Alterações cadavéricas

18
MORTE SOMÁTICA E ALTERAÇÕES CADAVÉRICAS CONSIDERAÇÕES GERAIS Mesmo que o homem viva com a conciência de ser mortal, o inconciênte resiste à morte. Nada mais desolador que falar isso aos vivos. Os médicos temem mais a morte que os pacientes, pois estes estão envoltos no véu da esperança. O conteúdo programático das diversas disciplinas do curso médico, tradicionalmente oferecido nas escolas, traz raras informações sobre o estudo da morte, e daí o impacto emocional ante o primeiro caso clínico fatal, no qual o médico se vê direta ou indiretamente envolvido. Mesmo sendo seu primeiro contato com o morto, nas aulas de anatomia, o corpo humano inanimado costitui simplismente uma máquina cujas as peças devem ser conhecidas para a obtenção da aprovação em exames de anatomia. Sua intimidade com o cadáver volta-se para o mundo das estruturas, esquecendo que aquele corpo teve vida , brincou , viveu, amou e sofreu, morrendo triste e abandonado, sem um pranto de ternura ou desespero, sem a luz tremulante de uma vela que o iluminasse em sua última viagem. Sabem apenas que a história dequele corpo desconhecido se confunde com a de todos os abandonados: uma história coletiva. Tem apenas um nome - cadáver desconhecido, assim chamado porque a vida o envolveu no anonimato. A sensibilidade da vida é contrária à sensibilidade da morte. Essa despesonalização se prolonga até as necropsia de patologia, onde se começa a associar ao cadáver alguns dados clínicos. Já na clínica médica, o contato com o ser vivo é mais estreito, através da história já se começa a conhecer um nome , seus problemas e seus sofrimentos. Medita-se o coração, vigia-se o sofrer e enxuga-se o pranto. Assim começa o estudante a descobrir o segredo da esperança.Nesta fase participam da agonia que pode preceder a morte. Aquela experiência fria e impessoal dos primeiros anos passa a ser substituída por um relacionamento mais estreito e mais pessoal. Mais a lembrança das aulas de anatomia marca decisivamente no estudate uma atitude de insensibilidade e indiferença, principalmente diante dos pacientes considerados incuráveis ou em seus últimos momentos de vida. Isso nos leva a crer na necessidade de trazer, desde o início da carreira do futuro médico, um contato com seres humanos, e não apenas com matérial inerte não identificado com o processo vital. Sabe-se que o grande exito médico consiste no diagnóstico brilhante e na terapêutica eficaz. Sua maior gratificação reside na reabilitação integral do paciente. Quando a situação do doente se agrava e a morte se torna iminente, experimenta o médico uma sensação de fracasso anti a si próprio e os circunstantes. Sua vontade é de se afastar cada vez mais do espetáculo da morte. Dificilmente um clínico assiste à morte de seu paciente. O maior espantalho do cirurgião é a “ mors in tabula “. O médico, diante da morte, comporta-se diferentemente, de acordo com a sua própria idade e experiência, e ainda consoante a diversas situações. O médico jovem, quando enfrenta uma enfermidade fatal, o faz com grande agressividade, procurando combatê-la através de todos os recursos, possíveis e impossíveis, numa tentativa heróica e desesperada de salvar uma vida.

Transcript of Alterações cadavéricas

Page 1: Alterações cadavéricas

MORTE SOMÁTICA E ALTERAÇÕES CADAVÉRICAS CONSIDERAÇÕES GERAIS Mesmo que o homem viva com a conciência de ser mortal, o inconciênte resiste à morte. Nada mais desolador que falar isso aos vivos. Os médicos temem mais a morte que os pacientes, pois estes estão envoltos no véu da esperança. O conteúdo programático das diversas disciplinas do curso médico, tradicionalmente oferecido nas escolas, traz raras informações sobre o estudo da morte, e daí o impacto emocional ante o primeiro caso clínico fatal, no qual o médico se vê direta ou indiretamente envolvido. Mesmo sendo seu primeiro contato com o morto, nas aulas de anatomia, o corpo humano inanimado costitui simplismente uma máquina cujas as peças devem ser conhecidas para a obtenção da aprovação em exames de anatomia. Sua intimidade com o cadáver volta-se para o mundo das estruturas, esquecendo que aquele corpo teve vida , brincou , viveu, amou e sofreu, morrendo triste e abandonado, sem um pranto de ternura ou desespero, sem a luz tremulante de uma vela que o iluminasse em sua última viagem. Sabem apenas que a história dequele corpo desconhecido se confunde com a de todos os abandonados: uma história coletiva. Tem apenas um nome - cadáver desconhecido, assim chamado porque a vida o envolveu no anonimato. A sensibilidade da vida é contrária à sensibilidade da morte. Essa despesonalização se prolonga até as necropsia de patologia, onde se começa a associar ao cadáver alguns dados clínicos. Já na clínica médica, o contato com o ser vivo é mais estreito, através da história já se começa a conhecer um nome , seus problemas e seus sofrimentos. Medita-se o coração, vigia-se o sofrer e enxuga-se o pranto. Assim começa o estudante a descobrir o segredo da esperança.Nesta fase participam da agonia que pode preceder a morte. Aquela experiência fria e impessoal dos primeiros anos passa a ser substituída por um relacionamento mais estreito e mais pessoal. Mais a lembrança das aulas de anatomia marca decisivamente no estudate uma atitude de insensibilidade e indiferença, principalmente diante dos pacientes considerados incuráveis ou em seus últimos momentos de vida. Isso nos leva a crer na necessidade de trazer, desde o início da carreira do futuro médico, um contato com seres humanos, e não apenas com matérial inerte não identificado com o processo vital. Sabe-se que o grande exito médico consiste no diagnóstico brilhante e na terapêutica eficaz. Sua maior gratificação reside na reabilitação integral do paciente. Quando a situação do doente se agrava e a morte se torna iminente, experimenta o médico uma sensação de fracasso anti a si próprio e os circunstantes. Sua vontade é de se afastar cada vez mais do espetáculo da morte. Dificilmente um clínico assiste à morte de seu paciente. O maior espantalho do cirurgião é a “ mors in tabula “. O médico, diante da morte, comporta-se diferentemente, de acordo com a sua própria idade e experiência, e ainda consoante a diversas situações. O médico jovem, quando enfrenta uma enfermidade fatal, o faz com grande agressividade, procurando combatê-la através de todos os recursos, possíveis e impossíveis, numa tentativa heróica e desesperada de salvar uma vida.

