sócio-emocional

(relacionamento) ofertado pelo líder e o nível de prontidão ("maturidade") dos

subordinados na execução de uma tarefa, função ou objetivo especifico que será

abortado a seguir.

Neste estilo de liderança há a descrição de quatro tempos distintos: determinar

(E1), persuadir (E2), compartilhar (E3) e delegar (E4), conhecido como sendo as fases

nas quais são subdivididas em tarefas e relacionamento dentro deste contexto sendo a

maturidade dos liderados apresentada dentro de um gráfico comportamental

(imaturo/maduro) dividido em quatro níveis: baixo (M1), baixo a moderado (M2),

moderado a alto (M3) e alto (M4). Numa explicação sucinta sobre a liderança

situacional o estilo trata da observação do líder sobre o nível de maturidade de sua

equipe, suas decisões são variáveis pela maturidade apresentada por seus liderados

(HERSEY; BLANCHARD, 1986).

Para ajudar na compreensão da liderança situacional é preciso analisar os

quatro tempos da mesma, onde se discriminam os quatro tipos distintos de líder. Sendo

o líder da fase Determinar (E1), o líder mais “pobre” em relação aos fatores de

influencia da liderança eficaz, possuem apenas as características básicas sem capacidade

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de realização ações mais complexas tendo relacionamento baixo e pouco envolvente

com a equipe, não apresentam responsabilidade e compromisso ao fazer algo, faz

apontamentos diretos e discrimina as atividades de forma clara, especifica e com

supervisão rígida (HERSEY; BLANCHARD, 1986).

Já a liderança da fase Persuadir (E2) equivale esta a maturidade moderada

(M2), onde a pessoa ainda faz apontamentos diretos, mas a diferença esta na vontade e

disposição para assumir uma determinada ação, com características positivas como a

liberdade de comunicação do liderado para que juntos atinjam metas comuns.

Nas classificações de maturidade moderada a alta maturidade (M3) escala-se a

posição do líder por sua a capacidade para a realização de ações que não sejam

empecilho para que o grupo possa desenvolver atitudes proativas e de responsabilidade

frente às problemáticas e que estejam aptos para acatar o desejo do líder quando

necessário for. Na condição que apresenta esses liderados o melhor estilo a ser utilizado

é o compartilhar (E3), como o nome já trata é o estilo que tende a ser participativo

deixando a conotação de ordens diretas e partindo para o apoio, o líder interage junto

com equipe nos processos de decisão. (RABELO, 2001)

No último estágio da maturidade ou alta maturidade (M4), o liderado além de

ter a responsabilidade tem a disposição para executar as tarefas, paralelo a ele o estilo de

liderança mais eficiente é o delegar (E4), nesta fase o liderado se torna independente

para desenvolver atividades e tem capacidade de solucionar os problemas levantados

pelo líder.

A liderança situacional aplicada em sua plenitude envolve o domínio do

conhecimento e do nível de maturidade dos liderados e a dinâmica correta a ser utilizada

pelo líder, ou seja, a aplicação apropriada de cada estilo de liderança se apresenta

positivo quando aplicado em grupos de trabalho em enfermagem, conforme sua

abordagem posteriormente. (HERSEY; DULDT 1989 apud em GALVÃO;

TREVIZAN, M.A.; SAWADA; FÁVERO, 1997).

Os apontamentos sobre os estilos de liderança e sua correlação com as fases relativas à

maturidade dos liderados pode ser melhor analisado, no quadro abaixo:

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Esquema geral da liderança situacional

Fonte: Hersey e Blanchard, (1986. p.189).

Para determinar qual o estilo de liderança a ser utilizado de acordo com situação

apresentada, a líder precisa antes de tudo identificar a área de atividade alvo, ou seja,

aquela a influenciar, determinando a maturidade na qual se encontra o grupo e se existe

disparidade entre os seus componentes. Pois só haverá sucesso quando houver

adequação perfeita e igualitária entre o nível de maturidade entre os mesmos. Assim

neste sentido sempre teremos a maturidade versos às tarefas a serem executadas

buscando neste confronto extrair a eficácia desejada (CIAMPONE, 1991 apud em

KURCGANT, 2005).

