Álvaro de Campos- Dobrada a moda do porto

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Dobrada à moda do Porto Álvaro de Campos

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Dobrada à moda do Porto

Álvaro de Campos

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Tema

O O poema é um texto narrativo (v.1) “Um dia num restaurante” onde o sujeito poético pede “amor” mas recebe a dobrada á moda do Porto fria (v2) “serviram-me o amor como dobrada fria”, indignado sai do restaurante e vai passear (v.8/9) “Não comi, não pedi outra coisa, paguei a conta e vim passear.

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OEnquanto passeia o sujeito poético

aborda o passado com nostalgia e

felicidade (v.12-15) “Sei muito bem

que na infância de toda a gente

houve um jardim/ particular, privado

ou publico/ Sei muito bem que

brincarmos eramos dono dele/ E que

a tristeza é de hoje.”

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ONa ultima estrofe o sujeito poético fala que

necessitava de amor, mas não recebeu

(v.17-22) “ Mas se eu pedi amor porque me

trouxeram/ dobrada á moda do Porto fria?/

Não é prato que se possa comer frio/ mas

trouxeram-no frio/ Não me queixei, mas

estava frio/ Nunca se pode comer frio, mas

veio frio.

OO amor referido é aquele que as pessoas

não tem e que deveriam possuir e a

dobrada significa a atitude das pessoas .

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Linguagem de Álvaro de Campos

OIrregularidade estrófica e poética ao longo do poema

OEstrofes e versos longos

OVersos soltos

OAusência de linguagem expressiva

OSem repetições

OPontuação simples e pouco expressiva

OAusência de neologismos, topónimos ou empréstimos

OAusência de substantivos de fonemas

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Figuras de Estilo

OComparação- “Serviram-me o

amor como dobrada fria”-V.3

OAnáfora- “Que/Que”-V-$/5

OInterrogação retórica- “Quem sabe

o que isto quer dizer?”-V.10 e

“Porque é que me trouxeram

dobrada à moda do Porto fria?”-

V.18

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OMetáforas- “Sei muito bem que na

infância de toda a gente houve um

jardim/particular ou publico ou do

vizinho/ Sei muito bem que

brincarmos/era dono dele”-V.12-14,

“Mas se eu pedi amor”- V17

OHipérbole- “E vim passear para toda a

rua”-V.9

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Características

OEm geral o poema não sei insere em

nenhuma das fazes de Álvaro de campos,

sendo um texto narrativo o que não é habitual

a escrita de F.Pessoa ortónimo e Álvaro de

campos,

OPodemos associar o aparte (V.12-15) á fase

intimista, pois nela o Sujeito Poético aborda

tempos de infância, o que revela que está no

momento a atravessar uma má fase,

despertando assim a necessidade de

recordar os tempos melhores, neste caso a

infância.

ONeste poema temos presente o tédio

existencial e a necessidade de invasão.

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Conteúdo do poema

O1ª estrofe- O sujeito poético

encontra-se num restaurante fora do

tempo e espaço onde pede um

prato para compensar o desgosto e

o amor que necessita, no entanto

não encontra na dobrada o amor

que procurava.

O2ª estrofe- O sujeito poético

abandona o restaurante e evidencia

o facto que não ter recebido o amor

que procurava.

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O3ª estrofe- O sujeito porto encontra-se

confuso e através da pontuação estabelece

a ideia de continuidade.

O4ª estrofe- é o aparte onde o sujeito poético

relembra os tempos do passado

propiamente a infância, está presente a

nostalgia de infância, o jardim simboliza a

felicidade de infância, enquanto os dias de

hoje são tristes.

O5ª estrofe- É a conclusão onde o sujeito

poético resume a sua indignação e é mais

uma vez evidenciado que ele não recebeu

o amor.