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Anais

VII Encontro Regional de Iniciação Científica – ERIC

13 a 17 de agosto de 2018 Jaguariaíva, PR

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Faculdades FatiFajar

Anais VII Encontro Regional de

Iniciação Científica – ERIC

13 a 17 de agosto de 2018

Jaguariaíva, PR 2018

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Nota

Os trabalhos que integram estes Anais

do VII Encontro Regional de Iniciação

Científica – ERIC foram submetidos à

análise da Comissão Científica do

evento. Entretanto, todas as afirmativas,

opiniões, conceitos, resultados e

conclusões, citações e referências aqui

documentadas são de inteira

responsabilidade de seus autores.

Supervisão e organização do evento

DANIELLA CRISTINA MAGOSSI

Supervisão e organização dos Anais

FELIPE MARTINS DE OLIVEIRA

Comissão Científica

DANIELLA CRISTINA MAGOSSI

FELIPE MARTINS DE OLIVEIRA

LUCIANA MAGOSSI COELHO

MARA ELIZA DOS SANTOS

MARCOS VINÍCIUS MARTINS BASSACO

SUELEN SANTOS REGO

TALES CAMPOS PIEDADE

VITOR CEZAR MIESSA COELHO

Diagramação e foto da capa

FELIPE MARTINS DE OLIVEIRA

Anais VII Encontro Regional de Iniciação

Científica – ERIC

1ª edição

Publicação digitalizada (2018)

ISSN 2318-0706

Disponível em: fatifajar.com.br/fajar/eric

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Apresentação

O VII Encontro Regional de Iniciação Científica - ERIC foi realizado pelas Faculdades FatiFajar entre os dias 13 e 17 de agosto de 2018. O evento aconteceu parcialmente no Grêmio Pisa (dias 13 a 15) e parte no Campus Fajar (dias 16 a 17), ambos os locais situados no município de Jaguariaíva, estado do Paraná, Brasil. Com o objetivo de contribuir e promover a pesquisa brasileira, os presentes anais compilam todos os trabalhos apresentados pelos graduandos do último ano do curso de Engenharia Florestal da faculdade, sendo estes dados parcialmente retirados de seus respectivos trabalhos de conclusão de curso de graduação. Espera-se que este documento sirva como fonte de consulta para as mais variadas áreas da engenharia florestal e que possa ser utilizado como embasamento para futuras pesquisas.

Prof. Felipe Martins de Oliveira

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Sumário

ANÁLISE DA EFICIÊNCIA OPERACIONAL E DA PRODUTIVIDADE EM DIFERENTES TURNOS NA COLHEITA DE MADEIRA MECANIZADA .............................................................. 9

ANÁLISE DO DESEMPENHO DO SETOR DE CELULOSE E PAPEL NO BRASIL ................. 12

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA MADEIRA PARA A PRODUÇÃO DE CELULOSE .............. 14

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE SERRARIAS: DIFERENTES DE CLASSES DIAMÉTRICAS E SEUS RESULTADOS .................................................................................... 17

AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO DA MATÉRIA PRIMA NO PROCESSO PRODUTIVO DE PEÇAS DE CLEAR BLOCKS ...................................................................................................... 20

AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO DA MATÉRIA PRIMA PARA A PRODUÇÃO DE CHAPAS DE FIBRAS ........................................................................................................................................ 23

AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO OPERACIONAL DE UMA SERRARIA DE pInus spp. NA REGIÃO DE JAGUARIAÍVA-PR ................................................................................................. 25

AVALIAÇÃO POSTURAL DA ATIVIDADE DE PLANTIO DE MUDAS DE PINUS ..................... 28

CLASSIFICAÇÃO DE SÍTIOS FLORESTAIS PARA PLANTIOS DE Pinus taeda L. LOCALIZADOS NO CENTRO-SUL DE SANTA CATARINA ...................................................... 31

COMPARAÇÃO DE PRODUTIVIDADE E QUALIDADE COM A IMPLANTAÇÃO DE TREINAMENTO CONTÍNUO NAS OPERAÇÕES DE COLHEITA FLORESTAL ...................... 33

COMPARAÇÃO QUALIQUANTITATIVA DO DESENVOLVIMENTO DE UM POVOAMENTO DE Eucalyptus urograndis ................................................................................................................. 35

CONTROLE BIOLÓGICO DE Fusarium sp. EM MUDAS DE Pinus taeda e Pinus elliotti ........ 38

CRESCIMENTO INICIAL DO Eucalyptus urograndis SOB DIFERENTES DOSES DE NPK E PERÍODOS DE APLICAÇÃO NO MUNICÍPIO DE ARAPOTI, PR ............................................. 42

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DECEPA DE PLANTAS JOVENS DE EUCALIPTO E MANEJO DE BROTAÇÕES EM UM SISTEMA AGROFLORESTAL .................................................................................................... 45

DETERMINAÇÃO DO VOLUME REAL DE RESIDUOS PÓS-COLHEITA EM POVOAMENTOS DE Pinus taeda L. (Pinaceae) ..................................................................................................... 48

EFEITOS DA APLICAÇÃO DE LODO CELULOSICO E CINZA DE CALDEIRA EM PLANTIO DE Pinus taeda .................................................................................................................................. 51

INFLUÊNCIA DA MANUTENÇÃO MECÂNICA NA EFICIÊNCIA OPERACIONAL E NO CUSTO DA PRODUÇÃO DO HARVESTER NO SISTEMA DE TORAS CURTAS ................................. 55

INFLUÊNCIA DO DESBASTE NAS PROPRIEDADES TECNOLOGCAS DA MADEIRA DE Pinus taeda L. ........................................................................................................................................ 59

MÉTODOS DE EMPILHAMENTOS PARA SECAGEM AO AR LIVRE E SEMINATURAL ........ 61

OTIMIZAÇÃO DO COZIMENTO KRAFT PARA PRODUÇÃO DE CELULOSE A PARTIR DE MADEIRAS DE Eucalyptus globulus COM DIFERENTES TEORES DE LIGNINA .................... 64

PODER CALORÍFICO DA BIOMASSA ....................................................................................... 67

PODER CALORÍFICO E ANÁLISE IMEDIATA DA MARAVALHA DE PINUS (Pinus sp.) E ARAUCÁRIA (Araucaria angustifolia) DE REFLORESTAMENTO COMO RESÍDUOS DE MADEIREIRA .............................................................................................................................. 69

PROPOSIÇÃO DO USO DO FATOR DE FORMA COMO VARIÁVEL INDEPENDENTE EM EQUAÇÃO DE VOLUME INDIVIDUAL PARA Pinus taeda L. .................................................... 73

UTILIZAÇÃO DO VEÍCULO AÉREO NÃO TRIPULADO PARA MENSURAÇÃO DE MADEIRA EMPILHADA ................................................................................................................................ 77

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ANÁLISE DA EFICIÊNCIA OPERACIONAL E DA PRODUTIVIDADE EM DIFERENTES TURNOS NA COLHEITA DE MADEIRA MECANIZADA1

ROCHA, Raphael2; OLIVEIRA, Felipe Martins de3 1Dados parciais do trabalho de conclusão de curso do acadêmico; 2Acadêmico do curso de Engenharia Florestal da União Latino-americana de Tecnologia (ULT-Fajar), Jaguariaíva, Paraná, [email protected]; 3Professor do curso de Engenharia Florestal da União Latino-americana de tecnologia (ULT-Fajar), Jaguariaíva, Paraná, [email protected].

RESUMO

O seguinte estudo tem o objetivo de comparar a produção e eficiência operacional na colheita florestal entre dois turnos de trabalho e em dois sistemas de operação. Para a realização do estudo serão utilizados quatro módulos de colheita, sendo dois em Sistema Full-tree e dois em sistema Cut-to-length, ambas as frentes de trabalho possuem os mesmos procedimentos de manutenção, sendo divididos em plano de manutenção corretiva e preventiva, serão analisados dados gerados em um período de 12 meses, avaliando a produtividade em m³ dos processadores, sua disponibilidade mecânica (DM) e seu Grau de utilização (GU). Com a análise desses dados buscamos apontar quais fatores influenciam na diferença dos resultados em questão, e quais aspectos do processo em geral sofre maior alteração em cada turno de operação e assim apontar os fatores que geram alteração de rendimento e o grau de influência de cada um dos mesmos. PALAVRAS-CHAVE: Colheita, Produção, eficiência operacional.

INTRODUÇÃO

A alta qualidade produtiva do território nacional em produção florestal e sua grande disponibilidade territorial para a implantação de florestas plantadas elevou a capacidade produtiva de papel e celulose das indústrias presentes em território brasileiro, nos últimos anos foi crescente a quantidade de investimentos direcionados na ampliação e construção de novas plantas industriais para processos de beneficiamento de celulose e também o crescimento da demanda de madeira serrada, que elevou consideravelmente a demanda de matéria-prima para a alimentação da indústria e serrarias. Com a utilização de pesquisas de melhoramento genético em espécies comercias os povoamentos atingem sua maturidade de corte em um período menor de tempo, unido de um modelo afinado de manejo de florestas é possível o alcanço de projetos florestais de alta performance produtiva, com a união dessas características a demanda de produtos provenientes de florestas comerciais pode ser atingida, fazendo com que o planejamento produtivo do setor industrial possa ser ampliado e dimensionado de acordo com a produção florestal. O presente estudo tem como justificativa evidenciar os rendimentos produtivos e eficiência operacional da colheita florestal em diferentes turnos de trabalho, isso em diferentes sistemas de colheita podendo ser Full-tree ou Cut-to-lenght , os turnos podem ser estipulados de modos diferentes dependendo da empresa ou regime de produção necessário para atender as metas de produção estabelecidas. Para serem feitos os ajustes operacionais da colheita é necessário levar em consideração todas as características que envolvem o meio do processo tais como qualidade do sitio, disposição das maquinas, relevo da área onde a frente de trabalho está alocada, cada um desses aspectos tem grande importância para o planejamento de custos e operacionais, para que a colheita seja eficiente é necessário que os custos sejam equivalentes a Disponibilidade mecânica e seu Grau de utilização. A avaliação desses dados tem grande importância para os processos decisórios da colheita, em vista da necessidade do tratamento dessas informações é preciso que seja feito o acompanhamento e coleta dos dados gerados nesse processo, com o tratamento das informações é possível evidenciar em quais circunstancias a operação pode atingir seu ápice quantitativo.

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METODOLOGIA

O trabalho foi executado utilizando os dados produtivos e operacionais de uma empresa do ramo florestal Localizada no Município de Telêmaco Borba, foram selecionados dois módulos de colheita, um Full-tree e um Cut To Lenght.

As áreas estudadas estão localizadas em torno do município, ambos os módulos de trabalho processam Pinus Taeda.com árvores em um espaçamento de 3x2 m, em geral a finalidade da madeira processada se da prioritariamente para o abastecimento da indústria e os demais sortimentos direcionados para serrarias e laminadoras da região. São utilizados dois turnos de trabalho de oito horas e quarenta minutos diários de trabalho cada um, contando com uma hora de arada para refeição, chegando assim a um total semanal quarenta e oito horas de trabalho. Em ambos os sistemas de colheita cada operador possui sua respectiva maquina por turno, sendo assim cada maquia utilizada por dois operadores (um em cada turno de trabalho) essa característica faz com que o profissional possa ter um maior conforto durante a operação.

Os dados foram coletados do banco de dados que é formado pelo lançamento diário dos dados correspondentes a produção e eficiência operacional das maquinas pelo assistente de campo. Essas informações são geradas com o preenchimento das fichas diárias de operação de cada operador em seu respectivo turno e máquina, logo após o fechamento do ciclo de trabalho o mesmo repassa o documento para o assistente administrativo de campo que efetua o lançamento dos dados no sistema de informações, gerando assim uma base de dados que é tratada e filtrada pelo departamento de engenharia de produção. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A colheita florestal é definida como uma cadeia produtiva formada por etapas

denominadas atividades parciais, as quais englobam desde a derrubada das árvores até a colocação da madeira no pátio da indústria consumidora.

No inicio da década de XVIII, a revolução industrial teve uma participação que veio contribuir para os avanços tecnologicos ganhando em melhoras nos setores, atráves disso veio a diminuição dos metodos rudimentares o qual nessecitava de mão de obra especifica e realização de todo trabalho, com evolução industrial os equipamentos e implementos vieram para suprir essa falta até então veio contribuindo para capacitação dos mesmos assim favorecendo no aumento em produçao e agilidade no trabalho

O surgimento e a evolução das motosserras livraram o trabalhador florestal de atividades rudimentares (corte manual), sendo o primeiro passo para aplicação gradual de maquinas na colheita florestal (MACHADO, 2006, p 55).

Segundo Parise (2005) afirma que a intensificação do processo de mecanização da colheita florestal resultou em vários benefícios para as empresas que atuam no setor, dentre os quais pode-se citar a redução da necessidade de mão-de-obra; maior produtividade; melhor qualidade; possibilidade de operação durante 24 horas mesmo em condições climáticas adversas; maior eficiência; redução dos impactos ambientais etc. Com o aumento da mecanização florestal foram propostos a implantação de sistemas de colheita, sendo cada um definido pelo modo ao qual a madeira é extraída, atualmente no setor esses sistemas são amplamente utilizados de acordo com a necessidade do produto final de cada empresa, para a definição da utilização de determinado sistema são levados em conta algumas variáveis, antes de se adotar um plano de colheita é feito uma série de estudos afim de se chegar a qual deles ira atender melhor as necessidades do empreendimento e ser financeiramente viável para a operação. Machado (1985) propôs a classificação em sistemas de toras curtas (Cut-to-Length), toras compridas (Tree-Length), árvores inteiras (Full-Tree), árvores completas (Whole-Tree) e cavaqueamento (Chipping).

Dentre esses sistemas os mais utilizado no pais geralmente são de toras curtas (Cut-to-Length) pois requerer menor grau de mecanização e pela facilidade de deslocamento a pequenas distâncias, baixa agressão ao meio ambiente e pela possibilidade de ser utilizada em desbastes (ZAGONEL, 2005).

Por outro lado, quando se trata de áreas que necessitam de grande deslocamento da madeira até o estoque tem se o emprego do sistema de árvores inteiras (Full-Tree) a árvore é derrubada e levada para a margem da estrada ou para o pátio intermediário, onde é processada (MALINOVSKI; MALINOVSKI, 1998).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o resultado desse estudo, poderemos indicar quais pontos fazem com que a produção final em madeira processada seja afetada em vista da disponibilidade mecânica da configuração de maquinas presentes no modulo. Também se faz possível a estimativa de quanto poderia ser aproveitando se otimizado o tempo de parada das maquinas para possíveis manutenções e ou treinamentos fora de cronograma mensal.

Em vista de que a produtividade é avaliada de acordo com a disponibilidade de operação da máquina podemos fazer um levantamento em m³ hora, turno, dia até o montante mensal produzido por máquina chegando assim a uma possível meta mensal de utilização da frente de operação. Sendo assim será proposto o tratamento dos dados de modo que possamos ver como seria a reação dos resultados de acordo com qualquer possível alteração de procedimentos dentro dos turnos de trabalho e o quanto essas alterações afetariam o resultado mensal da frente de operação.

REFERÊNCIAS

MACHADO, C. C. Colheita Florestal. Viçosa-MG, UFV, 1985. MACHADO, C. C. Colheita Florestal. Viçosa-MG, UFV, 1985 MACHADO, C. C. Colheita Florestal. Viçosa-MG, UFV, 2006. 55 p. MALINOVSKI, R.A.; MALINOVSKI. J.R Departamento de ciência florestais. Revista da madeira Edição nº 68 Dez 2002 - Disponível em http://www.remade.com.br/br/revistadamadeira_materia.php?num=262&subject=Colheita&title=Colheita.Acesso em 28 de julho de 2018. PARISE, D. J. Influência dos requisitos pessoais especiais no desempenho de operadores de máquinas de colheita florestal de alta performance. 2005. 148 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2005. ZAGONEL, R. Análise da densidade ótima de estradas de uso florestal em relevo plano de áreas com produção de Pinus Taeda. 99 p. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais), Universidade Federal do Paraná, Curitiba-PR, 2005.

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ANÁLISE DO DESEMPENHO DO SETOR DE CELULOSE E PAPEL NO BRASIL1

OLIVEIRA, Douglas Napoleão2; COELHO, Luciana Magossi3 1Projeto de Pesquisa; ²Discente, faculdades FatiFajar, Jaguariaíva, Paraná, [email protected]; ³Docente, faculdades FatiFajar, Jaguariaíva, Paraná, [email protected].

RESUMO

O setor de celulose e papel, nos últimos anos vem tendo um acréscimo expressivo no mercado econômico brasileiro, com isso se faz necessário a análise de como se comporta o segmento neste mercado. Há alguns anos o Brasil está em meio a uma crise financeira, originária por diversos motivos, porém um dos únicos setores da economia nacional que vem burlando a crise é o setor de celulose e papel (SCP), o qual é responsável por boa parte do PIB brasileiro cerca de 6% (69 bilhões de reais). PALAVRAS-CHAVE: Economia; PIB; Celulose; Papel.

INTRODUÇÃO

O setor de celulose e papel é um dos únicos setores da economia que vem atravessando a crise sem muitos solavancos. A explicação para isso é devida as altas constantes no valor do Dólar Americano. (ESTADÃO, 2017). Contribui de forma relevante para o desenvolvimento do país, que por possuir o menor custo de produção do mundo. O país é atualmente o sétimo produtor mundial de celulose, o décimo-primeiro produtor de papel e, também, um dos quinze maiores mercados consumidores. Isso se deve ao fato do Brasil deter avançada tecnologia no plantio e um imenso maciço florestal com elevado potencial de exploração econômica.

METODOLOGIA Para o pré-projeto ser desenvolvido foi necessário o auxilio de diversos tipos de industrias, as quais contribuíram com a liberação de dados para obter-se uma boa base teórica para com isso ser desenvolvido o projeto. Para se obter um bom resultado foram utilizados alguns indicadores econômico-financeiros e algumas variáveis macroeconômicas.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU DISCUSSÕES

O setor de celulose e papel é de grande representatividade não apenas para a economia nacional como também no cenário mundial, isso se deve pelo volume de receita gerado, altos investimentos e, sobretudo, pelo impacto que esse setor exerce sobre os diversos setores econômicos, a montante e a jusante de sua cadeia produtiva. (silva et al., 2016).

O setor desconhece o significado da palavra crise. Sinal disso é que o ano passado foi marcado pelo anúncio de um novo recorde mundial de produção e venda de celulose no mercado: a movimentação chegou a 3,5 milhões de toneladas.

Para empresas brasileiras quando o mercado brasileiro está em alta, as mesmas obtêm resultados positivos. Foi o caso da suzano papel e celulose, primeira colocada no ranking estadão empresas mais na categoria. No ano passado, a companhia alcançou r$ 2,75 bilhões em geração de caixa operacional, resultado conquistado também pela política de controle de custos e despesas adotada pela empresa. (estadão, 2017).

CONSIDERAÇÕES FINAIS Com o estudo será possível ter um bom entendimento de como o mercado de C&P está

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se comportando junto a economia brasileira. Será possível também mostrar de forma clara as causas que o setor mesmo passando por crises consegue obter altos rendimentos e obtendo recordes anuais em valores de mercado.

REFERÊNCIAS ESTADÃO. Papel & celulose: Crescimento e produtividade. 2017. Disponível em: <http://publicacoes.estadao.com.br/empresas-mais-2017/setor/papel-celulose/>. Acesso em: 20 abr. 2018. SILVA, Carlos Alberto Farinha e; BUENO, Jefferson Mendes; NEVES, Manoel Rodrigues. A indústria de celulose e papel no brasil: a indústria de celulose e papel no brasil na primeira decade do século XXI – algumas considerações sobre o que poderá ainda acontecer. 2015. Disponível em: <http://www.eucalyptus.com.br/artigos/2015_ABTCP_Panorama_Setorial.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2018.

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AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA MADEIRA PARA A PRODUÇÃO DE CELULOSE 1

Nunes, Camila Gonçalves2; Santos, Mara Eliza dos3

¹Trabalho de Conclusão de Curso; ²Camila Gonçalves Nunes, FAJAR - Faculdade Jaguariaíva, Jaguariaíva/PR, [email protected]; ³Mara Eliza dos Santos, FAJAR - Faculdade de Jaguariaíva, Jaguariaíva/PR, [email protected].

RESUMO

Para a produção de celulose atualmente as indústrias estão utilizando espécies como folhosas e coníferas. Neste trabalho será avaliada a qualidade das espécies de Pinus taeda e hibrido de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis em uma proporção de 5x2.Pinus taeda proveniente do município de Sengés-PR e Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis proveniente do município de Buri-SP. O objetivo principal do trabalho é determinar as propriedades físicas e químicas mais importantes da madeira para a comparação entre as amostras e assim avaliar a qual espécie apresenta os melhores resultados. As avaliações serão feitas a partir do teor de umidade, densidade básica e teor de cinzas, a partir dos resultados poderá ser definida qual espécie apresenta a melhor relação custo benefício para a produção de celulose. PALAVRAS-CHAVE: Teor de cinzas; Qualidade da madeira; Produção de celulose.

INTRODUÇÃO

Atualmente o Brasil é um dos maiores produtores mundiais de papel. Além de ser pioneiro no cultivo de eucalipto para atendimento dessa demanda de mercado. A madeira é uma das principais fontes de matéria prima utilizada para a produção de celulose.

A polpa de celulose pode ser produzida por madeiras provenientes de espécies de coníferas ou folhosas, as quais apresentam composição química e anatômicas distintas que atribui a cada uma das classes aplicações diversificadas. Além de influenciar na escolha do método de obtenção. Assim sendo, avaliar a composição química e suas propriedades físicas, se faz necessário a fim de se estabelecer as melhores relações de custo x benefício entre as variedades de espécies que podem ser utilizadas para a produção de celulose e papel. METODOLOGIA

Neste trabalho será avaliada a qualidade de duas diferentes espécies de madeira. As amostras utilizadas são de 2 gêneros de clonagem híbridos sendo Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis em uma composição de 5x2 com 7 anos de idade e Pinus taeda com 16 anos de idade. O Pinus taeda proveniente da serraria localizada no município de Sengés e Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis, proveniente da serraria Paletes Monteiro, localizado no município de Buri -SP.

Serão utilizados como parâmetros de qualidade a determinação de algumas propriedades físicas e químicas da madeira, consideradas como mais relevantes.

Inicialmente as amostras serão transformadas em cavacos, em seguida em serragem. Na sequência será realizada a classificação e o acondicionamento das amostras. As análises serão conduzidas nos laboratórios da FAJAR - Faculdade de Jaguariaíva.

Os procedimentos experimentais serão baseados na NBR 7190/2007 e na metodologia descrita por Foelkel, Barrichelo e Brasil, 1971. Serão estudados os teores de umidade, cinzas e densidade básica das amostras em estudo. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As árvores coníferas suas células são denominadas traqueídes que se dispõem em longitudinal e transversal, já as folhosas sua composição estrutural é mais complexa e suas

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células são chamadas de fibras. Essas células traqueídes e fibras são compostos extraídos da madeira por processos mecânicos e químicos afim de produzir celulose.

Segundo TOUCINI,2013 celulose, composto vegetal encontrado em folhas, troncos, raízes, frutos e sementes, possui forma tubular e alongada chamada genericamente de fibra.

Para MELO e DA HORA, 2013 celulose é um composto químico natural presente nos vegetais, cuja extração pode ser realizada por meio de processos mecânicos ou químicos.

Todas as madeiras de diferentes espécies possuem: celulose, lignina e as hemiceluloses, mas as folhosas e coníferas são de grande importância para uso da fabricação de celulose, pois seu composto químico que é a lignina se da complexa em rigidez e firmeza as células das fibras e traqueídes.

CURVELO FRANCISCO, 2002 diz: que os processos de polpação podem ser definidos como a separação das fibras dos materiais lignocelulósicos mediante a utilização de energia química e/ou mecânica.

A madeira como matéria prima mais utilizada em todo o processo madeireiro, tanto para a fabricação de moveis, casas, pontes, e para o processo de fabricação de celulose e papel, hoje em dia os substratos extraídos da madeira como celulose, lignina e poliose, levando o papel mais resistente de alta qualidade para o seu processo final.

Os extrativos na madeira são encontrados por compostos diferentes, cada espécies tem sua variação de componentes alguns mais presentes na madeira são: triglicérides (graxas), fenólicos, aminoácidos, açucares solúveis e alcaloides.

Os parâmetros químicos e físico para a análise da polpa celulósica são definidos como densidade básica onde determina o volume da amostra, teor de umidade onde identifica a presença de água na madeira e também esse estão abaixo do ponto de saturação das fibras e o teor de cinzas indica a presença de elementos minerais.

O teor de umidade é inversamente proporcional à densidade da madeira, ou seja, quanto maior a quantidade de água, menor a quantidade dos outros elementos químicos da madeira – celulose, hemicelulose e lignina (Foelkel et al. 1971).

É importante ressalta que o teor de umidade nesse processo é de alta importância pelo fato de que se a quantidade de água for superior ao tanto de celulose, lignina e hemicelulose a madeira não servira para a fabricação de papel devido a sua baixa resistências e as fibras não serão desfibradas ao acondicionamento das amostras.

Neste trabalho iremos identificar as amostras avaliadas com seus componentes estruturais, como a qualidade da madeira para a produção de celulose e assim visando qual espécie será a melhor espécie de custo benefício para a produção de celulose. RESULTADO E DISCUSSÃO

Os resultados obtidos durante as análises feitas laboratorial nos dá a massa especifica básica, foi realizada um estudo comparativo entre os métodos do teor de Umidade, pelas amostras citadas acima nesse estudo, onde durante o pré-projeto também obteremos valores do teor de cinzas. A Tabela 1 apresenta valores significativos do teor de umidade da amostra e o valor da massa especifica. Tabela 1. Teor de umidade da amostra e o valor da massa especifica.

Amostras Cinzas % TU % ME

1 Pinus taeda

6,08% 1,062g/cm³

2 E. urophylla x E. grandis

8,72% 0,785g/cm³

3 Pinus taeda

6,76% 0,9434g/cm³

4 E. urophylla x E. grandis

5,93% 1,061g/cm³

5 Pinus taeda

11,39% 1,115g/cm³

6 E. urophylla x E. grandis

9,61% 1,097g/cm³

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com os resultados obtidos até o momento pelo pé projeto são de densidade

básica onde as folhosas obteve uma variação bastante diferente entre as espécies, e as coníferas obteve de 1% assim podendo se dizer que as coníferas são mais densas.

Quanto ao teor de umidade as amostras foram secas em estufas a 105°C, e que apresentou um teor de umidade relativamente bom, apenas uma amostras de coníferas seu teor de umidade tem um pouco de elevação quanto a secagem as coníferas tiveram uma variação de 6,08% a 11,39% de umidade e as folhosas de 5,93% a 9,61% no hibrido de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis, podendo se dizer que quanto ao teor de umidade analisado a folhosas apresentam melhores resultados.