De acordo com Hersey e Blanchard (1986) "os liderados são de importância

vital em qualquer situação não só porque individualmente aceitam ou rejeitam o líder,

mas porque como grupo efetivamente determinam o poder pessoal que o líder possa

ter". Assim, o enfermeiro deve valorizar e compreender que os integrantes da equipe de

enfermagem possuem necessidades e expectativas pessoais e profissionais. Conhecer

essas necessidades e expectativas é um aspecto fundamental para a eficácia do processo

de liderar. Na liderança situacional como em qualquer outro estilo que possa a vir a ser

aplicado no serviço de enfermagem.

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Outro estilo de liderança que também é utilizado no serviço de enfermagem é a

teoria do Grid na qual foi desenvolvida por Robert Blake e Jane Mouton, em 1920,

baseados em resultados encontrados nas pesquisas sobre liderança, onde foram

definidas duas vertentes: orientação para produção e orientação pessoa com as seguintes

classificações: 9,1 (Gerência com Autoridade/Obediência); 1,9 (Gerência de Clube

Campestre); 1,1 (Gerência Empobrecida); 5,5 (Gerência do Homem Organizacional);

9,9 (Gerência de Equipe). Para compreender essa graduação, descrever-se o número 1

como sendo a orientação para pessoas e produção como sendo mínima, o número 5

significa orientação média, e o número 9 orientação máxima. Outra máxima a ser

observada é a referência das orientações, a máxima para a produção se apóia na Teoria

funcionalista de administração, que prioriza a produtividade, já na orientação pessoal a

máxima tem suas bases na teoria de relações humanas (BLAKE; MOUTON, 2000).

No modelo gerencial Grid de Blake & Mouton (2000), há flexibilidade onde os

sujeitos da liderança são capazes de propor por meio de suas ferramentas tanto uma

comparação ou cooperação entre lideres, essas duas vertentes apresentam as seguintes

dimensões: orientação voltada para a produção de resultados e a orientação para os

liderados e líderes correlacionando com o relacionamento pessoal entre eles.

O Grid, referente à grade ou rede gerencial, tem a teoria que parte da seguinte

hipótese que sustenta que o líder sempre estabelece pressupostos acerca de como

equacionar problemas inerentes ao processo para obter a produção através de pessoas.

(BLAKE; MOUTON, 2000).

Esta teoria pode ser didaticamente explicada, através de uma escala de eixos horizontais

e verticais, onde no primeiro eixo temos o interesse pela produção, já no eixo vertical o

interesse é pessoal, cada eixo é apresentado na forma de um escalonamento de nove

pontos que gradualmente indica o valor do interesse em cada dimensão, perfazendo uma

soma de 81 combinações de orientações entre interesse pessoal e produção. Em resumo

a Teoria Grid determina a identidade de cinco estilos essenciais: 9.1; 1.9; 1.1; 5.5 e 9.9.

Apresentadas visualmente na tabela abaixo:

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Fonte: Blake e Mouton,(1987. p. 13).

Os estilos obtidos na observação do modelo Grid levam a mensuração do estilo

9.1, no qual temos analisado o mais elevado potencial de produção e a mínima

orientação para as pessoas. O líder neste padrão busca resultados sem se importar com o

liderado, a hierarquia e o poder são do tipo coercitivo, características relacionadas a este

administrador, tendo como meta a vitoria, sem responsabilidade e em caso de fracasso

não admite a culpa. Orienta-se pelas máximas: “Nunca confie nos outros” e “não aceite

conselhos e orientações”. (BECCARIA, 2000)

O estilo 1.9 abrange a mínima orientação para a produção e máxima direção

para as pessoas pode-se caracterizar facilmente este líder como aquele que deseja

agradar a todos, buscando aprovação geral, prezando pela boa imagem de amistoso,

atento as carências e necessidades dos liderados, tem características de básicas de

polido, voluntarioso e agradável, geralmente é bem quisto pelos subordinados mais

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apresenta pouco resultado na produção, a comunicação flui de cima para baixo, não

havendo possibilidade de qualquer opinião ou sugestão por parte dos liderados.

Utilizando de ordens claras e precisas o gerente busca evitar o surgimento de conflitos,

quando ocorrem, surge o sentimento de controle falho e a reação é recuperar o mais

rápido possível o domínio sobre os demais. (BLAKE; MOUTON, 2000)

Pelo prisma dos subordinados as condutas são variadas, indivíduos submissos

se enquadram e se sujeitam as ordens do líder, outros descumprem as ordens e

determinações, a maioria realiza suas atividades, puramente para cumprir suas

obrigações, sem se envolverem com o contexto mantendo atitude neutra e indiferente.

