Alvenaria, Lajes, Cobertura_05-11-13
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COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL
AGATHA CHRISTIE DE SÁ BENEDITO ANTONIO PACHECO
Alvenaria Laje
Cobertura
Sorocaba/SP 2013
FACULDADE DE ENGENHARIA DE SOROCABA Reconhecimento pela Portaria Ministerial n 367 de 03/06/1980 MANTIDA PELA Associação Cultural de Renovação Tecnológica Sorocabana Declarada de Utilidade Pública Federal – Decreto N 86.431 De 02/10/1981 Declarada de Utilidade Publica Municipal – Lei N 1.842 de 04/12/1975
COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL
AGATHA CHRISTIE DE SÁ RA 110012 BENEDITO ANTONIO PACHECO RA 120017
Alvenaria Laje
Cobertura
Sorocaba/SP 2013
Agatha Christie de Sá Benedito Antonio Pacheco
Alvenaria Laje
Cobertura
Orientador: José Antonio de Milito
Sorocaba/SP 2013
Trabalho referente à matéria de Construção Civil, apresentado à Faculdade de Engenharia de Sorocaba – FACENS, como parte dos pré-requisitos para obtenção do titulo de Engenheiro(a) Civil
SUMÁRIO
1. OBJETIVO ..................................................................................................... 6 2. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 6 3. ALVENARIA .................................................................................................. 7 4. EXECUÇÃO DE PAREDE ........................................................................... 11 4.1 RELATÓRIO DE OBRA - ALVENARIA ..................................................... 11 5. LAJES .......................................................................................................... 16 5.1 RELATÓRIO DE OBRA - LAJES .............................................................. 25 6. COBERTURA .............................................................................................. 31 6.1 RELATÓRIO DE OBRA - COBERTURA ................................................... 32 7. CONCLUÇÃO .............................................................................................. 36 REFERÊNCIA BIBLIOGRAFIA ....................................................................... 36
LISTA DE FIGURA
Figura 3.1: Alvenaria de pedra 8 Figura 3.2: Bloco de concreto 8 Figura 3.3: Alvenaria de tijolo de vidro 9 Figura 3.4: Tijolo de barro cozido 10 Figura 3.5: Tijolo de barro furado 10 Figura4.1.1: Ante projeto 12 Figura 4.1.2: Preparação / corte 13 Figura 4.1.3: Levantamento dos cantos / extremos de referencia 13 Figura 4.1.4: Nivelamento com nível de bolha 14 Figura 4.1.5: Verificação e correção alinhamento vertical (Prumo) 14 Figura 4.1.6: Locação da linha de referência 15 Figura 4.1.7: Assentamento dos tijolos 15 Figura 5.1: Laje Maciça 17 Figura 5.2: Laje Maciça - ferragem da viga fundida estrutural 17 Figura 5.3: Laje Maciça - Apoio com pontaletes 18 Figura 5.4: Laje Maciça - Apoio com pontaletes 18 Figura 5.5: Laje tipo cogumelo 19 Figura 5.6: Laje nervurada 20 Figura 5.7: Laje nervurada 20 Figura 5.8: Laje caixão perdido com concretubo 21 Figura 5.9: Laje treliçada com lajotas cerâmicas 22 Figura 5.10: Laje treliçada com lajotas de isopor 23 Figura 5.11: Laje treliçada com lajotas de isopor 23 Figura 5.12:Laje painel treliçado 24 Figura 5.13: Laje alveolar 25 Figura 5.14: Laje Cerâmica 26 Figura 5.15: Treliças 26 Figura 5.16: Ponteira da escora metálica 27 Figura 5.17: Escora metálica 27 Figura 5.18: Longarinas 28 Figura 5.19: preliminar para centralização 28
Figura 5.20: Distribuição com mudança de direção 29 Figura 5.21: Semi engastes alternados 29 Figura 5.22: Armadura negativa e de distribuição 30 Figura 5.23: Visita a obra 30 Figura 5.24: Visita a obra 31 Figura 6.1: Visualização de distribuição dos pontaletes 34 Figura 6.2: Visualização do apoio das terças 34 Figura 6.3: Visualização da distribuição dos pontaletes 35 Figura 6.4: Vista geral beirais com tabeiras e testeiras. 35 Figura 6.5: Vista da varanda apoiada em pilares de concreto 36 Figura 6.6: Vista da varanda apoiada em pilares de concreto 36
1 OBJETIVO
A execução de projetos de engenharia principalmente os ligados a
execução sobretudo na engenharia civil, demandam a aplicação de técnicas e
obediência a normas, muitas delas oriundas de experiências e
desenvolvimentos teóricos, práticos e empíricas, validados através do tempo.
