Anais do 2º Congresso da Associação dos Professores de Arte de Uberaba e Microregião

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2 o Congresso da Associação dos Professores de Arte de Uberaba e Micro Região - CONAPAR 5 o Encontro de Arte Educação em Uberaba - ENARTE ANAIS Curso de Educação Artística /Artes Visuais Centro de Ensino Superior de Uberaba — CESUBE Associação dos Professores de Arte de Uberaba e Microrregião - APAR Outubro 2007 Uberaba-MG

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Anais do 2º Congresso da Associação dos Professores de Arte de Uberaba e Microregião

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2o Congresso da Associação dos Professores de Arte

de Uberaba e Micro Região - CONAPAR

5 o Encontro de Arte Educação em Uberaba - ENARTE

ANAIS

Curso de Educação Artística /Artes Visuais

Centro de Ensino Superior de Uberaba — CESUBE

Associação dos Professores de Arte de Uberaba e Microrregião - APAR

Outubro 2007

Uberaba-MG

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Organização do ANAIS

Elisa Muniz Barretto de Carvalho

Mônica Prata Fernandes

Teresa Maria Machado Borges

Revisão

Andréa de Castro Ralize

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Congresso da Associação dos Professores de Arte de Uberaba e Micro Região – CONAPAR

C749a (2 : 2007 : Uberaba-MG) Anais... / 2º Congresso da Associação dos Professores de Arte de Uberaba e Micro Região; CONAPAR; 5º Encontro de Arte Educação em Uberaba – ENARTE; Organização: Elisa Muniz Barretto de Carvalho, Mônica Prata Fernandes; Teresa Maria Machado Borges. Uberaba: CESUBE/APAR, 2007.

73 p. : il. ISBN 978-85-60052-01-1

1. Arte. 2. Arte e Educação. 3. Arte – estudo e ensino. 4. Professores de Artes - Formação. 5.Encontro de Arte Educação em Uberaba – ENARTE (5. : 2007 : Uberaba-MG)

CDD 700

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DIRETORIA DA APAR

Segunda Diretoria Gestão 2007-2008 Eleita em 06/2007 Diretora Presidente:

Elisa Muniz Barretto de Carvalho

Vice-diretora Presidente:

Maria Helena Dias e Silva

Diretora Tesoureira e de Patrimônio:

Wanice Alves Facure Locci

Vice-diretor Tesoureiro e de Patrimônio:

Daniel Gonçalves Moreira

Diretora Secretária:

Cátia Queiroz Fernandes

Vice-diretora Secretária:

Clésia Ângela e Silva

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COMISSÃO DE ORGANIZAÇÃO DO EVENTO

Cátia Queiroz Fernandes

Clésia Ângela e Silva

Daniel Gonçalves Moreira

Elisa Muniz Barretto de Carvalho

Luciana de Lima Costa

Maria Helena Dias e Silva

Mizac Limírio da Silva

Mônica Prata Fernandes

Teresa Maria Machado Borges Terezilda Barreira Portilho

Thiago Caetano de Freitas Neto Wanice Alves Facure Locci

Yarnel de Oliveira Campos

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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE UBERABA – CESUBE

DIRETOR ACADÊMICO

Neivaldo Carneiro MIranda

VICE-DIRETORA ACADÊMICA

Renata Teixeira Junqueira

COORDENADORA DO CURSO DE EDUCAÇAO ARTÍSTICA/ARTES VISUAIS

Elisa Muniz Barretto de Carvalho

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APRESENTAÇÃO

A Associação de Professores de Arte de Uberaba e Microrregião

(APAR) ao realizar, no ano de 2007, o 5º Encontro de Arte-educação de

Uberaba (ENARTE) e o 2º Congresso da Associação de Professores de Arte

de Uberaba e Microrregião (CONAPAR) inclui, mais uma vez, dentre as ações

voltadas para a ampliação do diálogo sobre o ensino de Arte, a publicação

destes ANAIS, contendo as comunicações científicas apresentadas nesse

evento.

Qual o valor desses registros, no plano individual e coletivo, quando um

congresso tem como tema Educar com Arte?

Para Vygotsky, “uma palavra desprovida de pensamento é uma coisa

morta, e um pensamento não expresso em palavras permanece uma sombra”.

Expressar o pensamento, registrar a ação e a reflexão sobre a prática

educativa, ousar tirar da sombra a riqueza do processo de despertar e

aprimorar a linguagem artística em diferentes sujeitos, dentro e fora do ensino

regular, permite que cada educador em particular tome consciência de sua

ação, como uma fonte de energia para prosseguir na busca de novos espaços

nos quais a arte esteja presente. No plano coletivo, a socialização de

experiências e projetos de pesquisa possibilita que esses sujeitos se

percebam inseridos em um amplo movimento em prol da Arte Educação ou,

como afirma Madalena Freire, “na medida em que me aproprio de minha fala

sobre um determinado objeto estou no caminho para apropriar-me do sentido

de minha prática sobre esse objeto” – o que ajuda a compreender como as

comunicações orais e os registros escritos de pesquisas e experiências

apresentadas nesse Congresso consolidam e mantêm o processo permanente

de construção de conhecimentos acerca do ensino de Arte.

Na diversidade das comunicações registradas nestes Anais, o leitor irá

encontrar aquelas voltadas para o trabalho com a Arte na Educação Infantil,

no Ensino Fundamental e Médio, bem como outras que mostram a Arte na

educação não-formal, ora integrando diferentes linguagens artísticas, tais

como o teatro, a música, a dança, ora mostrando a arte na construção da

cidadania e o seu valor em diferentes projetos sociais, incluindo aqueles

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direcionados à educação de sujeitos com necessidades especiais, além de

outros, mostrando o caráter interdisciplinar da Arte com diferentes áreas do

conhecimento.

Neste sentido, é importante lembrar que as certezas de que um

educador necessita são mais numerosas do que as que encontra à sua

disposição, o que justifica o investimento em projetos que possam, a exemplo

do CONAPAR, possibilitar que profissionais, doutorandos, mestrandos e

especialistas se encontrem com alunos do Curso de Educação Artística/Artes

Visuais do Centro de Ensino Superior de Uberaba – CESUBE, além de

estudantes de graduação e professores da comunidade e de outros locais,

criando um espaço fértil de reflexão e troca de experiências, no qual teoria e

prática, pensamento e realidade, pesquisa e ação pedagógicas se articulam

no que, sabiamente se denominou, “Educar com Arte”.

Teresa Maria Machado Borges

Prof.a do Curso de Educação Artística/Artes Visuais do CESUBE Membro da Comissão Científica do CONAPAR

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Associação dos Professores de Arte de Uberaba e Microrregião - APAR

e o Curso de Educação Artística / Artes Visuais do CESUBE

realiza:

2º CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE ARTE DE UBERABA E MICRORREGIÃO - CONAPAR

e 5° Encontro de Arte Educação em Uberaba - ENARTE

PROGRAMAÇÃO

Dia 05 de outubro – sexta-feira 18h30:

Credenciamento 19 h:

Abertura com show musical Banda Municipal de Uberaba/Projeto Jovem Músico Exposição de Artes Plásticas: Marcos Cezar Jammal

19h30: Oficinas de arte

Dia 06 de outubro – sábado 8h30:

Credenciamento e show musical: Coral do Colégio Cenesista Dr. José Ferreira 9 h:

Mesa sobre o ensino de arte: “Educar com Arte” Adriana Valéria Pessoa – AMARTE – Belo Horizonte Teresa Cristina Melo da Silveira – UFU - Uberlândia Maria Auxiliadora Gontijo Lopes – Smed – Uberaba

12 h: Intervalo para o almoço

14 h: Comunicações científicas e relatos de experiências

17 h: Mostra de Teatro Grupo Pose – “Um mundo sem adultos” Grupo Teatral do Colégio Apoio – “Anjos Partidos” Cia Hebeas Corpus – “A caixa dos sonhos”

18 h: Encerramento: entrega de certificados e CD com Anais

19 h: Confraternização

LOCAL Colégio Nossa Senhora das Dores – Uberaba – Minas G erais Rua Madre Maria José, 75

Uberaba - MG

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SUMÁRIO

Apresentação 06

Educar com Arte – mesa de debates 10

Ensino de Arte na rede municipal de Uberlândia:

considerações acerca de seu percurso histórico

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Educar com Arte 18

Comunicações e Relatos de Experiência 28

Seqüência das Apresentações 57

Oficinas 61

Apresentações Artísticas 65

Exposição de Artes Plásticas 68

Breve Histórico da APAR 72

Agradecimentos 73

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EDUCAR COM ARTE

MESA DE DEBATES

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Jammal

Tapeçaria do Nicolas I

Óleo sobre tela 80X120

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ENSINO DE ARTE NA REDE MUNICIPAL DE UBERLÂNDIA : CONSIDERAÇÕES ACERCA DE SEU PERCURSO HISTÓRICO.

PROF.a MS. TERESA CRISTINA MELO DA SILVEIRA∗∗∗∗

[email protected]

A nossa pesquisa de Mestrado refere-se à constituição de saberes e

práticas docentes em e sobre um grupo de professores de Arte, abordando em

um dos capítulos algumas considerações sobre o seu percurso histórico .

O grupo investigado caracteriza-se como um espaço de dedicação ao

desenvolvimento profissional dos educadores, configurando-se como uma

resposta à necessidade crescente de se investir na sua formação continuada e

buscando condições para a realização de reflexões e discussões sobre as teorias,

os métodos educacionais, a realidade histórica e sociocultural e a própria ação

docente.

Oficialmente, o Ensino de Arte foi instituído na Rede Municipal em 1989, a

partir de um Projeto de Arte Educação do Departamento de Projetos Especiais da

Secretaria Municipal de Educação, uma das Divisões de Ensino existentes na

época, a partir de um Projeto de Arte Educação.

Em 1990, iniciou-se então as ações do referido Projeto sob a forma de

oficinas pedagógicas trabalhadas no extraturno que, desse modo, não se

constituíam uma disciplina regular presente na grade curricular da escola.

Ao final de 1990, o Projeto de Arte Educação passa por uma primeira

reformulação e é proposto à SME como uma componente curricular a ser

instituído nas escolas municipais. Contudo, devido ao pequeno número de

professores de Arte na Rede, o Ensino de Arte continuava sendo oferecido

somente como atividades extracurriculares nas escolas.

Em 1991, com a contratação de mais professores e com o aumento do

número de escolas da Rede Municipal, houve uma ampliação das aulas de Artes

e a implantação dessa disciplina nas instituições escolares, bem como a

sistematização de reuniões, objetivando o estudo e a troca de experiências entre

os docentes da área. ∗ Professora substituta do Departamento de Artes Visuais da FAFCS/UFU e professora efetiva no Ensino de Arte da Rede Municipal de Uberlândia – Ensino Fundamental.

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Em dezembro de 1991, o Projeto de Arte Educação passa por sua segunda

reformulação, realizada pelo grupo de professores de Arte, levando-se em conta

as suas experiências vividas em sala de aula e buscando um aprofundamento

teórico a partir de leituras diversas, no sentido de assegurar o Ensino de Arte em

todas as escolas municipais. O documento então estruturado passa a vigorar em

1992. A partir deste documento, o grupo de professores de Arte da Rede

Municipal de Ensino explicita a valorização do espaço de estudo e formação

continuada conquistado na elaboração do Projeto de Arte Educação e, por

ocasião de suas reformulações (em 1990, 1991 e 1993), procuram preservá-lo

como um modo de confirmar e manter a qualidade do Ensino de Arte nas escolas,

objetivando igualmente consolidá-lo na grade curricular das mesmas.

Com a necessidade de um espaço mais bem estruturado, a SME inaugura

em 1991 o CEMEPE – Centro Municipal de Estudos e Projetos Educacionais –

visando à capacitação profissional dos educadores e funcionários da Rede

Municipal de Ensino. Nos anos seguintes, a participação dos professores nos

encontros e nas reuniões de estudo passam por oscilações, sendo ora estimulada

e valorizada, ora negligenciada e desmotivada pelas políticas educacionais

vigentes.

Em 1992, a participação dos professores era incentivada com uma

gratificação salarial extra, que correspondia à carga horária excedente, no valor

vigente da hora/aula. Contudo, a partir de 1993, as reuniões deixaram de ser

remuneradas, desmobilizando a freqüência semanal dos encontros. Nesse

momento, alguns professores passaram a se reunir mensalmente, aproveitando o

horário de módulos não cumpridos na escola e acumulados durante o mês1.

Apesar de as ações político-administrativas implementadas desfavorecerem

os encontros semanais dos professores da área de Arte, estes, mediante o seu

compromisso com a Proposta de Arte Educação estruturada, conseguem manter

1 Para um cargo de 24 horas/aula semanais o professor deve cumprir na escola 20 horas/aula: sendo 18 horas/aula com os alunos dentro da sala (ministrando sua disciplina) e 2 horas/aula (também denominadas como módulos) fora da sala de aula, dedicadas à leitura, ao planejamento, às reuniões, à orientação pedagógica, à organização de material e a outras atividades pertinentes às suas funções. As outras 4 horas/aula (ou 4 módulos) o professor deve cumprir em casa ou onde melhor lhe convier, mas ficando à disposição da escola, caso sua presença seja solicitada. Os professores que se reúnem no CEMEPE usam apenas um dos dois módulos semanais que devem cumprir na escola, sendo que o outro módulo fica acumulado em 4 horas/aula durante o mês. Esta é a carga horária destinada mensalmente às reuniões de área no CEMEPE, visando, principalmente, à formação continuada dos educadores.

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seus propósitos e resistir aos contratempos impostos. Assim, mesmo enfrentando

questões políticas e econômicas adversas, este grupo de professores de Arte

realiza, em 1993, o 1o Salão de Arte das Escolas Municipais de Uberlândia.

Dificultando a continuidade dos encontros dos professores, em 1994 a

Secretaria Municipal de Educação extingue as coordenações de área e suspende

as reuniões de estudo. Entretanto, de acordo com Sousa (2006), muitos

professores de Arte começam a se reunir nas suas próprias escolas, combinando

seus módulos semanais no mesmo dia e horário, buscando, assim, preservar a

troca de experiências, o estudo e a reflexão conjunta. Ainda nesse ano um

pequeno grupo de professores de Arte resiste à desmobilização e organiza o

2o Salão de Arte das Escolas Municipais, confirmando o desejo de manter os seus

encontros e explicitar a importância do Ensino de Arte na Rede Municipal,

dando-lhe mais uma vez um lugar de destaque.

