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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS DOUTORADO EM SOCIOLOGIA ALMIR SANDRO RODRIGUES RECIPROCIDADE, SOLIDARIEDADE E RECONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE CAMPONESA: ESTRATÉGIAS DE REPRODUÇÃO SOCIAL DOS AGRICULTORES FAMILIARES DA COOPERAFLORESTA CURITIBA 2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

DOUTORADO EM SOCIOLOGIA

ALMIR SANDRO RODRIGUES

RECIPROCIDADE, SOLIDARIEDADE

E RECONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE CAMPONESA:

ESTRATÉGIAS DE REPRODUÇÃO SOCIAL DOS AGRICULTORES

FAMILIARES DA COOPERAFLORESTA

CURITIBA

2013

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ALMIR SANDRO RODRIGUES

RECIPROCIDADE, SOLIDARIEDADE

E RECONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE CAMPONESA:

ESTRATÉGIAS DE REPRODUÇÃO SOCIAL DOS AGRICULTORES

FAMILIARES DA COOPERAFLORESTA

Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, da Universidade Federal do Paraná – UFPR, como requisito à obtenção do título de Doutor em Sociologia.

Orientadora: Profa. Dra. Angela Duarte Damasceno Ferreira

CURITIBA

2013

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(folha reservada para agregar o parecer da banca)

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Dedico este estudo ...

... à minha família, em especial a minha mãe e ao meu pai, este é um trabalho que explicita tudo aquilo que vocês sempre acreditaram na minha formação – solidariedade e dedicação –, ao mesmo tempo expressa meu amor por vocês!

... à Luiza e à Helena, minhas filhas, que

entenderam (ou buscaram entender) seu pai nos atribulados caminhos de uma pesquisa. Sem

dúvida, a luz e energia de vocês estiveram sempre presentes neste trabalho. Vocês são

muito mais que um sonho realizado. Representam o sonho por um mundo melhor!

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AGRADECIMENTOS

Desejo explicitar meus votos de gratidão: Em especial aos agricultores e agricultoras agroflorestais dos grupos da

Associação da Cooperafloresta, assim como seus técnicos e colaboradores, que me proporcionaram diversos momentos de troca e aprendizagem e dispuseram seus espaços e tempo para o desenvolvimento desta pesquisa. Escolho não citar nomes aqui, pois todos de alguma forma se tornaram muito importantes não somente nesta pesquisa, mas, sobretudo, fazem parte da minha história!

Aos vários agricultores e agricultoras dos grupos e núcleos da Rede Ecovida

de Agroecologia que permitiram o acesso às informações para nossa pesquisa coletiva e que contribuíram na minha definição da Cooperafloresta como caso a ser estudado.

À minha orientadora e amiga Professora Angela Duarte Damasceno

Ferreira, por sua sempre presente disponibilidade e, acima de tudo, por sua contribuição em mostrar-me os caminhos da pesquisa sociológica, efetivando-se no desenvolvimento desta pesquisa as práticas de uma sociologia das práticas. Obrigado por todos os momentos de racionalidade e, por que não, momentos de delírio! Delirar é ter o poder de sonhar de olhos abertos!

Ao corpo docente do Programa de Pós-Graduação de Sociologia pelas

reflexões teóricas e práticas no universo complexo das ciências sociais e suas inter-relações com as outras áreas de conhecimento.

Ao prof. Osvaldo Heller da Silva e ao prof. Valdir Frigo Denardin que

participaram da banca de qualificação da tese e com seus diversos conhecimentos fizeram sugestões que nortearam e enriqueceram sobremaneira o meu trabalho.

Ao CERU-UFPR (Centro de Estudos Rurais e Socioambientais do Paraná),

como espaço de debate e solidariedade e, também, ao Grupo de Pesquisa sobre a Questão Agroalimentar do Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento da Universidade Federal do Paraná (MADE-UFPR), onde pudemos exercitar a práxis sociológica e as várias outras reflexões epistemológicas, num grupo de pessoas preocupadas não só com suas viagens intelectuais, mas, principalmente, com a troca, a amizade, a cooperação, a ação companheira. Katya, Julian, Luciano e Sidemar, com e como companheiros elaboramos um ambiente de estudo e construção do conhecimento (aos saudosos “x-crises”). Nesse grupo se agregou Letícia, com um saber especial e organizador das nossas ideias, sempre com as informações muito bem sistematizadas, e o Rodrigo, com um poder de diálogo e interatividade que nos ajudou a compreender expressões e sentimentos dos agricultores com as “vozes da agrofloresta”. Nunca devemos desistir desses projetos coletivos.

