Ana Isabel Santos DCE Universidade dos Açores. Importância do processo de transição como factor...
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Ana Isabel SantosDCE
Universidade dos Açores
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Importância do processo de transição como factor que contribui
para uma progressão de sucesso nas aprendizagens das crianças
(Leppanen et al., 2006);
A escassa investigação neste âmbito, que aponta para a
existência de descontinuidades entre os dois níveis de ensino
(Einarsdottir, 2006; Einarsdottir et al., 2008; Chun, 2003; O’Kane &
Hayes, 2006);
As orientações legais em vigor (Orientações Curriculares para a
Educação Pré-Escolar e Programa de Língua Portuguesa).
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Analisar a forma como educadores de
infância e professores do 1º ciclo do ensino
básico perspectivam a transição entre os
dois níveis no domínio da linguagem escrita.
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Caracterizar a forma de pensar dos educadores de infância e dos
professores do ensino básico acerca da abordagem à linguagem
escrita na educação pré-escolar e no 1º ciclo do ensino básico;
Caracterizar a forma de pensar de educadores e professores
relativamente à transição entre os dois níveis de ensino,
especificamente no âmbito da linguagem escrita;
Caracterizar a forma como educadores e professores
perspectivam a sua intervenção pedagógica no âmbito da
transição entre os dois níveis no domínio da linguagem escrita.
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ENTREVISTA
Caracterização Questões Pedagógicas
Idade Sexo Anos de serviço docente Formação inicial Formação contínua Modelo pedagógico Ano de escolaridade que
lecciona Leccionação de 1º ano
A escrita no jardim de infância e no 1º ciclo do E.B.: objectivos, diferenças, formas de operacionalização, competências;
A transição no âmbito da escrita: razões, tipo de trabalho a ser feito e concretizado, competências, responsáveis e o seu papel.
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PARTICIPANTES
5 Educadores de Infância e 5 Professores do 1º Ciclo do E. B.;
Educadores de Infância: idades compreendidas entre os 31 e os 45 anos,
do sexo feminino, a trabalhar em média há 9 anos, 4 licenciadas e uma
educadora do magistério primário, com licenciatura posterior, 4 não
seguem um modelo pedagógico, uma trabalha por projecto;
Professores do 1º Ciclo do E.B.: idades compreendidas entre os 26 e os 36
anos, 4 do sexo feminino e 1 do sexo masculino, a trabalhar em média há 4
anos, 4 licenciados e 1 licenciado com pós-graduação, 1 não segue um
modelo pedagógico, um segue uma perspectiva tradicional e 3 uma
perspectiva construtivista; 3 leccionam 1º ano.
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EDUCADORES PROFESSORES
Considerada importante por todos;
Objectivos: descobrir a escrita;
incentivar o carácter lúdico; trabalhar a
funcionalidade da escrita; trabalhar
ortografia e fonemas;
Momento para se iniciar trabalho
nesta área: desde bebé (1), no pré-
escolar (3), quando as crianças estão
preparadas (1);
Considerada importante por 4; para 1
não tem lugar na Educação de Infância;
Objectivos: criar gosto pela leitura e pela
escrita; explorar a oralidade; dar resposta
a interesses e necessidades da criança;
Momento para se iniciar trabalho nesta
área: entre o pré-escolar e os 8 anos (1),
não há um momento certo (2), primeiros
anos de escolaridade (1), 1º ano do 1º
ciclo;
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EDUCADORES PROFESSORES
Operacionalização do trabalho: leitura
e escrita do educador, trabalho sobre
ortografia e fonemas, estratégias
diversificadas de contacto com leitura
e escrita, utilização funcional;
Diferença entre pré-escolar e 1º ciclo
E.B.: descoberta vs. currículo formal,
escrita de palavras vs. escrita de textos
mais completos, competências pré-
requisito vs. currículo formal;
Operacionalização do trabalho:
estratégias diversificadas, aprendizagem
de números e letras, abordagem integral
e funcional, exploração da oralidade,
colaboração dos pais;
Diferença entre pré-escolar e 1º ciclo
E.B.: despertar para vs. trabalho formal,
deve seguir-se uma lógica de
proximidade, trabalhar a oralidade na pré
vs. o desenvolvimento da consciência
fonológica no 1º ciclo;
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EDUCADORES PROFESSORES
Importante? Sim (3); Não (2);
Razões: Sim: desenvolvimento de competências,
facilitar o trabalho no 1º ciclo;
Não: leitura e escrita só no 1º ciclo, há
crianças que não frequentam o pré-
escolar;
Momento para se iniciar a transição:
final da educação pré-escolar (1), não há
momento certo (3), no 1º ciclo do E.B.
