Analise Da Composicao Floristica e Fitossociologica Com o Apoio Imagens Satelite

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  • 155 VOL. 35(2) 2005: 155 - 173

    Anlise da composio florstica e fitossociolgica dafloresta nacional do Tapajs com o apoio geogrficode imagens de satlites.

    Fernando Del Bon ESPRITO-SANTO1; Yosio Edemir SHIMABUKURO1; Luiz Eduardo Oliveira e Cruz deARAGO1; Evandro Luiz Mendona MACHADO2

    RESUMOO objetivo desse trabalho foi analisar a distribuio da cobertura vegetal de diversas pores da Floresta Nacional (FLONA) do Tapajs (FNT),no Par, atravs de atributos florsticos e fitossociolgicos apoiados por imagens de satlites, em reas de floresta primria (FP) e florestasecundria (FS). Para isso foram amostrados 35 transectos de 10 m 250 m em reas de FP de alto e baixo plat, incluindo tambm as reasalteradas por de corte florestal seletivo de madeira e 29 transectos de 10 m 100 m em reas de FS em vrios estgios regenerativos. Em cadaum desses transectos foram levantadas informaes dendromtricas como DAP (Dimetro Altura do Peito), altura total (AT) e alturacomercial (AC), alm de localizao dos indivduos arbreos dentro das amostras. Os dimetros de incluso para as reas de floresta primriae secundria foram de 10 cm e 3 cm, respectivamente. Foram inventariados 7666 indivduos (6607 rvores ou arbustos e 1059 palmeiras) emuma rea amostral de 11,65 ha, distribudos em diferentes regies da FNT. Foram identificadas em reas de FP e FS 190 espcies de rvores,arbustos e palmeiras distribudas entre 153 gneros e 46 famlias. Nas FP e FS foi encontrado um ndice de diversidade de Shannon-Wiener(H) de 4,44 e 4,09 nits.indivduos-1, respectivamente, indicando uma alta diversidade biolgica para essas duas fitofisionomias. Atravs deanlises multivariadas foi possvel concluir que existe uma diferena florstica e quantitativa na poro norte, centro e sul da FLONA. As reasde FS apresentaram uma grande heterogeneidade ambiental, dificultando o processo de agrupamento das suas fases sucessionais. Atravsdesse trabalho foi possvel concluir que o apoio das imagens ETM+/Landsat e RADARSAT-1 otimizou o processo de amostragem da FNT epossibilitou a anlise espacial das regies com maior diferenciao florstica e fitossociolgica da Floresta Nacional.

    PALAVRAS CHAVEAmaznia, Fitossociologia, Sensoriamento Remoto, Floresta Nacional do Tapajs

    Analysis of the floristic and phytosociologic composition ofTapajs national forest with geographic support ofsatellite images.

    ABSTRACTThe objective of this work was to analyze the distribution of the vegetation cover of several portions of the Tapajos National Forest (TNF) inthe State of Par, through phytosociologic and floristic attributes supported by satellite images in primary (PF) and secondary (SF) forestareas. For this it was sampled 35 transects of 10 m 250 m in PF areas of high and low plateau, including areas disturber by activitiesselective logging areas and 29 transects of 10 m 100 m in SF areas in several regrowth stages. In each activities of these transects it wassurveyed dendrometric information such as DBH (Diameter of Breast Height), total height (TH), and commercial height (CH), besides thelocation of the individual trees within the samples. The diameters considered for primary and secondary forest areas were 10 cm and 3 cm,respectively. It was inventoried 7666 individuals (6607 dicot trees or shrubs and 1059 palm trees) in a 11.65 ha total sample areadistributed over different regions of the TNF. 190 species of trees, shrubs, and palm trees distributed among 153 genera and 46 families wereidentified in the primary and secondary forest areas. In the PF and SF areas, it was found a diversity index of Shannon-Wiener (H) of 4.44and 4.09 nits.indivduos-1, respectively, indicating a high biological diversity for these two forest types. Using multivariate analysis, it waspossible to conclude that exist a structural and floristic difference in the North, Central and South portion of the National Forest. The SF areaspresented a large environmental heterogeneity, making difficult to perform the clustering process of their succession stages. Through thiswork, it was possible to conclude that the support of ETM+/Landsat and RADARSAT-1 images optimized the sampling process of TNF, endallowed to perform the spatial analysis of the regions with higher phytosociologic and floristic differentiation of the National Forest.

    KEYWORDSAmazonia, Phytosociology, Remote Sensing, Tapajos National Forest

    1Ps-Graduao, Diviso de Sensoriamento Remoto, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Av. dos Astronautas, 1758, 12227-010, So Jos dos Campos, SP,e-mail: [email protected]

    2Departamento de Cincias Florestais, Universidade Federal de Lavras, 37200-000, Lavras, MG

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    ANLISE DA COMPOSIO FLORSTICA E FITOSSOCIOLGICA DA FLORESTANACIONAL DO TAPAJS COM O APOIO GEOGRFICO DE IMAGENS DE SATLITES

    INTRODUO

    Os projetos integrados de longa durao de estudo davegetao, como os experimentos do FIFE Field Experiment(Sellers e Hall, 1992) nos Estados Unidos e BOREAS BorealEcosystem-Atmosphere Study no Canad (Sellers et al., 1997),possibilitaram o estudo da vegetao de forma mais detalhadae integrada com diversas reas do conhecimento. Em regiesequatoriais, como no Brasil, Bolvia e Venezuela, o projeto LBALarge Scale Biosphere-Atmosphere Experiment in Amazoniavem cumprindo esse papel atravs do estudo da regioAmaznica (LBA, 2002; Avissar et al., 2002).

    Dentre os diferentes stios experimentais do projeto LBA, aFloresta Nacional do Tapajs (FNT) situada no noroeste do Par um ambiente nico, composto por um conjunto de ecossistemascomplexos, heterogneos e que com o passar dos anos vemsofrendo muito com as presses de uso e ocupao do solo (LBA,1995). Nesse contexto, o uso de imagens de satlite temcontribudo muito para se entender as formas de uso do solo e opadro de distribuio da cobertura vegetal, principalmente emrea com grande extenso territorial como a da FNT.

    Na FNT j foram alcanados importantes resultados com ouso da tecnologia de Sensoriamento Remoto (SR). HernandezFilho et al. (1993) conseguiram estimar o estoque madeireiro dafloresta com o uso de uma intensa base de dados de inventriosflorestais, imagens do satlite TM/Landsat e fotografias areas.Shimabukuro et al. (1998) encontraram forterelao entre a geomorfologia e vegetaoatravs da integrao das imagens dossatlites TM/Landsat e RADARSAT. Yanasseet al. (1997) conseguiram estimar as fasessucessionais da vegetao secundria emuma poro da FLONA (faixa de 50 km 23km ao longo da BR-163), com o uso de umaimagem SAR SIR-C (bandas C e L,polarizaes HH e HV com 8 looks) e umacervo de imagens TM/Landsat de dez anos(1984 a 1993). Verona (2002) identificou equantificou a flutuao espectral davegetao ocasionada pelas variaesfisiolgicas da floresta utilizando uma sriede imagens multitemporais TM/Landsat edados de ndice de rea foliar (LAI).

    Apesar desta grande variedade detrabalhos de SR na FNT, em nenhum dessesestudos foram explorados as variaesfitogeogrficas da floresta em um contextoespacial, com o uso conjunto de dados deinventrios florestais e imagens de satlite.O objetivo desse trabalho utilizar as imagensde satlite como apoio geogrfico para asanlises florsticas e fitossociolgicas da FNT,utilizando uma grande quantidade de dadosde inventrios florestais (IF s). Para isso, foramlevantadas as seguintes perguntas: (1) asdiferentes pores de floresta primria da

    FNT apresentam diferenas florsticas e ou quantitativas? (2) as reasde vegetao secundria, possveis de serem observadas por imagensde sensores remotos, podem ser estratificadas quanto aos seusestgios sucessionais por atributos florsticos ou quantitativos(densidade absoluta de uma espcie i)?

    MATERIAIS E MTODOS

    O procedimento metodolgico empregado para a anlise einterpretao dos dados orbitais da FNT, bem como os dados deIFs coletados em campo, foi desenvolvido com o suporte doambiente computacional SPRING (Sistema de Processamentode Informaes Georeferenciadas), verso 3.6.03, do InstitutoNacional de Pesquisas Espaciais (Cmara et al., 1996).

    Escolha das Imagens de Satlite

    Uma vez idealizado o projeto, com um adequadolevantamento bibliogrfico e cartogrfico, foram selecionadosimagens do sensor ETM+ (Enhanced Thematic Mapper Plus)do satlite Landsat e SAR (Synthetic Aperture Radar) do satlitedo RADARSAT-1. Nesse estudo foi utilizado uma imagemETM+/Landsat rbita 227 e ponto 62 do dia 30 de julho de2001 e duas imagens RADARSAT-1 (rbita/ponto 300/876 e300/880, modo STANDARD, posio S7 e sentidodescendente) do dia 02 de fevereiro de 2002. A imagem ETM+/

    Figura 1 - Localizao da FNT nas imagens dos sensores MODIS/TERRA (a) eETM+/Landsat (b).