O objetivo deste relatório, é efetuar a apresentação de técnicas
construtivas, objeto de estudo no curso de Construção Civil sob a orientação do
professor José Antonio de Milito, ilustrando com estudos de casos reais, a
aplicação das técnicas visualizadas nas aulas teóricas como forma de propiciar
aos alunos envolvidos a importante e insubstituível vivencia prática, como
forma aliar teoria e prática dando um mínimo de clareza aos assuntos
abordados em sala de aula.
2 INTRODUÇÃO
A crescente demanda de empreendimento e a carência de mão de obra
especializada na construção civil, tem pressionado os gerenciadores dos
projetos a executar os mesmos cada vez com maior precisão no que tange aos
já mencionados tópicos custo e prazo, associando-se ao tópico qualidade
compondo o trinômio responsável pela efetividade dos projetos, exigindo dos
engenheiros, capacidade na transmissão informações aos pares atuantes na
obra, minimizando os efeitos de possíveis erros resultantes do
desconhecimento e vícios adquiridos em atuações em obras gerenciadas sem
os devidos critérios e atendimento aos procedimentos e normas.
Serão apresentados neste trabalho, projetos em andamento, em
processo de execução em obras individuais dentro do parque fabril da CBA,
Companhia Brasileira de Alumínio, na cidade de Alumínio, sob
responsabilidade do setor de Engenharia de Obras que tem como responsável
técnico o Eng. Albino Mercado Junior, Construção da Unidade da caixa
Econômica Federal, agência Alumínio, projeto em execução pela Teixeira
Engenharia e Construtora Ltda, localizada na cidade de São Roque.
Neste trabalho, apresentaremos estudos de caso nas diversas etapas de
elaboração de alvenaria tradicional, contemplando levantamento de paredes,
impermeabilização, lançamento de lajes e cobertura de telhado com a
execução de uma estrutura típica pontaletada numa residência em fase de
acabamento situada no condomínio Ibiti do Paço em resumo, abordando os
tópicos Alvenaria, Lajes e Cobertura, ministrados durante o curso Construção
Civil I.
A não aplicação e ou obediência de uma ou mais destas técnicas
construtivas pode comprometer de maneira determinante o projeto como um
todo ou mesmo inviabilizar sua entrega dentro dos parâmetros pré
determinados de prazo e principalmente custos levando muitas vezes o
empreendimento e até mesmo empresas a ter que arcar com os custos de
retrabalhos, (quando possível) e estes via de regra podem levar empresas a
falência, além obviamente de comprometer negativamente a imagem as vezes
o registro profissional (CREA) responsável técnico(engenheiro).
3 ALVENARIA
Azevedo (1977, p.125) descreve alvenaria como “Alvenaria é toda obra
constituída de pedras naturais, tijolos ou blocos de concreto, ligados ou não por
meio de argamassas, comumente deve oferecer condições de resistência e
durabilidade e impermeabilidade(...)” .