Conforme relata Tinoco (2003), em 1995 é realizada na praça interna da

Câmara Municipal de Uberlândia uma nova exposição de trabalhos desenvolvidos

nas aulas de Arte das escolas da Rede Municipal de Ensino: a Mostra de

Experimentação em Arte. Ao final desse ano, houve uma convocação da SME

aos professores para elaborar uma Proposta Curricular da Rede Municipal, “com

o intuito de estabelecer uma corrente metodológica que norteasse o ensino de

todas as disciplinas e em todos os níveis de ensino nas escolas municipais”

(SOUSA, 2006, p.121), mas dessa vez com uma remuneração para este fim.

No início de 1996, alguns professores compõem a comissão para a

formulação de uma proposta curricular para o Ensino de Arte, com assessoria da

Universidade Federal de Uberlândia – UFU.

Somente no início de 1997 frente ao interesse da SME em adotar uma

Proposta Curricular norteadora das práticas educativas em toda a RME, criou-se

o cargo de coordenador para cada área de ensino. Nesse momento, a

participação dos professores nas reuniões do CEMEPE tornou-se obrigatória e

mensal, com duração total de 4 horas-aula. Porém, novamente, sem uma

remuneração específica para isso.

Em 1998, a SME desobrigou os professores de comparecerem às reuniões

do CEMEPE, mantendo a coordenação de área, mas retirando a assessoria dos

professores da UFU. Mesmo frente a estas mudanças, o grupo de professores de

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Arte manteve suas reuniões mensais inalteradas, principalmente por considerar

importante a manutenção desse espaço de discussão e estudo. Ao final deste

ano, os professores de Arte apresentaram à SME uma revisão da Proposta

Curricular.

No ano 2000, depois de muita insistência, a diretoria do CEMEPE

finalmente cede às reivindicações dos grupos de estudo e contrata novamente

alguns assessores da UFU para acompanhar os trabalhos desenvolvidos nesses

grupos. A partir de então, o grupo passa a contar com a presença de Lucimar

Bello Pereira Frange, que incitou o registro de experiências e práticas de sala de

aula através de pequenos textos; material que, posteriormente ampliado e mais

bem desenvolvido, foi publicado.

Em 2001, dá-se continuidade à troca de experiências e à ampliação do

referencial teórico, com as leituras realizadas dentro do grupo investigado,

ampliando cada vez mais as discussões sobre a Arte e o seu ensino. No ano

seguinte, o grupo mantém os seus encontros normalmente.

Em julho de 2002, no entanto, a diretoria do CEMEPE decide, mais uma

vez, suspender a assessoria dos professores da UFU em todas as áreas de

ensino. Mas, ainda assim, os professores de Arte procuram manter o mesmo

ritmo de trabalho nas reuniões mensais do grupo, bem como nos estudos da

Proposta Curricular Municipal.

O início de 2003 foi marcado por acontecimentos muito importantes. Um

deles foi a eleição de um professor efetivo para a coordenação na área de Arte da

Rede Municipal de Ensino, com dedicação exclusiva para tal função. Um outro

fato relevante para o grupo de professores de Arte no ano de 2003 foi a

publicação do livro Possibilidades e Encantamentos2, resultado da organização

dos textos trabalhados nos anos anteriores.

No decorrer de 2003, o grupo de Arte do CEMEPE mantém normalmente

as suas reuniões mensais, mas acrescenta algumas reuniões extras ao seu

cronograma, pois a diretoria do CEMEPE solicita aos grupos de todas as áreas de

ensino uma reformulação da Proposta Curricular vigente. Mais uma vez o grupo

de Arte decidiu não interromper as suas reuniões mensais e realizar reformulação

solicitada em um outro dia, mesmo sabendo que os professores teriam uma

2 Cf. TINOCO, 2003.

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reunião a mais no mês e que não receberiam qualquer gratificação extra por isso,

pois a posição do grupo de Arte era manter o espaço de estudo, o planejamento e

a troca de experiências nas reuniões mensais, como uma forma de resistência

para impedir o encerramento das atividades iniciadas e garantir a continuidade da

trajetória de formação continuada em andamento. Ao final de 2003, a SME editou

a Proposta Curricular reformulada e a intitulou Diretrizes Básicas do Ensino de

Arte de 1a a 8a séries, com o objetivo de diferenciar a área de Artes Visuais das

linguagens de Artes Cênicas e Música.

Em 2004, com a implantação das Diretrizes, o grupo de Arte passa a se

reunir de acordo com a sua área específica de atuação, mantendo-se a

coordenação do grupo e possibilitando novamente uma assessoria da UFU.

Durante todo esse ano, as ações do grupo de professores de Arte priorizaram a

elaboração e a sistematização individual de Projetos de Ensino a serem

realizados por cada professor na sua escola. Ao final do ano, os resultados dos

seus projetos foram expostos na Mostra denominada Visualidades: Processos e

reflexões no Ensino de Arte. Ainda no ano de 2004, houve outro acontecimento

marcante: a parceria realizada entre a SME e o Pólo UFU da Rede Arte na

Escola. Tal fato possibilitou novos estudos e novas ações no e para o grupo3.

Em 2005, priorizaram-se, nas reuniões do grupo, estudos e atividades para

alicerçar o planejamento e a execução de Projetos de Ensino pelos integrantes.

Por esse motivo, a formação continuada teve como enfoque a Abordagem

Triangular (Proposta metodológica elaborada por Ana Mae Barbosa4), que possui

três eixos fundamentais: a leitura da imagem, o fazer artístico e a

contextualização da obra. Em novembro desse ano, como resultado dos estudos

realizados e dos Projetos de Ensino desenvolvidos, acontece a segunda edição

da Mostra Visualidades e também a Mostra Visualidades II no SESC.

Em 2006, ficou acertado que os temas desenvolvidos anteriormente

deveriam ser aprofundados, dando continuidade aos estudos de então. Nesse

ano, as reuniões contemplaram estudos sobre a interdisciplinaridade; o

planejamento, o registro e a sistematização de Projetos de Ensino; Patrimônio

Histórico-Cultural; o uso de DVD como recurso didático em sala de aula;

3 Cf. SOUSA, 2006. 4 Cf. Barbosa (1991).

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Trabalho e Consumo; Pluralidade Cultural e respeito às diferenças de gênero,

raça e etnia; dentre outros. Houve também visitas a exposições de Arte (inclusive

à 27a Bienal de São Paulo), bem como a realização da Mostra Visualidades III e

Visualidades III no SESC.

Assim, movendo-se insistentemente entre as respostas individuais e

coletivas, reforçando em cada gesto ou atitude a necessidade de se manter o

espaço de ação e debate conquistado, o grupo de professores de Arte da RME de

Uberlândia persiste na luta pela constante qualificação dos professores de Arte e

pela defesa de melhores condições de trabalho. Fatores como o enfrentamento

dos problemas de toda ordem (estruturais, financeiros, políticos, dentre outros)

não impedem os professores de recuar e/ou entregar os pontos, mas ao contrário,

fazem aumentar neles o desejo de constantemente aprender, levando-os à prática

de se reunirem cada vez mais, para discutir propostas e buscar soluções

conjuntas.

Referências Bibliográficas

BARBOSA, Ana Mae. A imagem no Ensino de Arte . São Paulo: Perspectiva, 1991. MACÊDO, Cesária Alice. História do ensino de arte : uma experiência na educação municipal de Uberlândia (1990-2000). 2003. 157f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2003. SOUSA, Márcia Maria. Leitura de imagens na sala de aula: relações entre saberes, práticas de professores de arte e grupos d e estudos . 2006. 253f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2006. TINOCO, E. F. V. (Org.). Possibilidades e Encantamentos: Trajetória de professores no Ensino de Arte. Uberlândia: E.F.Tinoco, 2003.

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2 º CONAPAR Congresso da Associação dos Professores

de Arte de Uberaba e Micro Região

Educar com Arte

Adriana Valéria Pessoa Belo Horizonte-10/2007

A Educação é um processo que inicia com o nascimento do indivíduo e o

acompanha por toda sua vida. O termo educação continuada é bastante propício para um pensamento atual em educação.

Com a legislação brasileira vigente, nos níveis, federal, estadual e municipal observamos que há uma convergência em diversos aspectos, no sentido de uma educação de qualidade. Temos vivenciado um grande momento: são novos olhares, mais sensíveis, onde aparece a inclusão, a ampliação dos anos escolares, o ensino à distância, o direito à escolaridade, independente da faixa etária, do local de moradia, ou da condição sócio-econômica.

Porém fazer com que esta legislação realmente possa acontecer no dia-a-dia das cidades ou das escolas ainda é um grande desafio.

Nosso país é extenso territorialmente, e nele uma multiplicidade de culturas. Acreditamos na educação enquanto processo de construção do conhecimento, numa perspectiva em que o indivíduo, passa a ser o sujeito ou o agente ativo deste processo e onde há a apreensão da realidade.

É preciso repensar os diferentes papéis dos grupos, ou instituições na sociedade, especialmente a família, a escola e os espaços alternativos onde a educação acontece. São comunidades que podem viver em grandes metrópoles, em áreas centrais, ou em seus entornos, bairros, vilas e favelas. Pode ainda residir numa área rural ou uma pequena cidade do interior. Com seu clima, relevo, tradições culturais e artísticas. Daí essa complexidade para compreender os processos educativos em nosso país, ou, mais precisamente em Minas Gerais.

Não dá pra conceber uma educação como na Escola Tradicional, que tem o professor como centro do processo, o detentor dos saberes que são passados, transmitidos aos seus educandos.

Com a Escola Nova, o foco foi mudado, do professor para o aluno no processo ensino-aprendizagem. Muitos estudos, teorias (psicologia, psicanálise), o deixar fazer...Muito se caminhou, mas novos equívocos vieram à tona, posteriormente.

A Educação na contemporaneidade se torna ainda mais complexa se pensarmos no contexto citado anteriormente e nas grandes mudanças ocorridas em tão curto espaço de tempo. O moderno se caracteriza pela multiplicidade e

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simultaneidade de idéias e de materiais; e pelos grandes avanços tecnológicos nas diversas áreas do conhecimento.

E a Arte, como conceituá-la? Para chegarmos ao entendimento de conceitos sobre a Arte e o Ensino da Arte faz-se necessário rever um breve histórico do ensino da Arte no Brasil. Fornecendo informações e também algumas críticas a cada pensamento e ações provenientes deste. Para isso foi necessário fazer recortes dos livros e/ou autores: Ana Mae Barbosa, PCN – Ensino Fundamental e Médio – Arte, João Francisco Duarte Júnior, CBC – Minas Gerais e palestra proferida pela professora Lúcia Pimentel aos professores da Rede Municipal de Educação, em Belo Horizonte, neste ano de 2007.

Desde o início da história da humanidade, a arte tem se mostrado como uma práxis presente em todas as manifestações culturais. O homem que desenhou um bisão em uma caverna pré-histórica teve de aprender e construir conhecimentos para difundir essa prática.

No século XX, a área de Arte no Brasil acompanha e se fundamenta nas transformações educacionais, artísticas, estéticas e culturais. As pesquisas desenvolvidas a partir do início do século em vários campos das ciências humanas trouxeram dados importantes sobre o desenvolvimento da criança e do adolescente, sobre o processo criador e sobre a arte de outras culturas.

Ao ser introduzido na educação escolar brasileira, o ensino de Arte incorpora-se aos processos pedagógicos e de política educacional que vão caracterizar e delimitar sua participação na estrutura curricular. Nas primeiras décadas do século XX, o ensino de Arte é identifica do pela visão humanista e cientificista que demarcou as tendências pedagógi cas da escola tradicional e nova. Embora ambas se contraponham em proposições, métodos e entendimento dos papéis do professor e do aluno, as influências que exerceram nas ações escolares de Arte foram tão marcantes que ainda hoje permanecem mescladas na prática de professores de Arte. A Arte na Escola Tradicional

Na primeira metade do século XX, as disciplinas Desenho, Trabalhos Manuais, Música e Canto Orfeônico faziam parte dos programas das escolas primárias e secundárias, concentrando o conhecimento na transmissão de padrões e modelos das classes sociais dominantes.

Na escola tradicional, valorizavam-se principalmente a s habilidades manuais, os “dons artísticos”, os hábitos de organi zação e precisão, mostrando ao mesmo tempo uma visão utilitarista e i mediatista da arte. Os professores trabalhavam com exercícios e modelos co nvencionais selecionados por eles em manuais e livros didáticos . O ensino de Arte era voltado essencialmente para o domínio técnico, mais centrado na figura do professor.

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Competia a ele “transmitir” aos alunos os códigos, conceitos e categorias, ligados a padrões estéticos de ordem imitativa, que variavam de linguagem para linguagem, mas que tinham em comum, sempre, a reprodução de modelos. Considerações sobre o ensino da Arte na Escola Nova

Entre os anos 20 e 70, muitas escolas brasileiras viveram também outras experiências no âmbito do ensino e aprendizagem de Arte, fortemente sustentadas pela estética modernista e com base nas tendências pedagógicas e psicológicas que marcaram o período. Contribuíram para essas influências os estudos de psicologia cognitiva, psicanálise, gestalt, bem como os movimentos filosóficos que embasaram os princípios da Escola Nova.

Os princípios que norteavam a escola-nova reconheciam a arte da criança como manifestação espontânea e auto expressiva: valorizavam a livre expressão e a sensibilização para a experimentação artística como orientações que visavam ao desenvolvimento do potencial criador, ou seja, eram propostas centradas na questão do desenvolvimento do aluno.

Esses princípios influenciaram o que se chamou “Movimento da Educação por meio da Arte”. Fundamentado principalm ente nas idéias do filósofo inglês Herbert Read . Esse movimento teve como manifestação mais conhecida a tendência da livre expressão que, ao mesmo tempo, foi largamente influenciada pelo trabalho inovador de Viktor Lowenfeld , divulgado no final da década de 40. V. Lowenfeld, entre outros, acreditava que a potencialidade criadora se desenvolveria naturalmente em estágios sucessivos desde que se oferecessem condições adequadas para que a criança pudesse expressar-se livremente.

O ensino de arte volta-se para o desenvolvimento na tural do aluno, centrado no respeito às suas necessidades e aspiraç ões, valorizando suas formas de expressão e de compreensão do mundo . As práticas pedagógicas, diretivas, com ênfase na repetição de modelos e no professor, são revistas, deslocando-se a ênfase para os processos de desenvolvimento do aluno e sua criação. Para Duarte, Jr, recorrendo a Herbert Read, Educar com Arte : “(…) uma educação diferente, que partisse da expressão de sentimentos e emoções. E que ambos – razão e emoção – se complementem mutuamente, dialeticamente. Uma educação através da arte.