Page 2: Alterações cadavéricas

O de meia-idade aceita racionalmente as implicações da morte, afastando-se do significado, e quando diante de um caso perdido, torna sua presença cada vez mais rara e mais fortuita. Finalmente o médico de idade avançada, por um longo e penosso processo de concientização, convence-se de que a morte é um fenômeno inevitável. Para uns, parece ser ele um insensível ante o desenlace que se mostra irreversível e imediato. Para outros, apenas a conciência de que uma alma repouserá em paz - na paz universal. TANATOLOGIA E DIAGNÓSTICO DA MORTE SOMÁTICA Dá-se o nome de Tanatologia, do grego THANATOS (morte) e LOGOS (estudo), ao ramo da Patologia que estuda a morte e todos os problemas a ela relacionados. Em estrito paralelo com a vida, a morte é um processo e não um estado . Podemos definir a morte celular ou necrose ( do grego NEKROSIS = mortificação), como sendo um estado no qual a mesma tenha perdido irreversivelmente a sua capacidade de manter a composição específica do seu meio intracelular. Existe a necrose fisiológica ou morte celular programada, isto é, a observada naquelas células que normalmente morrem e se renovam ( células lábeis), processo conhecido como necrobiose ( do grego NÉKROS = cadáver e BIOSIS = ação de viver). A necrobiose é vista nos queratinócitos, nos eritrócitos e é um aspecto importante no desenvolvimento embrionário. Por exemplo, a perda da cauda em anfíbios (girinos) durante a metamorfose ( a cauda regride porque ocorre autólise dependente de tiroxina nas células musculares esqueléticas, os miócitos se desintegram e seus detritos são removidos por macrófagos que se infiltram na cauda em regeneração. Alterações semelhantes ocorrem nas células de músculos liso do útero em involução após a prenhez nos mamíferos. Se a necrose se constitui na morte de um tecido, em um organismo vivo, a morte somática significa a cessação total e permanente das funções vitais de um indivíduo como um todo. Atualmente a morte , do ponto de vista clínico, é caracterizada por vários fenômenos, tais como: -perda da conciência; -perda da mobilidade voluntária, ou seja, desaparecimento dos movimentos e do tônus muscular; -midríase bilateral completa ou midríase paralítica. -parada dos movimentos respiratórios e dos batimentos cardíacos (silêncio auscultatório); -perda da ação reflexa aos estímulos táteis, térmicos e dolorosos; -parada irremediável das funções cerebrais registradas no eletroencefalograma (EEG plano); . Todos estes fenômenos podem aparecer isoladamente, sendo portanto a concidência deles para constatar a morte. Admite-se que depois da morte, por períodos variáveis de tempo, alguns tecidos se mantenham viáveis. A morte é um processo mais complexo que o patologista deve avaliar. Quando este processo é de curta duração, como ocorre na ação do cianeto sobre a enzima celular citocromo-oxidase, as lesões celulares produzidas são sutis e ficam além do alcance dos métodos de rotina em patologia. Quando o processo de