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    Landsat foi utilizada principalmente para a escolha das reasa serem inventariadas, facilitando o processo de amostragemde campo e contribuindo para o entendimento das variaesda cobertura vegetal dentro da FLONA (apoio geogrfico). Asimagens do RADARSAT-1 foram utilizadas nesse trabalho paraobservar as variaes topogrficas do relevo da FNT, compostaprincipalmente pelo alto e baixo plat.

    Localizao e Caracterizao da reade Estudo

    A Floresta Nacional do Tapajs (FNT) est localizada noEstado do Par, entre os paralelos de 2 45 e 4 10 de latitudesul e entre os meridianos de 54 45 e 55 30de longitudeoeste e limita-se: ao norte, com o paralelo que cruza o km 50da rodovia Cuiab-Santarm (BR 163); ao sul, com a RodoviaTransamaznica e os rios Cupari e Cuparitinga ou Santa Cruz;a leste, com a BR 163; e a oeste com o rio Tapajs. A sua reaestimada de 600.000 ha (Fig. 1).

    De acordo com a classificao de Kppen, o clima doTipo AmW (clima tropical com temperatura mdia do dia maisfrio do ano superior a 18 C) (Eidt, 1968). Atravs das normaisde precipitao do perodo de 1950 a 2000 da estao deBelterra (20 km da FNT), foi possvel confirmar a presena deum perodo sazonal seco (Jan - Jun) e outro chuvoso (Jul -Dez) bem definidos (Fig. 2).

    Conforme o RADAMBRASIL (1976), a geomorfologia daregio caracterizada por apresentar duas unidades morfo-estruturais bem distintas: o Planalto Rebaixado do MdioAmazonas (PRMA) e o Planalto Tapajs-Xingu (PTX). O PRMA uma unidade morfoestrutural que estende desde a PlancieAmaznica acompanhando a margem direita do rio Amazonasat o PTX nas proximidades do rio Tapajs. Esta unidadeapresenta cotas altimtrica de aproximadamente 100 m, relevosdissecados com a forma tabular, drenagem adensada cominsipincia de afundamento e a formao de lagoas. Possuecolinas com ravinas e vales encaixados com superfciesaplainadas, inundadas periodicamente. O PTX apresenta cotasde 120 a 170 m, sendo recortado pelo rio Tapajs, com cotas

    de decaimentos entre o planalto e a margem do rio Tapajs deaproximadamente 150 m (Torres, 2000). O relevo dessa unidadeapresenta uma superfcie de formao tabular com rebordaserosivas e trechos com declividades fortes ou moderadas.

    Nessa regio existe uma predominncia de LATOSSOLOAMARELO Distrfico, caracterizados por diferentes texturas,geralmente profundo, cido, frivel e revestido por florestas densas.Como variao desta unidade, ocorre o LATOSSOLO AMARELODistrfico Plntico, de textura mdia e argilosa. Associados a estasclasses so encontrados os solos PLINTOSSOLOS PTRICOSConcessionrios, de textura indeterminada e NEOSSOLOQUARTZARNICO rtico. Os ARGISSOLOS VERMELHO-AMARELO tambm ocupam grande poro da FNT. Estes ltimosso encontrados em relevo plano a fortemente ondulado. Combase no mapa de solos produzido pelo INPE/IBAMA/FUNATURA/ITTO (1992), compilado do RADAMBRASIL (1976) (Fig. 3), percebe-se que a classe Lb18 (ARGISSOLOS VERMELHO-AMARELO) e aLa15 (LATOSSOLO AMARELO Distrfico) ocupam,respectivamente, 37,1% e 25,34% da FNT.

    Atravs da conceituao fisionmica-ecolgica doRADAMBRASIL (1976), a FNT foi subdividida em 16 classestemticas (Fig. 4) hierarquizadas basicamente em duas grandesfitofisionomias: a Floresta Tropical Densa (FTD) e a FlorestaTropical Aberta (FTA). A FTD apresenta duas subcategorias: (1)Floresta Tropical Densa de Baixas Altitudes (FTDBA) e (2)Floresta Tropical Densa Submontanas (FTDS). A primeirasubcategoria ocorre em reas de terras baixas, com cotasaltimtricas inferiores a 100 m, pouca variao no declive e emsolos predominantemente argiloso. As espciespredominantes desse tipo de floresta incluem: Sucupira(Diplotropis sp), Acariquara (Minquartia guianensis Aubl.),Castanheira (Bertholletia excelsa H.B.K.), e Cupiba (Goupiaglabra Aubl.). Estas florestas apresentam um alto volume demadeira de grande valor comercial. O segundo subgrupo daFTD caracterizado por possuir rvores menores que ocupamum relevo dissecado do Pr-Cambriano, entre cotas altimtricasde 100 a 600 m. So caractersticos dessa floresta: Muiraba(Mouriri brevipes Hook.), Itaba (Mezilaurus itauba (Meiss.)Taub ex Mez.), Mandioqueiras (Qualea sp.) e Maaranduba(Manilkara huberi (Ducke) Standl.). O segundo grande grupofisionmico, FTA ocorre geralmente nos plats intensamentedissecados com eroso nos declives, vales estreitos e soloscom textura mdia. Esta regio caracterizada por florestascom lianas e vrias espcies de palmeiras como Aa (Euterpeoleracea Mart.) e Babau (Orbignya phalerata Mart.). SegundoVeloso et al. (1991) estas florestas apresentam um aspectodegradado, onde as copas no se tocam.

    Tratamento Digital das Imagens de Satlite

    A imagem ETM+ de 2001 foi georreferenciada,utilizando seis cartas topogrficas (DSG, 1984) na escalade 1:100.000. A averiguao da qualidade dogeorreferenciamento foi efetuada com o uso de pontosde GPS (Global Positioning System) de navegaocoletados no campo. Aps esses procedimentos, os

    Figura 2 - Distribuio da precipitao acumulada mensal aolongo do ano. FONTE: Aneel (2003).

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    pixels em nmeros digitais (DNs) da imagem registradado ETM+ de 2001 foram transformados em reflectncia desuperfcie (rs), atravs de uma correo atmosfricaexecutada no aplicativo 6S Second Simulation of theSatellite Signal in Solar Spectrum (Vermote et al., 1997).

    Para o total recobrimento da FNT por dados doRADARSAT, foram utilizadas as duas imagens com rbita/pontos seqenciais, conforme descrito anteriormente.Essas imagens foram ento integradas atravs da geraode mosaico com o uso do aplicativo PCI (ESA, 1994). Apsa confeco desse mosaico, a imagem resultante foi entosubmetida s etapas de atenuao de rudos com o uso deum filtro de mdia (janela 55) e de georreferenciamentotendo como referncia imagem ETM+/Landsat jregistrada (Esprito-Santo, 2003).

    Critrios para a Amostragemda Vegetao da FNT

    Para a caracterizao da coberturavegetal da FNT foram utilizadostransectos amostrais, distribudos emdiferentes pores da rea de estudo.Para a escolha desses locais deamostragem foi utilizada a imagemETM+/Landsat em composiocolorida das bandas 5 (1,55 - 1,75 m),4 (0,76 - 0,90 m) e 3 (0,63 - 0,69 m)com os filtros vermelho (R), verde (V)e azul (B), respectivamente, e em falsacor (composio 4R5G3B). Essascomposies permitiram entoobservar diferenas sutis das tipologiasvegetais, relacionados aos aspectos dainterao da radiao no dossel davegetao, facilitando o delineamentoamostral da rea de estudo.

    Nas reas de floresta primria (FP),foram utilizados transectos de 10 m 250 m. Nas reas de floresta secundria(FS), foram utilizados transectosmenores de 10 m 100 m. Dentrodesses transectos foram coletados osseguintes dados dendromtricos deIF: circunferncia altura do peito(CAP), altura comercial (HC) e alturatotal (HT), com as suas respectivasidentificaes botnicas e distribuioespacial dentro dos transectos. O CAPfoi obtido com o uso de uma fitamtrica e posteriormente convertidapara DAP (dimetro altura do peito).Nas reas de FP foram amostradostodos os indivduos com DAP maiordo que 10 cm e nas reas de FS odimetro mnimo incluso foi de 3 cm.

    Os DAP foram obtidos sempre acima das razes externasou sapopemas, quando presentes. As alturas foramestimadas com o uso de uma vara auxiliar de dimensesconhecidas. As identificaes botnicas foram efetuadasatravs de um nico mateiro, com um grandeconhecimento da flora da regio. Com o uso de um guiade referncia fotogrfico das rvores e arbustos da FNT(Parrotta et al., 1995), os nomes populares foramassociados aos seus respectivos nomes cientficos. Asespcies assim identificadas foram ento ordenadas dentrodas famlias reconhecidas pela Angiosperm PhylogenyGroup (AGP, 1998).

    Para este estudo, foram utilizados dados de inventriosflorestais de cinco levantamentos de campo: (1) julho de 2002,com 5 transectos de 10 m 250 m em reas de FP e reas de FPalteradas por atividades de corte seletivo de madeira e 2 transectode 10 m 100 m em reas de FS, inventariadas na poro norte

    Figura 3 - Sobreposio do mapa de pedologia em uma imagem ETM+/Landsat dejulho de 2001.

    Figura 4 - Sobreposio das classes fitogeogrficas do RADAMBRASIL (1976) em ummosaico de imagens RADARSAT-1 de janeiro de 2002.