(BLAKE; MOUTON, 2000)

O líder enquadrado na posição 1.1 se apresenta como um líder extremamente

neutro nas mais diversas situações, adota o estilo de liderança realizando o mínimo

possível ações apenas para manter certa regularidade. Seu lema é: “não veja nada de

errado, não diga nada de errado, não ouça nada de errado e você estará protegido, pois

nem será notado” (BECCARIA, 2000).

Estando este líder focado apenas na manutenção de seu posto, ou seja, ele está

preocupado unicamente com sua sobrevivência administrativa, pessoas e produção não

estão nas metas deste líder, o que significa fazer apenas o necessário para preservar seu

emprego. Suas expectativas são mínimas, este oferece pouco aos liderados, tem

comportamento de indiferença e não envolvimento, e justifica sua indiferença e

esterilidade culpando a todos por relacionar as ações consigo mesmo. O gerente 1,1

confere amplas atribuições, sem orientar, programar e objetivar resultados, difundindo

os subordinados todas as responsabilidades, se encarrega unicamente de transmitir

ordens e mensagens em fluxo único de cima para baixo, sem modificar ou acrescentar.

Os subordinados respondem a este liderança com protesto, com reações em graus

diferentes ou simplesmente deixam o emprego. (CASTRO, 2007)

O equilíbrio neste tipo de liderança é encontrado no estilo 5.5, onde o líder

apresenta-se como um gestor organizado e equilibrado tanto para as orientações de

pessoal e de produção, a fim de atingir suas metas, de acordo com TREVIZAN (1994) a

motivação positiva da gerência do homem organizacional, na escala com a numeração

de 5.5, esta fundamentada na participação, causar boa impressão no grupo assim

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obtendo aceitação do mesmo. Este líder é sociável, costuma angariar uma extensa rede

de relacionamentos interpessoais e administrativos que demonstraram “status” na

organização.

Esta aceitação é a buscativa por assentimento do grupo este líder sempre busca

angariar um extenso ciclo de relacionamentos, já visando à execução do trabalho, este

consegue fazê-lo sem utilizar de autoridade formal, faz uso mais da direção de opinião

pela persuasão do que pelo comando. Julga que para ser aceito, precisa colocar o

subordinado na posição de avaliador de suas ações, sua organização busca atribuir ao

individuo obrigações, mas coloca-se aberto para esclarecimentos e observações por

parte dos subordinados (CASTRO, 2007).

O líder deste estilo busca uma produção aceitável, sem trazer problemas ao

grupo, procura buscar o controle promovendo entre os subordinados investigações

informais sobre o curso dos afazeres. Os problemas que podem surgir em relação à

resposta dos subordinados a este estilo de liderança são geralmente benefícios, ou seja,

de colaboratividade sobre a liderança do gerente 5,5 o subordinado assume o estilo 5,5

na mesma igualdade de seu líder (CASTRO, 2007).

No patamar máximo do modelo Grid tem-se a posição 9.9, nela é encontrada a

máxima produção de resultados e a melhor orientação aos liderados, as principais

características do líder nesta posição é a liberdade de uma gerencia de equipe, onde se

estabelece metas e desafios para a equipe e essa obtém os resultados máximos. O

gerente 9,9 trabalha com autos índices matenacionais para minimizar a frustração ou

desapontamentos do grupo a fim de se obter o máximo de resultados. Este modelo em

resumo coloca líder e liderado em completa sintonia envolvendo todos em busca de

resultados e agrega as responsabilidades equivalentes entre os subordinados e a

liderança, estabelecendo-se metas flexíveis e novas, onde sua organização consegue

atingir a equidade em relação à competência e limitações de cada liderado sendo as

responsabilidades equivalentes a essas competências. Este líder 9.9 realiza a execução

de projetos, auxiliando durante o processo de desenvolvimento com criticas e opiniões

pertinentes acompanhando de perto cada etapa, promove avaliação final, buscando uma

previsão de futuro, destacando as contribuições pessoais. (BALCÃO; CORDEIRO,

1986 apud em TANNENBAUM; SCHMIDT, 1977)

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Outra classificação de liderança presente nos estudos teóricos diz respeito à

análise da liderança fundamentada nas características individuais, tal avaliação não foca

o processo de liderar precisamente, mas observa e aponta quais as características

pessoais que refletem diretamente na forma de liderar.