REFERÊNCIAS

CURVELO, P.R.; BRASIL, FRANCISCOS.A.A.2002.CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA DE POLPA QUIMIOTERMOMECÂNICA DE Eucalyptus grandis. Instituto de Química de São Carlos, Universidade de São Paulo. Foelkel, C.E.B.; Brasil, M.A.M.; Barrichelo, L.E.G. 1971. Métodos para determinação da densidade básica de cavacos para coníferas e folhosas. Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais, 2/3: 67-74. Toucini, Ricardo 2013 Celulose: Processo de polpação, lavagem, depuração e secagem da polpa. Curso de Papel e Celulose, Celulose, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Cap. 2: 60 págs.

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AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE SERRARIAS: DIFERENTES DE CLASSES

DIAMÉTRICAS E SEUS RESULTADOS1

CAMARGO, Raphael Ap. da Silva²; MAGOSSI, Daniella³ ¹ Projeto de Pesquisa; ² Discente, Faculdades Fati/Fajar, Jaguariaíva, Paraná, [email protected]; ³Docente, Faculdades Fati/Fajar, Jaguariaíva, Paraná, [email protected].

RESUMO

O presente trabalho terá como objetivo avaliar o desempenho de uma serraria de Pinus taeda L. a partir de diferentes classes diamétricas, na geração de madeira serrada, avaliando o rendimento e a eficiência operacional no município de Sengés, Paraná. Para o estudo, serão selecionadas 50 toras de Pinus taeda L., sendo divididas em duas classes diamétricas (S1 – 18 a 25 cm e S2 – 23 a 34 cm) com 25 toras cada. Todas as toras serão cubadas, em seguida processadas pela serraria de forma convencional, tendo o seu tempo de processamento cronometrado o tempo real de processamento, será medido o volume de madeira serrada produzida a partir de cada classe. A partir do estudo espera-se chegar ao resultado do rendimento de cada classe diamétrica, buscando analisar e comparar cada classe. Espera-se também encontrar a eficiência operacional de cada classe, comparando e determinando a classe que melhor apresentar uma eficiência de volume produzido por operário e por hora. PALAVRAS-CHAVE: Pinus, Serraria, Rendimento e Eficiência operacional.

INTRODUÇÃO

No Brasil, a produção de madeira serrada oriundas de reflorestamentos de Pinus aumentou muito nos últimos anos. A madeira serrada é muito utilizada no mercado, devido a sua qualidade, ser ecologicamente correta e renovável, possuiu uma boa trabalhabilidade e grande variedade de produtos provenientes dela.

Para a produção de madeira serrada, existem diversos tipos e portes de serrarias espalhadas por todo o país. As serrarias possuem características distintas umas das outras, como o arranjo de maquinas, o método de desdobro, o diâmetro das toras, as especificações do produto.

O rendimento em madeira serrada é um dos parâmetros mais importantes para o planejamento da produção de uma serraria, pois ele é um fator quantitativo e qualitativo do que se está aproveitando da matéria prima e a quantidade de resíduos que é gerado. Ele depende do volume individual de cada tora, da quantidade de cortes na tora, o tipo de desdobro, a mão de obra, o diâmetro da tora. (ROCHA, 2000).

Atualmente devido às toras serem provenientes de reflorestamentos, principalmente o Pinus, as toras estão com os diâmetros cada vez menores e mais homogêneos, o que facilita na avaliação constante do que se irá gerar a partir do que se irá consumir pelas serrarias. É necessário conhecer os equipamentos, saber quais são as dimensões das toras que são possíveis de processamento, sem uma perda no aproveitamento da matéria prima e na eficiência da serraria, aproveitando o máximo dos recursos disponíveis de forma eficaz. (LEITE, 1994). Além do rendimento, conhecer a capacidade produtiva é essencial para um planejamento estratégico da empresa, onde o gestor terá as informações necessárias da quantidade de mão de obra necessária e o tempo disponível para a sua produção, que sejam suficientes para suprir as necessidades da empresa, sem desperdícios de tempo trabalhado pela serraria. (ZANELLA,2016)

Para a realização de um planejamento de operação de uma serraria, ter conhecimento sobre a produtividade, rendimento e eficiência operacional são necessários para que gestores de madeireiras tenham uma visão mais ampla e objetiva do empreendimento, e obter um melhor aproveitamento da matéria prima e dos equipamentos empregados para desdobrar a matéria prima.

Conhecer a classe diamétrica ideal para a serraria em que se está analisando, permite planejar que ela seja cada vez mais produtiva, consumindo cada vez menos matéria prima, em

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menor tempo de processamento, produzindo cada vez mais em madeira serrada. (MURARA JUNIOR, 2005).

O presente trabalho tem como objetivo avaliar o rendimento a partir de diferentes classes diamétricas de toras de Pinus taeda L. para a geração de madeira serrada bruta e o seu desempenho e produtividade através de dados coletados em uma indústria madeireira na cidade de Sengés, Paraná.

METODOLOGIA

A empresa onde foi realizado estudo foi fundada com o objetivo de implantar uma indústria de produção de vigas e formas para a construção civil, com a visão totalmente voltada ao mercado europeu. Posteriormente, devido a uma mudança cambial no mercado europeu, muda seu foco para o mercado norte-americano, produzindo blanks clear, molduras (blanks usinados) e painéis, muito utilizados no setor de construção civil desta região.

Atualmente a empresa investe em métodos e estudos que visam melhorar a qualidade de seus produtos, melhorar o aproveitamento de suas matérias primas e insumos e assim, procurar o melhor custo/benefício de seus produtos, garantindo a qualidade que o mercado necessita.

Figura 1. Layout dos equipamentos utilizados para desdobro das toras na serraria.

A serraria é abastecida diariamente com toras S1, que possuem diâmetros de 18 a 25

cm, e toras S2, com diâmetros de 23 a 34 cm, ambas oriundas de reflorestamentos com padrão de certificação FSC. A serraria tem capacidade de produzir 700 m³/dia, conta com cerca de 40 colaboradores, divididos em 2 turnos.

Serão avaliadas as cargas de toras das duas classes diamétricas utilizadas pela empresa em questão. Será feita uma amostragem de dados, onde serão coletados os dados dos diâmetros e comprimentos das toras com auxílio de trena, e calculado o volume de cada tora, com a média dos diâmetros das duas extremidades, utilizado o processo conhecido como método de SMALIAM.

As toras medidas serão segregadas das demais. No momento do teste, essas toras serão processadas pela serraria, todas pelo método convencional adotado pela empresa. Será cronometrado todo o processamento das toras, a partir do descascador, primeiro desdobro vertical, fatiamento das tabuas e refilamento. Ao final, com o uso de um paquímetro, será medida a espessura e largura de todas as tabuas, para o cálculo do volume de madeira serrada produzida.

Serra Fita

Principal

Serra Fita

Multipla

Horizontal

Resserra

p/

Costaneiras

Refiladeira 1 Refiladeira 2

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O cálculo do rendimento será a relação do volume produzido em madeira serrada pelo

volume de toras produzido, para cada classe distintamente. O cálculo da produtividade será a relação do volume produzido pelo tempo gasto no processo. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para a avaliação do desempenho da serraria será utilizado como base o rendimento em

volume de madeira serrada com relação ao volume de toras processadas, assim como a eficiência operacional com base no volume de madeira serrada em relação ao tempo gasto para o processamento das toras.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao final do estudo espera-se determinar a classe diâmétrica que apresenta a melhor produtividade na serraria estudada, onde se consumirá menos matéria prima, e produzirá um maior volume em madeira serrada e em um determinado espaço de tempo. REFERÊNCIAS LEITE, H. G. Conversão de troncos em multiprodutos da madeira, utilizando programação dinâmica. Viçosa, MG, 1994. 230p. Tese (Doutorado em Ciência Florestal) - Universidade Federal de Viçosa. MURARA JUNIOR, M. I.; Rocha, M. P. da; Timofeiczyk Junior, R. Rendimento em Madeira Serrada de Pinus taeda para duas metodologias de desdobro. Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2005. ROCHA, M. P. Eucalyptus grandis Hill ex Maiden e Eucalyptus dunnii Maiden como fontes de matéria-prima para serrarias. 2000. 186 f. Tese (Doutorado em Engenharia Florestal – Tecnologia e Utilização de Produtos Florestais) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2000. ZANELLA, Kelly. Avaliação do desempenho de uma serraria de Eucalipto. Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2016.

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AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO DA MATÉRIA PRIMA NO PROCESSO PRODUTIVO DE

PEÇAS DE CLEAR BLOCKS 1

OLIVEIRA, Sirlei Aparecida Lourenço²; COELHO, Vitor Cezar Miessa³ ¹ Resumo Expandido; ² Cursando Engenharia Florestal, ULT – Fajar, Jaguariaíva, Paraná, [email protected]; ³ Doutor, UFPR, Curitiba, Paraná, [email protected].

RESUMO

Os empresários tem demonstrado preocupação com o controle de perdas de matéria prima no processo industrial. Matéria prima com qualidade reduz perdas no processo produtivo e aumenta o rendimento do produto final. A matéria prima sem qualidade está diretamente relacionada com o manejo da floresta, dificultando o processamento da madeira em serrarias, causando perdas, diminuindo a margem de lucro do empresário. Com a quantificação das perdas, pode se então adotar medidas de melhoramento no manejo, controlando a qualidade da matéria prima, reduzindo ou eliminando os defeitos da madeira. Este estudo visa avaliar se a maior qualidade da matéria prima implica na redução de perdas no processo industrial, visto que a matéria prima com qualidade tem o maior custo de aquisição, porém havendo redução de perdas, ocorre maior rentabilidade financeira, contribuindo para o crescimento e desenvolvimento da empresa. PALAVRAS-CHAVE: Fornecedores de matéria prima; Qualidade da matéria prima; Perdas de matéria prima; Rendimento financeiro no processo produtivo.

INTRODUÇÃO

As organizações na busca por melhores posições em um mercado globalizado e competitivo procuram produzir mais com menor custo, e também, centralizar esforços na redução das perdas em seus processos. Os clientes e as demandas obrigam as organizações a adaptarem, desenvolverem maior competitividade por meio de inovações em suas operações. Essa adaptação, muitas das vezes, baseia-se no uso de padrões que, de modo geral, são geridos e mantidos de forma desarticulada, o que certamente causam resultados indesejáveis, principalmente em seus processos produtivos.

A necessidade de adequação ao mercado, reduções de custos e melhora nos níveis de qualidade forçam as empresas a buscarem entender melhor os seus processos e mensurar os custos da qualidade.

Este trabalho tem como objetivo analisar os defeitos na madeira, levantar a quantidade de perdas e mensurar financeiramente as perdas nas etapas do processo produtivo, relacionado com os desperdícios de matéria-prima no processo produtivo fabril em uma indústria do segmento de serraria. Onde está delimitado a uma fábrica de atuação no mercado de produção de Clear Blocks com madeira de Pinus taeda.

METODOLOGIA

O estudo foi realizado no Planalto Norte de Santa Catarina, a qual tinha como produto principal peças de Clear Blocks, sendo que a matéria prima utilizada na produção era proveniente de reflorestamento de Pinus taeda. A obtenção dos dados foi baseada na medição das peças em todas as etapas do processo, cuja metodologia envolveu a:

Medição das peças na entrada do setor, separadas em pilhas de forma homogênea; medição das peças após a etapa de aplainamento, conhecendo as dimensões de larguras e espessuras, calculando o volume da peça e do lote; medição das peças após o destopo e Classificação: Nesta etapa o funcionário separava as peças destinadas a classe A e B Retrabalho e Rejeitos. Após a medição, as peças de Clear Blocks A eram levadas para o setor de embalagens e as destinadas a retrabalho para refiladeira, onde eram reaproveitadas; medição das peças após o retrabalho, nesta etapa obteve se o volume das peças provenientes do trabalho, e o rendimento nas operações da produção; A determinação do rendimento do

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processo foi feita com base do princípio do balanço de material, que consiste na determinação de todas as entradas (madeira serrada) e saídas (Clear Blocks A e B).

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O setor madeireiro representa uma parcela significativa no cenário de crescimento e desenvolvimento socioeconômico do Brasil. A atividade madeireira destaca-se por ser um segmento de grande representatividade na economia do país na geração de renda, tributos, empregos diretos e indiretos, e atualmente de preservação do meio ambiente. (BITTENCOURT E OLIVEIRA, 2009). O setor madeireiro é caracterizado por ser uma grande fonte de geração de desperdícios, assim, o efetivo controle das atividades produtivas é condição indispensável para que qualquer empresa possa competir em igualdade de condições com seus concorrentes. (CUNHA, BONDUELLE E LONGO, 2018).

A qualidade inferior pode ser da falta de controle, desde a compra da matéria prima e em cada etapa do processo produtivo; gerando prejuízos com custos de materiais perdidos, custos de operações que precisam ser refeitas, custos com refugos, aumento desnecessário de mão de obra na produção devido às perdas, interrupções no ritmo de trabalho, não cumprimento de prazos, pois matéria prima sem defeito gera maior porcentagem de produto Clear Blocks acabado no processo primário, sem necessidade de intervenções. O manejo adequado do reflorestamento permite o ganho de produtividade, tornando a empresa mais competitiva. Pois para o rendimento de madeira serrada na indústria necessita de matéria prima de boa qualidade (limpa) ou seja sem defeitos. (REVISTA DA MADEIRA, 2006)

Os “clear blocks” e “blanks”, são blocos de madeira que servem como matéria prima para a produção de molduras. Os produtos são exportados, sendo que para o mercado interno só são vendidos os subprodutos do processo, como cavacos e maravalhas. (SZEZERBICKI et. al 2007).

Para a fabricação do “clear blocks” é preciso que as toras de Pinus taeda sejam transformadas em pequenos blocos de madeira, que devem ser aplainados, secos, e que não apresentem defeitos; como nós, rachaduras, empenamentos trincas, bolsa de resina etc. e os “blanks é processo de retrabalho para produção de “clear blocks” emendados longitudinalmente. (SZEZERBICKI et. al 2007).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A qualificação dos defeitos se dá por separação por bitolas (larguras) homogêneas, em Clear Blocks A e B, retrabalho e rejeitos. As classes de qualidade utilizadas na empresa eram as seguintes: - Clear Blocks A: peças de madeira totalmente livre de defeitos; - Clear Blocks B: Retrabalho: peças que possuíam defeitos passíveis de eliminação através redução da largura da peça.

O rendimento médio levantado no processo de fabricação dos Clear Blocks foi de 50,2%, podendo-se dizer que entrando 1 m3 de madeira serrada no início do processo, 0,50 m3 de madeira é perdido na plaina, destopadeira e no retrabalho, sendo aproveitado em peças somente a metade do que entrou. O ponto de partida para análise financeira foi a obtenção dos dados referentes ao custo da matéria – prima na produção e custo no retrabalho, conforme a Tabela 1.

Tabela 1. Custo de matéria – prima e de produção de Clear Blocks

Bitola

(mm)

Classe de

Qualidade

Custo de

Matéria –

prima

(R$/m)

Custo de

Produção

(R$/m³)

Custo total

(R$/m³)

Preço

venda

(R$/m³)

Margem

de lucro

(R$/m³)

92/67 A 225 80 305 460 155

92/67 Retrabalho A 225 90 315 460 145

Fonte: (CUNHA; BONDUELLE; LONGO, 2018)

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Conforme a Tabela 1, quanto ao aspecto financeiro a classe A é a que apresenta maior

margem de lucro, tendo em vista que apresenta o menor custo de produção por não necessitar de retrabalho.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo do rendimento total de matéria prima apontou em termos percentuais os seguintes rendimentos:

A linha Clear Blocks A apresentou o melhor rendimento com a bitola de 92 mm, já a linha de Clear Blocks B (retrabalho) apresentou os piores retornos para a empresa; a bitola 92mm do fornecedor interno de matéria prima apresentou o maior rendimento tanto percentual quanto financeiro.

Observou – se que quanto maior a quantidade de defeitos na matéria prima, e menor a dimensão da bitola maior serão as perdas, se tornando inviável para o processo, pois se houver defeitos não terá como passar pelo processo de laminação, gerando maiores gastos e menores rendimentos financeiros gerando maior quantidade de resíduos para energia no processo.

Conclui se que o rendimento da Produção é afetado diretamente pela qualidade no fornecimento da matéria prima.

REFERÊNCIAS

BITTENCOURT, Luciana Polli; OLIVEIRA, Gilson Batista de. A indústria madeireira paranaense nos anos recentes. Revistas das Faculdades Santa Cruz, v. 7, n. 01, p. 33-42, 2009. CUNHA, Alexsandro Bayestorff da; BONDUELLE, Ghislaine Miranda; LONGO, Bruna Laís. AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO DA MATÉRIA-PRIMA NO PROCESSO PRODUTIVO DE PEÇAS CLEAR BLOCKS. Ciência Florestal, [s.l.], v. 28, n. 1, p.283-293, 2 abr. 2018. Universidade Federal de Santa Maria. http://dx.doi.org/10.5902/1980509831588.

REVISTA DA MADEIRA. Curitiba - Pr: Lettech Editora e Gráfica Ltda, 2006.

SZEZERBICKI, Arquimedes da Silva et al. Engenharia do produto para Exportação: o caso da Madeireira X da cidade de Ponta Grossa - PR. Revista Produção Online, [s.l.], v. 6, n. 1, p.83-98, 24 out. 2007. Associação Brasileira de Engenharia de Produção - ABEPRO. http://dx.doi.org/10.14488/1676-1901.v6i1.83.

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AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO DA MATÉRIA PRIMA PARA A PRODUÇÃO DE CHAPAS

DE FIBRAS 1

BRIZOLA Gleysson², MAGOSSI Daniella³ 1Dados parciais do trabalho de conclusão de curso do acadêmico; 2Acadêmico do curso de Engenharia Florestal da União Latino-americana de Tecnologia (ULT-Fajar), Jaguariaíva, Paraná; 3Professor do curso de Engenharia Florestal da União Latino-americana de tecnologia (ULT-Fajar), Jaguariaíva, Paraná.

RESUMO

O presente trabalho utilizou uma metodologia para explicação e avaliação do rendimento oriundo da matéria prima para a produção de chapas de fibras, analisando dados de toras recebidas das florestas com umidades diferenciadas, quando pesadas e a alteração de toneladas para metros cúbicos causa a diferença entre peso úmido e peso seco, ao ser utilizada pra consumo e produção das chapas não possui mais a mesa medida de pesagem inicial devido à perda de umidade. PALAVRAS-CHAVE: Umidades diferenciadas; Alteração de unidades; Consumo e produção.

INTRODUÇÃO O estudo dos rendimentos da matéria prima para a produção de chapas de fibras, tem

como finalidade confrontar a umidade inicial da madeira quando chegar a planta com a umidade final ao ser transferida para o consumo nas linhas de produção.

O problema existente nessa etapa resume-se na exigência ou receita específica para a produção, quando acionada no sistema a receita buscando matéria prima por toneladas, não existirá mais a quantidade em tonelada inicial o qual gerará por trazer mais matéria prima para suprir a demanda de produção necessária para chapas de fibras com qualidades ideais para o mercado. Todas as etapas e métodos a ser aplicados surgiram a partir de erros nos fechamentos de rendimento do produto em relação ao consumido real da matéria prima contida no pátio de toras. Promoverá ações de melhorias para mensurar o rendimento da matéria prima ao longo do processo. Deverá conter levantamento e organização dos dados coletados para que a análise tenha melhor confiabilidade, verificando tempo de estocagem e quantidade de umidade presente na hora do consumo.

Segundo BRITO (1996), citado por MENDES et. ai. (1997), a produção de resíduos oriundos da indústria de base florestal, no Brasil, é muito grande, onde as operações desde o abate das árvores até a confecção do produto final acarretam perdas valorosas. METODOLOGIA

O caso foi estudo em uma indústria produtora de painéis de chapas de fibra (MDF), localizada no território nacional. A indústria pesquisada pertence ao maior grupo de grupo empresarial fabricantes de painéis de chapas de fibra da América Latina, com capacidade produtiva de aproximadamente 815.000 m³ de MDF ao ano com duas linhas de produções e ainda 280.00 m³ de material revestido. Tal fato da grande demanda de produtos florestais em relação a capacidade produtiva explica a seleção desse processo para o estudo de caso.

O sistema organizacional aplicado será de acompanhamento de uma carga de matéria prima desde sua chegada à planta, estocagem e período de estocagem no pátio de toras até seu consumo para no processo fabril. A técnica para promover o levantamento e análise dos dados será de retirar uma bolacha de uma tora dessa carga recebida e a cada semana retirar uma amostra aleatória dessa carga e executar analise no laboratório verificando sua umidade e propriedades da madeira.

Quando ocorrer a pesagem na balança de entrada da planta deve ser acompanhada para estudo da troca de unidade de medidas de toneladas para metros cúbicos, sendo executado pelo programa SAP, o qual dará entrada em todo o material a ser consumido e também custos e notas fiscais no sistema. A formula utilizada pela produção e processo para as chapas, irá ser

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ajustado conforme os resultados obtidos com esse estudo, mensurando semana a semana a perda de água no material evidenciando e justificando o erro contido na forma de consumir a matéria prima tendo que ser consumido mais matérias primas para conseguir produzir o produto final que é a chapa de fibra.

Será executado várias formas e técnicas de classificações de pesquisas, utilizando-as no presente estudo, pode ser classificado da seguinte maneira:

Quanto ao tempo de corte, aplicada devido depender saber se a madeira recebida na planta, foi cortada e já trazida ou se ela estava em aguardo de transporte no campo, ou seja, qual a umidade está chegando a madeira.

Quanto à armazenamento, esse material recebido ao ser armazenado e estocado no pátio de toras, necessário saber a quantidade de tempo que ficar armazenado no estoque, ou se irá direto ao processo, evidenciando a sua umidade relativa.

Quanto à conversões de medidas, obtidas as mensurações na balança de entrada em toneladas e ao ser processado o peso bruto, um sistema padrão da empresa (SAP), faz a conversão de toneladas (Ton.) para metros cúbicos (M³).

Quanto à quantidade, saber a quantidade utilizada por determinado tempo e poder mensurar a quantidade de material consumido e perda de produto caso haja algum desvio nesse processo.

Quanto aos objetivos: descritiva, pois após a coleta de dados é realizado uma análise entre os dados coletados (Umidade relativa e pesagem em toneladas) para posterior determinação dos efeitos resultantes (Umidade relativa e conversões de toneladas para metros cúbicos).

Quando aos procedimentos técnicos: Estudo de caso, pois envolve um grande estudo e específico de uma parte de início do processo produtivo do MDF, permitindo um conhecimento amplo e detalhado das etapas percorrida pela madeira desde sua entrada na planta até o processo no pátio de madeiras. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Executando a verificações em dados antigos da referente pesquisa, evidencia-se o auto consumo da matéria prima sem forma ou método para explicar tal furo no sistema, devido a isso, a pesquisa promove métodos específicos ao consumo real da quantidade de matéria prima requerida das florestas da mesma, assim evidenciando a melhor forma de estocagem ou o tempo de estocagem, forma e formulas para consumo dos produtos florestais com a credibilidade que terá o retorno com a matéria prima trazida sem haver perdas ou novos requerimentos da matéria prima.

Para a melhor execução da pesquisa, deve ter a consciência de fundamentos da umidade relativa da região, bem como formas de empilhamento e consumo, estudando para que a melhor formula seja utilizada para efetuar a produção das chapas de fibras com qualidade e quantidade certa sem extravios ou desperdícios não programados. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados esperados para esse estudo é o de poder explicar a umidade real nas toras trazidas direto das florestas para a planta, ao executar a avaliação dessa carga mensurar o seu peso úmido na entrada da planta e sabendo que por norma da empresa e da gestão do pátio de toras o máximo que essa carga pode ser estocada é de 45 dias, nesse período ao fazer os testes semana pós semana, ao cortar a bolacha de uma tora aleatória e tentando buscar em locais diferentes, ou seja, uma próxima ao chão, outra ao meio da pilha e outra acima da pilha, poder mensurar a quantidade de água ou umidade irá perder durante esses dias.

O setor de produção de MDF, juntamente com a engenharia de processo trabalham com uma fórmula a qual será estudada e ajustada nas semanas de estocagem, para que haja e exista o real consumo da carga vinda por inteira mensurando a questão da perda que existia entre a matéria prima de entrada em relação a matéria prima processada e consumida pela produção. REFERÊNCIAS BARRICHELO,L.E.G. Estudo das características físicas, anatômicas e químicas de Pinus. Colombo : Embrapa 2001.

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AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO OPERACIONAL DE UMA SERRARIA DE PInus spp. NA

REGIÃO DE JAGUARIAÍVA-PR 1

BENAZZI WEIGUERT, Rafael². MAGOSSI, Daniella Cristina³ ¹Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Florestal; ²Acadêmico de Eng. Florestal, FAJAR, Jaguariaíva, Paraná, [email protected]; ³Msc. Coordenadora do curso de Eng. Florestal, FAJAR, Jaguariaíva, Paraná, [email protected].

RESUMO

O setor de florestas plantadas tem grande significância na economia brasileira, sendo que dentro deste setor as serrarias representam grande parte da base do manejo e transformação de madeira. O rendimento de uma serraria está ligado não somente com a qualidade da matéria prima, mas também ao grau de automação do seu maquinário e ao rendimento de trabalho de sua equipe. Este rendimento irá refletir não somente na economia da empresa, mas também na sua sustentabilidade. O objetivo deste trabalho foi analisar o rendimento de transformação de toras em produto serrado de pequenas dimensões para exportação. PALAVRAS-CHAVE: Serraria; Madeira; Rendimento.

INTRODUÇÃO

O setor de florestas plantadas tem grande representatividade econômica no Brasil, sendo responsável por 91% de toda a madeira utilizada para fins industriais no Brasil, e sendo responsável também por 6,2% do PIB do país. Em 2017 a produção brasileira de madeira serrada foi de 8,6 milhões de m³. (IBÁ, 2017). As serrarias são as principais indústrias no setor madeireiro em função da sua simplicidade. Nestas empresas, os produtos obtidos são muito dependentes da estrutura produtiva, assim como das espécies utilizadas e, principalmente, em função das necessidades e exigências do mercado, podendo ser influenciadas também pelos rendimentos obtidos durante o processamento das toras. O rendimento operacional é um fator determinante no sucesso e na continuidade da produção de madeira serrada, pois um baixo rendimento irá influir nos custos de insumos e irá encarecer o produto final. Na produção de madeira serrada diversos fatores têm influência no rendimento operacional em m³ de madeira serrada, sendo, por exemplo: técnicas de desdobro, tipos de máquinas utilizadas e classe diamétrica das toras utilizadas. O objetivo deste trabalho foi analisar o rendimento médio em madeira serrada por tora de Pínus spp., identificando o rendimento percentual de conversão de toras em madeira serrada e acompanhando as atividades de desdobro madeireiro na serraria afim de determinar a eficiência de trabalho da serraria. METODOLOGIA

O trabalho foi realizado em uma serraria localizada no município de Jaguariaíva, no

estado do Paraná. A empresa dedica-se a manufatura de produtos de madeira para exportação. É classificada como serraria de médio porte, pois de acordo com SILVA, 2010, quanto

ao tamanho às serrarias são classificadas em pequenas (processam até 50 m³ de toras/dia), media (processam de 50 a 100 m³ de toras/dia) e grandes (processam mais que 100 m³ de toras/dia). Para a operação de desdobro a serraria dispõe de uma serra fita simples acoplada ao carro portatora, que é acionado pelo operador a partir do painel de controle, uma serra fita horizontal de dois cabeçotes para resserragem e uma serra circular múltipla. A serra circular múltipla foi usada para o refilamento. Na ocasião, a serraria operava com cinco funcionários no desdobro. A espécie utilizada neste trabalho foi Pinus elliottii. A serraria recebe em seu pátio toras com diâmetros entre 18 e 34 cm e com comprimento que varia de 1,90 a 2,65 m.