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    ANLISE DA COMPOSIO FLORSTICA E FITOSSOCIOLGICA DA FLORESTANACIONAL DO TAPAJS COM O APOIO GEOGRFICO DE IMAGENS DE SATLITES

    da FLONA; (2) outubro de 2002, com 17 transectos de 10 m 250 m em reas de FP e rea de FP alteradas por atividades decorte seletivo de madeira, inventariados ao longo da BR-163 naporo norte, centro e sul da FNT; (3) maio de 2003, 21 transectosde 10 m 100 m em reas de FS, amostrados na poro centralda FNT; (4) julho de 2000, realizado por Verona (2002), com 6transectos de 10 m 100 m em reas de FS, amostrado no norteda FNT; e (5) novembro de 1999, realizado por Pardi-Lacruz et al.(1996), com 13 transectos de 10 m 250 m em reas de FP,distribudos no norte, centro e sul da FNT.

    Anlise da Vegetao

    Com exceo das espcies de palmeiras, foram calculados paratodas as espcies amostradas nos transectos os seguintes atributosquantitativos: alturas mdias e mximas das rvores; densidadesabsolutas (rvores por hectare) e relativas (% das rvores); dominnciaabsoluta (rea basal por hectare) e relativa (% da rea basal total); evalor de cobertura (densidade relativa + dominncia relativa). Estesclculos foram executados atravs do programa FITOPAC 2(Shepherd, 1994), atravs das seguintes equaes:

    DAi = Ni / A (1)DoA

    i = AB

    i / A (2)

    DRi = (DA

    i / DAT) 100 (3)

    DoRi = (DoAi / DoAT) 100 (4)VC = DR

    i + DoR

    i(5)

    onde: DAi = densidade absoluta da espcie i; N

    i = nmero

    de indivduos amostrados da espcie i; Ai = rea amostral total

    (ha); DoAi = dominncia absoluta da espcie i; AB

    i = rea basal

    total amostrada da espcie i (m2 ha-1); DRi densidade relativa da

    espcie i; DoRi = dominncia relativa da espcie i; e VC o valor

    de cobertura obtido pela soma de DRi e DoR

    i da espcie i.

    Tambm foram calculados o ndice de diversidade deShannon-Wiener (H) e o ndice de equitatividade de Pielou(J) (Brower e Zar, 1984), por meio das frmulas:

    s

    H = 3 (pi)(ln*lpi

    ) e J = H . (6) i=1 H

    max

    onde: pi a proporo do nmero de indivduos da espcie

    i em relao ao total de indivduos; e Hmax

    (diversidademxima) o ln de S, sendo S o nmero total de espcies.

    Para entender os padres fitogeogrficos da FNT, foramfeitas comparaes florsticas e quantitativas entre todos ostransectos mostrados, utilizando anlises multivariadas. Essametodologia foi empregada com o objetivo de se observar asvariaes da floresta em um contexto espacial com o uso dasimagens de satlite.

    Segundo Oliveira-Filho (2000), os levantamentos florsticospermitem comparaes simples e eficientes entre um grandenmero de reas. Alm disso, Causton (1988) e Van den Berg &Oliveira-Filho (2000) afirmam que diferenas e semelhanas entrereas geograficamente prximas e, ou, florsticamente parecidaspodem ser comparadas com melhores resultados atravs de

    dados quantitativos. Para tal fim foram elaboradas duas matrizesde dados: uma florstica, com presena (+) ou ausncia (-) dasespcies das amostras, e outra com os dados quantitativosexpressos pela densidade absoluta (DA) das espcies i (commais de dez indivduos), presente em cada amostra e aplicadasseparadamente para os transectos das reas de FP e FS. Com osdados da matriz florstica foram calculados os Coeficientes deSimilaridade de Jaccard (SJs) entre cada par amostrado davegetao. No caso das comparaes fitossociolgicas, foramutilizadas Distncias Euclidianas Quadrticas (DEs) entre asamostras na matriz de abundncia (n de indivduos da espciei por transecto). SJs e DEs so calculados atravs das frmulas:

    SJ= c . e DE =V 3 ( DAia - DA

    ib)2 (7)

    a+b+c

    onde: SJ o ndice de similaridade de Jaccard sendo que c o nmero de espcies em comum entre as amostras a eb, a o nmero de espcies encontrados somente na amostraa; b o nmero de espcies encontrados somente na amostrab; e DE a distncia euclidiana dos dados de densidadeabsoluta, sendo que DA

    ia a o n de indivduos da espcie i

    inventariado na amostra a e DAib o n de indivduos da

    espcie i inventariado na amostra b.Com o objetivo de entender as diferenas estruturais entre

    as FP e FS, adicionalmente tambm foi aplicada uma anlise deDCA (Detrended Correspondence Analysis) para todas asamostras conjuntamente. Para isso foram utilizadas para ambasas densidades relativas (n de indivduos da espcie i em relaoa todas as outras) dos indivduos com DAP maior do 10 cm,como uma tentativa de minimizar o efeito do tamanho amostraldiferente entre essas reas e do DAP de incluso das amostragens.

    Utilizando-se o programa PC-ORD verso 4.14 (McCune eMefford, 1999), foi realizada uma Anlise de CorrespondnciaRetificada ou DCA (Detrended Correspondence Analysis).Segundo Gauch (1982), a DCA mais indicada para o agrupamentodos dados ecolgicos porque a segunda matriz de autovetor dacomponente principal no constante e varia de acordo com adistribuio da populao amostrada. Como recomendado porter Braak (1995), os valores de abundncia das espcies presentesnas parcelas sofreram transformaes logartmicas do tipo ln (x +1), antes de se processar a anlise, compensando assim os desvioscausados por valores de abundncia muito elevados de grupos deespcies com reduzido nmero de indivduos.

    Aps a entrada e processamento dos dados, essasinformaes foram integradas ao banco de dados, atravs dosdados de posicionamento geogrfico (pontos de GPS) obtidospara cada transecto, permitindo serem realizadas consultasespaciais na rea de estudo.

    RESULTADOS E DISCUSSO

    Na Fig. 5 so apresentados os 64 transectos de inventriosflorestais (IFs) amostrados na FNT. possvel notar por essafigura que os transectos de IFs concentraram-se basicamenteao redor dos pontos de acesso floresta com estradas emargens do rio Tapajs.

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    ANLISE DA COMPOSIO FLORSTICA E FITOSSOCIOLGICA DA FLORESTANACIONAL DO TAPAJS COM O APOIO GEOGRFICO DE IMAGENS DE SATLITES

    Em reas de florestas primrias (FP), foram amostrados 35transectos de 10 m 250 m. Nas reas de vegetao secundriaforam inventariados 29 transectos de 10 m 100 m. Esseslevantamentos coletaram informaes de 7666 indivduos(6607 rvores ou arbustos e 1059 palmeiras) em uma reaamostral de 11,65 ha. Destes indivduos arbreos, 3877 (DAP 10 cm) foram levantados em FP de alto e baixo plat, incluindotambm as reas alteradas por atividades de corte seletivo demadeira ou com alguma alterao por fogo. Os 2730 indivduosrestantes (DAP 3 cm) foram amostrados em reas de FS comvrios estgios regenerativos.

    Composio florstica

    Na Tab. 1 so apresentadas as anlises fitossociolgicas porespcies e por fitofisionomias (FP e FS). Entre os indivduosamostrados foram identificadas 190 espcies de rvores,arbustos e palmeiras distribudos entre 153 gneros e 46 famlias(Tab. 1). As espcies sem identificaes botnicas (23) foramacrescentadas na listagem florstica e utilizadas nas anlisesfitossociolgicas da floresta.

    As FP concentraram a maioria das espcies amostradas(180). Nessas reas ocorreram 38 espcies arbreas e 4 tiposde palmeiras a mais que as FS. Os gneros com maior riquezaflorstica nas FP foram: Brosimun, com 5 espcies; Pouteria,com 4; Eschweilera, Inga, Cecropia, Licaria, Ocotea, Vismia eSclerolobium com 3. Estes gneros contriburam com 16,6 %da composio florstica das FP. Entre asfamlias com maior riqueza de espciesencontram-se: Arecaceae (Palmeiras),Lecythidaceae, com 9; Lauraceae, com9; Moraceae, com 11; FabaceaeFaboideae, Fabaceae Mimosoideae eFabaceae Caesalpinioideae, com 14 cadauma. Essas 7 famlias contriburam com45% das espcies. Estes resultadoscorroboram as observaes de Ducke eBlack (1953), Terborgh e Andresen (1998)e Nelson e Oliveira (2001), de que pareceexistir nas Florestas Amaznicas umamaior dominncia por grupos de famliasdo que por grupos de gneros. Nodossel das florestas primrias, asLeguminosae (lato sensu), a Arecaceae, aLecythidaceae, a Sapotaceae, aBurseraceae, a Chrysobalanaceae, aMoraceae e a Lauraceae so as famliascom maior densidade de indivduos,sendo que as Arecaceae, so as maiscomuns em reas de florestas detransio ou de reas perturbadas(Nelson e Oliveira, 2001).