Educação através da arte – expressão criada por Herbert Read em 1943, se popularizou e chegou até nós. Posteriormente foi abreviada para arte-educação, mas seu espírito original ainda continua vivo: Arte-educação não significa o treino para alguém se tornar um artista, num dado ramo das artes. Antes, quer significar uma educação que tenha a arte como uma das suas principais aliadas. Que permita uma maior sensibilidade para com o mundo em volta de cada um de nós.”

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De acordo com Ana Mae; É importante salientar que tais orientações trouxeram uma contribuição inegável para a valorização da produção criadora da criança e do jovem, o que não ocorria na escola tradicional. Mas o princípio revolucionário que advogava a todos, independentemente de talentos especiais, a necessidade e a capacidade da expressão artística, foi aos poucos sendo enquadrado em palavras de ordem, como “o que importa é o processo criador da criança e nã o o produto que realiza” e “aprender a fazer, fazendo”.

Esses e muitos outros lemas foram aplicados mecanicamente nas escolas, gerando deformações e simplificações na idéia original, o que redundou na banalização do “deixar fazer” — ou seja, deixar o a luno fazer arte, sem nenhum tipo de intervenção . Ao professor, destinava-se um papel cada vez mais irrelevante e passivo. A ele não cabia ensinar nada e a arte adulta deveria ser mantida fora dos muros da escola, pelo perigo da influência que poderia macular a “genuína e espontânea expressão infantil”.

O princípio da livre expressão enraizou-se e espalhou-se pelas escolas. O conceito de criatividade tornou-se presença obrigatória nos planejamentos de Teatro, Artes Plásticas e Educação Musical. O objetivo fundamental era facilitar o desenvolvimento criador.

Embora ambas Escola Tradicional e Nova se contraponham em proposições, métodos e entendimento dos papéis do professor e do aluno, as influências que exerceram nas ações escolares de Arte foram tão marcantes que ainda hoje permanecem mescladas na prática de professores de Arte. Década de 60

Na entrada da década de 60, houve uma reorientação de pensamento sobre o ensino das artes em centros norte-americanos e europeus, questionando basicamente a idéia do desenvolvimento espontâneo na expressão artística, procurando definir a contribuição específica da arte para a educação do ser humano. A reflexão que inaugurou uma nova tendência, cujo objetivo era precisar o fenômeno artístico como conteúdo curricular, articulou-se em um duplo movimento: por um lado, a reorientação da livre expressão; por outro, a investigação da natureza da arte como forma de conhecimento .

Como em todos os momentos históricos, os anos 60 trouxeram práticas em educação, psicologia e arte estreitamente vinculadas às tendências do pensamento da época, que progressivamente contribuíram para uma transformação das práticas educativas de arte no mundo, questionando a aprendizagem artística como conseqüência natural apenas do processo de desenvolvimento do aluno.

“Mas o lugar da arte na hierarquia das disciplinas escolares corresponde a um desconhecimento do poder da imagem, do som, do movimento e da percepção estética como fontes de conhecimento.”

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Até os anos 60, existiam pouquíssimos cursos de formação de professores

nesse campo, e professores de quaisquer matérias ou pessoas com alguma habilidade na área (artistas e estudiosos de cursos de belas-artes, de conservatórios, etc.) poderiam assumir as disciplinas de Desenho, Desenho Geométrico, Artes Plásticas e Música.” Década de 70

No início da década de 70, autores responsáveis pela mudança de rumo do ensino de arte nos Estados Unidos afirmavam que o desenvolvimento artístico é resultado de formas complexas de aprendizagem e q ue, portanto, não ocorre automaticamente à medida que a criança cresc e; é tarefa do professor propiciar essa aprendizagem por meio da i nstrução.

Segundo esses autores, as habilidades artísticas se desenvolvem pelas questões que se apresentam ao aluno no decorrer de suas experiências de buscar meios para transformar idéias, sentimentos e imagens em um objeto material. Tal experiência pode ser orientada pelo p rofessor e nisso consiste sua contribuição para a educação no campo da arte.

Porém, muitas perguntas continuaram surgindo, a partir da própria trajetória do ensino de arte no país; especialmente vindos por parte dos professores e com as questões veio também a necessidade de respostas (ver Ana Mae Barbosa, 1996): - Que tipo de conhecimento caracteriza a arte? - Qual a função da arte na sociedade? - Qual a contribuição específica que a arte traz pa ra a educação do ser humano? - Como as contribuições da arte podem ser significa tivas e vivas dentro da escola? - Como se aprende a criar, experimentar e entender a arte e qual a função do professor nesse processo?

As tendências que se manifestaram no ensino de arte a partir das perguntas feitas pelos professores geraram a necessidade de estabelecimento de um quadro de referências conceituais solidamente fundamentado de ntro do currículo escolar, focalizando a especificidade da área e definindo seus contornos com base nas características inerentes ao fenômeno artístico. E. B. Feldman, Thomas Munro e Elliot Eisner, ancorados em John Dewey , trataram das mudanças conceituais desse período.

No período que vai dos anos 20 aos dias de hoje — faixa de tempo concomitante àquela em que se assistiu a várias tentativas de trabalhar a arte fora das escolas, tais como os Conservatórios Musicais e Dramáticos, as Escolas de Música, as Escolinhas de Arte, vive-se o crescimento de movimentos culturais, anunciando a modernidade e vanguardas .

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Foi marcante para a caracterização de um pensamento modernista a “Semana de Arte Moderna de São Paulo”, em 1922 , na qual estiveram envolvidos artistas de várias modalidades: artes plásticas, música, poesia, dança etc.

O termo Arte-Educação serviu para identificar uma posição de vanguarda contra o oficialismo da educação artística nos anos 70 e 80.

Em 1971, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a arte é incluída no currículo escolar com o título de Educa ção Artística, mas é considerada “atividade educativa” e não disciplina. A introdução da Educação Artística no currículo escolar foi um avanço, principalmente se se considerar que houve um entendimento em relação à arte na formação dos indivíduos, seguindo os ditames de um pensamento renovador.

No entanto, o resultado dessa proposição foi contraditório e paradoxal. Muitos professores não estavam habilitados e, menos ainda, preparados para o domínio de várias linguagens, que deveriam ser incluídas no conjunto das atividades artísticas (Artes Plásticas, Educação Musical, Artes Cênicas). Anos 70-80

Para agravar a situação, durante os anos 70-80, tratou-se dessa formação de maneira indefinida: “... não é uma matéria, mas uma área bastante generosa e sem contornos fixos, flutuando ao sabor das tendências e dos interesses”. A Educação Artística demonstrava, em sua concepção e desenrolar, que o sistema educacional vigente estava enfrentando dificuldades de base na relação entre teoria e prática.

Os professores de Educação Artística , capacitados inicialmente em cursos de curta duração, tinham como única alternativa seguir documentos oficiais (guias curriculares) e livros didáticos em geral, que não explicitavam fundamentos, orientações teórico-metodológicas ou mesmo bibliografias específicas.

As próprias faculdades de Educação Artística, criadas especialmente para cobrir o mercado aberto pela lei, não estavam instrumentadas para a formação mais sólida do professor, oferecendo cursos eminentemente técnicos, sem bases conceituais. Desprestigiados, isolados e inseguros, os professores tentavam equacionar um elenco de objetivos inatingíveis, com atividades múltiplas, envolvendo exercícios musicais, plásticos, corporais, sem conhecê-los bem, que eram justificados e divididos apenas pelas faixas etárias.

De maneira geral, entre os anos 70 e 80, os antigos professores de Artes Plásticas, Desenho, Música, Artes Industriais , Artes Cênicas e os recém-formados em Educação Artística viram-se respo nsabilizados por educar os alunos (em escolas de ensino médio) em todas as linguagens artísticas, configurando-se a formação do professor polivalente em Arte. Com isso, inúmeros professores deixaram as suas áreas específicas de formação

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e estudos, tentando assimilar superficialmente as demais, na ilusão de que as dominariam em seu conjunto.

No entanto, o que se desencadeou como resultado da aplicação indiscriminada de idéias vagas e imprecisas sobre a função da educação artística foi uma descaracterização progressiva da área .

A Educação Artística é desenvolvida como atividade e não disciplina, de

acordo com a lei 5692/71, não exige notas em arte. A Apreciação artística e a

História da Arte não têm lugar nas escolas. As imagens são de livros didáticos,

folhas para colorir e a produção das crianças. As visitas às exposições são raras.

Fonte mais freqüente de imagem é a televisão. Artes visuais, portanto é

confundida com laissez-faire . Temas banais, folhas para colorir, variação de

técnicas e desenho de observação.

Anos 80 – 90 A partir dos anos 80 constitui-se o movimento Arte-Educação, inicialmente

com a finalidade de conscientizar e organizar os profissionais, resultando na mobilização de grupos de professores de arte, tanto da educação formal como da informal. O movimento Arte-Educação permitiu que se ampliassem as discussões sobre a valorização e o aprimoramento do professor, que reconhecia o seu isolamento dentro da escola e a insuficiência de conhecimentos e competência na área. As idéias e princípios que fundamentam a Arte-Educação multiplicam-se no País por meio de encontros e eventos promovidos por universidades, associações de arte-educadores, entidades públicas e particulares, com o intuito de rever e propor novos andamentos à ação educativa em Arte.

Em 1988, com a promulgação da Constituição, iniciam -se as discussões sobre a nova Lei de Diretrizes e Bases d a Educação Nacional, que seria sancionada apenas em 20 de dezembro de 19 96.

Convictos da importância de acesso escolar dos alunos de ensino básico também à área de Arte, houve manifestações e protestos de inúmeros educadores contrários a uma das versões da referida lei, que retirava a obrigatoriedade da área. Com a Lei n. 9.394/96, revogam-se as disposições anteriores e Arte é considerada obrigatória na educação básica: “O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvime nto cultural dos alunos” (art. 26, § 2o). Vê-se que da conscientização profissional que predominou no início do movimento Arte-Educação evoluiu-se para discussões que geraram concepções e novas metodologias para o ensino e a aprendizagem de arte nas escolas.

É com este cenário que se chegou ao final da década de 90 , mobilizando novas tendências curriculares em Arte, pensando no terceiro milênio. São

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características desse novo marco curricular as reiv indicações de identificar a área por Arte (e não mais por Educação Artística) e de incluí-la na estrutura curricular como área, com conteúdos própr ios ligados à cultura artística e não apenas como atividade.

Dentre as várias propostas que foram sendo difundidas no Brasil na transição para o século XXI, destacam-se aquelas que têm se afirmado pela abrangência e por envolver ações que, sem dúvida, estão interferindo na melhoria do ensino e da aprendizagem de arte. Trata-se de estudos sobre a educação estética, a estética do cotidiano, complementando a formação artística dos alunos.

Ressalta-se ainda o encaminhamento pedagógico-artístico que tem por premissa básica a integração do fazer artístico, a apreciação da obra de arte e sua contextualização histórica.

Mas, “ Que tipo de conhecimento caracteriza a arte?” Para Ana Mae Arte não é básico, é fundamental. Arte não é enfeit e, é cognição, é profissão,

forma diferente de interpretar o mundo, a realidade , o imaginário, e é

conteúdo.

Arte-Educação, no entanto, é epistemologia da Arte e, portanto, é a

investigação dos modos como se aprende arte na esco la de 1º grau, 2º grau,

na Universidade e na intimidade dos Ateliers .

A práxis da arte-educação deve ser consistente e nã o deixar margens de

dúvidas quanto ao seu papel na construção do conhec imento. Ana Mae

(1996)

Para a Professora Pimentel, Lúcia (CBC-Minas)

“Arte é a oportunidade de uma pessoa explorar, cons truir e aumentar seu conhecimento, desenvolver suas habilidades, articul ar e realizar trabalhos estéticos e explorar seus sentimentos.

Proporciona meios de conhecer, apresentar, interpretar, simbolizar e metaforizar em um contexto de apreciação e valorização.

O ensino de Arte deve possibilitar a tod@s @s alun@s a construção de conhecimentos que interajam com sua emoção, através do pensar, do apreciar e do fazer arte. Na expectativa de desencadear as reflexões acerca da nossa práxis, enquanto professores de arte, ou afins, é preciso ressaltar ainda outros aspectos:

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o papel de todos os envolvidos nas escolas ou fora delas no processo ensino-aprendizagem, a importância dos movimentos de Arte-educação e; advindos deste o papel ou a postura política do professor de arte ou arte-educador .

Às vezes, temos a impressão de que tudo continua na mesma: a falta de tempos e espaços adequados para o Ensino da Arte; do conhecimento, do respeito e da valorização da área por parte de nossos colegas, coordenadores e equipe de direção; de materiais e infra-estrutura adequada.

E é com um certo grau de esperança (lembrando Paulo Freire), que temos diante de nós, depois de anos de luta política, um CBC - Currículo Básico Comum, em que todas estas questões são contempladas.

Para cada uma das áreas artísticas, é necessário um professor especialista e condições mínimas de infra-estrutura para que seu ensino seja significativo. Fica claro que é extremamente desejável que sejam feitos projetos conjuntos integrados, desde que o conhecimento específico de cada área de expressão seja construído.

É fator importante equipar a escola com sala ambiente para desenvolver as aulas de arte, bem como criar espaço físico para a realização de projetos. Há também a necessidade de realizar visitas a museus, galerias, ateliês, ensaios de grupos de dança, peças teatrais, concert os e bandas musicais, apresentação de corais, espetáculos e outros, no intuito de proporcionar vivências significativas no ensino de Arte.

O ensino de arte no ensino médio deve contribuir para o fortalecimento da experiência sensível e inventiva dos estudantes, e para o exercício da cidadania e da ética construtora de identidades artísticas.

Ressalte-se a necessidade do aluno compreender e contextualizar a arte como criação e manifestação sociocultural e histórica, utilizada por diferentes grupos sociais e étnicos, interagente com o patrimônio nacional e internacional.

O ensino de Arte deve possibilitar a todos os alunos a construção de conhecimentos que interajam com sua emoção, através do pensar, do apreciar e do fazer arte .

É preciso ressaltar ainda, que no Brasil, na década de 70, vivíamos uma ditadura militar. Isto foi decisivo na formação das pessoas, que somos nós, a geração acima de 40 anos de idade. Geração esta, que se viu lesada, desprovida de lideranças e que perdeu a crença na importância do coletivo.