Os autores White e Lippit desenvolveram esta classificação de liderança a

partir da performance e características de líder, discriminando-a em fases características.

Sendo denominado o líder autoritário aquele que tem seus comportamentos

caracterizados pelo seu forte controle sobre seus liderados onde, sua motivação é

baseada na coerção, sua direção se faz principalmente por comandos, a comunicação

flui de cima para baixo, e não há envolvimento de outras pessoas na tomada de decisões

e ainda as criticas são passiveis de punição. Neste estilo a produção dos resultados

costumam ser altas em contrapartida a criatividade, autonomia e auto-motivação são

baixas. Este estilo de liderar é facilmente encontrado em grandes burocracias como as

forças armadas. (AKTOUF, 1997).

Já, o líder democrático, nesta classificação, é aquele que direciona suas

decisões a partir de sugestões e orientações, a comunicação flui tanto para cima quanto

para baixo, as decisões são tomadas com a participação de outras pessoas, as criticas são

construtivas, a motivação fica por conta de prêmios pessoais e financeiros. Observa-se

que na liderança democrática, por abranger muitas pessoas em seu processo decisório,

poderá a tomada de decisão ser lenta refletindo assim na demora de resultados. Este

estilo se adequa muito bem a grupos com mais tempo de convívio e cooperação eficaz.

(AKTOUF, 1997).

Outra classificação neste contexto é a liderança do tipo Laissez-faire, onde o

líder permissivo, com atitudes como a que podem dispersar a tomada de decisão por

todo o grupo, não faz criticas e oferece pouca ou nenhuma orientação, motiva o grupo

apenas quando é solicitado a fazer isso, este estilo é tratado como liderança não-

dirigida, o grupo submetido a esta liderança poderá estar fadado ao fracasso, o líder tem

grande risco de desenvolver no grupo a apatia e o desinteresse. Quando o grupo está já

motivado e auto-direcionado esse estilo pode resultar em ótimos resultados junto à

criatividade e a produtividade, necessitando de alta maturidade profissional para

desenvolver resultados efetivos. (SANTOS; OLIVEIRA; CASTRO, 2006).

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De acordo com Marquis e Huston (1999), a maioria dos lideres não está

perfeitamente adequado a um modelo ou classificação pré-definida nos estilos citados, e

sim podem vir a se encaixar em alguns pontos a que se referem essas classificações:

Na pratica, em um dia de trabalho, o líder emprega os três processos de

liderança, de acordo com as circunstâncias e com as pessoas. Mandar cumprir uma

ordem, consultar o grupo antes de tomar uma decisão e sugerem a um subordinado

realizar determinada tarefa. Ao mandar, é líder autocrático, consultando, é democrático

e sugerindo, liberal (PENTEADO, 1994).

O líder deve a cada momento, escolher determinar solução para certa situação

e, ter sempre em mente que: a liderança autocrática não significa ditadura; liderança

democrática não é por tudo a voto; liderança liberal não significa ausência de liderança.

A liderança é especifica em relação à situação que no momento se investiga.

Aparentemente difícil esta adaptação, no entanto o profissional da informação para

exercer a função de líder não precisa mudar de personalidade basta mudar o modo de

agir (HUNTER, 2004).

SUPERVISÃO EM ENFERMAGEM

Quando abordamos a temática supervisão em Enfermagem desmembramos e

estudamos umas das vertentes do Gerenciamento em enfermagem, muitos autores ainda

associam supervisão à função de planejamento, onde esta se correlaciona com uma

atividade de competência do líder. Para conceituar supervisão se faz necessário um

retrospecto sobre o contexto social e situacional no qual se empregou e desenvolveu

esta importante da ferramenta da gestão em Enfermagem, ou seja, para quem e quem a

utilize. De acordo com Servo (2001), “a supervisão caracteriza-se pelo exercício de uma

comunicação direta entre supervisor e supervisionado em nível de execução, se

diferenciando dos outros instrumentos de controle, que geralmente atuam à distância”.