    Na poro norte da FLONA, prximoda cidade de Belterra, foi identificado umadominncia pelo babau (Orbignyaphalerata Mart.). Nos transectos 7 e 8

    foram amostrados 174 e 129 desses indivduos, respectivamente.Na poro sul da FLONA, prximo da cidade de Rurpolis, foiobservada uma dominncia pelas outras palmeiras, com exceodo babau. Nos transectos 13, 14, 15, 16 e 17 (Fig. 5) foramamostrados 83, 64, 97, 151 e 81 indivduos, respectivamente,distribudos entre as oito espcies de palmeiras, sendo queocorreu uma maior predominncia das mumbaca (Astrocaryummumbaca Mart.), tucum (Astrocaryum vulgare Mart.) e inaj(Maximiliana martiana karst.).

    Nas FS foram identificadas 142 espcies (138 arbreo-arbustivase 4 palmeiras). Os gneros com maior riqueza florstica nas FSforam: Brosimun, com 5 espcies; Eschweilera, com 4; Vismia,Cecropia, Pouteria e Inga, com 3. Estes gneros contriburamcom 15% da composio florstica das reas de vegetaosecundria. Entre as famlias com maior riquezas de espciesencontram-se: Cecropiaceae, com 5; Euphorbiaceae e Sapotaceae,com 6; Moraceae, com 9; Fabaceae Caesalpinioideae, FabaceaeFaboideae e Fabaceae Mimosoideae, com 11 cada uma. Essas 7famlias contriburam com 41% das espcies e as espcies depalmeiras ocorrem com um reduzido nmero de indivduos.

    Fitossociologia e estrutura horizontal

    Nas reas de FP, as 10 espcies com maior valor de cobertura(VC) foram: Protium punticulatum Macbr. (breu-vermelho),Pouteria guianensis Aubl. (abiurana), Pouteria macrophylla(Lam.) Eyma (abiurana-cutite), Rinorea guianensis Aubl.

    Figura 5 - Distribuio espacial dos transectos de IFs amostrado na FNT.

  • 161 VOL. 35(2) 2005: 155 - 173 ESPRITO SANTO et al.

    ANLISE DA COMPOSIO FLORSTICA E FITOSSOCIOLGICA DA FLORESTANACIONAL DO TAPAJS COM O APOIO GEOGRFICO DE IMAGENS DE SATLITES

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    . seicpsee

    sailmaF

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    TT

    BA

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    CV

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    PFSF

    PFSF

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    eaecaidracranA

    munaecurpsmuidacran

    A.lgnE

    5-

    4-

    14,0-

    31,0-

    2,0-

    33,0-

    ietniocelmuinorts

    Aekcu

    D21

    48

    329,1

    51,013,0

    51,059,0

    37,062,1

    88,0sisnenaiug

    ariripaT.lbuA

    4263

    0151

    08,023,1

    26,023,1

    4,043,1

    20,166,2

    eaecanonn

    Aa

    mocisnedanonn

    A.tra

    M-

    2-

    2-

    70,0-

    70,0-

    20,0-

    90,0anaigippeop

    airettauG

    .traM

    031802

    2362

    04,326,7

    53,326,7

    86,183,6

    30,541

    aditinaipolyX

    .nuD

    0422

    418

    70,118,0

    30,118,0

    35,046,0

    65,154,1

    eaecanycop

    Aadica

    ainalebm

    A.lbuA

    3-

    3-

    40,0-

    80,0-

    20,0-

    1,0-

    mublaa

    mrepsodipsA

    nohcniPxE

    )lhaV(12

    451

    475,0

    51,045,0

    51,082,0

    80,028,0

    32,0muditin

    amrepsodips

    A.grA

    .lleuM

    xE.B

    41

    41

    77,140,0

    1,040,0

    78,083,0

    79,024,0

    muiciresmu

    mrepsossieG

    kooH

    ).htneB(61

    2111

    0170,1

    44,014,0

    44,035,0

    10,149,0

    54,1abuucus

    suhtnatami

    Hnosdoo

    W)ecurpS(

    11

    11

    50,040,0

    30,040,0

    20,00

    50,040,0

    eaecailarA

    inototorom

    areffehcSeriuga

    M).lbuA(

    5132

    921

    47,048,0

    93,048,0

    63,072,1

    57,011,2

    eaecacerA

    acabmu

    mmuyracorts

    A*.tra

    M341

    69-

    --

    --

    --

    --

    -eragluv

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    *.traM

    226

    --

    --

    --

    --

    --

    aelattA

    *.ps69

    --

    --

    --

    --

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    -aecarelo

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    --

    --

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    1-

    --

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    1-

    --

    --

    --

    --

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    .traM

    91-

    21-

    49,0-

    94,0-

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    69,0-

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    M084

    1-

    --

    --

    --

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    --

    --

    --

    --

    -eaecain

    ongiB

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    noD

    .D

    ).lbuA(12

    6751

    1209,0

    87,245,0

    87,244,0

    76,489,0

    54,7asonigitep

    miaiubebaT

    .ldnatS).

    CD(

    31

    21

    40,040,0

    80,040,0

    20,060,0

    1,01,0

    ailofitarresaiubebaT

    slohciN

    )lhaV(4

    24

    234,1

    70,01,0

    70,017,0

    20,018,0

    90,0aiubebaT

    .ps1

    -1

    -40,0

    -30,0

    -20,0

    -50,0

    -eaecaxi

    Baerobra

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    H4

    831

    342,0

    93,11,0

    93,121,0

    33,122,0

    27,2co

    ntin

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    731-

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    20,5-

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    D.A

    14-

    21-

    62,1-

    60,1-

    26,0-

    86,1-

    eaeceresruB

    mutalucitnupmuitorP

    .rbcaM

    47223

    4311

    76,871,1

    70,771,1

    82,45,0

    53,1176,1

    mutsubormuitorP

    retroP).tra

    wS(5

    93

    711,0

    33,031,0

    33,050,0

    68,081,0

    91,1

    ailofiohraikcinnittarT

    .dlliW

    0102

    711

    53,037,0

    62,037,0

    71,063,0

    34,090,1

    eaecaciraC

    asonipsaitaracaJ

    .C

    D).lbuA(

    332

    27

    21,048,0

    80,048,0

    60,03,1

    41,041,2

    eaecaracoyraC

    musollivracoyra

    C.sreP

    ).lbuA(4

    24

    231,2

    70,01,0

    70,050,1

    40,051,1

    11,0eaecaip

    orceC

    asutboaiporce

    C.lucerT

    7118

    32

    42,079,2

    44,079,2

    21,057,1

    65,027,4

    atamlap

    aiporceC

    .dlliW

    02522

    1132

    95,042,8

    25,042,8

    92,053,5

    18,095,31

    allyhpodaicsaiporce

    C.tra

    M52

    449

    2168,0

    16,146,0

    16,124,0

    97,360,1

    4,5sisnenaiug

    amuoruoP

    .lbuA7

    316

    572,0

    84,081,0

    84,031,0

    83,113,0

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    amuoruoP

    .buH

    42

    42

    51,070,0

    1,070,0

    70,023,0

    71,093,0

    eaecartsaleC

    arbalgaipuo

    G.lbuA

    311

    51

    98,040,0

    43,040,0

    44,021,0

    87,061,0

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    21,0-

    50,0-

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    Csnecsenac

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    591

    492,1

    81,039,0

    81,036,0

    71,065,1

    53,0airaciL

    .ps6

    45

    435,0

    51,051,0

    51,062,0

    51,014,0

    3,0eaecaisul

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    C1

    -1

    -80,0

    -30,0

    -40,0

    -70,0

    -singisni

    ainotalP.tra

    M2

    -2

    -81,0

    -50,0

    -90,0

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    -arefilubolg

    ainohpmyS

    .f.L2

    -1

    -50,0

    -50,0

    -20,0

    -70,0

    -sisnenneyac

    aimsiV

    .sreP).qcaJ(

    506

    411

    60,02,2

    31,02,2

    30,081,1

    61,083,3

    sisnenaiugai

    msiVysioh

    C).lbuA(

    -331

    -81

    -78,4

    -78,4

    -65,1

    -34,6

    sisnerupajai

    msiV.hcieR

    .G.

    H3

    743

    1140,0

    27,180,0

    27,120,0

    85,01,0

    3,2eaeca

    mrepsolhc

    oC

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    mrepsohcoC

    .duetS).K.B.

    H(-

    15-

    51-

    78,1-

    78,1-

    49,0-

    18,2eaecaterb

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    48

    327,1

    51,032,0

    51,058,0

    89,080,1

    31,1

    cont

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    inua

    >

  • 163 VOL. 35(2) 2005: 155 - 173 ESPRITO SANTO et al.

