Análise de Investimentos

67
Análise de Investimentos Agosto de 2003

Transcript of Análise de Investimentos

Page 1: Análise de Investimentos

Análise de Investimentos

Agosto de 2003

Page 2: Análise de Investimentos

2Sul América Set/2003

Sumário

Introdução Juros Compostos Séries Uniformes de Pagamentos Outras Séries de Pagamentos Sistemas de Amortização Análise de Investimentos Técnicas de Previsão

Page 3: Análise de Investimentos

3Sul América Set/2003

Análise de Investimentos

Análise de Investimentos ou Orçamento de Capital talvez seja o assunto mais importante da Gestão Financeira

Ele diz respeito à alocação de recursos

Nessa seção apresentaremos alguns procedimentos de análise de investimentos adotados na prática, relacionando suas vantagens e desvantagens– Período de payback– Valor Presente Líquido (VPL)– Taxa Interna de Retorno (TIR)

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Page 4: Análise de Investimentos

4Sul América Set/2003

Período de payback

De uma forma geral, o período de payback é o tempo necessário para recuperar o investimento inicial

No cálculo do período de payback os fluxos de caixa líquidos do projeto são considerados sem nenhuma capitalização ou desconto

Com base nesse método, um projeto deve ser aceito se o seu período da payback for menor que algum valor previamente definido

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Page 5: Análise de Investimentos

5Sul América Set/2003

Período de payback

Exemplo: Uma empresa está estudando a implementação de 3 projetos, A, B e C, com os seus respectivos fluxos de caixa líquidos apresentados abaixo. Normalmente essa empresa utiliza a regra do período de payback para avaliação de projetos desse tipo, e aceita aqueles cujo valor seja inferior ou igual a 3 anos. Com base nessas informações, calcule os períodos de payback dos projetos A, B e C e diga se eles devem ser ou não aceitos

Ano FC A

0 -100

1 20

2 30

3 50

4 80

Ano FC B

0 -200

1 70

2 80

3 90

4 110

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Ano FC C

0 -150

1 20

2 40

3 40

4 40

Page 6: Análise de Investimentos

6Sul América Set/2003

Período de payback

Solução: Para determinarmos o período de payback devemos calcular os fluxos de caixa acumulados em cada ano

Ano FC Ac A

0 -100

1 -80

2 -50

3 0

4 80

Ano FC Ac B

0 -200

1 -130

2 -50

3 40

4 150

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Ano FC Ac C

0 -150

1 -130

2 -90

3 -50

4 -10

Page 7: Análise de Investimentos

7Sul América Set/2003

Período de payback

Para o projeto A, temos que o período de payback é de exatamente 3 anos – pela regra da empresa ele deve ser aceito

O projeto B tem um período de payback entre 2 e 3 anos, devendo portanto ser aceito. O valor exato pode ser calculado assumindo que a variação do fluxo de caixa acumulado se dá de forma linear. Logo:

56,090

50)50(0

1

)50(40 x

x

Logo, o seu período de payback é de 2,56 anos O projeto C jamais recupera o seu investimento inicial,

logo não deve ser aceito

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Page 8: Análise de Investimentos

8Sul América Set/2003

Período de payback

O período de payback possui sérias limitações

Inicialmente, o período de payback é calculado levando-se em conta apenas os valores dos fluxos de caixa em cada ano, ignorando completamente o valor do dinheiro no tempo

Em segundo lugar, não existe nenhum ajuste em função do risco do projeto – projetos com riscos distintos são avaliados da mesma forma

Por fim, não existe nenhuma base objetiva para a escolha do período de corte

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Page 9: Análise de Investimentos

9Sul América Set/2003

Valor Presente Líquido (VPL)

O objetivo principal da Gestão Financeira é criar valor para o acionista

O método do Valor Presente Líquido (VPL) talvez seja o mais largamente utilizado na prática de Orçamento de Capital

A idéia principal por trás desse método é a seguinte:– Um investimento agrega valor se os seus benefícios para a

empresa superam os seus custos

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Page 10: Análise de Investimentos

10Sul América Set/2003

Valor Presente Líquido (VPL)

Para o cálculo do VPL inicialmente devemos estimar os fluxos de caixa futuros líquidos gerados pelo investimento

A seguir, devemos determinar o retorno exigido para investimentos desse tipo, ou seja, determinar a taxa de desconto dos fluxos de caixa futuros

O valor do investimento será igual ao valor presente dos fluxos de caixa líquidos que ele for capaz de gerar

O VPL será a diferença entre o valor presente do investimento em análise e o custo desse mesmo investimento

Um investimento deve ser aceito se o seu VPL for positivo e rejeitado se for negativo