Page 3: Alterações cadavéricas

morte se estende por período de longo tempo, as lesões são freqüentimente mais extensas, multiplas e inter-relacionadas, que se tornam difíceis de interpretar. O excitamento da descoberta, do estudo e da integração dessas peças de evidências no sentido de elaborar uma tese aceitável sobre a causa da morte são , no entanto, a recompensa de um exame patológico completo e cuidadoso . Sendo entretanto, possivel retirar-se órgãos de índividuos que tiveram morte somática e transplanta-los para outros índividuos ou cultivar as células dos órgão em cultura de tecido. Entende-se por transplante o transporte artificial de tecidos e órgãos de um lugar para outro do organismo (transplante autoplástico), pode ocorrer de um índividuo para outro da mesma espécie (transplante homoplástico) e entre espécies diferentes (transplante heteroplástico). Os rins podem ser colocados durante uma noite no refrigerador e preparados para cultura de célula no dia seguinte. A atividade ciliar na mucosa nasal de um bezerro morto, pode ser observada espalhando-se na mucosa partículas de carvão e observar a sua movimentação por várias horas. Os espermatozóides mostram-se viáveis 100 horas após a morte. Oa músculos esqueléticos podem contrairem-se por estímulos mecânicos ou elétricos por pouco tempo depois da morte e reação pupilar à atropina pode ser observada 04 horas depois desta. Como explicaremos tais processos se os microscopistas eletrônicos afirmam que alterações irreversíveis, ocorrem nas células minutos após a morte ?. A comunidade médico-legal vem sendo pressionada para definir morte, especialmente no caso de transplantes de órgãos, quando que para realizarem o transplantes necessita esperar até que o doador esteja oficialmente morto. O patologista veterinário frequentimente trata com animais que estão usualmente mortos. O proprietário sabe que o animal está morto, assim como o clínico . Portanto podemos conceituar a morte somática como sendo a quebra do equilíbrio biológico e fisíco-químico fundamentais à manuntenção da vida. A pergunta , porque o animal morreu?, não deve ser negligênciada. Existe uma tendência de se preferir a simplicidade na determinação das causas da morte para fins legais. É verdade que a morte pode ser iniciada por agentes específicos que conduzem a processos tais, como inflamação, doenças cardiovasculares ou neoplasias. O processo da morte, porém é muito mais complexo. A insufuciência renal induzida por intoxicação por mercúrio é responsável pela morte (causa morte), mas a determinação do processo de morte neste caso constitui-se um exercício intelectual exigente que deve levar em conta os efeitos dos catabólitos nitrogenados, peptídios endógenos tóxicos e desequilíbrio eletrolítico e ácido-básico. Os efeitos dessas substâncias ou os efeitos sobre o centro respiratório do cérebro e função cardio-vascular ou diretamente sobre os pulmões, rins e coração, responderão o porque da pergunta sobre a causa morte. TIPOS DE MORTE 1. Morte violenta conhecida ou suspeita(homicídios, suicídios, acidentes...); 2. Morte por enfermidades: a. com assistência médica;

Page 4: Alterações cadavéricas

b. sem assistência médica; 3. Morte súbita; 4. Morte associada a procedimentos terapêuticos, diagnósticos ou anestésicos; INVESTIGAÇÃO DO LOCAL DA MORTE Pode esta investigação ser de grande importância para esclarecer em que circunstância ocorreu a morte. Em se tratando de animais com altos seguros, os mesmos fazem restrições a determinados lugares , por exemplo, só pagam o valor referente caso o animal tenha morrido dentro da baia. Neste caso sinais agônicos podem ser observados no animal, nas paredes e no chão, onde o animal veio à obito. Caso não consigam ser evidenciados , indica que o animal morreu em circunstância outra. . Observando-se o local pode-se ter idéia de quanto tempo transcorreu depois da morte , no lado do decúbito do animal o mesmo comprime a vegetação local impedindo a fotossíntese, caso tenha passado muito tempo depois da morte e a vegetação se mantém verde indica que o animal foi mudado de local. CRONOTANATOGNOSE E ALTERAÇÕES CADAVÉRICAS No estudo da patologia forence o patológista veterinário deve estar conciente das conseqüência das legais em potencial. Uma necropsia feita descuidadamente leva, na melhor das hipóteses, a uma reputação de incompetência e a responsabilidades legais que podem atingir milhões de dolares, especialmente quando a saúde humana está em jogo. Após a morte existe uma série de alterações sequênciais, irreversíveis e previstas, que podem ser modificadas na dependência das condições fisiológicas antes da morte: 1.estado nutricional: quanto maior o teor de glicoênio

muscular, mais tempo levará a rigidez cadavérica para se instalar;

2.panículo adiposo: quanto maior e mais gordo estiver o animal, menor será a dissipação do calor e maior será a velocidade de instalação, revestimento piloso, stress...),das condições das alterações cadavéricas;

3.ambientais: quanto maior for a circulação do ar, temperatura ambiente e umidade, mais rápido se instalarão as laterações cadavéricas;

4.tipo de morte :intencional, natural ou acidental; 5.causa morte : infecções bacterianas (clostridios),

envenenamentos( estricnina,veneno de cobra); cobertura tegumentar : o pêlo, penas, lã e panículoadiposo podem diminuir a dissipação de calor, tornando maior a velocidade de instalação das alterações cadavéricas. . A interpretação de lesões é frequentimente complicada pela degeneração que ocorreu entre a hora da morte e a realização da necropsia. As degenerações posmortem se devem à anoxia difusa total. As alterações autolíticas se assemelham a alterações isquêmicas precoses e, de fato, têm uma base hipóxica. Imediatamente após a morte as células musculares mostram grande e incontrolado aumento da glicólise. Essa energia, desacoplada da