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O comprimento das toras foi mensurado com o auxílio de uma trena, enquanto os diâmetros sem casca das duas extremidades foram medidos com o auxílio de uma fita métrica. As áreas basais foram determinadas em função do diâmetro. Após o desdobro das toras, com as peças já com suas dimensões finais, foi determinado o volume de madeira serrada. O rendimento de uma serraria é a relação entre o volume de toras serradas num período ou turno e o volume de madeira serrada obtido destas toras. A eficiência expressa a relação entre o volume de toras serradas por período ou turno e o número de operários envolvidos em todas as operações de desdobro. Utiliza-se o volume de toras para o cálculo da eficiência, para que os diâmetros das mesmas e o rendimento não afetem o resultado. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Em serrarias de pequeno e médio porte conhecer a eficiência do processo é de grande importância para o planejamento da produção (BATISTA; SILVA; CORTELETTI, 2013).

A produtividade e a eficiência de uma serraria estão ligadas à quantidade de subprodutos gerados por ela durante o processo de manufatura da madeira.

A operação de desdobro é dependente da experiência do operador, tanto para determinar as alternativas de corte quanto para classificar o material pós-serragem.

A eficiência expressa à relação entre o volume de toras serradas por período ou turno e o número de operários envolvidos em todas as operações de desdobro (ROCHA, 1999 apud MOURA et al., 2013).

A portaria 441 do IBAMA, de 9/8/1989, estabelece que o índice de conversão entre madeira em tora e madeira serrada é de 1,842, equivalente a um rendimento de 54,28%. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O rendimento esperado em conversão de toras está entre 50% a 70%, pois estes são os valores encontrados na literatura para serrarias de médio porte que processam Pínus spp.

O rendimento de conversão da madeira roliça em madeira serrada bruta está em torno de 30% a 70% e o resto resulta em serragem, costaneiras, pequenas ripas, etc. Entretanto, o rendimento pode variar em termos gerais de 55% a 65% para coníferas. Em coníferas um rendimento de 55% a 65% é considerado normal. REFERÊNCIAS BATISTA, Djeison Cesar. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO OPERACIONAL DE UMA SERRARIA ATRAVÉS DE ESTUDO DO TEMPO, RENDIMENTO E EFICIÊNCIA: ESTUDO DE CASO EM PIRAÍ-R.J. 2006. 64 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Florestal, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2006. Disponível em: <http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/Monografia Djeison Cesar Batista.pdf>. Acesso em: 21 maio 2018. GARCIA, Felipe Manente. RENDIMENTO OPERACIONAL DE UMA SERRARIA COM A ESPÉCIE CAMBARÁ (Qualea albiflora Warm.) NA REGIÃO AMAZÔNICA. 2012. 83 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Ciência Florestal, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, 2012. HORACIO LAFER PIVA (Org.). Relatório Anual 2017. São Paulo: IBÁ, 2017. 80 p. Disponível em: <http://iba.org/images/shared/Biblioteca/IBA_RelatorioAnual2017.pdf>. Acesso em: 03 jun. 2018. Rocha MP. Técnicas e planejamentos de serrarias. Curitiba: FUPEF, 2002. ROCHA, Márcio Pereira da. Eucalyptus grandis Hill ex Maiden e Eucalyptus dunnii Maiden como Fontes de Matéria Prima para Serrarias. 2000. 186 f. Tese (Doutorado) - Curso de Engenharia Florestal, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2000. Disponível em:

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<http://www.ipef.br/servicos/teses/arquivos/rocha,mp.pdf>. Acesso em: 20 maio 2018. SILVA, Joao Gabriel Missia da. DESEMPENHO E AMOSTRAGEM DO TRABALHO DE UMA SERRARIA NO MUNICIPIO DE ALEGRE, ESPIRITO SANTO. 2010. 52 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Florestal, Universidade Federal do Espirito Santo, Jeronimo Monteiro, 2010. Disponível em: <http://www.florestaemadeira.ufes.br/sites/florestaemadeira.ufes.br/files/field/anexo/tcc_joao_gabriel_missia _da_silva.pdf>. Acesso em: 20 maio 2018.

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AVALIAÇÃO POSTURAL DA ATIVIDADE DE PLANTIO DE MUDAS DE PINUS 1

LIMA, Antonio Luciano2; OLIVEIRA, Felipe Martins de3 1Dados parciais do trabalho de conclusão de curso do acadêmico; 2Acadêmico do curso de Engenharia Florestal da União Latino-americana de Tecnologia (ULT-Fajar), Jaguariaíva, Paraná, [email protected]; 3Professor do curso de Engenharia Florestal da União Latino-americana de tecnologia (ULT-Fajar), Jaguariaíva, Paraná, [email protected].

RESUMO

O plantio de povoamentos florestais no Brasil é realizado, em sua maioria, por métodos manuais com o uso de diferentes tipos de plantadeiras. O objetivo deste trabalho foi avaliar a postura adotada pelos trabalhadores nesta atividade, visando à melhoria das condições de trabalho. O plantio foi realizado com três diferentes ferramentas, sendo dois chachos, caracterizados por uma haste metálica em forma de “T” e uma ponteira de aço maciço para perfurar o solo e abrir as covas, e outra ferramenta adaptada proposta para este estudo. O estudo foi realizado na região de Arapoti, PR, e consistiu na observação visual da atividade com as três as ferramentas de trabalho. Após identificadas as posturas típicas adotadas pelos trabalhadores, estas foram analisadas pelo método OWAS (Ovako Working Posture. Analysing System) de avaliação postural, um dos mais utilizados no mundo e de fácil aplicação. Os resultados evidenciaram que a melhor postura foi com a ferramenta A enquanto a ferramenta C não ofereceu uma boa postura. PALAVRAS-CHAVE: Ergonomia; Implantação florestal; Chacho.

INTRODUÇÃO

Apesar da mecanização florestal ser uma realidade principalmente na área de colheita de florestas plantadas, as operações silviculturais de implantação e manutenção dependem em grande parte de métodos manuais e semimecanizados, principalmente para o plantio de mudas no campo. Ademais, não há uma ferramenta ou equipamento completamente adaptado às características biológicas dos trabalhadores, principalmente em termos de antropometria, esforço físico e posturas adequadas. Em sua maioria, estas são ajustadas a partir de outros projetos ou outras atividades.

A ergonomia como ciência estuda as relações entre o ser humano (trabalhador) e os demais componentes do sistema produtivo (máquinas, ferramentas, ambiente de trabalho, dentre outros), com o objetivo de melhorar o sistema como um todo (IEA, 2000; IIDA e GUIMARÃES, 2016). Como as empresas optam por atividades com menos custo e maior produtividade, torna-se necessária a realização de estudos que avaliem as suas condições ergonômicas, de forma que o trabalho sempre esteja adaptado ao trabalhador, principalmente quando há a implantação de novas ferramentas ou tecnologias.

O objetivo deste trabalho foi avaliar as posturas adotadas pelos trabalhadores do plantio manual de mudas de Pinus sp. por meio de três diferentes ferramentas, com vistas à melhoria das condições de trabalho. METODOLOGIA

Este trabalho foi realizado em áreas operacionais de implantação de povoamentos florestais em reforma de talhão no estado do Paraná, no município de Curiúva, com as coordenadas geográficas latitude/longitude -24° 05' 07.5 " -50° 27'43.0", nas quais predominavam terreno plano a ondulado e clima subtropical (Figura 1). O povoamento florestal deste estudo foi composto por mudas da espécie Pinus Taeda L. (Pinaceae), com o espaçamento de 3 m entre linhas e 2 m entre plantas, densidade de plantio 1.667 árvores por hectare (ha), do qual sua madeira era destinada para produção de papel, fibra de média densidade (MDF), madeira serrada e processos em geral.

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Figura 1. Área de localização do estudo. FONTE: Google Earth® (2018). Data da imagem 25/06/2018.

A atividade estudada foi realizada por trabalhadores envolvidos na implantação

florestal, os quais efetuavam o coveamento manual seguido do plantio das mudas no solo, com a utilização de três ferramentas (Tabela 1).

Tabela 1. Características das ferramentas estudadas.

Chachos A (teste) B (teste) C (atual)

Massa (kg) 4 3 2 Altura (m) 1,00 1,00 0,95

Os trabalhadores receberam esclarecimentos sobre os objetivos da pesquisa por

meio do diálogo diário de segurança (DDS). Foi realizada a coleta dos dados para a avaliação postural por meio de observações visuais com filmagens e fotografias durante a jornada de trabalho, de modo a identificar as posturas típicas que eram adotadas pelos trabalhadores.

Estas foram, então, avaliadas pelo método OWAS, versão gratuita, sob domínio WinOWAS, Copyright 1996 Tampere University of Technology, Occupational Safety Engineering (WIN-OWAS, 1990). De posse das imagens dos trabalhadores nas posturas típicas, foi selecionado o valor da posição dos membros superiores e inferiores, das costas e do peso manuseado pelos trabalhadores, conforme descrito na Tabela 2.

Tabela 2. Códigos e posições do método OWAS de avaliação postural.

Costas Braços Pernas Carga

(1) retas. (2) curvadas. (3) torcidas ou com curso lateral em curva. (4) curvadas e torcidas ou curvadas para frente e curso lateral.

(1) os dois abaixo do nível dos ombros. (2) somente um dos braços erguido acima do nível dos ombros. (3) ambos os braços erguidos acima do nível dos ombros.

(1) sentado, com as pernas abaixo do nível das nádegas. (2) em pé, com ambas as pernas esticadas. (3) em pé, com o peso em uma perna e a outra perna esticada. (4) em pé, ou agachado, com ambos os joelhos flexionados. (5) em pé, ou agachado com um dos joelhos dobrados. (6) ajoelhado com um ou ambos os joelhos. (7) andando ou se movimentando.

(1) P < 10 kgf (2) 10 ≥ P < 20 kgf (3) P ≥ 20 kgf

Fonte: Adaptado do manual do WinOWAS (1990).

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Foi gerada automaticamente pelo software uma sequência de números que

representavam a análise do método OWAS. Ao final das análises, foi possível verificar os pontos críticos e classificar as posturas nas seguintes categorias possíveis de ações:

• Categoria 1: postura normal, não é necessária a adoção de medidas corretivas;

• Categoria 2: postura requer a adotadas medidas corretivas em futuro próximo;

• Categoria 3: postura requer a adoção de medidas corretivas assim que possível;

• Categoria 4: postura que deve merecer atenção imediata.

DISCUSSÃO

As posturas típicas adotadas pelos trabalhadores, seguidas dos seus respectivos

códigos e diagnósticos do método OWAS estão mostradas na Tabela 3. Tabela 3. Resultados da análise pelo método OWAS.

Item da análise Chacho A (teste) Chacho B (teste) Chacho C (atual)

Pontuação das costas

1 1 2

Pontuação dos braços

1 1 1

Pontuação das pernas

7 7 4

Carga manuseada < 10 < 10 < 10 Categoria 1 1 3 Diagnóstico Não necessita correção Não necessita correção medidas corretivas

Como pode ser observado a ferramenta A e B não necessita de correção e os

resultados são semelhantes, a ferramenta C, apresenta necessidades de medidas corretivas em um futuro próximo.

CONCLUSÕES

De acordo com a análise e discussão dos resultados, chegou-se às seguintes conclusões:

• A pior postura foi encontrada na atividade com o chacho C no qual a ferramenta exige uma flexibilidade do troco do trabalhador, necessitando de uma intervenção na ferramenta e na postura com pausas para descanso.

• A atividade realizada com a ferramenta alternativa proposta neste estudo apresentou melhor postura para o trabalhador com menor risco de incidentes e lesões e menor carga laboral.

AGRADECIMENTOS

À empresa florestal pelo apoio e cessão da área de estudos e aos trabalhadores participantes. REFERÊNCIAS CARMO, Marcos Dias do et al. Avaliação ergonômica da operação de aplicação de gel em duas empresas florestais. Revista Eletrônica Produção & Engenharia, Rio de Janeiro, v. 1, n. 01173, p.1-14, jul. 2010. WIN-OWAS. Manual software for OWAS analysis. Tampere University of Technology, Occupational and Safety Engineering (1990).

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CLASSIFICAÇÃO DE SÍTIOS FLORESTAIS PARA PLANTIOS DE Pinus taeda L.

LOCALIZADOS NO CENTRO-SUL DE SANTA CATARINA 1

PAULA, Jackeson Correa de2; COELHO, Vitor Cezar Miessa3 1Dados parciais do trabalho de conclusão de curso do acadêmico; 2Acadêmico do curso de Engenharia Florestal da União Latino-americana de Tecnologia (ULT-Fajar), Jaguariaíva, Paraná; 3Professor do curso de Engenharia Florestal da União Latino-americana de tecnologia (ULT-Fajar), Jaguariaíva, Paraná.

RESUMO

Os objetivos da presente pesquisa foram definir classes de produtividade comparando três modelos matemáticos e elaborar um conjunto de curvas de índice de sítio. Para o estudo, foram testados e analisados os modelos matemáticos de Bailey & Clutter, Schumacher e Chapman & Richards, tendo como variáveis a idade e altura dominante. Os dados foram obtidos de 676 parcelas, sorteadas nos projetos denominados de: Valas, Morro Agudo, Picaços, Sede e Canoas. As idades variaram de 6 a 26 anos em povoamentos com até 6 desbastes. Os três modelos apresentaram resultados semelhantes e satisfatórios, com ligeira vantagem para o modelo de Chapman & Richards, apresentando coeficiente de determinação (R2 ) de 89,90%, erro padrão da estimativa (Syx%) de 5,15% e a análise gráfica dos resíduos foi considerada boa. PALAVRAS-CHAVE: Equações de sítio; Classificação de sítio; Curvas de índice de sítio.

INTRODUÇÃO

Há duas definições com diferentes pontos de vista entre os ecólogos e manejadores florestais sobre sítios florestais: os ecólogos definem sítio como uma unidade geográfica uniforme caracterizada por combinações estáveis dos fatores que interagem o meio; e os manejadores florestais como um fator de produção primário capaz de produzir madeira ou produtos florestais a eles associados (SCHONAU, 1987).

O método de índice de sítio que relaciona a altura média das árvores dominantes com a idade de referência é o mais utilizado para definir a potencialidade dos sítios florestais, e assim o será, até que métodos que conjuguem a soma de fatores ambientais possam ser traduzidos de forma numérica e acessível aos usuários do setor. O conhecimento da produtividade do sítio influencia no conhecimento do potencial de crescimento em altura, diâmetro, biomassa e diâmetro de copa. De acordo com a qualidade do sítio, pode-se adotar o manejo adequado e também os tratamentos silviculturais como a poda, desbaste, rotação econômica ótima, fertilização do solo, prognose, entre outros.

A avaliação da capacidade produtiva de um sítio florestal pode ser feita através de métodos diretos e indiretos. Os métodos diretos consideram a altura dominante ou a média das alturas dominantes de uma área ou localidade que simplesmente suporta árvores em crescimento, sem considerar diretamente as 17 características do sítio. Como métodos indiretos podem ser considerados o clima, a litologia, a edafologia e a morfologia; espécies indicadoras (sociologia) e associações indicadoras (fitossociologia). Essa capacidade produtiva depende, portanto, das condições do meio ambiente (ORTEGA E MONTEIRO, 1988).

Dentro deste contexto, são vários os métodos utilizados para a classificação de sítio florestal, sendo que, aquele que emprega a altura das árvores dominantes em função da idade, é considerado o mais prático e usual.

Esta pesquisa teve como objetivos: definir classes de produtividade de sítio comparando três modelos matemáticos para Pinus taeda L.; elaborar e analisar um conjunto de curvas de índice de sítio para as condições dos povoamentos da empresa Florestal Gateados, localizados no Centro-Sul de Santa Catarina.

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METODOLOGIA

Esta pesquisa foi conduzida em povoamentos de Pinus taeda L. com diferentes idades, da Empresa Florestal Gateados, situados no município de Campo Belo do Sul, Centro-Sul de Santa Catarina.

A área de plantio da Florestal Gateados tem um total aproximado de 7,0 mil hectares de florestas plantadas, sendo aproximadamente 6,37 mil hectares de Pinus taeda L. e Pinus elliottii, 140 hectares de Eucalyptus dunii, 506 hectares de Araucária, 10 hectares de erva-mate e 10,5 mil hectares de área de preservação permanente e reserva legal. Esta pesquisa foi realizada com dados coletados de 676 unidades amostrais de 400 m2 cada, em povoamentos de Pinus taeda L.

Foram medidos dados de DAP e altura total de todas as árvores das unidades amostrais no ano de 2007. Os projetos amostrados foram: Valas, Morro Agudo, Sede, Picaços e Canoas, com idades entre 6 e 26 anos. Dentre as 676 unidades amostrais, houve maior intensidade de amostragem em plantios nas idades superiores a 20 anos, em povoamentos com até 6 desbastes. Considerou-se como altura dominante, a altura média das 100 árvores de maior diâmetro por hectare. Em cada unidade amostral foram medidas as alturas das 4 árvores de maior diâmetro. Foram testados 3 modelos tradicionais mais empregados, conforme mostrado a seguir: a) Schumacher; b) Chapman & Richards; e c) Bailey e Clutter. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU DISCUSSÕES

Os modelos de Bailey & Clutter, Schumacher e Chapman & Richards foram ajustados com o uso do programa Statgraphics® , com os dados das 676 unidades amostrais coletados em povoamento de Pinus taeda L.. Após as análises estatísticas, foi comparada a precisão dos modelos.

O modelo de Schumacher propicia o maior coeficiente de determinação, explicando 94,04% da variação total, seguido pelo modelo de Bailey & Clutter (R2 = 93,21%) e, por fim o modelo de Chapman & Richards (R 2 =89,90%). O Syx (%) variou de 5,15% a 5,43%, sendo que o modelo de Chapman & Richards apresentou o melhor resultado.

Scolforo (1992), pesquisando sítios florestais no Rio Grande do Sul, encontrou coeficiente de determinação superior a 99% para os modelos de Bailey & 27 Clutter, Schumacher e o de Chapman & Richards e erro padrão da estimativa inferior a 1,71 metros. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os três modelos apresentaram resultados semelhantes e satisfatórios, porém, o modelo de Chapman & Richards foi considerado o mais adequado para a classificação de sítio de Pinus taeda L. na área de estudo, com coeficiente de determinação de 89,90%, erro padrão da estimativa Syx equivalente a 5,15% e análise gráfica de resíduos foi considerada boa. REFERÊNCIAS SCHONAU, A.P. Problems in using vegetation or soil classification in determining site quality. South African forestry journal, Pretoria (141): 13-8, 1987.

ORTEGA, A.; MONTEIRO, G. Evaluación de la calidad de las estaciones forestales. Revisión bibliográfica. Ecología, v.2, p.155-184, 1988.

VIDAL, O. G. Índice de sítio para Pinus insigne en Chile. Santiago/Chile: Instituto Forestal, 1969. 32 p.

SPURR, S. H. Forest inventory. New York: The Ronald Press, 1952. 476p.

SCOLFORO, J.R.S. Mensuração florestal 4. Classificação de sítios florestais Lavras: ESAL/FAEPE, 1993. 138p.

SANQUETTA, C.R. Regimes de Manejo Florestal. Curitiba: UFPR/FUPEF, 2005. 193 p.

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COMPARAÇÃO DE PRODUTIVIDADE E QUALIDADE COM A IMPLANTAÇÃO DE

TREINAMENTO CONTÍNUO NAS OPERAÇÕES DE COLHEITA FLORESTAL 1

SILVA, Wilian Rafael2; OLIVEIRA, Felipe Martins de3 ¹Projeto de pesquisa; ²Acadêmico de Engenharia Florestal, FAJAR, Jaguariaíva, Paraná, e-mail: [email protected]; ³Professor do Departamento de Engenharia Florestal, FAJAR, Jaguariaíva, Paraná, e-mail: [email protected].

RESUMO

Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o desempenho de operadores de máquinas florestais da colheita, baldeio e carregamento de toras, após a aplicação da metodologia de treinamento continuo aos operadores, afim de potencializar a produção, com ganhos expressivos de qualidade dos serviços. Os trabalhadores foram submetidos a treinamentos operacionais em datas pré-estabelecidas afim de padronizar as operações e garantir um ganho de produção com o máximo de disponibilidade mecânica e perdas de tempo. PALAVRAS-CHAVE: Treinamento; Produção Qualidade.

INTRODUÇÃO

É fato que o setor florestal vem se evoluindo a cada ano que passa, com a inserção cada vez mais forte de novas tecnologias e processos que maximizam o processo produtivo da colheita florestal como um todo. Esse processo visa viabilizar a exploração florestal antes rudimentar, pouca produtiva, e com altos índices de acidente, muitas das vezes fatais, em um processo capaz de unir alta produtividade que estimule a micro e macroeconomia e respeite critérios ambientais e principalmente os sociais que abrange o humano por trás do profissional.

Este salto tecnológico muito se fez através da inserção da mecanização florestal no pais, onde só foi possível através da abertura do mercado brasileiro para à importação de máquinas e equipamentos de alta tecnologia e maior produtividade na década de 90, de países com maior tradição florestal, como Estados Unidos e Canadá e os escandinavos, tais como Suécia e Finlândia (PARISE, 2005).

O pais não estava preparado operacionalmente para este desenvolvimento, sendo que não havia trabalhadores e estrutura equivalente para as novas máquinas que chegavam.

A grande maioria das empresa do setor florestal passam por um grande e dificultoso processo de seleção de pessoas dotadas de potencial a serem colocados na função de operador de máquinas florestais sendo que muitas das vezes gastam muito tempo e altos valores no recrutamento e preparação de possíveis bons operadores, quando muitas vezes, são desprovidos de tal potencial, resultado assim em baixa produtividade, indisponibilidade mecânica e operacional, altos custos operacionais e de manutenção, que trazem como consequência possíveis impactos ambientais, grandes riscos de acidentes de trabalho, além de outros danos possíveis durante a operação.

Mediante esta situação devemos então investigar o desenvolvimento laboral dos funcionários que operam máquinas de colheita florestal, verificar o fiel resultado de práticas aplicadas para o desenvolvimento de suas atividades, analisar quanto e como funciona o desenvolvimento intrapessoal através de aplicação de sucessivas escalas de acompanhamento de seu trabalho e aplicação de padrões de critérios de serviço que todos deverão se submeter.

O trabalho possui a finalidade de quantificar esta aplicação, monitorando os resultados e confrontando com sua antiga performance sem a aplicação desta metodologia, isso nos deixara claro de como isso irá resultar a curto, médio e longo prazo, e aonde a empresa deverá atuar para nivelar os preceitos já estabelecidos pelos empregados, além de mitigar antigos vícios e desvios que prejudicam de forma sistêmica a desenvoltura da estrutura produtiva do ambiente de trabalho.

Sendo que um dos maiores gargalos da produção florestal, se resulta a ter uma produção robusta, que atinja e se possível supere as metas mensais estabelecidas, com um custo minimamente possível e que garanta a saúde e segurança de todos os envolvidos durante todas as operações, sendo assim o trabalho visa, mostrar o quanto é importante monitorar estes

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desvios, quantifica-los e pontuar a sua melhor maneira de sana-los. Sabendo que todas as operações estão padronizadas sendo assim elas estarão espelhadas quanto a sua produção, qualidade e segurança. METODOLOGIA

Serão coletados dados de produção e qualidade das atividades de colheita e processamento com equipamento John Deere Harvester 1270, baldeio de toras com equipamento John Deere Forwarder 1910 e carregamento de toras com equipamento John Deere 326 Log, cedidos pela empresa AFB, e monitorar as frequências de produção um ano sem aplicação de treinamento contínuo aos funcionários e outro ano com aplicação sistêmica de treinamento contínuos, e verificar se há mudanças no comportamento produtivo.

O trabalho acontecera na região de Sengés/PR as máquinas estão em pleno uso, com cerca de 2.200 horas trabalhadas, todos os funcionários são treinados, porém a empresa implantou uma metodologia de treinamento, seguindo critérios específicos que almejam padronizar as atividades e estabelecer futuramente paramentos de produção qualidade de segurança a todos os colaboradores, para instituir prêmios e recomendações de produção. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU DISCUSSÕES

Em todas as áreas de trabalho o que se espera tanto da máquina quanto do operador é

a máxima eficiência operacional, tanto no que se desrespeita a produção de um determinado produto, ou prestação de algum tipo de serviço. No quesito das máquinas suas performances estão diretamente ligadas às suas manutenções, vida útil e o aspecto mais importante, que é seu operador. Este deve ter total domínio teórico e prático para desenvolver suas atividades da melhor forma possível afim de garantir sua maior produção.

Um dos grandes desvios operacionais é a falta de padronização dos processos de extração florestal, onde implica e muito, tanto nos fatores produtivos, de qualidade e segurança e saúde ocupacional. O intuito das empresas é que aconteça de forma sinérgica o engajamento de todos os ciclos de colheita para que assim todos o processo seja feito de forma padronizada em todas as frentes de serviço, de forma produtiva e alto suficiente, com características de aumento da qualidade dos serviços prestados, consequentemente haverá agregação de valor ao produto final e também a diminuição de acidentes e quase acidentes durante o processo de realização das atividades. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Analisando os critérios estatísticos, depreende-se que houve melhoria na curva de produção, aumento no volume processado, com menos tempo desperdiçados em manutenções, então se pode afirmar que a aplicação da metodologia de aplicação de treinamento é uma boa alternativa de investimento para aumento de produção. REFERÊNCIAS PARISE, J. D; Influência dos requisitos pessoais especiais no desempenho de operadores de máquinas de colheita florestal de alta performance. 2005. 156 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia Florestal, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2005. Cap. 1. P 1.

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COMPARAÇÃO QUALIQUANTITATIVA DO DESENVOLVIMENTO DE UM POVOAMENTO

DE Eucalyptus urograndis 1

OLIVEIRA, Fábio2; COELHO, Vitor Cezar Miessa3 ¹Projeto de Pesquisa; ²Discente, faculdades FatiFajar, Jaguariaíva, Paraná, [email protected]; ³Docente, faculdades FatiFajar, Jaguariaíva, Paraná, [email protected].