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Page 11: Análise de Investimentos

11Sul América Set/2003

Valor Presente Líquido (VPL)

Exemplo: Imagine que estejamos pensando em abrir uma fábrica de alimentos congelados. O investimento inicial necessário é de R$100, sendo metade no início do primeiro ano e a outra metade ao final do primeiro ano. A fábrica começa a operar no segundo ano e as receitas esperadas são de R$55 por ano, a partir do fim do segundo ano, durante toda sua vida útil, que é de 8 anos. Ao final desse período, a fábrica será abandonada e os ativos poderão ser vendidos por R$20. Os custos de produção serão de R$25 por ano. O retorno exigido para projetos semelhantes é de 12% a.a. Vale a pena investirmos nesse negócio?

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Page 12: Análise de Investimentos

12Sul América Set/2003

Valor Presente Líquido (VPL)

Solução: A tabela abaixo apresenta os fluxos de caixa líquidos associados ao projeto

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Custo do Invest. -50 -50

Receitas 55 55 55 55 55 55 55 55

Despesas -25 -25 -25 -25 -25 -25 -25 -25

Valor Residual 20

Fcaixa Líquido -50 -50 30 30 30 30 30 30 30 50

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Page 13: Análise de Investimentos

13Sul América Set/2003

Valor Presente Líquido (VPL)

Solução: Calculando o VPL a uma taxa de 12%, temos

63,45

03,1824,12264,4450

)12,01(

50

)12,01(

30

)12,01(

5050

8

29

VPL

VPL

VPLj

j

Como o VPL é positivo, o projeto deve ser aceito

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Page 14: Análise de Investimentos

14Sul América Set/2003

VPL x Período de payback

Exemplo: Considere dois projetos, C e L, ambos com um investimento inicial de R$250 e taxa de desconto de 15%. A regra da empresa é aceitar aquele com payback mais curto. Qual projeto seria aceito?

Ano L C

0 -250 -250

1 100 100

2 100 200

3 100 0

4 100 0

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Page 15: Análise de Investimentos

15Sul América Set/2003

VPL x Período de payback

Solução: Calculando o VPL e payback de ambos, temos:

Ano FC Ac L FC Ac C

0 -250 -250

1 -150 -150

2 -50 50

3 50 50

4 150 50

VPL 35,50 -11,81

Payback 2,50 1,75

Pela método do payback o projeto C seria escolhido, mesmo com um VPL negativo

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Page 16: Análise de Investimentos

16Sul América Set/2003

VPL x Período de payback

O exemplo anterior nos mostra que:

– Por ignorar o valor do dinheiro no tempo, podemos aceitar projetos com custo superior ao seu valor e rejeitar projetos com valor superior ao seu custo

– Pelo mesmo motivo, esse método ignora fluxos de caixa de mais longo prazo privilegiando os de mais curto prazo

Apesar de suas limitações, o método do período de payback é bastante utilizado por sua simplicidade – muitas vezes, o custo de avaliação de um projeto pode superar o custo de uma possível incerteza quanto ao seu valor

Além disso, um projeto que se paga rapidamente e traz benefícios além do período de corte, provavelmente terá também um VPL positivo

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Page 17: Análise de Investimentos

17Sul América Set/2003

Taxa interna de retorno (TIR)

A Taxa Interna de Retorno é a taxa de desconto que faz com que o VPL de um projeto seja nulo

O objetivo da TIR é determinar uma única taxa que sintetize o retorno de um projeto

Por esse método, um projeto deve ser aceito sempre que sua TIR for superior a um retorno mínimo exigido

Como veremos a seguir, a TIR e o VPL estão intimamente relacionados

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Page 18: Análise de Investimentos

18Sul América Set/2003

Taxa interna de retorno (TIR)

Exemplo: Uma empresa está estudando a possibilidade de construir uma nova unidade de produção. O investimento inicial é de R$500 e essa nova unidade deverá gerar fluxos de caixa líquidos de R$150 pelos próximos 5 anos, quando perderá a sua capacidade produtiva. A direção da empresa estima o valor de venda dos ativos ao final de 5 anos será de R$100. Qual a TIR desse projeto? Se o retorno mínimo exigido pelos acionistas da empresa é de 10%, o projeto deverá ser aceito?