Page 5: Alterações cadavéricas

oxidação, dissipa-se como calor. A temperatura corporal, e principalmente nas massas musculares profundas será alta por vários minutos após a morte. A degeneração das organelas celulares será proporcional as suas necessidades em oxigênio e as diferenças nas alterações posmortem refletem essas necessidades. A alteração inicial ocorre na mitocôdria. Quanto mais diferenciado e especializado for um tecido, mais rapidamente nele se instalará o processo de autólise, em razão do alto índice metabólico e, por conseguinte, da maior necessidade de nutrientes e oxigênio. A sequência de tais processos é chamado de CRONOTANATOGNOSE ( do grego KRONOS - tempo, THANATOS - morte e GNOSE - conhecimento). O conhecimento das alterações cadavéricas é importante ao patologista e ao médico legista, para poder diferenciar e interpretar os fenômenos decorrentes da morte daqueles que ocorreram em vida , e ao não confundí-los, coletar dados indispensáveis para se firmar um diagnóstico. Uma considerável experiência é necessária para fazer-se a diferenciação, e ocorre muita confusão na interpretação destes achados antes que se adquira alguma segurança. É muito embaraçoso quando todas as lesões descritas num laudo de necropsia ou mostradas a um cliente durante esta , tem que serem descartadas pelo patologista como sendo alterações posmortem. Desta forma se faz necessário a identificação específica dos tipos de alterações que podem ocorrer após a morte em cada tecido ou órgão. CLASSIFICAÇÃO DAS ALTERAÇÕES CADAVERICAS: 6.Alterações cadavéricas abióticas ou vitais negativas: 7. •.Imediatas: - perda da conciência - insensibilidade - imobilização - abolição do tônus muscular - cessação da respiração e circulação •.Mediatas ou consecutivas: - evaporação tegumentar - resfriamento do corpo - hipóstase - rigidez cadavérica - coagulação sanguínea 2.Alterações cadavéricas transformativas: •.destrutivos: - embebição pela hemoglobina, bile e ferro - manchas azuladas ou esverdeadas pela ação da sulfametahemoglobina produzidapelas bactéria - hemólise - maceração ou gastromalácia - timpanismo ou meteorismo cadavérico - enfizema cadavérico

Page 6: Alterações cadavéricas

- pseudo prolapso retal - odor cadavérico •.conservadores : 1. saponificação 2. mumificação Os fenômenos cadavéricos dividem-se em vitais negativos e transformativos. Os vitais negativos compreendem aqueles que apenas negam a existência de vida, não modificam o cadáver no seu aspecto geral e dividem-se em imediatos (perda da conciência, insensibilidade, imobilização, abolição do tono muscular, cessação da respiração e circulação) e os consecutivos ( evaporação tegumentar, resfriamento do corpo, hipóstase, rigidez e espasmo cadavérico). Os fenômenos transformativos modificam o cadáver no seu aspecto em geral e contam-se como destrutivos ( autólise, putrefação e maceração) e os conservadores (saponificação e mumificação). As alterações são classificadas de forma didática em :

AUTÓLISE É a autodigestão ou dissolução de tecidos causada por enzimas que estão presentes, ou são liberadas, no citoplasma celular após a morte da mesma. Esta ocorre devido a anoxia total e difusa. As alterações autolíticas se assemelham as primeiras alterações que seguem a uma isquemia, tendo portanto um fundamento hipóxico. As organelas citoplasmáticas degeneram de acordo com suas necessidades de oxigênio, de tal modo, que as diferenças encontradas microscopicamente nas alterações pos-mortem são um reflexo destas necessidades. Para um exame ultraestrutural das células, a realização da necrópsia e técnicas de preservação são muito importantes. A autólise pos-mortem se caracteriza pela destruição relativamente uniforme da célula. As proteinas se desintegram, formam pequenos grânulos que se distribuem no citoplasma celular. Em geral, os tecidos muito especializados (ex. sistema nervoso central e epitélio glandular)desenvolvem mais rápida autólise do que os tecidos conjuntivo de sustentação. A autólise precose leva a perda do detalhe celular em preparações coradas, e pode causar alguma confusão na diferenciação com processos degenerativos, tais como, a degeneração hidrópica. Na autólise não existe nenhuma resposta inflamatória, em contraste com o que pode ser visto no tecido necrótico.

DESIDRATAÇÃO Devido a ação da gravidade, os líquidos tendem a ocupar as partes mais baixas do corpo. As partes altas, em especial a pele, secam mais rápido. Este fenômeno se torna mais acentuado quando o ar é quente ou tenha vento. Se observa com maior rapidez nos locais do corpo com escoriações ou onde a pele seja muito delgada. A córnea desidrata muito rapidamente, mesmo quando o olho está fechado.