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Na sequência, outras pessoas preocupadas com as possibilidades de pesquisa e os projetos de pesquisa contribuíram nessa caminhada, dentre essas agradeço ao grupo do mestrado do MADE-UFPR – Regiane, Rômulo, Priscila, Pollyana e Daniele; ao pessoal do Centro Nacional de Pesquisas Florestais (CNPF-Embrapa); ao Walter com sua cumplicidade e comprometimento com a coordenação e construção de um projeto de sociedade e ambiente, vinculado durante as diversas pesquisas desenvolvidas junto à Cooperafloresta por meio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade no Paraná (ICMBio-PR) e o Projeto Agroflorestar – e, também, pelos diversos momentos de trocas e viagens epistemológicas. Com todos aprendi a respeitar e compreender a necessidade de compartilhar os desafios, as dificuldades e, ainda mais, os sonhos.

A todos que, direta ou indiretamente, contribuíram com esta investigação,

nos momentos de estudo, de reflexão, de questionamento, de crítica, de avaliação, de construção e desconstrução, mas, também, de lazer, de meditação, de conforto e desconforto, de saudades (...) tristezas e alegrias (...) nos momentos de valorização da solidariedade. Agradeço muito à Elaine Gomes e Silva, por sua paciência com as falas dos entrevistados, elaborando uma clara transcrição; à Antônia, por sua pronta e rigorosa correção; à Carolina, pela precisa tradução de meu resumo, transformando-o em “abstract”.

Agradeço ao pessoal da Faculdade Padre João Bagozzi, pois durante todo o

período desta pesquisa, além de permitir a minha sustentação e de minha família, possibilitou de diversas formas espaço e tempo para sua elaboração.

Grato aos vários amigos que ao longo desse período compreenderam as

distâncias e, muitas vezes, ausências (...) no entanto, entendo que todas as energias corroboraram nessa empreitada! Destaco aqui algumas pessoas que de alguma forma contribuíram e, com certeza, foram muito importantes nesse processo: Mana, Jocemara, Michelle, Ana Paula, Jane, Ivo, Ida, Maria Cristina, Adriana, André, Duda; amigos do grupo que batizamos de ametistas (valeu pelos muitos momentos de lazer e reflexão); e desculpem-me daqueles que acabo não nomeando!

Por fim, reforço meus agradecimentos à minha família que sempre acreditou

em mim e que me ajudou nos diversos desafios da minha vida e, neste caso, na realização deste projeto. É preciso sempre reinventar a vida (...) para continuar apaixonado por ela! É preciso nunca parar de sonhar, pois “é o sonho que nos permite caminhar”.

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LÁ, DO OUTRO LADO DO RIO! * (Angela Mendes)

Lá, do outro lado do rio! Mora a alegria, mora a felicidade

Tudo em perfeita harmonia A terra, o homem

O que planta, o que come.

Lá, do outro lado do rio! Sem fantasias

Vivem Pedro e Maria Com toda a simplicidade Não escodem a vaidade

De cuidar desta terra De colher o seu fruto

Que nasce a cada dia De plantar a semente

No coração da nova geração.

Lá, do outro lado do rio! A vida acontece

Com amor, sem destruição Na relação verdadeira

Na receita perfeita Entre a lua e as estrelas Entre a alma e a poesia

Entre a voz e esta canção Que canta a vida

Que canta a alegria Que canta a beleza Entre o homem e a

natureza.

