Amor que alimenta - Correio Rural de Viamão · mava o meu medo, que estava por vir, numa grande...

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A rainha Tainá convida para a Festa do Arroz com Leite. Confira a programação e entrevistas. Página 14 FUNDADO EM 25 DE NOVEMBRO DE 1912 | VIAMÃO | RS ANO 100 | NÚMERO 5.157 | 27 DE ABRIL DE 2012 | R$ 2,00 Em maio, as mães são as homenageadas. Em diversas comunidades, existem mulheres que alimentam a alma e o coração de crianças e famílias. Conheça duas dessas ações voluntárias. Página 04 Nesta edição a história continua sendo contada: os fatos de 1950 a 1959 Caderno Especial Amor que alimenta

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A rainha Tainá convida para a Festa

do Arroz com Leite.Confira a programação

e entrevistas. Página 14

F U N D A D O E M 2 5 D E N O V E M B R O D E 1 9 1 2 | V I A M Ã O | R S

A N O 1 0 0 | N Ú M E R O 5 . 1 5 7 | 2 7 D E A B R I l D E 2 0 1 2 | R $ 2 , 0 0

Em maio, as mães são as homenageadas. Em diversas comunidades, existem mulheres que alimentam a alma e o coração de crianças e famílias. Conheça duas dessas ações voluntárias. Página 04

Nesta edição a história continua sendo contada: os fatos de 1950 a 1959

Caderno Especial

Amor que alimenta

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Os destaques do seu diário na internetPOR SAUL TEIXEIRA

www.correiorural.com.br

CROnlineA mais acessada

Blog do leitorExclusivo no site

Entre as notícias publicadas do mês de abril, a mais lida tratou

de uma operação policial que desarticulou quadrilha que

atuava na região da Vila Elza, com desdobramentos em cidades

vizinhas e no litoral norte. Com o título “Quadrilha do ‘Aranha’

é presa em Viamão e Porto Alegre”, o texto recebeu cerca

de mil acessos em apenas quatro horas. Na oportunidade, a

reportagem do CR entrou em contato com a 1ª DP de Viamão e

entrevistou o então titular Cleiton Freitas.

Relembre:

“Realizada pela Polícia Civil, a Operação “Spider” desarticulou,

nesta quarta-feira, 4 de abril, quadrilha que liderava tráfico

de drogas, homicídios e extorsões na região da Vila Elza e

adjacências. A ação envolveu a atuação de 80 policiais da

1ª Delegacia da Região Metropolitana. Em Viamão, a 1ª DP

concentrou as atividades. Na ocasião foi preso o líder do grupo,

Jonathan Gomes, 29 anos, conhecido como “Aranha”. Ele e sua

mulher foram detidos no bairro Restinga em Porto Alegre (...)”

Agora, você também pode fazer parte da

equipe do CR! Basta enviar sua opinião, com

até 3 mil caracteres para o e-mail: jornal@

correiorural.com.br. O blog do leitor é um

expediente destinado à livre expressão e

posicionamentos, dentro dos parâmetros do

respeito mútuo, acerca dos mais variados

temas da sociedade.

Além do espaço destinado ao leitor, o site do

CR conta com outras três colunas online em

formato de blogs: O Detalhes, abastecido pelo

editor e diretor do CR, Milton Santos; o Pense

Comigo, de autoria do Dr. Eduardo Dias Lo-

pes e o Blog dos Esportes, de responsabilida-

de do jornalista Saul Teixeira. Acesse http://

correiorural.com.br/category/blogs/e confira.

Motivo de regozijo para qualquer veículo de comunicação, as chamadas

“matérias exclusivas” se caracterizam no ponto máximo da atividade

jornalística. Neste mês, ao menos duas notícias se encaixam neste perfil

e revelam uma marca que acompanha o CR desde a sua fundação: o

compromisso de bem-informar. A primeira delas aborda a inauguração da

nova sede da Defensoria Pública de Viamão, enquanto a outra destaca a

expectativa do Corpo de Bombeiros em relação ao aumento de seu efetivo.

Relembre:

“Após cinco anos em prédio locado, a Defensoria Pública do Rio Grande do Sul inaugurou, na manhã dessa terça-

feira, 10, a nova sede da instituição no município. O ato contou com a presença da defensora pública-geral do

Estado Jussara Acosta, entre outras autoridades estaduais e de Viamão (...)”;

“Realizado no mês de março, o concurso da Brigada Militar selecionou 2.100 novas vagas, sendo 600 para o

Corpo de Bombeiros. Deste montante, cerca de 30 soldados serão destinados às cidades que integram o 8° CRB

(Comando Regional de Bombeiros), no qual a corporação de Viamão está inserida. Entretanto, aumento do efetivo

local ainda não está definido (...)”

Editorial

Vulnerabilidade social e campanhas comunitáriasA EDiçãO QuE ORA O LEiTOR TEM NAS MãOS, TRAz DuAS REPORTAgENS as quais abordam

um tema latente no município e que precisa constante aprofundamento uma vez que o seu fulcro

requer atenção permanente. Trata-se da tão falada vulnerabilidade social, que está presente na

maioria dos aglomerados habitacionais que crescem ao redor da cidade. Famílias que vivem na

mais completa miséria sob amontoados de madeiras e panos, sem ter o que comer e o que vestir

para atender um mínimo de sustento e proteção do corpo, sem condições de chegar a um atendi-

mento efetivo e completo às necessidades de saúde e de educação.

Sabe-se, de sobejo, que a situação foge do controle dos órgãos governamentais os quais, dentro de

suas limitações, procuram dar atenção a esse grave problema. Porém, é tão complexa e deteriorada

a situação que debelá-la de todo é tarefa hercúlea. Restam ações paliativas que em nada resultam

de concreto, levando a uma simplória e jocosa comparação como apagar um incêndio usando conta-

-gotas. Resta, senão, a solidariedade quando pessoas da mesma comunidade que abriga os necessi-

tados, unem-se em gesto voluntário e saem em busca de auxílio. Contam, nesta oportunidade, com a

colaboração de entidades filantrópicas, sociedades benemerentes, clubes de serviços, igrejas e outras

instituições, o que não autoriza a desmentir a condição de paliatividade. A esta atitude voluntária de

doação de alimentos e roupas, soma-se a afetividade, o carinho, a palavra amiga, o incentivo, aquele

algo mais de amizade e amor que, às vezes, nutre não só o organismo, mas a alma e o coração.

A reportagem do CR foi a duas localidades em que os casos de vulnerabilidade afloram e aonde também

a solidariedade se faz presente. No loteamento denominado Castelinho, dona Dionísia, com auxílio de

outras senhoras e jovens, mantém a alimentação de quase 70 crianças, de forma voluntária em sua

morada que a transformou na já conhecida Casa da Sopa. Além disso, distribui mais de 100 cestas

básicas a famílias. Ações que têm auxílio da igreja católica e do centro budista. Na outra localidade

focada, o Jardim Estalagem, há a atividade sistemática da igreja através das irmãs da Comunidade

Nossa Senhora Medianeira que, organizadas em pastorais e com o engajamento de mães voluntárias e

missionárias, idealizam projetos e expandem campanhas comunitárias junto às famílias e aos jovens.

Tenham uma boa leitura e reflitam sobre o assunto.

a esta atitude voluntária de doação de alimentos e roupas, soma-se a afetividade, o carinho, a palavra amiga, o incentivo, aquele algo mais de amizade e amor que, às vezes, nutre não só o organismo, mas a alma e o coração.

opinião – Eduardo dias lopEs

MaternidadeLembro bem da dona Sara, a minha mãe, que foi tudo em

momentos especiais de minha vida. Quando eu era criança,

ela tranquilizava meu choro, eliminando as dores e transfor-

mava o meu medo, que estava por vir, numa grande coragem

para enfrentar todos os momentos difíceis que a vida poderia

me trazer.

O menino cresceu e o homem continuou a receber da sua mãe

todo o apoio e força necessários para poder enfrentar suas bar-

reiras e transpor limites. A dona Sara, de mãe zelosa e pro-

tetora tornou-se a amiga especial, mantendo sua capacidade

maior de, num pequeno afago e com poucas palavras, trazer

conforto para o sofrimento e muita força para o filho enfrentar

as barreiras que se interpunham em seu caminho.

Vejo hoje, com saudade, a grande inspiração pois sei que

ela, esteja onde estiver, repete suas palavras de maior apoio,

quando me dizia: Filho! Sou tua mãe e sempre estarei pronta

para, junto contigo, enfrentar tudo o que terás pela frente.

Deus levou dona Sara para junto dele. De lá sei que não só

a este filho, mas a outros, ela estará protegendo e cuidando,

como muitas mães hoje por aqui protegem seus filhotes e os

preparam para seguir seus caminhos do amanhã, enfrentando

o mundo e fazendo da vida um caminho de luz e crescimento.

Olho para minhas duas filhas que já são mães e vejo nelas

a força que a minha mãe era capaz de impor em tudo o que

fazia, pois é nestas mulheres que encontramos a força maior

desta existência. Em seus exemplos de carinho e na expressão

de seu amor é que o mundo fica mais belo, empurrando a

humanidade para o amanhã promissor de todos aqueles que

sabem viver e exercitar o amor em todas as suas atitudes.

O dia 29 de março marcou a chegada da Valentina, minha

terceira neta, filha da Sabrina. Desde o primeiro chorinho

da Valentina vi o brilho mais lindo no rosto de minha filha,

aquele sorriso de beleza extrema que somente as mulheres

iluminadas pela maternidade são capazes de transmitir.

Lembrei quando há nove anos chegaram minhas duas primeiras

netas e também coloriram a fisionomia de minha filha Patrícia

com uma luz que jamais vai se apagar. A presença de um filho,

para a vida de uma mãe, é algo que transcende a própria vida e

sempre vai elevar a todos para mais próximo da divindade.

A maternidade é um dom. Aquelas mulheres que já viveram

esta experiência sabem muito bem o que isso significa. A vida

passa a ser mais bela logo após a chegada das crianças que

vêm para colorir e alegrar a existência de todos.

Acompanhe o blog do Dr. Eduardo em www.correiorural.com.br

EXpEdiEntEDiretor e EditorMILTON ZANI DOS SANTOS Jornalista reg. Mtb nº [email protected]

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Correio rural é uma publicação da Gráfica Editora Correio rural ltda. CnJp 90.271.065/0001-64 Fundado em 25 de novembro de 1912 por alcebíades azeredo dos santosrua Marechal deodoro, 137 - 2º andar - sala 206 - Centro - Viamão - rs - Fones (51) 3485.1313 / (51) 3436.1983 - CEp 94410-000 - [email protected] - www.correiorural.com.br

Circulação: Mensal – tiragem: 5.000 exemplares – Editoração: Gráfica Editora Correio rural – impressão: printlog – Filiado a adjori e abrarj – o Jornal não se responsabiliza por conceitos emitidos em matérias assinadas.

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No núcleo residencial Castelinho, no Caminho do Meio, dona Dionísia Machado

mantém a “Casa da Sopa”. Ali ela alimenta 68 crianças e distribui cestas básicas para

120 famílias com auxílio da Igreja Católica, do Centro Budista e doações anônimas.

P O R M I L T O N S A N T O S

F O T O S V I N Í C I U S S A N T O S

EspECial

Obrigado Senhor! Obrigado, Senhor, pela mãe que você me deu ...

... por todas as Mães do mundo ... pelas mães brancas, de pele alvinha...

... pelas pardas, morenas ou bem pretinhas ... ... pelas ricas e pelas pobrezinhas...

... pelas mães-titias, pelas mães-vovós, pelas madrastas-mães ... pelas professoras-mães...

... pela mãe que embala ao colo o filho que não é seu... ... pela saudade querida da mãe que já partiu...

... pelo amor latente em todas as mulheres, que desperta ao sentir desabrochar em si uma nova vida...

...pelo amor, maravilhoso amor que une mães e filhos... Eu lhe agradeço, Senhor!

(Charlesk)

O mês de maio se aproxima. É um mês forte no calendário

gregoriano. O histórico diz que o seu nome é derivado da deusa

romana Bona Dea, da fertilidade. Outras versões apontam que a

origem se deve à deusa grega Maya, mãe de Hermes. Sob o anti-

go regime francês era de costume plantar um “Maio” ou “árvore de

Maio” na honra de alguém. No Condado de Nice, moças e rapazes

“giravam Maio” ao som de pífano e tambor, ou seja, dançar as “ron-

das de Maio” ao redor da árvore de Maio.

Muitos poetas, compositores, escritores, músicos já dedicaram

loas e melodias para enaltecer o mês de maio. Por exemplo,

Almir Sater musicou seus versos em “Mês de Maio”, que diz

assim: “Azul do céu brilhou/ E o mês de maio, enfim chegou/

Olhos vão se abrir, pra tanta cor/ É mês de maio, a vida tem seu

esplendor/ A luz do sol entrou/ Pela janela e convidou/ Pra tarde

tão bela, e sem calor/ É mês de maio, saio e vou ver o sol se por/

Horizonte, de aquarela, que ninguém jamais pintou/ E um enxa-

me, de estrelas, diz que o dia terminou...”.

Maio é o mês de Maria, mãe de Jesus Cristo, segundo a igreja Cató-

lica que, igualmente, a 13 de maio celebra Nossa Senhora de Fátima.

Este mês guarda, também, datas comemorativas, por demais conhecidas:

Dia do Trabalho ou do Trabalhador, a 1º; dia da abolição da escravatura, a 13,

além de outras, como dia do Enfermeiro (12), dia da Família (15), dia do geólogo

(30), dentre tantas. O mês de maio é chamado de o Mês das Rosas e de o Mês das Noivas.

Mas as maiores comemorações deste mês, sem dúvida, voltam-se para as Mães, com data de celebração no segundo

domingo. Há quem diga, porém, que o “Dia das Mães” são todos os dias.

Palavras também não faltam para enaltecê-las. Estas: “Ser Mãe é assumir de Deus o dom da criação, da doação e do

amor incondicional. Ser mãe é encarnar a divindade na Terra” (Barbosa Filho); “O amor de mãe é o combustível que

capacita um ser humano comum a fazer o impossível” (Marion garretty); “Somos todas mães adotivas, sejam elas

geradoras ou postiças...A verdade é que a mãe biológica dos nossos filhos é a vida” (Paloma Muniz); “Os braços de

uma mãe são feitos de ternura e os filhos dormem profundamente neles” (Victor Hugo).

Com esta reportagem, o CORREiO RuRAL está fazendo uma homenagem às mães, mostrando mulheres que desen-

volvem ações sociais voltadas ao bem-estar de famílias e, principalmente, a jovens e crianças em comunidades que

têm carências nos mais diversos aspectos de seu dia-a-dia. Pode-se dizer, generalizando, que estas mulheres são

verdadeiras mães, abraçando as causas da comunidade e entregando suas energias, de forma voluntária e denodada,

para saciar a fome e a sede, para alcançar uma palavra de incentivo e de conselho, um ombro amigo para o consolo

e uma mão forte para o amparo. Além de um coração enorme, latente, cheio de amor e carinho.

Maio, do trabalho, das rosas, das noivas.Maio, das mães

sozinhos na rua”“Conversamos, deus e eu,

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À margem da estrada do Caminho do Meio, via que liga Viamão a Porto Alegre, está

assentado um núcleo residencial denominado de Castelinho. Esta comunidade ali

instalada há 10 anos, em local que era de caráter particular mas que foi ocupado

e logo a seguir devidamente regularizado pela municipalidade viamonense, que fez

a compra da área por entender que era justa a reivindicação das famílias que ali

estavam em busca de um lugar decente para morar. Com várias ruas calçadas com

paralelepípedos, tendo os serviços de abastecimento de água e de energia elétrica,

servido por algumas linhas de ônibus, o núcleo habitacional Castelinho abriga uma

boa quantidade de residências e casas comerciais.

Ali reside a sra. Dionísia de Oliveira Machado. Sua casa, num local alto do povoado,

está bem-desenhada no visual de quem ali convive e dos que passam pela rua, pois

embora modesta, exibe na parte fronteira, por um justo e nobre motivo, o nome de

“Casa da Sopa”. Ali, três vezes por semana, cerca de 70 crianças ganham lauto

almoço cujo cardápio é uma sopa onde não faltam a batata, a cenoura, o repolho, en-

fim, os ingredientes essenciais que vão ao fogo em vários panelões e sob os cuidados

de dona Dionísia e suas colaboradoras, algumas mães da comunidade. Os ingredien-

tes vêm de diversos doadores, a maioria anônimos, mas que nunca falham. Mas além

da sopa, dona Dionísia faz, mensalmente, a distribuição 120 cestas básicas para as

famílias cadastradas na Casa da Sopa. Os artigos para as cestas chegam através de

um programa desenvolvido pela igreja Católica na região da Vila Augusta e do Parque

Índio Jari. Ao lado da Casa da Sopa há um outro prédio, em terreno conseguido por

moradores da comunidade. Este espaço acolhe um grupo de jovens para aulas de

informática, que são ministradas por um professor voluntário.