O líder utiliza a supervisão para garantir que suas metas enquanto gestor da

assistência ou do processo administrativo se efetive, ou seja, seus objetivos sejam

atingidos de forma a satisfazer o liderado, o próprio líder e a quem possa atingir essa

ação, para isso utiliza de adjetivos próprios como a capacidade de influenciar e o

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convencimento sobre seus liderados.

A supervisão para muitos colaboradores e organizações tem conotação ainda de

repreensão, de fiscalização ou até mesmo caráter punitivo, conotação pejorativa que

acaba limitando o papel do profissional de quem supervisiona, é evidenciado a

conotação de que a supervisão dessa agregar a seu escopo, o fiel cumprimento a ordens

e regulamentos estabelecidos quaisquer que sejam, distanciando da verdadeira intenção

da supervisão que seria a “interação do supervisor com o supervisionado, interação que

se traduz pela resolução de problemas em conjunto, de forma cooperativa e

sistematicamente planejada”. (KURCGANT, 2005)

A liderança é muito dinâmica e a supervisão como um braço aparente desta

também, isto é, que se conhece e se acredita sobre liderança mudou de forma

considerável em cem anos e continuará mudando, porém, os conceitos que envolvem a

supervisão ainda se encontram engemados a esfera do controle. Diversas são as

definições sobre a liderança uma dela é a de Poleto (1999) “um ponto de polarização

para a cooperação do grupo” e “liderança não é a ciência ou disciplina; é uma arte e

como tal, deve ser sentida, experimentada e criada”.

Questões aparentemente intransponíveis como a falta de recursos têm sido e

continuou a serem questões enfrentadas pelo líder em Enfermagem nas mais diversas

situações e áreas de atuação no trabalho, a solução muitas vezes não esta simplesmente

capitulada em uma bibliografia e sim na capacidade do líder de ter foco e saber

conhecer processos administrativos os quais possam levar à solução de problemática,

num ambiente de trabalho neste contexto a suspensão como ferramenta de controle e

matinação podem resultar como ações positivas para o exercício da liderança. A

Supervisão pode utilizar da mobilização – ela é a capacidade do líder de influenciar os

liderados a aceitarem a mudança proposta. A liderança depende da suspensão para a

demanda de decisão eficaz, paralelo a ela a Capacitação – capacitar é quebrar a barreira

do poder e ordem e evoluir em direção transformação de profissionais instrutores e

organizadores abandonando a burocracia e a tarefa para o desenvolvimento do fazer

significativo. (DUTRA, 2001).

Na definição de Trevizan (1994) o líder deve propor objetivos radicais e

ambiciosos necessários ao futuro. A Mensuração quer deixa a básica avaliação de

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desempenho e utilizar como processo avaliativo a opinião do consumidor em relação ao

serviço prestado. Comunicação - é a ferramenta utilizada para partilhar metas, e a

cultura das organizações pela demanda de comunicadores articulados, eficientes e

entusiasmados.

É na supervisão de Enfermagem que o profissional enfermeiro transforma a

comunicação em um processo de ensino-aprendizagem eficaz.

A partir da década de 70 teóricos passam a defender que a liderança eficiente

depende de uma quantidade maior de fatores e variáveis, incluindo a cultura da

organização, os valores do líder e dos comandos, o trabalho, o ambiente, a influência do

líder e a complexibilidade das situações. O líder precisa ter muita dinâmica, as

mudanças constantes, é a resposta ao mundo de rápida transformação, podemos como

exemplo observar a evolução da liderança o que era considerado eficiente ou desejável

em termos de liderança tem mudado a cada década. É imprescindível que o líder não

somente busque desenvolver a liderança, mais também fazer as tentativas possíveis para

manter-se atualizado no contexto e aplicação da liderança (DUTRA, 2001).

Para conduzir de forma adequada suas atribuições frete as evoluções constantes

e significativas do trabalho em Enfermagem é preciso atentar para a presença de seis

traços no Líder de Enfermagem. Pensamento em longo prazo, pois só assim é possível

medir as conseqüências de suas decisões para os próximos anos além de observar as

conseqüências imediatas; são visionários e futuristas. Possui olhar global em direção a

todas as áreas da organização e são lideres capazes de compreender a forma como sua

unidade se encaixa na totalidade, não tem foco estreitado. Eficientes capazes de

influenciar os outros, além de seu próprio grupo, pelo desdobramento de suas ações

perante o grupo, são sempre exemplos. Entendem e enfatizam a visão, missão e valores

em sua organização, na sua interação com os outros departamentos, são sensíveis as

diferença de cada situação. São politicamente astutos, tem a capacidade de enfrentar os

conflitos, exigências e expectativas decorrentes da variada clientela e variabilidade de

profissionais em que entram em contato. Buscam de forma intermitente mudanças e a

renovação em seus ambientes, não apenas aceita as mudanças mais as examinam e

fazem com que toda a sua equipe as acompanhe (MAXWELL, 2006).