Então, o que dizer da postura do professor de arte, ou do arte-educador? Como temos assumido e compreendido nosso papel nesse lugar, que é o de Educar com Arte ?

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Resgatar esse sentimento de crença e esperança, conscientes de que o fazer está em nossas mãos e que somos capazes de modificar o que está aí e não vai bem. Fazendo frutificar em nós ações coletivas, através das Associações, de maneira que um profissional apóie o outro e juntos busquemos os novos tempos, em que os ideais, a sensibilidade, a ética, a estética e até mesmo as utopias possam ser manifestadas e almejadas. Numa valoração da pessoa humana, em suas formas de expressão, no exercício da solidariedade; e na criação de novos ou antigos espaços de convivialidade.

É preciso, e é possível resgatar o valor da família e do afeto. A esperança por um mundo melhor, mais humano e mais justo. E nada mais oportuno enquanto caminho, a educação através da arte! Bibliografia BARBOSA, Ana Mae – A imagem no Ensino da Arte : Editora Perspectiva S.A.– São Paulo -1996 CBC - Conteúdo Básico Comum – Arte – Proposta Curricular: Secretaria do Estado de Educação de Minas Gerais - 2005 DUARTE JÚNIOR, João-Francisco – Por que Arte-Educação?: Papirus Editora – Campinas – SP -1991 PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais:arte – Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997. PIMENTEL, Lúcia Gouvêa – Palestra proferida aos professores da Rede Municipal de Educação – agosto/2007 – Belo Horizonte-MG.

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COMUNICAÇÕES E

RELATOS DE EXPERIÊNCIA

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Jammal

Tapeçaria do Nicolas II

Óleo sobre tela 90X90

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COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA RESTAURAÇÃO E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL NA CÂMARA MUNICI PAL DE

UBERABA Arte e Projetos Sociais

André Luis de Andrade5 Elisa Muniz Barretto de Carvalho6

Yarnel de Oliveira Campos7

Palavras-chave: Restauro. Câmara Municipal. Educação Patrimonial. RESUMO Esta comunicação refere-se ao trabalho de conclusão de curso do curso de Educação

Artística Artes Visuais do Centro de Ensino Superior de Uberaba – CESUBE, que versa

sobre o restauro na Câmara Municipal de Uberaba, local onde exerço a função de

estagiário em restauração. Nesta monografia, falo sobre as diretrizes da restauração, isto é

a Carta de Veneza e a Carta de Restauração, documentos universais que norteiam o

trabalho de restauração em patrimônios históricos. Também relato a experiência do

cotidiano no trabalho realizado nas salas da antiga presidência e no salão nobre desta casa.

Identificando a necessidade de divulgação sobre o processo de restauração para o público

em geral, proponho um projeto de educação patrimonial que promove a exposição didática

sobre o processo de restauro.

5 André Luis de Andrade é graduando do curso de Educação Artística/Artes Visuais do CESUBE, artista plástico e estagiário do A3 Artes Aplicadas de Uberaba. 6 Professora e coordenadora do curso de Artes Visuais do Centro de Ensino Superior de Uberaba – CESUBE. 7 Professor de Trabalho de Conclusão de Curso do curso de Artes Visuais do Centro de Ensino Superior de Uberaba, doutorando na Universidade Federal de Uberlândia. [email protected]

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COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA A ARTE E SUA LIGAÇÃO COM O AMBIENTE NUMA PERSPECTIV A DE

EDUCAÇÃO LÚDICA Arte e Interdisciplinaridade

André Luís Fortes8

Elisa Muniz Barretto de Carvalho9 Yarnel de Oliveira Campos10

Palavras-chave: Arte. Ambiente. Educação Lúdica. RESUMO No presente trabalho, desenvolvemos uma pesquisa bibliográfica sobre a arte e sua ligação

com o meio ambiente numa perspectiva de educação lúdica. Pretendemos contribuir para

que o professor perceba a sua função social como articulador de uma proposta de educação

ambiental lúdica, que provoque em seus alunos mudanças de hábitos e atitudes em relação

ao ambiente. Portanto, a proposta é carregar de significados (prazer, alegria,

responsabilidade, criatividade) tudo que realizarmos em sala de aula, pois a Arte estabelece

uma atmosfera de produção, tornando-se um valioso caminho a ser percorrido com amor.

Sendo assim, faz-se necessário que a escola, bem como toda sociedade, desperte para a

importância da coleta seletiva e de seus benefícios. A Arte de construir com sucata é um

elo de interação e prazer com o ato de educar para vida, que é, acima de tudo movimentar o

desejo de aprender com prazer.

8 Graduando do curso de Artes Visuais do CESUBE, músico e professor de Arte no Ensino Ffundamental e Médio. É artesão de materiais recicláveis. 9 Professora e coordenadora do curso de Artes Visuais do Centro de Ensino Superior de Uberaba – CESUBE. 10 Professor de Trabalho de Conclusão de Curso do curso de Artes Visuais do Centro de Ensino Superior de Uberaba, doutorando na Universidade Federal de Uberlândia. [email protected]

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COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA A ARTE E AS PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS: BUSCAS E

POSSIBILIDADES Arte no Ensino Fundamental e Médio

Carlos Felipe Peres Vilas Bôas11

Yarnel de Oliveira Campos12

Palavras chave: Arte. Professor. Deficiência física.

RESUMO

Este artigo refere-se à monografia desenvolvida no Centro de Ensino Superior de Uberaba,

no curso de Educação Artística e Artes Visuais. O presente trabalho tem como objetivo

mostrar a importância da arte no cotidiano de pessoas portadoras de necessidades

especiais, como mecanismo facilitador de melhor interação social. O primeiro capítulo tem

como tema a deficiência física, onde se apresentam as definições de causas, características.

No capítulo seguinte é abordada a temática da melhor interação social da pessoa portadora

de necessidades especiais, a diversidade do processo de integração e os conceitos de

inclusão. No segundo capítulo, são apresentadas algumas considerações sobre a inclusão

nas artes, na cultura e na religião. O terceiro capítulo tem como temática a importância da

atuação do professor de Educação Artística e as possibilidades de integração das pessoas

com necessidades especiais nas artes. Discute a questão da inclusão do portador das

necessidades especiais na escola, os desafios da educação e a importância do professor nas

atividades artísticas para o portador de necessidades especiais. Conclui-se que a arte é um

mecanismo eficiente como auxílio na integração total da pessoa portadora de deficiência

física na sociedade. Deslumbra a externidade e proporciona a saída de seu mundo íntimo e

que se torne uma pessoa participativa na sociedade.

11 Graduando no curso de Educação Artística e Artes Visuais pelo Centro de Ensino Superior de Uberaba. [email protected] 12 Professor de Trabalho de Conclusão de Curso do curso de Artes Visuais do Centro de Ensino Superior de Uberaba, doutorando na Universidade Federal de Uberlândia. [email protected]

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COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA PABLO PICASSO E A DENÚNCIA SOCIAL

História da Arte

Célia Gomes Cardoso13 Mônica Prata Fernandes14

Yarnel de Oliveira Campos15

Palavras chave: Picasso. Guernica. Violência. Denuncia RESUMO: Este artigo refere-se à monografia desenvolvida no Centro de Ensino Superior de Uberaba

no curso de Educação Artística e Artes Visuais. Tem como objetivo analisar a vida e a

obra de Pablo Picasso, um dos maiores pintores do século XX, valorizando a expressão

artística, provocando o poder de criação, observação, imaginação e compreensão da arte.

Picasso passou por diversas fases, sendo a mais importante delas o cubismo que valorizava

as formas geométricas e retratava os objetos como se eles estivessem fragmentados.

Independentemente das fases por que passou Picasso, sempre utilizou de sua capacidade

pictórica como instrumento de denuncia social, como se pode observar, por exemplo, na

obra Guernica que retrata o bombardeio aéreo da cidade basca homônima e que matou

homens, mulheres e crianças inocentes. Picasso mostrou o horror da guerra através do

exagero e de formas distorcidas.

13 Graduanda no curso de Educação Artística e Artes Visuais pelo Centro de Ensino Superior de Uberaba. [email protected] 14 Professora de História da Arte e Cinema no curso de Educação Artística/Artes Visuais do Centro de Ensino Superior de Uberaba, especialista em Patrimônio e Gestão Cultural e Cinema e Literatura em sala de aula . [email protected] 15 Professor de Trabalho de Conclusão de Curso do curso de Artes Visuais do Centro de Ensino Superior de Uberaba, doutorando na Universidade Federal de Uberlândia. [email protected]

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RELATO A ARTE DO TEATRO DE BONECOS DE MANIPULAÇÃO DO BUNRAKU NO JAPÃO AO GIRAMUNDO NO BRASIL

Ensino de Arte na Educação Não-formal

Cristina Barbosa Morel16 Wanice Facure17

Yarnel de Oliveira Campos18

Palavras chave: Teatro. Manipulação. Bonecos. RESUMO O trabalho de pesquisa sobre o teatro de manipulação de bonecos, que se inicia no Japão

através de Bunraku (teatro de manipulação de bonecos) e vai até alguns grupos no Brasil,

com ênfase na Cia. Giramundo, tem como objetivo a divulgação da arte de trabalhar com

os bonecos de uma forma lúdica e prazerosa. O teatro de bonecos no Japão é uma arte

muito antiga, na qual se divulga através das peças teatrais, histórias do império, tragédias,

aventuras de grandes guerreiros, entre outros. Os bonecos do teatro de Bunraku são

manipulados por três pessoas que comandam partes do corpo do personagem. Nas peças, o

narrador é quem faz a voz de todos os personagens, acompanhado por um tocador de

shamisen, instrumento tipicamente tradicional no teatro Bunraku. Os grupos de teatro de

Bunraku influenciaram muitos países culturalmente e o Brasil foi um deles. Vários grupos

de manipulação de bonecos surgiram nas últimas décadas do século XX. Álvaro

Apocalypse foi um dos fundadores da Cia. Giramundo, grupo mineiro que possui sua sede

em Belo Horizonte, mantém o Museu dos Bonecos de Manipulação e ministra cursos

profissionalizantes para jovens interessados na arte teatral dos bonecos. A Cia. Giramundo

tem a preocupação em realizar as peças teatrais para todas as idades, baseadas em contos,

no folclore e em histórias do próprio país. Trabalhar nessa pesquisa foi um aprendizado

muito importante que me levou a conhecer um pouco da cultura japonesa e da cultura

brasileira através do teatro de manipulação de bonecos.

16 Formada em História, graduanda em Artes Visuais e professora de Artes no Ensino Médio, Fundamental e na Educação Infantil, trabalhando atualmente na Escola Pequeno Estudante em Uberaba. 17 Graduada em Letras, pela UNIUBE - Universidade de Uberaba; Especialista em Educação Artística, pela FIJ – Faculdades Integradas de Jacarepaguá; Especialista em Administração de Saúde Pública, pela UNAERP, Universidade de Ribeirão Preto. Professora na Faculdade de Talentos Humanos – FACTHUS, no Centro de Ensino Superior de Uberaba – CESUBE, no Colégio APOIO, no Colégio Opção e sócia do Ateliê Balaio de Arte. 18 Professor de Trabalho de Conclusão de Curso do curso de Artes Visuais do Centro de Ensino Superior de Uberaba, doutorando na Universidade Federal de Uberlândia. [email protected]

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COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA ARTE NA EDUCAÇÃO ESPÍRITA: O CONHECIMENTO ALÉM DO E NSINO

FORMAL Ensino de Arte na Educação Não-formal

Daniel Gonçalves Moreira19

Yarnel de Oliveira Campos20

Palavras chave: Arte. Conhecimento. Educação Espírita. RESUMO Esta comunicação científica refere-se à monografia desenvolvida no Centro de Ensino

Superior de Uberaba no curso de Educação Artística e Artes Visuais. Enfoca o

conhecimento como relação que se estabelece entre a consciência que conhece e o objeto a

ser conhecido, e a arte com livre trânsito entre o conhecimento intuitivo e o discursivo.

Nesse sentido, a arte correlaciona-se com a educação espírita. Esse tema tem como

objetivo discutir o ensino da arte como forma intuitiva e discursiva de conhecer o mundo

na perspectiva da doutrina espírita. A arte é conhecida por suas várias percepções

sensíveis, ora como meio de expressar uma narrativa, outra por lembrar um fato

importante, ou ainda por despertar um sentimento religioso. Além de ser parte integrante e

inseparável da expressividade humana, prova uma experiência emancipadora a quem

vivencia.

19 Graduando no curso de Educação Artística e Artes visuais pelo Centro de Ensino Superior de Uberaba. É professor na rede pública de ensino e participa de ações comunitárias espíritas em Uberaba. 20 Professor de Trabalho de Conclusão de Curso do curso de Artes Visuais do Centro de Ensino Superior de Uberaba, doutorando na Universidade Federal de Uberlândia. [email protected]

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RELATO DANÇA, UMA EXPERIÊNCIA NA ESCOLA

Formação de professores de Arte

Daniela Reis21

Palavras Chaves: Dança. Escola. Arte. RESUMO

O presente texto tem por objetivo discutir sobre a dança na educação e suas possibilidades

de atuação no conteúdo escolar. Para tanto, partimos do princípio que esta linguagem

artística pode desempenhar papel importante na educação dos corpos no processo criativo e

interpretativo do aluno, pois dará a ele subsídios para melhor compreender, descontrair,

experimentar e refletir sobre as relações que se estabelecem entre corpo e sociedade. A

dança, inserida no currículo escolar, dependendo da maneira como for dirigida, propiciará

ao aluno oportunidades para conhecer seu próprio corpo por meio de pesquisa criativa de

movimentação e, por outro lado, possibilitará o desenvolvimento de uma aprendizagem

integral. Assim, a questão central não é somente a dança como conteúdo escolar, mas,

fundamentalmente, a maneira como esta será aplicada. Tomamos por referência nossa

experiência particular desenvolvida na rede municipal de ensino na escola CAIC – Guarani

da cidade de Uberlândia-MG.

21 Graduada em Artes Cênicas pela Universidade Federal de Uberlândia, mestre em História Social da Cultura pela mesma instituição, professora do curso de Teatro da Federal de Uberlândia, bailarina pesquisadora-intérprete e educadora de dança no projeto Dança na Escola, na rede municipal de ensino.

