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Departamento de GEOLOGIA Ano Internacional do Planeta Terra Foto de Carlos Marques da Silva Departamento de Geologia da FCUL CeGUL, CREMINER LA/ISR LATTEX LA/IDL Alterações climáticas Registos na rochas

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Departamento de

GEOLOGIA

Ano Internacional do Planeta Terra

Foto

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Departamento de Geologia da FCUL

CeGUL, CREMINER LA/ISRLATTEX LA/IDL

Alterações climáticas

Registos na rochas

Conferência

Paleomagnetismo, geoquímica dos carbonatos de capa do cratão amazónico (Brasil): implicações para as glaciações do Neoproterozóico

Eric FontCentro de Geofísica da Universidade de Lisboa, Laboratório Associado IDL.

21 de Maio, 17h00, sala 6.2.56GeoFCUL. Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Cidade Universitária.

Paleomagnetismo, geoquímica dos carbonatos de capa do cratão amazónico (Brasil): implicações para as glaciações do Neoproterozóico

Eric Font*Centro de Geofísica da Universidade de Lisboa, Laboratório Associado IDL.

No Neoproterozóico, a Terra pode ter passado por vários eventos de glaciação, sugeridos pela presença de sedimentos glaciogénicos

sistematicamente capeados por sequências carbonatadas (cap carbonates) em diversos continentes. Estudos paleomagnéticos indicam

que algumas destas sequências sedimentares se desenvolveram em ambientes de baixa latitude, levando a crer que as calotes de gelo

cobririam toda a superfície do Planeta. Esta hipótese, conhecida como “Terra, Bola de Neve” (Snowball Earth), evoca as mudanças climáticas

mais extremas da história da Terra, as quais poderiam ter levado à diversificação de formas de Vida que marcaram o início do Câmbrico. Os

estudos geocronológicos e isotópicos obtidos nos últimos anos identificam pelo menos três eventos glaciogénicos ao longo do

Neoproterozóico. Porém, a quantidade de dados paleomagnéticos disponíveis é insuficiente para testar o carácter global destas glaciações.

Ainda de acordo com o modelo Snowball Earth, o desgelo teria ocorrido de forma extremamente rápida. Faltam, entretanto, vínculos

temporais para o período inicial de deposição dos carbonatos de capa. O meio de deposição e as condições redox nas quais estas rochas se

depositaram são, igualmente, pouco estudados. As respostas para estas questões requerem uma quantidade maior de dados

paleomagnéticos e geoquímicos, atualmente limitados a alguns continentes.

Os dados paleomagnéticos obtidos para os carbonatos neoproterozóicos do Grupo Araras (~635 Ma), Mato Grosso, identificaram a

presença de uma magnetização primária, com várias inversões do campo magnético, determinada pela presença de hematite e magnetite

de origem detrítica. Estes resultados indicam uma deposição em ambientes de baixa latitude (±22°) para os sedimentos glaciogénicos

subjacentes. Os dados quimio- e magnetoestratigráficos comprovam o caráter primário das dolomites e indicam que essas rochas

precipitaram num ambiente raso, anóxico possivelmente influenciado pela atividade de bactérias sulfato-redutoras. A presença de várias 5

inversões do campo magnético sugere que a deposição levou mais de 10 anos, tempo consideravelmente maior do que previsto pelo

modelo Snowball Earth.

Font, E. (2008) Paleomagnetismo, geoquímica dos carbonatos de capa do cratão amazónico (Brasil): implicações para as glaciações do Neoproterozóico, in Mateus, A. (Coord.), Alterações climáticas: Registos nas rochas. Departamento de Geologia FCUL, Lisboa, pp. 3-4. Acessível em http://geologia.fc.ul.pt/documents/89.pdf, consultado em [data da consulta].

* e-mail: [email protected]

Paleoclimas: indicadores arquivados no registo estratigráficoAna C. Azeredo* & M. Cristina Cabral**Professora Associada com Agregação e Professora Auxiliar do GeoFCUL.

