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120 www.backstage.com.br REPORTAGEM [email protected] Studio R O mercado brasileiro de amplificadores poderia ser dividido em antes e depois de Ruy Monteiro. Quem achar algum absurdo nesta marcação temporal, pode dar uma olhadinha na história desse engenheiro que praticamente dedicou sua vida à criação e à modernização de equipamentos de áudio, especialmente a de amplificadores, hoje mola- mestra da empresa que fundou, a Studio R. é um marco no mercado de amplificadores P ara os incrédulos, e também para os seus admiradores, aí vai uma entrevista que tem o simples objetivo de docu- mentar a importância deste brasileiro na história do áudio profissional do país. Backstage Quais as principais novidades da Studio R? Ruy Monteiro – Temos diversas novidades, como o mais po- tente amplificador da atualidade (o X12), os mais compactos e leves amplificadores em várias categorias, os únicos amplificado- res do mercado com crossover estéreo ajustável integrado, opto- limitadores de dupla ação, garantia de cinco anos, etc. Mas a prin- cipal novidade mesmo, e que torna isso tudo possível, é a nossa exclusiva tecnologia de fonte com eficiência maior que 95%. Há quantos anos a Studio R está no mercado? RM – A marca surgiu em 1988, logo depois que deixei a soci- edade na Micrologic e Nashville. Como foi o início da Studio R? RM – Nos anos 80, ainda na Micrologic após o sucesso do NA 2200, a filosofia da empresa mudou um pouco. Começamos a desenvolver as primeiras mesas de som, mixers e consoles. A marca Nashville estava focada na fabricação de sistemas de som doméstico, e a Micrologic, em som profissional. Só que eu começei a pender mais para o lado do áudio profissional mesmo e resolvi me concentrar só nisso, o que me fez fundar a Studio R. A Micrologic acabou fechando tempos depois, mas na época, para assegurar os negócios, foi feito um acordo na dissolução da sociedade de que eu não poderia fabricar amplificadores duran- te três anos! Por isso, a Studio R começou fabricando somente mesas, crossovers e direct boxes de altíssimo padrão. A empresa sempre desenvolveu amplificadores? Caso não, desde quando desenvolve? RM – As mesas de som e periféricos estavam indo muito bem e sustentavam totalmente a Studio R. Até vir a questão do Collor, que prendeu nosso dinheiro e diminuiu muito o valor do produto importado. A concorrência com os fabricantes de mesa estrangeiros então foi se complicando, devido ao baixo valor do dólar. Como já haviam passado os três anos do acordo, voltei a trabalhar com amplificadores, que sofriam menos com a concor- rência internacional. Como surgiu a idéia de desenvolver amplificadores? A idéia de produzir amplificadores tem a ver com obter mais lucro para a empresa? RM – Eu sempre produzi amplificadores. Comecei minha carreira participando dos projetos do Model 360 e do A1, da Gradiente. Depois do M1000, do NA2200 e muitos outros, esta- Ruy e mesa que era produzida pela Studio R Fotos:Divulgação

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REPORTAGEM

[email protected]

Studio RO mercado brasileiro de amplificadores poderia ser dividido em antes edepois de Ruy Monteiro. Quem achar algum absurdo nesta marcaçãotemporal, pode dar uma olhadinha na história desse engenheiro quepraticamente dedicou sua vida à criação e à modernização deequipamentos de áudio, especialmente a de amplificadores, hoje mola-mestra da empresa que fundou, a Studio R.

é um marco no mercado de amplificadores

Para os incrédulos, e também para os seus admiradores, aívai uma entrevista que tem o simples objetivo de docu-mentar a importância deste brasileiro na história do

áudio profissional do país.

Backstage – Quais as principais novidades da Studio R?

Ruy Monteiro – Temos diversas novidades, como o mais po-tente amplificador da atualidade (o X12), os mais compactos eleves amplificadores em várias categorias, os únicos amplificado-res do mercado com crossover estéreo ajustável integrado, opto-limitadores de dupla ação, garantia de cinco anos, etc. Mas a prin-cipal novidade mesmo, e que torna isso tudo possível, é a nossaexclusiva tecnologia de fonte com eficiência maior que 95%.