RESUMO

As espécies florestais de rápido desenvolvimento estão sendo utilizadas cada vez mais pelo mercado consumidor, destacando-se o gênero Eucalyptus spp, que ocupa em torno de 70% das áreas florestais plantadas em território nacional, isto devido às suas mais diversas características. O objetivo do presente estudo foi analisar qualiquantitativamente uma área de 143,28 hectares plantados com Eucalyptus urograndis, avaliando crescimento e produção do povoamento, seus atributos qualitativos e diagnosticando a influência de agentes externos. A área foi dividida em 4 campos tendo cada um de 9 a 11 parcelas, nas quais todos os indivíduos foram avaliados, sendo medidos o Diâmetro a Altura do Peito (DAP), Altura (H), Área Basal e Volume (m³). PALAVRAS-CHAVE: Inventário; Dendrometria; Eucalyptus.

INTRODUÇÃO

As espécies florestais de rápido desenvolvimento vêm sendo cultivadas e utilizadas cada dia mais pelo mercado consumidor, e isto se deve às suas características de rápido crescimento, produtividade, diversidade, capacidade de adaptação e por ter aplicação em diferentes finalidades (MORA e GARCIA, 2000), principalmente quando se trata do gênero Eucalyptus spp.

Segundo dados de 2016 fornecidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e pela IBA (Indústria Brasileira de árvores) existem cerca de 7,8 milhões de hectares de florestas plantadas no Brasil, sendo 5,6 milhões do total compostas pelo gênero Eucalyptus spp. Estes números mostram a importância da realização de estudos e análises qualiquantitativas, pois estes têm como objetivo auxiliar nas tomadas de decisões, indicando o melhor uso da madeira em questão na indústria madeireira, além de nortear as técnicas de melhoramento florestal tendo em vista a sua produtividade e qualidade. (RODRIGUES, 2017).

O presente trabalho tem como objetivo avaliar o desenvolvimento da espécie implantada e sua adaptabilidade ao sítio, tendo a área estudada 143,28 hectares reflorestada com Eucalyptus urugrandis, clone 2361, localizada no município de Ventania, Paraná, visando aferir o crescimento e produção do povoamento no período entre os anos de 2007 à 2018, além de analisar os atributos qualitativos do mesmo e diagnosticar a influência de agentes externos em sua formação. METODOLOGIA

O presente estudo trata-se de um estudo descritivo, prático e quanto aos objetivos, qualitativo e quantitativo. A área total estudada é de 143,28 hectares, subdividida em 4 campos em pontos aleatórios, localizada no município de Ventania na região sul do Paraná.

O primeiro passo, para a realização do estudo, foi realizar a locação das parcelas por intermédio de amostragem, utilizando-se do processo aleatório simples, pois a área florestal em questão é bastante regular. Em cada campo há entre 9 e 11 parcelas, onde foram avaliados todos os indivíduos em cada uma, totalizando em média 13 árvores por unidade amostral.

As parcelas foram demarcadas com marcos sinalizados indicando o ponto inicial e final da avaliação. Para tal feito, foram utilizados os seguintes equipamentos: motosserra, utilizada na secção dos marcos usados para marcar os limites; uma cavadeira manual para a inserção dos marcos; tintas de cores diferentes (amarela marcando ponto inicial, e azul

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marcando o final da área amostrada).

Após a instalação das parcelas empregando-se de um GPS GARMIN 72H que fornece as coordenadas em UTM, utilizando sistema geodésico de referência SIRGAS 2000, foram coletadas as coordenadas dos pontos principais das unidades amostrais para confeccionar o mapa de disposição das mesmas.

Processou-se a coleta das variáveis dendrométricas, sendo a CAP (Circunferência a Altura do Peito) através de uma fita métrica e a H (Altura) processou-se com auxílio de um CLINÔMETRO EC II da marca HAGLOF.

Depois de todo material coletado, foi realizado um procedimento analítico com os dados obtidos, processando uma seleção de equações para definir a que mais se ajustaria ao conjunto de dados. As equações avaliadas foram Schumacher e Prodan. DISCUSSÕES

O híbrido das espécies Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis, plantado e analisado neste estudo, conhecido popularmente como Eucalyptus urograndis, foi escolhido devido as suas principais características. BRAGA (2008) em seu estudo sobre estabilidade fenotípica de Eucalyptus urograndis traz que o objetivo do cruzamento destas duas espécies é obter plantas com um bom crescimento, característica do E. grandis e um leve aumento na densidade da madeira e melhorias no rendimento, características do E. urophylla.

A análise feita em 2017/2018 apontou área basal de 22,70 m2/ha, delineando um crescimento de 1,94 m²/ha ano com relação aos dados apontados em estudo realizado em 2011 no mesmo povoamento que apresentou área basal de 20,76 m²/ha. Isto se deve a boa adaptação do híbrido ao ambiente implantado e aos tratos silviculturais. O mesmo ocorre em relação aos dados de volume/ha no estudo de 2011, notou-se um total de 175,88 volume/ha/m³; já na presente avaliação o total foi de 345,73 volume/ha/m³.

Relacionado às características de crescimento DAP e H média, foram obtidos dados aproximados aos vistos em estudos semelhantes sobre o tema. O DAP médio foi igual a 31,91 cm, já a H média resultou em 34,93 m, muito aproximado aos valores encontrados na pesquisa de BRIGATTI et al. (1980), que apresentou médias de altura de 37,43 m e DAP 33,95 cm na mesma idade do povoamento. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nos resultados alcançados é possível concluir que o hibrido E. urograndis adaptou-se perfeitamente a região sul do estado do Paraná e atendeu as expectativas esperadas com relação a adaptabilidade e demais características.

A área avaliada em 2011, com 4 anos de implantação resultou em 175,88 m³/ha, se traduzindo num Incremento Médio Anual de 43,97 m³/ha/ano, já no experimento realizado em 2017/2018, com 11 anos, apresentou 345,72 m³/ha se traduzindo num Incremento Médio Anual de 31,42 m³/ha/ano, resultado este que superou as expectativas de crescimento. REFERÊNCIAS BRAGA, J. L .P. Estabilidade fenotípica de clone de Eucalyptus Urograndis, na fazenda Bom Jardim - Aparecida - SP. 2008. Dissertação (Engenharia Florestal) – Instituto de Florestas, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, Rio de Janeiro. BRIGATTI, R. A.; FERREIRA, M.; SILVA, A. P.; FREITAS, M. Estudo comparativo do comportamento de alguns híbridos de Eucalyptus spp. 1983. Silvicultura, São Paulo, v. 8, n. 32. FORMENTO, Silvio. Qualidade de povoamentos e correlações entre sobrevivência e altura de árvores de Eucalipto em diferentes idades. 2014. 52 f. Dissertação - Curso de Engenharia Florestal, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2014. MORA, A. L.; GARCIA, C. H. A cultura do eucalipto no Brasil. São Paulo, Sociedade

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Brasileira de Silvicultura, 2000. RODRIGUES, B. P. Propriedades da madeira de Eucalipto produzida em ambientes contrastantes. 2017. 64p. Tese (Pós-Graduação em Ciências Florestais) – Centro de Ciências Agrárias e Engenharias, Universidade Federal do Espírito Santo, Jerônimo Monteiro, Espírito Santo.

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CONTROLE BIOLÓGICO DE Fusarium sp. EM MUDAS DE Pinus taeda E Pinus elliotti 1

CONSTANCIO, Kézia Fernanda2; REGO, Suelen Santos3; ¹Trabalho de conclusão do curso de Engenharia Florestal da União Latino-americana de Tecnologia (ULT-FAJAR); ²Acadêmica do curso de Engenharia Florestal da União Latino-americana de Tecnologia (ULT-FAJAR), Jaguariaíva, Paraná, [email protected]; ³Professora Doutora do curso de Engenharia Florestal da União Latino-americana de Tecnologia (ULT-FAJAR), Jaguariaíva, Paraná, [email protected].

RESUMO

O objetivo deste trabalho será testar a eficiência do uso de produto comercial à base de Trichoderma no controle do fungo Fusarium sp. em mudas de Pinus taeda e Pinus elliotti. Para a realização deste trabalho serão utilizados dois isolados de Fusarium sp., que serão inoculados nas mudas através da imersão das raízes em suspensão de esporos. As mudas inoculadas serão colocadas em tubetes com susbstrato comercial misturado com o pó biológico e mantidas em casa de vegetação. Após os períodos de 14, 28, 42 e 56 dias será avaliado a severidade da doença. Aos 60 dias serão quantificadas a altura, diâmetro do colo, comprimento da parte aérea, massa seca da raiz e massa seca da parte aérea. Como resultados deste trabalho espera-se que a adição do produto comercial de controle biológico à base de Trichoderma diminua os danos causados por Fusarium em mudas de Pinus taeda e Pinus elliotti. PALAVRAS-CHAVE: Trichoderma; Controle alternativo; Produção de mudas.

INTRODUÇÃO

O cultivo de pinus no Brasil iniciou-se na década de 1960 com a lei de incentivos fiscais buscando suprir a demanda por produtos madeireiros e, consequentemente, diminuindo a exploração de florestas nativas (ANDRADE, 1960, SHIMIZU, 2008).

O pinus (Pinus spp.), família Pinaceae, ocorre naturalmente no hemisfério norte de clima temperado possuindo mais de 100 espécies dentre as quais, Pinus taeda e P. elliottii são as mais cultivadas na região subtropical do Brasil pelas características de resistência a geadas e altos rendimentos em madeira (SHIMIZU, 2008).

Atualmente, os viveiros florestais que produzem mudas de pinus vêm sofrendo com o ataque de patógenos, por ser um ambiente quente e úmido, propício para o desenvolvimento de fungos. Um dos fungos de maior ocorrência em viveiros de produção de mudas de P. taeda e P. elliotti é Fusarium sp. Este fungo ataca as raízes das mudas, causando necrose e apodrecimento, e como consequência a planta não consegue absorver água e nutrientes, podendo levá-la a morte.

A incidência de doenças em viveiros florestais tende a aumentar com a idade do viveiro, mesmo que se venha empregando medidas culturais adequadas. Nestas circunstâncias torna-se muitas vezes necessário o emprego de produtos químicos para o controle de doenças, notadamente daquelas causadas por fitopatógenos do solo (podridão de raízes). Quanto às doenças da parte aérea, considerando o custo relativamente baixo, a eficiência de tratamento e os riscos de aparecimento repentino e propagação rápida destas doenças, é conveniente adotar um esquema preventivo de pulverizações periódicas das mudas com fungicidas (quinzenalmente, por exemplo), independente da ocorrência prévia destas doenças (GHIDIU, 2012). No entanto, o uso de fungicidas químicos pode acarretar problemas de contaminação dos recursos naturais e redução da microbiota do solo, além de ser uma prática de alto custo, podendo selecionar variedades resistentes de patógenos.

O uso do controle biológico oferece resultados muito próximos aos do controle químico, no que diz respeito à eficiência, porém sem riscos de contaminação dos recursos naturais, tornando a prática mais segura e sustentável. Espécies do gênero Trichoderma são consideradas antagonistas naturais a diversos fitopatógenos de solo, tais como: Rhizoctonia solani, Fusarium oxysporum, Sclerotium rolfsii, Sclerotinia sclerotiorum, entre outros. Podem

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diminuir ou eliminar, desta forma, o uso de fungicidas atuando como agentes de controle biológico (MELO, 1991; HARMAN, 2000).

Diante destas informações, o objetivo deste trabalho será testar a eficiência do uso de produto comercial à base de Trichoderma sp. no controle do fungo Fusarium sp. em mudas de Pinus taeda e Pinus elliotti. METODOLOGIA

Os experimentos deste estudo serão realizados nos Laboratórios e no viveiro da faculdade ULT Fajar As mudas de Pinus taeda e Pinus elliotti utilizadas no experimento serão provenientes de um viveiro comercial localizado no município de Arapoti, estado do Paraná.

Serão utilizados dois isolados de Fusarium sp., que inicialmente serão multiplicados em placas de Petri contendo o meio de cultura BDA e incubadas à temperatura de 20ºC, sob o fotoperíodo de 12 horas luz/ 12 horas escuro. Após este período será feita uma solução com os esporos do fungo crescido em meio de cultura com água destilada esterilizada. Esta solução de esporos servirá para realizar a inoculação dos isolados do fungo nas mudas de P. taeda e P. elliotti.

Para a inoculação da solução de esporos dos dois isolados de Fusarium sp. nas mudas de P. taeda e P. elliotti serão utilizadas 20 mudas de cada espécie para cada isolado (2 isolados de Fusarium sp. mais a testemunha que consistirá em mudas não inoculadas com o fungo). No total serão 6 tratamentos: 2 espécies (P. taeda e P. elliotti) x 3 isolados (2 isolados mais a testemunha).

As raízes mudas de P. taeda e P. elliotti serão cortadas em 2 cm, para criar uma porta de entrada para o patógeno. Após, as mudas serão mergulhadas nas soluções de esporos dos dois isolados de Fusarium sp. por um período de 30 minutos. As mudas referentes à testemunha serão mergulhadas apenas em água destilada esterilizada.

As mudas inoculadas e a testemunha serão colocadas em tubetes contendo substrato comercial à base de casca de Pinus misturado com o produto comercial à base de Trichoderma para o controle biológico do fungo Fusarium sp. A incorporação do pó biológico ao substrato será realizada 7 dias antes do transplante das mudas. Após a inoculação do patógeno as mudas serão mantidas em casa de vegetação por um período de 60 dias, sendo irrigadas diariamente.

As avaliações serão realizadas aos 14, 28, 42 e 56 dias após as inoculações, contabilizando a severidade da doença. As avaliações serão baseadas na escala de Bell et al. (1982), que apresenta notas de 1 a 5, de acordo com a severidade da doença. Aos 60 dias, será realizada a última avaliação, na qual será mensurado o comprimento da raiz, o comprimento da parte aérea, o diâmetro do colo, a massa seca da raiz e a massa seca da parte aérea. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU DISCUSSÕES

Testes realizados in vitro utilizando o fungo Trichoderma para o controle de patógenos têm obtido resultados positivos. Maciel et al. (2014) comprovaram a ação de biocontrole de Trichoderma spp. quando pareado com Fusarium sambucinum, o qual é patogênico a P. elliottii var. elliottii. A inibição do fungo Cylindrocladium spp. in vitro sob a ação do antagonista Trichoderma spp. foi testada por Santos et al. (2007). Esses autores concluíram que os isolados de Trichoderma spp. obtidos da rizosfera de goiabeira, apresentaram elevado potencial antagonista sobre Cylindrocladium spp. Em estudo realizado por Martins-Córder e Melo (1998) foram obtidos resultados semelhantes no confronto in vitro de isolados selvagens de Trichoderma spp. com Verticillium dahliae (causador de murcha em Solanum melongena (berinjela)). Para esses autores, essa ação antagonista de Trichoderma pode estar associada à sua capacidade de produzir metabólitos voláteis e não voláteis, que atuam interrompendo o crescimento micelial do patógeno.

Testes com folhas destacadas têm sido utilizados frequentemente, já que são eficientes e práticos para determinação do potencial dos agentes de biocontrole. Vários autores encontraram resultados promissores com a técnica de biocontrole. Carvalho Filho (2008) selecionou isolados de Trichoderma asperellum, T. pseudokoningii, T. harzianum e T. atroviride para supressão de mancha-foliar causada por Cylindrocladium scoparium em mudas de eucalipto.

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Os testes in vitro são importantes para seleção de agentes antagônicos, porém os

experimentos in vivo são fundamentais para a confirmação dos resultados. Silva et al. (2011), testando a eficiência de Trichoderma no controle da antracnose em pepineiro, encontraram resultados promissores (promoção do crescimento em até 100% e proteção contra o patógeno em até 88,39%). Segundo esses autores, isso se deve à indução de resistência da planta, proporcionada pela aplicação do antagonista no substrato, antes da inoculação do patógeno. A massa verde e a massa seca também aumentaram quando foi acrescentado o produto à base de Trichoderma spp. (Trichodel®). Resultados semelhantes foram obtidos com plantas de milho (RESENDE et al., 2004).

Respostas à aplicação de Trichoderma spp. podem ser caracterizadas por aumentos significativos na porcentagem de germinação, na área foliar e na massa seca das plantas (KLEIFELD; CHET, 1992). Segundo Melo (1996), a promoção do enraizamento por fungos envolve produção de hormônios vegetais e substâncias úteis para a planta, assim como favorece a absorção e translocação de minerais, tornando o vegetal mais resistente ao ataque de patógenos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Como resultados deste trabalho, espera-se que a incorporação de produto comercial à base de Trichoderma ao substrato das mudas de P. taeda e P. elliotti inoculadas com dois isolados de Fusarium sp. diminua a severidade da doença e o uso de fungicidas químicos em viveiros de produção de mudas destas espécies. REFERÊNCIAS ANDRADE, E. N. O eucalipto. Companhia paulista de estradas de ferro. 2 ed. Jundiaí, São Paulo, 664p. 1961. BELL, D.K.; WELLS, H.D.; MARKHAM, C.R. In vitro antagonism of Trichoderma species against six fungal plant pathogens. Phytopathology, Saint Paul, v. 72, n.4, p. 379-382, 1982. CARVALHO FILHO, M. Trichoderma spp. como agentes de controle de Cylindrocladium scoparium e como promotores de crescimento em mudas de eucalipto. 2008. 86f. Dissertação (Mestrado em Fitopatologia) – Universidade de Brasília, Brasília, 2008. ETHUR, L.Z. Dinâmica populacional e ação de Trichoderma no controle de fusariose em mudas de tomateiro e pepineiro. 2006. 154 f. Tese (Doutorado em Agronomia) -Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2006. GHIDIU, G.M.; KUHAR, T.; PALUMBO, J.; SCHUSTER, D. Drip chemigation of insecticides as a pest management tool in vegetable production. Journal of Integrated Pest Management, v.3, p.1-5, 2012. HARMAN, G. E. Myths and dogmas of biocontrol. Changes in perceptions derived from research on Trichoderma harzianum T-22. Plant Disease. v.84, n.4, p. 376–393, 2000. KLEIFELD, O.; CHET, I. Trichoderma: plant interaction and its effects on increased growth response. Plant soil, Dordrecht, v. 144, n. 2. p. 267-272, 1992. MACIEL, C. G., LAZAROTTO, M., MEZZOMO, R., POLETTO, I., MUNIZ, M. F. B., LIPPERT, D. B. Trichoderma spp no biocontrole de Cylindrocladium candelabrum em mudas de Eucalyptus saligna. Revista Árvore, Viçosa, v.36, n.5, p.825-832, 2012. MELO, I. S. Trichoderma e Gliocladium como bioprotetores de plantas. Revisão anual de patologia de plantas, Passo Fundo, v.4, p. 261-296. 1996. MELO, I. S. Potencialidades de utilização de Trichoderma sp. no controle biológico, 1991.

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RESENDE, M.L. et al. Inoculação de sementes de milho utilizando o Trichoderma harzianum como promotor de crescimento. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 28, n.4, p.793-798, 2004. SHIMIZU, J.Y. Pínus na silvicultura brasileira. Embrapa Florestas. Colombo, PR. 223p. 2008.FICA CAMPOS E NEGOCIOS: extratos vegetais e controle biologico. Botucatu: Hortifruti, 13 jan. 2018. Mensal. Disponível em: <http://www.revistacampoenegocios.com.br/extratos-vegetais-e-o-controle-biologico/>. Acesso em: 13 jan. 2018. SANTOS, R. P. et al. Inibição do crescimento de Cylindrocladium in vitro por isolados de Trichoderma. Encontro Estudantil da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia 12. 2007, Brasília. Anais ...Brasília: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. 2007. p. 24. STOWASSER, E. S. V.; FERREIRA, F. A. Avaliação de fungos para o biocontrole de Botrytis cinerea em viveiros suspensos de eucalipto. Revista Árvore, Viçosa, v.21, n.1, p.147-153, 1997. SILVA, V.N. et al. Promoção de crescimento e indução de resistência à antracnose por Trichoderma spp. em pepineiro. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v.46, n.12, p. 1609-1618, 2011.

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CRESCIMENTO INICIAL DO Eucalyptus urograndis SOB DIFERENTES DOSES DE NPK E

PERÍODOS DE APLICAÇÃO NO MUNICÍPIO DE ARAPOTI, PR 1

SILVA, Ana Carolina Mendes2; BASSACO, Marcos Vinícius Martins3 1Dados parciais do trabalho de conclusão de curso da acadêmica; ²Acadêmica curso Engenharia Florestal, FAJAR, Jaguariaíva PR, [email protected]; ³Professor do Curso de Engenharia Florestal – FAJAR, Jaguariaíva PR.

RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo comparar crescimento inicial do Eucalyptus urograndis sob diferentes doses de NPK e períodos de aplicação no município de Arapoti, PR. O estudo foi realizado na Propriedade de uma empresa vizinha na região de Arapoti Paraná no período de março de 2017 a junho de 2018. Sendo realizado o experimento em blocos ao acaso, com dois tratamentos e quatro blocos em cada tratamento, cada bloco e composta por 50 plantas com espaçamento de 3,5 por 2,6 m. Entre cada parcela foi deixado duas linhas de bordadura, o experimento foi avaliado durante o período de 15 meses, trimestralmente. Os diferentes tratamentos consistem em 1 adubação de base e 2 de cobertura com 270 kg por hectare de NPK mais 120 kg por hectare de KCL 3 a 6 meses, e outro aplicação única com 400 kg por hectare de NPK. Foram realizadas as mensurações de diâmetro do colo e altura e realizado teste de comparação de médias pelo teste de t. Com as variáveis estudadas e os resultados apresentados conclui se que o Eucalyptus urograndis respondeu melhor ao método de aplicação única com 400 kg por hectare de NPK até o 15º mês, com isso proporcionou um bom desenvolvimento do plantio e economia operacional (redução de 1 operação), otimização de recursos, maior eficiência, gerando bons resultados à companhia. PALAVRAS-CHAVE: Eucalyptus; Diâmetro; Altura; Fertilizantes.

INTRODUÇÃO

O Brasil possui aproximadamente cerca de 6 milhões de hectares em áreas reflorestadas de eucaliptos, cuja a produção destina-se a celulose, papel, carvão para industrias ferro-ligas, painéis de madeira entre outros subprodutos. O crescimento das áreas florestada é amplo em virtude da ampliação das indústrias. O reflorestamento eucalipto tem se expandido especialmente nas regiões de solos de baixa fertilidade. A maior parte das áreas em cultivo e grande parte daquelas que serão agregadas respondem positivamente à adubação.

A adubação tem objetivo corrigir a diferença entre o que a planta necessita e o que o solo disponibiliza, ou seja, quando a necessidade da planta supera o que o solo pode fornecer é necessário utilizar-se do Fertilizante para suprir essa exigência (MALAVOLTA, 2002). A rentabilidade e a produtividade estão profundamente relacionadas as boas produtividades que são alcançadas quando são combinadas práticas silviculturais adequadas com material genético bem selecionado para a região (CIPRIANI et al., 2015).

Uma grande tendência atual nas empresas florestais é a diminuição do parcelamento da adubação, antes realizada em até 5 vezes. Para que isso aconteça, é necessário o agrupamento de operações e a consequente utilização de novas formulações. No Brasil, um dos nutrientes que mais tem investido na produtividade do eucalipto é o potássio, limitando o crescimento e desenvolvimento da planta pertinente a reduzida quantidade disponível em solo com esta cultura (BARROS; NOVAIS, 1996; SILVEIRA; MALAVOLTA, 2000).

Consequentemente a opção de doses adequadas de potássio na adubação de plantio é decisivo para a alcance de elevadas produtividades. Apesar de que seja uma prática usual em realizar adubação de cobertura nos eucaliptais até o 18º mês após o plantio, embora há controversas quanto à resposta do plantio a essas adubações e quanto à dose a ser aplicada (CIPRIANI et al.,2015). Com isso este trabalho tem o objetivo de avaliar o método de adubação mais recomendado para realizar o plantio diferentes doses e períodos de aplicação de fertilizantes.

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METODOLOGIA

O experimento foi conduzido na propriedade de uma empresa localizada na cidade de

Arapoti, PR com as seguintes coordenadas geográficas 24°13 ʼ40ʺ S e 49°57 ʼ37. O solo onde foi instalado o experimento era anteriormente ocupado por reflorestamento de pinus. O solo onde foi instalado o experimento era de reflorestamento de pinus na rotação anterior, sendo classificado como Cambissolo. Foram coletadas amostras de solos em duas profundidades uma amostra a 0 a 20 cm e outra amostra de 20 a 40 cm de profundidade, onde as características químicas apresentam se pH baixo e baixa fertilidade.

A escolha da espécie e obtenção das mudas para a instalação do experimento foi o Eucalyptus SP. O ensaio foi instalado na região de Arapoti - Pr, seguindo a recomendação da empresa onde foi realizado o ensaio, foi utilizado o fertilizante NPK 04-26-06 e o NPK 04:20:25 (nitrogênio, fósforo e potássio) da marca Heringer. O fertilizante NPK 04:26:06 era o tradicionalmente utilizado para a fertilização do eucalipto. O Experimento foi instalado em delineamento blocos inteiramente casualizados, composto por dois tratamentos e quatro blocos em cada tratamento, cada bloco e composta por 50 plantas com espaçamento de 3,5 por 2,6 m. Entre cada parcela foi deixado duas linhas de bordadura, o experimento foi avaliado durante o período de 15 meses, trimestralmente.

Foi realizado a marcação do experimento utilizando trena de 50 metros, paquímetro e estacas para marcar os blocos, área total 31,81 hectares, onde foram plantadas aproximadamente 800 mudas seminais de Eucalyptus urograndis. (Myrtaceae), sendo um total de 400 plantas para o experimento. Tratamento 1 (1 adubação de base + 2 de coberturas): foi utilizado um subsolador para realizar a subsolagem aplicando uma dosagem de 270 kg por hectare de NPK (04-20-26) + 120 kg por hectare KCl aos 3 a 6 meses utilizando um trator de 185cv.Tratamento 2 (Aplicação única): foi utilizado um subsolador para realizar a subsolagem no dia 06/03/2017 aplicando uma única dosagem de 400 kg por hectare de NPK (04-20-25).As mensurações do experimento foram realizadas em cinco etapas, sendo a primeira mensuração com 3 meses após o plantio, medindo a altura e a diâmetro do colo, e as demais mensurações 6,9,12,15 meses, coletando as mesmas variáveis.

DISCUSSÕES

No decorrer do período que foi avaliado o experimento, não teve um inverno rigoroso, mas teve algumas geadas na área onde estava o ensaio, mas isso não influenciou resultado, sendo que os tratamentos sofreram a mesma interferência no crescimento. Ambos os tratamentos aos 3, 6 e 9 meses em diâmetro do colo não apresentaram diferença estatística ao realizar o teste t. Após os 9 meses nas medições realizadas aos 12 e 15 meses foram o CAP ao invés do diâmetro do colo. A utilização da adubação em uma única aplicação (T2), e em uma quantidade maior de potássio foi mais eficiente, contradizendo resultados de Galo (1993), que verificou, em experimento com eucalipto no campo, que a eficiência de utilização de K na produção de tronco e de copa diminuiu com a elevação da dose do nutriente aplicada Silva et al. (1996).