__________________________ * Trago aqui essa letra de música como um agradecimento especial ao Pedro – um grande amigo que conheci

ao longo desta pesquisa. Admiro-o e o reconheço como uma pessoa que com certeza compreende os caminhos da solidariedade entre os seres humanos e desses com a natureza! Música e Letra de Angela Mendes em homenagem ao casamento de Pedro Baiano e Maria de Lourdes (comunidade de Córrego do

Franco – Adrianópolis/PR), composta para este casal de apaixonados pela vida, pela agrofloresta e por um mundo de sustentabilidade! Fotos disponíveis no “facebook” da Cooperafloresta: https://www.facebook.com/ cooperafloresta.agroflorestais/photos_albums (acesso em 20/09/2013).

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“Se temos de esperar, que seja para

colher a semente boa que lançamos hoje no solo da vida. Se for para semear, então

que seja para produzir milhões de sorrisos, de solidariedade e amizade”.

(CORA CORALINA)

"A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por

mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia?

Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar."

(Eduardo GALEANO, 2007, p. 310)

“Nenhuma teoria da transformação político-

social do mundo me comove, sequer, se não parte de uma compreensão do homem e da mulher enquanto seres fazedores da história e por ela feitos, seres da decisão,

da ruptura, da opção. (...) Tenho afirmado e reafirmado o quanto realmente me alegra

saber-me um ser condicionado, mas capaz de ultrapassar o próprio condicionamento. A grande força sobre que alicerçar-se a nova rebeldia é a ética universal do ser

humano e não a do mercado, insensível a todo reclamo das gentes e apenas

aberta à gulodice do lucro. É a ética da solidariedade humana”.

(Paulo FREIRE, Pedagogia da autonomia, 2002, p. 145-146)

__________________

* Fotos do autor (produzidas durante a pesquisa de campo).

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SUMÁRIO

LISTA DE ILUSTRAÇÕES ....................................................................................... xi

LISTA DE QUADROS ............................................................................................. xiv

LISTA DE SIGLAS ................................................................................................... xv

RESUMO .................................................................................................................xvii

ABSTRACT ............................................................................................................ xviii

APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... 1

CAPÍTULO 1 – OS AGRICULTORES DA COOPERAFLORESTA – SUJEITOS E

OBJETO DA PESQUISA: Construção do Problema de Pesquisa e

Procedimentos Metodológicos ............................................................................... 5

1.1 PROJETOS DE ALTERNATIVIDADE: a Cooperafloresta e os processos contra-hegemônicos ................................................................................................ 5

1.2 CATEGORIAS ANALÍTICAS: construção dos referenciais teóricos .................. 9

1.2.1 Agricultura Familiar e Camponesa: as comunidades rurais e a construção da identidade dos agricultores da Cooperafloresta ...................... 9

1.2.2 Reprodução Social e Estratégias: processos de produção e reprodução dos modos de vida ........................................................................................ 17

1.2.3 Dádiva, reciprocidade e solidariedade: estratégias de reprodução das redes sociais ................................................................................................. 23

1.3 PROBLEMA DE PESQUISA E PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: os agricultores da Cooperafloresta (núcleo da Rede Ecovida) como sujeitos e objeto de estudo ............................................................................................................... 29

1.3.1 Trabalho coletivo – procedimentos metodológicos e construção interdisciplinar da pesquisa .......................................................................... 31

1.3.2 Trabalho individual – procedimentos metodológicos ........................... 36

CAPÍTULO 2 – AGRICULTORES FAMILIARES DA COOPERAFLORESTA E DA

REDE ECOVIDA DE AGROECOLOGIA: (re)criando a produção e a vida

cotidiana pela via da agrofloresta e da agroecologia .......................................... 42

2.1 VALE DO RIBEIRA: algumas características socioeconômicas e a localização dos municípios onde se encontram as famílias associadas à Cooperafloresta ..... 42

2.2 ASSOCIAÇÃO DOS AGRICULTORES AGROFLORESTAIS – COOPERAFLORESTA: história de inclusão e cooperação ................................... 50

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2.3 REDE ECOVIDA DE AGROECOLOGIA: mediação dos processos sociais de organização dos agricultores familiares ................................................................. 60

2.4 CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA DA COOPERAFLORESTA: as perspectivas de alternatividade da agroecologia e da agrofloresta ....................... 63

2.4.1 Agroecologia: proposta transformadora para o desenvolvimento rural ............................................................................................................ 64