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COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA A ARTE PREPARANDO O CIDADÃO COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Arte e Inclusão

Edna Lucia Francisco da Silva22 Elisa Muniz Barretto de Carvalho23

Yarnel de Oliveira Campos24 Palavras-chave: Arte. Inclusão. Formação Profissional. RESUMO A arte preparando o cidadão com necessidades especiais para o mundo é a minha

monografia para a conclusão do curso de Educação Artística/Artes Visuais do Centro de

Ensino Superior de Uberaba - CESUBE. Neste trabalho, pretendo mostrar que o cidadão

com necessidades especiais, realizando e criando trabalhos artísticos, é capaz de sentir-se

valorizado e respeitado na sociedade, podendo assim abrir caminhos para a sua

profissionalização e sobrevivência independente. No primeiro capítulo desse trabalho,

contextualizo a arte na educação. No segundo capítulo, relato o trabalho com as artes nas

APAES e, finalmente, no terceiro capítulo, faço a relação entre arte, trabalho e cultura. O

homem surge na história como um ser cultural e, graças à cultura e a arte, supera suas

limitações orgânicas.

22 Edna é graduanda do curso de Educação Artística/Artes Visuais do CESUBE e professora da APAE de Conceição das Alagoas. 23 Professora e coordenadora do curso de Artes Visuais do Centro de Ensino Superior de Uberaba – CESUBE. 24 Professor de Trabalho de Conclusão de Curso do curso de Artes Visuais do Centro de Ensino Superior de Uberaba, doutorando na Universidade Federal de Uberlândia. [email protected]

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COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA EDUCAÇÃO PARA A VISUALIDADE: A “IMAGINAÇÃO” ATRAVÉS DA

NARRATIVA LITERÁRIA Arte e interdisciplinaridade

Fabíola Alessandra Rodrigues25

Palavras-chaves: Artes Visuais. Imagem. Visualidade. RESUMO: A pesquisa realizada teve como objetivo identificar o processo de compreensão das

dimensões didático-pedagógicas no ensino de artes visuais a partir da análise das imagens

que emergem da narrativa literária. Este estudo baseou-se em uma das categorias presentes

na conferência/ensaio de Ítalo Calvino, em Seis propostas para o próximo milênio,

intitulada Visibilidade. Esta categoria foi considerada pelo autor como valor literário, que

deve ser preservado na contemporaneidade. A importância de se construir uma

metodologia para o ensino das artes visuais, amparada pela literatura é de se educar

visualmente, devido à constatação de uma aculturação e “anestesia” visual presenciada na

atualidade. Através de práticas educativas, como projeto de aplicação da pesquisa, a

proposta foi a criação de uma “biblioteca de imagens”, articulada com a sugestão de Ítalo

Calvino de construir uma “pedagogia da imaginação”, que se configurou como processo

prático, em recorrer à imaginação e à memória para absorção e recepção das imagens,

valorizando o processo imaginativo presente na literatura, e reformulando o pensamento

visual com a leitura de contos.

25 Graduada no curso de Licenciatura em Desenho e Plástica – UEMG/Escola de Design – BH/MG. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Design e Cultura – UEMG/Escola de Design – BH/MG. Docente da rede municipal e estadual de Ribeirão da Neves/MG. Belo Horizonte – MG.

Page 40: Anais do 2º Congresso da Associação dos Professores de Arte de Uberaba e Microregião

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COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA DESENVOLVIMENTO DO DESENHO INFANTIL NA EDUCAÇÃO

Arte no Ensino Fundamental

Graziele Souza 26 Elaine Corsi 27

Yarnel de Oliveira Campos28 Palavras chave: Garatujas. Desenho. Arte. RESUMO Este artigo refere-se à monografia desenvolvida no Centro de Ensino Superior de Uberaba,

no curso de Educação Artística e Artes Visuais, e tem como objetivo demonstrar que a

importância das garatujas não reside na beleza estética, mas na descoberta de

possibilidades de representações simbólicas. A arte é essencial na vida de uma criança, ela

começa a desenhar a partir de uma brincadeira que se inicia quando adquire a capacidade

de segurar o lápis. Existem várias fases no desenvolvimento do desenho da criança. Uma

delas aparece por volta dos dezoito meses de idade: a garatuja. Quando acontecem seus

primeiros rabiscos, representa o início de sua expressão com os traços, e se estende até por

volta dos sete anos que é a fase esquemática. O desenho para a criança é um estado de

prazer, expressão onde ela se identifica e compreende seus pensamentos.

26 Graduanda no curso de Educação Artística e Artes Visuais pelo Centro de Ensino Superior de Uberaba. [email protected] 27 Professora do Centro de Ensino Superior de Uberaba, Mestre pela Universidade Federal de Uberlândia. [email protected] 28 Professor de Trabalho de Conclusão de Curso do curso de Artes Visuais do Centro de Ensino Superior de Uberaba, doutorando na Universidade Federal de Uberlândia. [email protected]

Page 41: Anais do 2º Congresso da Associação dos Professores de Arte de Uberaba e Microregião

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COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA MÚSICA NA EDUCAÇÃO FORMAL: POSSIBILIDADES E BUSCAS

Arte no Ensino Fundamental e Médio

Joheber Antônio Silva29 Yarnel de Oliveira Campos30

Palavras chave: Arte. Música. Ensino formal. RESUMO Este artigo refere-se à monografia desenvolvida no Centro de Ensino Superior de Uberaba

no curso de Educação Artística e Artes Visuais. Trata-se das múltiplas possibilidades que o

ensino da música proporciona na busca do conhecimento e a sua contribuição para o

desenvolvimento do conhecimento cognitivo em ambiente harmonioso e prazeroso. O

artigo tem como objetivo destacar a importância da música no contexto escolar e sugerir a

sua estruturação como disciplina regular. Discute a problemática da socialização dos

alunos, ensinando-os, na prática, a vivenciarem novas experiências, como o respeito

mútuo, a construção em grupo e a percepção sonora. O procedimento metodológico busca

as abordagens: bibliográfica e a pesquisa de campo. Procurou-se especialistas e professores

na área de música do Colégio Cenecista Dr. José Ferreira que contribuíram para elucidar

alguns procedimentos quase inexistentes no ensino público. A pesquisa bibliográfica

denunciou uma desarticulação entre a teoria e a prática, principalmente no ensino público.

A música pertence ao cotidiano das pessoas; quando se caminha, tem-se um ritmo, o

próprio “tic tac” do relógio indica uma pulsação, o rádio ligado, a televisão, o assobiar e o

batucar na mesa, até sem perceber. Vive-se e respira-se música todos os dias, por isso a sua

importância no ensino formal.

29 Graduando no curso de Educação Artística e Artes Visuais pelo Centro de Ensino Superior de Uberaba. 30 Professor de Trabalho de Conclusão de Curso do curso de Artes Visuais do Centro de Ensino Superior de Uberaba, doutorando na Universidade Federal de Uberlândia. [email protected]

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COMUNICAÇÃO UM ESTUDO SOBRE O DESENVOLVIMENTO HUMANO A PARTIR D E

ANÁLISES SOBRE O DESENHO INFANTIL Ensino de Arte no Ensino Infantil

Esp. Kátia da Silva Cunha31

Ms. Maria Socorro Ramos Militão32 Natália Aparecida Pimenta33

Palavras chave: Desenho infantil. Filosofia da linguagem. Educação. RESUMO Pretendemos neste estudo analisar os desenhos infantis e suas elaborações para entender

como as crianças solucionam e desenvolvem suas composições, nosso interesse é uma

educação que abarque as capacidades expressivas, cognitivas e intelectuais em

desenvolvimento. Os desenhos são elaborações abstratas e expressivas, portanto, servem

como via de relacionamento entre as crianças e o mundo. Assim, não consideramos

padrões artísticos ou psicologias sobre os desenhos, mas buscamos sustentação na

filosofia, entendendo que a capacidade de elaboração e assimilação são questões filosóficas

determinantes no desenvolvimento expressivo e nas relações sociais. Elegemos o

existencialismo de Sartre (1905-1980) pela análise que ele faz da construção subjetiva da

consciência a partir da referência do outro; e os estudos fenomenológicos de Merleau-

Ponty (1908-1961), por serem os desenhos uma forma lúdica da criança ser no mundo,

expressando-se em uma totalidade. Por fim, buscamos as referências analíticas de Rudolf

Arnheim (1904-1997) sobre os estágios de desenvolvimento infantil, através dos desenhos,

vinculados às análises de Duarte Junior (1953-) sobre pedagogia aplicada a estas

elaborações. Considerando que cada criança tem seu ritmo de aprendizagem, buscamos

fortalecer a criatividade e autonomia no uso das soluções encontradas nos desenhos para

outras áreas de conhecimento, respeitando a individualidade expressiva em formação.

31 Graduada e Licenciada em Filosofia (UFU-MG). Especialista em Filosofia Clínica pelo Instituto Packter-Rg e Graduanda em Artes Visuais (UFU-MG). Professora de filosofia e artes da Cooperativa Educacional de Uberlândia (Colégio Ápice). 32 Graduada, Licenciada em Filosofia. Especialista em Ética e Filosofia Política (UFU-MG). Mestre em Filosofia Política (UFG-GO). Doutoranda em Sociologia (UNESP-Araraquara-Sp). Bolsista CAPES. 33 Graduanda em Psicologia (UFU-MG).

Page 43: Anais do 2º Congresso da Associação dos Professores de Arte de Uberaba e Microregião

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COMUNICAÇÃO INTERATIVIDADE: PARTICIPAÇÃO ATIVA DO ADOLESCENTE C OM

MATERIAIS ARTÍSTICOS Ensino de Arte no Ensino Fundamental e Médio

Esp. Lucia Maria Pena Ribeiro dos Santos34

Wanice Facure35 Yarnel de Oliveira Campos36

Palavras-chave: Arteterapia. Interatividade. Adolescentes. RESUMO O objetivo desta monografia é o exame das artes realizado em relação à Arteterapia e a

criatividade artística que se realiza a partir da interatividade do indivíduo com os materiais

de arte. A Arte desempenha um papel potencialmente vital no desenvolvimento humano. O

trabalho expõe uma investigação do desenvolvimento artístico/educacional, baseada no

estudo das teorias que discorrem sobre o tema; na observação qualitativa de adolescentes

pré-vestibulandos e na prática da Arteterapia. Baseia-se na artista Lygia Clark e em suas

obras interativas, seu contexto histórico que colocava em foco as vanguardas e a censura

dos anos 60 e 70 em que a artista viveu. Abrange também o conhecimento da arte, dos

materiais e das técnicas usadas em um setting terapêutico (oficina terapêutica), além da

interação ativa dos adolescentes com estes materiais e com estas técnicas, em um período

em que eles vivenciam muitos desafios. Entende que a arte, como forma de comunicação

sensorial, não só despertará sensações adormecidas, mas também procurará reativar as

percepções do mundo e para o mundo, promovendo o encontro do adolescente com a sua

realidade. A discussão do desenvolvimento artístico geral é concluída com uma descrição

das contribuições da Arteterapia.

34 Graduanda do curso de Artes Visuais do CESUBE, licenciada em História. Professora de Arte no Ensino Médio. 35 Graduada em Letras, pela UNIUBE - Universidade de Uberaba; Especialista em Educação Artística, pela FIJ – Faculdades Integradas de Jacarepaguá; Especialista em Administração de Saúde Pública, pela UNAERP, Universidade de Ribeirão Preto. Professora na Faculdade de Talentos Humanos – FACTHUS, no Centro de Ensino Superior de Uberaba – CESUBE, no Colégio APOIO, no Colégio Opção e sócia do Ateliê Balaio de Arte. 36 Professor de Trabalho de Conclusão de Curso do curso de Artes Visuais do Centro de Ensino Superior de Uberaba, doutorando na Universidade Federal de Uberlândia. [email protected]

Page 44: Anais do 2º Congresso da Associação dos Professores de Arte de Uberaba e Microregião

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RELATO PROJETO JOVEM MÚSICO

Arte e Projetos Sociais Maria Lúcia Campos de Sousa37

Cristina Arruda38 Mário Jaime Costa Andrade (Majaca)39

Edna Mara Pantaleão Marques40 Palavras-chave: Música. Educação. Cidadania. RESUMO: O Projeto Jovem Músico, gestado na Prefeitura Municipal de Uberaba pela Secretaria

Municipal de Educação e Cultura, SEPPAI, em parceria com o CENEG, vem com a idéia

básica de colocar as práticas musicais ao alcance dos alunos da rede Municipal de

Uberaba, integrar a música às atividades educacionais e incorporar efetivamente a música

com experiência educacional que permita aos indivíduos se relacionarem com esta forma

de expressão humana, transformando-a num elo de organização e socialização. O Projeto

iniciou-se em 18/09/06, com a participação de 170 alunos de 06(seis) escolas municipais.

O referido projeto propõe a iniciação musical instrumental, oferecendo aos alunos aulas

teóricas como suporte para as aulas práticas, com o intuito de formar uma Banda de

Música Municipal. Em 2007, este projeto foi ampliado, beneficiando mais seis escolas

municipais, totalizando hoje 318 alunos atendidos, com funcionamento de segunda a

sexta-feira. Além da formação da Banda Municipal, o projeto oferece também a formação

musical em teclado, violão, bateria e flauta. Com pouco mais de 10 meses, nota-se o

grande avanço dos alunos no desenvolvimento da sensibilidade e do prazer musical, o que

lhes permite o relacionamento interpessoal de forma organizada, integrando a música às

atividades educacionais.

37 Pedagoga, habilitada em Música (Piano e Teclado) e Educação Artística, curso de Extensão de Literatura Infanto-Juvenil. Trabalha na Secretaria Municipal de Educação e Cultura, no Departamento de Ensino e Apoio Pedagógico, Coordena os Projetos Canto Coral, Jovem Músico ( CENEG) e Fanfarra. Natural de Uberaba. 38 Graduada em Piano, Educação Artística. Pós-graduada em Artes. Trabalha na Escola Municipal Reis Júnior (Projeto Canto Coral), no CENEG (Projeto Jovem Músico), vinculado à Prefeitura Municipal de Uberaba, e no Conservatório Estadual de Música Renato Frateschi. Natural do Rio de Janeiro. 39 Pedagogo, Músico, Agente Cultural, é Coordenador e Professor do Grupo de Percussão Axé-Uai, Professor de Bateria no Projeto Jovem Músico e Professor Universitário na UNIPAC e CESUBE. Natural de Uberaba, MG. 40 Graduada em Piano e Educação Artística, Pós-graduada em Técnica em Expressão, Graduada em Letras (Português – Inglês). Trabalha na Escola Municipal Celina Soares de Paiva, E.M. Maria Lourencina Palmério e Catru (Projeto Canto Coral), Professora de Percepção no Projeto Jovem Músico. Natural de Uberaba.