ALGOR MORTIS algor mortis (frigor mortis, arrefecimento cadavérico, fraldade cadavérica ou frio da morte) - é o resfriamento gradual do cadáver

Page 7: Alterações cadavéricas

em decorrência da parada das funções vitais (termorregulação), da cessação do metabolismo e perda progressiva das fontes energéticas (fonte de calor corpóreo) e da evaporação atuando nas superfícies corporais (dissipação). De modo geral, o frigor mortis corresponde a queda de temperatura corpórea para níveis abaixo dos limites normais e depois ela se torna igual a temperatura do ambiente. A rapidez do resfriamento depende da temperatura ambiente, quantidade de tecido adiposo corpóreo e revestimento pilórico ou penas, que funcionam como um isolante térmico. A temperatura do corpo tende a cair aproximadamente 1ºC/hora. O cadáver se esfria na primeira hora mais lentamente do que nas horas seguintes. Em humanos, após 1 a 2 horas os pés, as mãos e a fronte estão frios, enquanto que as outras partes ainda estão trépidas, depois esfriam-se sucessivamente as extremidades , a parte anterior do tórax e a região da coluna vertebral e por último o baixo-ventre, a cavidade axilar e as porções do pescoço compreendida dos lados da garganta. Um outro fator que influencia no aparecimento precoce do frio da morte é a idade, visto que, os idosos e recém-nascidos esfriam-se mais rapidamente que os adultos. Os idosos possuem trocas metabólicas produtoras de calor mais vagarosas e os recém-nascidos, embora as trocas se processem com rapidez, o pequeno volume do corpo e a pele estruturalmente delicada favorecem a rapidez da evaporação. A causa morte pode em alguns casos retardar o aparecimento do frio da morte, e isto occore em casos de septicemias, clostridioses, intoxicações( estricnina), tetanias e nos traumatismos do SNC.

LIVOR MORTIS livor mortis (lividez cadavérica, hipostase cadavérica ou manchas cadavéricas) - corresponde a coloração azululada observada em pacientes terminais com problema cardíacos, não sendo observada nestas circuntâncias nos animais devido a grande espessura da pele e o revestimento pilórico. A presença de manchas cadavéricas ocorre em consequência da hipostase, na qual ocorre uma sedimentação do sangue e dos líquidos tissulares nos locais mais inclinados do corpo, no início estas manchas podem se desfazerem mediante a presão digital. O livor é a coloração avermelhada das porções em decúbito do corpo, sendo pouco evidentes nas áreas de contato do corpo com a superfície ( áreas de pressão). Este fenômeno é decorrente da perda do tônus das vênulas e capilares que se dilatam nos segmentos mais baixos do cadáver, cedendo à pressão hidrostática. Nas primeiras horas (2 a 4), após a morte, as manchas cadávericas podem mudar de posição se a posição do corpo é alterada. Com o passar do tempo, os derivados da hemólise do sangue estagnado nos vasos impregnamos tecidos. E após 10 a 12 horas da morte estas manchas não mais desaparecem com a alteração da posição do cadáver. Deste modo, as manchas cadavéricas vistas na posição de declive do corpo e dos órgãos internos (congestão hipostática) permiten saber a posição que ficou o cadáver após a morte. Estas manchas devem ser diferenciadas das equimoses e hemorragias interticias, originadas durante a vida, pois estas últimas não se desfazem sob pressão como ocorre nas primeiras horas após a morte, como ocorre com os livores cadávericos. O livor cadavérico aparecem aproximadamente nos primeiros 20 minutos

Page 8: Alterações cadavéricas

depois da morte da morte em indivíduos desnutridos, e depois de uma hora em indivíduos anémicos. A hemoglobina reduzida das manchas cadavéricas são de coloração violácea, esta é mais intensa se a morte ocorreu por asfixia devido a grande quantidade de hemoglobina reduzida no sangue. No envenenamento por monóxido de carbono a cor é vermelho vivo devido a formação de carboxiemoglobina. Em casos de intoxicação por clorato de potássio se forma a metaemoglobina e a coloração é amarelada. Quando se apresenta a decomposição do sangue por bactérias, a coloração é verde-azulada.

COÁGULOS CADAVÉRICOS coágulos cadavéricos - o sangue cadavérico se coagula nas cavidades cardíacas e nos grandes troncos vasculares, especialmente na artéria pulmonar, na aorta e nas veias torácicas. Os coágulos se diferenciam dos trombos por serem lisos, aspecto gelatinoso, superfície brilhante, elásticos, facilmente destacáveis e formados exclusivamente de elementos sangüíneos. Se classificam em : a) cruóricos - coloração avermelhada, semelhantes por seu aspecto e por sua composição aos coágulos que se produzem no sangue extravassado. b) lardáceo - coloração amarelada, possuem muito poucas hemácias na sua composição, sendo formado principalmente por fibrina. c) mistos - aparecimento de coágulos com a coloração vermelho-amarelado. Em oposição aos trombos formados em vida, os coágulos cadavéricos não se fixam na parede dos vasos e não estão unidos a estas por processos de organização. Se diferenciam também por terem os trombos superfície rugosa, secos, friáveis e de coloração esbranquiçada.