A reportagem do CR encontrou dona Dionísia montando as cestas básicas e com

o fogão de barro aceso cozinhando a sopa que seria servida ao meio-dia para as

crianças. Sem parar a tarefa, ela foi falando a respeito de seu trabalho voluntário:

“Há onze anos eu juntava papel nas ruas. um dia fiz uma promessa para Deus,

que se um dia eu melhorasse de vida me dedicaria a ajudar as crianças. Hoje não

sou bem de vida, mas graças a Deus meu marido tem um emprego, termos os

filhos grandes todos bem-criados, tenho oito netos. Esta casa é minha construída

com meu esposo. Também faço trabalho de artesanato e agora passarei a cozinhar

para a creche que está abrindo aqui no Castelinho. Então, fiz esta promessa e em

seguida fui para o templo budista, que é nosso vizinho aqui, e comecei a fazer

artesanato. um dia contei para os que estavam ali que eu tinha como promessa

ajudar as crianças e fiquei pensando como iria fazer. iniciei então o trabalho junto

com uma amiga. Quase que diariamente rumávamos para a Ceasa, de ônibus, para

recolher alimentos. Vínhamos de lá com sacolas e sacolas. Comecei a fazer a sopa

num fogo de chão, pois ainda não tinha o fogão, que foi doado por amigos da co-

munidade. Estes três panelões onde cozinho a sopa hoje, ganhei através da Rede

do Bem”, disse Dionísia.

As crianças que vão na Casa da Sopa três vezes por semana são todas residentes

no Castelinho e estão devidamente cadastradas. “Estas crianças vêm aqui de livre

e espontânea vontade, junto com suas famílias, e a gente prefere que elas fiquem

aqui conosco. Suas famílias, também cadastradas, são olhadas por nós e todos os

meses a igreja Católica, lá do Jarí, nos dá as cestas básicas para distribuir a elas.

As crianças que estudam de manhã, vêm para cá à tarde, e os que estudam à tar-

de ficam conosco pela manhã até o meio-dia. Elas ficam sempre junto da gente”,

explica Dionísia.

Perguntada sobre a vontade de crescer no empreendimento social, Dionísia afir-

mou que é a sua intenção para ajudar mais crianças e famílias. Com ar de felici-

dade e mostrando emoção, ela diz: “Pretendo crescer nesta tarefa. Não crescer em

bens materiais, mas sim no sentido de ajudar mais e mais e, um dia, ter o orgulho

de ver todas estas crianças criadas para o bem, cidadãos do bem. Não cidadãos

de muito dinheiro, mas que sejam pessoas trabalhadoras, honestas, que se possa

um dia, com amizade, relembrar os instantes que vivemos aqui. Faço este trabalho

pensando nestas crianças e no futuro”.

Ela, com lágrimas nos olhos, conta que tem problemas cardíacos, que já fez um

cateterismo e sofreu um AVC que a deixou oito meses com sequelas. “Fiz a pro-

messa para Deus. Conversamos Ele e eu sozinhos, na rua e aqui estou graças a

Deus. Tenho sempre quatro amigas para me ajudar”.

na doação, uM trabalho dE aJudaClory Lucia Ramos da Rosa é uma das mães que

está sempre ao lado da Dionísia no preparo da

sopa das crianças e na confecção de artesanato.

Ela falou à reportagem do CR sobre este trabalho:

“Há quatro anos moro no Castelinho e comecei a

vir para a sopa porque tive uma dificuldade muito

grande na minha vida e por falta de recursos meus

filhos não tinham o que comer. Então me aproximei

da ´tia da sopa´, mandei meus filhos e comecei a ver que era um trabalho

muito interessante e muito importante, onde as crianças e as mães tinham

onde se apoiar. Dionísia é uma pessoa que cuida das famílias, é uma mãe

para todos, daqui ninguém sai com as mãos abanando. Tenho quatro filhos e

estou aqui ajudando. Aqui é a minha família. Quem vem aqui aprende a se

doar. Os meus filhos gostam muito”.

rEFErênCia MatErna E CoMunitáriaAos 22 anos, Jaciara da Costa tem na mãe uma

referência. Morando no Castelinho há três anos,

ela ajuda dona Dionísia na lida semanal com as

cerca de 80 crianças, além de ser a filha mais

próxima, já que seus outros cinco irmãos moram

na cidade de Montenegro, região metropolitana de

Porto Alegre.

Dividindo a atenção entre as atividades na cozi-

nha e a entrevista prestada ao CR, ela elenca a série de características que

fazem de sua mãe a personalidade mais importante da região: “O bem que

minha mãe faz para a comunidade é impressionante. Ajudar o próximo é a

maior lição que nos dá diariamente. Tenho um filho de quatro anos e estou

educando ele como fui educada”, destaca a jovem, de maneira tímida.

Amiga de infância de Jaciara, Pamela da Silveira Rosa é moradora do Cas-

telinho há quase uma década. Mãe de um menino de 2 anos, ela conta que

atualmente, o seu irmão mais novo frequenta o mesmo espaço que marcou

sua infância: “Muita sopa tomamos na dona Dionísia. Ela é uma referência

que levaremos para sempre”, salienta, fazendo referência aos seus outros

sete irmãos que também tiveram na generosidade de dona Dionísia um alen-

to aos anos de dificuldades enfrentados pela família.

Conforme Pamela, sua mãe também atuou como ajudante no improvisado

“centro social”, deixando a sua marca no belo trabalho social desenvolvido:

“É como se fosse uma segunda casa. Minha mãe é muito amiga da dona

Dionísia. Várias crianças se alimentam aqui e devem muito a Casa da Sopa.

O ideal seria que todas as comunidades pudessem contar com alguém como

a dona Dionísia”, completou.

Que recado Dionísia Machado, de 58 anos, daria às mães? “As mães que tra-

zem os filhos ao mundo, pensem bem: eles não vêm sozinhos. Por isso, que

tenham a felicidade de terem seus filhos por perto para, assim, viverem bem,

com amor, com carinho. Hoje vemos muitas crianças jogadas no mundo. Então,

que cuidem de seus filhos, há muitos recursos ao alcance das mães, é só apro-

veitar. Que tenham todas, muitas felicidades”.

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saúdEruralmília. É um trabalho bonito, sendo que as crianças regam as árvores todos os dias.

Agora vamos entregar mensagens a todas as famílias na intenção de conscientizá-

-las para esta operação do meio ambiente e sobre outros assuntos e os valores da

vida”, enfatizou a irmã Olga.

A reação da comunidade não poderia ser diferente do que o otimismo, conforme

relata a irmã Shirley Mattos: “Com o passar do tempo a gente vai vendo o resultado

e é por aí que temos de dar continuidade. A gente custa a mudar certos costumes,

mas o mais importante é realizarmos o trabalho com fé, atuando no sentido social

pois as pessoas custam a reagir. Há um esforço de toda a comunidade”. Lá no

Jardim Estalagem há um chega e sai de famílias, pelo que, presume-se, torna-se

difícil a implantação de um trabalho que permaneça, fato explicado pela irmã Shir-

ley: “A cada família que chega temos que começar tudo outra vez. Trabalhamos

com a Pastoral da Criança e vemos que as famílias mudam de endereço e não se

interessam mais”.

A Campanha da Fraternidade deste ano dá ênfase à Saúde. A irmã Rosa Fiorezze

dá a dimensão de como é a chegada nas famílias para tratar de assuntos relaciona-

dos com o tema: “Tem famílias que recebem muito bem a gente, mas têm outras

que ficam dentro de casa, dentro de seus terrenos sem dar muita conversa, olhan-

do a gente na fresta das portas e das janelas. A chegada é difícil naquelas famílias

mais arredias, mas com jeito a gente consegue travar uma boa conversa. Mas um

trabalho bem importante é aquele de visitar os doentes, passando nas casas se-

manalmente”. Ela falou, também, que muitas famílias quando precisam procuram

as irmãs. E é uma dedicação que requer um grande amor, uma doação sem fim,

como é explicado pela irmã Rosa: “A gente precisa de muita força, pois sem se

apiedar ninguém consegue, sem buscar uma oração não se consegue chegar lá e

fazer alguma coisa. Nosso objetivo é ir em busca dos mais necessitados, princi-

palmente estes doentes que não têm acesso a um atendimento melhor. Vamos aos

pouquinhos pois não temos recursos maiores”.

trabalho VoluntárioLogicamente, toda esta atividade envolve não só as irmãs, mas também várias

mães que estão sempre ligadas à comunidade. São reconhecidas como missioná-

rias e gostam muito da ação desenvolvida pelas irmãs, conforme relata Carolina

Cordone, ligada à Pastoral da Criança: “Ser mãe é amor, mãe é amar, são duas

palavrinhas simples e pequenas, mas de um valor incalculável. Então fazemos as

caminhadas e vamos contatando com aquelas mães pobres cadastrando-as. Numa

dessas caminhadas vimos uma mãe jovem tendo aos braços uma criança, com

muito carinho, um filho com certa deficiência. Ela falou tudo com muito amor, com

muita esperança e disse que o pai havia abandonado. A gente precisa dar atenção

a essas mães, a essas crianças, sempre com muito amor, com muito carinho”.

Claudia Vollmer é outra mãe que se dedica às famílias e o seu trabalho é a busca,

separação e distribuição de cestas básicas de alimentação. Ela conta como é: “São

70 famílias que recebem as cestas básicas. Os produtos vêm de outra igreja, lá

na vila Augusta, através de um programa do governo que beneficia a quatro ilhas.

Esses grupos são chamados de ilhas e nós somos uma delas. Beneficiamos a estas

pessoas carentes para que elas tenham, pelo menos por alguns dias, um tipo de

alimentação com verdura, com carne, com frutas. O mais importante é que estas

pessoas ganham a oportunidade também de realizar cursos, alcançar a empregos,

mas tem muita gente desinteressada”.

Mãe de quatro filhos, Claudia diz que eles assimilam todo este trabalho e até

acompanham com muita atenção. Mas ela se comove ao ver a situação de outras

crianças: “Tem criança que às vezes chega com a mãe aqui no salão, pega uma

banana e eu já alcanço duas a mais porque eu acho muito lindo ver uma criança

se alimentar. Se me perguntarem se essa situação faz doer meu coração, digo que

dói é chegar numa rua, oferecer uma banana e mãe dizer “isso é banana verde”.

Eu respondo que banana verde amadurece é só esperar um pouquinho”. Claudia

estava com o filho Tiago, que não quis falar à reportagem.

Leandrina Barbosa está ligada mais às celebrações, preparando as leituras na mis-

sa, os cantos, enfim a preparação litúrgica. Ela coordena a formação dos missioná-

rios leigos e fala sobre a atuação destes: “Os leigos ajudam as irmãs e incremen-

no cuidado às árvores, nasce o amor e cresce a solidariedadeDesde os anos 1980, faz parte da estrutura urbanística de Viamão o núcleo ha-

bitacional Jardim Estalagem. Assentado de forma regular à margem da antiga es-

trada que leva ao Passo do Vigário, aquele loteamento teve oficializado o nome

de suas ruas pela lei 1733, de 22/7/1982. Entre muitos problemas, inerentes a

conglomerados habitacionais, cresceu o Jardim Estalagem e hoje se constitui uma

comunidade a qual dispõe a servi-la os segmentos necessários para uma vida digna

e aceitável dos seus habitantes. O comércio é suficiente, há uma escola estadual

de ensino fundamental, assim como o transporte coletivo está com linhas regula-

res. A municipalidade dá atendimento naquilo que está ao alcance e o que é mais

reclamado, hoje, diz respeito ao estado do calçamento das ruas.

Pode-se dizer que há ali, no Jardim Estalagem, uma luta contínua pela busca de

solução para as necessidades gerais. Os moradores unem-se formando grupos de

atividades beneficentes, de lazer, de recreação, de cunho sócioecológico, etc. Ali

está instalada a Comunidade Nossa Senhora Medianeira, das irmãs de Jesus Cru-

cificado, ligada à igreja Católica, a qual reúne moradores e organiza pastorais que

auxiliam nas diversas atividades, como por exemplo: projeto meio ambiente, visitas

domiciliares, curso de trabalhos manuais para mulheres, trabalho educativo com

jovens e crianças, atendimento a pessoas enfermas, programa de alimentação com

cidadania para 70 famílias (em andamento), promoção de festas, mutirões, além

de preparar famílias para as pastorais do batismo, da criança e do batismo, assim

como formação de lideranças e missionários leigos.

A irmã Olga Schwade conta que todos os trabalhos desenvolvidos no Jardim Es-

talagem são importantes, mas cita o mais importante na atualidade: “Diante da

realidade em que estamos vivendo, é o projeto meio ambiente que temos trabalha-

do bastante, na escola, lá no CTg também, para que possamos mudar um pouco

essa realidade a fim de dar melhor vida e mais saúde para esse povo”. Para quem

não está inteirado das coisas do Jardim Estalagem, a situação está bem difícil,

conforme relata a irmã: “Está bem difícil, mas já melhorou bastante em relação há

três anos, mas tem muito por fazer. Por exemplo, num terreno destinado à praça,

aqui ao lado da igreja, está crescendo uma vila, cheia de casebres, sem estrutura

alguma, sem água, sem luz, sem escoamento para esgoto, banheiro nem pensar.

Nós plantamos mais de vinte árvores num dos lados da praça, com um grupo de

famílias. Cada família assumiu uma árvore e deu nome a esta. Tem a árvore da

acolhida, a árvore do respeito, a árvore da alegria, enfim, cada uma cuidada por fa-

“DIANTE DA REALIDADE EM qUE

ESTAMOS VIVENDO, é O PROjETO

MEIO AMBIENTE qUE TEMOS

TRABALhADO BASTANTE, NA ESCOLA,

Lá NO CTG TAMBéM, PARA qUE

POSSAMOS MUDAR UM POUCO ESSA

REALIDADE A FIM DE DAR MELhOR

VIDA E MAIS SAúDE PARA ESSE POVO”

Grupo dE irMãs E Voluntárias da CoMunidadE do JardiM EstalaGEM EM FrEntE à CapEla nossa sEnhora MEdianEira.

Page 6: Amor que alimenta - Correio Rural de Viamão · mava o meu medo, que estava por vir, numa grande coragem para enfrentar todos os momentos difíceis que a vida poderia me trazer. O

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EsCola tEM partiCipaçãoA Escola Estadual de Ensino Fundamental Antonio de Sousa Neto já está

no Jardim Estalagem há bom tempo. Através de sua direção, professores,

funcionários e alunos, a escola é uma unidade que está sempre pronta a

colaborar com as campanhas pela comunidade, conforme salienta a Su-

pervisora Pedagógica, professora zenilda Salerno: “Este trabalho das irmãs

e das missionárias é importantíssimo sobre o meio ambiente. Reflete aqui

dentro da escola, porque os alunos trazem consigo este desenvolvimento,

vindo com sentido de preservação, consciência sobre o consumo racional da

água e cuidados com a conservação de hortas e jardins. Estamos plantando

árvores e flores, fazendo um jardim, e eles ajudam a cuidar. Nós também tra-

balhamos os alunos em sala de aula a respeito do meio ambiente e, assim,

fazemos uma ação conjunta para ajudar a comunidade. A maioria dos pais

está gostando do que vem ocorrendo”. É diretora da escola é a professora

Luciane Allem.

tam os trabalhos pois são muitos os lugares para estar todo o tempo. Por exemplo,

nas Missões, no ano passado, a gente saía às ruas para levar as mensagens. Enfim,

fazemos as visitas gerais”. Os missionários se reúnem mensalmente e Leandrina

diz que ali são conhecidos os problemas que surgem na comunidade: “Durante a

reunião a gente comenta coisas da comunidade, reportagens que se vê na televisão

e que dizem respeito àquilo que se pode melhorar no auxílio àqueles que necessi-

tam. Por exemplo, esta questão do meio ambiente. Desde que eu entrei para este

trabalho, apesar de insistirmos, vemos que muitas coisas regrediram. As pessoas

continuam colocando o lixo nas esquinas. Seria preciso a instalação de contêine-

res, talvez, pois nossa Estalagem está ficando suja outra vez”.

Da Pastoral do Batismo estava na entrevista Elisângela Coelho, acompanhada da

filha isabelle, de cinco anos. Ela diz que o retorno é fraco: “Os pais e padrinhos

batizam as crianças e depois não voltam mais para a igreja. Poucos voltam, dá

para contar. Eles vêm para batizar mas é só para tirar a foto lá no altar e depois

mostrar que estão bonitos. Acredito que esses pais terão dificuldade para educar

seus filhos deixando-os longe de uma instrução religiosa”. isabelle disse que vai

na igreja para ensaiar os cantos e que gosta de dançar. Deixou gravada a sua voz:

“Mãe eu te amo!”.

Carlos de Deus Basquer estava presente junto com sua filha Liriel, dez anos. “É

muito bonito este trabalho das irmãs e das voluntárias, um exemplo de vida. A me-

lhor maneira de ajudar é contribuir e assim teremos uma Estalagem melhor”, disse

Carlos. Já a sua filha Liriel abriu o coração dizendo o que é mais importante para a

sua vida: “importante é saber que há pessoas que cuidam daquilo que a gente tem

ao nosso redor. Participei do plantio das árvores, venho todos os dias molhar, cuido

da vidinha delas. Cresceram e estão na altura das canelas”.