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A capacidade de identificar manifestações do clima nas rochas sedimentares e/ou no seu

conteúdo fossilífero, bem como a de desvendar sinais de modificações climáticas a diferentes

escalas temporais e espaciais, constituem um dos objectivos centrais dos estudos no vasto domínio

da Estratigrafia e uma contribuição indispensável para a compreensão da complexidade deste tipo

de processos à escala do Tempo Geológico. Tal objectivo é perseguido analisando diversos

aspectos e componentes do registo estratigráfico que são considerados climático-dependentes ou,

pelo menos, climático-sensíveis, sempre numa abordagem inter e pluridisplinar de molde a tentar

minimizar o facto das deduções se basearem, em parte, em análogos actuais, não

necessariamente transponíveis para os sistemas sedimentares e ecossistemas do Passado; na

inferência de características não corroboráveis pela observação directa; ou em dados incompletos,

pela natureza intrinsecamente descontínua do registo fóssil.

Em termos de processos e causas globais, as variações do clima ao longo da História da Terra

relacionam-se, sobretudo, com: variações eustáticas e relativas do nível do mar, variação da

configuração, orientação e latitude dos continentes (deriva dos continentes), formação de cadeias

de montanhas, mudanças no percurso das correntes oceânicas e atmosféricas, crescimento e

fusão de calotes glaciárias, variações da composição da atmosfera, variações da intensidade da

radiação solar, oscilações dos parâmetros orbitais da Terra, modificações na biosfera. O registo

geológico traduz a dinâmica de todos estes factores e suas interacções. No presente texto não se

pretende abordar os processos globais; referem-se, apenas, alguns dos principais exemplos de

evidências com significado paleoclimático arquivadas nas séries sedimentares. Em qualquer caso, o

reconhecimento dessas evidências pode ser regional (permitindo apenas inferir certos parâmetros

ou fazer reconstituições paleoclimáticas para essa região) ou pôr em evidência uma distribuição

específica à escala do Globo, propiciando reconstituições paleogeográficas mais abrangentes

(contributos para definição de faixas latitudinais, disposição dos continentes versus áreas oceânicas,

circulação dos ventos, etc).

Os indicadores paleoclimáticos contidos no registo estratigráfico repartem-se por dois grupos

principais: sedimentos/rochas (composição litológica e mineralógica, cor, estruturas deposicionais

ou erosivas, aspectos geoquímicos, etc) e fósseis/icnofósseis (tipo de organismos, associações,

morfologias ou modificações particulares das suas partes mineralizadas ou dos vestígios da

actividade orgânica, etc). Quanto ao primeiro grupo, são especialmente úteis: carvões, evaporitos,

formações vermelhas, rochas carbonatadas, paleossolos, formas de erosão e de acumulação

glaciogénicas, depósitos eólicos. A ocorrência de volumes importantes de carvões indica

condições de acentuadas humidade e pluviosidade, com deficiente escoamento, mais

frequentemente em clima quente (desde que haja rápido soterramento da matéria orgânica) mas

também frio; o estudo da matéria orgânica, dos pólenes, esporos e, no caso das Angiospérmicas, do

tipo de folhas (tamanho, forma, contorno contínuo ou recortado das margens) poderá elucidar

quanto à paleotemperatura, luminosidade solar, sazonalidade, independentemente da

comparabilidade dos taxa com formas próximas actuais. A conhecida análise dos anéis das árvores,

embora útil, tem uma aplicabilidade temporal muito restrita, em termos geológicos.