A Supervisão de equipes de enfermagem exige instrumentalização do líder,

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através da aquisição de conceitos, estratégias e metodologias que viabilizem o

diagnóstico dos cenários e das problemáticas, análise e interpretação, decisão ação e

avaliação com a revolução das atribuições da Enfermagem a necessidade de supervisões

nas diversas áreas como gestões de unidade, responsáveis por planejamento,

organização, controle e direção do processo de trabalho e pela gestão de pessoas

(MARQUIS; HUSTON, 1999).

Independente do tamanho da área de atuação e quantidade de competências o

enfermeiro supervisor deve garantir a melhor qualidade na assistência a menor

utilização de recursos, claro sempre prezando pela excelência que podemos desmembrar

em segurança, satisfação, afetividade e resolubilidade. O profissional também não deve

negligenciar a qualidade de vida no trabalho de sua equipe, atentando a promoção e

educação em saúde, desempenho profissional, relacionamento interpessoal e o sentido

de trabalho (ROZENDO; GOMES, 1998).

O líder cria oportunidade para que os seguidores atuem na liderança, e,

inclusive, os prepara para um dia darem prosseguimento ás atividades organizacionais.

Ele não retém o conhecimento e a prática da liderança, liderança, dividindo-a com os

demais. (HIGA; TREVIZAN, 2005).

Segundo Carlzon (2000):

Um líder participativo, popular entre seus colaboradores, que não se

constrange ou se incomoda de estar no meio de todos, que converse

muito, principalmente de maneira informal, que não pareça

verdadeiramente olhar de cima para baixo; indiscutivelmente terá

enormes possibilidades do ser ouvido e obter de seus pares o

engajamento necessário e êxito no amadurecimento e disseminação da

cultura de sua organização, tomando os objetivos traçados factíveis.

Outro ponto importante a salientar é que independente do cargo assumido pelo

profissional enfermeiro que este vinculado a uma equipe sempre desenvolverá a função

de supervisão e se habilitado, poderá assumir liderança de trabalho.

Estudos recentes têm demonstrado que, ser líder, é muito menos uma

conseqüência de qualidades inatas e mágicas, e muito mais um produto de persistência e

constância no aprendizado de habilidades interpessoais e compreensão do contexto em

que está inserido. As habilidades de liderança podem ser aprendidas através de

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ensinamentos, experiências, desenvolvimento da intuição, da persistência e da

capacidade de aprender com os ensaios e erros (MAGALHÃES; DUARTE, 2004).

Discriminando melhor as atividades de supervisão podemos destacar as

seguintes: decisões agilizadas, resolução de conflito, atingir múltiplas metas e objetivos,

e problemas como: pressão de tempo, demandas simultâneas, problemas na

comunicação, enfrentamento da escassez de recursos tendo de materiais quanto de

profissionais, a exigência constante da clientela, duplos vínculos empregatícios,

absenteísmo, insatisfação e desmotivação.

De acordo com Bosso, Antonelli e Farias (2005) “a função supervisão

instrumentaliza para a identificação de necessidades de orientação e desenvolvimento

dos funcionários nem como de motivação e oferece subsídios importantes para liderança

pelo Enfermeiro.”

A enfermagem responde por equipes e exerce a liderança facilita a eles a

supervisão do processo de trabalho, pois a essência da supervisão está na capacitação

dos profissionais para assistência de enfermagem com excelência, primando à interação

multiprofissional, a plena satisfação do cliente.

Para tomar ciência sobre o desenvolvimento da supervisão é preciso

compreender que o Enfermeiro supervisor pode não ter o cargo específico mais vai

exigir do profissional a vínculos para viabilizar as atividades a serem desenvolvidas é

necessário que o mesmo esteja inserido nas dinâmicas das unidades ou setor, analisando

o presente, com base no passado e preparado para o futuro das equipes, assim

supervisão é a base para a especificidade do trabalho do enfermeiro onde haja

responsabilidade por equipe. Para reforçar essa idéia Lima (1994) destaca que o futuro

está embutido no presente, que estratégias adequadas e investimentos rigorosos podem

viabilizar a superação de desafios, e que cabe ao enfermeiro viabilizar esses

investimentos.