“é MUITO BONITO ESTE

TRABALhO DAS IRMãS E DAS

VOLUNTáRIAS, UM ExEMPLO

DE VIDA. A MELhOR MANEIRA

DE AjUDAR é CONTRIBUIR

E ASSIM TEREMOS UMA

ESTALAGEM MELhOR”

ZEnilda salErno E luCianE allEM

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COMO SEMPRE OCORRE, uMA AMPLA PROgRAMAçãO ESTá PREPARADA a

qual envolve atividades variadas, desde passeios ecológicos, mostra de artes e

shows musicais. Durante o evento, no parque, exposição de produtos, parques de

diversão e farta praça de alimentação. Veja a programação:

Dia 4 De maio, sexta-feira:

9 horas, abertura do Parque e recepção de alunos das escolas viamonenses; 10

horas, recreação com o SESC e oficina de Educação Alimentar com a nutricionista

Ludana Scavone, do EgAS; 11 horas, trilha ecológica com a Quinta da Estância;

14 horas, recepção de alunos das escolas e Concentração de Cavalos Machos, com

o Núcleo Viamão de Criadores de Cavalos Crioulos; 15 horas, recreação SESC; 16

horas, trilha ecológica com a Quinta da Estância e oficina de Educação Alimen-

tar com a nutricionista Ludana Scavone, do EgAS; 20 horas, show com o grupo

Matizes; 22 horas, show com Cesar Oliveira e Rogério Melo; 24 horas, show com

Jonathan e Matheus.

Dia 5 De maio, sábaDo:

7h30min, Exposição Morfológica do Cavalo Crioulo com o NVCCC; 9 horas, aber-

tura do parque e oficina com boas práticas em alimentação a base de arroz com

Cleusa Amaral, do irga; 10 horas, oficina de derivados do leite, com a Emater;

10h30min, paçoca de charque no pilão, com o Quilombo Peixoto dos Botinhas; 11

horas, palestra sobre inseminação artificial em bovino, com a Emater; 11 horas,

cerimônia de abertura oficial da festa; 13h30min, palestra com Claudio Pereira,

irga; 14 horas, oficina de derivados do leite com Andréa Makris, da Queijaria Cam-

pos do Sítio; 15 horas, palestra sobre pastagens, com a Emater, e corrida rústica;

16h30min, oficina de massas caseiras, com o Clube de Mães Solidárias do Espi-

gão; 17 horas, palestra sobre a importância nutriconal do arroz na alimentação com

Cleusa Amaral, do irga; 21 horas, show com Kamila e Banda; 22h30min, show

com Carmen Dubben; 24 horas, show com Ernesto e Neto Fagundes; 1h30min,

show com o grupo Karaguatá.

Dia 6 De maio, Domingo:

7h30min, provas funcionais de Cavalos Crioulos; 9 horas, abertura do parque;

15h30min, show com Maico Lucca; 16h30min, show com Balanço do Tchê; 17

horas, show com Expresso Tchê; 19 horas, show com The Travellers.

EVEnto

Nos próximos dias 4, 5 e 6 de maio, no Parque de Eventos do Sindicato Rural de Viamão, na RS/040, Passo da Alexandrina,

acontece a 6ª edição da Festa do Arroz com Leite, que tem a organização da empresa Okara Publicidade e Promoções, pro-

moção do Sindicato Rural e Prefeitura Municipal, apoio Sindilojas, Fecomércio, SESC, NVCCC, patrocínio de diversas empre-

sas, Câmara Municipal de Viamão, Banrisul e Corsan.

é uma festa que, a cada ano, vem crescendo em importância, pois aos poucos vai agregando mais parcerias para amostragem

das potencialidades viamonenses nos segmentos do comércio, da indústria, da prestação de serviços e da agropecuária, esta

alicerçada na dupla que dá nome à festa: o arroz e o leite, ambos lideranças na produtividade no município. Além, é lógico,

de dar notoriedade ao sabor do doce que tem nestes dois produtos a matéria-prima: o arroz de leite.

o doce sabor da Festa do Arroz com Leite

“Queremos convidar a população via-

monense para participar da Vi Festa

do Arroz com Leite, que acontece nos

dias 4, 5 e 6 de maio, no Parque de

Eventos do Sindicato Rural, na para-

da 69, ERS 040, km 17. A festa vai

contar com shows de Rogério Melo,

Ernesto e Neto Fagundes, The Travel-

lers, além de exposições de artesa-

nato, oficinas culinárias, feira tecno-

lógica, entre outras coisas. A festa é

importante para Viamão, pois fomenta

a tradição e a cultura do município. Lembrando que a festividade é uma

realização da Prefeitura de Viamão em conjunto com o Sindicato Rural”.

Alex SAnder AlveS BoScAini – Prefeito MuniciPAl de viAMão

“Temos certeza de que muito em bre-

ve a Festa do Arroz com Leite estará

entre as maiores festas de nosso Esta-

do. Para isso temos trabalho em par-

ceria com as entidades organizadoras

desta que já é a maior festa de nosso

município. Por isso convidamos a to-

dos os viamonenses para que presti-

giem, nos dias 4, 5 e 6 de maio, no

Parque de Eventos do Sindicato Rural

de Viamão, toda a força e a pujança

de nossa economia”.

vereAdor erAldo roggiA - PreSidente dA câMArA MuniciPAl de viAMão

CaValo Crioulo na pista dE proVasA diretoria do Núcleo Via-

mão de Criadores de Cavalos

Crioulos – NVCCC e o Sindi-

cato Rural de Viamão, dentro

da Festa do Arroz com Lei-

te, realizam a solenidade de

inauguração da Pista de Pro-

vas Funcionais, no interior do

Parque de Eventos, no dia 06

de maio, às 12 horas. É um

momento de relevância, não só para a festa, mas para todo o município,

devido a importância sócio-econômica que o Cavalo Crioulo ocupa em toda

a região. uma união de relevância entre o Sindicato Rural e o NVCCC.

ii outonalDurante a realização da Festa do Arroz com Leite, o Núcleo Viamão de Cria-

dores de Cavalos Crioulos realiza o ii Outonal de Viamão, com a seguinte

programação no Parque de Eventos:

• Dia4demaio,sexta-feira,às14horas,ConcentraçãodeMachos,coma

coordenação do técnico da ABCCC, Marcelo Montano Coelho.

• Dia5demaio,sábado,ExposiçãoMorfológica,tendocomojuradoosr.

álvaro Dumoncel, começando às 7h30min, com admissão dos animais;

9h30min, julgamento morfológico; 14 horas, exposição morfológica; 18

horas, entrega dos troféus.

• Dia6demaio,domingo,ProvasFuncionais,apartirdas7h30min,com

admissão dos animais; 9h30min, prova freio-jovem; 12 horas, inaugura-

ção da pista de provas; 14 horas, continuação da prova freio-jovem; 15

horas, prova Movimiento a la Renda; 16h30min, campereada.

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2 7 d e a b r i l 2 0 1 214 15

A Festa do Arroz com Leite tinha uma carência: fal-

tava-lhe a indicação de uma rainha e princesas que

formassem a tradicional corte de recepção, presente

em todas as programações similares pelo Brasil afora.

O toque da beleza feminina dando mais charme, mais

graciosidade ao evento.

Mas antes tarde do que nunca. No início deste ano,

os promotores do evento, Sindicato Rural e Prefeitura

Municipal proporcionaram a oportunidade de escolha

da rainha e das princesas da 6ª Festa do Arroz com

Leite, através da Secretaria de Cultura. Foram eleitas:

Tainá Pedrozo, a rainha; Lisketelen Pedroso e Cris-

tiany Miranda, as porincesas, que estarão nos dias 4,

5 e 6 de maio abrilhantando o evento com muita graça

e beleza.

Na manhã radiante e ensolarada de sábado, feriado,

21 de abril, no imenso paraíso verde da EscolasTéc-

nica de Agricultura, no Passo do Vigário, a reporta-

gemn do CR entrevistou e fotografou Tainá, 15 anos,

que cursa o 2º ano do Ensino Médio da ETA com es-

pecialização em Técnico de Agricultura. Às pergun-

tas respondeu com naturalidade, desenvolvendo um

bom diálogo, demonstrando lucidez e direcionamento

de vida. Em tópicos a seguir, leiam a síntese do que

respondeu Tainá aos diversos assuntos levantados na

entrevista:

Projeto de vidA: “Penso terminar o Ensino Médio aqui

na ETA, fazer um estágio para concluir o curso técnico

de Agricultura e buscar ingresso na faculdade. Estou

em dúvida na escolha: Medicina ou Agronomia. Sem-

pre tive em minha cabeça a ideia de ser médica, mas

ao entrar aqui na ETA me entusiasmou o estudo sobre

a agricultura. Ainda tem algum tempo para pensar”.

A forçA dA Mulher: “O homem tem força, mas a mu-

lher vem conquistando muita coisa no mundo. Há uma

busca de igualdade, mas há detalhes em que a mulher

não é igual ao homem. Então, a mulher tem que se

valorizar por não ser igual: ela é mais frágil, ela mais

delicada, mais sutil. O homem é mais rude, digamos

assim. Entendo que o homem e a mulher têm papéis

diferentes na sociedade, caminhando juntos e com-

pletando-se um ao outro. Mas a mulher vem ganhando

espaços, vejam, temos a Presidente Dilma e outras

mulheres se destacando”.

viAMão, BoM PArA viver: “Nasci aqui e sempre gostei

de morar em Viamão e só saí para viajar, uma vez fui

a Curitiba, mas gosto de ficar aqui no meu chão. Se

surgir oportunidade de ir para outro lugar gostaria que

fosse para fora do Brasil, quem sabe Estados unidos,

Canadá, Europa. Vou tentar intercâmbios pois estou

começando a estudar uma língua estrangeira. Mas não

vou para morar, só quero aperfeiçoar estudos e ganhar

mais cultura. No Brasil, gostaria de ir ao Rio de Ja-

neiro”.

AMigoS: “Amigos escolhe-se por serem leais e confiá-

veis. Amigos, aliás, não se escolhe, não se seleciona,

apenas são aqueles que a gente se afeiçoa. Eu procuro

ser amiga de todo o mundo. Mudei de escola, mudei

de turma, mas apliei meu círculo de amizades man-

tendo aquela convivência de outros tempos”.

concurSoS de BelezA: “Não é bem o meu chão. Eu

olho mais para os estudos. Claro, concurso de beleza é

um mundo fascinante, vejam, estou vivendo neste mo-

mento cheia de entrevistas, muitas fotos, mas tenho

a cabeça no estudo. Quem sabe um dia, lá adiante,

surja uma oportunidade, se não atrapalhar em nada na

minha vida, talvez venha a participar de concursos de

beleza. No momento não faz minha cabeça”.

o deSAfio do joveM: “O problema das drogas vem

atrapalhando a vida de muitos jovens. Às vezes, gru-

pos para serem vistos e aceitos com destaque partem

para o consumo de drogas. isso é lamentável. Pergun-

to: por que viver naquele mundo que vicia, que aniqui-

la? Não tem por quê! Há muitas outras coisas na vida

para aproveitar do que se drogar”.

BuScA de eMPrego: “A questão da falta de emprego

é preocupante. Por exemplo, o jovem quando sai do

Ensino Médio praticamente não tem experiência em

trabalho e vai em busca do primeiro emprego. Ele

escolhe e às vezes é aceito. Alguns, no entanto, espe-

ram alcançar grandes cargos no início, mas para isso,

esquecem, devem ter uma preparação, um estudo,

uma faculdade que é um passo muito importante na

vida pois leva a uma profissão”.

MenSAgeM: “Não teria, agora, como deixar uma

mensagem. Apenas diria que todos aproveitem bem a

vida, pois é muito bom. inclui nisso a responsabilida-

de. É importante cada um ter responsabilidade sobre

si e para com os outros”. Na festa, a beleza da mulher viamonense

P O R M I L T O N S A N T O S • F O T O S L U C A S B O R B A

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Pouso forçado no Morrinho

Rubro-negro

Conforme a numerologia, o número 7 possui um

lado mágico e sagrado, tendo a reputação de trazer sor-

te. Além disso, a vida artística, mística, religiosa e cultural

possui relação estreita com o numeral: os sete pecados

capitais, as sete maravilhas do mundo moderno, as sete

notas musicais. Enfim, todo esse prólogo tem a intenção

de anunciar a sétima edição do caderno 100 anos em 1.

Esperamos que o leitor receba essa publicação com os

mesmos “bons olhos” que dispensa ao eminente núme-

ro sete.

Nessa edição, o leitor terá acesso aos fatos marcantes

da década de 50, especificamente entre os anos de 1950

a 1959. Entre os destaques, salientam-se a primeira con-

quista do Brasil, em Copas do Mundo; o retorno de um

gaúcho à Presidência da República, além das sempre

presentes e efervescentes informações locais.

Antes disso, relembramos e convocamos a todos

para que acessem os endereços www.100anosem1.

com.br e www.correiorural.com.br e nos ajudem a

contar a história centenária do pioneiro de Viamão.

Além da ferramenta de participação, o leitor terá

acesso a outros destaques exclusivos na versão onli-

ne. Obrigado pela atenção e tenham todos uma boa

leitura!

Numa das primeiras edições da dé-

cada, o CORREIO RURAL reserva espa-

ço para uma importante abordagem. Na

capa de sua edição de 4 de fevereiro de

1950, o periódico destaca a notícia “Le-

prosario de Itapoã”. Conforme o texto, em

Com o título de “Aterrissagem For-çada”, uma inusitada notícia integra as páginas do CR, em 1° de julho de 1950: “Cerca das 11 horas de terça-feira ultima, fez uma aterrissagem forçada, por motivo de uma pequena falha em sua maquina, o

O Tamoio Futebol Clube, tradicional

time de Viamão, como de costume, teve

suas partidas repercutidas no CR, como

na contracapa da mesma edição citada

anteriormente. Com o título “Pelo Espor-

te”, o texto apresenta a crônica da dis-

puta entre o representantes de Viamão

contra o time dos Correios e Telégrafos

de Porto Alegre. “Venceu o Tamoio por 8

a 4, o que veiu demonstrar a fraqueza das

defesas. O quadro do Tamoio não impres-

sionou em nenhum momento, pois seus

elementos não se entenderam, sendo os

golos feitos mais por um trabalho indivi-

dual do que coletivo. Tonico e Beto os que

mais de destacaram (...)”.

Após muitos anos no anonimato,

o Tamoio voltou à vitrine do Futebol

gaúcho nesse mês (abril de 2012),

com a disputa do Campeonato Gaú-

cho Sub-17. Os viamonenses apresen-

tam boa campanha, inclusive tendo

vencido o Grêmio Foot-Ball Porto-Ale-

grense, em partida disputada no Está-

dio Edgard Leitão Teixeira, no centro

de Viamão.

uma das sessões da Camara dos Deputa-

dos na capital da República, o deputado

Pedro Vergara e outros parlamentares

gaúchos “apresentaram projeto de lei con-

cedendo a importância de Cr$ 500.000,00

ao Estado do Rio Grande do Sul para a ma-

nutenção do Leprosário de Itapoã”.

O leprosário era o nome atribuído

aos estabelecimentos para os quais

as pessoas contaminadas com  hanse-

níase  (lepra) eram enviadas a fim de

isolá-las do resto da população, com o

intuito de conter a contaminação pela

doença. Os leprosários foram um efeito

secundário cultural da lepra, uma das

doenças infecciosas mais mortais e mu-

tiladoras de todos os tempos. A doença

existe ainda hoje, principalmente nos

países subdesenvolvidos, mas é facil-

mente tratada com antibióticos.

avião PP. GFU pertencente á Escola de Ins-trução de Monitores da VARIG (...)”. Con-forme relatado, a aeronave conduzida pelos pilotos Silvio Gabiél Kara e Nagib Ayub, que nada sofreram, realizou pouso no Passo do Morrinho.

Biblioteca itinerante do SESC na cidade

Com o objetivo de incentivar a leitura, um projeto do SESC está levando os livros para

perto das comunidades da região metropolitana de Porto Alegre. Em Viamão, a unidade

móvel do BiblioSesc’s esteve dias 3 e 17 de abril no largo Cônego Bernardo Machado

(praça Matriz) e na Vila Santa Isabel, nos dias 12 e 26. Visitando o centro da cidade desde

setembro do ano passado, a biblioteca possui um cadastro de 70 viamonenses, inscritos

no próprio local. A responsável pelo atendimento na unidade, a auxiliar de biblioteca

Cíntia Ferri destaca que o projeto contempla 52 caminhões em todo o Brasil, sendo três

deles na região metropolitana. No mês de abril foram também visitados os municípios

de Guaíba, Gravataí, Alvorada, Canoas e alguns bairros de Porto Alegre.

Page 10: Amor que alimenta - Correio Rural de Viamão · mava o meu medo, que estava por vir, numa grande coragem para enfrentar todos os momentos difíceis que a vida poderia me trazer. O

A vitória da dupla Juscelino Ku-

bitscheck de Oliveira e João Goulart,

eleitos presidente e vice, respectiva-

mente, já era prevista pelo semanário

mais antigo da cidade, em 15 de ou-

tubro de 1955. Devido ao adiantado

da hora, o CR não pode aguardar o

encerramento da apuração, mesmo

assim, divulgou o número parcial de

votos:

“(...) PARA PRESIDENTE: Juscelino

Kubitscheck – 2.972.715 votos; Juarez

Tavora 2.526.256; Ademar de Barros

2.230.282 e Plinio Salgado 486.580.

PARA VICE-PRESIDENTE: João Goulart –

3.378.485; Milton Campos – 3.173.944;

Danton Coelho - 994.654”. A divulga-

ção do resultado acabou confirman-

do a tendência apontada pelo CR, isto

é, a faixa presidencial era de JK, com

3.077.411, num total de 35,68% dos

votos válidos

Na época, a eleição de presiden-

te e vice não era associada, como na

atualidade. Sendo assim, era possível

que o chefe da nação fosse de um

partido e seu vice, de outro.