Há quantos anos a Studio R está no mercado?

RM – A marca surgiu em 1988, logo depois que deixei a soci-edade na Micrologic e Nashville.

Como foi o início da Studio R?

RM – Nos anos 80, ainda na Micrologic após o sucesso doNA 2200, a filosofia da empresa mudou um pouco. Começamosa desenvolver as primeiras mesas de som, mixers e consoles. Amarca Nashville estava focada na fabricação de sistemas de somdoméstico, e a Micrologic, em som profissional. Só que eucomeçei a pender mais para o lado do áudio profissional mesmoe resolvi me concentrar só nisso, o que me fez fundar a Studio R.A Micrologic acabou fechando tempos depois, mas na época,para assegurar os negócios, foi feito um acordo na dissolução dasociedade de que eu não poderia fabricar amplificadores duran-te três anos! Por isso, a Studio R começou fabricando somentemesas, crossovers e direct boxes de altíssimo padrão.

A empresa sempre desenvolveu amplificadores? Caso não,

desde quando desenvolve?

RM – As mesas de som e periféricos estavam indo muito beme sustentavam totalmente a Studio R. Até vir a questão doCollor, que prendeu nosso dinheiro e diminuiu muito o valor doproduto importado. A concorrência com os fabricantes de mesaestrangeiros então foi se complicando, devido ao baixo valor dodólar. Como já haviam passado os três anos do acordo, voltei atrabalhar com amplificadores, que sofriam menos com a concor-rência internacional.

Como surgiu a idéia de desenvolver amplificadores? A idéia

de produzir amplificadores tem a ver com obter mais lucro

para a empresa?

RM – Eu sempre produzi amplificadores. Comecei minhacarreira participando dos projetos do Model 360 e do A1, daGradiente. Depois do M1000, do NA2200 e muitos outros, esta-Ruy e mesa que era produzida pela Studio R

Fotos:Divulgação

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va cada vez mais ciente de que o merca-do brasileiro precisava de potências pro-fissionais diferenciadas. Os importadosnão eram adequados à nossa realidade.Era, portanto, uma chance de se mantercompetitivo frente à concorrência, mes-mo com o dólar baixo e tudo mais. Asmesas e periféricos importados funcio-nam bem aqui no Brasil, independente-mente de seu custo, mas com os amplifi-cadores a coisa muda. Não é à toa que aStudio R foi a primeira do mundo emmuitas soluções, como os amplificadoresde 1,5 ohms feitos para quatro falantespor canal (mesmo!) e que agüentavammáxima potência senoidal sem desligarou superaquecer, mesmo nos locais maisquentes do país e com variações severasde rede elétrica. Os importados nem ti-nham essa pretensão.

Quais foram as principais mudanças

nos amplificadores desde que a empresa

começou a fabricá-los até os dias de hoje?

RM – Foram inúmeras! E em diversaslinhas diferentes. Nossos produtos hojecontam com as mais modernas tecno-logias de construção e componentes. Sãoos que atingem as maiores potências eainda assim são dos mais leves e compac-tos do mercado. Integram as mais efici-entes tecnologias de proteção e proces-samento disponíveis e algumas soluçõesúnicas como os optolimitadores de duplaação, sistema Linear-Bass de suporte acargas reativas e a mais extensa garantia

do mercado nacional. No início dos anos90, os aparelhos mais completos e poten-tes do mercado eram os Studio R HeavyDuty, com 5.500 watts RMS em até 1,5ohms em quatro unidades rack e 50 qui-los. Hoje, um X12 dá os mesmos 5.500watts em cada canal! São 11.000 wattsRMS pela norma IEC (equivalentes a13.200 watts da norma EIA, que mede osamplificadores digitais e confere ao X12o status de amplificador mais potente domundo) em somente duas unidadesrack pesando 17 quilos. É o dobro da po-tência na metade do tamanho e com umterço do peso.

Como se chegou à tecnologia FONTE X?