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    sailmaF

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    PFSF

    PFSF

    PFSF

    PFSF

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    D.ps

    31

    31

    80,040,0

    80,040,0

    40,053,0

    21,093,0

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    aditinaenaolS

    noD

    3419

    0281

    69,033,3

    11,133,3

    74,060,1

    85,193,4

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    C.htneB

    -02

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    -37,0

    -37,0

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    9-

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    111

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    31,140,0

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    1-

    1-

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    30,0-

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    ekcuD

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    67,04,0

    80,04,0

    83,025,0

    64,029,0

    ailofitsugnaaeba

    M.htneB

    19

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    20,033,0

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    anaikgrubmohcs

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    019

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    121

    17

    30,044,0

    30,044,0

    20,056,0

    50,090,1

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    -3

    -28,1

    -80,0

    -9,0

    -89,0

    -ayhcatsorca

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    521

    780,0

    29,080,0

    29,040,0

    22,021,0

    41,1nolyxorels

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    111

    186,1

    40,088,0

    40,038,0

    13,017,1

    53,0atsircea

    mahC

    .ps55

    321

    325,2

    11,024,1

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    81-

    5,1-

    5,1-

    9,0-

    4,2sisnenaiug

    muilaiD

    .wdnaS

    ).lbuA(71

    211

    235,1

    70,044,0

    70,057,0

    50,091,1

    21,0anaikgrub

    mohcsaurepE

    .htneB71

    501

    483,0

    81,044,0

    81,091,0

    32,036,0

    14,0lirabruoc

    aeanemy

    H.L

    42

    42

    74,170,0

    1,070,0

    27,061,0

    28,032,0

    ailofivrapaeane

    myH

    rebuH

    21-

    7-

    06,1-

    13,0-

    97,0-

    1,1-

    lucinapenygotleP

    atalucinaP.psbuS

    .htneB.

    41

    31

    50,040,0

    1,040,0

    20,00

    21,040,0

    mupraconalem

    muibolorelcSekcu

    D65

    -81

    -26,4

    -44,1

    -82,2

    -27,3

    -iinonile

    mmuibolorelcS

    smra

    H85

    1102

    752,3

    4,05,1

    4,06,1

    5,01,3

    9,0muibolorelcS

    .ps43

    201

    228,1

    70,088,0

    70,09,0

    81,087,1

    52,0anneS

    .ps-

    4-

    3-

    51,0-

    51,0-

    2,0-

    53,0eaedi

    obaFeaecabaF

    sisnearapainrelloZ

    rebuH

    1-

    1-

    21,0-

    30,0-

    60,0-

    90,0-

    arolfidnargaxel

    Aekcu

    D92

    931

    511,4

    33,057,0

    33,030,2

    23,287,2

    56,2aditin

    aihcidwoB

    ecurpS4

    -4

    -80,0

    -1,0

    -40,0

    -41,0

    -aeruprup

    siportolpiD

    .hsmA

    ).hciR.

    C.L(8

    67

    428,0

    22,012,0

    22,04,0

    75,016,0

    97,0atarodo

    xyretpiD

    .dlliW

    ).lbuA(8

    26

    245,1

    70,012,0

    70,067,0

    20,079,0

    90,0

    cont

    inua

    o

    da ta

    bela

    1

    cont

    inua

    >

  • 164 VOL. 35(2) 2005: 155 - 173 ESPRITO SANTO et al.

    ANLISE DA COMPOSIO FLORSTICA E FITOSSOCIOLGICA DA FLORESTANACIONAL DO TAPAJS COM O APOIO GEOGRFICO DE IMAGENS DE SATLITES

    seicpsee

    sailmaF

    N

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    TT

    BA

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    RD

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    CV

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    PFSF

    PFSF

    PFSF

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    PFSF

    PFSF

    muslecxemuibolone

    myH

    .htneB)ekcu

    D(5

    14

    106,0

    40,031,0

    40,03,0

    034,0

    40,0muibolone

    myH

    .ps21

    -4

    -42,0

    -13,0

    -21,0

    -34,0

    -aiso

    mrO

    .ps-

    6-

    6-

    22,0-

    22,0-

    70,0-

    92,0muicsi

    mytalP.ps

    62

    52

    55,070,0

    51,070,0

    72,020,0

    24,090,0

    munozama

    supracoretP.hs

    mA)htneB

    xe.traM(

    511

    011

    07,040,0

    93,040,0

    53,030,0

    47,070,0

    allyhpylopaiztra

    wS.

    CD

    .A8

    27

    135,3

    70,012,0

    70,047,1

    20,059,1

    90,0aiztra

    wS.ps

    6251

    418

    29,055,0

    76,055,0

    54,033,0

    21,188,0

    sisnearapaeriataV

    ekcuD

    11

    11

    92,040,0

    30,040,0

    41,010,0

    71,050,0

    asoicepssispoeriataV

    ekcuD

    74

    43

    34,051,0

    81,051,0

    12,03,0

    93,054,0

    eaedios

    omi

    MeaecabaF

    aslecxeaizini

    Dekcu

    D4

    -2

    -44,0

    -1,0

    -22,0

    -23,0

    -mu

    mixam

    muiboloretnEekcu

    D5

    -4

    -91,0

    -31,0

    -1,0

    -32,0

    -iikgrub

    mohcsmuiboloretnE

    .htneB).htneB(

    301

    37

    43,173,0

    80,073,0

    66,051,0

    47,025,0

    ablaagnI

    .dlliW

    ).wS(

    8682

    4251

    30,230,1

    57,130,1

    115,2

    57,245,3

    allyhporetehagnI

    .dlliW

    911121

    7262

    00,334,4

    70,334,4

    84,193,2

    55,428,6

    agnI.ps

    -11

    -6

    -4,0

    -4,0

    -93,0

    -97,0

    musomecar

    nolyxoramra

    MpilliK

    )ekcuD(

    232

    412

    68,070,0

    38,070,0

    24,020,0

    52,190,0

    agujitlum

    aikraP.htneB

    74

    74

    47,051,0

    81,051,0

    63,056,0

    45,08,0

    aludnepaikraP

    .plaW

    xe.htneB

    ).dlliW(

    011

    61

    56,040,0

    62,040,0

    23,023,0

    85,063,0

    mumissilp

    mamuibolecehtiP

    -42

    -4

    -88,0

    -88,0

    -43,1

    -22,2

    abmupuj

    muibolecehtiP.br

    U)dlli

    W(8

    -5

    -02,0

    -12,0

    -1,0

    -13,0

    -ayhcatsolisp

    ainedatpipoduesP.htneB

    7261

    5101

    78,495,0

    7,095,0

    4,238,1

    1,324,2

    mumirrehclup

    nordnedonhpyrtS.rhcoH).dlli

    W(01

    719

    0154,0

    26,062,0

    26,022,0

    53,284,0

    79,2eaecaitru

    ocalFarolfidnarg

    airaesaC

    ssebma

    C4

    -4

    -61,0

    -1,0

    -80,0

    -81,0

    -arecorp

    aiteaL.lhciE

    ).ldnE&

    .ppeoP(01

    417

    995,0

    15,062,0

    15,092,0

    53,055,0

    68,0eaecairi

    muH

    ihcuaruelpodnE

    .cetauC

    )rebuH(

    113

    93

    52,111,0

    82,011,0

    26,063,0

    9,074,0

    sisnenaiugsittolgocaS

    .lbuA6

    -5

    -23,0

    -51,0

    -61,0

    -13,0

    -aso

    mecaraitogaS

    .lliaB8

    014

    472,0

    73,012,0

    73,031,0

    2,043,0

    75,0eaecaruaL

    allilenacabin

    A.ze

    M).K.B.

    H(1

    -1

    -20,0

    -30,0

    -10,0

    -40,0

    -arodoeasor

    abinA

    ekcuD

    1-

    1-

    20,0-

    30,0-

    10,0-

    40,0-

    sisneilisarbairaciL

    .mretsoK

    )seeN(

    73-

    81-

    47,1-

    59,0-

    68,0-

    18,1-

    cont

    inua

    >

    cont

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    o

    da ta

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    1

  • 165 VOL. 35(2) 2005: 155 - 173 ESPRITO SANTO et al.

    ANLISE DA COMPOSIO FLORSTICA E FITOSSOCIOLGICA DA FLORESTANACIONAL DO TAPAJS COM O APOIO GEOGRFICO DE IMAGENS DE SATLITES

    seicpsee

    sailmaF

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    RDRD

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    Mze

    MxE

    .buaT).nssie

    M(82

    321

    325,4

    11,027,0

    11,032,2

    90,059,2

    2,0anaivadnil

    surualizeM

    zeM

    &.

    whcS01

    -6

    -80,1

    -62,0

    -35,0

    -97,0

    -sisnetirutab

    aetocO

    omittaV

    8941

    036

    71,415,0

    35,215,0

    60,223,0

    95,438,0

    arburaetoc

    Oze

    M11

    -8

    -04,0

    -82,0

    -2,0

    -84,0

    -aetoc

    O.ps

    927

    215

    77,062,0

    57,062,0

    83,062,0

    31,125,0

    snetinaitee

    wS.htneB

    ).goV(1

    -1

    -10,0

    -30,0

    -10,0

    -40,0

    -eaecadihtyceL

    aslecxeaitellohtreB

    .lpnoB&

    .bmu

    H6

    316

    1169,3

    84,051,0

    84,059,1

    95,51,2

    70,6sisnenaiugirataruo

    C.lbuA

    8426

    1231

    17,972,2

    42,172,2

    97,476,0

    30,649,2

    acinozama

    areliewehcsE

    htunK.R

    635

    415

    51,181,0

    39,081,0

    75,080,0

    5,162,0

    aecairocarelie

    whcsEiro

    M).