As construções elaboradas em alvenaria, tijolos dos mais diversos tipos
(paredes e muros) tem sua aplicação essencialmente direcionados para servir
como elemento estrutural, vedação, apoio, fundação ou simplesmente
decorativo. Em cada situação específica, faz-se necessário a avaliação
referente a aplicabilidade e atendimento aos requisitos básicos para a correta
escolha do material e aplicação determinantes da utilização que são: a
resistência mecânica, peso, absorção de umidade, características de
isolamento e condução térmica, tipo de superfície e sua compatibilidade com o
acabamento previsto, seja este pintura, revestimento com argamassa ou placas
de algum material específico. Justamente por esta diversidade na aplicação,
existem uma gama de materiais que podem ser utilizados, cada um com suas
características e finalidades próprias, conforme descrito a seguir.
• Pedra – Mais utilizada na antiguidade, ainda hoje se usa em muros de
arrimo, fundações e muros aparentes, neste caso com finalidade também
estética.
Figura 3.1 : Alvenaria de pedra
• Bloco de concreto – Podem ser utilizados como alvenaria
de vedação ou alvenaria estrutural. Há uma grande variedade de tipos,
dimensões, formatos e materiais. Além dos tipos comuns, feitos com cimento e
pedrisco, existem os do tipo Estrutural, com maior resistência e feitos
especialmente para suportar carga.
Figura 3.2 : Bloco de concreto
• Bloco de Concreto Celular – Devido ao baixo peso e à facilidade de
manuseio, é usado não só para fechamento de vãos, mas também como
enchimento de lajes. É feito com uma mistura de cimento com
materiais silicosos, em especial o Silicato de Cálcio. Também conhecido como
“Pumex”.
• Tijolo de vidro – Devido ao preço, são usados em locais específicos,
para iluminar e também para conseguir determinados efeitos estéticos,
especialmente quando se usa iluminação projetada para tirar proveito da
luminosidade e características de reflexão do material.
Figura 3.3: Alvenaria de tijolo de vidro
• Tijolos de solo-cimento – Uma boa alternativa aos blocos de
concreto, ótima solução para habitações populares. Construções feitas com
solo-cimento resultam em ambientes com ótimo conforto térmico, devido à
grande massa da parede que lhe confere inércia térmica, ou seja, demora a
esquentar durante o dia, com o sol, e demora a esfriar durante a noite,
deixando mais estável a temperatura interna.
• Tijolo de barro cru – Também conhecido como “Adobe”, já foi muito
utilizado na antiguidade, mas hoje praticamente caiu em desuso, pois precisa
de cuidados especiais para resistir às intempéries.
• Tijolo de barro cozido – Também chamados de “Tijolinho” ou
“Tijolo comum”. Tem ótimo conforto térmico e certa resistência a
compressão chegando a suportar o peso de uma cobertura sem laje, mais a
mão de obra é mais demorada devido ao grande número de tijolos por metro
quadrado.
Figura 3.4: Tijolo de barro cozido
• Tijolo refratário – Um tipo especial de tijolo cozido, feito com argila
enriquecida de materiais que diminuem a retração mecânica quando exposto
ao forte calor. Funcionam também como isolantes térmicos.
• Tijolo laminado – Estes, por sua vez, são uma evolução do tijolo de
barro cozido, tendo maior resistência mecânica e menos porosidade, com
menor absorção de água. Por ser uniformes são indicados para alvenaria
aparente.
• Tijolo furado – Também chamados de “Tijolo baiano”, têm na parte
externa uma série de rachaduras para facilitar a aderência da argamassa de
revestimento e seu interior tem pequenos canais prismáticos (ou “furos”). Há
uma grande variedade de tijolos furados. Suas vantagens são a rapidez na
execução, baixo peso e preço acessível. Não é à toa que a paisagem típica dos
bairros de periferia são as casas inacabadas, mas com suas paredes de
tijolo furado à mostra.