Os testemunhos de sedimentação ou movimentação de massas glaciares tem óbvio

interesse paleoclimatológico. Por contraste, depósitos espessos de rochas evaporíticas, isto é,

constituídas por minerais que precipitam de águas salinas sujeitas a forte evaporação, traduzem

clima árido quente e seco, persistente (ligado a controlo latitudinal ou a continentalização). A cor

vermelha dos sedimentos continentais está associada a remobilização do ferro em condições

oxidantes e pluviosidade sazonal, podendo a composição mineralógica e o tipo de estruturação

dos mesmos reflectir o regime de pluviosidade dominante (quente e seco, com precipitação

concentrada esporádica, ou quente e húmido, muito pluvioso). Nos paleossolos, sempre com

interesse pelo menos relativo à paleo-meteorização, destacam-se os carbonatados (calcretos)

como excelentes evidências de zonas sujeitas a exposição subaérea em regimes quentes, com

sazonalidade marcada e estação seca dominante. Por outro lado, a maioria das rochas

carbonatadas forma-se em ambientes marinhos, sendo predominantemente associáveis a mares

quentes, com boa luminosidade, em latitudes tropicais e subtropicais; o estudo especializado torna

possível distinguir estes e outros tipos menos comuns de calcários, formados em águas mais frias,

aumentando assim o valor destas rochas como indicadores de parâmetros paleoclimáticos.

As rochas carbonatadas e argilosas são as rochas fossilíferas por excelência (constituem

excepção certas rochas siliciosas, também ricas em fósseis) pelo que é diversa, também, a

informação que deriva dos fósseis nelas preservados. Assim, por exemplo, a presença de fósseis de

algas verdes ou vermelhas é muito relevante do ponto de vista da informação sobre a temperatura e

a luz solar do meio aquático; certos corais fornecem indicações de variações climaticamente

induzidas no meio ambiente, através do registo físico do desenvolvimento dos seus esqueletos e de

assinaturas geoquímicas neles retidas. Muitos outros grupos, sobretudo marinhos, quer de macro-

organismos (por exemplo, moluscos) quer de micro-organismos (por exemplo, foraminíferos e

ostracodos) permitem também, pela simples presença de determinadas espécies/géneros,

caracterizar o clima e exibem diferenças na espessura, ornamentação, morfologia, composição 18 16

mineralógica ou isotópica ( O/ O) das suas conchas, carapaças ou esqueletos, relacionáveis com

factores directa ou indirectamente modulados pelo clima, como a paleotemperatura, a

paleossalinidade, a interacção oceano-atmosfera.

Azeredo, A.C. & Cabral, M.C. (2008) Paleoclimas: indicadores arquivados no registo estratigráfico, in Mateus, A. (Coord.), Alterações climáticas: Registos nas rochas. Departamento de Geologia FCUL, Lisboa, pp. 5-7. Acessível em http://geologia.fc.ul.pt/documents/89 .pdf, consultado em [data da consulta].

* e-mail: [email protected] ; http://geologia.fc.ul.pt/artigo.php?id_artigo=43** e-mail: [email protected] ; http://geologia.fc.ul.pt/artigo.php?id_artigo=45

Nanoplâncton calcário, paleoprodutividade oceânica e alterações climáticasMário Cachão*Professor Auxiliar com Agregação do GeoFCUL.

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Um fervoroso adepto da hipótese Gaia (Lovelock, 2000) dirá que o nanoplâncton calcário foi

uma invenção pós-Pangea dos oceanos deste planeta, em resposta ao acentuado efeito de estufa

e elevados valores de CO da sua atmosfera mesozóica. Ora, abstraindo do facto dos dinossáurios 2

não terem deixado espaço ecológico ao pleno desenvolvimento dos mamíferos (nós incluídos),

efectivamente nem tudo foi mau no Mesozóico: os oceanos produziram enormes quantidades de

cré. A fina poeira carbonatada que se destaca desta rocha e teima em ficar agarrada aos dedos é,

na realidade, fruto da laboriosa síntese bioquímica (e arquitectural) de Cocolitóforos, componente

maioritário das algas unicelulares que constituem o nanoplâncton calcário. Significa isso que o giz é

fundamentalmente constituído por microfósseis? É verdade. Na época ante-Powerpoint, a

transmissão de conhecimento, em contexto de sala de aula, era veiculada por símbolos

desenhados com nanofósseis calcários contra o que já foi, ele próprio, se ardósia genuína,

sedimento oceânico rico em matéria orgânica, transformado pela prensa orogénica que deu

origem, nalguns casos, à própria Pangea.