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Page 19: Análise de Investimentos

19Sul América Set/2003

Taxa interna de retorno (TIR)

Solução: Vamos calcular a TIR utilizando a HP-12C. Os fluxos de caixa do projeto são apresentados na tabela abaixo

0 1 2 3 4 5

Fluxo de caixa -500 150 150 150 150 250

Tecla Visor Descrição500 <CHS><CF0> 500,00 Investimento inicial

150<CFj> 150,00 Fluxo de caixa (anos 1 – 4)

4<Nj> 4,00 Número de períodos

250 <CFj> 250,00 Fluxo de caixa (ano 5)

<f><IRR> 19,05 TIR

Como a TIR é superior ao retorno mínimo exigido, o projeto deve ser aceito

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Page 20: Análise de Investimentos

20Sul América Set/2003

VPL e TIR

Se lembrarmos que ao aumentarmos a taxa de desconto diminuimos o VPL e vice-versa, podemos concluir que, se a taxa de desconto > TIR, o VPL é negativo e vice-versa

O gráfico abaixo ilustra esse princípio, para o exemplo anterior

-200

-100

0

100

200

300

400

0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0%

Taxa

VPL

TIR = 19,05%

VPL > 0

VPL < 0

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Page 21: Análise de Investimentos

21Sul América Set/2003

VPL x TIR

Como vimos, os métodos da TIR e do VPL estão intimamente relacionados

Esses dois métodos conduzem sempre a decisões idênticas?

Para uma alternativa de investimento tratada individualmente, sim

Quando comparamos duas alternativas de investimento, a resposta é não

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Page 22: Análise de Investimentos

22Sul América Set/2003

Projetos com escalas distintas

Resultados conflitantes provenientes da utilização dos métodos da TIR e do VPL podem ocorrer quando as escalas dos projetos em análise (volume dos investimentos requeridos) forem distintas

O método da TIR pressupõe que os fluxos de caixa auferidos ao longo da vida do projeto são reinvestidos à mesma taxa (TIR)

Já o método do VPL pressupõe que estes mesmos fluxos de caixa são reinvestidos à taxa de desconto utilizada

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Page 23: Análise de Investimentos

23Sul América Set/2003

Projetos com escalas distintas

Exemplo: Considere as duas alternativas de investimento abaixo. A taxa de retorno requerida para ambos é de 20%

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Alternativa Invest. Inicial

t1 t2 t3 t4

A (1.000) 600 500 400 400

B (2.000) 300 400 1.800 2.000

Page 24: Análise de Investimentos

24Sul América Set/2003

Projetos com escalas distintas

Aplicando os métodos do VPL e da TIR obtemos para as duas alternativas:

Se as duas alternativas forem independentes, ambas devem ser aceitas

O conflito ocorre quando consideramos ambas como mutuamente excludentes

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Alternativa VPL TIR

A 271,60 35,1%

B 533,95 29,7%

Page 25: Análise de Investimentos

25Sul América Set/2003

Projetos com escalas distintas

Este conflito ocorre pelo fato da TIR ser expressa em termos relativos (taxa de rentabilidade), enquanto o VPL ser expresso em termos absolutos (caixa)

Nestas condições, ao se considerar o retorno relativo do projeto (TIR), o volume do investimento é ignorado

Certamente, é mais atraente do ponto de vista econômico um retorno de 29,7% sobre 2.000 do que 35,1% sobre 1.000, (assumindo que as alternativas para aplicação dos outros 1.000 não sejam atraentes)

Nestes casos, o VPL é superior à TIR

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Page 26: Análise de Investimentos

26Sul América Set/2003

Projetos com escalas distintas

Podemos ainda comparar as duas alternativas através da análise incremental dos fluxos de caixa

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Alternativa Invest. Inicial

t1 t2 t3 t4

A (1.000) 600 500 400 400

B (2.000) 300 400 1.800 2.000

(B – A) (1.000) (300) (100) 1.400 1.600

Page 27: Análise de Investimentos

27Sul América Set/2003

Projetos com escalas distintas

Um investimento incremental de 1.000 na alternativa B irá gerar os fluxos de caixa incrementais apresentados

O VPL dos fluxos de caixa incrementais é igual a 262,35

Na realidade, este VPL incremental é igual à diferença dos VPLs das alternativas B (533,95) e A (271,60)

O VPL incremental define a riqueza adicional gerada pelo investimento adicional de 1.000– Este investimento adicional produz uma rentabilidade

superior à mínima exigida, fato que não é capturado pela TIR

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Page 28: Análise de Investimentos

28Sul América Set/2003

Projetos com escalas distintas

-1.000

0

1.000

2.000

3.000

1% 6% 11% 16% 21% 26% 31% 36% 41%

Taxa

VPL

A B

Interseção de Fischer – Taxa = 27% e VPL = 131,32

TIR B = 29,7%

TIR A = 35,1%

Região de aceitação de B

Região de aceitação de A

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Page 29: Análise de Investimentos