Quando se discutem conceitos relacionados a liderança e supervisão na

Enfermagem temos os apontamentos de Marquis e Huston (2002):

Todo Enfermeiro é um líder e administração em algum nível, e o

papel da Enfermagem requer habilidade de liderança e administração.

Devido às rápidas e drásticas mudanças que continuarão ocorrendo na

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Enfermagem e nos serviços de saúde, tem sido cada vez mais

importante que os Enfermeiros desenvolvam sua habilidade nas

funções administrativas e de liderança. Os Enfermeiros devem

esforçar-se pela integração de características de liderança em toda a

fase do processo administrativo. (MARQUIS E HUSTON 2002, p. 29)

Observa-se que o autor diferencia ações de liderança e ações administrativas,

onde as primeiras seriam todas aquelas que se envolvem a questão da aplicação dos

conceitos do processo de liderança ou estilos de liderança, a e segunda faz referencia as

ações de controle administrativo presentes na supervisão de Enfermagem; os estudos

modernos apontam que a supervisão está inseridas na liderança, fazem parte desta sendo

fundamental para fundamentar a tomada de decisão em Enfermagem de forma

especifica, eficaz, ética e segura. (KUREGANTE, 2005).

Perante estes conceitos, liderar é estimular as pessoas a utilizar o seu total

potencial de trabalho, a fim de que os objetivos sejam alcançados, e supervisionar é

conseguir que as coisas sejam feitas com qualidade e com as pessoas certas. Desse

modo, Sempre haverá duas dinâmicas em jogo: a atividade e o relacionamento

caminhando de forma igualitária e equilibrada a primeira dando pilares de

sustentabilidade para a segunda, ou seja, a Supervisão como medida para subsidiar a

melhor escolha, baseada no exercício da persuasão e envolvimento do grupo de forma

participativa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A construção do presente trabalho permitiu a análise da influencia dos estilos

de liderança sobre as ações do Enfermeiro. Onde a tomada de decisão pode ser

modificada a partir das influencias internas e externas do grupo e do preparo do líder,

visto que a tomada de decisão não é um fato isolado, ela depende também da resposta

dos liderados. a literatura mostra que a supervisão baseada na tomada de decisão

equilibrada tem efeitos positivos sobre o padrão motivacional e produtivo do grupo.

A liderança é fundamental no exercício da Enfermagem, a supervisão de

Enfermagem tem seu tipo baseado nas competências e habilidades da líder, quando este

nas consegue efetivar essa ferramenta na tomada de decisão todo o processo de trabalho

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tem seu caminhar comprometido.

Os estilos de liderança acadêmicos tem se mostrado presente no contexto do

trabalho de Enfermagem, conforme mostram os estudos trazidos por esta pesquisa. A

supervisão de enfermagem não se fundamenta no uso específico de apenas um deles,

mas na intersecção de pelo menos três deles.

A revisão literatura mostrou que o ideal para a supervisão em tomada de

decisão baseado na liderança integrada tem seu pleno exercício no Grid Gerencial,

embora na prática dos campos de trabalho o estilo mais utilizado seja a liderança do

estilo.

Completamos que independentemente do estilo utilizado pelo líder, os

resultados positivos estão associados ao grau de maturidade apresentado tanto pelo líder

como pelos liderados, em relação ao reconhecimento de suas competências e atitudes no

desenvolvimento de seu trabalho individual e coletivo.

Os estudos mostram que a liderança se desenvolve melhor quando o líder

consegue mesclar pelo menos dois estilos gerenciais da mesma, por isso a liderança

situacional é sempre apontada pelos profissionais como a mais utilizada.

A partir do desenvolvimento da liderança participativa o grupo fica mais

susceptível a condução do processo assistencial colocada por sua liderança, ou seja, há a

aceitação das decisões do líder de forma mais natural.

O presente estudo mostra que não há tomada de decisão satisfatória se esta, não

for reconhecida e aceita pelos liderados e, tal aceitação esta diretamente ligada a escolha

do estilo de liderança aplicada pelo enfermeiro supervisor.

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