RIGOR MORTIS rigor mortis (rigidez cadavérica) é a condição em que os músculos mostram-se duros e contraídos, não sendo possível a movimentação passiva das articulações. Se apresenta 6 a 12 horas depois da morte. O tempo de instalação e o grau de rigidez também variam na dependência de fatores que antecedem a morte. Imediatamente depois que cessa a circulação do sangue, ocorre uma diminuição progressiva do pH muscular. O oxigênio, o ATP e o fosfato de creatinina também diminuem. Segundo Stromer et alli, 1967; Henderson et all, 1970 e Guyton, 1973, o movimento de contração muscular se parece de alguma forma com a contração que ocorre em vivo. Se inicia com a saída de Ca2+ do retículo endoplasmático, utilizando o ATP como fonte de energia e as alterações ultraestruturais se parecem com aquelas que se produzem na contração in vivo. A rigidez cadavérica não se deve ao acúmulo de ácido lático muscular como se pensava anteriormente. Sabe-se hoje que é decorrente da depleção do ATP e as consequentes pontes que se formam entre os filamentos de actina e miosina da miofibrila muscular. O complexo ATP/Mg2+ é responsável pela distensão ou relaxamento da fibra. Como o ATP é derivado das reservas de glicogênio e fosfato de creatinina, logo ele é

Page 9: Alterações cadavéricas

consumido, sendo este consumo mais lento nas primeiras horas. Com isso se estabelece um estado de contração muscular e um encurtamento do músculo. A actina e miosina que compoem as linhas Z, no músculo relaxado acham-se individualizadas e no músculo contraído, como acontece na rigidez cadavérica, acham-se conectadas pela formação das pontes citadas, tornando o músculo densos e compactos. Com o passar do tempo há uma degradação física destas estruturas ao nível das linhas Z proporcionando a progressiva perda da rigidez. Neste mesmo processo há uma queda do pH intracelular da fibra muscular em função do aparecimento do ácido lático, pela via da glicose anaeróbica (exceto no músculo cardíaco). Quando o pH atinge 5,0 a 5,5 ocorre uma parada dos fenômenos enzimáticos que promovem a glicólise que coincide com o ponto isoelétrico da miosina. O rigor mortis começa em primeiro lugar no músculo cardíaco, expulsando o sangue do ventrículo esquerdo (1ª hora). A insuficiência nesta expulsão indica uma degeneração ante-mortem. Segue-se o aparecimento da rigidez na cabeça, particularmente nos múculos mastigatórios e músculos peri-oculares , segue-se pela região cervical continuando-se nos menbros anteriores, do tronco e membros posteriores. O final da fase da rigidez cadavérica é chamado de fase de maturação da carne, para aqueles animais abatidos para o consumo. O grau de pH alcançado nesta fase é importante para a qualidade das carnes e derivados para o consumo. O pH ótimo só é alcançado se o animal vivo tiver um bom nível de glicogênio antes do abate. Caso contrário, com o pH elevado, as carnes vão ser de pessíma qualidade e o prazo de validade comercial é curto. É por esta razão que na morte natural, com as fontes de glicogênio depletadas, o animal tem estes processos acelerados e a carne é de má qualidade.

ALTERAÇÕES OCULARES alterações oculares - se referem as alterações que ocorrem nos olhos após o óbito, e são elas: 1. pálpebras entreabertas por ação da rigidez

cadavérica. 2. globo oculares retraídos pela desidratação que

também é responsável pela perda de brilho das córneas que se tornam opacas e pupilas dilatadas (midríase pupilar).

DECOMPOSIÇÃO CADAVÉRICA

decomposição cadavérica - ocorre quando o tecido morto é invadido por microorganismos anaeróbicos saprofíticos que digerem as preteínas, induzem alterações químicas e formam gases. Finalmente ocorre a putrefação do organismo morto, que é o fenômeno ligado à autodigestão de tecidos e órgãos por enzimas próprias (autólise) ligadas à invasão e multiplicação bacteriana principalmente as que vivem saprofiticamente no trato digestivo, incluíndo aquelas produtoras de gás. Os processos químicos da putrefação são muito complexos e variáveis no seu aparecimento e sua evolução. Além disso enzimas bacterianas intervem, especialmente o Clostridium welchii e o Vibrião séptico. O suco gástrico continua atuando

Page 10: Alterações cadavéricas

algum tempo depois da morte, o qual pode causar perfurações no estômago, esôfago e diafragma com presença de conteudo gástrico no mediastino e nas cavidades pleurais. Estes achados são importantes para a realização de um diagnóstico diferencial e determinação da causa morte ( alterações como : hemorragias e ulcerações na parede dos órgão devem ser observadas). Alguns aspectos caracterizam a fase da putrefativa, que são: •.- desaparecimento da rigidez cadavérica. •.- embebição sangüínea é o aparecimento da embebição pelos produtos da hemólise. Corresponde ao aparecimento de manchas aver

•.- apareccimento da embebição biliar em tecidos próximos à vesícula.