Mas o cré significa, igualmente, azáfama na produção de Cocolitóforos, numa altura em que

o Planeta se encontrava globalmente mais quente e liberto, na maior parte do tempo, de glaciares.

À semelhança do que já aconteceu no passado, nomeadamente no Cretácico (de cré), será que

podemos continuar a contar com estas nano-biofábricas para minimizar os excessos febris do

Planeta, desta feita, uma reacção alérgica aos escapes e chaminés da era industrial? Trabalho

recente (Iglesias-Rodriguez et al., 2008) vem dar essa esperança demonstrando, laboratorialmente,

existir um acréscimo de carbonato de cálcio nos invólucros calcíticos (cocólitos) das suas células, em

resposta ao aumento de CO atmosférico. Ao incrementarem a sua robustez mineral, não só 2

aumentam as suas hipóteses de ficar no registo fóssil como favorecem, de modo natural e

persistente (pelo menos, à escala temporal humana), a transferência de CO dos reservatórios 2

atmosfera e hidrosfera para a litosfera.

Por falar em registo fóssil, se nos debruçarmos, literalmente, sobre arquivos sedimentares

marinhos recentes, quaternários, verifica-se que existe maior probabilidade em se observarem

fósseis produzidos por organismos que proliferaram em condições climáticas globalmente mais frias

(períodos glaciários) que quentes (interglaciários, como o actual Holocénico). Em plena guerra-fria,

enquanto se temia o Inverno Nuclear, o Planeta foi sorrateiramente aquecendo. Agora que se teme

o Aquecimento Global será que retornarão ao largo da Ibéria, uma vez mais, armadas de icebergs

(vide Narciso et al., 2006), durante os eventos ditos de Heinrich?

Referências bibliográficas

Lovelock, J. (2000) Gaia. A new look at life on Earth. Oxford University Press, 147 pp.

Iglesias-Rodriguez, M.D.; Halloran, P.; Rickaby, R.; Hall, I.; Colmenero-Hidalgo, E.; Gittins, J.; Green, D.;

Tyrrell, T.; Gibbs, S.; von Dassow, P.; Rehm, E.; Armbrust, E.V. & Boessenkool, K. (2008)

Phytoplankton calcification in a High-CO world. Science, 320: 336-340.2

Narciso, A.; Cachão, M. & de Abreu, L. (2006) Coccolithus pelagicus subsp. pelagicus versus

Coccolithus pelagicus subsp. braarudii (Coccolithophore, Haptophyta): A proxy for surface

subarctic Atlantic waters off Iberia during the last 200 kyr. Marine Micropaleontology, 59: 15 34.

Cachão, M. (2008) Nanoplâncton calcário, paleoprodutividade oceânica e alterações climáticas, in Mateus, A. (Coord.), Alterações climáticas: Registos nas rochas. Departamento de Geologia FCUL, Lisboa, pp. 8-9. Acessível em http://geologia.fc.ul.pt/documents/89.pdf, consultado em [data da consulta].

* e-mail: [email protected] ; http://geologia.fc.ul.pt/artigo.php?id_artigo=50

Grutas, estalagmites e paleoclimasJosé Crispim*Professor Auxiliar do GeoFCUL.

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Desde tempos imemoriais que o Homem relaciona as grutas com o passado. Os mistérios

sobre a sua origem e sobre os segredos que encerram levou curiosos, aventureiros e cientistas a

investigarem esses espaços húmidos, escuros e inóspitos. Ao longo da História, essa investigação não

tem parado de surpreender, sobretudo aqueles que se dedicam às ciências da Terra, mas também

biólogos e arqueólogos.

Dependendo da existência de rochas carbonatadas ou evaporíticas e da circulação de

água na massa rochosa, a formação das grutas pode ser tão antiga como a época de exposição

dos primeiros calcários formados nos tempos remotos do Precâmbrico. Se é pouco provável que

alguma dessas eventuais antigas grutas esteja hoje acessível ao Homem, tal como as formadas nos

tempos paleozóicos ou durante grande parte do Cenozóico, também é verdade que elas

constituem fenómenos paleocársicos fossilizados por sedimentos cujas características permitem

identificar muitos dos factores físicos prevalecentes durante a época da sua deposição, com a

particularidade de, ao contrário de muitos outros sedimentos, fornecerem, em geral, indicações

sobre as condições vigentes em ambiente continental.