RM – Com a proximidade do ano2000, começou a surgir no exterior o ide-al de amplificadores mais leves e com-pactos. E produtos com essas ca-racterísticas sur-

giram uti-lizando diver-sas soluções tecno-lógicas que podiam sercopiadas e adaptadas aqui. Asduas principais eram as fontes cha-

veadas de alta potência e os estágios desaídas digitais, chamados de classe D. Oprimeiro digital chegou em 1997 no Bra-sil e era o modelo K2 da Crown. Estuda-mos o produto e a nova tecnologia atédominá-la completamente e lançamos,em 1998, o ACE-3000, o primeiro ampli-ficador digital brasileiro e que já era maispotente que o próprio Crown, no qual foiinspirado. Esbarramos, no entanto, emum sério problema que assombra os digi-tais até hoje: preço. Todo mundo que viue testou o ACE-3000 achou ótimo, masquando sabiam seu preço, logo desani-mavam. Mas mesmo os mais abonadosque decidiam encarar a compra, desisti-am por outro motivo simples, mas de ex-trema importância para o profissional daestrada: manutenção. Os técnicos brasi-leiros, quando olhavam para um amplifi-cador digital na eventualidade de repa-ros, não sabiam nem por onde começar!O cliente ficava à mercê da fábrica ou dealguns poucos técnicos, mas quem é quepode abrir mão de um equipamento nomeio de um evento no norte do país paraenviá-lo para reparos em São Paulo? Essapreocupação existe até hoje. Partimos en-tão para o desenvolvimento de amplifica-dores convencionais mais eficientes, comfontes chaveadas, e lançamos na Expo-

O BX foi o primeiro 2 ohms para 4 falantes por canal do Brasil

Studio R ACE-3000, oprimeiro amp digital

brasileiro, lançado em 1998

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music de 2000 o primeiro amplificadorde fonte chaveada brasileiro a superaros 5.000 watts RMS. Foi novamenteum fracasso pelos mesmos motivos: pre-ço e manutenção.

Tínhamos então, mais uma vez, odesafio de produzir um produto queatendesse às necessidades únicas domercado brasileiro. Um equipamentoleve, potente e compacto como os digi-tais e chaveados, mas com preço etecnologias adequados à nossa realida-de. Tinha que ser tão bom, ou melhor,que os amplificadores gringos, masmuito mais resistente, confiável e, ain-da por cima, mais barato. Foi um desa-fio e tanto, mas em três anos de intensapesquisa, estudo e testes com soluçõesinéditas e 100% desenvolvidas em solonacional, chegamos à primeira versãoda fonte X, lançada em 2003 sigilosa-mente dentro de alguns modelos daSérie Z. O sucesso foi tão grande quenossos clientes começaram a nos ligarestupefatos com o milagre: “Compreium Z5 novo que está pesando a meta-de do meu antigo! Achei que tinhavindo vazio, mas quando liguei vi queele dá mais potência que o antigo!Cruz credo, o que está acontecendo?”.Foi a prova final de que havíamos des-coberto algo fantástico e novo.

De 2003 para cá, a fonte evoluiu ain-da mais e equipa não só os novos modelosmais potentes da Série Z, como todos osmodelos da Série X. O preço dos equipa-mentos com essa tecnologia é tão compe-titivo e seu desempenho é tão bom e

confiável que hoje a Série X é nossacampeã absoluta de vendas pelo segundoano consecutivo e já é exportada paratodo o mundo. Na Alemanha, nossoprincipal mercado no exterior, são tãobem aceitos que nos adequamos emtempo recorde à nova norma RoHS, obri-gatória para produtos eletrônicos naUnião Européia. Isso faz dos Série X osúnicos amplificadores profissionais naci-onais, até o momento, certificados parauso na União Européia. Isso para nós émotivo de grande orgulho e satisfação.São os brasileiros produzindo o mais po-tente amplificador do mundo, em acor-do com as mais novas e rígidas normas in-ternacionais, com tecnologia exclusiva etotalmente nacional, que nada deve àsmais modernas soluções mundiais, eaprovados (e comprados) pelos gringosmais exigentes.

Quando começou a produzir amplifi-

cadores já tinha em mente qual seria o

diferencial da empresa?