•.- aparecimento da embebição negra ou pseudomelanose ocorre devido a embebição pelo sulfeto de ferro ( o ferro é liberado pela catabolização da hemoglobina)

•.- presença de manchas azuladas ou esverdeadas na serosa intestinal, porção inferior do fígado e outros órgão , devido produtos de sulfameta-hemoglobina derivada do gás sulfídrico (anidrido sulfuroso) com a hemoglobina.

•.- eliminação de sangue pelas vias naturais (hemólise). •.- despregamento da mucosa gástrica (maceração ou gastromalácia), durante a vida, a mucosa gástrica não é agredida pelo suco gástrico; todavia, quando o animal morre e ainda tem uma temperatura corpórea que permita a ação de enzimas, estas continuam atuando por algum tempo. Assim, a mucosa sofre autodigestão pela Pepsina e Ácido clorídrico. Tal processo é acentuado nos animais de suco gástrico fortemente ácido(cão) ou nos lactentes( pela formação de ác. láctico na cavidade gástrica). Ocorre a princípio uma tumefação das pregas mucosas, que depois sofrem um processo de amolecimento. A mucosa toena-se edematosa, vítrea e, apenas tocada com a faca, desprende-se com grande facilidade.

•.- distenção devida a fermentação com produção de gás no trato digestivo (meteorismo cadavérico). A distensão do abdomem e dos intestinos também causa efeitos de pressão em outras vísceras. Grandes áreas no fígado podem mostrar-se pálidas porque o sangue foi empurrado dali pela pressão de outros órgãos.

•.- aparecimento de bolhas gasosas(H2S)crepitantes em órgãos capsulados, como o fígado, baço e rim , decorrente da proliferação de microrganismos produtores de gás (enfizeme cadavérico).

•.- ocorre relaxamento dos esfíncteres (pseudoprolapso retal)com exteriorização da ampola retal, devido o aumento da pressão intra-abdominal e intra-pélvica causada pelo meteorismo cadavérico.

•.- deslocamentos podem ocorrer na forma de torções intestinais, invaginações ou hérnias. Se uma laceração ou ruptura ocorre antes da morte, haverá hemorragia nos bordos da lesão, ao passo que não haverá hemorragia numa ruptura pós-mortem.

•.- liquefação parenquimatosa é a perda progressiva do aspecto e

Page 11: Alterações cadavéricas

estrutura das vísceras. •.- odor cadavérico decorrente da formação de substâncias voláteis por ação de bactérias. Entre as substâncias mal cheirosas formadas durante a putrefação se incluem a amônia, o sulfeto de hidrogênio, o indol escatol, a putrescina e a cadaverina.

Embora não exista regra geral que possa ser adotada para a exatidão temporal de todos os fenômenos da putrefação, eles passam pelas seguintes fases: 1. príodo da coloração - este é o período que se caracteriza pelo aparecimento de coloração: esverdeada ou azulada (sulfameta-hemoglobina) amarelo-esverdeado (bile) avermelhada (hemoglobina) negra (sulfeto de ferro) 2. período gasoso - os gases originados da putrefação surgem no interior das vísceras. 3. período liquefativo ( ou coliquativo) - é caracterizado pela dissolução pútrida do cadáver. As partes moles vão diminuíndo progressivamente de volume com a desintegração progressiva enzimática autolítica e a proliferação de fungos e bactérias, com conseqüente fermentações dos hidratos de carbono e rancificação das gorduras. 4. período de esqueletização - nesta fase a desintegração das partes moles restringe o corpo ao esqueleto e ligamentos articulares. Com o tempo os ossos tornam-se frágeis e leves.

VARIAÇÕES NA PUTREFAÇÃO E DECOMPOSIÇÃO 1. adipocera ou saponificação - consiste na transformação dos tecidos em um material céreo de coloração branco amarelado. Este processo não se observa em fetos com menos de 7 meses de idade, devido a diferença na composição química da gordura. Esta relacionada com a umidade. 2. mumificação - é a desidhatação do cadáver por evaporação de água, podendo ser parcial ou total. Ocorre devido a ausência do processo putrefativo e a da desidratação rápida pelo ar quente e seco.

ESTIMATIVA DO TEMPO DE MORTE A hora em que ocorre a morte é usuamente importante em patologia forence, mas na maioria das vezes estimativas a grosso modo do grau de rigidez muscular e da autólise são possíveis. Nos cadáveres encontrados descobertos, freqüentimente encontramos larvas de moscas (miíase). Para a postura dos ovos, as moscas preferem os ángulos oculares, as fossas nasais, as comissuras bucais e as feridas. Entre 10 a 24 horas depois da ovipostura aparecem as larvas, podendo estas estarem presentes em grande quantidade. Existe uma grande variedade de espécies de moscas que

Page 12: Alterações cadavéricas

causam esta miíase e os entomológos tem elaborado tabelas que permitem en certas circunstâncias determinar o tempo de morte do indivíduo , segundo a espécie que está parasitando o tecido.