Gaúcho na Presidência da República

Concorrência e pacto

Água encanada

Trupe alegre

Jornalismo e Política

Jornal Falado

Eleição de JK e João Goulart

O novo parlamento

Copa de 1954

A posse do gaúcho de São Borja, Ge-

túlio Vargas, como presidente da Repú-

blica, foi a atração do CR em 3 de feverei-

ro de 1951. “Teve lugar, dia 31 de janeiro

ultimo, ás 15 horas, no Rio de Janeiro, a

posse do Dr. Getulio Dorneles Vargas, no

cargo para o qual foi eleito no memorá-

vel pleito democrático de 3 de outubro de

1950 (...) Em Viamão, amanheceu todo

engalanado com bandeiras, faixas, etc, ao

entrondar de rojões e foguetes, anuncian-

do que naquele dia iniciava-se no Brasil,

o primeiro governo trabalhista em toda a

sua história política (...)”.

Em um breve registro histórico, des-

tacamos os períodos de Vargas à frente

da nação brasileira. O primeiro de 15

Na mesma edição, ocupando ¼ de

página, o “Pacto de Honra” prometia

um refresco nas farpas trocadas entre

os dois órgãos de imprensa da cida-

de, o Correio Rural e o extinto Jornal

de Viamão. No entanto, pelo relato, a

trégua só foi possível mediante inter-

venção judicial.

“(...) O Dr. Reissoly José dos Santos,

digno e honrado Juiz de Direito desta

Comarca, ao par dos últimos aconteci-

mentos verificados entre os dois jornais,

proporcionou, com seu elevado espirito

conciliatório sempre voltado ao bem

estar da coletividade viamonense, o en-

sejo de ambos jornalistas manterem um

rápido entendimento amistoso”, desta-

ca o parágrafo, fazendo referência ao

encontro dos então diretores do CR,

Milcíades dos Santos e do “Jornal de

Viamão”, Oscar Costa Karnal, na sede

do Tribunal de Justiça de Viamão.

Mesmo assim, usando de sutileza,

a direção do CR fez a última e singela

provocação ao então concorrente: “So-

licitamos desculpas aos nossos colabora-

dores que já nos haviam enviado artigos

a serem publicados nesta edição, todos

eles, referentes a repulsa dos últimos ata-

ques que sofremos, deixando por isto dos

mesmos serem publicados, em face do que

acima descrevemos”.

Em 22 de março de 1952, um anún-

cio feito pelo CR teve grande repercus-

são na cidade: “Uma noticia, deveras

alviçareira, temos hoje a dar ao povo via-

monense: a cidade de Viamão terá água

encanada, e, isto, devido aos esforços ine-

gáveis do tte. Cel. Ponçalino Cardoso da

Silva, prefeito municipal (...) Todas as me-

didas estão sendo tomadas, prevendo-se

o inicio dos trabalhos, para dentro de, no

Maximo, trinta dias”.

A entrevista concedida por dois dis-

tintos viamonenses a Rádio Farroupilha

de Porto Alegre, recebeu especial aten-

ção do CR. Ocupando metade da pági-

na, a notícia aborda: “Quarta-feira, dia 8

do corrente, esteve em nossa cidade, des-

tacados elementos da direção da Radio

Sociedade Farroupilha – (PRH2) – a mais

potente emissora gaucha, que ouviu a

palavra do ten. Cel. Ponçalino Cardoso da

Silva digno chefe do governo viamonense

e do jornalista Adonis dos Santos, redator

do CORREIO RURAL e ex-presidente da Câ-

mara Municipal de Viamão”.

Repetindo os discursos dos viamo-

nenses na íntegra, o CR, antes, comple-

tou: “As palavras pronunciadas por estes

dois ilustres homens públicos, foram devi-

damente gravadas em um moderno apa-

relho, e transmitidas na noite daquele dia,

ás 22,30 horas, no programa do <<Grande

Jornal Falado Farroupilha>>, na seção

<<O que o Povo Pensa>>”, 18 de abril de

1953.

Na mesma data, ocorreram as elei-

ções municipais, que, assim, elegeu

Um pequeno texto na edição de 27

de março de 54 destaca a classificação

da Seleção Brasileira de Futebol para

a quinta Copa do Mundo da história:

“Domingo último o Brasil classificou-se

para ir á Suiça disputar a Copa do Mun-

do ao abater o Paraguai por 4 tentos a 1.

Desta maneira, em Junho, os brasileiros

enfrentarão a seleção do Mexico, em sua

primeira partida nas finais do Campeo-

nato Mundial de Futebol”.

A Copa de 1954 foi realizada na Sui-

ça, em comemoração ao 50º aniversá-

rio da  FIFA, onde se encontra a sede

do órgão. Na oportunidade, dezesseis

seleções nacionais foram qualificadas

para participar desta edição, sendo 11

delas européias, três americanas (Mé-

xico, Brasil e Uruguai) e duas asiáticas.

Dentro de campo, a competição

marcou o primeiro título da tricampeã

Alemanha (1954-74 e 90), então, Ale-

manha Ocidental. Entretanto, outros

fatores garantiram um lugar de desta-

que na história das Copas do Mundo,

como a maior média de gols de todas

as copas, com 140 gols em 26 partidas,

uma média de 5,38 gols jogo. Em 2010,

na África do Sul, tivemos a segunda

pior média de gols da história do even-

to, com apenas 145 gols feitos em 64

jogos, acima apenas da média da Itália,

em 90 (2,21).

Outro destaque do certame foi a

campanha da vice-campeã Hungria,

do outrora Ferenc Puskás, goleador da-

quele mundial e um dos maiores joga-

dores da história do Real Madrid.

Sempre atento aos acontecimentos

culturais, o CR dedica espaço ao cinema

e teatro em sua edição de 21 de março

de 1953. Com o título “Adauto e seu tea-

tro”, o escrito anuncia a estreia da apre-

sentação, naquela noite: “Adauto, já é um

nosso velho conhecido, dispõe de largo re-

curso na dificies artes de ilusionismo e ven-

triloquia, e apresentará no seu programa

de extréa, diversos números de prestidita-

ção e os bonecos falantes. É, sem dúvida,

a grande atração, própria para as crianças

de 5 a 80 anos!!!”.

Na coluna ao lado, 12 linhas fazem

referência ao extinto Cinema de Viamão:

“Mais outro grande filme está anunciado

para amanhã, na tela do Cine Marajó. É

ele: AMEI ATÉ MORRER, com a interpreta-

ção de Robert Cumings, Lisabeth Scott e

Dania Lynn. Começando o programa, te-

remos diversos complementos”, destaca a

edição do CR, em seu ano 41.

Voltando à temática política, a posse do

fundador e então diretor proprietário do

Correio Rural, Alcebiades Azeredo dos San-

tos como Presidente da Câmara Municipal,

foi manchete na edição de 10 de maio de

1950. Na ocasião, Azeredo sucedeu seu filho

e redator do CR, à época, Adonis dos Santos.

“(...) Na mesma sessão procedeu-se por

escrutínio secreto, a eleição da mesa da

Camara para o corrente ano, sendo eleitos:

Presidente Alcebiades Azeredos dos Santos,

do PSD, vice-presidente Alipio de Oliveira

Remião, do PTB e secretario Martinho Bar-

celos, do PTB (...)”.

Filho do fundador do CR, Milcíades

dos Santos também foi membro do parla-

mento local, como ilustra a edição de 26

de janeiro 1952. Conforme o texto, Cici,

como era conhecido, precisou travar ba-

talha com o próprio partido para assumir

a cadeira no legislativo. Com o destaque

“Concretizada a vontade soberana das ur-

nas!”, o escrito relata que o PSD não lan-

çou candidato à prefeitura de Viamão,

que gerou represálias do Diretoria Regio-

nal do partido que, assim, impugnou o

registro dos candidatos a vereador.

Entretanto, mesmo com recurso impe-

trado pelo PSD, o Tribunal Superior Elei-

toral validou a vitória do então Diretor-

-Secretário do CR: “Não me surpreendeu,

de fórma alguma, a decisão da mais alta

Côrte Eleitoral do Brasil. E não me surpreen-

deu, porque tinha certeza que a nossa Jus-

tiça não vai atraz de rumores extranhos que

pretendam suborna-la”, disse Milcíades.

anos ininterruptos, de  1930  a  1945, e

dividiu-se em três fases: de 1930 a 1934,

como chefe do “Governo Provisório”, en-

tre 1934 e 37 governou o país como pre-

sidente da república do Governo Cons-

titucional, tendo sido eleito presidente

da república pela  Assembleia Nacional

Constituinte de 1934; e de 1937 a 1945,

enquanto durou o Estado Novo implan-

tado após um golpe de estado.

No segundo período, em que foi eleito

por voto direto, Getúlio governou o Brasil

como presidente da república, por três

anos e meio: de 31 de janeiro de 1951 até

24 de agosto de 1954, quando “deixou a

vida para entrar na história”, conforme sua

carta de despedida antes do suicídio.

a nominata viamonense. Segundo

o texto, o vereador mais votado foi

Clodoaldo Prates da Veiga (PSD) com

452 votos, seguido por Inacio Ângulo

(PTB); Alcides Veiga Barcelos (PTB), Ari

Vaz Ferreira (PTB); Solon Andrade Sil-

veira (PL); Guido Pedro Kieling (PTB),

Antonio da Silva Cabral (PL); Atila Sil-

va Barcelos (UDN) e Arlindo Mercío

Pereira (PSD).

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Lar Alice completa três anos Prefeito investigado

Eleição de Brizola para o Governo do Estado

Safra do Irga com preços definidos

Localizado na Rua Américo Vespúcio

Cabral, na entrada da cidade, o Lar Alice

Kinsolving teve registrado pelo CR, em

10 de abril de 1954, a passagem de seu

terceiro aniversário: “Completou quarta-

-feira ultima, três anos de existência, o

utilíssimo Lar Alice Kinsolving, abrigo das

senhoras anciãs e que foi instalado nesta

cidade em 7 abril de 1951, no confortavel

prédio da rua general Osorio n. 20 (...) Pela

auspiciosa data, foi hasteado na frente do

Lar, a bandeira nacional”.

A mesma abordagem foi dada pelo

CR em sua edição impressa de 9 de abril

de 2011: “Pertencente a Igreja Episcopal

Brasileira, o Lar Alice Kinsolving, celebrou

seis décadas de existência na tarde de on-

tem, 7. O dia foi marcado por visitações,

atividades e muita diversão, com direito

aos tradicionais petiscos e bolo de aniver-

sário. Localizado na entrada do centro,

atualmente a casa abriga 42 residentes,

com idade entre 60 e 98 anos”.

A matéria ainda destaca: “Responsável

pelo Lar desde 1997, Luci Jaime Feula, sa-

lienta a importância da data: ‘A princípio

eu achei que não seria capaz de assumir

este grande compromisso.

Não é nada fácil dirigirmos

uma entidade com as difi-

culdades que temos. Mas,

graças a Deus eu gosto do

que faço e tenho o apoio

de muitas pessoas. Minha

vida se confunde com a

história do lar’”, disse a administradora.

O Lar Alice é mantido pela colabora-

ção de alguns familiares dos residentes e,

principalmente, através de doações. Inte-

ressados em colaborar podem ligar para

(51) 3485-1164. A casa de idosos está

localizada na Avenida Américo Vespúcio

Cabral, n° 476.

Com o título “Está fervendo o ambien-te político Viamonense”, a capa de 5 de outubro de 1957 informa a estada de um jurista na cidade a fim de “estudar a situação legal” dos atos do então prefeito Carlos Pinto Mennet.

Após apresentar seu ponto de vista, o citado jurista foi contratado pela Câma-ra de Vereadores para propor, em juízo, várias ações contra o chefe do executivo, entre elas: mandado de segurança con-tra o não cumprimento de dispositivos orçamentarios, crime de responsabilida-de baseado no mesmo assunto, proces-samento sobre a inconstitucionalidade

de um decreto que dispõe sobre a Taxa de Transportes e “processo de injuria face a publicações do referido Prefeito contra a presidencia e vereadores locais”.

Na oportunidade, o CR, opinou: “Como se depreende, a situação política viamonense, ao envès de entrar para um período de compreensão, para o bem do

nosso povo, cada vez fica mais tensa, em face das desinteligencias que reinam entre a maioria do Legislativo e o Poder Executi-vo”.

A vitória de Leonel Brizola como go-

vernador do Estado gaúcho foi destaque

na capa do CR em 11 de outubro de 1958.

“(...) O pleito de 3 de outubro veiu confirmar

que o nosso povo se acha já plenamente

politizado, pois e todo o Estado, nenhuma

nota dissonante empanou o brilho da re-

frega eleitoral. Sagrou-se vencedor, com

margem expressiva de votos, o engenheiro

Leonel de Moura , que concorreu ao cargo

de governador pela coligação PTB-PRP-PSP,

abatendo ao cel. Walter Perachi de Barcelos,

da coligação PSD-UDN-PL, por uma diferen-

ça que passou dos 150.000 votos (...)”.

O texto informa, ainda, a eleição do

economista Guido Mondin para o Sena-

do Federal, ao derrotar Carlos Brito Velho,

por mais de 50 mil votos. Na sequência,

o CR, defende: “Passada as eleições, o Rio

Grande quer ir para a frente e para isso, é

necessário que os adversários esqueçam

suas maguas e ressentimentos, e, unidos,

trabalhem todos, com os olhos voltados

para o bem do Brasil (...)”.

Em relação a Brizola, ele foi lança-

do na vida pública por  Getúlio Vargas,

sendo o único político eleito pelo povo

para governar dois estados diferentes,

o Rio Grande do Sul  e  o Rio de Janeiro,

por duas oportunidades. Na vida pública,

ainda foi prefeito de Porto Alegre, depu-

tado estadual e deputado federal  pelo

Rio Grande do Sul e pelo extinto estado

da Guanabara.

Além disso, por duas vezes foi can-

didato a presidente do Brasil e uma

como vice, pelo PDT, partido que fundou

em 1980, mas não conseguindo ser elei-

to. Vítima de problemas cardíacos, fale-

ceu aos 82 anos, em 2004.

Um importante anúncio do Instituto

Rio-Grandense do Arroz (Irga) é desta-

que em uma das primeiras edições do

CR em 1956. Precisamente em 25 de

fevereiro, o periódico divulga os valores

que deveriam ser praticados pelos la-

voureiros em todo o Estado: “Os preços

aqui recomendados deverão permanecer

estáveis durante todo o período dos cor-

tes, nesta safra, porque, de outra forma,

prejudicaria fundamentalmente, os pro-

pósitos e objetivos do IRGA, ao lançá-los

no presente momento”, destaca o texto,

justificando que a discrepância nos va-

lores cobrados poderia prejudicara la-

voura no futuro.

O comunicado assinado pelo então

Presidente do Irga, Paulo Simões Lopes,

divulga os preços em cada região do

Estado, subdividas em micro-regiões,

sendo elas, Fronteira Oeste (Alegrete,

Cacequi...); Litoral Centro (Bom Jesus do

Triunfo, Osório, Viamão...); Litoral Sul (Ar-

roio Grande, Pelotas, Rio Grande...); Fron-

teira Sul (Bagé, Dom Pedrito...); Fronteira

Sudoeste (Livramento, Rosário e São Ga-

briel) e Centro (Caçapava do Sul, Cande-

lária, Rio Pardo, Santa Maria...).

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2 7 d e a b r i l 2 0 1 2 17

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“100 anos em 1” será veiculada no dia

31 de maio com os destaques das edi-

ções do Correio Rural entre os anos

de 1960 e 1969. Não percam e até a

próxima!

Expediente

A primeira estrelaNatal solidário

Repórterprefeito

O maior campeão da história das

Copas, a Seleção Brasileira tem suas

cinco conquistas registradas nas pági-

nas do pioneiro de Viamão. O primeiro

triunfo, ocorrido a Suécia, em 1958, é

contado detalhadamente em uma das

edições de junho daquele ano. Estam-

pado em letras garrafais, o título “BRA-

SIL, invicto Campeão Mundial de futebol

de 1958”, integra a primeira página do

especial destinado ao feito histórico.

Na sequência, todos os atletas são

listados, inclusive com seus nomes im-

pressos na folha, correspondendo às

posições que ocupavam no sistema tá-

tico de Vicente Feola: “Gilmar; De Sordi

(Djalma Santos), Bellini e Nilton Santos;

Zito e Orlando; Garrincha, Didi, Vavá,

Pelé e Zagallo. Reservas: Castilhos, Mau-

ro, Oreco, Dino, Zozimo, Joel, Moacir,

Mazola, Dida e Pepe”. Além disso, a co-

missão técnica também é evidenciada,

sendo que a frase, “Viva o Brasil”, é o

destaque presente logo abaixo.

Na segunda página dedicada ao

título, o CR apresentou uma breve

crônica dos oito jogos brasileiros, a

começar pelas eliminatórias contra a

seleção Peruana, culminando na gran-

de final, contra os donos

da casa.

Neste último, destaca-

mos: “Liedholm marcou o

primeiro tento para a Sué-

cia, aos 4 minuto de jogo.

Aos 9 minutos, Vavá marcou

o primeiro tento do Brasil,

empatando a partida. No-

vamente Vavá, aos 32 mi-

nutos, marcou o segundo

tento para o Brasil. Pelé, aos 10 minutos

marcou o terceiro goal para o Brasil. Za-

gallo, aos 23 minutos, marcou o quarto

goal para o Brasil. Sinmonsson, aos 35,

marcou o segundo goal para a Suécia.