Figura 3.5 : Tijolo de barro furado
4 EXECUÇÃO DA PAREDE
Uma das fases primordiais na execução na maioria das obras de
engenharia, compreende a execução de paredes em alvenaria, etapa esta a
qual deve ter sua execução norteada por consagradas técnicas que se
executadas de maneira adequada, traz como resultados uma execução com
qualidade, tempo e aparência mínimas desejáveis, evitando-se retrabalhos e
correções posteriores que possam inviabilizar seu custo e até mesmo utilização
posterior sem que se notem as conhecidas patologias decorrentes da má
utilização das citadas técnicas as quais mostraremos com um estudo de caso a
seguir.
4.1 - RELATÓRIO DE OBRA - ALVENARIA
Dados Gerais:
OBRA: ADEQUAÇÃO DE UM PRÉDIO PARA INSTALAÇÃO DE EMPRESA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO TERCEIRIZADA LOCAL: RUA MORAES DO REGO Nº 347 - V. INDUSTRIAL - ALUMÍNIO – SP. PROP.: COMPANHIA BRASILEIRA DE ALUMÍNIO. A atividade na área será a instalação de escritório, vestiários, banheiros e um setor de manutenção em equipamentos girantes com a utilização de rolamentos realizado por uma empresa licenciada pela SKF. LOCAÇÃO DE EMPRESA TERCEIRIZADA Área construída = 112 m² PAREDES: Serão constituídas por blocos de concreto aparente, conforme padrão do prédio existente.
Figura 4.1.1 Ante - Projeto
Figura 4.1.2 Preparação / corte
Figura 4.1.3 Levantamento dos cantos / extremos de referencia
Figura 4.1.4 Nivelamento com nível de bolha
Figura 4.1.5 Verificação e correção alinhamento vertical (Prumo)
Figura 4.1.6 Locação da linha de referência
Figura 4.1.7 Assentamento dos tijolos
5 LAJES
Lajes são elementos planos, em geral horizontais, com duas dimensões
muito maiores que a terceira, sendo esta denominada espessura. A principal
função das lajes é receber os carregamentos atuantes no andar, provenientes
do uso da construção (pessoas, móveis e equipamentos), e transferi-los para
os apoios.
As lajes podem constituir a cobertura de uma casa ou edifício. Em
construções com mais de um pavimento, vão formar o forro e o piso dos
andares, interferindo no acabamento.
Muitas vezes, mesmo havendo um telhado de telhas de barro, alumínio
ou fibrocimento cobrindo a residência, por baixo desta estrutura existe uma laje
de concreto, cuja função é aumentar o isolamento ou apenas servir como forro
para os ambientes.
A importância em escolher a laje mais adequada para cada construção
está diretamente relacionada à estética desejada, qualidade da obra, à
resistência, à durabilidade da sua estrutura, à economia de materiais e o custo
geral de execução.
• Lajes maciças
A laje maciça, ou moldada in loco, é totalmente construída na obra a
partir de uma fôrma, normalmente de madeira, na qual é montada a armadura
de vergalhões e telas e despejado o concreto. Depois de curar o concreto é
removida a forma.
Os pontos altos desse sistema são a menor suscetibilidade a trincas e a
fissuras, e a facilidade de vencer grandes vãos, além do acabamento liso da
parte inferior. Porém, as fôrmas exigem um consumo considerável de madeira;
a laje é mais pesada, o que exige mais do restante da estrutura, e o custo final,
normalmente, é mais alto. Nos edifícios usuais, as lajes maciças têm grande
contribuição no consumo de concreto: aproximadamente 50% do total.
As lajes maciças moldadas in loco também se dividem em alguns tipos:
A simples é a mais comum. Esta laje é formada por uma superfície plana
lisa na parte superior e inferior e se apóia nas vigas da construção.
Figura 5.1: Laje Maciça
Figura 5.2: Laje Maciça - ferragem da viga fundida estrutural.
Figura 5.3: Laje Maciça - Apoio com pontaletes / suporte metálicos e guias em chapuz em madeira.
Figura 5.4: Laje Maciça - Apoio com pontaletes / suporte metálicos e
guias e chapuz em madeira.