    CD

    .A(36

    2112

    579,1

    44,026,1

    44,079,0

    6,095,2

    40,1asrevbo

    areliewhcsE

    sreiM

    )greB(77

    372

    373,3

    11,099,1

    11,076,1

    17,066,3

    28,0atarodo

    areliewhcsE

    .sreiM

    .)ppeoP(94

    3151

    856,1

    84,062,1

    84,028,0

    35,080,2

    10,1atsugua

    aivatsuG

    .L6

    74

    221,0

    62,051,0

    62,060,0

    1,012,0

    63,0adirul

    sihtyceLiro

    M)srei

    M(73

    2191

    769,3

    44,059,0

    44,059,1

    97,09,2

    32,1sinosip

    sihtyceLsrei

    M).sseb

    maC(

    4-

    3-

    41,3-

    1,0-

    55,1-

    56,1-

    eaecaihgiplaM

    aminosryB

    .ps7

    56

    491,0

    81,081,0

    81,090,0

    71,072,0

    53,0eaecavla

    Matanihce

    abiepA

    .ntreaG

    414

    351

    81,05,1

    1,05,1

    90,069,0

    91,064,2

    sispocabmoB

    .fcsisnearap

    snyboR)ekcu

    D(11

    -11

    -18,0

    -82,0

    -4,0

    -86,0

    -ardnatnep

    abieC

    .ntreaG

    ).L(3

    -2

    -81,0

    -80,0

    -90,0

    -71,0

    -asobolg

    acehtoirEsnyboR

    ).lbuA(9

    016

    752,0

    73,032,0

    73,021,0

    91,053,0

    65,0asoiceps

    aeheuL.dlli

    W1

    -1

    -10,0

    -30,0

    -0

    -30,0

    -eaecata

    motsaleM

    amotohcid

    aiculleB.ngo

    C95

    1151

    583,1

    4,025,1

    4,086,0

    15,02,2

    19,0sedioiralussorg

    aiculleB.anairT

    )L(62

    5421

    6154,0

    56,176,0

    56,122,0

    60,198,0

    17,2sisenaiug

    ainociM

    .ngoC

    ).lbuA(61

    139

    0182,0

    41,114,0

    41,141,0

    35,055,0

    76,1sepiverbiriruo

    M.koo

    H11

    47

    499,0

    51,082,0

    51,094,0

    50,077,0

    2,0eaecaile

    Msisnenaiug

    aparaC

    .lbuA32

    19

    125,1

    40,095,0

    40,057,0

    50,043,1

    90,0sisnenaiug

    aebirarauG

    .lbuA31

    39

    381,0

    11,043,0

    11,090,0

    50,034,0

    61,0aerau

    G.ps

    841

    49

    21,015,0

    12,015,0

    60,085,0

    72,090,1

    ailihcirT.ps

    017

    44

    21,062,0

    62,062,0

    60,052,0

    23,015,0

    cont

    inua

    >

    cont

    inua

    o

    da ta

    bela

    1

  • 166 VOL. 35(2) 2005: 155 - 173 ESPRITO SANTO et al.

    ANLISE DA COMPOSIO FLORSTICA E FITOSSOCIOLGICA DA FLORESTANACIONAL DO TAPAJS COM O APOIO GEOGRFICO DE IMAGENS DE SATLITESseicpse

    esail

    maF

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    SFeaecai

    mino

    Msisnenaiug

    anurapiS.lbuA

    86

    75

    51,022,0

    12,022,0

    70,01,0

    82,023,0

    eaecaro

    Msisnenaiug

    assagaB.lbuA

    129

    161

    20,073,3

    30,073,3

    10,039,2

    40,03,6

    muilofitucamu

    misorBrebu

    H63

    771

    330,1

    62,039,0

    62,015,0

    63,044,1

    26,0snecsetcal

    mumisorB

    greB.

    C.C

    )erooM

    .S(8

    17

    172,0

    40,012,0

    40,041,0

    9,053,0

    49,0sedioiranirap

    mumisorB

    ekcuD

    52

    32

    21,070,0

    31,070,0

    60,034,0

    91,05,0

    snecseburmu

    misorB.buaT

    921

    711

    93,240,0

    57,040,0

    81,182,0

    39,123,0

    esnenaiugnu

    misorBrebu

    H).lbuA(

    0621

    428

    64,144,0

    55,144,0

    27,073,0

    72,218,0

    ieluallitsa

    C.bra

    W2

    -2

    -30,0

    -50,0

    -10,0

    -60,0

    -aso

    mecaraisiral

    C.vaP

    &zuR

    81

    61

    63,040,0

    12,040,0

    81,010,0

    93,050,0

    amixa

    msuciF

    relliM

    .P3

    -2

    -81,0

    -80,0

    -90,0

    -71,0

    -ailofieahp

    mynsuciF

    relliM

    .P1

    -1

    -97,0

    -30,0

    -93,0

    -24,0

    -allyhporelcs

    ariuqaM

    greB.

    C.C

    )ekcuD(

    9513

    4251

    11,241,1

    25,141,1

    40,136,0

    65,277,1

    sisnearaparo

    Mekcu

    D7

    36

    280,0

    11,081,0

    11,040,0

    70,022,0

    81,0eaecacitsiry

    Msidnarg

    arehtnayrIekcu

    D61

    29

    204,0

    70,014,0

    70,02,0

    62,016,0

    33,0anaitogas

    arehtnayrI.bra

    W).htneB(

    725

    614

    25,181,0

    7,081,0

    57,082,0

    54,164,0

    iinonilem

    aloriV.bra

    W).neB(

    9211

    715

    88,04,0

    57,04,0

    44,012,0

    91,116,0

    atatsocitlum

    aloriVekcu

    D7

    -5

    -61,0

    -81,0

    -80,0

    -62,0

    -eaecatry

    Marolfinu

    aineguE.L

    4-

    4-

    60,0-

    1,0-

    30,0-

    31,0-

    ataetcarbaicru

    M.

    CD

    )hciR(91

    88

    634,0

    92,094,0

    92,012,0

    11,07,0

    4,0adnubirolf

    airaicryM

    greB.O

    ).dlliW(

    1131

    57

    81,084,0

    82,084,0

    90,022,0

    73,07,0

    eaecaelO

    sisnenaiugaitrauqni

    M.lbuA

    83

    53

    83,011,0

    12,011,0

    91,051,2

    4,062,2

    aecanogyl

    oPailofital

    aboloccoC

    .naL5

    15

    110,1

    40,031,0

    40,05,0

    51,036,0

    91,0eaecaniiu

    Qiina

    mnejairanucaL

    ekcuD

    ).vilO(

    125

    015

    52,081,0

    45,081,0

    21,011,0

    66,092,0

    eaecaibuR

    siludeaitrebil

    A.hciR

    .A5

    45

    380,0

    51,031,0

    51,040,0

    50,071,0

    2,0atanibrut

    sihrramih

    C.

    CD

    422

    211

    24,170,0

    26,070,0

    7,020,0

    23,190,0

    nodopotrycrepiP

    .C

    D.A

    ).qiM(

    31-

    7-

    41,0-

    43,0-

    70,0-

    14,0-

    aeruocilaP.ps

    8-

    7-

    31,0-

    12,0-

    60,0-

    72,0-

    cont

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    o

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    1

  • 167 VOL. 35(2) 2005: 155 - 173 ESPRITO SANTO et al.

    ANLISE DA COMPOSIO FLORSTICA E FITOSSOCIOLGICA DA FLORESTANACIONAL DO TAPAJS COM O APOIO GEOGRFICO DE IMAGENS DE SATLITES

    seicpsee

    sailmaF

    N

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    TT

    BA

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    RD

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    oD

    CV

    CV

    PFSF

    PFSF

    PFSF

    PFSF

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    PFSF

    eaecatuR

    asomecar

    aerassuoC

    .C

    Dxe

    .hciR.A

    16124

    028

    57,245,1

    51,445,1

    63,155,0

    15,590,2

    muilofihrmulyxohtnaZ

    maL4

    314

    550,0

    84,01,0

    84,030,0

    66,031,0

    41,1eaecadnipaS

    .kldaRattanirac

    .ffaaisilaT

    0414

    7191

    35,05,1

    30,15,1

    62,043,0

    92,148,1

    .kldaRatnelucse

    aisilaT35

    962

    591,1

    33,073,1

    33,095,0

    61,069,1

    94,0eaecat

    opaSirebuh

    araklinaM

    .vehC

    )ekcuD(

    532

    512

    19,670,0

    9,070,0

    14,364,0

    13,435,0

    sisnearaparaklina

    M.ldnatS

    ).buH(

    523

    213

    76,111,0

    46,011,0

    28,02,0

    64,113,0

    asolunevsilohporci

    MerreiP

    ).lhciE&

    .traM(

    4-

    2-

    41,0-

    1,0-

    70,0-

    71,0-

    siralucolibairetuoP

    inheaB)relkni

    W(51

    39

    301,1

    11,093,0

    11,045,0

    63,039,0

    74,0sisnenaiug

    airetuoP.lbuA

    66133

    329

    92,812,1

    82,412,1

    90,420,2

    73,832,3

    allyhporcam

    airetuoPa

    myE).

    maL(551

    5313

    5162,6

    82,14

    82,190,3

    65,090,7

    48,1airetuoP

    .ps8

    -6

    -66,0

    -12,0

    -23,0

    -35,0

    -eaecabu

    oramiS

    abuoramiS

    .lbuAara

    ma12

    301

    310,1

    11,045,0

    11,05,0

    60,040,1

    71,0eaecanal

    oSabepiruj

    munaloShciR

    11

    11

    10,040,0

    30,040,0

    010,0

    30,050,0

    eaecailucretSmunacnibus

    amorboehT

    .traM

    -3

    -2

    -11,0

    -11,0

    -50,0

    -61,0

    musoicepsa

    morboehT.dlli

    W61

    851

    542,0

    92,014,0

    92,021,0

    1,035,0

    93,0asoiceps

    ailucretS.