29Sul América Set/2003

Distribuição dos fluxos de caixa no tempo

Em outras situações, os métodos do VPL e da TIR podem levar a situações conflitantes mesmo que a escala das alternativas seja a mesma

O problema agora está relacionado à distribuição dos fluxos de caixa das alternativas ao longo do tempo

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Page 30: Análise de Investimentos

30Sul América Set/2003

Distribuição dos fluxos de caixa no tempo

Exemplo: Considere as duas alternativas de investimento abaixo. A taxa de retorno requerida para ambos é de 15%

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Alternativa Invest. Inicial

t1 t2 t3 t4

A (1.000) 600 500 400 400

B (1.000) 150 200 900 1.100

Page 31: Análise de Investimentos

31Sul América Set/2003

Distribuição dos fluxos de caixa no tempo

Aplicando os métodos do VPL e da TIR obtemos para as duas alternativas:

Se as duas alternativas forem independentes, ambas devem ser aceitas

O conflito ocorre quando consideramos ambas como mutuamente excludentes

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Alternativa VPL TIR

A 391,51 35,1%

B 502,35 31,2%

Page 32: Análise de Investimentos

32Sul América Set/2003

Distribuição dos fluxos de caixa no tempo

A presença de fluxos de caixa decrescentes ao longo do tempo (alternativa A) induzem a uma maior TIR, mesmo quando comparados com alternativas com fluxos de caixa com valores significativamente maiores, porém mais distantes no tempo (alternativa B)

O mesmo não ocorre com o VPL – quando descontados pela taxa mínima de atratividade, o efeito destes fluxos de caixa mais distante porém significativamente maiores (alternativa B) suplanta o efeito dos fluxos de caixa decrescentes (alternativa A)

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Page 33: Análise de Investimentos

33Sul América Set/2003

-100

400

900

1.400

1.900

1% 6% 11% 16% 21% 26% 31% 36% 41%

Taxa

VPL

A B

Distribuição dos fluxos de caixa no tempo

Interseção de Fischer – Taxa = 24% e VPL = 187,41

TIR A = 31,2%

TIR B = 35,1%

Região de aceitação de B

Região de aceitação de A

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Page 34: Análise de Investimentos

34Sul América Set/2003

Restrição de capital

No mundo real, as empresas geralmente defrontam-se com fundos limitados para seus investimentos

Nestas condições, a utilização do capital disponível deverá ser otimizada a fim de maximizar os benefícios econômicos auferidos – deve-se evitar o uso parcial dos recursos disponíveis

Como já foi visto, sob condições de restrição de capital, o método da TIR nem sempre atende ao critério de maximização do benefício econômico

Deve-se analisar, portanto, cada alternativa factível e escolher aquela que ofereça o maior resultado econômico agregado

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Page 35: Análise de Investimentos

35Sul América Set/2003

Restrição de capital

Exemplo: Considere as cinco alternativas de investimento abaixo, todas oferecendo retornos superiores ao limite mínimo aceitável. Suponha que a empresa possua apenas 1.000 disponível para investimentos. Quais alternativas deverão ser escolhidas?

A B C D E

Inv. Inicial 500 300 400 200 100

VP dos FCs 650 360 460 220 105

TIR 40% 30% 20% 16% 10%

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Page 36: Análise de Investimentos

36Sul América Set/2003

Restrição de capital

Analisando as possíveis alocações de capital que obedeçam ao limite disponível de 1.000, temos que ABD, ACE e BCDE são aquelas que utilizam o total disponível

Resta agora selecionar aquele que produz o maior benefíco (maior soma dos VPLs)– ABD: 150 + 60 + 20 = 230– ACE: 150 + 60 + 5 =215– BCDE: 60 + 60 + 20 + 5 = 145

Pelo critério de maximização dos benefícios, as alternativas A, B e D seriam escolhidas

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Page 37: Análise de Investimentos

37Sul América Set/2003

Restrição de capital

No entanto, nem sempre o conjunto de alternativas que utilizem todos os recursos disponíveis resultam no maior benefício

Imagine, por exemplo, uma outra alternativa F com investimento inicial de 400 e VP dos FCs de 490

As alternativas A e F, apesar de não consumirem a totalidade dos recursos, resultam em um VPL conjunto de 150+ 90 = 240

Além disto, qualquer destinação que se dê aos recursos restantes (100) servirá para aumentar ainda mais a riqueza da empresa

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Page 38: Análise de Investimentos

38Sul América Set/2003

Utilizando a HP-12C® e o Excel®

O Excel possui duas funções importantes. Cuidado apenas na utilização da função VPL que, apesar do nome, calcula o valor presente e não o VPL de um DFC