Pelé, aos 44 minutos, marcou o quinto

goal do Brasil”. Final, Brasil 5 x 2 e a pri-

meira estrela garantida no peito!

Tradicional instituição da cidade, a So-ciedade Espírita Bezerra de Menezes foi alvo de referência do CR, em sua primeira edição de 1959, em 3 de janeiro. O texto faz menção à festa natalina organizada pela entidade: “Constituiu um espetáculo de verdadeira cristandade, a linda festinha patrocinada e levada a efeito dia 25 de de-zembro p. findo, pela Sociedade Espirita Bezerra de Menezes desta cidade, que tem como presidente o professor Osmar Mat-zembaker. Aproximadamente 200 ranchos foram entregues aos necessitados viamo-nenses (...) Ao final, houve farta distribuição de doces e refrigerantes a todos os presentes (...)”.

A posse de então redator do CR como prefeito de Viamão foi o grande fato des-tacado na capa do periódico em 17 de ja-neiro de 1959, conforme transcrevemos: “Havendo solicitado licença á Camara Mu-nicipal, o dr. Carlos Pinto Mennet, Prefeito efetivo, obteve por 60 dias e, com a impos-sibilidade do Vice-Prefeito em assumi-la de conformidade com a Lei Organica, assumiu a Prefeitura, no dia 14 do atual, o jornalista e vereador Adonis dos Santos, redator deste jornal (...)”. À época, Adonis era presidente da Câmara, o que justifica sua condução ao cargo de chefia do executivo, na im-possibilidade dos titulares.

Em seu último parágrafo, o texto evi-dencia o regozijo da direção do CR com o acontecimento: “(...) O <<Correio Rural>> que se fez representar nas solenidades atra-vés destas colunas, saúda o novo adminis-trador das causas publicas do nosso mu-nicipio, esperando de que sua gestão seja profícua e útil à coletividade, congratulan-do-se com S. Excia., mais ainda, por tratar--se do seu redator”.

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2 7 d e a b r i l 2 0 1 218 19

intErCÂMbio ESTuDAR NO ExTERiOR NãO É mais privi-

légio de poucos. A série de pacotes disponi-

bilizados por agências e escolas de idiomas,

com preços acessíveis, atreladas ao bom

momento da economia nacional, garantem

um cenário positivo para a realização de in-

tercâmbios.

Anunciada pela Embaixada dos EuA, uma

medida promete facilitar, ainda mais, o in-

gresso de estudantes no país da América do

Norte. Neste momento, jovens a partir de

15 anos e 11 meses não precisam rea lizar

a entrevista para a retirada de visto. Desta

forma, o estudante poderá viajar sem a pre-

sença de um responsável, desde que apre-

sente uma liberação dos pais registrada em

cartório.

Segundo o diretor do Yázigi/Viamão, Rafael

Camaratta, a redução da burocracia na hora

de expedir o documento é um fator a mais de

estímulo: “Hoje conseguimos encaminhar o

visto americano através de um despachante,

sem que a família precise realizar essa buro-

cracia. Com isso, sobra mais tempo para os

jovens resolverem as outras questões refe-

rentes a documentação e a viagem”, disse.

Com 12 anos de atividades em Viamão,

a escola de idiomas citada é responsável

pelo intercâmbio de cerca de oito alunos

por ano. Mesmo com as facilidades obtidas

para o ingresso nos EuA, o Canadá é o des-

tino favorito dos alunos, embora a “terra do

Tio Sam” esteja praticamente igualando a

preferência. Além deles, inglaterra, Chile,

Austrália e Nova zelândia, compõem os

roteiros mais procurados pelos alunos da

cidade.

Desde o anúncio das mudanças para a reti-

rada de concessões de vistos americanos, o

intercâmbio para os EuA registrou aumento

de 62%, em comparação ao primeiro tri-

mestre de 2011. O levantamento é da Em-

baixada dos EuA, sediada em São Paulo.

prudênCia E bEnEFíCiosAlém da conversação, ponto alto do inter-

câmbio, as atividades de lazer e entreteni-

mento no período inverso ao curso, é outra

estratégia utilizada pelos programas em

busca de estudantes. É justamente sobre o

fato, que Camaratta faz um alerta.

Segundo ele, muitas pessoas procuram os

cursos apenas como pretexto para pacotes

turísticos, bem como, para conseguirem em-

prego no exterior. Neste sentido, o diretor do

Yázigi defende que os pais sejam previden-

tes antes de autorizarem a viagem de seus

filhos: “Eu não indicaria um intercâmbio

para Londres ou Nova iorque para um jo-

vem de 16 anos, por exemplo. É um público

que ainda não está preparado para enfren-

tar uma metrópole mundial. É por isso que

orientamos a escolha de uma agência com

reconhecida credibilidade. Só assim o estu-

dante garantirá sua estada de maneira legal

e poderá de fato aproveitar o intercâmbio”.

O cotidiano em contato com outra cultura e,

sobretudo, com a língua, são os principais

legados de uma viagem dessa natureza. A

conversa no supermercado, o contato com a

atendente de uma loja ou até mesmo a ida

a uma sorveteria acabam funcionando como

uma atividade complementar ao curso: “O

intercâmbio oportuniza a conversação não

apenas em situações de simulação, como

ocorre nas escolas de idioma. Falar, praticar

o inglês, o francês, o espanhol diariamente é

o grande benefício dentro da nossa proposta

comunicativa”, destaca o diretor.

Outros dois fatores contribuem significativa-

mente com o êxito da viagem. O primeiro

deles diz respeito a confiança que o estu-

dante adquire ao exercitar a conversação

diariamente. Além disso, sob o olhar estran-

geiro, o brasileiro é simpático, é bem-visto

por todos os países, não havendo rejeição de

ordem étnica ou preconceito, como ocorre

entre ingleses e argentinos, por exemplo.

inVEstiMEntoPara os interessados em realizar intercâm-

bio, as agências e escolas de idioma dispo-

nibilizam pacotes acessíveis. Exemplifican-

do, a partir de 1.500 dólares, cerca de 3

mil reais, é possível estudar no Canadá por

um período de 15 dias. Para as despesas

diárias, o estudante gasta cerca de 75 reais,

logicamente, sempre levando-se em consi-

deração o país de destino e, principalmente,

o pacote adquirido.

Para estar apto a participar do intercâmbio,

o ideal é que o aluno frequente no mínimo

um semestre de língua estrangeira. De acor-

do com Camaratta, o período de viagem pode

variar entre 30 dias e seis meses: “Nós não

indicamos período superior a um semestre,

pois achamos desnecessário. Com três me-

ses de conversação, certamente o estudante

voltará para o Brasil com fluência em língua

estrangeira”, defende.

Em relação aos gastos, alguns programas

garantem segurança e comodidade na hora

de exercer os gastos diários. O cartão Travel

Money (dinheiro de viagem, em uma tra-

dução livre), permite ao estudante realizar

compras sem a necessidade de andar com

dinheiro em espécie. Desta forma, o cartão

pode ser recarregado pelos pais no Brasil,

no período em que o filho estiver em solo

estrangeiro.

Intercâmbio está cada vez mais fácil

O bom momento da economia nacional e me-

didas como a isenção de visto para menores

de 16 anos facilitam o acesso de estudantes

ao exterior. Em Viamão, a procura por paco-

tes é cada vez maior.

“O intercâmbio oportuniza a conversação não apenas em situações de simulação, como ocorre nas escolas de idioma. Falar, praticar o inglês, o francês, o espanhol diariamente é o grande benefício dentro da nossa proposta comunicativa”

Desde o anúncio das mudanças para a retirada de concessões de vistos americanos, o intercâmbio para os

EUA registrou aumento de 62%, em comparação ao primeiro trimestre de

2011. O levantamento é da Embaixada dos EUA, sediada em São Paulo.

P O R S A U L T E I x E I R A

raFaEl CaMaratta

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2 7 d e a b r i l 2 0 1 220 21

um mês em Nova IorqueA professora e empresária viamonense Vanessa Becker de Aguiar Pacheco esteve em

Nova iorque, EuA, durante um mês. Formada em Letras/inglês, ela buscou o país

norte-americano para um aprofundamento do estudo da língua, aproveitando, também,

para observar usos, costumes e modo de vida das pessoas nos states. “Estava formada

desde 2002 e quando vim morar em Viamão voltei a estudar para aprimorar lá no Yázigi

e através desta escola me foi aberta a possibilidade de viajar para os Estados unidos,

isso em 2008. Fiquei lá durante um mês, onde durante um turno do dia estudava e no

outro eu buscava conhecer a cidade, Nova iorque, convivendo com as pessoas, com as

coisas de lá”, contou Vanessa.

As pessoas que têm uma vontade acalentada de um dia viajar para o exterior, volta e

meia se perguntam, ou até ouvem alguém interpelar: vale a pena? “Aprendi muito. Con-

vivendo em outro país a gente aprende a dar mais valor às coisas da gente, àquilo que

se tem no nosso Brasil. Nós vemos pessoas dizerem que em outros países tudo é bem

melhor, mas não é assim. Nós vivemos muito bem aqui no Brasil. As pessoas são mais

solidárias, em qualquer lugar que vamos somos bem recebidos, nossa gente é receptiva.

Lá nos Estados unidos é cada um por si, falta aquela simpatia, há muitos estrangei-

ros, a economia gera muito marketing e a gente não consegue perceber muita emoção

naquilo que fazem e o que são. Então, aprendi a dar valor às coisas da nossa terra e

também tinha a curiosidade de saber como é estar lá e, assim, poder dizer para os meus

alunos como vivem os americanos, como se vestem, o que comem. Mas é uma vivência

maravilhosa, fantástica. A primeira semana é um pouco difícil, a comida é diferente,

o modo de vida é diferente, mas é ótima expediência”, traduziu a professora Vanessa.

Mesmo conhecendo a língua inglesa, ela sentiu uma certa dificuldade pelo modo seco

como as pessoas se tratam por lá. “uma das coisas boas que o brasileiro tem é que as

pessoas se comunicam de qualquer forma, com gestos, com sorrisos, nós temos essa

sensibilidade. Durante o tempo que estive em Nova iorque, quando olhava um grupo

de pessoas conversando, logo dava para distinguir que eram brasileiros, pela alegria,

pelos gestos e os estadunidenses já conseguem nos identificar. Foi tudo bom, muito

interessante”, destacou.

Vanessa contou que já havia viajado para o exterior, tendo estado na Europa quando vi-

sitou vários países. Ela aconselha: “Quem tiver a oportunidade de viajar para aprender,

para estudar, para se aprimorar, para conhecer, para valorizar conhecimentos, aconse-

lho que faça o esforço para levar adiante a ideia. Veja, estive um mês em Nova iorque

e ali conheci pessoas do mundo inteiro, são muitos turistas, pessoas que vão estudar,

trabalhar. Eu tinha colegas do Casaquistão, da Rússia, da Rep. Checa, enfim de vários

lugares”.

Por fim, Vanessa Pacheco deixa uma mensagem a todos aqueles que pretendem viajar,

qual seja, de que o mais importante é que os familiares, pais, irmãos, namorados, ma-

ridos, enfim, todos do relacionamento incentivem a viagem, encorajando, apoiando e

dando a sustentação necessária ao bom andamento da viagem.

Com a intenção de aperfeiçoar os estudos da língua inglesa, o empresário gabriel

Suminski esteve em Toronto, no Canadá, onde aproveitou, também, para conhecer

aspectos daquela cidade norte-americana. Naquele país, também é de uso comum

a língua francesa e, por sinal, gabriel, no início de sua conversa com a reportagem,

contou uma história interessante em sua chegada a Toronto. Disse ele: “Quando

chegamos lá, o taxista nos levou a endereço errado. Ao batermos na casa fomos

recebidos por um casal francês e ficamos sem saber o que estavam falando e o que

estava acontecendo. Levamos algum tempo para descobrir que o endereço estava

errado”.

Mas mesmo com o contratempo, gabriel disse que valeu a pena a viagem: “É uma

experiência válida, seja para qualquer país; o convívio com as pessoas do local é

fantástico, pois vamos conhecendo seu dia-a-dia, sua cultura, seu modo de vida.

Fiquei em casa de família e nesta condição a gente fica sabendo dos seus hábitos,

seus costumes. Por coincidência, a neta da dona da casa estava de aniversário e

acabou eu participando da festinha, soube como eles festejam, como é o tratamen-

to com os familiares. Muito importante”.

Muitas pessoas dizem que, perante muitas nações, o Brasil apresenta muitas defi-

ciências. Estando num país com bom conceito desenvolvimentista no mundo, pôde

gabriel observar estas deficiências? “Olha, não é tanto assim. Mas posso destacar o

setor do transporte público, que no Brasil tem uma certa carência. Lá em Toronto e

em qualquer outra cidade canadense é fácil e imediato o deslocamento em ônibus

ou metrô. Porém, o que me chamou a atenção é a falta de conhecimento das pes-

soas com respeito às coisas do Brasil. A maioria das pessoas ignoram as condições

de urbanidade e desenvolvimento de nossas cidades e do nosso povo, inclusive

alguns chegam a imaginar que nós vivemos no meio do mato, rodeados de jacarés

passeando no meio das ruas, imaginam que vivemos como índios. É brincadeira.

Tem, inclusive, a história de um professor que queria vir ao Brasil passar suas fé-

rias. Então ele dizia: ‘Vou no Brasil porque lá eu vou na praia e poderei ver topless’.

Disse a ele que o topless no Brasil é proibido, mas ele insistiu dizendo que vê, lá

no Canadá, imagens das praias do Brasil com as mulheres expostas em topless.

Mas apesar de saber que lá fora a imagem do Brasil é distorcida as vezes, eu gosto

imensamente do meu país. Não iria morar em outro país”.

Suminski foi a Toronto em janeiro. Aqui, verão, lá, um rigoroso inverno. “Pois é!

Chegamos no aeroporto vestindo camisa manga curta. Mas aí, conversando com o

pessoal da escola, o Yázigi, iríamos sair para fora do saguão, quando fomos bar-

rados pedindo que não poderíamos sair para a rua naqueles trajes. Sim, porque

dentro do aeroporto estava quente, mas lá fora, estávamos com menos 12 graus,

tudo branco de neve”, contou gabriel.

Depois da viagem ele perdeu o contato com a família que o acolheu lá no Cana-

dá, eram pessoas idosas com dificuldade de trocar mensagens pela internet, mas

continua trocando conversa com mexicanos e ucranianos que conheceu na estada

e, também, vários brasileiros de outros estados que também estavam em Toronto

em estudos. “Até voltaria ao Canadá, mas em novas viagens gostaria de conhecer

outros lugares”, destacou gabriel Suminski.

um janeiro com frio de 12 graus negativos e muita neve

O que me chamou a atenção é a falta de conhecimento das pessoas com respeito às

coisas do Brasil. A maioria das pessoas ignoram as condições de urbanidade e desenvolvimento

de nossas cidades e do nosso povo.

“quem tiver a oportunidade de viajar para aprender, para estudar, para se aprimorar, para conhecer, para valorizar conhecimentos, aconselho que faça o esforço para levar adiante a ideia. Veja, estive um mês em Nova Iorque e ali conheci pessoas do mundo inteiro, são muitos turistas, pessoas que vão estudar, trabalhar. Eu tinha colegas do Casaquistão, da Rússia, da Rep. Checa, enfim de vários lugares”

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2 7 d e a b r i l 2 0 1 222 23

Dia do TrabalhadorA revolução industrial, a partir de meados do Século XVIII,

modificou as relações de produção e impulsionou o desenvolvi-mento do capitalismo.

No Século XIX, intensificou-se a luta por melhores condições de trabalho e de vida.

Trabalhadores fazem greve e são reprimidos, às vezes vio-lentamente. Em um desses movimentos, na cidade de Chicago, EUA, 30 mil pessoas abandonaram as fábricas no dia 1º. de maio de 1886 e se concentraram na Haymarket Square.

Reivindicam uma jornada de 8 horas de trabalho por dia. A polícia atira: quatro trabalhadores morrem, vários são feridos. Em homenagem às vítimas, o Congresso Socialista, realizado em Paris em 1889, escolhe o 1º. de maio como

Dia internacional Do trabalhaDorNossa saudação a todos os trabalhadores, em todos os níveis

e em todos os segmentos, com a certeza de que, vigilantes, sus-tentaremos sempre a luta por condições de trabalho dignas e justas.

assEdio Moral

P O R M I L T O N S A N T O S

Em Viamão, a lei é dura contra o assédio moral no trabalhoEste tipo de constrangimento, nos mais diversos segmentos da vida laboral brasileira, aflige a

vida de homens e mulheres e atinge o índice de 42% dos trabalhadores.

NA ViDA DO HOMEM, A PREOCuPA-

çãO COM AS RELAçõES SOCiAiS e

a sua função na sociedade, como seu

trabalho, se faz presente em todo o

tempo. O convívio com as pessoas pos-

sibilita vivenciar situações que o faz se

sentir útil, eficiente, habilidoso, que o

leva ao extremo de capacidade e isso o

faz sentir-se bem.

Existem outras situações que fazem

o homem sentir desânimo, derrota,

incapacidade, falta de habilidade, de

conhecimento. Sensações que não são

agradáveis, mas que estão presentes

e moldam o seu comportamento para

que ele possa evoluir e aprender.