As lajes do tipo cogumelo são parecidas com as lajes simples, mas se
apóiam diretamente sobre os pilares. Como toda a carga da laje é transferida
para um ponto com pequena área (o topo do pilar), deve-se evitar o fenômeno
que chamamos de "punção", isto é, o risco de o pilar "furar" a laje como uma
agulha pode furar uma folha de papel. Assim, a área de contato entre laje e
pilar deve ser aumentada e reforçada. Em geral isso é feito com o aumento da
quantidade de ferro e da espessura da laje apenas nesse ponto, criando
"chapéus" sobre os pilares.
Figura 5.5 : Laje tipo cogumelo
• Laje nervurada
As lajes nervuradas apresentam uma das estruturas mais inteligentes,
quando nos referimos ao aproveitamento da resistência do material,
alcançando-se maiores vãos se comparado com as lajes convencionais. O
aproveitamento da resistência consiste no afastamento do concreto (material
pouco resistente a tração) das zonas tracionadas e concentração deste
material nas zonas comprimidas.
As lajes nervuradas podem ser armadas em uma ou em duas direções,
As nervuras são criadas através de inserção de material de enchimento,
geralmente isopor ou formas tipo cubetas.
Figura 5.6 : Laje nervurada.
Figura 5.7 : Laje nervurada.
• Laje caixão perdido
São lajes que apresentam elevada inércia se comparada com uma laje
convencional constituída com a mesma quantidade de material. Isso ocorre
devido ao afastamento do material resistente das regiões pouco solicitadas
pelos esforços (próximas à linha neutra), resultando em estruturas mais leves e
resistentes, podendo alcançar maiores vãos.
Sua concepção assemelha-se às lajes nervuradas em uma direção, se
diferenciando apenas por possuírem um fechamento inferior da estrutura,
proporcionando um melhor acabamento.
Figura 5.8 : Laje caixão perdido com concretubo.
• Lajes pré-moldadas
As pré-moldadas ou pré-fabricadas são as lajes que já chegam prontas
ou semi-prontas na obra. São compostas por placas ou painéis de concreto
preenchidos com materiais diversos a fim de formar um conjunto resistente.
Como vantagem, o sistema apresenta o custo acessível e a facilidade de
montagem. Além disso, dispensam a grande quantidade de madeira usada na
execução das lajes convencionais. A desvantagem está em eventuais
problemas de acabamento e na maior propensão a trincas. Entretanto, desde
que bem projetadas, são muito eficientes. Alguns dos tipos mais freqüentes de
lajes pré-fabricadas são:
• Lajes treliçadas com lajotas cerâmicas
São as mais baratas para vencer pequenos vãos. Pequenas vigotas de
concreto com uma armadura superior em forma de treliça são colocadas lado a
lado e o espaço entre elas é preenchido com lajotas cerâmicas. Após a
montagem, joga-se o concreto por cima dessa estrutura e o conjunto adquire
resistência. É talvez o sistema mais usado atualmente em pequenas
residências, mas deve-se tomar cuidado com as lajotas, que são frágeis e
podem quebrar durante o transporte, a montagem e a concretagem.
Figura 5.9 : Laje treliçada com lajotas cerâmicas
• Lajes treliçadas com isopor
São muito parecidas com o tipo anterior, mas o espaço entre as vigotas
de concreto é preenchido com blocos de isopor. São muito leves, de fácil
montagem e a instalação de canos e conduítes é muito simples. Entretanto não
se pode fazer furos na parte inferior dessas lajes e para que o acabamento
tradicional de chapisco e reboco possa aderir no isopor é necessária a
aplicação de cola especial.
Figura 5.10 : Laje treliçada com lajotas de isopor.