Função Descrição

VPL(r, f) Calcula o valor presente de um DFC f utilizando r como taxa de desconto. O primeiro fluxo de caixa do DFC deve ser correspondente à data 1. Para obter o VPL, deve-se somar o fluxo de caixa da data 0

TIR(f, d) Calcula a TIR de um DFC f. No caso de TIRs múltiplas, utiliza d como estimativa inicial do valor da TIR

Análise de Investimentos – Metodologias de Avaliação de Projetos

Page 39: Análise de Investimentos

39Sul América Set/2003

Tomada de Decisões de Investimento

Na seção anterior vimos alguns métodos de avaliação de projetos

Vimos também que, na maioria dos casos, o VPL é o método mais adequado

Nessa seção veremos como identificar os fluxos de caixa relevantes de um projeto, a partir de informações financeiras e contábeis, para que possamos aplicar o método do VPL

Análise de Investimentos – Tomada de Decisões de Investimento

Page 40: Análise de Investimentos

40Sul América Set/2003

Tomada de Decisões de Investimento

A aceitação de um projeto altera os fluxos de caixa da empresa hoje e no futuro

Na avaliação de um projeto, precisamos decidir se essas alterações adicionam ou não valor à empresa

Inicialmente devemos identificar quais são os fluxos de caixa relevantes– Um fluxo de caixa relevante em um projeto é aquele que

representa uma mudança no fluxo de caixa geral da empresa decorrente diretamente da decisão de aceitar o projeto

Como esses fluxos de caixa relevantes são definidos em termos de mudanças ou incrementos, são chamados de fluxos de caixa incrementais

Análise de Investimentos – Tomada de Decisões de Investimento

Page 41: Análise de Investimentos

41Sul América Set/2003

Fluxos de Caixa Incrementais

Vamos agora procurar identificar apenas os fluxos de caixa incrementais resultantes do projeto em análise

Alguns desses fluxos são facilmente mensuráveis, como por exemplo receitas adicionais, custos e despesas operacionais, entre outros

No entanto, existem algumas situações onde é possível cometer erros. São elas:– Custos Irrecuperáveis ou Afundados– Custo de Oportunidade– Capital de Giro – Custos de Financiamento– Outros

Análise de Investimentos – Tomada de Decisões de Investimento

Page 42: Análise de Investimentos

42Sul América Set/2003

Custos Irrecuperáveis ou Afundados

Um custo irrecuperável, por definição, é um valor que já foi gasto ou comprometido e que não pode ser recuperado, independente da decisão de aceitar ou não o projeto

Em outras palavras, a empresa precisará pagar esses custos de qualquer maneira

Portanto, esses custos não representam fluxos de caixa incrementais e deverão ser excluídos da análise

Exemplo: ao analisar um projeto de implantação de uma fábrica de chocolate na América do Sul, a Tlenes contratou uma empresa de consultoria para avaliar o potencial de mercado dessa região

Análise de Investimentos – Tomada de Decisões de Investimento

Page 43: Análise de Investimentos

43Sul América Set/2003

Custos de Oportunidade

Quando pensamos em custos, normalmente imaginamos saídas físicas de caixa

Um custo de oportunidade não representa uma saída física de caixa, mas sim um valor que deixamos de receber

Como a aceitação do projeto implica em abrirmos mão desse valor, ele representa um fluxo de caixa incremental e deve ser considerado

Exemplo: uma empresa possui um galpão que se encontra alugado. Um projeto em análise prevê a utilização desse mesmo galpão como depósito de matérias-primas.

Análise de Investimentos – Tomada de Decisões de Investimento

Page 44: Análise de Investimentos

44Sul América Set/2003

Capital de Giro

Em geral, um projeto exige que a empresa invista em capital de giro além dos ativos de mais longo prazo– Caixa para pagamento de despesas diárias– Estoques para produção / Estoque de produtos acabados– Contas a receber

Parte desse montante é financiado por seus fornecedores, na forma de contas a pagar

A diferença, o Capital de Giro Líquido (CGL), deverá ser financiada pela própria empresa e deve ser considerado na análise

Observe que, idealmente, ao final da vida útil do projeto, os estoques são vendidos, os créditos com clientes são recebidos e os fornecedores são pagos – o capital de giro investido é recuperado

Análise de Investimentos – Tomada de Decisões de Investimento

Page 45: Análise de Investimentos

45Sul América Set/2003

Capital de Giro

O CGL é a diferença entre o investimento e o financiamento em capital de giro

CGL = Caixa + Contas a Receber + Estoques – Contas a Pagar

Estes valores são facilmente obtidos do balanço

Para projetar estes valores:– Giro– Percentual da Receita ou Custo da Mercadoria Vendida (CMV)