Page 45: Anais do 2º Congresso da Associação dos Professores de Arte de Uberaba e Microregião

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COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA REVISTA DIGITAL ART&: CRIAÇÃO, INTERAÇÃO E APRENDIZ AGEM

COLABORATIVA Arte e interdisciplinaridade

Martha M. Prata-Linhares41 Jurema Luzia de Freitas Sampaio-Ralha42

Gisele Torres Martini43 Anna Rita Ferreira de Araújo44

Palavras-chave: Arte. Revista digital. Educação a distância.

RESUMO:

Este trabalho pretende apresentar os caminhos, desde a criação, o desenvolvimento e

manutenção de um projeto administrado pela Internet. A Revista Digital Art& surgiu de

um debate numa lista de discussão e é mantida, voluntariamente e via internet, por um

grupo de profissionais comprometidos com a causa do Ensino de Arte. É a primeira

publicação indexada digital sobre ensino de arte em língua portuguesa, a única da área no

Brasil. Tem o propósito de divulgar pesquisas científicas e projetos em Arte nas suas mais

variadas formas. O trabalho relata, de forma sintética, o processo da criação da revista,

passando pelos problemas enfrentados, as soluções encontradas e, por fim, os planos para

os próximos anos. A criação e o desenvolvimento da Revista Digital Art& tornou- se um

projeto possível, graças às possibilidades de comunicação e interação proporcionadas pela

Internet.

41 Doutoranda e Mestre em Educação pela PUC-SP, Licenciada em Educação Artística pela UnB, professora na Universidade de Uberaba no Instituto de Formação de Educadores. Nascida em Uberaba. 42 Mestre em Artes pelo IA-UNESP, Especialista em Arte: Ensino e Produção e Licenciada em Artes Plásticas e Educação Artística, todos pela PUC Campinas. Professora na Faculdade Comunitária de Campinas, no Curso de Pedagogia. Empresária e consultora. Nascida no Rio de Janeiro. 43 Graduação em Artes Cênicas pela Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, Especialização em Arte Educação e Tecnologias Contemporâneas pela Universidade de Brasília. 44 Mestre em Artes pela USP, Especialista em Artes Visuais e Licenciada em Educação Artística pela UFG, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás, natural de Goiânia.

Page 46: Anais do 2º Congresso da Associação dos Professores de Arte de Uberaba e Microregião

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COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA ASPECTOS DA RELIGIÃO GAULESA VISTOS ATRAVÉS DE ASTE RIX

Arte e interdisciplinaridade

Mônica Prata Fernandes45 Palavras chave: Arte seqüencial. Religião. História. RESUMO: Esta comunicação refere- se a um artigo científico realizado no curso de pós-graduação em

Cinema e Literatura em Sala de Aula (UNITRI - Uberlândia) e que tem como objeto a série

francesa Asterix. Esse trabalho é baseado em pesquisas bibliográficas, em especial sobre

celtas (gauleses) e romanos, além de filmes e histórias em quadrinho. A pesquisa tem como

objetivo traçar um paralelo entre a história em quadrinho, os filmes e a realidade vivida por

estes povos da Antigüidade, enfocando, principalmente, a religião. Estudando este

material, vemos que é possível destacar, além dos aspectos religiosos, aspectos históricos,

culturais e artísticos destes povos. A partir do pressuposto que é imprescindível o

conhecimento do contexto histórico no estudo da História da Arte, ressalto também a

importância do lado lúdico e artístico dos quadrinhos no ensino de arte.

45 Graduada em História com pós-graduação em Patrimônio e Gestão Cultural e Cinema e Literatura em sala de aula. Professora de História da Arte e Cinema no curso de Educação Artística/Artes Visuais do CESUBE.

Page 47: Anais do 2º Congresso da Associação dos Professores de Arte de Uberaba e Microregião

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COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA A IMPORTÂNCIA DO DESENHO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Arte no Ensino Fundamental

Myrian Silva Oliveira46 Elaine Corsi47

Yarnel de Oliveira Campos48

Palavras chave: Arte. Criança. Desenho. Ensino infantil. RESUMO Este trabalho tem o objetivo de fazer com que o professor de arte na Educação Infantil

procure incentivar o desenvolvimento dos desenhos das crianças e respeitar o

desenvolvimento de cada uma ao realizar suas produções. E, para isto, é necessário que o

professor utilize métodos de ensino diferenciados, ou seja, que motive a criança a produzir

seus desenhos com propostas que fazem parte do seu cotidiano e a oriente a lembrar-se dos

detalhes e das formas de qualquer objeto. Na tentativa de colaborar, foi desenvolvido um

trabalho com crianças da Educação Infantil, entre cinco e seis anos, com propostas de

trabalhos que façam com que elas sintam prazer e consigam evoluir seus desenhos,

passando assim de uma etapa para outra. Para isso, é necessário um longo período de

tempo para obter os resultados esperados. Reconhecemos que é preciso mudar a forma de

trabalhar com os alunos, como, por exemplo, propor temas livres e folhas mimeografadas

que deixam as crianças perdidas ou que só trabalhem a sua coordenação motora. Agindo

desta forma, sabemos que as crianças não conseguirão se desenvolver de maneira

espontânea e criativa em suas fases de formação. O objetivo deste trabalho é destacar a

importância do ensino de arte para a criança e sua importância na Educação Infantil.

46 Graduanda do curso de Artes Visuais do Centro de Ensino Superior de Uberaba – CESUBE. 47 Professora do Centro de Ensino Superior de Uberaba, mestre pela Universidade Federal de Uberlândia. [email protected] 48 Professor de Trabalho de Conclusão de Curso do curso de Artes Visuais do Centro de Ensino Superior de Uberaba, doutorando na Universidade Federal de Uberlândia. [email protected]

Page 48: Anais do 2º Congresso da Associação dos Professores de Arte de Uberaba e Microregião

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COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA A ARTE DE CARAVAGGIO

História da Arte Roberta Borges Canelhas49 Mônica Prata Fernandes50

Yarnel de Oliveira Campos51

Palavras chave: Caravaggio. Barroco. Pintura. RESUMO: Este artigo refere-se à monografia desenvolvida no Centro de Ensino Superior de Uberaba

no curso de Educação Artística e Artes Visuais e tem como objetivo estudar e conhecer a

vida e a obra de um dos maiores gênios da pintura barroca — Michelangelo Merisi,

conhecido popularmente pelo celebre apelido de “Caravaggio”, assim como sua

importância para o contexto histórico de sua época e sua influência nos dias atuais. O

estudo das obras e da vida curta e atribulada de Caravaggio se deve, principalmente, por

sua genialidade em pintar os mártires sacros com uma extrema realidade profana, em

trabalhar a realidade como ele a via, e, sobretudo por ser o ápice de um movimento

artístico – o Barroco – que tinha como alvo propagar a glória e o poder da igreja católica.

E é exatamente esse movimento que o levou a ter em sua vida dois extremos, glória e

frustração. Concluo este trabalho destacando sua obra tão influente e, ao mesmo tempo,

incompreendida que vem despertando paixão e admiração ao longo dos séculos, e,

principalmente, nos dias atuais, evidenciando o talento do gênio que não teve discípulos e

sim seguidores.

49 Graduanda no curso de Educação Artística e Artes Visuais pelo Centro de Ensino Superior de Uberaba. 50 Professora de História da Arte e Cinema no curso de Educação Artística/Artes Visuais do Centro de Ensino Superior de Uberaba, especialista em Patrimônio e Gestão Cultural e Cinema e Literatura em sala de aula . [email protected] 51 Professor de Trabalho de Conclusão de Curso do curso de Artes Visuais do Centro de Ensino Superior de Uberaba, doutorando na Universidade Federal de Uberlândia. [email protected]

Page 49: Anais do 2º Congresso da Associação dos Professores de Arte de Uberaba e Microregião

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COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA PREMISSAS DA COLAGEM

Ensino de Arte na Educação Não-formal

Rosalina Aparecida de Morais Cardoso52 Mônica Prata Fernandes53

Yarnel de Oliveira Campos54

Palavra chave: Colagem. Técnica. Experiência. RESUMO Este trabalho tem como objetivo mostrar o valor e o registro da colagem ao longo da

história da arte, suas técnicas e seus procedimentos, contribuindo e interagindo no ensino

formal e informal, destacando sua importância na formação dos alunos. Tem como base

trabalhos realizados por grandes artistas, tais como Pablo Picasso, George Braque, Henri

Matisse, que se utilizaram dessa técnica na composição de suas obras. Concluo este

trabalho relatando minhas experiências com as técnicas de colagem em minhas produções

artísticas e pedagógicas, que me proporcionaram um enriquecimento profissional e pessoal

através de pesquisas, experiências e dedicação. A técnica da colagem torna-se cada vez

mais imprescindível, independentemente de talentos especiais, e tem causado grande

influência na arte, tornando-se respeitada, assim como as demais formas artísticas.

52 Graduanda do curso de Artes Visuais do Centro de Ensino Superior de Uberaba – CESUBE e artista plástica. 53 Professora de História da Arte e Cinema no curso de Educação Artística/Artes Visuais do Centro de Ensino Superior de Uberaba, especialista em Patrimônio e Gestão Cultural e Cinema e Literatura em sala de aula . [email protected] 54 Professor de Trabalho de Conclusão de Curso do curso de Artes Visuais do Centro de Ensino Superior de Uberaba, doutorando na Universidade Federal de Uberlândia. [email protected]

Page 50: Anais do 2º Congresso da Associação dos Professores de Arte de Uberaba e Microregião

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RELATO REPRESENTAÇÃO DAS SIMBOLOGIAS DA MORTE EM ALGUMAS O BRAS

DE MESTRE ATAÍDE Ensino de História da Arte

Esp. Sandra Beatriz Duarte de Freitas55

Palavras-chaves: Mestre Ataíde. Morte. Simbologias RESUMO: Após leitura, observação e análise de algumas obras de Mestre Ataíde, o tema da morte foi

estudado pelas seguintes perspectivas: a morte e o erotismo, as simbologias cristãs da

morte e, também, a condição ocidental da morte. Foi levado em consideração o contexto

histórico, a estética barroca e também alguns aspectos referentes à vida “familiar” do

artista. O cenário artístico colonial captou tais influências e as refletiu em suas pinturas,

nas imagens que recorrem ao tema da morte. Foi percebido que parte do acervo imagético

de Manoel da Costa Ataíde é destinado à morte, à transitoriedade da vida, à salvação,

enfim, às simbologias da morte. Quais os motivos de a morte ser tão representada por

Mestre Ataíde? Por que ele recorre continuamente a esta simbologia? Ao final da

investigação feita, conseguimos alcançar o objetivo primeiro que foi verificar a recorrência

das simbologias da morte em algumas de suas obras. Houve realmente influência das

simbologias da morte européia (por meios de missais ou gravuras), colonial (de acordo

com suas vivências e o meio social) e erótica (dado a uma vida onde a afetividade e o sexo

precisavam ser mascarados) em algumas de suas obras.

55 Graduada no Curso de Licenciatura em Desenho e Artes Plásticas – UEMG/Escola de Design – BH/MG. Pós-graduanda no Curso Ensino e Pesquisa no Campo da Arte e Cultura - UEMG/Escola Guignard – BH/MG. Assistente de Coordenação no Centro Educacional Professor Estevão Pinto Belo Horizonte - MG

Page 51: Anais do 2º Congresso da Associação dos Professores de Arte de Uberaba e Microregião

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COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS NA ÀREA DA SÁUDE

Arte e Educação Inclusiva

Sandra Maria Paulino56 Wanice Facure57

Yarnel de Oliveira Campos58 Darcy Bosco59

Palavras-chave: Arte. Sentimentos. Humanização.

RESUMO Este artigo refere-se à monografia desenvolvida no Centro de Ensino Superior de Uberaba,

CESUBE, no Curso de Artes Visuais. Tem como objetivo mostrar como a arte de contar

histórias dentro da área da saúde colabora com o equilíbrio humano para o enfrentamento

de situações difíceis. O ERA UMA VEZ... faz parte da vida humana desde o tempos das

cavernas, ajudando na construção de nossa história. Com arte, magia e criatividade

conseguimos atingir os mais profundos dos sentimentos, a esperança, a auto-estima e a

coragem. Com este trabalho, conseguirei, com a magia da arte, levar a humanização para

dentro dos hospitais, dos corações dos enfermos, como também dos médicos, enfermeiros

e funcionários.

56 Graduanda no Curso de Educação Artística e Artes Visuais pelo Centro de Ensino Superior de Uberaba. [email protected]. 57 Graduada em Letras, pela UNIUBE - Universidade de Uberaba; Especialista em Educação Artística pela FIJ – Faculdades Integradas de Jacarepaguá; Especialista em Administração de Saúde Pública, pela UNAERP, Universidade de Ribeirão Preto. Professora na Faculdade de Talentos Humanos – FACTHUS, no Centro de Ensino Superior de Uberaba – CESUBE, no Colégio APOIO, no Colégio Opção e sócia do Ateliê Balaio de Arte. 58 Professor de Trabalho de Conclusão de Curso do curso de Artes Visuais do Centro de Ensino Superior de Uberaba, doutorando na Universidade Federal de Uberlândia. [email protected] 59 Professora Escola Apoio e Funcionária do Departamento de Projetos Especiais na Secretaria de Educação de Uberaba, Pós-graduada em Lingüística Aplicada pela UNIUBE. [email protected]

Page 52: Anais do 2º Congresso da Associação dos Professores de Arte de Uberaba e Microregião

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RELATO FORMAÇÃO DE GRUPO DE ESTUDOS EM ARTE

Ensino de arte no Ensino Fundamental

Sérgio Souza60 Palavras-chave: Estética; Arte-Educação; Estudo de vida e obra de artista

RESUMO: A E. M. Milton Campos possui um painel do artista Chanina Luwisz Szejnbejn, aluno do

pintor Alberto da Veiga Guignard. Em 1976, a escola foi inaugurada e recebeu um painel

pintado por Chanina que ficou exposto no auditório da escola. Com o passar dos anos e

com as transformações no prédio escolar, o painel circulou por outros espaços.