(1);
Importante? Sim (5);
Razões: desenvolvimento de noções
básicas de preparação para a transição
(4), segurança para a criança (1);
Momento para se iniciar a transição: ao
longo do pré-escolar com ênfase no
último ano (1), aos 5 anos (1), não há
momento certo (1), quando a criança
estiver preparada (2);
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EDUCADORES PROFESSORES
Tipo de trabalho que deve ser feito: No Pré-Escolar:
Actividades diversificadas;
Contacto com o livro;
Experiências contextualizadas e funcionais;
Nenhum;
No 1º Ciclo do E.B.: Rigoroso;
Método descendente;
Jogos diversificados;
Organização de espaços e tempos próximos do
pré-escolar;
Nenhum.
Tipo de trabalho que deve ser feito: No Pré-Escolar:
Contacto entre educador e professor;
Actividades com o 1º ciclo;
Identificação da escrita do nome;
Leitura de histórias pelo educador;
Utilização funcional da escrita;
Relatório de avaliação para o professor;
Exploração dos aspectos conceptuais e
funcionais da escrita;
No 1º Ciclo do E.B.: Visitas;
Apresentação de trabalhos no pré-escolar;
Não sabe;
Avaliação diagnóstica do aluno;
Utilização de um método de ensino específico
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EDUCADORES PROFESSORES
Tipo de trabalho concretiza: Modelo ascendente;
Leitura funcional;
Dramatizações;
Leitura pelo adulto;
Organização de espaços e tempos próximos
do pré-escolar.
Tipo de trabalho concretiza: Leitura e escrita do adulto;
Método sintético;
Através das áreas de trabalho da sala;
Através da utilização de quadros para
tarefas especiais;
Actividades na biblioteca
Visitas ao 1º Ciclo do E.B.;
Diálogo com o professor do 1º Ciclo do
E.B.
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EDUCADORES PROFESSORES
Competências que as crianças devem
desenvolver para transitar: Diferenciar letras de números;
Orientação espacial convencional;
Reconhecer letras;
Reconhecer o nome;
Distinguir letras de palavras e de frases;
Dividir sílabas oralmente;
Desenhar letras;
Motricidade fina;
Autonomia;
Gosto por aprender;
Não consegue especificar.
Competências que as crianças devem
desenvolver para transitar: Gosto pela leitura e pela escrita;
Orientação espacial da leitura;
Interpretação de imagens;
Motricidade fina;
Competências básicas (identificar cores e
escrever o nome);
Só os educadores sabem.
Abo
rdag
em e
mer
gent
e (E
D1)
Abo
rdag
em e
mer
gent
e
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Sobre a abordagem à linguagem escrita na Educação de Infância…
Os educadores revelaram uma maior aproximação a uma perspectiva emergente da literacia;
Essa perspectiva colide com a definição de momentos para começar a intervir e com tipo de trabalho a desenvolver (adulto-centrado);
Os professores revelam uma perspectiva próxima da preparação para a leitura/escrita, com a definição de um momento específico para se começar a trabalhar (início da escolaridade);
O tipo de trabalho que preconizam para o pré-escolar é um trabalho de abordagem à leitura e à escrita;
Ambos coincidem na forma como diferenciam pré-escolar e 1º ciclo E.B. (utilização funcional da escrita vs. currículo formal).
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Sobre a transição entre o pré-escolar e o 1º ciclo do E.B. no domínio da linguagem escrita…
Considerada importante para a maioria, a pesar de alguns professores entenderem não ser necessária;
É perspectivada enquanto preparação para o 1º ciclo do E.B.; Para a maioria deve ter início na educação pré-escolar; O tipo de trabalho a concretizar e o tipo de trabalho realmente
implementado revelam algum distanciamento; As actividades implementadas pelos educadores revelam maior
aproximação ao nível seguinte; As competências a privilegiar são maioritariamente de preparação
para a leitura em ambos os contextos.
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Implicações…
A necessidade formativa de educadores e professores no âmbito da abordagem à linguagem escrita;
A necessidade de alertar educadores e professores para a importância da transição e para a conveniência de adoptar estratégias diversificadas de acção que permitam uma maior aproximação entre os dois níveis de ensino.