Mas há situações em que ele se sente

humilhado, coagido, com medo de se

expor. Estas situações não o levam a

evoluir ou aprender e, quando ocorrem

de maneira repetitiva, acabam por afe-

tar o lado psicológico de tal maneira

que pode acarretar um verdadeiro as-

sassinato psíquico. Nas relações de

trabalho, este ataque prejudica de tal

maneira o indivíduo que chega a com-

prometer sua eficiência e capacidade

de produção no ambiente de trabalho.

Este é um fenômeno conhecido como

“assédio moral”, também denominado

“psicoterror” ou “coação moral” e é tão

antigo quanto o trabalho. Desde que o

ser humano sentiu necessidade de ven-

der sua mão-de-obra, passou a conviver

com ironias, ofensas, falta de humor

dos chefes e até mesmo de colegas de

trabalho, afetando todo seu psicológico

e transpassando as consequências des-

te fato para o seu dia-a-dia.

Mesmo sendo um problema tão antigo,

a sua identificação e combate ainda

são recentes e encontram muitas di-

ficuldades. Muitos devem ter ouvido a

expressão, poucos sabem seu signifi-

cado mas, certamente, já sofreram ou

conhecem alguém que sofreu na pele

ou testemunharam o problema em

seus locais de trabalho. Só no Brasil,

segundo pesquisas de sindicatos de

categorias trabalhistas, são mais de

42% dos trabalhadores que já foram

vitimas de assédio moral.

Lei vigora com força em ViamãoA necessidade de proteção à dignidade do servidor público e de punição ao infrator

que comete o assédio moral, fez com que o vereador Luís Armando Azambuja(PT)

tivesse a iniciativa de criar projeto de lei que, apresentado na Câmara, foi aprova-

do. Assim, transformou-se na Lei Municipal nº. 3.309, e determina aplicação de

penalidades aos servidores que praticarem “assédio moral” em quaisquer depen-

dências da administração pública municipal.

A prática de insultos, ameaças, humilhações, deboches, isolamento, indução ao

erro e não reconhecimento dos méritos por parte dos chefes não serão tolerados e

estes serão penalizados. Entre as penalidades estão: encaminhamento a cursos de

aprimoramento profissional, suspensão temporária do trabalho e até a demissão do

serviço publico. Ocorrendo o assédio moral por autoridade de mandato eletivo, a lei

propõe que a conclusão dos fatos denunciados seja encaminhada para o Ministério

Público.

Qualquer comportamento, gesto, palavra e mensagem escrita que se destinem a

atingir a dignidade e a integridade de um servidor público, podem ser consideradas

práticas assediadoras morais. “isso comprovadamente atinge a moral e a saúde

do trabalhador, além de comprometer a motivação, criatividade e capacidade do

trabalhador, desqualificando o serviço levado à população”, salientou o vereador

Armando, autor da Lei.

A Lei destaca a multiplicidade de formas com que se pode manifestar o assédio

moral: insultos, ameaças, perseguição, humilhações, deboches, isolamento no

ambiente de trabalho, calúnias, insinuações, indução ao erro, não reconheci-

mento de méritos, entre outras. “um simples olhar de desprezo, um suspiro ou

um sorriso irônico dirigido ao subordinado, ignorar o que o servidor está dizendo,

passar pela pessoa sem dar um bom-dia, tudo isso pode ter um efeito catastrófico

na autoestima do profissional vitimado do assédio moral”, enfatiza o vereador

Armando.

Dia de combater o Assédio Moral No município, ficou instituído em Lei de número 3.308 que a data de 2 de maio é

consagrada ao “Dia Municipal do Combate ao Assédio Moral” em Viamão, esta tam-

bém de autoria do vereador Armando Azambuja, que propõe nos moldes de uma

campanha educativa, que os servidores públicos municipais passíveis de assédio

moral e população em geral, recebam cursos de aprimoramento profissional, orien-

tações legais e de medicina do trabalho a respeito de como caracterizar e como

reagir ao assédio moral, assim como cursos de aprimoramento profissional, entre

outras atividades de conscientização.

Outra lei, a de nº. 3.634, do mesmo vereador, que é o relator da Comissão de Di-

reitos Humanos da Câmara, torna obrigatória nos órgãos e unidades dos poderes

Executivo e Legislativo de Viamão, a colocação de cartaz educativo e informativo

referente à prática de assédio moral. Pela proposta, o cartaz deverá ser impresso

em tamanho e forma que possibilitem a fácil leitura e conter os seguintes tex-

tos: “O assédio moral nas dependências do local de trabalho, é prática repreensível

e contrária aos direitos humanos e à cidadania, e traz dano à personalidade, digni-

dade, integridade física ou psíquica do(a) funcionário(a) e sujeitas as penalidades

administrativas previstas na lei municipal nº. 3.309.

“Um simples olhar de

desprezo, um suspiro ou

um sorriso irônico dirigido

ao subordinado, ignorar o

que o servidor está dizendo,

passar pela pessoa sem dar

um bom-dia, tudo isso pode

ter um efeito catastrófico na

autoestima do profissional

vitimado do assédio moral”

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Respeito mútuo na relação de trabalhoO advogado viamonense Alexandre

Ortiz de Paris salienta que ocorre

hoje este tipo de ato por ações que

se miram no passado: “Ainda existe

isso porque há uma cultura advinda

de tempos em que os patrões po-

diam fazer tudo contra os emprega-

dos sem que fossem punidos. Mas

hoje não é bem assim, pois estamos

numa sociedade democrática onde

as pessoas devem ser respeitadas

nos diversos ambientes em que

vive, transitam e trabalham. Assim

como o empregado tem o dever de

cumprir as ordens do patrão, este tem também como obrigação respeitar o seu

empregado como ser humano, como indivíduo, nesta relação de trabalho. Então,

quando existe excesso na ação do patrão contra o empregado, há o posicionamento

das esferas jurídicas para puni-lo por assédio moral. geralmente a pena é pecuniá-

ria, indenizatória, pois é um ilícito criminal. Conforme o caso, que descambe para

uma situação de agressão física, pode até dar prisão”.

É preciso olhar também para o outro lado da moedaA empresária Elenita Andrade não se furtou a dar sua opinião a respeito de assunto

tão pesado na relação patrão/empregado. Ela salienta que o empregador está sem-

pre com a obrigação de manter-se calado diante dos fatos, mesmo que isso o preju-

dique. “Temos que olhar o outro lado da moeda. Que tipo de empregado queremos

e que empregado acabamos tendo. O cidadão chega humilde, pedindo emprego,

sabe tudo, faz tudo. Fica dono de si. Aí o patrão já não pode mais levantar um

pouquinho a voz, tem que chegar com muito cuidado para solicitar a execução de

uma tarefa para o bom andamento do trabalho, tem que sorrir sempre e pedir por

gentileza que o empregado conserte aquilo que fez de errado. Se a situação fica

difícil a gente recebe a intimação: Ah, se não tá satisfeito me manda embora! É

muito difícil. Precisamos ter um jogo de cintura muito grande para lidar. Lógico,

não vou ignorar que há patrão duro,

que ofende, mas há exageros ofen-

sivos do outro lado da moeda tam-

bém, aquele empregado malandro,

que se faz de doente, isso e aquilo.

O empregado tem todos estes direi-

tos e aí pensam que podem fazer o

que quer. Não! É como a faixa de

segurança, o pedestre acha que é

dono da rua e não é bem assim. As

coisas as vezes são mal-explicadas,

ninguém presta a atenção. O empre-

gado tinha que chegar no emprego e

dizer que está ali para cumprir a tarefa determinada pelo patrão, com zelo, com efi-

ciência, sem cara feia, afinal, ali é o seu ganha-pão. Nós, empregadores, no fim do

mês, faça chuva, faça sol, temos que pagar o seu ordenado, os impostos, os tribu-

tos. Mas se a gente não estiver ali cobrando, cobrando, cobrando, o barco afunda.

É uma relação de direitos e deveres, mas está muito complicada”, disse Elenita.

Saiba maisO assédio sexual, conforme definido na lei, se caracteriza pela relação

“vertical descendente”, ou seja, é praticado por um superior hierárquico,

que usa de sua posição para obter favores sexuais dos subordinados. Já o

assédio moral, porém, pode também ser horizontal, entre colegas de mes-

ma hierarquia ou mesmo “vertical ascendente” quando parte de um grupo

de subordinados e se dirige a seu superior direto, se tratando, portanto, de

uma circunstância individual ou coletiva.

o que é ASSÉdio MorAl? O Assédio Moral é todo comportamento abusivo

(gesto, palavra e atitude) que ameaça ou desqualifica, por sua repetição,

a integridade física ou psíquica de uma pessoa, degradando o ambiente

de trabalho. São micro agressões, pouco graves se tomadas isoladamente,

mas que, por serem sistemáticas, tornam-se muito destrutivas. Trata-se de

um fenômeno íntimo e que causa vergonha a suas vítimas. É uma ofensa

aos direitos de personalidade do trabalhador e por isso enseja de penali-

dades e o pagamento de reparação por dano moral. Muitos profissionais

a quem se pode recorrer (médicos, psicólogos, advogados) duvidam das

pessoas vítimas do assédio moral, que preferem ficar caladas. O medo do

desemprego e a represália também contribuem para o silêncio.

Quais os efeitos do ASSÉdio MorAl? Crises de choro, palpitações, tremores,

tonturas, falta de apetite, sentimento de vingança, ideia de suicídio, falta

de ar e uso de entorpecentes, entre outros efeitos.

como provar o ASSÉdio MorAl? Documentos, e-mails, fotos e gravações

feitas pela vítima, depoimentos de colegas podem ser anexados a proces-

sos destinados a órgãos onde trabalham, aos sindicatos e à justiça para

análise.

O número de abusos no Brasil é elevadoA advogada Élida gisele Pérez Silva, em artigo extraído da internet, assim

se manifesta a respeito:

“Estima-se que no Brasil pelo menos quase metade dos trabalhadores já

sofreu alguma espécie de violência moral, como por exemplo: receber ins-

truções confusas e imprecisas, as críticas em público, depreciação das

tarefas feitas, a marcação de tempo e de vezes para ir ao banheiro, a sub-

missão a tarefas inferiores à função desempenhada, etc.

Os tribunais têm reconhecido os danos causados por essas condutas e con-

denado os responsáveis a pagar indenizações aos ofendidos. As discussões

que envolvem o assédio moral são personalizadas pela complexidade. Ape-

sar de não ser fácil sua identificação, tem-se como meio de prova: bilhetes,

testemunhas, gravações, laudos médicos etc. O assédio moral é constatado

por perícia médica que verifica a deterioração progressiva da saúde mental

do ofendido no ambiente laboral.

Para o TST, a reparação dos danos morais advindos de ato de assédio

moral realiza-se mediante responsabilização objetiva, com requisitos pecu-

liares, conforme o Agravo de instrumento em Recurso de Revista n° TST-

-AiRR-185/2001-003-17-00.8.

Portanto, conclui-se que o assédio moral como fenômeno social é um ato

de violência e de ofensa qualificada à honra subjetiva, em afronta à digni-

dade do indivíduo e aos valores sociais do trabalho. Ele deve ser provocado

de forma freqüente e prolongada acarretando doença psíquico-emocional

ao empregado, aferida por perícia médica e que deve ser punido com rigor,

cabendo indenização por danos morais, com responsabilização objetiva”.

CR MercadoApós cinco anos em prédio locado, a Defensoria Pública do Rio Grande do Sul

inaugurou, dia 10 de abril, a nova sede da instituição no município. O ato contou com

a presença da defensora pública-geral do Estado Jussara Acosta, entre outras auto-

ridades estaduais e de Viamão. As novas instalações estão localizadas na Av. Bento

Gonçalves, nº 101, sala 101, Centro, em frente ao Fórum, para atendimentos nas áreas

Cível, Família e Infância e Juventude. Conforme a defensora pública-geral do Estado,

trata-se de um momento digno de celebração: “É motivo de muita alegria. A popula-

ção de Viamão merece ser atendida com dignidade. Agradeço a colaboração de todos

os defensores e espero que sejamos muito felizes nessa nova casa. Sejam todos bem-

-vindos.“, disse Jussara Acosta. Anteriormente, os atendimentos eram realizados na

Rua Cirurgião Vaz Ferreira, nº 468. O atendimento na área Criminal é realizado no

prédio do chamado Fórum Novo (Av. Bento Gonçalves, nº 90).

O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, com horários específicos para

cada área. A população precisa ficar atenta, pois o número de fichas é reduzido por

dia: Segunda e quarta, às 9h, distribuição de fichas para processo da 2ª Vara Cível; Se-

gunda e quarta, às 9h30, atendimento de assistidos agendados para iniciar processos

da Vara de Família; Terça e quinta, às 9h, distribuição de fichas para processos da 1° e

da 3ª Vara Cível; Terça e quinta, às 13h30, distribuição de fichas para atendimento ao

réu em processos da Vara de Família; Terça e quinta, 9h30, atendimento aos assisti-

dos agendados para iniciar processos cíveis; Segunda a sexta, 13h30, distribuição de

fichas para atendimento aos processos da Vara de Família parte autora; Sexta-feira, às

9h, distribuição de fichas para ajuizamento de ações cíveis e de família;

Os casos urgentes são atendidos sem ficha, no horário do expediente.

Defensoria Pública com nova sede em Viamão

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2 7 d e a b r i l 2 0 1 226 27

CR Mercado CR Mercado

Localizado na Estrada da Branquinha, na Viamópo-

lis, o CESI Multicentro presta serviços de apoio à edu-

cação, desenvolvimento cultural e saúde. Inaugurado

em agosto de 2009, o empreendimento disponibiliza

aos alunos das escolas do CESI, serviços dos mais va-

riados tipos, a partir da combinação de lazer e apren-

dizado.

Aulas de reforço, inglês, teatro, danças, música,

além de especialidades médicas fazem parte da ampla

estrutura situada na Estrada da Branquinha, com aces-

so na parada 42. As atividades ocorrem no turno inver-

so ao escolar e também são voltadas aos pais, servindo,

ainda, como alternativa à comunidade viamonense.

A diretora do Multicentro, Ruth Motta, reforça o

grande objetivo da instituição: “A estrutura foi sonha-

da, planejada e criada pelo proprietário Valdir Bonatto

através de uma proposta pedagógica inovadora. Pro-

fissionais da saúde e educação interagem visando a

qualidade do ensino e a construção do conhecimento”,

destaca ela, que também é coordenadora pedagógica.

CESI Multicentro é referência em lazer e aprendizadoEspaço disponibiliza atividades culturais, aulas de reforço e especialidades médicas. Centro de Línguas é a grande novidade deste semestre. Ainda há vagas!

Em relação aos valores cobrados, ela conta que os

preços são acessíveis, havendo descontos para os alunos

pertencentes ao grupo educacional. “Além dos estudan-

tes, atendemos também as pessoas que nos procuram.

Enfim, o Multicentro é destinado às diversas necessida-

des da população viamonense”, completa Ruth.

Cultura e lazerAs escolas de dança, música e teatro permitem o

desenvolvimento das habilidades artísticas, inclusive

com apresentações públicas direcionadas à comuni-

dade escolar. Neste sentido, são desenvolvidos peças

teatrais e aulas de ballet, danças folclóricas e de salão,

bem como, ensino de violão, teclado, flauta, canto, en-

tre outros.

AtendimentosSobre as especialidades médicas ofertadas, as mais

procuradas são aquelas referentes a questão compor-

tamental, como pedagogia e psicopedagogia. Entre os

outros serviços, estão odontologia, nutrição e fonoau-

diologia. Para o futuro, o desejo é disponibilizar tam-

bém o atendimento em dermatologia e medicina do

trabalho.

A psicóloga Sonia Godoy Lopes destaca as con-

dições de trabalho como um dos maiores trunfos do

espaço: “A cada ano aumenta a infraestrutura e, como

consequência, eleva-se também o número de alunos

e consultas. Isso acaba possibilitando que o profis-

sional desempenhe seu papel da melhor maneira

possível. Enfim, o Multicentro é uma referência no

atendimento multi e interdisciplinar”, elogia a pro-

fissional.

Interessados em participar, ainda há vagas em to-

dos os cursos, bem como oportunidades para profis-

sionais que desejam integrar a equipe. Informações

adicionais pelo telefone (51) 3446-0402 ou na sede do

Multicentro, na Estrada da Branquinha, n° 199, Via-

mópolis.

Alunos aprovam iniciativaEstudante do CESI Viamópolis, Gabriele Costa

da Silva, 12 anos:

“Sempre achei as aulas na escola bem legais. Com o

Centro de Línguas espero aprender a falar inglês antes

do tempo que levaria normalmente”.

Igor Noal, 14 anos: “Tenho dificuldades no inglês

e espero superá-las. Além disso, para o meu futuro é

superimportante, pois pretendo cursar ciências aero-

náuticas”.

Moradora de Porto Alegre, Alicia Motta, 11 anos:

“Minha média é boa mas, certamente, aumentarei

ainda mais com o curso. Minha família incentiva

bastante”.

Nicolas Brum, 14 anos: “Meu inglês não é dos me-

lhores, mas irei me esforçar e conseguirei superar as

dificuldades”.

Nínivi Bianchi, morada da Viamópolis: “Tirando

matemática, todas as minhas notas são boas. Apren-

der inglês é mais do que importante, além disso faze-

mos novas amizades no curso”.