Atualmente, o painel encontra-se danificado e em péssimas condições de instalação. A

partir de 2006, um projeto de estudo e reconhecimento dessa obra e da vida do pintor

Chanina foi desenvolvido por uma professora com duas turmas de 2º Ciclo. Em 2007, o

Projeto Chanina foi discutido nos turnos da escola e algumas ações foram implementadas

por professores isoladamente e em grupos. Como professor de Arte no 2º Ciclo, iniciei um

trabalho com as turmas em que leciono. Formei um grupo com 15 alunos que realizará

estudos sobre a vida e obra de Chanina, além de pensar, discutir e implementar atividades

para o restante dos alunos. Esse grupo tem se reunido uma vez por semana e realizado

pesquisas, leituras de textos, análises de obras e, o mais importante, reflexões sobre a arte,

a produção artística e a fruição estética.

60 Licenciado em Artes Visuais (Escola de Design / UEMG). Professor da Escola Municipal Milton Campos. Coordenador do Projeto de Musicalização da EM Milton Campos (violão, flauta doce e percussão). Idealizador do Projeto Latema (Lata-Poema) com a escritora Jussara Santos. Ilustrador e artista plástico. Participante do Núcleo de Design e Cultura da Escola de Design/UEMG

Page 53: Anais do 2º Congresso da Associação dos Professores de Arte de Uberaba e Microregião

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COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA DESENHO E PAPEL EXPRESSANDO A SENSIBILIDADE NO ENSINO

FUNDAMENTAL Ensino de Arte no Ensino Fundamental

Soraya Celestino61

Gilberto Aparecido Damiano62 Daniela S. Durante63

Américo Galvão Neto64 Palavras-chaves: Desenho. Papel. Sensibilidade RESUMO Esta comunicação expõe a práxis de professores que atuam na disciplina de Artes, 5a a 8a

séries do Ensino Fundamental, da Rede Municipal de Juiz de Fora. Tem como foco os

suportes usados na expressão da Sensibilidade (ou Racionalidade Estética) que vieram à

tona através da pergunta: Como você percebe a Sensibilidade nas suas aulas? Escolhidos

os critérios (por amostragem intencional) e a metodologia (de orientação fenomenológica,

que privilegia temas oriundos – através da redução – da própria linguagem dos depoentes),

fizemos a escuta de 13 pessoas (3 do sexo masculino), buscando mostrar as relações entre

Sensibilidade e Educação. Relações que abarcam o racional-conceitual, a emoção, o

sensorial, o corpo – na perspectiva de uma formação estética. No entanto, o que mais se

desvendou foi a dificuldade de vivenciarem a Sensibilidade (como abertura para variadas

experiências ou como um aspecto mais emocional e pessoal – este último é bem

demarcado) e a predominância do desenho e do papel como suportes para expressão da

mesma. Detectou-se, ainda, que a maioria tem formação específica em variadas Artes,

porém uma ausência de referenciais teórico-metodológicos, seja no campo mais específico

da graduação/especialização artística seja no aspecto didático-pedagógico. Espera-se,

porém, melhor compreensão da experiência estético-educacional dos educadores.

61 Mestre em Educação pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (2004), professora da Escola Municipal de Santa Cecília e tem experiência na área de Letras. 62 Doutor em Educação; professor nos cursos de especialização “Arte Educação Infantil” e “Educação Ambiental” na Faculdade de Educação/UFJF e pesquisador associado ao Núcleo de Educação em Ciência, Matemática e Tecnologia/UFJF (Educação Ambiental). É técnico-administrativo em educação, atuando no Instituto de Artes e Design/UFJF e um dos líderes do grupo de pesquisa ARGO: Arte, Mídia e Formação Estética (ARGO-IAD/UFJF). 63 Graduação na Faculdade de Odontologia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (2001) e especialização em Arte-Educação Infantil/UFJF (2006); tem experiência na área de educação, com ênfase em ensino-aprendizagem; é atriz. 64 Graduado em Psicologia, Mestre em Educação pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (2005); especialista em Gestão Ambiental pela UFJF; é consultor de organização do Instituto Doctum de Educação e Tecnologia Ltda; tem experiência na área de educação e o tema: cinema e educação.

Page 54: Anais do 2º Congresso da Associação dos Professores de Arte de Uberaba e Microregião

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COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA CONSTITUIÇÃO DE SABERES E PRÁTICAS DOCENTES EM E SOBRE UM

GRUPO DE PROFESSORES DE ARTE Formação de professores de Arte

Teresa Cristina Melo da Silveira65 Myrtes Dias da Cunha66

Palavras-chave: Saberes e práticas docentes. Grupos. Ensino de Arte. RESUMO Os saberes e as práticas docentes possuem diversas origens, como, por exemplo, em grupo

de estudos. Os objetivos da nossa pesquisa foram os de conhecer as características, as

funções e os modos de funcionamento (individuais e coletivos) presentes no grupo de

professores de Arte da Rede Municipal de Uberlândia; os saberes do grupo acerca de si

mesmo; como o grupo pensa, fala, sente e age em relação a si próprio e aos seus

integrantes; os significados e sentidos que esses professores produzem em relação à sua

participação no grupo. Para tanto, realizamos durante dois anos uma observação

participante no referido grupo, associada à construção de notas de campo, gravações das

reuniões, análise documental e entrevista coletiva. Essas estratégias foram fundamentadas

e analisadas sob referencial teórico de diferentes autores, discutindo a formação do

professor e seus saberes específicos, a importância e a caracterização de grupos sociais,

desenvolvendo uma pesquisa com Abordagem Qualitativa. Produzimos alguns indicadores

que caracterizam o grupo investigado e apresentamos as análises das suas diferentes

configurações e dinâmicas, bem como da freqüência e da participação de seus integrantes.

Destacamos, ainda, a (re)elaboração e (re)significação das idéias, experiências e saberes

dos professores de Arte no seu trabalho, inclusive nas visualidades das produções

plástico-visuais produzidas.

65 Professora de Arte da Rede Municipal de Ensino de Uberlândia-MG e professora de Prática de Ensino do Departamento de Artes Plásticas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Graduada em Educação Artística com habilitação em Artes Plásticas (UFU); Especialista em Educação (UNICLAR); Especialista em Ciências da Religião (UFU); Especialista em Psicanálise e Educação (FASSEM); Mestre em Educação (UFU). Membro do Núcleo de Pesquisa no Ensino de Arte (NUPEA) da UFU e do grupo de estudos dos professores de Artes Visuais do CEMEPE. Criadora do Projeto Oficinas de Criatividade que proporciona auxílio para o exercício docente nas suas diversas expressões. 66 Orientadora

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RELATO DE EXPERIÊNCIA O PERCURSO DO ENCONTRO DE ARTE EDUCAÇÃO EM UBERABA

Arte e Projetos Sociais Terezilda Barreira Portilho67

Elisa Muniz Barretto de Carvalho68 Palavras-chave: Formação social. Encontro de Arte Educação. RESUMO A presente comunicação objetiva relatar sobre o percurso do Encontro de Arte Educação

de Uberaba, que hoje se intitula CONAPAR. Durante cinco anos, este encontro, concebido

como uma atividade acadêmica do curso de Educação Artística/Artes Visuais do CESUBE,

contribuiu para a formação social de estudantes e professores de Arte que estiveram tanto

envolvidos na sua organização, como na efetiva participação da programação. Participar

nas decisões desde horário, tema, local e envolver-se na divulgação e realização do

encontro, possibilitou aos participantes das equipes organizadoras uma visão de

organização e de trabalho coletivo. Participar como congressista possibilitou reflexões e

troca de experiências entre profissionais do ensino de Arte e conseqüente fortalecimento da

luta pelas reivindicações da qualificação profissional no ensino de Arte de Uberaba e

região. Os encontros tiveram um número médio de 180 pessoas e a equipe organizadora

envolvida em torno de 12 pessoas, estudantes e professores de Arte. Os encontros tiveram,

em média, a duração de três dias e sempre com a presença de um profissional da Arte, para

palestra ou mesa de debates, vindo de fora de Uberaba. Com o registro da Associação dos

Professores de Arte de Uberaba e Microrregião – APAR o encontro passou também a

contar com a presença de ex-alunos e professores da comunidade.

67 Terezilda Barreira Portilho é professora e associada da APAR, membro da equipe organizadora do congresso, desde o primeiro encontro. 68 Elisa Muniz Barretto de Carvalho é professora e coordenadora do curso de Artes Visuais do CESUBE e Diretora Presidente da APAR.

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RELATO

ARTES E PROCESSOS CRIATIVOS: A SENSIBILIZAÇÃO DO OL HAR HUMANISTA NA SAÚDE

Ensino de Arte no Ensino Superior

Wanice Alves Facure Locci69 Palavras-chave: Arteterapia; Saúde; Humanização. RESUMO: Com o objetivo de desenvolver a observação, a recepção e a apreensão do olhar, através da

análise das diversas dimensões da Arte e de estimular o potencial artístico através da

experiência do fazer artístico, sensibilizando e proporcionando um olhar humanista, a

disciplina Artes e Processos Criativos, faz parte da grade curricular do curso de

Enfermagem, da FACTHUS. Ao trabalhar nove técnicas distintas: desenho, pintura,

modelagem, colagem, fantoche, tapeçaria, origami, teatro e contação de histórias,

perceberam que as atividades artísticas funcionavam como um canal de auto-expressão e

criatividade, dando suporte aos futuros enfermeiros de perceberem e transformarem o

ambiente de trabalho, de maneira mais humana, pois qualquer pessoa que fique exposta a

um ambiente de inatividade acaba tornando-se reflexo do próprio ambiente e agravando a

enfermidades e deficiências já existentes. Não há a pretensão da cura da doença, mas a

Arte pode ajudar o paciente que se encontra em uma situação delicada a expressar seus

sentimentos, lidando com seus medos e com suas dores, tornando o ambiente hospitalar

mais acolhedor e menos assustador.

69 Graduada em Letras, pela UNIUBE - Universidade de Uberaba; Especialista em Educação Artística, pela FIJ – Faculdades Integradas de Jacarepaguá; Especialista em Administração de Saúde Pública, pela UNAERP, Universidade de Ribeirão Preto. Professora na Faculdade de Talentos Humanos – FACTHUS, no Centro de Ensino Superior de Uberaba – CESUBE, no Colégio APOIO, no Colégio Opção e sócia do Ateliê Balaio de Arte.

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RELATO DE EXPERIENCIA ACOLHIDA MARISTA

Arte e Projetos Sociais

Ana Aparecida Boaventura Carneiro70 Palavras-chave: ONG. Educação. Arte. RESUMO A casa da acolhida Marista de Uberaba desenvolve, desde 2002, um projeto de assistência,

educação e promoção social com crianças e adolescentes, com idade entre 7 a 16 anos.

Trata-se de uma ONG mantida pelos Irmãos Maristas, que promove ações sócio-

educativas, como apoio pedagógico, oficinas de artesanato, informática, desenho, inglês e

atividades esportivas. Desenvolvemos com os educandos e suas mães, atividades artísticas

manuais, fazendo uso de papel reciclado utilizado como matéria-prima, confeccionando

diversos objetos utilitários e de uso decorativo. Atualmente 42 educandos estão integrados

nas atividades. A partir do estímulo ao desenvolvimento da criatividade, incentivamos a

produção de objetos com bom acabamento, de modo que possam ser mais bem valorizados

pelo mercado. Desta forma, além da promoção da auto-estima e da inclusão social,

objetivamos também, com as mães, oferecer oportunidade de qualificação profissional em

trabalhos artesanais. Os resultados verificados durante os cinco anos de trabalho atestam a

melhoria da auto-estima, bom nível de aprendizagem e grande motivação por parte dos

participantes no desempenho das atividades propostas. Apesar dos bons resultados

atingidos, procuramos atualmente aumentar a participação das mães dos educandos no

projeto, de vez que ela é ainda pequena.

70 É aluna do curso de Artes Visuais no Centro de Ensino Superior de Uberaba e professora no Projeto Acolhida Marista.

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SEQÜÊNCIA DAS APRESENTAÇÕES SALA 1 Coordenadores de apresentações: Prof.a Elaine e Prof. Yarnel Recursos: Data show e retroprojetor 14 h A IMPORTÂNCIA DO DESENHO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Myrian Silva Oliveira – Ms. Elaine Corsi

14 h25 DESENVOLVIMENTO DO DESENHO INFANTIL NA EDUCAÇÃO - Graziele Souza – Ms. Elaine Corsi

14h50 MÚSICA NA EDUCAÇÃO FORMAL: POSSIBILIDADES E BUSCAS - Joheber Antônio Silva – Ms. Yarnel de Oliveira Campos

15h15 PROJETO JOVEM MÚSICO - Maria Lucia Campos de Sousa – Esp. Cristina Arruda – Esp. Mário Jaime Costa Andrade – Esp. Edna Mara Paantaleo Marques

15h40 UM ESTUDO SOBRE O DESENVOLVIMENTO HUMANO A PARTIR DE ANÁLISES SOBRE O DESENHO INFANTIL Esp. Kátia da Silva Cunha – Ms. Maria do Socorro Militão – Natália Aparecida Pimenta

16h05 ARTE NA EDUCAÇÃO ESPÍRITA: O CONHECIMENTO ALÉM DO ENSINO FORMAL - Daniel Gonçalves Moreira – Ms. Yarnel de Oliveira Campos

16h30 ARTE E PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS: BUSCAS E DESCOBERTAS - Carlos Felipe Peres Vilas Boas – Ms. Yarnel de Oliveira Campos

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SALA2 Coordenadores de apresentações: Prof.a Elisa e Prof.a Terezilda Recursos: Data show 14 h O PERCURSO DO ENCONTRO DE ARTE EDUCAÇÃO EM UBERABA

- Terezilda Barreira Portilho – Ms. Elisa Muniz Barretto de Carvalho

14 h25 REVISTA DIGITAL ART&: CRIAÇÃO, INTERAÇÃO E APRENDIZAGEM COLABORATIVA - Ms. Martha M. Prata-Linhares – Ms. Jurema Luzia de Freitas Sampaio-Ralha – Esp. Gisele Torres Martini – Ms. Anna Rita Ferreira de Araújo

14h50 FORMAÇÃO DE GRUPOS DE ESTUDOS EM ARTE - Sérgio Souza

15h15 A ARTE E SUA LIGAÇÃO COM O AMBIENTE NUMA PERSPECTIVA DE EDUCAÇÃO LÚDICA - André Luis Fortes - Ms. Elisa Muniz Barretto de Carvalho