As grutas são, na realidade, palimpsestos de grande valor para paleontólogos e arqueólogos

onde também ficam arquivados sinais abundantes das modificações regionais em termos de

hidrologia, morfologia, tectónica, sismicidade, eustatismo, fauna, flora e clima, a que se junta a

evolução do Homem. As grutas são, por isso, muito importantes do ponto de vista científico, desde as

mais pequenas até aos grandes sistemas de grutas interligadas, como aqueles em que a extensão

total perfaz mais de 500 km (Flint-Mammoth, Kentucky, EUA) ou cuja profundidade ultrapassa os 2000

m (Krubera, Geórgia).

Para o grande público as grutas são conhecidas sobretudo pelos morcegos que as habitam,

pelas pinturas rupestres que o Homem pré-histórico imprimiu nas suas paredes ou pelas estalactites e

estalagmites das grutas turísticas. E, se alguns seres se podem ter refugiado nas grutas para fugir a

alterações climáticas mais súbitas e o próprio Homem as utilizou também como abrigo nos períodos

mais agrestes do Quaternário, foi precisamente nas estalagmites que as principais marcas das

modificações climáticas ficaram registadas.

Em Portugal, encontram-se águas superficiais e subterrâneas com concentrações em As

superiores ao valor legislado quer em regiões onde ocorrem mineralizações auríferas e de sulfuretos,

quer nos sistemas hidrotermais de alta temperatura no Arquipélago dos Açores. No primeiro caso, os

processos de oxidação de sulfuretos e de desadsorção de óxidos e hidróxidos de ferro são

apontados como os principais responsáveis por elevadas concentrações de As nas águas, algumas

das quais captadas para consumo humano. Nos sistemas hidrotermais associados aos vulcões

activos dos Açores as concentrações em As são elevadas, como resultado da dissolução de rochas

vulcânicas a alta temperatura, contribuição de As volátil de origem vulcânica e ocorrência de

ambientes redutores, devido à dissolução de H S gasoso.2

Quando se proporcionou datar a idade de formação dos carbonatos por métodos físico-

químicos, as estalagmites revelaram grande potencial. Particularmente os métodos ESR e U/Th têm

beneficiado das mais recentes inovações tecnológicas, aumentando a precisão e a resolução e

fazendo redobrar o interesse pelas estalagmites. É do senso comum que as estalagmites maiores

terão mais idade que as mais pequenas, sendo também óbvio que a sua estrutra se assemelha à

dos troncos de árvore e, portanto, a possibilidade de uma abordagem análoga é evidente. Quando

o guia de uma gruta turística, frente a uma estalagmite com 2 m de altura, certifica que ela tem 2000

anos, não faz ideia de que ela pode na realidade ter 50 a 200 vezes mais. De facto, sabe-se hoje que

as estalagmites não crescem sempre ao mesmo ritmo, podem parar de crescer e a sua altura pode

até diminuir, por erosão, para de novo voltar a crescer. No entanto, estudos estatísticos em algumas

estalagmites mostram que nos períodos de crescimento a altura das estalagmites aumenta entre 1 e

4 cm/ka.

No estudo do Quaternário as estalagmites são, de par com os testemunhos das sondagens

nos sedimentos oceânicos e nos gelos polares ou com os corais, um meio de enorme importância

no estudo dos paleoclimas do último período da História da Terra. As estalagmites formam-se nas

grutas devido à libertação do CO das águas de infiltração com elevados teores de anidrido 2

carbónico resultante dos solos de cobertura. O crescimento das estalagmites exige, portanto, a

existência de solos com elevada pressão de CO e recarga positiva de água subterrânea. Ora, as 2

determinam estas circunstâncias são a temperatura e a pluviosidade, directamente relacionáveis

com o clima.