RM – Qualidade, recursos, confia-bilidade e durabilidade. Essa é a tônicade todos os meus projetos e o princípio noqual está fundamentada a Studio R. Jádeixamos de produzir muitos produtos,como as mesas e caixas amplificadas, poiseram consideradas caras. Para barateá-las, teríamos que baixar sua qualidade.Apesar dos insistentes pedidos de nossosclientes para mantê-las em linha, prefe-rirmos finalizar sua produção a baixar suaqualidade. Para mim, é questão de hon-ra! E honra também de minha família, já

que meus filhos trabalham hoje comigo.Jamais colocarei meu nome em um pro-duto de qualidade inferior. E se chegar odia em que para vender amplificadoreseu tenha que abrir mão da qualidade,mudarei de ramo novamente.

Conte um pouco sobre a sua carreira,

desde o início até os dias de hoje. Por quais

empresas passou antes da Studio R?

RM – Comecei mesmo na área deáudio em 1966 e com os receivers da Gra-diente. Naquela época, os aparelhos desom mais potentes eram receivers. Vinhada Telefunken, onde desenvolvia proje-tos de telefonia, mas potências, começeia fazer de verdade na Gradiente. Lança-mos finalmente, em 1975, um produtoque marcou a evolução dos que são hojeos Studio R, o Gradiente M-360.

Os amplificadores, até então, erammodelos mais rudimentares e o transistorainda não era muito desenvolvido. A pri-meira vez que houve disponibilidade decomponentes para fabricar um amplifi-cador transistorizado superior ao valvularfoi com o M-360, o primeiro amplificadorbrasileiro com pinta de profissional. O M-360 entusiasmou tanto o mercado quedecidiram fazer um outro modelo queresolvesse o problema de importação dasdemais linhas. Aí, começamos a projetaro famoso A1.

Na época, nosso concorrente interna-cional era o Ampzilla. Se você olhar atopologia deles, vai notar que um nãotem nada a ver com o outro. Já era um

Família Studio R: Samuel, Ruy e Francisco

“O sucesso foi tão grande que nossos clientescomeçaram a nos ligar estupefatos com o milagre:

Comprei um Z5 novo que está pesando a metade do meuantigo! Achei que tinha vindo vazio, mas quando liguei

vi que ele dá mais potência que o antigo!”

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produto 100% nacional. O A1 foi somen-te combatido pelo PM 5000, da Polyvox,que se antecipou para lançá-lo um mêsantes. Mas o sucesso do A1 foi tão grandeque nessa ocasião a Gradiente comproua Polyvox.

Depois disso, me associei à Micro-logic, até então uma empresa especi-alizada em acessórios para carro, cha-ves para alto-falante, crossovers passi-vos e equalizadores. Entrei na socieda-de com uma injeção de capital para fa-zer amplificadores. O primeiro foi o P-500, precursor do M1000, de 1980. Foio primeiro amplificador profissional na-cional, porque tinha ventilação força-da e sensores térmicos, sistema de pro-teção contra cargas inadequadas, aci-dentes de fiação, e trabalhava comqualquer energia sem desligar. Foitambém o primeiro amplificador nacio-nal a utilizar transformador toroidal.

Depois do M1000, analisamos o merca-do e concluímos que a linha Micrologicera profissional demais e estávamosdeixando vários concorrentes se diver-tirem com os aparelhos mais baratos.Projetei então o NA 2200 sob a marcaNashville, uma divisão da Micrologicpara som doméstico.

O NA 2200 era um produto muitoeconômico e completo. Possuía menosde duas unidades rack e passou a ser oúnico amplificador com ventilação va-riável de acordo com a temperatura.Inevitavelmente, tornou-se um grandesucesso entre os profissionais também eé utilizado até hoje pelo Brasil. Vieram

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então as mesas e demais periféricosprofissionais da Micrologic, mas euqueria algo definitivamente diferenci-ado em nível mundial para este merca-do. Desliguei-me da Micrologic e fun-dei, em 1988, a Studio R, onde tudovem acontecendo até hoje, como jádito anteriormente.

Até que ponto o cenário econômico e

político do país interfere na produção e

no crescimento da empresa?