Figura 5.11 : Laje treliçada com lajotas de isopor e armadura de
distribuição
• Lajes de painéis treliçados
São compostas por painéis de concreto (mais largos do que as vigotas
usadas nos outros tipos de laje) que, na montagem, ficam encostados uns nos
outros, compondo a própria fôrma para o concreto. Esse sistema permite que
vãos maiores sejam vencidos. Além disso, pela resistência inicial dos painéis,
uma quantidade menor de madeira é necessária para o escoramento. Não é
necessário nenhum acabamento por baixo da laje, que já pode ficar aparente
pelo bom acabamento dos painéis, o que costuma agradar aos arquitetos.
Chega a ser em alguns casos 30% mais cara do que as lajes com lajotas
cerâmicas, mas apresentam uma qualidade muito superior. Ainda assim são
mais baratas do que as maciças.
Figura 5.12 : Laje painel treliçado.
• Lajes alveolares
Menos usadas em residências, são compostas por grandes painéis,
geralmente protendidos (ou seja, cuja armadura é constituída por cabos de aço
de alta resistência, tracionados e ancorados no próprio concreto), que vencem
vãos muito grandes. O transporte deve ser feito com guindastes, devido ao
grande peso. Por essas razões são pouco utilizadas em residências, que
normalmente têm vãos pequenos entre as vigas ou pilares. O custo para
estruturas de pequeno porte não é competitivo.
Figura 5.13 : Laje alveolar.
5.1 - RELATÓRIO DE OBRA - LAJES
Dados Gerais:
OBRA: Construção da Unidade da caixa Econômica Federal, agência Alumínio LOCAL: RUA RIO GRANDE DO SUL S/ Nº, LOTE 3Q.L - V. PEDÁGIO- ALUMÍNIO – SP. PROP.: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL Empreiteira executante - Teixeira Engenharia e Construtora Ltda, localizada na cidade de São Roque. Projeto: Aspen engenharia Ltda, localizada a R. Elvira Bruggin, 150 Londrina-Pr Eng. responsável - Anny Heratuka A atividade descrita a seguir consistiu no acompanhamento e visualização da preparação e lançamento da lajes no citado prédio.os realizado por uma empresa licenciada pela SKF. CONSTRUÇÃO Área construída = 252 m² LAJE: Executadas lajes em cerâmica e Maciça conforme ilustrações em anexo.
Figura 5.14 : Laje Cerâmica.
Figura 5.15 : Treliças.
Figura 5.16 : Ponteira da escora metálica.
Figura 5.17 : Escora metálica.
Figura 5.18 : Longarinas.
Figura 5.19 : Distribuição preliminar para centralização
Figura 5.20 : Distribuição com mudança de direcionamento pelo menor vão
Figura 5.21 : Semi engastes alternados
Figura 5.22 : Armadura negativa e de distribuição
Figura 5.23 : Visita a obra
Figura 5.24 : Visita a obra
6 COBERTURAS
As coberturas são estruturas que se definem pela forma, observando
as características de função e estilo arquitetônico das edificações. As
coberturas têm como função principal a proteção das edificações, contra a
ação das intempéries, atendendo às funções utilitárias, estéticas e econômicas.
Devem preencher as seguintes condições: impermeabilidade, leveza,
isolamento térmico e acústico, forma e aspecto harmônico com a linha
arquitetônica, dimensão dos elementos, textura e coloração, custo da solução
adotada, durabilidade e fácil conservação dos elementos.
Para a especificação técnica de uma cobertura ideal, o profissional deve
observar os fatores do clima (calor, frio, vento, chuva, granizo, neve etc.), que
determinam os detalhes das coberturas, conforme as necessidades de cada
situação.
Entre os detalhes a serem definidos em uma cobertura, deverá ser sempre
especificado, o sistema de drenagem das águas pluviais, por meio de
elementos de proteção, captação e escoamento, tais como:
6.1 RELATÓRIO DE OBRA - COBERTURA Dados Gerais:
- PROPRIETÁRIO: FABIO JOSE MIGLIONINI - SOROCABA / SP - RUA: CARLOS ORSI FILHO, 686 - IBITI DO PAÇO - NUMERO DE PROCESSO DA CONSTRUÇÃO: 4.545 / 99 - O TERRENO: 12 X 30 m - ÁREA - 267,18 m² DE ÁREA CONSTRUIDA. - LOTE: 75.