Análise de Investimentos – Tomada de Decisões de Investimento

Investimentos Financiamentos

Page 46: Análise de Investimentos

46Sul América Set/2003

Capital de Giro

O conceito de giro é importante na projeção dos componentes do capital de giro

O giro de Contas a Receber expressa quantas vezes ao longo de um período (normalmente 1 ano) cobramos e voltamos a fornecemos crédito aos clientes

Quanto maior este giro, menor será o prazo de recebimento

Análise de Investimentos – Tomada de Decisões de Investimento

CR

VendasGCR

Page 47: Análise de Investimentos

47Sul América Set/2003

Capital de Giro

O giro de Contas a Pagar expressa quantas vezes ao longo de um período (normalmente 1 ano) pagamos e voltamos a receber crédito de nossos fornecedores

Diferentemente do GCR, o GCP é calculado em relação ao Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)

Quanto maior este giro, menor será o prazo de pagamento

Análise de Investimentos – Tomada de Decisões de Investimento

CP

CMVGCP

Page 48: Análise de Investimentos

48Sul América Set/2003

Capital de Giro

O giro de Estoques expressa quantas vezes ao longo de um período (normalmente 1 ano) os estoques foram utilizados e recomprados

Como no GCP, o GE é calculado em relação ao Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)

Quanto maior este giro, menor será o período de recompra do estoque

Análise de Investimentos – Tomada de Decisões de Investimento

Estoques

CMVGE

Page 49: Análise de Investimentos

49Sul América Set/2003

Capital de Giro

O giro de Caixa expressa quantas vezes ao longo de um período (normalmente 1 ano) os recursos entraram e sairam do caixa da empresa

O GC normalmente é calculado em relação às Vendas

Análise de Investimentos – Tomada de Decisões de Investimento

Caixa

VendasGC

Page 50: Análise de Investimentos

50Sul América Set/2003

Capital de Giro

Outra forma de se projetar o CGL é considera-lo como um percentual da receita

Para tal, calcula-se este percentual baseado nos dados do último balanço (ou média dos últimos balanços)

Considera-se que este percentual irá se manter ao longo do período projetivo

Análise de Investimentos – Tomada de Decisões de Investimento

Page 51: Análise de Investimentos

51Sul América Set/2003

Capital de Giro

As necessidades de capital de giro líquido (NCGL) é calculado como sendo o investimento adicional que a empresa deverá efetuar em capital de giro líquido para a manutenção de suas operações

Para um dado período t

Este valor poderá ser positivo, significando necessidade de investimento adicional, ou negativo, significando recuperação de investimentos efetuados

Análise de Investimentos – Tomada de Decisões de Investimento

1 ttt CGLCGLNCGL

Page 52: Análise de Investimentos

52Sul América Set/2003

Custos de Financiamento

O valor econômico de um projeto depende basicamente dos fluxos de caixa que os seus ativos gerarão no futuro

Na avaliação de um projeto, levaremos em conta os fluxos de caixa gerados por seus ativos – Fluxos de Caixa Operacionais (FCO)

A forma como o projeto é financiado não é relevante para a obtenção do FCO – é calculado antes do pagamento de juros / amortizações

Na realidade, a forma de financiamento apenas altera a forma como o FCO será distribuído aos stakeholders

Análise de Investimentos – Tomada de Decisões de Investimento

Page 53: Análise de Investimentos

53Sul América Set/2003

Outros Fluxos de Caixa Incrementais Relevantes

Alguns outros fatores devem ser levados em conta na determinação dos fluxos de caixa incrementais

Efeitos colaterais – a implantação do projeto em análise pode afetar (positiva ou negativamente) as vendas dos produtos ou serviços atuais da empresa– Para uma fábrica de automóveis, o lançamento de um novo

modelo pode impactar negativamente na venda de modelos destinados ao mesmo segmento de consumidores (chamado de erosão ou canibalização)

– Deve-se levar em conta na análise apenas os efeitos que efetivamente decorram da aceitação do projeto em análise

Análise de Investimentos – Tomada de Decisões de Investimento

Page 54: Análise de Investimentos

54Sul América Set/2003

Fluxos de Caixa Operacionais

O ponto de partida para determinação dos fluxos de caixa incrementais relevantes de um projeto são suas demonstrações financeiras projetadas, normalmente o Balanço e a Demonstração do Resultado

Para elaborar tais demonstrações os analistas deverão estimar o total de vendas ao longo do horizonte projetado, os custos associados, despesas operacionais, investimentos etc.