O ritmo de crescimento pode por si só ser um proxy para a temperatura ou pluviosidade ou

combinação de ambos. A simples contagem baseada no crescimento anual das laminações,

cruzada com datação seriada com o U/Th, pode fornecer indicações sobre ritmos de crescimento,

hiatos e fenómenos de erosão até cerca de 500.000 anos BP. O estudo das laminações das

estalagmites aribuídas ao crescimento anual pode ser feito usando luz visível ou através da

fluorescência estimulada com UV.

Mas há evidências de que pode ocorrer laminação química mesmo na ausência de

laminação visível. Os sinais climáticos são transmitidos a partir da superfície de forma modificada

através da química da água no epicarso e na zona vadosa até ao ambiente subterrâneo, onde são

codificados nas estalactites e estalagmites. Os isótopos naturais de hidrogénio, carbono e oxigénio e

os elementos traço são habitualmente analisados para fornecerem indicações sobre as variações

nos parâmetros físicos que presidiram à formação das estalagmites, mas os elementos traço

permitem maior resolução. Com amostragem de pequeno diâmetro ou ablação laser consegue-

se resolução de 3 a 5 anos, mas o desenvolvimento de microanalisadores isotópicos com resolução

de alguns micra permite analisar variações anuais, e mesmo sazonais, de Sr, Mg, Ba, Na e P.

Por exemplo, o Mg é proveniente da dolomite mas também dos oceanos e a razão Mg/Ca

aumenta durante ou imediatamente após os períodos secos, o mesmo acontecendo com a razão

Sr/Ca. A variação anual de P pode estar relacionada com as variações da concentração de fosfatos

na água de percolação que deverá ser relacionada com a maior degradação da vegetação

durante o Outono combinada com elevada infiltração

A utilização dos vários proxies exige uma interpretação do seu comportamento, que se pode

basear no estudo da evolução actual da química da água das grutas de acordo com as variações

ocorridas à superfície do maciço. Por outro lado, a escolha das estalagmites a utilizar num estudo

paleoclimático exige um perfeito conhecimento da sua relação com a evolução da gruta e do

maciço cársico em que se insere.

* e-mail: [email protected] ; http://geologia.fc.ul.pt/artigo.php?id_artigo=126

Geologia na FCUL: Síntese informativa

Na FCUL, as actividades de investigação, formação (graduada e pós-graduada) e de prestação de serviços na Área Científica de Geologia têm longa tradição, sendo há muito reconhecidas a nível nacional e internacional. O percurso empreendido desde a fundação da FCUL permitiu, não só firmar e desenvolver competências em diferentes áreas do Saber, como ainda conquistar espaços próprios de mercado que possibilitam níveis relativamente elevados de recrutamento e de colocação dos seus graduados.

Como resultado deste percurso, a experiência acumulada e transmitida, bem como o espólio documental e instrumental obtido, é digno de apreço. São, pois, muito numerosos os exemplos de projectos de investigação financiados a nível nacional e internacional em diferentes áreas do conhecimento, bem como as prestações de serviço a um largo espectro de empresas (públicas e privadas) trabalhando em diversos sectores da actividade económica.

São também dignas de menção as diversas cooperações nacionais e internacionais estabelecidas com instituições académicas e de investigação que se reflectem fundamentalmente em propostas comuns de projectos de investigação, mas que se pretende que venham a assumir no futuro próximo papel dinamizador de processos de mobilidade educativa. São, igualmente, longas as listas de publicações e de outras contribuições para o avanço do conhecimento científico e tecnológico, contando com a participação de diversas gerações de docentes / investigadores.

Destacam-se ainda as largas dezenas de teses de mestrado e doutoramento na Área Científica de Geologia, para além de muitas centenas de relatórios de estágio.