O que apresentou uma adubação de base e duas de cobertura foi o que proporcionou o menor diâmetro aos 12 e 15 meses pelo teste de comparação de média. O que teve aplicação única de NPK (T2) foi o que teve o maior diâmetro durante todas as medições, porém somente aos 12 e 15 meses ele foi estatisticamente diferente. Dessa forma o tratamento (T2) aplicação única, com uma dosagem de 400 kg por hectare de NPK (04-20-25), proporcionou melhores condição de estabelecimento e crescimento inicial para o Eucalyptus urograndis. Por isso pode ter ocorrido este melhor desenvolvimento devido a forma de disponibilização do fertilizante.

A variável altura apresentou diferença significativa a partir do nono mês, sendo o tratamento com aplicação única de fertilizante o que teve o melhor efeito no crescimento dessa variável. Resultados semelhantes também foram constatados por Novais et al. (1980), que não encontraram tendência de aumento na altura de mudas de E. grandis com 100 dias de idade, com o aumento do nível de potássio disponível no solo. Nas análises realizadas aos 3 e 6 meses não houve variação estatística entre os dois tratamentos, dessa forma, podem ser considerados equivalentes nesse período avaliado.

Em estudo apresentado por Oliveira et al. (2011) para a avaliação do cedro australiano após diferentes níveis de adubação de plantio, no entanto, foram obtidas diferenças significativas da altura, quando aplicado 150% da dose de NPK recomendada para Eucalyptus sp. Assim foi

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possível sugerir a utilização de NPK (04-20-25), e seus benefícios na altura das plantas podem ser verificados no tratamento 2, onde o tipo de aplicação de fertilizante utilizado permitiu o melhor estabelecimento e proporcionou um melhor crescimento para as plantas. O melhor crescimento considerando em DAP e H foi o tratamento (T2) com uma aplicação única proporcionando um bom desenvolvimento do plantio e economia operacional (redução de 1 operação), otimização de recursos, maior eficiência, gerando bons resultados à companhia.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Considerando os resultados obtidos ao final da medição aos 15 meses, a partir do plantio

de Eucalyptus urograndis, pode ser concluído que: houve efeitos significativos em relação a uma única aplicação, é possível fazer a recomendação nutricional, sendo que quando comparado com outro método de aplicação foi o que apresentou o melhor desenvolvimento da planta, redução de custos operacionais manutenção da produtividade florestal (crescimento igual ou superior ao manejo testemunha no período do teste);e otimizando a utilização do recurso florestal.

REFERÊNCIAS CIPRIANI, Henrique Nery et al. Florestas e silvicultura. Brasília, Df - Brasil: Embrapa, 2015. BARROS, N.F.; NOVAIS, R.F. Eucalypt nutrition and fertilizer regimes in Brazil. In: ATTIWILL, P.M. & ADAMS, M.A., eds. Nutrition of eucalypts. Collingwood, CSIRO Publishing, 1996. p.335-355. MALAVOLTA, E.; PIMENTEL, F. G.; ALCARDE, J. C. Adubos e Adubações. São Paulo: Nobel, 2002, 200p. GALO, M.V. Resposta do eucalipto à aplicação de potássio em solo de cerrado. Viçosa, Universidade Federal de Viçosa, 1993. 40p. (Tese de Mestrado) SILVA, I.R.; FURTINI NETO, A.E.; VALE, F.R. & CURI, N. Eficiência nutricional para potássio em espécies florestais nativas. R. Bras. Ci. Solo, 20:257-264, 1996. SILVEIRA, R. L. V. A.; MALAVOLTA, E. Nutrição e adubação potássica em Eucalyptus. Encarte técnico. Informações agronômicas. Nº 91. Piracicaba – SP. Setembro de 2000. NOVAIS, R.F.; RÊGO, A.K.; GOMES, J.M. Nível crítico de potássio no solo e na planta para o crescimento de mudas de Eucalyptus grandis W. Hill ex Maiden e de Eucalyptus cloeziana F. MUELL. Revista Árvore, v.4, n.1, p.14-23. 1980. OLIVEIRA, J. R. et al. Avaliação da altura do Cedro Australiano (Toona ciliata var. australis) após diferentes níveis de adubação de plantio. IV Jornada Científica: IV Semana de Ciência e Tecnologia IFMG - campus Bambuí. 2011

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DECEPA DE PLANTAS JOVENS DE EUCALIPTO E MANEJO DE BROTAÇÕES EM UM

SISTEMA AGROFLORESTAL1

VIDAL, Anne Caroline²; MAGOSSI, Daniela Cristina³ ¹Resumo expandido; ²Cursando Engenharia Florestal, ULT – Fajar, Jaguariaíva, Paraná, [email protected]; ³Mestre, UFPR, Curitiba, Paraná, [email protected]

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi avaliar o uso de decepa de plantas jovens de eucalipto, para produção de árvores de menor diâmetro, com colheita facilitada por pequenos produtores; ou para recuperação de povoamentos jovens severamente danificados e produção de biomassa para energia em ciclos curtos. O experimento foi conduzido em sistema agroflorestal, com espaçamento entre plantas de 9,5x4 m. Aos seis ou nove meses após a decepa, realizou-se a desbrota, para deixar dois ou três brotos por cepa. Quando a desbrota foi realizada aos 12 meses após a decepa, todos os brotos dominantes foram deixados. Um tratamento sem desbrota também foi avaliado. Aos 42 meses após plantio, o tratamento sem desbrota apresentou o mesmo número de brotos por cepa que o de plantas desbrotadas para três brotos. O valor assintótico de produção das brotações, da maioria dos tratamentos de decepa aos nove meses, foi igual ao das plantas intactas, o que evidencia a viabilidade da decepa sem a realização da desbrota, em sistemas agroflorestais. PALAVRAS-CHAVE: Eucalyptus; Recuperação de povoamentos; Sistema agroflorestal; Desbrota.

INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, foram estabelecidas áreas extensas de sistemas agroflorestais (SAF), com uso do eucalipto em espaçamentos amplos (cerca de 250 árvores ha-1), que tem gerado várias pesquisas sobre o tema. No Brasil, muitos povoamentos de eucalipto destinados à produção de carvão vegetal, para suprimento de empresas siderúrgicas, bem como para produção de celulose e papel, são manejados com condução de, pelo menos, uma talhadia. Uma das formas de se obterem toras de dimensão reduzida, em sistemas agroflorestais, é por meio da decepa de plantas jovens, deixando-se mais de um broto por cepa para manter a produtividade elevada. Têm sido desenvolvidos trabalhos com a decepa de plantas jovens de eucalipto, com posterior manejo da brotação, como forma de se obter madeira de reduzido diâmetro na primeira rotação, sem que haja queda na produtividade do SAF. Este trabalho tem como objetivo avaliar o uso de decepa de plantas jovens de eucalipto, para a produção de árvores de menor diâmetro, com colheita facilitada por pequenos produtores; ou para recuperação de povoamentos jovens severamente danificados e o desenvolvimento do SAF.

METODOLOGIA

O estudo foi realizado em um povoamento do clone 58 de eucalipto, híbrido de Eucalyptus camaldulensis x Eucalyptus grandis, estabelecido no espaçamento de 9,5x4 m, em um sistema agroflorestal, em área da empresa Votorantim Metais Zinco S.A. (VMZ), em Vazante, região Noroeste do Estado de Minas Gerais.

Em julho de 2004, foi realizado o plantio das mudas de eucalipto, com irrigação na cova. Na linha de plantio do eucalipto, foi feita subsolagem à profundidade de 30–40 cm, com a adição de 150 kg de fosfato reativo de gafsa por hectare, aplicado em filete contínuo no sulco de plantio. O experimento de decepa foi instalado em abril de 2005, nove meses após o plantio do eucalipto, em delineamento inteiramente ao acaso, com três repetições e 13 tratamentos: plantas não decepadas (testemunha) e plantas decepadas aos 9 e 12 meses de idade, a 10 cm do solo. A altura e o diâmetro à altura do peito (DAP) foram avaliados trimestralmente, dos 15 aos 42 meses após o plantio. Aos 36 meses após o plantio, foram abatidas três árvores sem decepa e brotos de 36 cepas, para realização da cubagem. As medições de diâmetro com casca

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foram realizadas em seções de um metro, e a fórmula de cubagem utilizada foi a de Smalian. Para cada tratamento, foram determinadas as variáveis: volume médio por cepa (Vcepa); volume por hectare (Vha); incremento médio anual (IMA); e incremento corrente anual (ICA). Que teve o objetivo de avaliar a igualdade estatística entre as curvas de crescimento, empregou-se um teste de identidade de modelo não linear. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Segundo os autores Ribaski, Montoya e Rodigheri (2001), os SAfs referem-se a uma

ampla variedade de formas de uso da terra, onde árvores e arbustos são cultivados de forma interativa com cultivos agrícolas, pastagens e ou animais, visando a múltiplos propósitos, que se constituem numa opção viável de manejo sustentado da terra.

Segundo Lacerda (2009) o SAfs deve ser planejado de acordo com cada situação e objetivos que se quer alcançar e dessa forma é manejado e conduzido, sempre levando em conta os hábitos de crescimento e necessidade de insolação que cada planta precisa para seu desenvolvimento e produção, podendo produzir raízes, folhas, flores, frutos, sementes e madeiras, nativas ou não, para dar sustento ao homem e aos animais, ou simplesmente alimentar o sistema através da ciclagem de 14 nutrientes, principalmente carbono, e deposição de matéria orgânica.

De acordo com Andrade (1961) o gênero Eucalyptus, descrito por L'Héritier, pertence à família das Mirtáceas e conta com cerca de seiscentas espécies, grande número de variedades e híbridos. Com exceção de umas poucas espécies a grande maioria é originária da Austrália onde formam densas e vastas florestas.

De forma geral, gênero Eucalyptus tem sido preferencialmente utilizado devido ao seu rápido crescimento, capacidade de adaptação às diversas regiões ecológicas e pelo potencial econômico, tendo em vista a utilização diversificada de sua madeira, com menores custos e maiores taxas de retorno do investimento, confere grande atratividade ao cultivo do eucalipto, garantindo alta competitividade de seus produtos nos mercados interno e externo (SANTOS et al., 2014). RESULTADOS E DISCUSSÃO

O maior incremento médio anual (IMA) das plantas intactas ocorreu aos 37 meses após

o plantio (12 m³ ha-1 por ano). Entre os tratamentos de decepa, o IMA máximo ocorreu aos 39 meses após plantio, no tratamento sem desbrota e com decepa aos nove meses (11,3 m³ ha-1 por ano) (Figura 1). Aos 39 meses, essas brotações apresentavam 30 meses de idade.

Figura 1. Relações entre crescimento e produção de plantas intactas e brotações do clone 58 de eucalipto. IMA, incremento médio anual (m3 ha-1 por ano); ICA, incremento corrente anual (m3 ha-1).

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A redução antecipada no IMA das plantas intactas e das brotações pode estar

relacionada à deficiência hídrica acentuada (820 mm por ano) na área de estudo, que se estendeu de fevereiro a dezembro de 2007. As brotações de eucalipto apresentam maior sensibilidade à disponibilidade de água do que as plantas intactas, em razão da diferença no controle estomático, o que pode comprometer, de forma mais severa, a fixação de carbono das brotações.

As tendências de crescimento observadas neste estudo indicam que a decepa de plantas jovens pode ser utilizada para a produção de madeira de dimensões reduzidas, em espaçamentos amplos. Pode, também, constituir-se em alternativa para a recuperação de povoamentos jovens danificados por pragas, doenças, estresse hídrico, geada, entre outros. Como as brotações apresentam taxa de crescimento inicial elevada, a decepa de plantas jovens pode viabilizar a produção de biomassa para energia, e permitiria a exploração em rotações menores.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A decepa de plantas jovens pode ser usada no manejo da cultura do eucalipto, em sistemas agroflorestais, para a produção de madeira de dimensões reduzidas, em rotações mais curtas.

A decepa das plantas de eucalipto deve ser realizada o mais cedo possível, a fim de se manter a produtividade no mesmo nível da observada em plantas intactas, não havendo necessidade de desbrota quando se realiza a decepa de plantas jovens.

A decepa de árvores de eucalipto pode viabilizar a recuperação de povoamentos jovens que tiveram seu estande reduzido por algum tipo de dano.

REFERÊNCIAS

RIBASKI, Jorge; MONTOYA, Luciano Javier; RODIGHERI, Honorino Roque. Sistemas Agroflorestais: aspectos ambientais e socioeconômicos. 2001. Disponível em: <https://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/305995/1/Sistemasagroflorestais.pdf>. ANDRADE, E. N. - 1961 - O eucalipto. 2.a ed, Jundiaí, Cia Paulista de Estradas de Ferro. 667 p. LACERDA, Liliane. Sistemas Agroflorestais. 2009. Disponível em: <http://iasb.org.br/projetos/arquivos/arquivo_37_18.pdf>. Acesso em: 01 ago. 2018. SANTOS, Álvaro Figueredo dos et al. Transferência de Tecnologia Florestal: Cultivo de eucalipto em propriedades rurais: diversificação da produção e renda. 2014. Disponível em: <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/121607/1/Apostila-Serie-TT-Eucalipto.pdf>. Acesso em: 22 maio 2018. CACAU, Filipe Valadão et al. Decepa de plantas jovens de eucalipto e manejo de brotações, em um sistema agroflorestal. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pab/v43n11/03.pdf>. Acesso em: 01 ago. 2018.

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DETERMINAÇÃO DO VOLUME REAL DE RESIDUOS PÓS-COLHEITA EM POVOAMENTOS

DE Pinus taeda L. (Pinaceae)1

CHAGAS, Cleverson Brizola²; COELHO, Vitor Cezar Miessa3 ¹Trabalho de conclusão do curso de Engenharia Florestal da União Latino-americana de Tecnologia (ULT-FAJAR)1; Acadêmico do curso de Engenharia Florestal da União Latino-americana de Tecnologia (ULT-FAJAR), Jaguariaíva, Paraná, [email protected]; Professor Doutor do curso de Engenharia Florestal da União Latino-americana de Tecnologia (ULT-FAJAR), Jaguariaíva, Paraná, [email protected].

RESUMO

O objetivo deste trabalho é analisar comparativamente os volumes estimado e real de resíduos pós-colheita de povoamento de Pinus taeda L. (Pinaceae) na região de Jaguariaíva-PR. Para o desenvolvimento deste trabalho, será necessário descrever o volume de resíduos na colheita gerado pelo sistema computacional de inventário interno. Em seguida Levantar o volume real de resíduos pós-colheita no campo que são galhos, ponteiras, destopos, pedaços de fustes quebrados e tocos/cepas e desenvolver a comparação dos volumes real e estimado pós-colheita. PALAVRAS-CHAVE: Volume; Resíduos pós-colheita; Inventário interno.

INTRODUÇÃO

O inventário Florestal vem de forma ampla a mensurar, calcular e apresentar os valores numéricos resultantes da floresta e seus produtos em um total, e o quanto é a produção periódica ou total da mesma.

O Inventário florestal é composto por duas principais etapas que são, a coleta de dados onde é realizada a mensuração propriamente dita das florestas com auxílio de equipamentos que nos informa a medida direta ou indiretamente dos indivíduos existentes na área, as quais irão ser utilizadas na segunda etapa do inventário florestal, que é o processamento dos dados para se determinar a quantidade e a qualidade da floresta, utilizando de programas computacionais que calculam e diferenciam os diversos produtos que a mesma fornece. Uma ferramenta também muito utilizada para o levantamento do estoque de uma floresta é a volumetria, que determina a forma e o volume do material lenhoso particularmente ou em forma de pilhas.

Para a floresta ser liberada para corte-raso, é necessário se realizar um inventario florestal pré-corte, o qual vai expressar um volume acurado da floresta a ser colhida em um determinado período, estas informações obtidas complementarão parte do planejamento gerencial.

Para se processar o inventário florestal pré-corte, no software é necessário a utilização de alguns fatores para a determinação do volume comercial da floresta a ser colhida. Um destes fatores que alimenta o programa é o dos resíduos florestais, o qual possui grande peso na determinação do volume colhido e do volume desperdiçado. O volume de resíduos pós colheita é formados por ponteiras, pedaços de fustes, bolachas de destopos, tocos ou cepas. Deixados a campo e não faturado pela venda do material lenhoso.

Assim tendo uma falta de precisão no processamento do inventario pré-corte, devido a mal aplicação deste fator, o qual é indicado pelo próprio software. Resultando em erros significativos no volume comercial, no volume de resíduos e ocasionando a falta de precisão dos resultados do inventario pré-corte que repercute em falhas no planejamento gerencial, com relação ao volume a ser colhido e a renda a ser obtida com a colheita do projeto.

Desta forma, há necessidade de implantar uma metodologia para a mensuração dos resíduos florestais e o processamento destes dados para a geração do fator que garanta uma melhor acurácia dos volumes apontados pelo programa.

Desta maneira, o objetivo deste trabalho será, analisar comparativamente os volumes estimado e real de resíduos pós-colheita de povoamento de Pinus taeda L. (Pinaceae) na região de Jaguariaíva-PR.

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METODOLOGIA

O estudo será instalado para a quantificação e determinação do volume dos resíduos florestais gerados pela colheita da floresta, com o intuito de comparar o volume real dos resíduos pós colheita, com o fator expresso em percentagem ou mesmo em volume gerado a partir do software. O delineamento experimental será conduzido na Fazenda Santa Anna localizada no município de Pirai do Sul-Pr, pertencente a empresa SENGÉS FLORESTADORA E AGRICOLA LTDA. instalado em uma área pós colheita da espécie Pinus taeda possuindo 52,3862 ha de área plantada no espaçamento de 3,0 x 2,0 m, com idade de 23 anos, recém cortadas.

As parcelas serão distribuídas de forma sistemática pela bordadura do talhão espaçadas a 100 metrôs uma da outra instaladas sobre a área de abrangência a operação de processamento da madeira (leira de resíduos deixados no momento do processamento da madeira). A parcela seguirá as dimensões de 4,00 x 25,0 m totalizando 100m² onde serão mensurados os resíduos referentes a ponteias, galhos, destopos, pedaços de fuste quebrados.

Para a mensuração do volume dos tocos serão instaladas de forma aleatória com intensidade amostral de 1 parcela para cada 20 ha com as dimensões de 18,0 x 10,0 m totalizando 180 m², onde será mensurada a altura e o diâmetro do toco / cepa.

Os dados obtidos serão processados utilizando formulas e cálculos específicos junto com algumas ferramentas da estatística, e os resultados serão comparados com os valores obtidos no inventario pré-corte e com no volume de madeira retirada, assim conseguindo concluir o objetivo do estudo. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU DISCUSSÕES

As florestas plantadas começaram a ser implantadas a mais de um século. Onde a principal utilização da madeira era para a produção de dormentes que seriam empregados na confecção da estrada férrea. Já o pinus (Pinus spp.) foi introduzido na região sul do Brasil no ano de 1947, e sua principal função era fornecer madeira de rápido crescimento, suprindo a utilização de madeira e diminuindo a intensidade do desmatamento da mata atlântica, principalmente a Araucaria angustifolia e seus recursos naturais que vinham sendo explorados de forma intensa. (BEN, 2010).

Hoje as florestas plantadas ocupam em torno de 7,84 milhões de hectares, sendo 5,7 milhões de hectares de Eucalyptus spp. E 1,6 milhões de Pinus spp. Contribuindo com uma parcela de 6,2 % do PIB Industrial do País. (IBÁ, 2017).

Pinus taeda L segundo Lorenzi et al. (2003) está espécie é da família das Pinaceae originaria do Estados Unidos, aqui no Brasil é chamada popularmente de pinos, pinho-americano, pinho-rabo-de-raposa, pinheiro-do-banhado, pinheiro-americano. Possui em altura média em torno de 25 – 30 metros em sua fase adulta, fuste com casca marrom-avermelhada, fendida com crista escamosas, acículas (folha) possuindo 3 (três) em cada fascículo. Sua madeira é muito utilizada em construções civil, construção de barcos e dormentes.

Os resíduos florestais pós-colheita segundo Rummer, Seixas (2014) e Lippel (2018), são pequenos fragmentos da árvore como o topo (ponteira), pequenos galhos, ramos e folhas. E possuem características diferenciadas do fuste da própria árvore.

Braz, et al. (2014) reportou que o volume de resíduos basicamente é formado pela existência de galhos, secções de troncos, toco das árvores colhidas e de outros materiais pertinentes as árvores de menores valores ou sem valor comercial que são danificadas ou abatidas para liberar espaço para trabalhar com na remoção das árvores colhidas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como resultado deste trabalho, espera-se obter um fator de resíduo pós colheita ajustado a realidade das florestas de Pinus taeda da região de Jaguariaíva, gerando resultados satisfatórios e sem diferenças significativas, no resultado final do inventário pré-corte.

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REFERÊNCIAS

BEN – BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL. Relatório síntese, ano base 2016. Rio de Janeiro: Empresa de Pesquisa Energética, 2017. Disponível em: https://ben.epe.gov.br/, Acesso em: 27/05/2018 BRAZ, Rafael Leite et al. Resíduos da colheita florestal e do processamento da madeira na Amazônia – uma análise da cadeia produtiva. Universidade Federal do Paraná. Curitiba – PR; v. 5, N.2, p. 172. Outubro de 2012 RUMMER, Robert; SEIXAS, Fernando. COLHEITA DE RESÍDUOS FLORESTAIS PARA BIOENERGIA NOS EUA: O RECURSO FLORESTAL. Researchgate: Anais do VIII Simpósio Brasileiro, Uberlândia, v. 1, n. 5, p.4-5, 5 jun. 2014. Anual. LORENZI, Harri et al. ÁRVORES EXÓTICAS NO BRASIL: madeireiras, ornamentais e aromáticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2003, p 65. LIPPEL. Resíduos Florestais: Um grande potencial para geração de energia. Agrolândia: Lippel, 2018. Disponível em: <http://www.lippel.com.br/br/noticias/residuos-florestais-um-grande-potencial-para-geracao-de-energia-39.html>. Acesso em: 09 jun. 2018. INDUSTRIA BRASILEIRA DE ÁRVORES (IBÁ): Relatório 2017. São Paulo – SP: p. 30 – 35. Studio 113, 2017. Anual. Disponível em: <http://iba.org/images/shared/Biblioteca/IBA_RelatorioAnual2017.pdf>. Acesso em: 21 maio 2018. ZAGONEL, R. Análise da densidade ótima de estradas de uso florestal em relevo plano de áreas com produção de Pinus Taeda. 99 p. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais), Universidade Federal do Paraná, Curitiba-PR, 2005.

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EFEITOS DA APLICAÇÃO DE LODO CELULOSICO E CINZA DE CALDEIRA EM PLANTIO

DE Pinus taeda 1

WALYLO, Leandro2; BASSACO, Marcos Vinícius Martins3 1Projeto de Pesquisa; 2Discente, faculdades FatiFajar, Jaguariaíva, Paraná, [email protected]; ³Docente, faculdades FatiFajar, Jaguariaíva, Paraná, [email protected].

RESUMO

A geração de resíduos industriais para produção de celulose e papel é comum nesse processo, no entanto grandes quantidades de resíduo são geradas e descartadas nos aterros das empresas se tornando um desafio no quesito destinação. Dada a importância de aumento de produtividade e qualidade, as técnicas silviculturais, no que diz respeito a indicação correta do uso de fertilizantes minerais, o lodo por conter nutrientes essenciais pode ser uma alternativa ao uso dos fertilizantes minerais. Assim o aperfeiçoamento e a otimização do uso devem ser cada vez mais precisos. Levando em conta as informações acima descritas o desenvolvimento desse trabalho teve por objetivo avaliar crescimento em DAP (diâmetro altura do peito) da árvore em relação a dosagem da aplicação do lodo celulósico, avaliar crescimento em altura (altura total da árvore) em relação à dosagem do lodo aplicado, determinar a dose máxima de eficiência técnica (DMET). Para isso foi desenvolvido um experimento na região de Piraí do Sul, PR com aplicação crescente de lodo celulósico nas dosagens de 14, 25, 49 e 60 Mg ha-1 e avaliado o seu efeito no crescimento do Pinus taeda ao longo de 5 anos. Os resultados indicaram que houve efeito significativo a aplicação do lodo em todos os períodos avaliados, sendo a DMET de 45 Mg há-1 para todos os períodos e variáveis analisadas. Assim conclui-se que aplicação de lodo em solos pobres nutricionalmente apresentam efeito benéfico no crescimento do Pinus taeda. PALAVRAS-CHAVE: Resíduos industriais; Dendrometria; Pinus.

INTRODUÇÃO

Nos dias atuais a crescente demanda por produtos provenientes da indústria de celulose e papel é responsável pela elevação da produção de celulose. Assim são gerados diariamente um grande volume de resíduos sólidos oriundos do processo de produção, sendo que para cada tonelada de celulose produzida são gerados 800 kg de resíduos sólidos (G). (SASS, 2016)

Dentre os resíduos produzidos temos resíduos oriundos do processo “Kraft” para a extração de celulose, a lama de cal e o lodo orgânico resultante de tratamentos de efluentes líquidos, as cascas de eucalipto provenientes do processo de descascamento, as cinzas advindas da queima de biomassa nas caldeiras para obtenção de energia entre outros. (BARRETTO, 2008)

Segundo Klitzke (2011) o principal resíduo da indústria de papel e celulose é o lodo. Este resíduo na maioria das vezes é disposto em aterros industriais ou sanitários, embora sendo classificado como resíduo comercial e tem um enorme efeito desfavorável sobre o desenvolvimento da indústria de papel. Este lodo é composto de materiais fibrosos orgânicos, materiais argilosos inorgânicos e alguns constituintes diferentes, sendo dependente das características do processo e das técnicas de reaproveitamento empregadas. Pode variar muito de uma unidade fabril para outra, mesmo nos casos em que os produtos são semelhantes.

O crescimento de espécies florestais quando da aplicação de resíduos tem sido variável desde grandes acréscimos (Rodrigues et. al., 2005; Sikstrom et. al., 2010) até ausência de resposta (Parn, 2005; et. all.,). Mas em geral o uso de resíduos da indústria de celulose resulta em grande crescimento do que o ao uso de fertilizantes, provavelmente devido a presença de vários nutrientes nos resíduos Sayer (2004).

O beneficiamento de troncos de pinus na indústria de celulose gera múltiplos resíduos, como casca de madeira, lama de cal, lodo celulósico e cinza de caldeira, sendo que para cada Mg de celulose produzida são geradas aproximadamente 0,15 Mg de resíduos (Nolasco et al., 2005).

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Nas empresas do setor de celulose e papel são gerados diversos tipos de resíduos tais

como, os denominados “Dregs” e “Grits” oriundos do processo “Kraft” para a extração de celulose (Barretto, 2008); a lama de cal e o lodo orgânico resultante de tratamentos de efluentes líquidos (Barretto, 2008); as cascas de eucalipto provenientes do processo de descascamento (Mendonça et al., 2008); as cinzas advindas da queima de biomassa nas caldeiras para obtenção de energia (Gonçalves & Stape, 2002),

Nos processos de obtenção de seus produtos as indústrias do setor florestal normalmente geram resíduos os quais podem ter diferentes tipos de destino, sendo sua reutilização no ciclo de produção uma das disposições mais econômicas e ecologicamente corretas (Galbiatti et al., 2007; Santos et al., 2013).