    muhcS52

    561

    342,1

    81,046,0

    81,016,0

    81,052,1

    63,0eaeca

    mlU

    ahtnarcim

    amerT

    .lB).L(

    255

    26

    80,010,2

    50,010,2

    40,05,0

    90,015,2

    eaecaloi

    Vsisnenaiuq

    aeroniR.lbuA

    62101

    228

    40,673,0

    52,373,0

    89,256,0

    32,620,1

    eaecaisyhcoV

    mutanicnua

    msirE.

    mraW

    01-

    6-

    30,3-

    62,0-

    94,1-

    57,1-

    roilicargaelau

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    5-

    4-

    26,0-

    31,0-

    3,0-

    34,0-

    amixa

    maisyhcoV

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    711

    51

    89,040,0

    44,040,0

    94,013,0

    39,053,0

    sadacifitnedi-o

    N**ovarb-odogla

    72-

    4-

    33,0-

    61,0-

    61,0-

    23,0-

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    1-

    1-

    50,0-

    30,0-

    30,0-

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    -1

    -10,0

    -10,0

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    -

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  • 168 VOL. 35(2) 2005: 155 - 173 ESPRITO SANTO et al.

    ANLISE DA COMPOSIO FLORSTICA E FITOSSOCIOLGICA DA FLORESTANACIONAL DO TAPAJS COM O APOIO GEOGRFICO DE IMAGENS DE SATLITESseicpse

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    muidacranA.lgnE

    5-

    4-

    14,0-

    31,0-

    2,0-

    33,0-

    ietniocelmuinorts A

    ekcuD21

    48

    329,1

    51,013,0

    51,059,0

    37,062,1

    88,0sisnenaiug

    ariripaT.lbuA

    4263

    0151

    08,023,1

    26,023,1

    4,043,1

    20,166,2

    eaecanonnA

    amocisned

    anonnA.tra

    M-

    2-

    2-

    70,0-

    70,0-

    20,0-

    90,0anaigippeop

    airettauG

    .traM

    031802

    2362

    04,326,7

    53,326,7

    86,183,6

    30,541

    aditinaipolyX

    .nuD04

    2241

    870,1

    18,030,1

    18,035,0

    46,065,1

    54,1eaecanycop

    Aadica

    ainalebmA

    .lbuA3

    -3

    -40,0

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    amrepsodipsA

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    )lhaV(12

    451

    475,0

    51,045,0

    51,082,0

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    32,0muditin

    amrepsodipsA

    .grA.lleu

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    .B4

    14

    177,1

    40,01,0

    40,078,0

    83,079,0

    24,0muicires

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    GkooH

    ).htneB(61

    2111

    0170,1

    44,014,0

    44,035,0

    10,149,0

    54,1abuucus

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    11

    150,0

    40,030,0

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    050,0

    40,0eaecailar

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    329

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    48,063,0

    72,157,0

    11,2eaecacer

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    --

    --

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    --

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    --

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    1-

    --

    --

    --

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    1-

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    91-

    21-

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    1-

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    --

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    6751

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    87,244,0

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    54,7asonigitep

    miaiubebaT

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    31

    21

    40,040,0

    80,040,0

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    1,01,0

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    slohciN)lhaV(

    42

    42

    34,170,0

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    aiubebaT.ps

    1-

    1-

    40,0-

    30,0-

    20,0-

    50,0-

    eaecaxiBaerobra

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    483

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    42,093,1

    1,093,1

    21,033,1

    22,027,2

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  • 169 VOL. 35(2) 2005: 155 - 173 ESPRITO SANTO et al.

    ANLISE DA COMPOSIO FLORSTICA E FITOSSOCIOLGICA DA FLORESTANACIONAL DO TAPAJS COM O APOIO GEOGRFICO DE IMAGENS DE SATLITES

    (acariquarana), Couratari guianensis Aubl. (tauar), Coussarearacemosa A. Rich. ex DC. (caferana), Guatteria poeppigianaMart. (envira-preta), Ocotea baturitensis Vattimo (louro-preto),Inga heterophylla Willd. (ing-branco) e Manilkara huberi(Ducke) Chev. (maaranduba).

    Segundo Ribeiro et al. (1999) na regio do sul do Par,prxima a Marab (8,8 ha de IF inventrio com DAP 20 cm), as 5espcies com maior VC so: Protium punticulatum Macbr. (breu-vermelho), Cenostigma sp (pau-pretinho), Inga heterophylla Willd.(ing-branco), Orbignya phalerata Mart. (babau) e Neea sp. (joomole). Na regio prxima de Carajs (14 ha de IF com DAP 20cm), esses autores encontraram: Protium punticulatum Macbr.(breu-vermelho), Inga heterophylla Willd. (ing-branco), GuareGuara sp (git), Bertholletia excelsa Humb. & Bonpl. (castanheira-

    do-par) e Mabea sp. (seringarana), como as 5 espcies de maiorVC. Apesar da semelhana de algumas espcies, segundo Duckee Black (1953), a regio compreendida entre Belm e Santarmapresenta uma grande dissimilaridade florstica no sentidolongitudinal quando comparada as outras regies da Amaznia.

    Nas reas de FS, as 10 espcies com maior VC foram:Guatteria poeppigiana Mart. (envira-preta), Cecropiapalmata Willd. (embaba-branca), Cordia bicolor A. DC.(freij-branco), Jacaranda copaia (Aubl.) D. Don (par-par),Inga heterophylla Willd. (ing-branco), Vismia guianensis(Aubl.) Choisy (lacre-preto), Bagassa guianensis Aubl.(tatajuba), Bertholletia excelsa Humb. & Bonpl. (castanheira-do-par), Cecropia sciadophylla Mart. (embaba-vermelha)e Cecropia obtusa Trecul. (embaba).

    Figura 6 - Distribuio diamtrica dos 3858 e 2730 indivduosarbreos (sem palmeiras) amostrada em reas de florestasprimrias e secundrias, respectivamente.

    Figura 7 - Curva acumulativa do aparecimento de novas espciesnas reas de floresta primria (FP), floresta secundria (FS) econsiderando toda a amostragem da rea. Nas FP e FS asunidades amostrais so de 0,25 e 0,10 ha, respectivamente.

    Figura 8 - Anlise de correspondncia principal corrigida, calculada atravs do ndice de similaridade florstica de Jaccard (presena ouausncia de espcies) dos 35 transectos de FP (a) e distncia euclidiana do n de indivduos por espcies (densidade absoluta) das mesmasamostras (b), inventariadas em diferentes pores da FNT. Eixos 1 e 2 so a primeira e a segunda componente principal dos dados.

  • 170 VOL. 35(2) 2005: 155 - 173 ESPRITO SANTO et al.

    ANLISE DA COMPOSIO FLORSTICA E FITOSSOCIOLGICA DA FLORESTANACIONAL DO TAPAJS COM O APOIO GEOGRFICO DE IMAGENS DE SATLITES

    Dessas 10 espcies de maior VC somente a Guatteriapoeppigiana Mart. (envira-preta) e o Inga heterophylla Willd.(ing-branco) foram encontrados simultaneamente nas FP e FS.

    Uma outra diferena marcante entre esses dois tipos decobertura vegetal foi o nmero de indivduos por classesdiamtricas. Na Fig. 6 apresentada a distribuio do nmerode indivduos arbreos entre as reas de FP e FS. Observa-seclaramente uma tendncia de decrscimo do nmero deindivduos com o aumento das classes diamtricas, formandoum J-invertido (Lamprecht, 1990).

    Intensidade amostral

    Apesar da probabilidade do aparecimento de espcies em umadada localidade ser influenciada diretamente pela rea amostral, ogrfico de aparecimento acumulado de espcies da Fig. 7 indica quetanto para as reas de FP e FS a intensidade amostral foi suficientepara amostrar a maioria das espcies arbreas-arbustivas da FNT(teste de t-student, P 0,01 e N = 64). Tambm possvel concluirpor esse grfico que o aparecimento de novasespcies para as reas de FS estabilizou-semais rpido como o esperado, j que nessesambientes a riqueza de rvores menor. Paraas reas de FP o nmero de espciesestabilizou-se em torno de 200.

    Em termos de ndice de diversidadede Shannon-Wiener (H) e o ndice deeqitatividade de Pielou (J), para as reasde FP e FS, no apresentaram diferenasmarcantes. Nas reas de FP foi encontradauma H de 4,44 nits.indivduos-1 e uma Jde 0,85. Nas reas de FS a H foi de 4,09nits.indivduos-1 e J de 0,81. No entanto,no contexto Amaznico esses ndicespodem ser considerados relativamentealtos quando comparados a outrostrabalhos de grande diversidade. Pires etal. (1953) estudando 3,5 ha de floresta deterra firme em Castanhal (PA), encontrouum ndice de diversidade de 4,3 (DAP 10cm). Cain et al. (1956) fizeram umlevantamento de rvores com um DAPmnimo de 10 cm e encontraram em 2 haamostrado um ndice de 4,07.

