Análise contextual aplicada à TV interativa
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Análise contextualaplicada à TV interativa
Gil BarrosProf. Dr. Marcelo K. Zuffo1º EBAI - Encontro Brasileiro de Arquitetura de InformaçãoOutubro de 2007
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Apresentação• Gil Barros
– formado em Arquitetura e Urbanismo - FAU-USP– mestre em Engenharia Elétrica - Poli-USP– trabalha com design e implementaçãode interfaces digitais desde 96– foco em TV Digital a partir de 2003– designer de interfaces e pesquisador no LSI-USP
• Este trabalho– baseado no trabalho desenvolvido durante o mestrado– texto disponível na web:http://formato.com.br/projetos/mestrado_gil_barros/
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Fatores da Usabilidade• Definição ISO 9241
– Ergonomic requirements for office workwith visual display terminals (VDTs)
• Usabilidade: medida na qual um produto pode ser usado por usuários específicos para alcançar objetivos específicos com eficácia, eficiência e satisfação em um contexto específico de uso.– usuários específicos– objetivos específicos (tarefas) e– contexto específico
• Análise contextual:– técnica voltada para obtenção de dados do usuário dentro do seu
contexto original
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Análise Contextual• Baseada na observação e entrevistas com usuários
– no seu contexto real de uso– com a menor interferência possível
• A fim de compreender como os usuários– entendem o sistema– utilizam o sistema– estruturam suas tarefas– se referem ao sistema
• Base na etnografia– como compreender uma cultura– princípio é o mesmo, aplicado a um grupo de usuários
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Outras Técnicas• Entrevistas com stakeholders ou SME (subject matter
expert)– pressuposto que compreendem os usuários– não detectam comportamentos implícitos– não detectam situações de exceção já incorporadas aoprocesso
• Testes formais de usabilidade– ambiente controlado, adequados para medições precisas– traz dados sobre usuários e suas tarefas, mas não sobre o contexto
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Aplicação da Análise Contextual• Quanto maior a variação do contexto (ambiente, por
exemplo), maior a importância da análise contextual• Paradigma do Desktop
– um usuário por máquina– ambiente razoavelmente controlado (escritório)– atividade de trabalho (objetivo bem definido)– teste formal de usabilidade é adequado
• Novos paradigmas– celular (ambiente variável)– TV digital (uso em grupo, objetivo de diversão)– OLPC (objetivo de aprendizagem e experimentação)
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Metodologia• Análise usa como base
– modelos de usuários– tarefas mais importantes no sistema– definidos em etapas anteriores do processo
• Foi utilizada a forma de entrevista semi-estruturada– roteiro pré-definido mas flexível, adaptado durante a entrevista– modelo mestre-aprendiz: usuário é mestre, entrevistador o aprendiz
• Questão de acesso para entrevista– ambiente normal (residência), horários de uso normal (lazer)– um entrevistador apenas– entrevista gravada com câmera
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Metodologia• Problema da interferência da filmagem
– posicionar fora do campo de visão, não mexer na câmera– deixar claro objetivo da filmagem e do uso posterior (questão ética)– gravação da entrevista revista para anotações e marcações
• Opção entre observação e entrevista– observação mostra o que o usuário faz de fato– no caso da TV é pouco eficiente, a atividade
é muito passiva, muito tempo ocioso– na entrevista o usuário responde aquilo que ele lembra ou acha que faz– não é necessariamente o que ele faz de fato
• Demonstração e think-aloud– dentro do modelo de mestre-aprendiz– após a resposta pedido para usuário demonstrar o que foi falado– técnica do think-aloud onde usuário verbaliza suas ações
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Uso da TV Integrado com Outras Atividades• Um dos grupos de usuários assiste TV enquanto faz
outras coisas pela casa– MO1: “… não tem nada para fazer lá (home-theater)que não seja ficar assistindo televisão …”
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Diferença entre Descrição e Ação• Guia não fornece dicas visuais para navegação
– (falando sobre o guia de programação)– TA3: “No começo eu me atrapalhava um pouco para subir e descer … hoje em dia eu já entendo bem.”– Entrevistador: “Porque que você se atrapalhava para subir e descer?”– TA3: “É que eu não sabia se esse aqui ó (tecla para baixo) …porque quando você está apertando para baixo, os canaisestão indo para baixo … (aperta tecla para baixo) ele foi parabaixo, mas a programação subiu (exclamação) então eununca entendi … se eu quisesse ver um acima (do canal N) euaperto para cima ou para baixo? Se for um acima vai pensarque é um para cima, só que não vai, vai para baixo, entendeu? … não, é para cima mesmo, tá certo né? … No começou eu estranhava um pouquinho.”
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Inconsistência da Tecla de Volta• Quando usada entre canais, funciona
como “último canal”• Quando dentro de um
aplicativo, voltahierárquico(semelhante aocelular)
• Modelo mentalfragmentado
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A Barreira para Ligar a TV• Mais de um controle remoto cria uma situação de
ambigüidade entre quem está sendo controlado– procedimento “decorado”– diversos erros percebidos
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Análise Contextual e AI• Definição de Arquitetura da Informação
– o design estrutural de grupos de informações relacionadas– a arte e ciência de organizar e rotular Web sites, Intranets, comunidades online e software para dar suporte àusabilidade e facilidade de obtenção de informações
– uma comunidade emergente de profissionais focada emtrazer princípios de design e arquitetura para o ambientedigital
• Afinal, análise contextual é AI ou não?• Devemos criar um outro evento? EBDI ou EBEU?