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Formação

Graduada (1º Ciclo)

A Licenciatura em Geologia (Ramos Geologia e Recursos Minerais e Geologia Aplicada e do Ambiente) em vigor estrutura-se em quatro anos (240 créditos) e tem como objectivo primordial o desenvolvimento das competências necessárias ao desempenho qualificado e versátil da profissão de geólogo em diferentes domínios de actividade. Inscreve-se, por isso, nas formações de Ensino Superior de nível 5 (ISCED), habilitando ao exercício da profissão de geólogo.

No que diz respeito às questões relacionadas com “Alterações Climáticas; registos nas rochas”, a Licenciatura em Geologia não integra qualquer unidade curricular específica, mas o conhecimento base necessário a muitas intervenções neste domínio é tratado com diferentes níveis de profundidade em diversas disciplinas (e.g. Geoquímica, Paleontologia, Estratigrafia e Geoistória, Ambientes Sedimentares, Ciclos Geoquímicos e Sistemas Terrestres e Desenvolvimento Sustentável).

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Formação

Pós-Graduada

Curso Pós-Graduado de Especialização em Geologia Aplicada

Criado em 2005, este curso tem duração de 1 ano (60 créditos) e visa o desenvolvimento de competências, métodos e técnicas específicas em áreas concretas de aplicação do conhecimento geológico e em contexto real de trabalho. Procura, igualmente, reforçar e exercitar a capacidade de aprendizagem autónoma, possibilitando também a integração em equipas multidisciplinares que perseguem objectivos comuns.

A estrutura curricular afecta ao Curso representa uma oportunidade de treino e de inserção em contextos reais de trabalho, fortalecendo a interacção entre as actividades de ensino e de investigação universitárias e o tecido institucional científico-tecnológico, industrial e empresarial do País.

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Formação

Pós-Graduada

Programa de Mestrado em Geologia do Ambiente, Riscos Geológicos e Ordenamento do Território (2º ciclo)

Este programa representa a evolução lógica da especialidade em Ambiente, Riscos Naturais e Ordenamento do Território afecta ao Programa de Mestrado em Geologia que, por sua vez, expandiu parte da formação oferecida no extinto Mestrado em Geologia Económica e Aplicada. Incorpora ainda a iniciativa concretizada em 2005/06 e 2006/07 através da oferta do Curso Pós-Graduado de Actualização em Sistemas de Informação Geográfica Aplicados às Ciências da Terra.

O Programa de Mestrado em Geologia do Ambiente, Riscos Geológicos e Ordenamento do Território desenvolve-se ao longo de 1,5 anos (90 créditos) e tem por objectivos específicos a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos teóricos e práticos (incluindo trabalho de campo): l necessários à análise multi-escala e integrada dos processos, produtos e sistemas geológicos e geomorfológicos, em particular os que se afiguram pertinentes a estudos de impacte ambiental; l indispensáveis à caracterização, monitorização e avaliação da perigosidade e risco geológico nas suas diversas expressões; l fundamentais ao reconhecimento das diversas implicações e aplicações do conhecimento geológico no contexto das Mudanças Globais; l requeridos pela procura de soluções inovadoras ou de maior eficiência para problemas correntes ou a identificar em diversos contextos geológicos; e l imprescindíveis ao desenvolvimento de competências para a prática autónoma de investigação.

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Formação

Pós-Graduada

Programa de Mestrado em Geologia (2º ciclo)

Este Programa conta com três áreas de especialização (Estratigrafia, Sedimentologia e Paleontologia; Geologia Estrutural; Geoquímica, Mineralogia e Petrologia) e representa a evolução lógica da especialidade em Geodinâmica afecta ao Programa de Mestrado em Geologia e oferecida pela primeira vez em 2006/07 que, por sua vez, expandiu parte da formação oferecida no extinto Mestrado em Geologia Dinâmica. Incorpora ainda a iniciativa concretizada pela primeira vez em 2005/06 através da oferta do Curso Pós-Graduado de Actualização em Petrologia (THERMOCALC Utilização em Geotermobarometria e Cálculo de Diagramas de Fase).