    Nesse trabalho essa grande diversidadepode ser explicada pela grandeheterogeneidade dos ambientesinventariados, dado que as amostras foramdistribudas ao redor de uma rea de quase600.000 ha. Alm disso, os levantamentosde IF das reas de FP foram realizados sobrediferentes condies topogrficas (alto ebaixo plat) e de formas de uso. Nas reasde FS a grande diversidade de estgiossucessionais das amostras, explicam o seualto ndice de diversidade.

    Similaridade florstica e estrutural

    Na Fig. 8a apresentada a ordenao da matriz florstica dasamostras de FP produzida pela anlise de DCA. Por esse grficode ordenao possvel constatar que dois grupos de transectosapresentaram uma maior diferenciao em relao s outrasamostras. O primeiro grupo formado pelos transectos (P) 18,19, 20, 21 e 22 em reas de baixo plat e de reas alteradas poratividades de corte seletivo de madeira. O segundo grupo formado pelos transectos 13, 14, 15, 16 e 17 localizados no sulda FNT, dominados principalmente pelas palmeiras comomumbaca (Astrocaryum mumbaca Mart.), tucum (Astrocaryumvulgare Mart.) e inaj (Maximiliana martiana karst).

    A Fig. 8b apresenta a ordenao da matriz dos dadosquantitativos (densidade absoluta) das amostras de FP. Esse grficode ordenao tambm indica uma grande diferena entre o grupode inventrios das reas alteradas por atividades de corte seletivode madeira e de baixo plat (transectos P18, P19, P20, P21 e P22)em relao as outras regies. Outros dois grupos bem distintos

    Figura 9 - Pores de FP da FNT com grande similaridade fisionmica (a), quantitativa(b) e florstica (c).

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    ANLISE DA COMPOSIO FLORSTICA E FITOSSOCIOLGICA DA FLORESTANACIONAL DO TAPAJS COM O APOIO GEOGRFICO DE IMAGENS DE SATLITES

    em termos quantitativos foram: transectos P33, P34, P35, P25,P26, P27, P28, P29, P30, P31 e P32, composto pelas amostraslocalizadas principalmente na parte central da FLONA; etransectos P1, P2, P3, P4, P5, P6, P7, P8, P9, P10, P11, P12, P13,P14, P15, P16 e P17, na parte sul e norte da FNT.

    Atravs de observaes de campo e pelas anlisesmultivariadas, pde-se observar trs regies distintas na FNT(Fig. 9): (1) poro norte, cuja presena do babau (Orbignyaphalerata Mart.) bem ntida em campo; (2) poro central,indicada pela anlise quantitativa (densidade absoluta) comouma regio com pouca dissimilaridade de espcies entre oalto e o baixo plat; e (3) poro sul, indicada pela anliseflorstica como uma regio com grande diversidade de palmeiras,cuja freqncia bem marcada pela mumbaca (Astrocaryummumbaca Mart), tucum (Astrocaryum vulgare Mart.), inaj(Maximiliana martiana karst.) e outras, exceto babau.

    importante ressaltar que essa anlise extremamenteexploratria considerando a extensa rea da FLONA, mas essesresultados indicaram a existncia de pelo menos trs perfisflorsticos ou fitossociolgicos (densidade de indivduos)distintos dentro das reas de FP da FNT. Atravs dos trabalhosde campo foi possvel observar essas diferenciaesfitofisionmicas (abertura de dossel, porte arbreo dosindivduos e dominncia por palmeiras) ao longo da FNT.

    Os transectos 33, 34 e 35, apesar de serem pouco dissimilaresdo ponto de vista estrutural (n de indivduos por espcie) aosoutros transectos da parte central da FLONA, deve-se levar emconsiderao que a vegetao localizada s margens do rio Tapajs,devem ser bem distinta da floresta de alto plat. No entanto, a

    anlise quantitativa indicou uma pequena dissimilaridade dessestransectos em relao aos transectos localizados no alto plat.

    Na Fig. 10a apresentada a ordenao da matriz florsticadas amostras de FS. Percebe-se por essa figura que os dadosflorsticos no foram suficientes para estratificar as fasessucessionais dessa vegetao.

    A Fig. 10b mostra o grfico de DCA produzido pela matrizdos dados quantitativos (n de indivduos de cada espcie) dasFS. Tambm possvel constatar por esse grfico que os dadosquantitativos no conseguiram estratificar os estgiossucessionais dessas reas. Esses resultados indicam que para asFS a composio florstica e quantitativa apresentaram-se bastanteheterognea na rea, impossibilitando um agrupamento. Assim, aconselhvel que em futuros estudos de determinao dosestgios sucessionais das FS sejam testadas outras variveisbiofsicas como rea basal biomassa area, etc.

    Atravs da matriz de densidade relativa de todos os transectos(FP + FS) foi possvel agrupar as amostras em um nico grfico deDCA (Fig. 11). Observa-se por essa figura que nas ordenadas existeum padro de diferenciao muito clara entre as amostras de FP eFS, ditado provavelmente pelos estgios sucessionais dessas grandesfitofisionomias. Nas FS percebe-se uma grande heterogeneidadeambiental (maior disperso das amostras) quando comparadas sFP. Esse fato corrobora ainda mais com a hiptese de que os usosanteriores das FS impossibilitam anlises de agrupamentos porvariveis florsticas ou quantitativas, j que ainda no foi estabelecidonenhum padro bem definido de sucesso nas reas de FS.

    Figura 10 - Anlise de correspondncia principal corrigida calculada atravs do ndice de similaridade de Jaccard florstica(presena ou ausncia de espcies) para os 29 transectos de FS (a) e atravs da distncia euclidiana do n de indivduos porespcies (densidade absoluta) das mesmas amostras (b), inventariadas em diferentes pores da FNT. Eixos 1 e 2 so a primeirae a segunda componente principal dos dados.

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    ANLISE DA COMPOSIO FLORSTICA E FITOSSOCIOLGICA DA FLORESTANACIONAL DO TAPAJS COM O APOIO GEOGRFICO DE IMAGENS DE SATLITES

    AGRADECIMENTOS

    Essa pesquisa teve o suporte do Fundo Bunka de Pesquisa- Banco Sumito Mitsui / 2002 atravs do projeto Mapeamento eMonitoramento da Floresta Nacional do Tapajs (PA), com o Usode Dados Multitemporais de Multisensores (Fernando Del BonEsprito-Santo); da FAPESP atravs do projeto Influncia daSazonalidade e do Uso da Terra na Dinmica Espao-Temporalda Produtividade Primria na Amaznia Oriental (processo No:2002/00985-2); e da CAPES pela concesso da bolsa de mestrado.

    Nossos agradecimentos ao escritrio regional do LBA-NASAem Santarm pelo apoio logstico, em especial Bethany Reed;ao IBAMA-Santarm, em especial ao Sr. ngelo Francisco deLima pelo suporte durante as campanhas de campo; a Divisode Sensoriamento Remoto do Instituto Nacional de PesquisasEspaciais pelo suporte tcnico; e aos grandes companheirosde campo, Hlio, Valder, Raimundinho, Sr. Erli e Beb.

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    Figura 11 - Anlise de correspondncia corrigida calculada atravsda distncia euclidiana da densidade relativa (n de indivduosdas espcies i em relao as demais) dos 64 transectosinventariados nas FP e FS de diferentes regies da FNT.

    CONCLUSES

    O desenvolvimento metodolgico desse trabalho queintegra variaes sutis da vegetao em imagens de satlitecom aquelas possveis de serem observadas no campo, traduzema capacidade dos sistemas orbitais, em particular o ETM+/Landsat, na estratificao das fcies de cobertura vegetal, cujodelineamento pode racionalizar inventrios florestais maiscomplexos em toda a rea da Floresta Nacional do Tapajs.

    A sobreposio das amostras de inventrios florestais emuma imagem do satlite Landsat e o uso de um mosaicoRADARSAT que valoriza os aspectos geomorfologicos do local,aliada ao emprego de anlises florsticas, fitossociolgicas emultivariadas, possibilitou a determinao de grupos deamostras similares ou dissimilares, dentro de uma imagemcontnua da rea de estudo, que em ltimo caso expressam averdadeira distribuio da sua cobertura vegetal. Atravs dessasanlises e dos trabalhos de campo, foi possvel identificartrs padres fitogeogrficos distintos dentro da FNT: (1)poro norte, com dominncia do babau (Orbignya phalerataMart.); (2) poro central, indicada pela anlise quantitativacomo uma regio de espcies bastante similares no alto e nobaixo plat; e (3) poro sul, indicada pela anlise florsticacomo uma regio de alta diversidade e freqncia de palmeirascomo mumbaca (Astrocaryum mumbaca Mart), tucum(Astrocaryum vulgare Mart.), inaj (Maximiliana martianakarst.) e outras, com exceo do babau.

    Apesar da eficincia das imagens Landsat na indicao dosestgios sucessionais das reas de florestas secundria, osatributos florsticos (presena e ausncia de espcies) equantitativos (densidade absoluta de indivduos) das amostrascoletadas em campo, no foram suficientes para estratificar osseus respectivos estgios sucessionais.

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    ANLISE DA COMPOSIO FLORSTICA E FITOSSOCIOLGICA DA FLORESTANACIONAL DO TAPAJS COM O APOIO GEOGRFICO DE IMAGENS DE SATLITES

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