CRONOLOGIA DOS PROCESSOS POS-MORTEM (Egon Lichtenberge; texto de patologia , pp1171) ---------------------------------------------------------------- TEMPO APROXIMADO ALTERAÇÕES CADAVÉRICAS PÓS-MORTEM ---------------------------------------------------------------- 1 HORA desidratação, alterações oculares (olhos abertos) e hipostase ----------------------------------------------------------------- 2 A 4 HORAS rigidez dos masseteres diminuição da temperatura retal (frigor mortis) ----------------------------------------------------------------- 4 A 10 HORAS livor mortis (manchas) rigidez cadavérica ---------------------------------------------------------------- 12 A 15 HORAS desaparecimento da rigidez ----------------------------------------------------------------- 24 A 48 HORAS opacidade das córneas putrefação cadavérica presença de larvas de moscas ----------------------------------------------------------------- 2 A VÁRIOS ANOS fase liquefativa ----------------------------------------------------------------- 2 A 5 ANOS fase de esquelitização ---------------------------------------------------------------- MAIS DE 5 ANOS desaparecimento da medula óssea, cartilagem e ligamentos.

Page 13: Alterações cadavéricas

BIBLIOGRAFIA 1. THOMSON, R.G., Patologia Geral Veterinária, Guanabara Koogan, 1a edição, 1983, pp 76-77. 2. CHEVILLE, N.F., Patologia Celular,Manole, 1a edição, 1980, pp 17-19. 3. CHEVILLE, N. F., Introdução à Patologia Veterinária,Manole, 1a. edição bras., 1994, pp 41-55. 4. BARRETO NETO et ALLI., Patologia - Processos Gerais, 3a. edição, 1992, pp 66-68. 5. ANDRADE DOS SANTOS,J., Diagnóstico Médico Veterinário, 7a. edição, 1989, pp 28-29. 6. CORREA PALEJO et alli., Texto de Patologia, Presa mádica mexicana, 1a. edição,1970,pp 1169-1181. 7. TAMAYO,P., Introducion a la Patología, Panamericana, 2a. edição, 1987,pp 128-135.

Page 14: Alterações cadavéricas

M O R T E S O M Á T I C A

CONSIDERAÇÕES GERAIS TANATOLOGIA DIAGNÓSTICO DA MORTE SOMÁTICA

TIPOS DE MORTE INVESTIGAÇÃO DO LOCAL DA MORTE

Page 15: Alterações cadavéricas

CRONOTANATOGNOSE ALTERAÇÕES CADAVÉRICAS ESTIMATIVA DO TEMPO DE MORTE

T A N A T O L O G I A GREGO: THANATOS = MORTE LOGOS = ESTUDO CLASSIFICAÇÃO: 1.MORTE CELULAR OU NECROSE DO GREGO: NECROSIS = MORTIFICAÇÃO 2.NECROBIOSE DO GREGO: NEKROS = CADÁVER BIOSIS = AÇÃO DE VIVER 3.MORTE SOMÁTICA

C R O N O T A N A T O G N O S E GREGO: KRONOS = TEMPO

Page 16: Alterações cadavéricas

THANATOS = MORTE GNOSE = CONHECIMENTO ALTERAÇÕES CADAVÉRICAS 1. AUTÓLISE 2. DESIDRATAÇÃO 3. ALGOR MORTIS 4. LIVOR MORTIS 5. COÁGULOS CADAVÉRICOS 6. RIGOR MORTIS 7. ALTERAÇÕES OCULARES 8. DECOMPOSIÇÃO CADAVÉRICA HETERÓLISE , DECOMPOSIÇÃO OU PUTREFAÇÃO A. PE_IODO DE COLORAÇÃO B. PERÍODO GASOSO C. PERÍODO LIQUEFATIVO D. PERÍODO ESQUELETIZAÇÃO

Page 17: Alterações cadavéricas

N E C R O P S I A DEFINIÇÃO: AUTOPSIA DO GREGO: AUTOS = O MESMO OPSIS = VISTA NECROPSIA DO GREGO:NECROS = CADÁVER OPSIS = VISTA OBJETIVO: TENTAR DETRMINAR O DIAGNÓSTICO ATRAVÉS DAS ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS ABERTURA E INSPEÇÃO METÓDICA DAS CAVIDADES E ÓRGÃOS TIPOS: 1.COMPLETA 2.PARCIAL

Page 18: Alterações cadavéricas

EXECUÇÃO: 1. ANAMENESE 2. LOCAL 3. INSTRUMENTAL T É C N I C A 1.E X A M E E X T E R N O a)alterações cadavéricas b)estado nutricional c)superfície cutânea d)orifícios naturais 2.E X A M E I N T E R N O 1.DECÚBITOS 2.INCISÃO MENTO-PUBIANA 3.RETIRADA DA LÍNGUA 4.ABERTURA DA CAVIDADE ABDOMINAL 5.ABERTURA DA CAVIDADE TORÁCICA 6.RETIRADA DOS CONJUNTOS