Ampla estrutura CesiAs escolas CESI surgiram com a unidade da

Santa Isabel, criada depois de muito planejamen-

to para atender uma região que clamava por uma

instituição que oferecesse educação de qualidade

a preços competitivos. Com o nome já consolida-

do e despontando como uma das melhores esco-

las de Viamão, em 2005 foi inaugurada a segunda

unidade voltada para o atendimento de crianças de

quatro meses a seis anos de idade, o Cesi Júnior.

Nesse meio tempo, buscando qualificar ainda

mais a proposta pedagógica, o empreendimento

CESI firmou, assim, parceria com o Sistema Po-

sitivo de Ensino. A iniciativa a posicionou como

uma das maiores instituições de ensino da cidade.

Em 2008 foi inaugurada a unidade do CESI

Viamópolis, sendo preparada para atender crian-

ças a partir dos dois anos, com a projeção de

concluir o ciclo de implantação de todo o Ensino

Fundamental e Médio no ano de 2015. Já em 2009,

passou o funcionar o CESI Multicentro, construí-

do para atender as mais diversas necessidades de

seus públicos-alvo e tema desta matéria.

Centro de LínguasRecém-inaugurado, o Centro de Línguas é um dos principais diferenciais do CESI Multicentro. Com uma pro-

posta inovadora, cinco turmas recebem aulas de inglês no turno inverso ao escolar, sendo destinado aos alunos do

chamado ensino fundamental 2 (do 6º ao 9° ano) das escolas do CESI Santa Isabel e Viamópolis. Para estes não

existe custo adicional, sendo cobrado apenas o material pedagógico.

Professora de três turmas, Daniela Fávero explica os diferenciais do curso: “Em sala de aula, no currículo esco-

lar, a proposta é voltada à leitura e interpretação de texto. No Centro de Línguas a abordagem está na conversação.

Esperamos que os alunos compreendam a língua através de áudios e vídeos e possam se comunicar em inglês”,

disse a educadora, fazendo referência também à colega Roberta Pereira, responsável por outras duas turmas.

Os estudantes foram selecionados levando-se em conta as melhores médias escolares de 2011, além de uma

prova específica de língua inglesa. O mesmo critério foi utilizado para definir as turmas, sendo que o nível do co-

nhecimento acaba definindo a classe que cada aluno fará parte.

O Centro de Línguas é um projeto piloto do CESI em parceria com o Sistema Positivo de Ensino. Referência

pedagógica em todo o país, o citado sistema está prevendo a instalação de uma franquia dos serviços (Centro de

Línguas) na cidade de Viamão.

P O R S A U L T E I x E I R A

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CR MercadoPeregrino lança novidades no Café Colonial

O Café Colonial do Restaurante e Café Peregrino é tradicional em Viamão. Dia-

riamente, o local vem se destacando como um ponto de encontro de amigos e de ne-

gócios.

Pois o que já era bom ficou ainda melhor. No mês do seu aniversario, o Restau-

rante e Café Peregrino traz novidades e uma nova proposta em gastronomia no car-

dápio do Café Colonial, a preços populares.

Entre as novidades, destacam-se: carnes, salgados, pizza, lasanha, sopa, bolos,

tortas, geleias e sanduíches naturais, com baixas calorias, que o próprio cliente

monta conforme sua preferência, com antepastos e uma variedade de verduras e le-

gumes. Para completar, café, chocolate quente, suco e vinho estão entre as opções de

bebidas.

No cardápio elaborado predominam a criatividade e a excelência, com acompanha-

mento de nutricionista em todas as etapas da produção dos alimentos. A receita de su-

cesso está na aposta pela profissionalização do atendimento e no compromisso com a

qualidade dos serviços, sem esquecer o tempero caseiro.

O Café Colonial é servido diariamente, a partir das 16 horas. O buffet livre sai por

R$ 13,90. Na opção a quilo, R$ 25,90.

O Restaurante e Café Peregrino fica na Rua Cel. Marcos de Andrade, esquina Rua

Daltro Filho, ao lado da Igreja Matriz. Informações e reservas (51) 3045.1001. No

Facebook, curta e compartilhe a página: Restaurante e Café Peregrino.

Senac Viamão oferece cursos gratuitos No dia 18, foram encerradas as inscrições para os cursos gratuitos ofereci-

dos pelo Governo Federal, através do Programa Nacional de Acesso ao Ensino

Técnico e Emprego (Pronatec). O Programa é voltado para integrantes do Ca-

dastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, como por exemplo,

o Bolsa Família. O movimento foi intenso no Balcão Sesc/Senac, no centro.

Em Viamão, o Senac oferece os cursos de Vendedor, Auxiliar Administra-

tivo, Recepcionista de Eventos, Promotor de Vendas, Auxiliar de Crédito e

Cobrança, Operador de Computador e Montagem e Manutenção de Computa-

dores. As aulas se iniciaram dia 23 de abril. Informações adicionais no Balcão

Senac, no centro, na rua Marechal Deodoro, n° 175. Telefone: (51) 3434-0991.

Mágico francês se apresenta no Stella Maris

O Colégio Stella Maris, no centro, oportunizou uma celebração diferente

na Páscoa. Dia 10 de abril, cerca de 900 alunos prestigiaram a apresentação

do mágico e ilusionista francês Eric Chartiot, com números destinados a re-

flexão e o entretenimento. Ao todo, foram realizados quatro espetáculos com

temáticas diferenciadas para atender alunos de diferentes idades.

Ex-diretor da Aliança Francesa, uma escola de idiomas situada em Porto

Alegre, Eric conta que faz dez anos que trocou os bancos escolares pelos nú-

meros de ilusionismo. “Tive o prazer de receber o convite para celebrarmos a

Páscoa e estou muito satisfeito. Foram experiências distintas”, disse o mágico,

que recebeu elogios de todos.

CR Mercado

Gerente do Sicredi visita redação do CRNo dia 11 de abril esteve em visita à re-

dação do CORREIO RURAL o sr. Rodrigo

Ulian Borges, Gerente da Unidade de Aten-

dimento do Grupo SICREDI em Viamão. Na

oportunidade, ele estava acompanhado pelo

advogado dr. Rafael Mennet, representando

a Acivi. Em conversa com o diretor do CR,

jornalista Milton Santos, o gerente do SI-

CREDI contou de seu trabalho junto à agên-

cia viamonense, uma das mais credenciadas

dentro do grupo.

Genito Ávila é o novo presidente do Clube dos 20

Tradicional agremiação viamonense, composta por 20 apaixonados pelo jogo de

sinuca, elegeu por aclamação o advogado Genito Ávila para comandar o clube até

março de 2013

A chapa foi constituída pelos associados Genito Avila da Silva, Presidente, Ale-

xandre Ortiz de Paris, Diretor Administrativo, Alceu Veiga de Souza, Diretor Finan-

ceiro e Airton Pires de Souza, Diretor de Comunicação Social.

Na cerimônia de posse dos eleitos, ocorrida no dia 2 de abril, manifestou-se o

Presidente substituído, André Tavares da Silva, tecendo elogios aos membros de sua

Diretoria, bem como a todo corpo social que colaborou com, a sua administração.

Logo após, o Presidente eleito agradeceu a confiança dos associados depositada nos

eleitos. Afirmou da grande responsabilidade que a nova Diretoria terá para conduzir

os destinos do Clube, uma entidade de 27 anos de ininterrupta atividade. Genito afir-

mou que nada mais terá como metas o trinômio trabalho, organização e disciplina,

e que para consecução dessa meta conta com a compreensão e colaboração de todos,

a fim de que não só internamente se atinja o sucesso, como de resto externamente

estejamos divulgando à comunidade local os bons exemplos ofertados por esta cor-

poração de homens de bem.

POR SAUL TEIxEIRA

Na última quarta-feira, 25, ocor-

reu mais uma edição do “Bate-Papo da

Qualidade”, organizado pela Associa-

ção Comercial, Industrial e de Serviços

de Viamão (Acivi). Desta vez, o evento

foi realizado na sede do Sindicato Ru-

ral, no centro, e contou com a palestra

do empresário Jorge Luiz Kunzler. Na

oportunidade, ele detalhou aspectos

referentes à instalação de seu empre-

endimento na cidade. A previsão é que

a fábrica de laticínios seja inaugurada

em maio de 2013.

As obras já estão em andamento na

região conhecida como distrito indus-

trial Viamão/Alvorada, quase na divisa

entre os dois municípios. Ao todo são

cinco hectares que receberão inves-

timento de R$ 12 milhões. Segundo o

projeto, até 2015 o espaço deverá tor-

na-se a matriz da empresa Parmíssimo,

uma das líderes nacionais no comércio

de queijo ralado. Atualmente,

a fábrica está sediada em Por-

to Alegre.

Um dos criadores de ou-

tra famosa marca de queijos

ralados, Kunzler destaca que

Viamão recebeu forte con-

corrência de cidades vizinhas

para sediar a empresa: “Pro-

Fábrica de laticínios será inaugurada em 2013

curamos os principais municípios da

região metropolitana, mas fomos bem

recebidos somente em Guaíba. Estáva-

mos quase acertando o negócio, quando

alguns fatos nos trouxeram a Viamão”,

relembra.

O empresário se refere a duas con-

versas realizadas quase na informali-

dade. A primeira delas ocorrida entre

seu irmão e sócio e o então deputado

federal de Viamão, Geraldinho Filho. A

outra, entre o próprio empreendedor e

o amigo Marcelo Baco, que ele conhe-

ceu em 2009. Conforme Kunzler, em

ambos os casos, os citados “venderam

muito bem a cidade de Viamão”, o que

motivou a instalação na cidade.

oportunidadEsA partir disso, um novo encontro foi

realizado entre o prefeito e o então se-

cretário de desenvolvimento econômi-

co de Viamão. Na oportunidade, Kunz-

ler passou a detectar as oportunidades

para a instalação da fábrica. O preço

do hectare que custou R$ 45 mil reais -

quando o mercado pratica o valor de R$

150 mil - bem como, o desconto de 39%

no ICMS, no momento que a empresa

passar a lucrar, foram fundamentais

para a consolidação do negócio.

Conforme Kunzler, outros fatores

tornam a cidade de Viamão um pólo

industrial atraente: “Qualquer fábrica

para crescer precisa vender 30% para o

mercado interno e o restante para ou-

tros estados. Neste sentido, Viamão está

a 3 km da melhor via de escoamento do

Estado, a freeway. Nosso investimento

pretende ajudar no desenvolvimento

do município. Viamão possui um po-

tencial extraordionário, mas precisa

aprender a se vender”, conclui.

Atualmente, a Parmíssimo Distri-

buidora atende 15 mil pontos de vendas,

atingindo todas as grandes re-

des de supermercados na re-

gião Sul e em São Paulo. A em-

presa que tem administração

familiar é a primeira colocada

na Pesquisa Nacional Sobre

Reconhecimento de Marca,

nos Estados do Rio Grande do

Sul, Santa Catarina e Paraná.

Saiba mais

O “Bate-Papo da Qualidade” é

um evento tradicional promovido

pela Acivi em parceria com o comi-

tê local do PGQP (Programa Gaúcho

da Qualidade e Produtividade). Uma

vez por mês, as entidades trazem a

Viamão palestrantes que abordam

as oportunidades de crescimento e

desenvolvimento da cidade.

O presidente da Acivi, André Pa-

checo justificou a realização do en-

contro: “Estamos sempre atentos as

inovações e oportunidades visando

o bem do nosso associado. Fazemos

as discussões necessárias para con-

tribuirmos com o desenvolvimento

da cidade em todas as suas esferas.

Dentro de nossa competência, bus-

camos constantemente o desenvol-

vimento de emprego e renda”, sa-

lientou.

No encontro citado no texto, ou-

tras atrações nortearam a reunião-

-almoço. Na oportunidade, o ge-

rente da Caixa Econômica Federal,

unidade de Viamão, Verardi  Horbe

apresentou um balanço de 2001,

além de adiantar as propostas para

esse ano. Outro ponto alto do evento

foi o anúncio de uma parceria entre

a Acivi e uma empresa contábil, para

a emissão de certificação digital.

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CR MercadoEDITAIS DE CASAMENTO

Francisco de Assis dos Santos, Oficial Registrador do Ofício de Registro Civil das Pessoas Naturais de Viamão, RS, faz saber que pretendem casar:

Edital nº 10696, de 26 de março de 2012.DÍRSON SEHNEM, agricultor, e NOEMI SCHÜTZ DA CUNHA, do lar, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.

Edital nº 10697, de 28 de março de 2012.WELLINGTON PEDROSO DIAS, comerciário, e CHÉLEN APARECIDA PEREIRA DA SILVA, estudante, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.

Edital nº 10698, de 30 de março de 2012.LUÍS FERNANDO ALMEIDA DE OLIVEIRA, operador de máquinas, e GRACIELE MACHADO DA SILVEIRA, técnica em edificações, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.

Edital nº 10699, de 02 de abril de 2012.NESTOR BECKER DA ROSA, solteiro, vigilante, e TEREZINHA DE FÁTIMA BATISTA, divorciada, do lar, ambos brasileiros, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.

Edital nº 10700, de 04 de abril de 2012.CASSIANO PERFEITO DOS SANTOS, auxiliar administrativo hospitalar, e KAREN GRAZIELA BUENO ROLIM DE MOURA, atendente de telemarketing, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.

Edital nº 10701, de 09 de abril de 2012.ISRAEL MARQUES, divorciado, pedreiro, e ELIENI NASCIMENTO DA SILVEIRA, viúva, do lar, ambos brasileiros, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.

Edital nº 10702, de 09 de abril de 2012. RÓGER ZANETTI SILVEIRA, representante comercial, e ANA CLÁUDIA ZALONY DA SILVA, técnica em radiologia, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.

Edital nº 10703, de 10 de abril de 2012. FRANCISCO CARLOS DA ROZA PACHECO, comerciário, e DÉBORA FERNANDES DE OLIVEIRA, supervisora de negócios para eventos, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.

Edital nº 10704, de 10 de abril de 2012. DIONES MOREIRA ESCOBAR, mecânico, e KELLEN DOS SANTOS MOREIRA DA SILVA, técnica de enfermagem, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.

Edital nº 10705, de 10 de abril de 2012. LUAN DOS SANTOS BRAGA, pedreiro, e ANA PAULA CORREA DA SILVA, recreacionista, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.

Edital nº 10706, de 10 de abril de 2012.LUIZ ARIANO MENDES BORGES, pedreiro, e JUSSARA DE OLIVEIRA LONGARAY, doméstica, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito e em Camaquã, RS, respectivamente.

Edital nº 10707, de 11 de abril de 2012.ANTÔNIO CARLOS GONÇALVES, açougueiro, e LUCILENE ZAMPRONIO SILVA, cozinheira, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.

Edital nº 10708, de 11 de abril de 2012. JOSÉ ROMILDO KILANOWSKI, gerente de loja, e ADRIANA INÊZ JESINSKI, do lar, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito e em Dom Feliciano, RS, respectivamente.

Edital nº 10709, de 12 de abril de 2012.CARLOS ALBERTO SILVA DOS SANTOS, divorciado, montador de elevadores, e RITA DE CÁSSIA DA CONCEIÇÃO, solteira, maior, supervisora de loja, ambos brasileiros, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.

Edital nº 10710, de 12 de abril de 2012.PAULO ALCI MOREIRA, policial-militar da reserva, e JAINE ISABEL ROSA, professora, ambos brasileiros, divorciados, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.

Edital nº 10711, de 13 de abril de 2012. EDSON DIOVANE ROSA VIANA, servidor público federal, e LOISE LUCIANE VIEIRA DA SILVA, babá, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.

Edital nº 10712, de 16 de abril de 2012. ROBERSON DA SILVA ESSIG, industriário, e SUÉLEN DA SILVA PRUSCH, comerciária, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.

Edital nº 10713, de 16 de abril de 2012. LUIZ GONÇALVES DA SILVA, divorciado, motorista aposentado, e ADÉLIA DE ALMEIDA BALDUÍNO, solteira, maior, auxiliar de limpeza, ambos brasileiros, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.

Edital nº 10714, de 16 de abril de 2012.ALDO LUÍS FLORISBAL DE OLIVEIRA, comerciário, e ROSA MARIA RODRIGUES DA CONCEIÇÃO, empregada doméstica, ambos brasileiros solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.

Edital nº 10715, de 17 de abril de 2012.BRASIL SILVEIRA JÚNIOR, pedreiro, e ANDRÉIA MEIRELLES MORETTO, manicure, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.

Edital nº 10716, de 17 de abril de 2012. LEONARDO SANTOS ARAÚJO e ALINE FONSECA VIVIAN, ambos brasileiros, solteiros, maiores, comerciantes, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.

Edital nº 10717, de 18 de abril de 2012.EUCLIDES ROQUE MICHELS, divorciado, pedreiro aposentado, e MARIA GORETTI RIBEIRO PADILHA, viúva, do lar, ambos brasileiros, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.

Edital nº 10718, de 18 de abril de 2012. MARCELO TRIGO PINHÃO, vigilante, e EDNÉIA SILVA DE CARVALHO, atendente de crianças, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.

Edital nº 10719, de 20 de abril de 2012.JÚLIO CÉSAR PINTO DA SILVA, vigilante, e ROSANEA LOPES RODRIGUES, comerciária, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.