15h40 ARTE: PREPARANDO O CIDADÃO COM NECESSIDADES ESPECIAIS - Edna Lucia Francisco da Silva – Ms. Elisa Muniz Barretto de Carvalho

16h05 RESTAURAÇÃO E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL NA CÂMARA MUNICIPAL DE UBERABA - André Luis de Andrade – Ms. Elisa Muniz Barretto de Carvalho

16h30 CONSTITUIÇÃO DE SABERES E PRÁTICAS DOCENTES EM E SOBRE UM GRUPO DE PROFESSORES DE ARTE - Ms. Teresa Cristina Melo da Silveira – Dra Myrtes Dias da Cunha

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SALA 3 Coordenadores de apresentações: Prof.a Mônica e Prof. Osvaldo Recursos: Data show, TV e Vídeo 14 h ASPECTOS DA RELIGIÃO GAULESA VISTOS ATRAVÉS DE ASTERIX

- Esp. Mônica Prata Fernandes

14 h25 PREMISSAS DA COLAGEM - Rosalina Aparecida de Morais Cardoso – Esp. Mônica Prata Fernandes

14h50 A ARTE DE CARAVAGGIO - Roberta Borges Canelhas – Esp. Mônica Prata Fernandes

15h15 REPRESENTAÇÃO DAS SIMBOLOGIAS DA MORTE EM ALGUMAS OBRAS DE MESTRE ATAÍDE - Esp. Sandra Beatriz Duarte de Freitas

15h40 EDUCAÇÃO PARA A VISUALIDADE: A “IMAGINAÇÃO” ATRAVÉS DA NARRATIVA LITERÁRIA - Fabíola Alessandra Rodrigues

16h05 PABLO PICASSO E A DENÚNCIA SOCIAL - Célia Gomes Cardoso – Esp. Mônica Prata Fernandes

16h30

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SALA 4 Coordenadores de apresentações: Prof.a Wanice e Cátia Recursos: Data show 14 h DESENHO E PAPEL EXPRESSANDO A SENSIBILIDADE NO ENSINO

FUNDAMENTAL - Ms. Soraya Celestino – Dr. Gilberto Aparecido Damiano – Esp. Daniela S. Durante – Esp. Américo Galvão Neto

14 h25 A ARTE DO TEATRO DE BONECOS DE MANIPULAÇÃO DO BUNRAKU NO JAPÃO AO GIRAMUNDO NO BRASIL - Cristina Barbosa Morel – Esp. Wanice A. Facure Locci

14h50 ARTES E PROCESSOS CRIATIVOS: A SENSIBILIZAÇÃO DO OLHAR HUMANISTA NA SAÚDE - Esp. Wanice Facure Locci

15h15 DANÇA, UMA EXPERIÊNCIA NA ESCOLA - Ms. Daniela Reis

15h40 ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS NA ÀREA DA SÁUDE - Sandra Maria Paulino – Esp. Wanice Facure Locci – Esp. Darci Bosco

16h05 IMAGINASONS E REPRESENTASONS EM UM COTIDIANO EDUCACIONAL PERIFÉRICO - Gustavo Coelho

16h30 INTERATIVIDADE: PARTICIPAÇÃO ATIVA DO ADOLESCENTE COM MATERIAIS ARTÍSTICOS - Esp. Lucia Maria Pena Ribeiro dos Santos – Esp. Wanice Facure Locci

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OFICINAS

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Jammal

Tapeçaria do Nicolas

óleo sobre tela 90X90

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1. Oficina de Teatro Luis Pablo Trentin Mack Objetivo: 2. Oficina: Construindo mandalas com os quatro elem entos (arteterapia) Raquel Cardozo Paiva Objetivo: através do ato de fazer mandalas, estimular a mente e equilibrar as emoções, proporcionando atitudes que geram integração e autoconhecimento. 3. Oficina de Oxidação em Tela Hercules Locci Objetivo: explorar materiais alternativos, como limalha de ferro, corantes e grafite sobre tela. 4. Oficina 2 em 1 : Movimento e Dança e Iniciação ao C lown Valéria Silva Monteiro e Márcio Leandro Gomes Objetivos: "A arte de se expressar com naturalidade, prazer e fantasia." e "Se sentir livre para sorrir, criar e encantar..." 5. Oficina de Contação de História com dobraduras Daniel Gonçalves Moreira Objetivos: Realizar dobraduras a partir de histórias contadas.

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LISTA DE MATERIAL PARA AS OFICINAS

ATENÇÃO, CONGRESSISTAS: • Cada participante deverá levar seu material para a realização das oficinas! • As oficinas acontecem na sexta-feira às 19 horas e 30 min.

1. Oficina de Teatro

• Não há lista de material.

2. Oficina : Construindo mandalas com os quatro elementos – Arteterapia • Material necessário por pessoa:

• papel para dobradura (qualquer) • tesoura • caixa de giz de cera • uma vela • uma caixa de fósforo • papel duro (tipo pratinho pequeno de festa, de papelão) • tinta guache (pelo menos três cores: azul, vermelho e amarelo) • pincel • toalha • pote • sementes (feijão, milho, arroz, grãos em geral) • cola cascorez azul • papel tipo cartolina ou canson

3. Oficina : Oxidação em Tela • Material necessário por pessoa:

- bombril - uma tela ou mais - mínimo 40x30 máximo 40 x 60 - cola branca PVA (Cascorez rótulo azul) - um rolo de fita crepe - duas trinchas ¾ ou maior - um lápis - uma régua 30 cm - avental - Luva - três recipientes para mistura – tipo PET (3 por pessoa) - corantes líquidos (azul, vermelho, amarelo, verde, marrom, preto, magenta) (duas bisnagas de cada cor. (Este vocês podem combinar de dividir com os colegas).

4. Oficina 2 em 1 : Movimento e dança e Iniciação a o Clown • Não há lista de material.

5. Oficina : Oficina de Contação de História com dobraduras

• Material necessário por pessoa: - 15 pedaços de papel superlustroso cortados no tamanho de 15 cm por 15 cm

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APRESENTAÇÕES ARTÍSTICAS

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Jammal

Nero

Óleo sobre tela 80X80

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APRESENTAÇÃO MUSICAL

– Banda Municipal de Uberaba – Projeto Jovem Músico

PROJETO JOVEM MÚSICO

O Projeto Jovem Músico, criado na gestão atual, é coordenado pela

Secretaria Municipal de Educação e Cultura, por meio do Departamento de

Ensino e Apoio Pedagógico. Atende 318 alunos, de 9 a 14 anos, que estudam nas

escolas municipais de Uberaba.

O referido projeto desenvolve atividades voltadas para a iniciação musical

instrumental em teclado, violão, flauta, bateria, além das aulas teóricas, como

suporte às aulas práticas.

Desses 318 alunos, aproximadamente 60 são integrantes da Banda de

Música Municipal de Uberaba, com instrumentos de sopro e percussão, sob a

regência do Maestro Orialdo Benedito da Silva.

Este projeto permite aos alunos se relacionarem de forma organizada,

prazerosa, integrando a música às atividades educacionais.

– Coral do Colégio Cenesista Dr. José Ferreira

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EXPOSIÇÃO DE ARTES PLÁSTICAS

JAMMAL (Marcos Cezar Jammal)

Belo Horizonte 24/05/1949. Professor, pintor, desenhista, ceramista e escultor. Assina - Jammal – Recebe Título de Imortal e Comendador pela Ordem do Mérito das Belas Artes do Rio de Janeiro em 1998. Catalogado na Publicação ARTES PLÁSTICAS BRASIL de Maria Alice e Júlio Louzada, volume XII (12BRC/209(2000)); Publicação ARTE & ARTÍSTAS – Maimeri – volume I pág. 88 – Itália (2000). Freqüentou as Escolas Guignard/BH/MG, Nacional de Belas Artes/RJ, École D´Art de Montmartre e Centro D´Art Contemporâneas Georges Pompidou, as duas últimas em Paris/França. INDIVIDUAIS: Em 1986, Querência, Espaço Cultural Casa de Campo – Uberaba/MG; em 1990, 1995 e 1997 a 2005 Galeria Projeto Arte – Uberaba/MG; em 1993 Arte Vida e Alegria no Espaço Cultural Banco do Brasil – Brasília/DF; em 1994 Espaço de Artes Jardim Tropical – Brasília/DF; de 1994 a 1996 Espaço Cultural Caixa Econômica Federal – Sacramento/MG e Brasília/DF.; em 1995 Espaço Cultural Centro Clinico Sul – Brasília/DF; em 1997, Evento Comemorativo XXVI aniversário do Hospital das Forças Armadas – Brasília/DF; em 1999 Espaço Cultural Pub Méd. – Uberaba/MG. COLETIVAS: 1991 – Casa da Cultura – Uberaba/MG; Espaço Cultural Shopping Urbano Salomão – Uberaba/MG; 1993 – Talentos Uberabenses – Uberaba/MG; Galeria Anexo I do Senado Federal – Brasília/DF ; - 1993, 1997, 1998, 1999 – Uberaba de Portas Abertas, Arte Plural, Recriando o Natal e Um Olhar sobre a Cidade – Fundação Cultural – Uberaba/MG; 1994 – VII Salão Brasileiro de Arte na Fundação Mokiti Okada – São Paulo/SP; 1995 – Artistas Mineiros no Espaço Cultural Administração Regional – Guará/DF, Espaço Cultural Santos Dumont, VII, IX, XI, e XII Mostra na Art Décor e Galeria de Arte Vincent Van Gogh – Sobradinho/DF.; 1996 – Espaço Cultural Caixa Econômica Federal – Brasília/DF, Galeria de Ares Brasilar – Uberaba/MG, Uberaba Mostra seus Artistas no Clube Uirapuru – Uberaba/MG; 1998 – Convite ‘a Arte na Praça Interna da Câmara Municipal de Uberlândia – Uberlândia/MG; 1999 - O Significado do Número Sete no Centro Cultural Cecília Palmério da Universidade de Uberaba – Uberaba/MG; O Significado do Número Sete na Praça de Eventos do Shopping – Uberaba/MG; 2000 – XXIV Salão de Artes Plásticas Contemporâneo da Pinacoteca Municipal Miguel Ângelo Pucci – Franca/SP, Espaço Cultural da Assembléia Legislativa de Minas Gerais – Belo Horizonte/MG; 2001 - Jubileu de Ouro da Universidade de

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Uberaba na Biblioteca Central e Centro Cultural Cecília Palmério – Uberaba/MG; 2002 – III Salão de Arte Contemporânea (Premio Aquisição Prefeitura de Uberaba – Uberaba/MG; 2003 – IX Mostra de Arte da Justiça Federal na Subseção de Uberaba – Uberaba/MG; 2003 – IV Salão de Arte Contemporânea de Uberaba (Premio de Aquisição Fosfértil) – Uberaba/MG; 2004 – V Salão de Arte Contemporânea de Uberaba – Uberaba/MG; 2004 – Galeria de Arte da Revista de Pintura Domani – São Paulo/SP; 2004 – Espaço Cultural da Revista Domani – São Paulo/SP; 2005 – Coletiva de Artes e Artistas Shooping Uberaba – Uberaba/MG INTERNACIONAL: 2001 – Grande Salão Luso-Brasileiro, Sala Marques – Lisboa/Portugal (Menção Honrosa), Gran Salón Real de Madri – Madri/Espanha (Medalha de Prata).; 2002 – Canadá Art Show – Toronto/Canadá (Máster Bronze Medal) Marcos Cezar Jammal Rua Maximiano José de Moura, 223 39055-430 – Uberaba – Minas Gerais [email protected] 034-33137741 / 33328898 / 91440589

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Jammal

Vila

Óleo sobre tela 80X120

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APRESENTAÇÃO TEATRAL

- Grupo Pose – “Um mundo sem adultos”

- Grupo Teatral do Colégio Apoio – “Anjos Partidos”

- Cia Hebeas Corpus – “A caixa dos sonhos”

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ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE ARTE DE UBERABA

E MICRO REGIÃO – BREVE HISTÓRICO

A Associação de Professores de Arte de Uberaba e Microrregião – APAR

nasceu de uma assembléia no 2o ENARTE – Encontro de Arte Educação em

Uberaba, no mês de junho de 2004. Nesta assembléia, com a participação de

estudantes e educadores (cerca de 150 pessoas), foi constatada a necessidade

de uma entidade que defendesse os direitos dos arte educadores e promovesse

uma efetiva valorização do Ensino de Arte em Uberaba e microrregião.

Anterior a este encontro, já se reuniam estudantes e professores de Arte para

discutir sobre as condições de ensino e sobre os problemas com currículo e a

organização escolar. Era o grupo “Chá com Arte”. O grupo realizava suas

reuniões mensalmente, desde setembro de 2003, e havia constatado a

necessidade de organizar uma associação que unisse os arte educadores de

Uberaba. Mas foi no 2o ENARTE, com a presença da diretora da FAEB –

Federação dos Arte Educadores do Brasil, Itamar Alves Leal, que foram tomadas

as iniciativas para a formação da Associação e diretoria provisória.

O grupo da “diretoria provisória” eleita no domingo, dia 27 de junho de 2004

(por assembléia), começou a se reunir para encaminhar as reivindicações dos

professores e alunos presentes ali naquele encontro.

Formou-se uma comunidade virtual para debates sobre a Arte nas suas

diversas linguagens, bem como a situação do seu ensino em Uberaba e região. O

site da comunidade virtual está em funcionamento desde agosto de 2004 com o

endereço: http://br.groups.yahoo.com/group/enarte

Em 2006, fizemos o registro em cartório da Associação e realizamos o 1o

Congresso, o CONAPAR, com a presença de Ana Mae Barbosa.

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AGRADECEMOS A TODOS QUE, DE ALGUMA FORMA,

CONTRIBUIRAM PARA A REALIZAÇÃO DESTE EVENTO,

EM ESPECIAL:

APOIO E PATROCINADORES

ESCOLA CRIATIVA DE UBERABA

DGV CORRETORA DE SEGUROS

PAPELARIA D’SANTOS

FUNDAÇAO MUNICIPAL DE ENSINO SUPERIOR - FUMESU

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE UBERABA - CESUBE

COLÉGIO NOSSA SENHORA DAS DORES

TAMAREIRAS PARK HOTAL

ARROZ CASA GRANDE

RESTAURANTE COZINHA D’OURO

ATELIER BALAIO DE ARTE

GANGHARA ARTE DECORATIVA

CAFÉ DO PRODUTOR

FLORICULTURA INHAÇA

CENTRO EDUCACIONAL CAMINHANDO PARA O FUTURO