Sabendo da deficiência nutricional dessas determinadas áreas, estudos têm sido realizados para determinação ou operacionalização desse resíduo, pois analisa a recomendação da dose ideal de resíduo industrial (lama de cal e cinza de caldeira), suficiente para atender a demanda nutricional do cultivo de Pinus e ajudar no desafio da destinação do resíduo industrial. Dessa maneira esse trabalho tem por objetivo avaliar o efeito da aplicação de lodo celulósico e cinza de caldeira no crescimento de Pinus taeda na região de Piraí do Sul, PR.

METODOLOGIA

O experimento foi instalado em Piraí do Sul estado do Paraná, Brasil, no talhão 14 da Fazenda Boqueirão da empresa ICP. O clima da região com temperaturas anuais variando entre 16 a 18ºC e precipitação média anual entre 1400 a 1600mm. O solo da área foi classificado como Neossolo Quartzarênico Órtico típico e relevo é ondulado. Talhão de reforma de cultivo de Pinus taeda, duas rotações de 12 anos cada. Não houve queima dos resíduos de colheita, sem histórico de correção ou fertilização da área.

Os tratamentos foram constituídos por doses da mistura de lodo celulósico (composto pelos lodos primário, terciário e biológico) e cinza, para atingir diferentes níveis de saturação por bases e consiste numa mistura de 70% lodo celulósico e com 30% cinza de caldeira, compostados durante aproximadamente 12 meses a céu aberto.

As doses de resíduo utilizadas foram definidas de modo a elevar a saturação de bases do solo para 20, 40, 60 e 80 %. As doses correspondentes foram 0, 14, 25, 49 e 60 Mg ha-1do material, respectivamente, além da testemunha sem aplicação da mistura.

As quantidades foram aplicadas superficialmente, sem incorporação, em toda área de cada parcela experimental, em junho de 2011, cerca de 180 dias após o plantio das mudas no campo. O ensaio apresenta delineamento experimental em blocos ao acaso e cinco repetições.

As avaliações biométricas das plantas foram realizadas aos 12, 26 e 40 meses após a aplicação das doses da mistura de lodo e cinza nas parcelas de pinus. As avaliações realizadas foram de altura, diâmetro, volume, área basal e massa seca (no último ano)

Os dados dendrométricos foram submetidos a análise de regressão, considerando a significância dos coeficientes, testada aos níveis de 1% e 5% de probabilidade, e pelo coeficiente de determinação (R2). A dose de máxima eficiência técnica, foi calculada por meio da primeira derivada da equação da regressão, para as análises foram utilizados os Microsoft Excel 2007 e SISVAR. DISCUSSÕES

Através da análise de regressão pode-se observar que houve efeito significativo para

aplicação do lodo nos três períodos avaliados ao nível de 1% de probabilidade para variável altura, diâmetro e volume. Para área basal também houve significância para os três períodos avaliados, porém no primeiro e último ano a significância ficou a 5% de probabilidade (Figura 1).

Assim com base nos resultados obtidos em estudos já implantados, a área instalada em 2011 e avaliada até 2016, com 5 anos de idade, mostrou que houve efeito do uso do resíduo sobre a altura, diâmetro DAP, área transversal, volume do tronco e massa seca de galhos nas árvores de P.taeda, com alterações que apresentaram resposta quadrática, sendo a máxima eficiência técnica próxima a 45 Mg ha-1 ao longo de todas as avaliações anuais. O efeito já no primeiro ano após a aplicação do resíduo era esperado e deve-se à combinação de solos muito pobres na condição natural, não reposição de nutrientes via adubação e calagem por dois ciclos de cultivo de pinus e mudas de alto potencial genético.

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Figura 1. Efeito de doses (Mg ha-¹) crescentes de resíduo (0, 14, 25, 49 e 60 Mg ha-1), nos parâmetros biométricos altura (A), diâmetro (B), área transversal (C), volume (D) e massa seca de galhos (E) nas árvores de Pinus taeda, em Pirai do Sul – Paraná, entre os anos de 2012 e 2014. ns = não significativo; ** = Significativo a 1%.

O acréscimo na altura e diâmetro das árvores de pinus ocorreu nos três anos avaliados e ao se comparar a testemunha com a dose de 45 Mg ha-¹, houve acréscimo de aproximadamente 40 % na altura das árvores. Corroborando com estes resultados, Rodrigues et al. (2005), após 7 anos da aplicação de resíduo da indústria de papel, constatou acréscimo de 80 % de massa total de pinus, com dose de máxima resposta de 74 Mg ha-1. Mesmo o pinus sendo uma cultura de baixa exigência nutricional, quando cultivado em melhores condições, apresenta respostas à fertilização (Faustino et al., 2013, Moro et al., 2014). Resultados semelhantes com a aplicação de biosólidos em coníferas foram encontrados por Ferreiro-Domínguez et al. (2001); Tonini et al. (2001) e Kimberley et al. (2004), com incrementos de diâmetro e altura nas árvores que receberam as doses mais elevadas de resíduos. (Sass, 2016)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto pode-se concluir que a aplicação do lodo celulósico na quantidade de 45 Mg ha-1 propiciou o maior crescimento das plantas de Pinus taeda desde as fases iniciais até o seu quinto ano. Logo a aplicação desse resíduo em solos arenosos e extremamente deficientes em nutrientes é benéfica para o desenvolvimento da cultura. REFERÊNCIAS

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Barretto, V. C. M. Resíduos de indústria de celulose e papel na fertilidade do solo e no desenvolvimento de eucalipto. Jaboticabal: UNESP, 2008. Demeyer A, Voundi Nkana JC, Verloo MG. Characteristics of wood ash and influence on soil properties and nutrient uptake: an Overview. Bioresource Technology. 2001; SASS, Anne Luize. Resíduo industrial celulósico no solo para melhorar o crescimento e a nutrição do Pinus taeda. Disponível em: <http://www.pgcisolo.agrarias.ufpr.br/portal/wp-content/uploads/2016/04/PDF-Dissertação-Anne-L.-Sass-2016.pdf>. Acesso em: 24 maio 2018. KLITZKE LI, Bulfe NM, Pinazo MA, Monteoliva SE, Graciano C. Dry weight partitioning and hydraulic traits in young Pinus taeda trees fertilized with nitrogen and phosphorus in a subtropical area. Tree Physiol. REISSMANN. Nutrição e adubação da cultura do pinus. 2000. Disponível em: <http://www.pgcisolo.agrarias.ufpr.br/>. Acesso em: 24 maio 2018. MENDONÇA. Desempenho de quatro espécies de Eucalyptus spp em plantios puros e consorciados com sabiá (Mimosa caesalpiniaefolia Benth) em cava de extração de argila. 2008. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590//>. Acesso em: 24 maio 2018. GALBIATTI, Joao Antonio et al. Formação de mudas de eucalipto com utilização de lixo orgânico e níveis de irrigação calculados por dois métodos. Engenharia Agrícola. GONÇALVES. Conservação e cultivo de solos para plantações florestais. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbeaa/v19n7/1415-4366-rbeaa>. Acesso em: 24 maio 2018. PÄRN, Henn. Effect of wood ash application on radial and height growth of young Scots pines (Pinus sylvestris L.). Metsanduslikud Uurimused/Forestry Studies, v. 42, p. 48-57, 2005. RODRÍGUEZ, A.; CASTRO, S.; MOSQUERA-LOSADA, M. R. Effects of dose and period of sewage sludge application on soil, tree and pasture components in a Pinus radiata D. Don silvopastoral system. Agroforestry systems, v. 2010. Rodrigues CM, Belotte AFJ, Dedeck RA, Gomes FS. Produtividade do Pinus taeda L. provocada pela aplicação de resíduo celulósico. Boletim de Pesquisa Florestal. 2005; Colombo, 51. Faustino LI, Bulfe NM, Pinazo MA, Monteoliva SE, Graciano C. Dry weight partitioning and hydraulic traits in young Pinus taeda trees fertilized with nitrogen and phosphorus in a subtropical area. Tree Physiol. 2013; 33:241-251. Ferreiro-Domínguez N, Rigueiro-Rodríguez NA, Bianchetto E, Mosquera-Losada MR. Effect of lime and sewage sludge fertilisation on tree and understory interaction in a silvopastoral system. Agriculture Ecosystems and Environment. 2014; 188: 72–79. Moro L, Gatiboni LC, Simonete MA, Cassol PC, Chaves DM. Resposta de Pinus taeda com diferentes idades à adubação NPK no Planalto Sul Catarinense. Revista Brasileira de Ciência do Solo. 2014; 38(4), 1181-1189. Tonini H, Finger CAG, Schneider PR, Spathelf P. Crescimento em altura de Pinus elliottii Engelm., na região de Piratini no Rio Grande do Sul - Brasil. Cienc. Rural. 2001; vol.31, n.3, pp.417-423. Kimberley MO, Wang H, Wilks PJ, Fisher CR, Magesan GN. Economic analysis of growth response from a pine plantation forest applied with biosolids. Forest Ecology and Management 189. 2004; 345–351.

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INFLUÊNCIA DA MANUTENÇÃO MECÂNICA NA EFICIÊNCIA OPERACIONAL E NO

CUSTO DA PRODUÇÃO DO HARVESTER NO SISTEMA DE TORAS CURTAS 1

LIMA, Giovane Franco de2; OLIVEIRA, Felipe Martins de3

1Dados parciais do trabalho de conclusão de curso do acadêmico; 2Acadêmico do curso de Engenharia Florestal da União Latino-americana de Tecnologia (ULT-Fajar), Jaguariaíva, Paraná, [email protected]; 3Professor do curso de Engenharia Florestal da União Latino-americana de tecnologia (ULT-Fajar), Jaguariaíva, Paraná, [email protected].

RESUMO

O presente trabalho analisou a influência da manutenção mecânica na eficiência operacional e no custo de produção de dois harvesters no sistema de toras curtas, em áreas de uma empresa florestal de grande porte, na região do município de Sengés, PR. Foi realizado o estudo em um módulo de colheita mecanizado, com sete equipamentos, em uma floresta de Pinus taeda, com 15 anos de idade, com volume médio individual de 0,20 m³cc, nos quais para este estudo foram selecionados dois tipos de equipamentos para análise, sendo um harvester de rodados de pneus e um harvester com rodados de esteiras, para os resultados sob a ótica da manutenção mecânica corretiva e preventiva. Os resultados evidenciaram que o desempenho do harvester de pneu foi melhor em relação ao de esteira com produtividade superior apesar do maior custo, considerando que as intervenções de paradas programadas e não programadas se mantiveram na média para ambos. PALAVRAS-CHAVE: Produtividade; Colheita florestal; Análise operacional.

INTRODUÇÃO

Alinhadas à inovação na colheita florestal, surgiu no mercado uma grande variedade de harvester, de acordo com a especificidade de cada operação e custo benefício (BROWN; DINIZ, 2017). Tais aspectos são completamente relevantes e significativos, e dentre está variedade existem os harvesters com rodados de pneus e aqueles com rodados de esteiras, os quais consistem em uma máquina base, por vezes uma escavadeira hidráulica, desenvolvida para fins de construção civil e terraplanagem, adaptada com um implemento colhedor, o mesmo utilizado em harvesters de pneus (DINIZ, 2016). Entretanto, a manutenção mecânica é diferente para estes dos tipos de equipamentos, haja vista as características peculiares de cada um. Assim, há diferenças no tempo de execução da manutenção mecânica entre um equipamento e outro, seja ela preditiva, preventiva ou corretiva. Estas diferenças podem influenciar no tempo de disponibilidade do equipamento, consequentemente na eficiência e nos custos da operação de colheita, no sistema de toras curtas, (PAULA, 2011).

Com introdução e investimento de novas máquinas com tecnologias de ponta para colheita florestal, a preocupação em manter competitividade da empresa é constante, (MACHADO ET AL., 2008). A falta de consideração com a manutenção pode acarretar em estratégias ruins, desvios precipitados e errôneos, pois está contribui significativamente e poderá melhorar a imagem da empresa, garantindo equipamentos disponíveis e confiáveis para operação. Neste sentido é visível que a manutenção mecânica é um dos fundamentos principais para os sistemas e processos de produção florestal, pois o atingimento das metas de produção será alcançado se as intervenções de eventuais paradas de correções mecânicas não programadas não forem mais necessárias, (PACCOLA, 2011)

Desta forma o estudo objetivou realizar uma análise operacional e de custos comparativa na operação de corte florestal mecanizado com dois modelos de harvester em florestas plantadas, sob a ótica das manutenções mecânicas, corretiva e preventiva, de forma a fornecer subsídios para melhoria da eficiência do trabalho.

METODOLOGIA

O estudo foi realizado em uma unidade de produção florestal de uma empresa de grande

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porte na região de Sengés, estado do Paraná. Situada entre as coordenadas geográficas latitude/longitude -24º 07’ 25’’ e -49º 22’ 11’’ e 730 metros de altitude, a área possuía clima subtropical úmido, com temperatura média de 19,9º C. A unidade florestal apresentava produção de madeira bruta em toras de aproximadamente 1.210.000 t/ano, cerca de 100.830 t/mês, onde a produção da colheita mecanizada era realizada no sistema de toras curtas e viabilizada em três grades de sortimentos. A madeira era utilizada na indústria para consumo próprio e tinha como produto o MDF (Medium Density Fiberboard), e para consumo de terceiros na produção de molduras, papel e celulose, além do beneficiamento em serrarias para outros produtos de madeira. A operação deste sistema de colheita mecanizada foi realizada durante o tempo de estudo do projeto avaliativo, em um povoamento de Pinus taeda sem desbaste, com 15 anos de idade, no espaçamento de 3x2 metros, com volume médio individual de 0,20 m³cc, na operação de corte raso em talhões de relevo levemente ondulado.

Foi avaliado o tempo de parada em manutenções corretivas e preventivas, a produtividade e os custos da manutenção, considerando a eficiência e o tempo disponível para produção nas operações de corte, derrubada e processamento. Com foco em dois modelos de harvesters, sendo um com rodado pneus (Figura 1) e outro com rodado de esteira (Figura 2) no sistema de colheita de toras curtas (cut-to-length), houve avaliação nas intervenções mecânicas corretivas e preventivas, tendo em vista a influência de paradas não programadas e programadas na sua produção.

As informações dos dois equipamentos referentes às suas características avaliadas, tempo programado para operação, tempo de manutenção corretiva, tempo de manutenção preventiva, produtividade, foram coletadas no período de 12 meses.

METODOLOGIA

O estudo foi realizado em uma unidade de produção florestal de uma empresa de grande porte na região de Sengés, estado do Paraná. Situada entre as coordenadas geográficas latitude/longitude -24º 07’ 25’’ e -49º 22’ 11’’ e 730 metros de altitude, a área possuía clima subtropical úmido, com temperatura média de 19,9º C. A unidade florestal apresentava produção de madeira bruta em toras de aproximadamente 1.210.000 t/ano, cerca de 100.830 t/mês, onde a produção da colheita mecanizada era realizada no sistema de toras curtas e viabilizada em três grades de sortimentos. A madeira era utilizada na indústria para consumo próprio e tinha como produto o MDF (Medium Density Fiberboard), e para consumo de terceiros na produção de molduras, papel e celulose, além do beneficiamento em serrarias para outros produtos de madeira. A operação deste sistema de colheita mecanizada foi realizada durante o tempo de estudo do projeto avaliativo, em um povoamento de Pinus taeda sem desbaste, com 15 anos de idade, no espaçamento de 3x2 metros, com volume médio individual de 0,20 m³cc, na operação de corte raso em talhões de relevo levemente ondulado. Foi avaliado o tempo de parada em manutenções corretivas e preventivas, a produtividade e os custos da manutenção, considerando a eficiência e o tempo disponível para produção nas operações de corte, derrubada e processamento. Com foco em dois modelos de harvesters, sendo um com rodado pneus e outro com rodado de esteiras (Figura 1) no sistema de colheita de toras curtas (cut-to-length), houve avaliação nas intervenções mecânicas corretivas e preventivas, tendo em vista a influência de paradas não programadas e programadas na sua produção. As informações dos dois equipamentos referentes às suas características avaliadas, tempo programado para operação, tempo de manutenção corretiva, tempo de manutenção preventiva, produtividade, foram coletadas no período de 12 meses.

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a) b) Figura 1. Modelo dos harvesters com rodados de pneus (a) e esteiras (b) estudados. Fonte: O autor. Foram compilados os tempos demandados para manutenção preventiva e corretiva em ambas as máquinas nos doze meses da avaliação, bem como as produtividades e os custos de manutenção. Todos os valores foram verificados e confirmados pela empresa estudada, coletados em sua base de dados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO Os valores de tempos de manutenção, produtividade e custos estão mostrados nas Tabelas 1 e 2. Tabela 1. Dados de Manutenções, Custos e Produtividade do Harvester com rodados de pneus

Mês Ano Modelo Harvester rodado de pneus

Horas Manut. Preventivas

Horas Manut.

Corretivas

Produtiv. M³ /Mês

Custo da Manut.

R$/Máq.

Junho 2017 John Deere 1270E 8x8 5,66 104,44 9668,04 26649,04 Julho 2017 John Deere 1270E 8x8 317,00 113,88 3669,75 23477,71

Agosto 2017 John Deere 1270E 8x8 9,33 62,82 8692,16 35460,06 Setembro 2017 John Deere 1270E 8x8 14,00 53,93 11323,96 24141,47 Outubro 2017 John Deere 1270E 8x8 18,30 25,00 10309,54 85424,00

Novembro 2017 John Deere 1270E 8x8 23,00 42,00 8693,81 107446,00 Dezembro 2017 John Deere 1270E 8x8 9,50 58,63 9308,91 21818,00

Janeiro 2018 John Deere 1270E 8x8 25,33 97,00 9624,68 44309,00 Fevereiro 2018 John Deere 1270E 8x8 21,67 78,65 9399,68 32228,00

Março 2018 John Deere 1270E 8x8 22,08 62,20 10078,34 116027,00 Abril 2018 John Deere 1270E 8x8 32,73 114,92 7688,55 65234,00 Maio 2018 John Deere 1270E 8x8 24,00 62,95 7945,71 27049,00

Média 43,55 73,04 8866,93 50771,94

Tabela 2. Dados de Manutenções, Custos e Produtividade do Harvester com rodados de esteira. Mês Ano Modelo Harvester

rodado de esteira Horas Manut. Preventivas

Horas Manut.

Corretivas

Produtiv. M³ /Mês

Custo da Manut.

R$/Máq.

Junho 2017 John Deere 210G LC 10,33 37,47 8112,04 5800,17 Julho 2017 John Deere 210G LC 309 100,35 8296,85 51579,65

Agosto 2017 John Deere 210G LC 6,50 137,68 5098,70 15983,88 Setembro 2017 John Deere 210G LC 9,00 107,35 4691,34 51678,93 Outubro 2017 John Deere 210G LC 6,83 145,99 212,12 13321,00

Novembro 2017 John Deere 210G LC 16,58 100,09 2576,85 32242,00 Dezembro 2017 John Deere 210G LC 11,63 49,72 8290,47 30453,00

Janeiro 2018 John Deere 210G LC 15,00 106,30 8642,09 36520,00

Fevereiro 2018 John Deere 210G LC 6,82 42,15 7182,20 25638,00 Março 2018 John Deere 210G LC 14,24 22,99 5012,21 11656,00 Abril 2018 John Deere 210G LC 28,35 49,35 5497,96 47586,00 Maio 2018 John Deere 210G LC 29,50 21,83 6686,70 44993,00

Média 38,65 76,77 5858,29 30620,97

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Como pode ser observado nos dados das tabelas, para o harvester com rodados de esteira tabela 2, no mês setembro, o mesmo gerou um custo de R$ 51.678,93 com uma baixa produtividade de 4691,34 m³cc, com um número elevado de manutenção corretiva, indicando maior tempo de máquina parada de forma não planejada, por problemas mecânicos. Por outro lado, considerando os dados da tabela 1 do harvester de pneu, observamos que nos meses novembro e março, o mesmo gerou um custo relativamente alto, porém manteve a média produtiva durante o ano, com média de manutenções preventivas maior em relação a tabela 2 e menor número de manutenções corretivas, no mês de julho onde teve número elevado de horas de manutenção preventiva sua produtividade ficou abaixo da média. CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com as observações desta pesquisa, conclui-se como resultado parcial, que para o harvester de pneus, apesar de uma obter um maior custo de manutenção, isso não influenciou em sua produtividade e desempenho segundo os dados apresentados. No harvester de esteira apesar da média de manutenções ser bem similar ao de pneu, seu desempenho ficou abaixo do esperado com média produtiva inferior e relação a tabela 1, conforme os dados aqui apresentados.

REFERÊNCIAS

BROWN, Rafael Oliveira; DINIZ, Carlos Cézar Cavassin. Colheita Florestal e Manutenção de Equipamentos Móveis. In: Semana de Aperfeiçoamento em Engenharia Florestal UFPR< 1., 2017, Curitiba. SEAFLOR. Curitiba:Ufpr, 2017. P.01-41. DINIZ, Carlos Cézar Cavassin. Aplicação do World Class Maintenance (WCM) na Manutenção de Máquinas de Colheita da Madeira. 2016. 111 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Pós-Graduação em Ciências Florestais, Unicentro- Universidade Estadual do Centro-oeste, Irati, 2016. MACHADO, Carlos Cardoso; SILVA, Elizabeth Neire da; PEREIRA, Reginaldo Sérgio. Colheita Florestal: O Setor Brasileiro e Colheita Florestal. 2. ed. Viçosa: Ufv, 2008. 501 p. PACCOLA, José Eduardo. Manutenção e Operação de Equipamentos Móveis: Excelência de Resultados. São José dos Campos: Jac, 2011. 272 p. PAULA, Elizabeth Neire da Silva Oliveira de. Avaliação Técnica de Custos e Ambiental de dois Modelos de Harvester na Colheita Florestal. 2011. 83 f. Tese (Doutorado) - Curso de Engenharia Florestal, Universidade Federal de Viçosa-ufv, Viçosa, 2011.

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INFLUÊNCIA DO DESBASTE NAS PROPRIEDADES TECNOLOGCAS DA MADEIRA DE

Pinus taeda L.1

MOREIRA, Natani2; MAGOSSI, Daniella Cristina3 1Dados parciais do trabalho de conclusão de curso da acadêmica; 2Acadêmico do curso de Engenharia Florestal da União Latino-americana de Tecnologia (ULT-Fajar), Jaguariaíva, Paraná; 3Professor do curso de Engenharia Florestal da União Latino-americana de tecnologia (ULT-Fajar), Jaguariaíva.

RESUMO

A madeira de Pinus taeda por ter se adaptado a condições climáticas ganhou cada vez mais espaço, principalmente na região sul e sudeste, devido ao seu rápido crescimento e ter uma grande demanda para abastecer o setor industrial, seja para madeira serrada, compensados, MDF, laminados, celulose papel, etc. Uns dois principais tratos silviculturais e o desbaste, esse trato silvicultural pode influenciar de diferentes maneiras, como reflexo na qualidade da madeira produzida. O objetivo e identificar qual é a influência que o número de desbaste interfere nas propriedades tecnológicas da madeira de Pinus taeda e como isso afetaria a sua qualidade. PALAVRAS-CHAVE: Setor industrial; Tratos silviculturais; Celulose.

INTRODUÇÃO

A introdução de pinus no Brasil foi por causa da grande demanda para abastecer o setor industrial, o Pinus taeda implantado no pais por volta de 1954. ele tem ganhado cada vez mais espaço, por ter rápido crescimento e grande emprego da sua madeira.

Hoje o pinus é considerado uma das principais matérias primas no abastecimento da industrias. Uma das formas de praticas silviculturais, e o desbastes exercem efeitos importantes na qualidade da madeira, O desbaste consiste em remover indivíduos com o menor potencial madeireiro aumentando o espaço útil para indivíduos remanescente, com vistas ao incremento volumétrico sendo que o espaço disponível para as árvores crescerem pode ter profundos efeitos nas suas propriedades em função do desenvolvimento da copa e do fuste. Porém, dependendo do estágio de crescimento em que o plantio se encontra este trato silvicultural pode influenciar de diferentes formas, com reflexo sobre a qualidade da madeira produzida. Com o objetivo de estudar a influência do número de desbastes nas propriedades físicas da madeira de Pinus taeda L. como subsídio para a melhoria da qualidade da madeira desta espécie nas condições de crescimento avaliadas.

METODOLOGIA

A coleta da madeira utilizada no presente estudo foi realizada em plantios comerciais da empresa Ciarnoski Agroflorestal e Cartonagem, localizada no município de Curitibanos, SC. Foram amostradas 3 árvores de Pinus taeda L. de dois plantios comerciais com 22 anos de idade, num total de 6 indivíduos, plantadas em um espaçamento inicial de 2,5 x 2,5 metros. Os plantios diferenciavam-se quanto ao número de desbastes conduzidos na área, tendo sido numa área conduzidos dois desbastes (aos 8 anos e 15 anos), e na outra área 3 desbastes (aos 8 anos, 15 anos e 19 anos). Os plantios estão distantes entre si cerca de 10 metros.

Em ambos os sistemas foram plantadas 1600 árvores por hectare, após os desbastes permaneceram 470 árvores com volume de 409,67 m³ por hectare e 340 árvores com volume 332,83 m³ por hectare para os sistemas com dois e três desbastes respectivamente. A área de estabelecimento dos plantios possui um solo classificado como Cambissolo, e relevo suavemente ondulado. Segundo Koeppen, o clima da região é do tipo Cfb, Clima temperado com verão ameno, temperatura média anual de aproximadamente 16ºC, com precipitação média anual de 1600 mm e altitude de 960 metros.

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DISCUSSÕES

De acordo com as análises estatísticas realizadas, as médias seguidas pela mesma

letra minúscula não variam entre a mesma posição dos plantios. Observa-se que a densidade básica e ponderada do sistema com dois desbastes foi a mesma e para a densidade básica e ponderada do sistema com três desbastes o valor foi superior para a densidade básica. A diferença entre os valores médios de densidade básica e ponderada para o plantio com 3 desbastes pode ser atribuído ao maior volume das árvores avaliadas.

Os resultados de densidade básica média são semelhantes aos analisados por Chies (2005), para Pinus taeda com 21 anos de idade e mesmo espaçamento, em que a densidade básica foi de 0,42 g/cm³ e por Melchioretto e Eleotério (2003) com Pinus taeda de 25 anos de idade e densidade de 0,37 g/cm³

É possível verificar que na posição longitudinal relativa a 75%, a madeira proveniente do plantio com 3 desbastes apresentou um aumento na densidade quando comparada com a posição 50%. Uma possível explicação para esse aumento está relacionada com a copa da árvore, já que, na região de inserção dos galhos, apresenta alterações na constituição anatômica da madeira, induzindo o aumento da densidade básica (PALERMO et al., 2003). Aumento da densidade nessa posição do tronco em Pinus sp. também foi verificado por outros pesquisadores (AMARAL et al., 1977; KLOCK, 1989; VICENTE et al., 2005). Porém autores como Kollmann e Coté (1968) apud Rezende et al. (1995), sustentam que a posição no tronco tem um considerável efeito na densidade da madeira e, geralmente a base tem madeira de maior densidade que a parte superior. Especificamente para Pinus spp., as variações em densidade no sentido longitudinal da árvore podem ser acentuadas a ponto de determinar diferentes classes de qualidade apenas em função da posição de origem da peça de madeira.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Com base nos resultados obtidos no estudo das propriedades tecnológicos da madeira de Pinus taeda L. é possível concluir que:

- As densidades básicas média e ponderada da espécie permitem classifica-la como madeira de baixa densidade.