A seguir deverão ser feitos ajustes a fim de se obter os Fluxos de Caixa Operacionais do projeto em análise– Exclusão de itens que não representam entradas / saídas

efetivas de caixa– Inclusão de itens que representam entradas / saídas efetivas de

caixa

Análise de Investimentos – Tomada de Decisões de Investimento

Page 55: Análise de Investimentos

55Sul América Set/2003

Fluxos de Caixa Operacionais

A estrutura simplificada da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é mostrada abaixo

Análise de Investimentos – Tomada de Decisões de Investimento

Vendas

(–) Despesas Operacionais

Custos Variáveis

Custos Fixos

Depreciação

(+/–) Resultado Não Operacional

(=) Lucro antes de Juros e Imposto de Renda (LAJIR)

(–) Pagamento de Juros e Amortizações

(=) Lucro antes de Imposto de Renda (LAIR)

(–) Imposto de Renda

(=) Lucro Líquido

Page 56: Análise de Investimentos

56Sul América Set/2003

Fluxos de Caixa Operacionais

A forma mais simples de calcularmos o FCO é a partir do LAJIR

A depreciação não representa um desembolso efetivo de caixa e deve ser somada ao LAJIR para o cálculo do FCO

Outros itens não considerados no LAJIR– Necessidades de Capital de Giro Líquido– Investimento em Ativo Permanente (operacional)– Venda de Ativo Permanente (operacional)

Análise de Investimentos – Tomada de Decisões de Investimento

Page 57: Análise de Investimentos

57Sul América Set/2003

Fluxos de Caixa Operacionais

Os investimentos em ativo permanente representam um item importante em qualquer projeto e precisam ser considerados

Contabilmente, este investimento é considerado na forma de depreciação

Da mesma forma, a venda de ativo permanente não é incluído no LAJIR e o ajuste deve ser efetuado– Para efeito do cálculo do IR sobre a venda de ativos, deve-se

considerar o valor de venda menos o valor residual do ativo (valor de compra – depreciação acumulada)

Análise de Investimentos – Tomada de Decisões de Investimento

Page 58: Análise de Investimentos

58Sul América Set/2003

Fluxos de Caixa Operacionais

O esquema para obtenção do FCO a partir da DRE é mostrado abaixo

Análise de Investimentos – Tomada de Decisões de Investimento

LAJIR

(–) Imposto de Renda

(+) Depreciação

(+/–) Necessidades de CGL

(–) Investimento em Ativo Permanente

(+) Venda de Ativo Permanente (líquido de IR)

(=) FLuxo de Caixa Operacional

Page 59: Análise de Investimentos

59Sul América Set/2003

Fluxos de Caixa Operacionais

Outro ponto importante a ser considerado: o período de projeção

Se o projeto tiver uma vida útil definida, o período de projeção é a própria vida útil– Lembre-se que o CGL é recuperado ao final

Caso contrário, deve-se arbitrar um período para as projeções e calcular o valor residual do projeto ao final deste período

Análise de Investimentos – Tomada de Decisões de Investimento

Page 60: Análise de Investimentos

60Sul América Set/2003

Fluxos de Caixa Operacionais

Para o cálculo do valor residual, normalmente utiliza-se– Considerar que o FCO se manterá constante indefinidamente.

Neste caso temos

– Considerar que o FCO crescerá a uma taxa constante g (pode-se utilizar as projeções de crescimento do PIB)

Análise de Investimentos – Tomada de Decisões de Investimento

rFCO

VR

gr

FCOVR

Page 61: Análise de Investimentos

61Sul América Set/2003

Fluxos de Caixa Operacionais

Finalmente, podemos calcular o valor do projeto como sendo o valor presente dos FCO’s para o período projetivo + o valor presente do valor residual do projeto

Análise de Investimentos – Tomada de Decisões de Investimento

n

n

iii

i

VR

r

FCOV

)1()1(1

Page 62: Análise de Investimentos

62Sul América Set/2003

Exemplo

Exemplo: A empresa KKY está analisando um projeto de uma fábrica de bombas hidráulicas. Uma empresa de consultoria foi contratada por R$100 mil para estimar o mercado potencial e o preço que deveria ser cobrado pelo produto. A Tabela 1 resume essas informações. O custo unitário de produção é de R$60 e os custos fixos são de R$25 mil por ano. Os analistas da KKY estimam um capital de giro inicial de R$20 mil. Para os anos seguintes, o capital de giro estimado é de 15% das receitas. Os investimentos necessários em equipamentos e instalações são de R$800 mil, acontecendo no instante inicial, com depreciação linear em 10 anos. Em qualquer momento, os ativos poderão ser vendidos por seu valor residual. A alíquota de imposto de renda na qual a empresa se enquadra é de 34% e o retorno exigido pelos acionistas para projetos dessa natureza é de 15%. A KKY deve continuar o projeto?