RM – Nosso crescimento semprefoi totalmente limitado e determina-do por este cenário. Ao contrário deoutros fabricantes, a Studio R produzexclusivamente ampli f icadores dealta potência e recursos diferencia-dos. E esta fatia do mercado é peque-na e sazonal. Em época de carnaval,eleições e festas em geral se vendemuito. Em outras épocas, se vendemuito pouco. Logo, nossa estruturanão permite total atendimento domercado em época de grande movi-mento, já que qualquer ampliaçãopara suprir a demanda geraria demis-sões na época seguinte. Este ano, com

a proibição dos “showmícios”, no en-tanto, a alta esperada da demandanão aconteceu. Teríamos passado porgrandes dificuldades se não fosse pe-las crescentes exportações. Hoje é jus-

tamente o mercado internacional quenos dá um maior fôlego, apesar da si-tuação interna do país. Mas estamoslançando também uma nova linha de am-plificadores de baixa potência que vai sa-cudir de vez o mercado com tecnologia epreço. Essa linha permitirá que o usuáriode menor porte ou semiprofissional tam-bém possa ter um Studio R.

A Studio R exporta o quê e para

quais países?

RM – Já exportamos caixas processa-das, amplificadores da Série Z de 2 e 4ohms e o modelo ACE 2400. Mas a bolada vez são mesmo os Série X. Temos pro-dutos já vendidos para os Estados Uni-dos, América Central e Mercosul (comdestaques para Venezuela, Aruba, Co-lômbia, Uruguai e Argentina), Europa(com destaque para Holanda, Alema-nha, Áustria, Portugal, Espanha e ReinoUnido), países diversos do Leste Euro-peu, África (com destaques para Argéliae África do Sul), Singapura, Indonésia,Austrália e Nova Zelândia.

Quando começou a exportar?

RM – Começamos a exportar emagosto de 2002, antes mesmo do desen-volvimento da fonte X. Os primeirosprodutos foram os amplificadores daSérie Z de 2 e 4 ohms, principalmente.Os clientes principais eram Indonésia,África do Sul e Uruguai. Com a imple-mentação da fonte X nos Série Z de 2ohms, em 2003, a procura aumentoumuito! O produto, que já havia sidoaprovado, agora ficara mais leve, po-tente e econômico. O dólar subia e ascaixas processadas também agradavamem preço e desempenho. O boca-a-boca internacional entre distribuidorescomeçou a disparar as vendas de amos-tras para países espalhados por todo oglobo. Em 2004, com o lançamento dosSérie X, tivemos um surto de interesse

internacional. O dólar estava em seupico, o que também ajudava muito e jánão conseguíamos atender a demandanacional, gerada pelas eleições daque-

le ano. Isso gerou a falta do produto ecomplicou um pouco a relação comgringos já interessados em grandes vo-lumes, mas tudo ia muito bem até odólar começar a cair vertiginosamentede valor. Foi o que brecou bastante anossa ascensão no exterior, pois osgringos começaram a ficar com medodas variações de preços e riscos da eco-nomia do país. Hoje, com o dólar baixo,porém estabilizado, e a Série X comple-ta, retomamos nosso crescimento inter-nacional em ritmo mais lento, porémconstante e já com boa confiança agre-gada à marca. Foi nossa principal fontede renda este ano.

Quantos anos a Studio R está fazendo?

RM – Eu enxergo a Studio R comouma seqüência e conseqüência de meutrabalho ininterrupto em áudio profissio-nal desde 1966. Para mim, ela tem, por-tanto, 40 anos. Esse foi o tempo que seusprodutos levaram para ser desenvolvidoscomo hoje são. Mas o nome Studio R foiregistrado em 1988 somente, logo, estácompletando a maioridade este ano: 18anos! Sem dúvidas, está em sua maturida-de e pronta para o mundo.

“O NA 2200 era umproduto muito

econômico e completo.Possuía menos de duas

unidades rack e passou aser o único com

ventilação variável deacordo com atemperatura”

“Começamos a exportarem agosto de 2002,

antes mesmo dodesenvolvimento dafonte X. Os primeiros

produtos foram osamplificadores da Série

Z de 2 e 4”