Nesta obra, verificou-se a construção de telhado do tipo pontaletado conforme
ilustrações em anexo.
Este tipo de telhado, é construído sem o uso de tesouras com o apoio dos
pontaletes nas estrutura de concreto, lajes e paredes inferiores.
Sendo uma construção residencial, as paredes internas e que oferecem os
apoios intermediários, tendo portanto um custo estrutural relativamente menor
em relação a estrutura com tesouras.
O pontalete trabalha à compressão e é fixado em um berço de madeira
apoiado na direção das paredes. Sendo assim, a laje recebe uma carga
distribuída.
Neste caso específico como as laje utilizada foi a maciça, os apoios foras
distribuídos de maneira aleatória, embora mal dimensionados conforme pode
se verificar pela selagem dos pontaletes de menor seção transversal.
Figura 6.1 : Visualização da distribuição dos pontaletes.
Figura 6.2 : Visualização do apoio das terças
Figura 6.3 : Visualização da distribuição dos pontaletes
Figura 6.4 : Vista geral beirais com tabeiras e testeiras.
Figura 6.5 : Vista da varanda apoiada em pilares de concreto
. Figura 6.6 : Vista da varanda apoiada em pilares de concreto
Obs.: pode se visualizar a colocação das duas ripas no final do beiral para compensar a diferença de altura da telha.
7 CONCLUSÃO
As obras inseridas neste relatório, apesar de não fazerem parte do
mesmo projeto, e não terem o mesmo padrão referente a tecnologia e
orçamento, foram e estão sendo conduzidas com a utilização de técnicas
consagradas (com algumas exceçòes no que pudemos visualizar na falta de
colocação de berçao e mão francesa nos pes dos pontaletes da cobertura de
telhas), de utilização comum na maioria das construções de conhecimento
geral, atestando portanto a efetividade dos processos de acompanhamento das
mesmas mesmo que esporadicamente fornecendo aos participantes do
processo de execução o conhecimento e experimentação essenciais ao sua
boa assimilação por parte dos alunos do curso de construção civil I, dando lhes
subsídio para promover quando de sua atuação no gerenciamento de obras
condições de prever e corrigir disparidades na aplicação das técnicas e
metodologia apresentadas nas aulas teóricas do cusro de construção civil I.
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFIA
• Alvenaria, condições técnicas de execução. MARTINS, JOÃO GUERRA. Disponível em: <http://www2.ufp.pt/~jguerra/PDF/Construcoes/Alvenarias.pdf> Acesso em: 06 de Outubro de 2011.
• Azeredo, Hélio Alves de, 1921 – O edifício até sua cobertura. São Paulo,
Edgard Blücher, 1997.
• Borges, Alberto de Campos, 1996 – Prática das pequenas construções, 8. Ed. – São Paulo, 1996.
• DE MILITO, J.A. Apostila de Técnicas de Construção Civil, 2009 346p. Publicação FACENS
• Estilo casa e imóveis. FORTE, FERNANDO. Disponível em: <http://casaeimoveis.uol.com.br/tire-suas-duvidas/arquitetura/quais-sao-os-tipos-de-laje-que-se-pode-usar-na-construcao-de-uma-residencia.jhtm> Acesso em: 06 de Outubro de 2011.
• Lajes de concreto armado. BITTENCOURT, TÚLIO. Disponível em:
<http://www.lmc.ep.usp.br/pesquisas/TecEdu/flash/Lajes-tipos.html > Acesso em: 06 de Outubro de 2011.
• Ripper Ernesto, 1912 – Como evitar erros na construção / Ernesto
Ripper. – 3.ed. – São Paulo: Pini, 1996