Edital nº 10720, de 20 de abril de 2012.JAIR ROCHA DA ROCHA, soldador, e TAÍS DE CAMARGO FERREIRA, do lar, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.

Edital nº 10721, de 20 de abril de 2012.VÍCTOR FABIANO CAVALHEIRO DA SILVA, carpinteiro, e FRANCELE WEBER MATHIAS, comerciária, ambos brasileiros, divorciados, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.

Edital nº 10722, de 20 de abril de 2012. RAFAEL FALLEIRO RODRIGUES, comerciário, e KELLY TIÉZER DA SILVA GUIMARÃES, do lar, ambos brasileiros, solteiros, maiores, naturais deste Estado, residentes e domiciliados neste Distrito.

Viamão, 25 de abril de 2012.

E s c r i t ó r i o e D e p ó s i t oRS 118, km 036, nº 3.068, Tarumã, Viamão/RS. (51) 3485-3411 9972-7477 / 9973-6406 /CEP: 94.420-400 JUCERGS:181/03/ site:www.gilmarleiloeiro.com.br e-mail: [email protected]

EDITAL DE PRAÇA / LEILÃO E INTIMAÇÃODE: MMB - INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MATERIAL PARA ESCRITÓRIO LTDA; MUSEU DO PAPEL LTDA; PADARIA E MINI MERCADO DO BIGODE LTDA - ME E MARTA CLECI BRESOLIN P. BERNARDO; CRECHE E BERÇÁRIO BEBÊ CONFORTO LTDA E OUTROS (4); MECÂNICA JOVICAR LTDA.-ME; MARLENE SANCHES ALVES; CLOVIS EDUARDO COLLARES VERARDI.

DATA: 25/05/2012HORÁRIO: 10 horas.LOCAL: DEPÓSITO: ROD. RS 118, KM 036, Nº. 3.068, TARUMÃ, VIAMÃO / RS.

GILMAR SANTOS, Leiloeiro Rural e Oficial, ou seu Preposto RONY CAETANO JÚNIOR, devidamente autorizado(s) pelo(a) Exm°.(ª). Sr.(a). Dr.(a). Juiz(a) do Trabalho Titular da Vara do Trabalho da Comarca de Viamão/RS, venderá em público Praça / Leilão em dia, hora e local acima mencionado o(s) seguinte(s) bem(ns): - Um terreno constituído do lote nº. 156 da quadra nº. 07, situado no loteamento denominado Vila Cecília, situado no Distrito do Passo do Sabão, no Municipio de Viamão/RS, com a área superficial de 480,00m², medindo 12,00m de frente por 40,00m da frete aos fundos, por ambos os lados, tendo nos fundos a mesma largura da frente, dividindo-se: pela frente, a NE, com a rua “D”; pelos fundos, a S0, com o lote nº. 145; por um lado, a NO, com o lote nº. 157; e pelo outro lado, a SE, com o lote nº. 155; distante 88,00m da Avenida Central; localizado no quarteirão formado pela ruas “C”, “D”, Avenida Central e terras de João dos Reis. Sobre o referido imóvel existe uma edificação de alvenaria. Matricula nº 32.921, fls. 01, lvr. nº 02 do Oficio de Registro de Imóveis da Comarca de Viamão/RS. AVALIADO EM R$ 110.000,00. - Um automóvel Renault Scenic RXE 2.0, placa KND-0373, Renavam nº 720173078, Chassi nº 93YAMG35XJ048688, cor vermelha, ano e modelo 1999. AVALIADO EM R$ 15.000,00. Ônus – Restrição Renajud: Transferência. - Um freezer vertical, com porta de vidro, Reubly, branco. AVALIADO EM R$ 800,00. - Um freezer vertical, com porta de vidro, Reubly, vermelho, logotipo Guaraná. AVALIADO EM R$ 600,00. - Um freezer expositor, com cinco portas de vidro, com equipamentos medindo aproximadamente 3x2m. AVALIADO EM R$ 2.000,00. – Um balcão expositor refrigerado, com duas portas, branco, medindo aproximadamente 2m. AVALIADO EM R$ 600,00. - Uma cristaleira polar vertical. AVALIADA EM R$ 800,00. - Um balcão expositor de carnes, com três portas, medindo aproximadamente 3m. AVALIADO EM R$1.000,00. - Um freezer horizontal Nestle, com porta de vidro, medindo aproximadamente 1,20m. AVALIADO EM R$ 600,00. - Um forno Tedesco Flex - FTFG, à gás. AVALIADO EM R$ 1.000,00. - Um forno Venâncio, à lenha. AVALIADO EM R$ 1.000,00. – Um freezer Trivialy, horizontal, medindo aproximadamente 1,20m. AVALIADO EM R$ 500,00. - Um balcão expositor medindo aproximadamente 2,0m. AVALIADO EM R$ 400,00. - Um armário expositor medindo aproximadamente 1,20 x 2,0m. AVALIADO EM R$ 400,00. - Doze metros de prateleira molduláveis, na cor azul e branca. AVALIADA EM R$ 70,00 O METRO. TOTALIZANDO R$ 840,00. - Uma câmara fria Glacial Pavan, em inox, medindo aproximadamente 2,00 x 2,0m. AVALIADA EM R$ 2.000,00. - Um freezer horizontal Consul, branco, modelo 310. AVALIADO EM 500,00. - Uma máquina registradora Elgin FX7, mais a bancada do mercado. AVALIADA EM R$ 2.000,00. - Uma máquina registradora Elgin RCF - MR 800, mais a bancada do mercado. AVALIADA EM R$ 2.000,00. TOTAL DA AVALIAÇÃO R$ 17.040,00. - Um trator marca Valmet, 65 ID, ano 1986, Amarelo. AVALIADO EM R$ 20.000,00. - Um Graneleiro marca Masal, vermelho, capacidade para 100 sacos. AVALIADO EM R$ 10.000,00. - Um silo secador marca Elipal, capacidade para 10.000 sacos. AVALIADO EM R$ 70.000,00. - Uma máquina agrícola com “braço valetador” marca Masal, cor amarela, em condições de uso, com 10 anos de uso aproximado. AVALIADO EM R$ 10.000,00. - Uma máquina semeadeira marca Semeato, cor vermelha, modelo TDA-300, fabricado em 06/10/1994, série OXAO A - A- 91. AVALIADO EM R$ 36.500,00. TOTAL DA AVALIAÇÃO R$ 146.500,00. - Um esmeril, motor dois HP, motor Weg, 220 volts. AVALIADO EM R$ 200,00. - Uma máquina lixadeira marca Domotec. AVALIADO R$ 350,00. - Uma máquina furadeira marca Ecofer. AVALIADA EM R$ 100,00. TOTAL DA AVALIAÇÃO R$ 650,00. - Dois televisores de 29 polegadas marca SAMSUNG e CCE, com controle remoto. AVALIADO EM R$ 170,00 (CADA). TOTAL DA AVALIAÇÃO R$ 340,00. - Um trator Massey Fergusson – mod. 65X, com pneus, com motor, cor vermelha. AVALIADO EM R$ 15.000,00. – Uma bomba de água para irrigação – 200 mm (bomba 20), Kerber, Azul. AVALIADO EM R$ 15.000,00. TOTAL DA AVALIAÇÃO R$ 30.000,00. Processo Rito-Ordinário nº. 0064300-76.1994.5.04.0411, R.S. nº. 0034900-94.2006.5.04.0411, R.O. n.º 0044200-85.2003.5.04.0411, C.P. 0001050-10.2010.5.04.0411, R.O. nº. 0170900-33.2008.5.04.0411, R.S. nº. 0000795-52.2010.5.04.0411, R.O. nº 0000377-17.2010.5.04.0411 que OMAR BROSE X MMB - INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MATERIAL PARA ESCRITÓRIO LTDA; MAURO LUIZ SANTOS FREITAS E OUTROS (2) X MUSEU DO PAPEL LTDA; IVO NUNES DA SILVA X PADARIA E MINI MERCADO DO BIGODE LTDA - ME E MARTA CLECI BRESOLIN P. BERNARDO; ELVIRA ROCHA GODOY X CRECHE E BERÇÁRIO BEBÊ CONFORTO LTDA. E OUTROS(4); FÁBIO DE OLIVEIRA ARAÚJO X MECÂNICA JOVICAR LTDA. ME; IRACEMA DOS SANTOS SILVA X MARLENE SANCHES ALVES; TIAGO MANOEL ROCHA MARTINS X CLÓVIS EDUARDO COLLARES VERARDI. Comissão do Leiloeiro a cargo do comprador. Fica(m) o(s) devedor(es), credor(es) hipotecário(s) e esposa(s) se casado(s) for(em) intimado(s) através do presente caso não seja(m) encontrado(s) pelo Sr. Oficial de Justiça. INFORMAÇÕES COM O LEILOEIRO PELOS FONES: (51) 3485-3411, CELULAR (51) 9972-7477 OU 9973-6406, site: www.gilmarleiloeiro.com.br e e-mail: [email protected]

EXTRAVIO DE TALÃO DE NOTASContexto Comunicação, de Fabrício Ruiz da Silva-ME, CNPJ 07071985/0001-95, estabelecida à rua Onze de Junho, 165, Viamópolis, Viamão, comunica que foi extraviado talão de Nota Fiscal de Prestação de Serviços, com numeração de 001 a 050. Não se responsabiliza pelo uso indevido do mesmo.

Viamão, 10 de abril de 2012.

Lançamento do Projeto CR 2012 - Galeria de fotosNo dia 29 de março, o Correio Rural realizou coque-

tel de lançamento do seu projeto editorial e gráfico para

2012, no Café Peregrino. Na ocasião, a edição de março

foi apresentada aos representantes dos mais diversos

segmentos da comunidade. Na galeria abaixo, confira

algumas imagens do evento, quando os diretores do CR

recepcionaram seus convidados.

GilnEi lEitE E JussEMar da silVa

padrE roGÉrio FlorEs E dr. ênio áVila nunEs

luCídio E sônia GoElZEr

lEtiCia abrEu, alinE Godoi, MarCia pEiXoto E raFaEl MEnnEtMauro Matiotti, Valdir E sabrina bonatto CoM a Filha, FranCinEi bonatto

MarildEs E nílson pinto da silVa arMando aZaMbuJa E Esposa dÉbora

ManoEl Castro dE oliVEira

JorGE pinhEiro E sílVio (J.pinhEiro) sÓlida ContabilidadE

Cristina huGEntoblEr (sEnaC) dr. Eduardo dias lopEs E Esposa

FabianE E FláVio ribEiro FErnando rospidE

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As histórias e imagens dos 100 anos

Na retina Você sabia?

CR personalidades

Em 6 de junho 1953, nosso jornal publicou esta notícia: “Inaugurado o Hospital de Caridade de Viamão – Situado em lugar saudável e com uma construção que se revestiu de excepcional acabamento, tendo suas enfermarias luz e ar diretos, água quente e fria em todos os quartos, contando, também, com uma ampla e bem aparelhada sala de cirurgia, com enfermarias modelares, farmácia e demais requisitos exigidos por uma casa hospitalar das mais modernas, foi inaugurado, domingo último, o Hospital de Caridade de Viamão, velha aspiração do povo viamonense. O ato contou com a presença de elevado número de pessoas, entre as quais o General Ernesto Dorneles, governador do Estado e sua esposa dona Fabiola Pinto Dorneles; major Jorge Adão Fetter; dr. Alberto Carneiro, diretor do Departamento Estadual de Saúde e sua Exma. Revdma. Dom Vicente Scherer, arcebispo metropolitano. Às 14 horas, teve início a inauguração, usando da palavra o orador oficial dr. Niro Teixeira de Souza, um dos esteios da construção daquele nosocômio, que teceu considerações sobre o vulto e importância da obra, dizendo ainda dos esforços desenvolvidos para a concretização daquele empreendimento, pelas autoridades e a atual diretoria do Hospital, hoje sob a chefia de dona Carlinda Azambuja Chaves Barcelos”. A foto é do prédio inaugurado.

Na edição de 16 de abril de 1980, o CR pub

licou notícia

do lançamento da pedra fundamental do préd

io da Escola

Municipal Humberto de Alencar Castelo Bran

co, em

solenidade ocorrida em 11 de abril daquele

ano . Na

foto aparecem o Pe. Bernardo Machado dos S

antos dando a

bênção; o então prefeito Pedro Antônio Per

eira de Godoy;

professores, membros do círculo de pais e

mestres da

escola e grupo de alunos.

Na noite de 11 para 12 de outubro de 2000, Viamão foi atingido por um ciclone que causou estragos em todo

município e, principalmente, na zona rural. Na edição de 15 de outubro de 2000 o CR noticiou o fenômeno

mostrando fotos do desastre, como a que aparece abaixo mostrando um silo arrozeiro totalmente destruído.

O gravador do CR foi testemunha da presença de personalidades da

política rio-grandense em Viamão, como a foto mostra a então senadora

Emília Fernandes que esteve em nossa cidade

em agosto de 1996.

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34

por Milton Santos

[email protected]

ESTAMOS FECHANDO O MêS DE ABRiL E, DENTRE OS ASSuNTOS NOTiCiA-DOS PELA iMPRENSA, o que mais chama a atenção é aquele que relata corrup-ções nas esferas políticas. Em Brasília, o Congresso instaurou uma CPi mista para apurar o envolvimento do Senador Demóstenes Torres em falcatruas, nas quais estão como protagonistas, também, o bicheiro (que profissão, hein?) Carlinhos Cachoeira, outros parlamentares e até um governador de Estado. O assunto, da dimensão das Cataratas do iguaçu, já tem até denominação: a CPi do Cachoeira. Espera-se que, no andar da carruagem, não se transforme num modesto riacho de fundo de quintal.Aqui em Porto Alegre, a Câmara Municipal abriu também uma CPi que vai tratar de possíveis envolvimentos financeiros ilícitos com verbas destinadas ao instituto Ronaldinho gaúcho, já com as portas fechadas. A família Assis Moreira e servido-res da Prefeitura vão ser chamados para depoimento. A bola vai rolar e tudo o que se quer é que ela não se perca pela linha de fundo.Acabo de ler o livro “1808”, do jornalista paranaense Laurentino gomes. Basean-do-se em lauta bibliografia, ele conta a vinda da família real portuguesa para o Brasil, fugindo de Napoleão Bonaparte que invadira Portugal. No fi-nalzinho de 1807, o Príncipe Regente D. João, reuniu a corte - que incluía D. Maria i, a Rainha louca, sua mulher Carlota Joaquina e os seis filhos, dentre eles o infante Pedro – e cruzou o Oceano Atlântico com tudo o que tinha direito. Em 1808 a corte já es-tava na colônia e ficou no Rio de Janeiro por 13 anos. Em 1816, com a morte da Rainha, o regente torna-se D. João Vi, rei de Portugal e Brasil. 1821 a corte retorna a Portugal. No ano seguinte D. Pedro proclamaria a independência do Brasil tornando-se imperador.A travessia do oceano teve a escolta da marinha da inglaterra, a quem a coroa portuguesa passou a dever favores. No livro lê-se: “O governo inglês, obviamente, sabia o quanto a mo-narquia portuguesa era frágil naquele momento e como obter vantagens dessa situação”... “...Além das vantagens comerciais, o tratado de 1810 deu aos ingleses prerroga-tivas especiais, que incluíam o direito de entrar e sair do país quando bem entendessem”... A primeira medida, foi a abertura dos portos às nações amigas. A única nação amiga, na época, era a inglaterra.Durante a estada no Brasil, D. João distribuiu títulos de Barão e Visconde a diversas “personalidades” da

corte e também brasileiros, cobrando por estas comendas. Vejam o que está no livro: “...Outra herança da época de D. João é a prática da ´caixinha´ nas concor-rências e pagamentos dos serviços públicos”... “...se cobrava uma comissão de 17% sobre todos os pagamentos e saques no tesouro público. Era uma forma de extorsão velada: se o interessado não comparecesse com os 17%, os processos simplesmente paravam de andar”... “...A época de D. João Vi estava destinada a ser na história brasileira, pelo que diz respeito à administração, de muita corrupção e peculato”... “...A área de compras e os estoques da casa real eram administrados por Joaquim José de Azevedo”... “...Bento Maria Targini comandava o erário real. Os dois eram muito próximos de D. João e Carlota Joaquina, convivendo na intimi-dade da família real, o que lhes dava poder e influência que iam muito além das suas atribuições normais”... “...Azevedo enriqueceu tão rapidamente e teve a sua imagem de tal modo liaga à roubalheira que no retorno de D. João Vi, em 1821, foi impedido de desembarcar em Lisboa”...”...Targini era de família catarinense po-

bre e humilde... como era inteligente e disciplinado, virou escrevente do erário...encarregado de administrar as finanças públicas, o que

incluía todos os contratos e pagamentos da corte, enriqueceu ra-pidamente”... “...Também foi proibido de entrar em Portugal... mas continuou a levar uma vida tranqüila”...”...ambos foram promovidos a barão e visconde”...

Na época, segundo o livro, através de seus poetas populares, os cariocas criticaram o enriquecimento ilícito com versos assim:

“Quem furta pouco é ladrãoQuem furta muito é barãoQuem mais furta e escondePassa de barão a visconde”.

“Furta Azevedo no PaçoTargini rouba no ErárioE o povo aflito carregaPesada cruz do Calvário”.

Pelo que, a corrupção no Brasil é coisa hereditária. Pois, pois...

De D. João a Demóstenes Torres. A corrupção é histórica