- A densidade básica média em ambos os sistemas de desbaste apresentou uma tendência de redução no sentido axial da árvore.

- A espécie apresentou uma tendência de aumento nos valores da estabilidade dimensional da madeira próxima a casca em relação a madeira próxima a medula, embora não tenha sido verificada diferenças estatísticas entre os valores observados.

- O coeficiente de anisotropia da espécie foi classificado como normal (1,72), sendo indicada para usos como: estantes, mesas, armários, enfim usos que permitam pequenos empenamentos.

- É possível afirmar através dos resultados apresentados que não houve interferência do desbaste sobre a densidade básica e a estabilidade dimensional da madeira.

REFERÊNCIAS

JUTTEL, Luiza Griss. Influência do desbaste nas propriedades tecnológicas da madeira de Pinus taeda l. 2018. 30 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Florestal, Universidade Federal de Santa Catarina, Curitibanos, 2018. Disponível em: <file:///E:/faculdade/9°%20periodo/Pre%20projeto/arquivos%20para%20ler%20tcc/influencia%20do%20desbaste%20na%20tecnologia%20da%20madeira.pdf>. Acesso em: 09 ago. 2018.

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MÉTODOS DE EMPILHAMENTOS PARA SECAGEM AO AR LIVRE E SEMINATURAL1

SANTOS, Paulo Vitor Ferreia²; MAGOSSI, Daniella³ ¹Projeto de Pesquisa; ²Discente, Faculdade Fati/Fajar, Jaguariaíva, Paraná, [email protected]; ³Docente, Faculdade Fati/Fajar, Jaguariaíva, Paraná, [email protected].

RESUMO

Este trabalho teve como objetivo demonstrar três tipos de empilhamentos usados na secagem natural/seminatural (tradicional quadrado e triângulo), e qual tem o melhor desempenho. A secagem natural ou seminatural consiste em expor à madeira a ação dos fatores climáticos de um local de secagem, ambiente e a madeira que em permanente movimento servem para estabelecer um equilíbrio higroscópico entre o meio. Trata-se de um estudo descritivo e pratico, com a construção dos tipos de empilhamentos a serem analisados um tradicional, triângulo e quadrado depois de feito é retirado o teor de umidade de cada pilha para a comparação no final da secagem que durara em média 60 dias. Portanto o empilhamento que apresentou melhor desempenho é o método triângulo. PALAVRAS-CHAVE: Teor de umidade; Ponto de saturação das fibras (PSF); Madeira.

INTRODUÇÃO

O conteúdo de água contido na madeira é variável, e sua retirada começa a acontecer logo após sua derrubada.

A secagem natural ou seminatural consiste em expor à madeira a ação dos fatores climáticos de um local de secagem (temperatura, umidade relativa do ar), ambiente e a madeira que em permanente movimento servem para estabelecer um equilíbrio higroscópico entre o meio, (MÜLLER, 2007).

Uma alternativa barata de secar madeira, sem grandes investimentos e podendo ser conduzido próximo ao local de desdobro. Esse método de secagem pode ser combinado com a secagem convencional (estufas) visando atingir teor de umidade mais baixo, (BRAND, 2014). Santos (2002) “sugere a combinação da secagem ao ar, até o ponto de saturação das fibras, com a secagem convencional e observa que a secagem combinada leva 31% a mais de tempo do que o uso somente da convencional, mas reduz em 78% o tempo de ocupação da estufa”.

Assim esse trabalho tem como objetivo avaliar os tipos de empilhamentos usados para secagem natural ou seminatural (tradicional, triângulo e quadrado), qual tem seu melhor desempenho.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo e prático, com a construção dos tipos de empilhamentos a serem analisados um tradicional, triângulo e quadrado depois de feito é retirado o teor de umidade de cada pilha para a comparação no final da secagem que durara em média 60 dias. MÜLLER (2007), ‘’sugere que as agulhas devem ser cravadas paralelamente a direção das fibras porque, dependendo da espécie da madeira a resistividade pode ser duas ou três vezes maior na direção normal às fibras’’.

O método de empilhamento tradicional foi denominado assim, pois maioria das empresas que utiliza- se esse método utiliza esse nome “tradicional”. Que é utilizado tanto à secagem natural, seminatural e para a secagem convencional (estufas).

Neste caso, as tábuas foram dispostas lado a lado até atingir a largura de aproximadamente 1 m e as camadas foram separadas por tabiques de madeira. A pilha foi montada sobre uma base de madeira, com altura aproximada de 20 cm em relação ao solo, conforme Figura 1.

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Figura 1. Vista frontal do método de empilhamento tradicional, onde 1 = base da pilha, 2 = tábuas, 3 = tabiques e 4 = cobertura. Fonte: BRAND, 2014.

No formato de pilha triangular, as tábuas foram dispostas sobre uma base feita com tijolos, com 20 cm de altura em reação ao solo, com o objetivo de formar um triângulo entre as tábuas. As tábuas não foram separadas por tabiques, sendo assim, ficaram em contato entre si em dois pontos, conforme a Figura 2.

Figura 2. Vista superior e frontal do método de empilhamento triangular, onde 1 = tábuas e 2 = área de contato entre as tábuas. Fonte: BRAND, 2014. A disposição de pilha em formato quadrangular seguiu o mesmo padrão, porém formando ângulos de 90º graus entre as camadas de tábuas, como demonstrado na Figura 3.

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Figura 3. Vista superior e frontal do método de empilhamento quadrado, onde 1 = tábuas e 2 = área de contato entre as tábuas. Fonte: BRAND, 2014. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para avaliação do desempenho do processo de secagem foi utilizado como base o teor

de umidade iniciais, retirado logo após a montagem dos empilhamentos, e a comparação dos teores de umidades finais. A secagem foi finalizada após os 60 dias.

Após a comparação dos teores de umidades (TU), pode-se dizer que os três métodos de empilhamentos responderam bem com que o estudo exigia, perca de teor de umidade. Porém ao compará-los um se saiu melhor perante os demais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme já dito um empilhamento teve um desempenho melhor perante os demais, pelo fato de ter menos áreas em contato uma à outra, e assim possibilitando melhor a passagem do ar. Método de empilhamento triângulo.

REFERÊNCIAS

BRAND, Martha Andreia et al. Influência das condições meteorológicas e do método de empilhamento na qualidade da madeira serrada de Cupressus lusitanica Mill., submetida a secagem ao ar, em Lages–SC Influence of weather conditions and the type of stack in the quality of Cupressus lusitanica Mill. lumber, subjected to natural drying in Lages-SC. Lages–SC. Scientia Forestalis, Piracicaba, v. 42, n. 103, p. 429-437, 2014. SANTINI, E. J. Métodos de secagem de madeira. In: SEMINÁRIO SOBRE SECAGEM DE MADERA, 1., 1992, Santa Maria. Anais... Santa Maria: UFSM/CEPEF/FATEC, 1992. p. 47- 59. SANTOS, Gilson Roberto Vasconcelos dos. Otimização da secagem da madeira de Eucalyptus grandis (Hill ex Maiden). 2002. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. MÜLLER, Tatiana Souza. Redução do consumo de energia elétrica no processo de secagem de Pinus taeda. 2007.

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OTIMIZAÇÃO DO COZIMENTO KRAFT PARA PRODUÇÃO DE CELULOSE A PARTIR DE

MADEIRAS DE Eucalyptus globulus COM DIFERENTES TEORES DE LIGNINA 1

MATOS, Misael de2; SANTOS, Mara Eliza dos3 1Dissertação de Mestrado; 2Acadêmico de Engenharia Florestal, FAJAR, Jaguariaíva, Paraná, e-mail: [email protected]; 3Professora do Departamento de Engenharia Florestal, FAJAR, Jaguariaíva, Paraná, e-mail: [email protected].

RESUMO

Neste estudo, foi realizada a otimização do cozimento kraft de madeiras de Eucalyptus globulus com dois níveis diferentes de teor de lignina. Foram realizados 72 cozimentos com cavacos de seis árvores de Eucalyptus globulus Labill. subespécie globulus com oito anos de idade. As árvores foram selecionadas com base em uma amostragem de 50 indivíduos da espécie. Os cavacos das três árvores de menor teor de lignina, com média de 20,53%, foram misturados entre si proporcionalmente ao peso das árvores, formando o nível com teor de lignina baixo; os cavacos das três árvores de maior teor de lignina, com média de 23,02%, também misturados proporcionalmente entre si, formaram o nível de teor de lignina alto. Os dois níveis diferiram estatisticamente entre si, diferentemente das densidades básicas das madeiras não diferiram. Avaliaram-se três condições de temperatura máxima de cozimento (160, 165 e 170ºC) e três condições de álcali ativo (17, 18,5 e 20%) para os dois níveis de lignina. Através de análise de regressão estabeleceram-se relações entre as características das celuloses e as condições de cozimento que melhor representassem os pontos ótimos. PALAVRAS-CHAVE: Cozimento; Kraft; Análise; Condições

INTRODUÇÃO

A Na produção de polpas ou pastas celulósicas, a madeira do gênero Eucalyptus ocupa um lugar de destaque em relação a outras fontes de celulose, devido a sua composição química, seu baixo custo, abundância e disponibilidade, tanto a nível nacional e mundial. No Brasil, a madeira do gênero Eucalyptus representa uma das principais fontes de matéria-prima para a indústria de Papel e Celulose, o que leva o Brasil a se destacar como um dos maiores produtores de celulose de fibra curta do mundo, possuindo fábricas modernas que estão, cada vez mais, procurando avanços tecnológicos.

Pelo fato de apresentar menores teores de lignina na madeira, o Eucalyptus globulus têm sido encarado como uma atrativa oportunidade para o setor produtor de celulose do Sul do Brasil. Essa espécie, de introdução recente em plantios comerciais no País, pode se transformar em uma excelente alternativa para o setor brasileiro produtor de celulose e papel, tanto na forma de espécie pura, como de híbrida com outras espécies para propagação vegetativa (clonagem).

Para a produção de polpa celulósica, o processo de polpação química ou cozimento alcalino é o mais extensivamente utilizado. Dentre os processos de polpação química, temos o processo soda e o processo Kraft, que constituí como o principal processo empregado industrialmente para a produção de polpa química no mundo.

Segundo Cardoso (2002), nos processos químicos de celulose, ocorre uma inter-relação entre as variáveis de deslignificação, a variável temperatura máxima de cozimento e álcali ativo é de grande importância industrial, pois afetam diretamente a taxa de remoção de lignina e a qualidade do produto final, e, por serem de fácil controle nas operações industriais.

É de suma importância conhecer o que as interações entre estas variáveis causam frente a variações da taxa de lignina presente em cada espécie de eucalipto, dessa forma, a avaliação quantitativa dos resultados, advém de vários testes realizados, que analisados e comparados, mostram como se dá o comportamento de cada espécie analisada , lembrando que a impregnação, uma das etapas mais importantes da polpação, depende diretamente do conteúdo de vasos presente nas espécies envolvidas.

No presente estudo, elegeu-se como objetivo principal, realizar a otimização do cozimento kraft de madeiras de Eucalyptus globulus com dois níveis de lignina, diferentes entre si.

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METODOLOGIA

Foram selecionadas seis árvores, sendo que esta escolha foi baseada na dispersão do teor de lignina de 50 árvores de Eucalyptus globulus, previamente analisadas quimicamente na empresa Klabin Riocell. A dispersão ampla e com diferenças significativas do teor de lignina nestas 50 árvores possibilitou a seleção das seis árvores que foram classificadas, conforme o teor de lignina, em dois níveis: – Nível 1 – Baixo teor de lignina na madeira, composto por três árvores selecionadas por apresentarem menores resultados desses teores na população de árvores analisadas, mantendo-se a similaridade da densidade básica entre as seis árvores; – Nível 2 – Alto teor de lignina na madeira, composto por três árvores selecionadas por apresentarem maiores resultados desses teores na população de árvores analisadas, mantendo-se a similaridade da densidade básica entre as seis árvores.

Os cozimentos foram realizados segundo Klabin Riocell (1997), em digestor rotativo, aquecido eletricamente e constituído de tampa com quatro células cilíndricas, com capacidade de aproximadamente 1,3 litro cada uma, viabilizando a realização de quatro cozimentos simultâneos, onde foram testados os seguintes teores de lignina da madeira, álcalis ativos e temperaturas máximas a seguir: a) teores de lignina: nível 1 = baixo; nível 2 = alto. b) álcali ativo: 17, 18,5 e 20%. c) temperatura máxima: 160, 165 e 170ºC. O álcali ativo utilizado foi expresso como % NaOH, base madeira seca em estufa. As condições homogêneas para todos os cozimentos foram as seguintes: – sulfidez = 20%; – relação licor madeira = 4:1 l/kg; – tempo até a temperatura máxima = 90 minutos; – tempo à temperatura máxima = 60 minutos; – peso seco de cavacos = 190 g. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados das análises das celuloses marrons para o nível de teor de lignina baixo e para o nível de teor de lignina alto são apresentados nas Tabelas 1 e 2, respectivamente. Os resultados das celuloses das madeiras com baixo teor de lignina apresentam valores de número kappa menores para as mesmas condições de cozimento, quando comparadas com as celuloses das madeiras com alto teor de lignina. Já os rendimentos depurados são superiores, indicando que, para diferentes condições de cozimentos das madeiras de Eucalyptus globulus, o teor de lignina influência nos resultados dos cozimentos, devendo ser uma variável muito representativa no momento da escolha da matéria-prima industrial. Tabela 1. Média das quatro repetições das análises das celuloses marrons obtidas dos cavacos com nível de teor de lignina baixo.

Temperatura 160º C 165º C 170º C

Alcáli ativo Inicial % 17 18,5 20 17 18,5 20 17 18,5 20

Rendimento bruto % 56,8 55,6 53,4 55,8 53,2 51,6 53,4 52 51,2

Rendimento depurado % 42,9 51,7 52,7 54,4 52,8 51,4 52,9 51,9 51,2

Teor de rejeitos % 13,9 3,9 0,7 1,4 0,4 0,2 0,5 0,1 0

Nº Kappa 41 30,8 26,4 27,9 20,2 16,9 18,8 15,5 13,9

Alvura 34 36,6 39,5 36,5 40,2 41,8 37,6 40 43

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Tabela 2. Médias das quatro repetições das análises das celuloses marrons obtidas dos cavacos com nível de teor de lignina alto.

Temperatura 160º C 165º C 170º C

Alcáli ativo Inicial % 17 18,5 20 17 18,5 20 17 18,5 20

Rendimento bruto % 57,5 54,6 52,8 54 51,6 51 51,5 51,7 50

Rendimento depurado % 33,1 46,9 50,8 49 51 50,9 50,6 51,5 49,9

Teor de rejeitos % 24,4 7,7 2 5 0,6 0,1 0,9 0,2 0,1

Nº Kappa 50,6 37,1 31,6 33,7 24,2 20,4 23,7 18,3 15,8

Alvura 31 34,3 36,7 33 37,6 40,6 34,6 38,7 40,6

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nos resultados encontrados, apresentam-se, a seguir, as conclusões sobre a otimização das condições dos cozimentos kraft, para cada tipo de madeira de Eucalyptus globulus, e, posteriormente, uma conclusão geral para o experimento:

Madeira de Eucalyptus globulus com nível baixo de teor de lignina: para se obter número kappa 18, cozinhando-se madeira de Eucalyptus globulus com baixo teor de lignina, obtendo-se os melhores rendimentos e condições operacionais, a otimização indica temperatura máxima de 168ºC, com álcali ativo de 17,9%. Se o objetivo for celulose com maior viscosidade e hemicelulose menos degradada, a temperatura máxima a ser usada é 170ºC com 17,4% de álcali ativo. Celuloses não-branqueadas com alvura superior a 40%ISO, foram obtidas usando-se 165ºC de temperatura máxima e 19,4% de álcali ativo.

Madeira de Eucalyptus globulus com nível alto de teor de lignina: para obter um número kappa 18, cozinhando-se madeira de Eucalyptus globulus com alto teor de lignina, obtendo-se o máximo rendimento depurado estimado, celulose com boa viscosidade intrínseca e sem diminuir excessivamente o álcali efetivo residual e o pH, as condições otimizadas foram com a temperatura máxima de 169ºC para um álcali ativo de 19% ou uma temperatura máxima de 168ºC para um álcali ativo de 19,4%. As maiores percentagens de alvuras são obtidas com temperatura de 167ºC e álcali ativo de 19,9%. Maiores valores de viscosidade e S5 são obtidos utilizando-se temperaturas mais elevadas e cargas alcalinas mais baixas.

REFERÊNCIAS

CARDOSO, G. V. Otimização do cozimento kraft para produção de celulose a partir de madeiras de Eucalyptus globulus com diferentes teores de lignina. 2002. 147f. 2002. Tese de Doutorado. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal)–Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria.

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PODER CALORÍFICO DA BIOMASSA1

CAVALCANTE, Paulo Vitor²; MAGOSSI, Daniella³ ¹Trabalho de pesquisa e revisão bibliográfica; ²Discente, Faculdade Fati/Fajar, Jaguariaíva, Paraná, [email protected]; ³Docente, Faculdade Fati/Fajar, Jaguariaíva, Paraná, [email protected].

PALAVRAS-CHAVE: Poder calorífico; Densidade; Pinus taeda.

INTRODUÇÃO

Devido à crescente demanda por energia, está cada vez mais claro a necessidade de buscar novos meios de produção de energia a partir de produtos renováveis. Como alternativa ao uso de recursos não renováveis, a madeira proveniente de florestas plantadas se mostra bastante eficiente.

A energia produzida a partir da combustão da madeira (biomassa) vem ganhando cada vez mais espaço no setor energético por ser um recurso renovável, por possuir menor emissão de poluentes e por apresentar um poder calorífico considerável.

As florestas energéticas apresentam baixo custo de manutenção e as condições de clima do Brasil influenciam de forma positiva para um alto rendimento em tempo relativamente curto, o que atrai grandes investimentos para o setor já que há uma demanda muito grande por parte das indústrias de papel e celulose, metalúrgicas, entre outras.

METODOLOGIA

Este é um estudo de revisão de literatura, realizado no período de Junho de 2018, no qual foi realizado consultas a livros presentes na biblioteca da FAJAR – Jaguariaíva, artigos e periódicos, os quais foram analisados e assimilados para melhor compreensão e possível utilização em experimentos práticos futuros. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Nogueira e Lora (2003), biomassa é toda a matéria formada através da fotossíntese,

como por exemplo resíduos florestais e agrícolas, resíduos animais e a matéria orgânica contida nos resíduos industriais, domésticos, municipais e outros. A energia química presente nesses materiais, convertida pela fotossíntese, pode ser liberada em forma de calor através da combustão ou convertida em outras fontes de energia tais como o álcool e o carvão vegetal, utilizando-se outros processos.

A definição de fonte renovável, segundo Brand (2010), são fontes que tem sua regeneração mais rápida que seu uso como combustível ou fonte que possa ser manejada de acordo com a necessidade de uso.

Para Nogueira e Lora (2003), poder calorifico, teor de umidade e composição química (elementar e imediata) são as características mais importantes da biomassa como combustível. Na composição química elementar refere-se à massa seca, estando presente nesta o carbono, oxigênio, hidrogênio, nitrogênio cinzas e enxofre. A composição química imediata é referente à massa do combustível, materiais voláteis, carbono fixo e cinzas.

Nogueira e Lora (2003) definem que umidade é a quantidade de água que está livre no material, e que seu valor pode ser obtido por meio da diferença entre os pesos da amostra, antes e depois da secagem.

Brand (2010) afirma que o método mais utilizado para determinar o teor de umidade é a diferença entre o peso inicial (úmido) e o peso final após a secagem. Este valor é dado pela fórmula:

Umidade na base seca: TUbs= (Pi - Pf) / Pf

Umidade na base úmida: TUbu= (Pi - Pf) / Pi

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Onde: Pi e Pf representam respectivamente os valores da massa de uma mesma

amostra, sendo a primeira na base úmida e a segunda na base seca. Brand (2010) define poder calorifico como a quantidade de calor liberada durante o

processo de combustão completa de determinado volume ou massa de combustível (Kcal/Kg ou KJ/Kg; Kcal/m³ ou KJ/m³), o poder calorifico pode ser inferior e superior, sendo o inferior referente ao calor que pode ser utilizado de forma efetiva nos combustíveis e o poder calorifico superior é por volta de 10 a 20% mais elevado.

A densidade básica é de grande importância na utilização da biomassa como combustível, já que representa a massa do material sem influência de umidade na geração de energia, afirma Brand (2010), sendo que a densidade se dá pela quantidade de massa de um material em determinado volume, dado pela fórmula:

MEB= (M0% / Vs); onde: MEB= massa especifica básica (Kg/m³); M0%= massa a 0% de

umidade; Vs= volume saturado da biomassa. Segundo Paiva et al. (2013) quanto mais denso for o material maior é a energia liberada

por unidade de volume. Brand (2010) conclui que há uma relação linear entre a massa específica básica e o

poder calorífico, sendo que quanto maior a massa específica básica maior será o poder calorífico.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Espera-se que, por meio do levantamento dos diversos estudos feitos acerca da biomassa como fonte de energia, sejam avaliadas as possibilidades de melhorar o aproveitamento desse recurso.

REFERÊNCIAS

BRAND, Martha Andreia. Energia de Biomassa Florestal. Rio de Janeiro: Interciência, 2010. 114 p. NOGUEIRA, Luiz Augusto Horta; LORA, Electo Eduardo Silva. Dendroenergia: Fundamentos e Aplicações. 2. ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2003. 199 p. PAIVA, Haroldo Nogueira de et al. Cultivo de Eucalipto: Implantação e Manejo. Viçosa, Mg: Aprenda Fácil, 2013. 354 p.

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PODER CALORÍFICO E ANÁLISE IMEDIATA DA MARAVALHA DE PINUS (Pinus sp.) E ARAUCÁRIA (Araucaria angustifolia) DE REFLORESTAMENTO COMO RESÍDUOS DE

MADEIREIRA1

PAULA, Aline Soares de²; COELHO, Vitor Cezar Miessa³ ¹Resumo Expandido; ²Cursando Engenharia Florestal, ULT-Fajar, Jaguariaíva, Paraná, [email protected]; ³Doutor, UFPR, Curitiba, Paraná, [email protected].

RESUMO

O objetivo do presente trabalho foi avaliar o poder calorífico e realizar a análise imediata de resíduos de madeireiras na forma de maravalha. Foram avaliados os resíduos de dois tipos de madeiras: Araucária (Araucaria angustifolia) e Pinus sem espécie definida (Pinus sp). A coleta da maravalha foi realizada em uma madeireira que beneficia madeiras provenientes de reflorestamento destas espécies. O material coletado foi avaliado em uma bomba calorimétrica para a determinação do poder calorífico superior e inferior e para a determinação dos teores de umidade, cinzas, voláteis e carbono fixo. Foi realizada a análise imediata dos resíduos no forno mufla. Os principais resultados obtidos permitiram concluir que a maravalha de A. angustifolia apresentou um poder calorífico superior e inferior de 17,32 MJ.kg-1 e 17,00 MJ.Kg-1, respectivamente e o Pinus sp. um poder calorífico superior e inferior de 17,23 e 16,91 MJ.Kg-1, respectivamente. Quanto à análise imediata, a maravalha de A. angustifolia apresentou um menor teor de umidade, voláteis e cinzas de 28 %, 2,24 % e 2,24%, respectivamente, enquanto que os valores encontrados para a maravalha de Pinus sp. foram de 52 %, 4,42 % e 4,42 %, respectivamente para os mesmos fatores. O teor de carbono fixo encontrado na maravalha de A. angustifolia foi superior ao do Pinus sp., correspondendo 95,58 % e 91,15 %, respectivamente. PALAVRAS-CHAVE: Dendroenergia; Coníferas de reflorestamento; Poder calorífico.

INTRODUÇÃO

A biomassa é um recurso energético abundante e de baixo custo. Quando comparada a outras fontes renováveis tem como vantagem a possibilidade de armazenamento da matéria-prima, podendo comercializá-la em épocas de menor oferta e maior demanda. O uso de resíduos da silvicultura, incluindo o processamento de madeira, além de proporcionar alternativas sustentáveis para o desenvolvimento, representa importante papel na oferta futura da produção de bioenergia, sem causar impactos ambientais negativos, direta ou indiretamente.Os resíduos de serraria como biomassa florestal são o potencial mais promissor por ser fonte alternativa e renovável de energia e por sua disponibilidade.

Apesar dos avanços tecnológicos, o desperdício no setor madeireiro ainda é muito grande. Somente o resíduo de maravalha pode chegar a 20% do total da matéria-prima desperdiçada nas indústrias madeireiras, estando em primeiro lugar os resíduos de lenha ou cavacos, com 50% do volume total da matéria-prima.Atualmente, a madeira de A. angustifolia disponível no mercado provém de plantios florestais.Para a utilização desta biomassa florestal como fonte energética, devem-se considerar as características físicas e químicas do material, que podem influenciar no rendimento e na manutenção dos equipamentos que realizam os processos de combustão. A análise e acompanhamento de variáveis como teor de umidade (TU), teor de cinzas (TC) e poder calorífico elevam a eficiência do material, tornando-o competitivo frente a outras fontes de energia.

O objetivo deste trabalho foi avaliar, do ponto de vista energético, os resíduos de maravalha de Araucaria angustifolia e Pinus sp. in natura, provenientes do beneficiamento da indústria madeireira. Por meio da análise imediata, o Teor de Cinza, Teor de Voláteis e Teor de Carbono Fixo.

METODOLOGIA

O experimento teve seu desenvolvimento no Laboratório de Solos e no Laboratório de

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Resíduos Agroindustriais da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, em Cascavel – PR. As amostras de maravalha foram adquiridas na Madeireira BIASIN, na cidade de Realeza – PR. A madeireira tem como procedimento de trabalho o processamento secundário para a fabricação de peças como portas e janelas. Para este trabalho, os resíduos utilizados foram maravalha de Pinus sp. e A. angustifolia provenientes de plantios comerciais. As amostras foram disponibilizadas sem misturas, nas condições em que se encontravam após o processamento.As amostras de resíduos foram coletadas na indústria madeireira ao acaso, no montante total de resíduos produzidos no processamento das madeiras, coletando aproximadamente 1 quilograma de cada material.