Análise de Investimentos – Tomada de Decisões de Investimento

Page 63: Análise de Investimentos

63Sul América Set/2003

Exemplo

Ano 1 2 3 4 5 6 7 8

Vendas (unidades) 3000 5000 6000 6500 6000 5000 4000 3000

Preço (R$) 120 120 120 110 110 110 110 110

Receita (R$ mil) 360 600 720 715 660 550 440 330

Tabela 1 – Vendas e Preços Projetados

Obs.: Ao final do 8o ano, a empresa de consultoria contratada estima que o mercado da KKY se esgotará, em função da entrada de concorrentes e mudanças tecnológicas

Análise de Investimentos – Tomada de Decisões de Investimento

Page 64: Análise de Investimentos

64Sul América Set/2003

Exemplo

Há muita informação que deve ser organizada Vamos inicialmente calcular a depreciação a cada ano, a

receita líquida (após impostos) com a venda dos ativos ao final da vida útil do projeto e os gastos de capital – O período de depreciação para esses ativos é de 10 anos– A depreciação é linear– Os ativos são vendidos pelo valor contábil– Um gasto de capital positivo representa uma saída de caixa

Ano 0 1 2 3 4 5 6 7 8

Valor contábil inicial 800 800 720 640 560 480 400 320 240

Depreciação 0 80 80 80 80 80 80 80 80

Valor contábil final 800 720 640 560 480 400 320 240 160

Venda dos ativos (após IR) 0 0 0 0 0 0 0 0 160

Fluxo de Caixa -800 0 0 0 0 0 0 0 160

Tabela 2 – Gastos de Capital (R$ mil)

Análise de Investimentos – Tomada de Decisões de Investimento

Page 65: Análise de Investimentos

65Sul América Set/2003

Exemplo

Em seguida vamos calcular as necessidades de capital de giro (Tabela 3)– O capital de giro inicial é de R$20 mil– A cada ano, o capital de giro é de 15% da receita– No último ano, além da variação do CGL, temos também a

recuperação do CGL residual– Um acréscimo positivo do capital de giro representa um

fluxo de caixa negativo (saída de caixa)

Ano 0 1 2 3 4 5 6 7 8

Receita 0 360 600 720 715 660 550 440 330

CGL 20 54 90 108 107,25 99 82,5 66 49,5

Necessidades de CGL

20 34 36 18 -0,75 -8,25 -16,5 -16,5 -16,5

Recuperação do CGL 0 0 0 0 0 0 0 0 49,5

Fluxo de Caixa -20 -34 -36 -18 0,75 8,25 16,5 16,5 66

Tabela 3 – Necessidades de Capital de Giro (R$ mil)

Análise de Investimentos – Tomada de Decisões de Investimento

Page 66: Análise de Investimentos

66Sul América Set/2003

Exemplo

Agora vamos montar a Demostração de Resultados projetado (Tabela 4)

Ano 1 2 3 4 5 6 7 8

Receita 360 600 720 715 660 550 440 330

(-) Custos variáveis 180 300 360 390 360 300 240 180

(-) Custos Fixos 25 25 25 25 25 25 25 25

(-) Depreciação 80 80 80 80 80 80 80 80

(+/-) Res. Não Op. 0 0 0 0 0 0 0 160

(=) LAJIR 75 195 255 220 195 145 95 45

(-) IR (@ 34%) 25,5 66,3 86,7 74,8 66,3 49,3 32,3 15,3

(=) Lucro Líquido 49,5 128,7 168,3 145,2 128,7 95,7 62,7 189,7

Tabela 4 – Demostrativo de Resultados (R$ mil)

Análise de Investimentos – Tomada de Decisões de Investimento

Page 67: Análise de Investimentos

67Sul América Set/2003

Exemplo

Ano 0 1 2 3 4 5 6 7 8

LAJIR 0 75 195 255 220 195 145 95 205

(+) Depreciação 0 80 80 80 80 80 80 80 80

(-) IR 0 -25,5 -66,3 -86,7 -74,8 -66,3 -49,3 -32,3 -15,3

(-) Acrésc. CGL -20 -34 -36 -18 0,75 8,25 16,5 16,5 66

(-) Invest. -800 0 0 0 0 0 0 0 0

(=) FCO -820 95,5 172,7 230,3 225,95 216,95 192,2 159,2 335,7

VPL 34,79

Tabela 4 – Fluxo de Caixa (R$ mil)

Análise de Investimentos – Tomada de Decisões de Investimento