O Programa de Mestrado em Geologia desenvolve-se ao longo de 1,5 anos (90 créditos) e tem por objectivos específicos a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos teóricos e práticos (incluindo trabalho de campo): l necessários à análise multi-escala e integrada da constituição, organização e interacção (dinâmica) dos sistemas geológicos; l indispensáveis ao reconhecimento das diversas implicações e aplicações do conhecimento geológico, designadamente na elucidação dos Ciclos Orogénicos; e limprescindíveis ao desenvolvimento de competências para a prática autónoma de investigação.

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Formação

Pós-Graduada

Programa de Doutoramento (3º ciclo)

Este Programa de três anos tem como propósito fundamental consolidar e aprofundar níveis de competência para investigação autónoma em diferentes áreas do conhecimento geológico e/ou domínios de interface com outras áreas do Saber.

Como áreas de especialidade relacionadas com o tema “Alterações Climáticas” destacam-se a Paleontologia e Estratigrafia, Geodinâmica Externa, Sedimentologia, Geologia Económica e do Ambiente e Geoquímica.

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Produção científica / Teses de Mestrado

(Últimos 10 anos)

Parente, A. (2002) Contribuição para o estudo morfométrico de Nanofósseis calcários. Resposta morfométrica de Coccolithus pelagicus aos estádios glaciários e interglaciários, durante os ultimos 4 Ma. Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa, 158 pp.

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Produção científica / Dissertações de Doutoramento

(Últimos 10 anos)

Andrez, F. N. H. (2007) As variações climáticas dos últimos 30 000 anos e sua influência na evolução ambiental dos sistemas costeiros do norte de Portugal. Doutoramento em co-tutela entre a Universidade de Lisboa e a Universidade Bordeaux I, 303 pp.

Parente, A. (2006) Morfometria aplicada ao cocolitóforo Coccolithus pelagicus (s.l.) à escala do Atlântico Norte, para os últimos 6 Ma. Implicações paleoceanográficas e paleoecológicas da presença de distintos morfótipos. Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa, 189 pp.

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Produção científica / Publicações relevantes

(Últimos 10 anos)

Alday, M.; Cearreta, A.; Cachão, M.; Freitas, M.C.; Andrade, C.; Gama, C. (2006) Micropaleontological record of Holocene estuarine and marine stages in the Corgo do Porto rivulet (Mira River, SW Portugal). Estuarine, Coastal an Shelf Science, 66: 532-543.

Andrade, C.; Freitas, M.C.; Brito, P.; Amorim, A.; Barata, A. & Cabaço, G. (2006) Estudo de Caso da Região do Sado. Zonas Costeiras. In: Santos, F.D.; Moita, R. & Miranda, P. (Eds). Alterações Climáticas em Portugal, Cenários, Impactos e Medidas de Adaptação, Projecto SIAM II, Gradiva, Lisboa, pp. 423-438.

Andrade, C.; Freitas, M.C.; Cachado, C.; Cardoso, A.C.; Monteiro, J.H.; Brito, P. & Rebelo, L. (2002) Coastal Zones. In: Santos, F. D.; Forbes, K. & Moita, R. (Eds). Climate Change in Portugal. Scenarios, Impacts and Adaptation Measures. Gradiva, pp. 173-219.

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Câmara Municipal de Sintra

2008 - Impacte das Alterações Climáticas no Concelho de Sintra (Sector Zonas Costeiras). Protocolo de Cooperação CMS (Câmara Municipal de Sintra)/FFCUL/ICAT.

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Comemorações do AIPT 2008 no GeoFCUL

Alterações Climáticas: Registos nas rochas

Ficha técnica:

Como citar este documento:

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Coordenação

Design gráfico e execução

Imagens

António Mateus.

Carlos Marques da Silva.

Carlos Marques da Silva; Teresa Azevedo.

Mateus, A. (Coord.) (2008) Alterações Climáticas: Registos nas rochas.Departamento de Geologia FCUL, Lisboa. Acessível em http://geologia.fc.ul.pt/documents/89.pdf, consultado em [data da consulta].

Abril de 2008 Mais informações em: http://geologia.fc.ul.pt/index.phpParacelso