Os resíduos obtidos na madeireira foram encaminhados ao Laboratório de Solos e de Resíduos Sólidos Urbanos da Universidade Estadual do Paraná onde foram determinados o teor de umidade, a análise imediata e o poder calorífico dos resíduos. Foram realizadas quatro repetições para cada amostra de biomassa. Foram analisadas e feito a determinação do Teor de Umidade (%), determinação do Teor de Voláteis (%), determinação do Teor de Cinzas (%), determinação do Teor de Carbono Fixo. Após a determinação dos teores de umidade, de matéria volátil e de cinzas da amostra, o teor de carbono fixo foi determinado indiretamente pela diferença entre os valores do teor de voláteis e teor de cinzas em porcentagem (%). Para a determinação do Poder Calorífico neste procedimento as amostras foram colocadas em uma bomba calorimétrica isotérmica para análise do Poder Calorífico Superior. Foram feitas 4 repetições segundo as amostras. A transformação dos valores do PCS para Poder Calorífico Inferior - PCI foram realizadas utilizando-se uma equação.

Para a análise e compreensão dos dados obtidos no experimento foi realizada a análise dos mesmos por meio da elaboração de planilhas e gráficos com a finalidade de avaliar os contrastes e comparar as médias dos valores encontrados para os aspectos energéticos e da análise imediata da maravalha de A. angustifolia e Pinus sp. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O termo biomassa refere-se a todo material orgânico proveniente de espécies vegetais,

que captam e armazenam energia solar, produzindo fotossíntese. A biomassa florestal, principalmente na forma de lenha, é tida atualmente como essencial, principalmente para os países em desenvolvimento. No Brasil esta fonte, somada a outras formas de energia tradicional, totalizam 12,5 % do total que o país necessita (LORA et al., 2009). A importância da utilização de biomassa residual deve-se a vários fatores, a começar pela prevenção de incêndios florestais, dada a retirada desta biomassa dos talhões, evitando prejuízos à economia local. Quando a geração de energia é obtida através do uso da madeira como combustível, seja esta proveniente de florestas energéticas ou de processos industriais, designa-se dendroenergia (NOGUEIRA; LORA, 2003). No Brasil, aproximadamente 30 milhões de toneladas de resíduos de madeira são gerados anualmente. Deste total, a indústria madeireira contribui com 91%, sendo a principal fonte geradora de resíduos. Comparativamente e bem menos expressivos, a participação dos resíduos de madeira da construção civil e do meio urbano representam 3 % e 8 %, respectivamente.

A maravalha de Pinus taeda, gerada por plainas nas instalações de serraria/beneficiamento e disponibilizada exclusivamente no estado seco (CALEGARI et al., 2005), Resulta em um poder calorífico superior de 4.945 kcal.Kg-1, superior ao do briquete de biomassa lignocelulósica de 4.700 kcal.Kg-1.

A biomassa florestal disponível e utilizada pelas indústrias como fonte primária de energia na geração de vapor de processo, provém das espécies de Pinus sp e Eucaliptus sp. (SORDI et al., 2002). Esta biomassa, segundo o mesmo autor, pode ser utilizada pelas indústrias na geração própria de eletricidade e vapor de processo com a utilização de turbinas a vapor, principalmente pelo baixo custo dessa fonte primária e disponibilidade de biomassa florestal na região Oeste do Paraná.Para o aproveitamento racional e adequado dos resíduos florestais, faz-se necessário o estudo de suas propriedades energéticas (PROTÁSIO, 2011). Neste caso, o poder calorífico é um excelente parâmetro de avaliação da potencialidade energética dos combustíveis de biomassa (BRAND, 2010). O poder calorífico de um material é expresso pelo conteúdo de energia que é liberada quando o material é queimado no ar. Sendo assim, o calor gerado durante a combustão de diferentes espécies florestais ou resíduos madeireiros pode variar dependendo de suas propriedades físicas, químicas e anatômicas (ALMEIDA, 2010). Divide-se em Superior e Inferior. O Poder Calorífico Superior – PCS, refere-se à quantidade de

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calorias liberadas por um material em sua combustão completa. Quanto maior for este parâmetro, maior será a energia contida no combustível (CARVALHO JÚNIOR, 2010). A partir do PCS, obtém-se o Poder Calorífico Inferior do material.

O PCI representa o calor efetivamente possível de ser utilizado nos combustíveis (NOGUEIRA; LORA, 2003). O Teor de Umidade é o fator que exerce maior influência sobre a queima de materiais combustíveis (SOUZA, 2010). O Teor de Umidade – TU, pode apresentar variações quando relacionada às diferentes espécies, clima e armazenamento, dificultando o controle do processo de combustão, principalmente por ser inversamente proporcional ao poder calorífico, tornando-o negativo, pela quantidade de calor necessária para evaporá-la (BRITO; BARRICHELO, 1979). Combustão é a transformação da energia química dos combustíveis em calor, por meio de reações dos elementos constituintes com o oxigênio fornecido. No processo de combustão direta, fatores como a alta umidade, e a baixa densidade energética do combustível, podem tornar o processo ineficiente (ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, 2005). O processo de combustão da biomassa transcorre primeiro em uma etapa homogênea - queima dos voláteis, e depois heterogênea - combustão dos resíduos de carbono, conforme as condições de fornecimento e mistura de ar combustível (NOGUEIRA; LORA, 2003). O gás resultante do processo de gaseificação, com baixo poder calorífico é utilizado na geração de energia elétrica através dos motores de combustão interna, caldeiras e geradores de vapor para turbinas a vapor (MOURAD et al., 2004).

A cinza de madeira é o resíduo gerado devido à combustão de madeira e seus produtos. É o resíduo remanescente após a combustão. De acordo com os princípios de desenvolvimento sustentável, a utilização da biomassa florestal para energia é reconhecida como uma medida de mitigação do aquecimento global, pois substitui os combustíveis fósseis e diminui a emissão de gases de efeito estufa (STUPAK et al., 2007). Por conter menores teores de enxofre e de nitrogênio nos resíduos de biomassa, a sua utilização também gera menos poluição ambiental e risco à saúde do que a combustão dos recursos não renováveis. A madeira é constituída de carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, este em pequenas quantidades. Do ponto de vista da composição química da madeira, os componentes macromoleculares que constituem a parede celular são a celulose, polioses (hemiceluloses) e lignina. Estas proporções diferem entre coníferas e folhosas, enquanto que a celulose é um componente uniforme da madeira. (CARVALHO, 2010).

RESULTADOS

A partir dos resultados obtidos com o experimento realizado com a maravalha de A. angustiflolia e maravalha de Pinus sp., pode-se concluir que o potencial energético da maravalha de A. angustifolia foi maior do que o da maravalha de Pinus sp, sendo que o valores apresentados para o PCS e PCI da maravalha de A. angustifolia foram de 17,32 e17,00 MJ.kg-1, respectivamente, enquanto que, para o resíduo de maravalha de Pinus sp., o PCS e o PCI foram de 17,23 e 16,91 MJ.kg-1, respectivamente.

Com relação à análise imediata, a maravalha de A. angustifolia e a maravalha de Pinus sp apresentaram valores médios de teor de umidade semelhantes, 11,34% e 11,30%, respectivamente. Apesar dos valores médios não apresentarem diferenças significativas, houveram discrepâncias entre os valores das repetições.

Quanto aos valores encontrados para os teores de voláteis e cinzas, para a maravalha de A. angustifolia foram de 2,24 % e 2,24%, respectivamente, valores inferiores aos encontrados para a maravalha de Pinus sp. de 4,42 % e 4,42 %, respectivamente.

O teor de carbono fixo encontrado na maravalha de A. angustifolia foi superior ao do Pinus sp., correspondendo a 95,58 % e 91,15 %, respectivamente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se, portanto, que o resíduo de maravalha de A. angustifolia apresentou menores teores de cinzas e voláteis, além de elevado teor de carbono fixo, quando comparado com o resíduo de Pinus sp, sendo que o teor de umidade não diferiu significativamente. Estas características explicam o melhor potencial energético da A. angustifolia, uma vez que as mesmas exercem influência no processo de combustão dos materiais.

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REFERÊNCIAS

MENEZES, Marta Juliana Schmatz. Poder Calorífico e Análise Imediata da Maravalha de Pinus (Pinus sp) e Araucária (Araucariaangustifolia) de Reflorestamento como Resíduos de Madeira. 2013. Disponível em: <http://projetos.unioeste.br/pos/media/Dissertacao_Marta_J_S_Menezes.pdf>. Acesso em: 19 maio 2018.

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PROPOSIÇÃO DO USO DO FATOR DE FORMA COMO VARIÁVEL INDEPENDENTE EM

EQUAÇÃO DE VOLUME INDIVIDUAL PARA Pinus taeda L.1

RUIVO, Rennan Geraldo2; COELHO, Vitor Cezar Miessa3 ¹Projeto de pesquisa; ²Acadêmico de Engenharia Florestal, FAJAR, Jaguariaíva, Paraná, e-mail: [email protected]; ³Professor do Departamento de Engenharia Florestal, FAJAR, Jaguariaíva, Paraná, e-mail: [email protected].

RESUMO

Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a acurácia de uma equação de volume individual posteriormente à adição do fator de forma como variável independente. Através de um estudo de campo, de cunho quantitativo e perspectiva longitudinal, foram utilizados dados de indivíduos de Pinus taeda L. com duas diferentes idades e dois diferentes regimes de manejo. Para comparação entre equações e avaliação do modelo proposto, com a adição do fator de forma, em relação à melhor equação clássica, foram utilizados os critérios: análise gráfica de resíduos, R² ajustado, Sxy, teste F, Bias, Média das diferenças absolutas e Desvio padrão das diferenças absolutas. A inclusão do fator de forma como variável independente, proporcionou uma melhoria da acurácia das estimativas para os dados dos Regimes de manejo A e B. PALAVRAS-CHAVE: Pinus taeda; Inventário florestal; Modelos volumétricos; Fator de forma.

INTRODUÇÃO

A Em se tratando da área florestal, no que diz respeito às suas atividades, é parte componente desta a mensuração florestal, a qual se faz importante para o conhecimento de um determinado estoque de madeira existente (atual ou futuro) em um dado povoamento. Conforme Leite & Andrade (2002), Cunha (2004), Campos & Leite (2009) e Vibrans, Gasper & Müller (2012), um inventário florestal possibilita o levantamento de informações quantitativas e qualitativas dos recursos florestais existentes em uma área. Essas informações fornecem subsídios aos gestores desta determinada área para planejar atividades de manejo e conservação dos recursos nela existentes.

Conforme Ahrens (1983), Prodan et al. (1997), Cunha (2004) e Machado & Figueiredo Filho (2009), o volume da árvore é uma função matemática de três de suas variáveis, que são a área transversal, a altura e a forma. A forma da árvore é um fator que exerce influência sobre o seu volume, uma vez que dois diferentes indivíduos com iguais dimensões em altura e diâmetro entre si, se possuírem forma diferente em seus fustes, consequentemente apresentarão volumes diferentes (CAMPOS; LEITE, 2009).

Dentre as possibilidades de obtenção do volume individual de árvores, existem algumas equações matemáticas as quais são utilizadas para esse fim. Alguns modelos já preconizados permitem a estimativa do volume das árvores utilizando como variáveis independentes o DAP e a altura, estas proporcionam determinados níveis de acurácia, porém não atingem exatamente os valores reais, apenas aproximam-se destes.

Para Milone (2006), há influência direta do número de variáveis significativas sobre a capacidade de estimativa de uma dada equação, de modo que quanto maior o número de variáveis componentes de uma equação, melhor será o ajuste proporcionado por esta.

O objetivo do presente trabalho consiste em avaliar a acurácia de uma equação de volume individual posteriormente à adição do fator de forma como variável independente. Este deve elucidar a seguinte questão: a acurácia das estimativas pode ser melhorada com a adição do fator de forma como variável independente?

METODOLOGIA

A pesquisa foi desenvolvida sob cunho quantitativo, uma vez que esta utiliza-se da coleta de dados, processamento e aplicação de análises estatísticas para subsidiar inferências. Em se tratando da perspectiva do estudo, esta é longitudinal. A sua finalidade possui caráter descritivo

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e o meio é o tipo de pesquisa de campo.

A população a qual foi abordada para a coleta dos dados é compreendida em povoamentos de Pinus taeda L. com diferentes idades e diferentes regimes de manejo, sendo o regime A (5 anos e nenhum desbaste) e regime B (6 anos e nenhum desbaste). Para o teste das equações foram utilizados os dados de 142 árvores, sendo 71 do regime A e 71 do regime B. Já a amostra empregada foi a amostra probabilística, tendo em vista que a probabilidade de um indivíduo compor a amostra é conhecida e a seleção é feita de forma aleatória.

Os dados foram obtidos no Laboratório de Mensuração florestal da Escola de florestas da Universidade Federal do Paraná – UFPR, onde o método de cubagem rigorosa utilizado foi o de Smalian. Posteriormente foram testadas 5 equações volumétricas clássicas da literatura: Husch, Kopesky-Gehrhardt, Schumacher-Hall (ln), Spurr (log) e Stoate, para os dados de cada regime de manejo. Os cálculos para o ajuste das equações foram realizados através da utilização da ferramenta de análise de dados – regressão, do software Microsoft Office Excel® 2016.

A análise comparativa entre modelos foi realizada primeiramente para a seleção da equação de melhor desempenho dentre os modelos clássicos testados, em um segundo momento foi executada visando a comparação entre o melhor modelo clássico e o modelo proposto com a adição do fator de forma como variável independente. As análises comparativas se deram segundo alguns critérios estatísticos apontados na literatura conforme a seguinte listagem:

1. Análise gráfica dos resíduos: para a verificação da distribuição gráfica dos resíduos ao longo da extensão da linha de regressão, entre uma equação e outra; 2. Coeficiente de determinação ajustado (R² Aj.%): para observação do aumento ou decréscimo da relação entre variável dependente e variáveis independentes, entre equações; 3. Erro padrão da estimativa (Sxy%): para observação do aumento ou decréscimo da dispersão média ao longo da linha de regressão, entre equações; 4. Teste F: para verificação do aumento ou não da diferença entre F tabelar e F calculado, entre equações; 5. Bias (%): quantificação do erro sistemático entre equações; 6. Média das diferenças absolutas (MDA): quantificação das diferenças absolutas observadas entre valores reais e estimados por cada modelo; Desvio padrão das diferenças absolutas (DPDA): expressão do grau de dispersão

encontrado no conjunto de valores das diferenças absolutas ocorrentes entre valores reais e estimados. RESULTADO E DISCUSSÃO

Os resultados obtidos estão expressos nas tabelas 01 e 02 e nas figuras 01, 02, 03 e

04, onde visualiza-se o desempenho da equação de Schumacher (ln) em comparação com a equação proposta. Tabela 01. Critérios estatísticos – Regime A.

Equação R² Aj. (%) Sxy (%) Fcalc. Ftabelar Bias (%) MDA DPDA

Schumacher (ln) 99,09 6,83 3794,86 1,76E-70 -32,97 -0,000005 0,0044

Schumacher (ln) + FF 99,39 5,20 3819,30 8,46E-75 -21,74 0,000016 0,0033

Tabela 02. Critérios estatísticos – Regime B.

Equação R² Aj. (%) Sxy (%) Fcalc. Ftabelar Bias (%) MDA DPDA

Schumacher (ln) 98,94 7,16 3274,98 2,52E-68

-25,60 0,000170 0,0075

Schumacher (ln) + FF 99,02 6,73 2370,03 6,56E-68

-23,51 0,000040 0,0070

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Figura 03. Resíduos – Regime B Figura 04. Resíduos – Regime B

É possível analisar uma melhoria de ajuste e mitigação de erros e resíduos através do emprego da equação acrescida do fator de forma em relação à equação de Schumacher (ln). Panichek (2012), em estudo semelhante, porém voltado ao Eucalyptus grandis Hill ex Maiden, também constatou ganho nos resultados dos critérios estatísticos, elevando a qualidade das estimativas de volume individual.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Houve melhoria na acurácia das estimativas pela equação proposta com o fator de forma como variável independente em relação ao modelo de Schumacher (ln), para os dados dos regimes de manejo A e B.

REFERÊNCIAS

AHRENS, Sergio. Importância da distribuição de resíduos de regressão na seleção de equações de volume. In: Embrapa Florestas-Artigo em anais de congresso (ALICE). Silvicultura, São Paulo, v. 8, n. 28, p. 609-614, 1983. CAMPOS, João Carlos Chagas; LEITE, Helio Garcia. Mensuração florestal: perguntas e respostas. 3. ed. Viçosa: UFV, 2009. 548 p. (978-85-7269-362-2). CUNHA, Ulisses Silva da. Dendrometria e inventário florestal. Escola Agrotécnica Federal de Manaus, Manaus, 2004. LEITE, Helio Garcia; ANDRADE, Valdir Carlos Lima de. Um método para condução de inventários florestais sem o uso de equações volumétricas. Revista Árvore, Viçosa, v.26, n.3, p.321-328, 2002.

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PANICHEK, Rafael. Avaliação do uso do fator de forma no ajuste de equações de estimativa de volume individual. 2012. 41 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Florestal, União Latino-americana de Tecnologia, Jaguariaíva, 2012. PRODAN, Michail et al. Mensura Forestal. San José, Costa Rica: Instituto Interamericano de Cooperación Para La Agricultura (IICA), 1997. 586 p. (92-9039-304 1). MACHADO, Sebastião do Amaral; FIGUEIREDO FILHO, Afonso. Dendrometria. 2. ed. Guarapuava: UNICENTRO, 2009. 316 p. (85-89346-19-6). MILONE, Giuseppe. Estatística: geral e aplicada. São Paulo: Thomson Learning, 2006. 484 p. (85-221-0339-9). VIBRANS, Alexander Christian; GASPER, André Luís; MÜLLER, Juarez José Vanni. Para que inventariar florestas? Reflexões sobre a finalidade do Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina. Revista de estudos ambientais, v. 14, n. 1, p. 6-13, 2012.

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UTILIZAÇÃO DO VEÍCULO AÉREO NÃO TRIPULADO PARA MENSURAÇÃO DE MADEIRA

EMPILHADA 1

BATISTA, Mauricio2; PIEDADE, Tales Campos3 ¹Projeto de Pesquisa; ²Discente, faculdades FatiFajar, Jaguariaíva, Paraná, [email protected]; ³Docente, faculdades FatiFajar, Jaguariaíva, Paraná, [email protected].

RESUMO

A utilização do uso dos veículos aéreos não tripulados VANTs a partir do século XXI tem proporcionado a obtenção de informações geográficas por meio de sistemas aerofotogramétricos embarcados em plataformas controladas de forma remota. A facilidade da operação destes equipamentos aumenta a gama de informações cartográficas produzidas, e com isso surgiu a ideia deste projeto de pesquisa. O presente trabalho teve como objetivo propor uma metodologia capaz de gerar um ortomosaico com imagens obtidas por um VANT para assim cotejar a assertividade do volume de madeira empilhada calculado com uso das fotografias aéreas em relação ao volume adquirido pelo método tradicional de inventário. PALAVRAS-CHAVE: VANT; Ortomosaico; Cotejar.

INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, com o avanço da tecnologia tornou-se possível realizar a fotogrametria digital a partir de Veículos Aéreos Não Tripulados conhecidos popularmente como VANTs. O uso do mesmo na área florestal tem sido cada vez mais comum, pois surge como uma alternativa viável para realização do planejamento florestal, além de ser uma importante ferramenta de monitoramento.

Diante desta nova tecnologia, o objetivo foi avaliar a utilização das fotografias aéreas coletadas com um VANT para mensuração de volume de madeira empilhada em comparação aos dados coletados através do método de mensuração tradicional (inventário manual). Com o uso de fotografias aéreas coletadas com o VANT obtêm-se a localização do estoque de madeira em campo, de forma a auxiliar na venda e no escoamento de madeira.

Para realizar esse projeto foi executado o plano de voo semiautônomo para fotogrametria usando o VANT, cujo produto é a obtenção de fotos aéreas, visando à estimativa volumétrica das madeiras empilhadas em campo. Também foi realizado a mensuração de pilhas pelo método tradicional (inventário manual) com uso de trena, régua e um tablet.

O estudo foi realizado em uma empresa florestal localizada no município de Arapoti na região norte do Estado do Paraná também conhecida como polo florestal do norte pioneiro.

METODOLOGIA

Os estudos foram realizados em uma empresa florestal, na região do município de Arapoti, norte do estado do Paraná. Foram utilizadas 44 pilhas de madeira de Pinus taeda, que estavam empilhadas lateralmente as estradas principais e secundárias dos talhões. Em cada pilha foi obtido o volume real em estéreo (mst) pelo método de mensuração tradicional (inventário manual), e realizado a coleta de fotografias aéreas com o Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT), após isso as mesmas foram processadas e calculadas a fim de obter seu volume em (mst), os quais foram confrontados chegando ao resultado. Inventário Tradicional:

Para se obter os volumes em (m³) e (st) foram realizados os seguintes passos, com uma trena de 5m foi coletado o diâmetro e o comprimento de três toras por pilha para identificar seu sortimento, na sequencia esticada a trena de 50m para coletar o comprimento da pilha e utiliza-la como referência para coletar as alturas de 2 em 2 metros com uma régua. Com uso de um tablet instalado o aplicativo KoBoCollect os dados foram cadastrados e gerou-se alguns

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formulários os quais foram exportados e importados para o excel, onde foram calculados chegando- se no resultado em (m³) e (st). Inventário com VANT:

Para coletar as fotografias aéreas foi utilizado o equipamento G Survey Scout, produzido pela empresa G-Drone que é uma plataforma asa-fixa (com formato em delta) com funções autônomas de voo para aerofotogrametria e mapeamento. Sua decolagem é por arremesso manual, não exigindo qualquer estrutura de lançamento. É um equipamento voltado para mapeamento e aplicações nas quais a facilidade de transporte é um ponto chave. Escolha do Alvo ou Área de Interesse:

A escolha da área de interesse foi feita de acordo com a maior concentração de pilhas de madeira, de modo a otimizar a autonomia do VANT e consequentemente adquirir um maior número de amostras de pilhas por voo. Definição da Altura de Voo e Pixel:

De forma a garantir os 2,85 cm de Ground Sample Distance (GSD) que se refere a distância da amostra do solo e com uso da câmera Canon SX230 HS 12 megapixels foi definido a altura de voo em 70 m de altitude, deste modo garantindo uma excelente resolução das fotos aéreas. Cada pixel da imagem armazenou um valor ponderado de toda a energia refletida correspondente a sua área no terreno de acordo com o GSD utilizado, ou seja, cada pixel representa a fração de 2,85 cm da imagem num todo. Plano e Realização do Voo:

Para criar o plano de voo foi utilizado o software Mission Planer. O sistema de voo utilizado foi o de voo automático, realizado em linhas longitudinais, de modo a respeitar a sobreposição lateral nas faixas de voo de 70% (side lap) e de 80 % na sobreposição frontal (over lap). O voo foi realizado no dia 15 de junho de 2018 e teve início ás 13:30h as 16:30h período onde as condições climáticas estavam adequadas, tendo a aumentar a qualidade das fotos aéreas.

Processamento das Fotos Aéreas:

As fotografias foram processadas no software Agisoft photoscan de modo a gerar como produto deste processamento os ortomosaicos e o modelo digital de superfície (MDS), que foi gerado usando o método de estereoscopia digital com base nas fotos aéreas. Utilizando o MDS foi possível obter o perfil de cada pilha, empregando para isso o software Quantun GIS 2.18.15.

Identificação do Volume das Pilhas:

Para calcular o volume das pilhas foi necessário obter a área da face da pilha e multiplicar pelo comprimento das toras.

Coleta de Dados de Alturas das pilhas no Sentido Longitudinal:

As alturas foram coletadas a cada 2,85 cm (relativo ao tamanho do GSD) na linha média longitudinal de cada pilha. Os dados foram exportados para o Excel, onde foram realizados os cálculos de área com a fórmula da área do trapézio, e em seguida gerado uma tabela de dados com as respectivas alturas.

Coleta das Alturas do Solo no Sentido Longitudinal Paralelo a Pilha:

Foi coletado os dados de alturas do solo no sentido longitudinal paralelo as pilhas para que fosse possível realizar os cálculos do perfil do solo sob a pilha, este perfil do solo se refere a altura média entre as linhas de cada lado da pilha.

Coleta de Alturas do Solo no sentido Transversal a Pilha:

Para coletar as alturas do solo no sentido transversal da pilha foi gerado duas linhas sobre o solo paralelo a pilha, com base nisso gerou-se uma média de altura do solo sob o centro da pilha. Deste modo, desconsiderando as possíveis variações de inclinação da base da pilha e chegando as alturas média do solo em relação a pilha.

Geração de Planilha com Alturas:

Para gerar a planilha com as alturas os dados foram exportados para o software Excel,

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fazendo com que os mesmos fossem dispostos de forma ordenados, de modo a facilitar o cálculo do volume das pilhas.

Cálculo de desconsideração das Alturas do Solo:

Para realizar os cálculos foi necessário subtrair as alturas do solo das alturas das pilhas. Observou-se que nestes casos o relevo teve uma influência significativa no resultado devido ao perfil do solo. Para mitigar este efeito foi realizado uma ponderação da área do perfil da pilha em relação ao perfil do solo, utilizando a linha média comentada anteriormente.

Cálculo do Volume em Relação ao Comprimento da Tora:

Neste cálculo foi utilizado a fórmula da área do trapézio, obtendo a área da face da pilha. Está área multiplicada pelo comprimento da tora gera como resultado o volume em metro stereo (st) da pilha. CONSIDERAÇÕES FINAIS E DISCUSSÃO

No total foram avaliadas 44 pilhas de madeira onde se obteve os resultados em metros estéreo, com o método de mensuração tradicional (inventário manual), o resultado foi de 7.424 (mst) e pelo método com uso de fotografias aéreas coletadas pelo VANT o resultado foi de 7.343 (mst). De acordo com o processamento dos dados gerou-se uma variação média ponderada de 1,10% e um desvio padrão de 14%. Mesmo com a variação média ponderada de 1,10% os dados se comportaram com dispersão significativa, gerando um desvio padrão de 14%, o que indica que a metodologia ainda precisa ser aprimorada. As maiores variações foram observadas nas pilhas de menor tamanho. O relevo impacta diretamente na precisão deste método. Entretanto a alternativa de ponderação do perfil do solo em ambos lados das pilhas apresentou bons resultados para resolver este problema. É necessário realizar uma série de tratamentos com variação de altura de voo e sobreposição de imagem para avaliar a assertividade do método.

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Dispersão Inventário vs. Vant

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REFERÊNCIAS

BARNHART, Richard K. et al. Introduction to Unmanned Aircraft Systems. Boca Raton: Crc Press, 2012. 233 p. SILVA, J. S., ASSIS, H. Y. E. G., BRITO, A. V., ALMEIDA, N. V. VANT como ferramenta auxiliar na análise da cobertura e uso da terra. In: X CONGRESSO BRASILEIRO DE AGROINFORMÁTICA, 2015. EISENBEISS, H. UAV Photogrammetry. Doctor of sciences, University of Technology Dresden, Germany, 2009.