2.4.2 Sistemas Agroflorestais: ferramenta estratégica para a reprodução social das famílias associadas à Cooperafloresta ........................................ 71

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ............................................................................. 82

CAPÍTULO 3 – AGRICULTORES FAMILIARES DA COOPERAFLORESTA: os

espaços e as relações estabelecidas nas comunidades e nos grupos de

associados ............................................................................................................... 84

3.1 COMUNIDADE AREIA BRANCA – BOCAIÚVA DO SUL/PR .......................... 87

3.2 COMUNIDADE ESTREITINHO (ADRIANÓPOLIS/PR) E COMUNIDADE INDAIATUBA (BARRA DO TURVO/PR) ................................................................ 99

3.3 COMUNIDADE TRÊS CANAIS – ADRIANÓPOLIS/PR E BARRA DO TURVO/PR .......................................................................................................... 110

3.4 COMUNIDADES RIBEIRÃO GRANDE E TERRA SECA – BARRA DO TURVO/SP .......................................................................................................... 119

3.5 COMUNIDADE CEDRO – BARRA DO TURVO/SP....................................... 131

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ........................................................................... 138

CAPÍTULO 4 – A PRÁTICA DO MUTIRÃO NA COOPERAFLORESTA: ações de

ajuda mútua e reciprocidade ................................................................................ 139

4.1 MUTIRÃO NA AGRICULTURA FAMILIAR: expressão de ajuda mútua, reciprocidade e solidariedade nas comunidades rurais ....................................... 139

4.2 MUTIRÃO NA COOPERAFLORESTA: processos normatizados e estratégias de reprodução na prática da troca ....................................................................... 144

4.3 AÇÕES DE AJUDA MÚTUA E OUTRAS FORMAS DE RECIPROCIDADE ENTRE AS FAMÍLIAS DA COOPERAFLORESTA: atividades na área produtiva, na comunidade e nas relações com a natureza .................................................. 150

4.3.1 Ações do mutirão nos grupos da Cooperafloresta – atividades produtivas e gestão do grupo ..................................................................... 151

4.3.1.1 Atividades de produção: capina seletiva, poda, plantio, colheita, coleta de sementes, produção de muda............................................ 152

4.3.1.2 Atividades de gestão do(s) grupo(s): planejamento, avaliação e troca de conhecimentos .................................................................... 170

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4.3.2 Ações de trabalho com a participação do conjunto das famílias da comunidade e entre as comunidades como forma de resolver problemas comuns ..................................................................................................... 176

4.3.2.1 Atividades para manutenção e(ou) recuperação, construção e gestão de bens comuns da comunidade .......................................... 176

4.3.2.2 Atividades de ajuda para famílias da comunidade em situações de doença ou falta de mão de obra familiar ...................................... 184

4.3.2.3 Atividades de ajuda para famílias da comunidade e entre as comunidades para a melhoria da qualidade de vida (questões alimentares) ...................................................................... 189

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ........................................................................... 192

CAPÍTULO 5 – OUTRAS FORMAS DE RECIPROCIDADE: os processos de

mediação e solidariedade para além do local .................................................... 194

5.1 REDES POPULARES E AS BASES PARA A INTERCONEXÃO DAS EXPERIÊNCIAS LOCAIS ................................................................................... 195

5.2 PROJETOS E AÇÕES DE PARCERIA E INTERCÂMBIO: mediadores e construção de redes de colaboração e reciprocidade ......................................... 197

5.2.1 Interações não governamentais: relações de ajuda mútua interinstitucionais ........................................................................................ 198

5.2.2 Interações via projetos com recursos governamentais ...................... 204

5.3 CERTIFICAÇÃO PARTICIPATIVA E COMERCIALIZAÇÃO: processos de confiança na qualidade do produto agroecológico e estratégias alternativas de mercado ............................................................................................................... 212

5.3.1 A Certificação Participativa: os agricultores constroem alternativas à certificação por auditagem .......................................................................... 212

5.3.2 Comercialização alternativa: vínculos solidários entre produtores e consumidores ............................................................................................. 217

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ........................................................................... 225

CAPÍTULO 6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................... 226

REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 233

APÊNDICES .......................................................................................................... 245