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Práticas Educacionais Inclusivas na área da Deficiência Intelectual
Letramento na matemática e Língua Portuguesa
REFLEXÕES SOBRE A ALFABETIZAÇÃO: CONHECIMENTO E DESAFIOS
PARA A INTRODUÇÃO AO MUNDO LETRADO
Ana Rosa de Oliveira Gina Sanchez
Vera Lúcia Messias Fialho Capellini
1. Se a criança ainda não estabelece relação entre a fala e escrita, é
fundamental criar situações de aprendizagem, como “ler” textos cujo conteúdo
sabem de cor, recebendo previamente a informação de qual texto é, para que
possam tentar ajustar o que sabem ao que está escrito com apropria escrita –
a chamada leitura de ajuste;
2. É importante, também que as crianças trabalhem com colegas que já
compreendam que há relação entre a fala e a escrita, mas que ainda não
estejam alfabetizados – chamamos de agrupamento produtivo, onde crianças
se agrupam por estarem em níveis de aprendizagem diferentes, mas
próximos;
3. Ditar listas de palavras com o mesmo campo semântico (nomes de frutas,
coisas que se encontram na escola, itens de uma festa de aniversário etc);
4. Oferecer atividades onde as crianças possam escrever trechos de textos de
memória, cantigas;
5. Oportunizar para que as crianças escrevam como souberem, mas da melhor
forma possível, justificando a escrita através da leitura – o erro,aqui, é
construtivo;
6. Oportunizar leituras para os alunos, lendo para eles diariamente;
7. Deixar que discutam com os colegas as escritas que realizarem;
8. Reler o texto, frases ou palavras com os alunos, para que eles leiam
exatamente o que escreveram e não o que queriam ter escrito;
9. Orientar a leitura de cada aluno, fazendo-os ler acompanhando com o dedo
ou o lápis, localizando letras, sílabas e palavras;
10. Peça para seu aluno identificar em lista a palavra solicitada por você,
professor;
11. Recitar/cantar o que está no texto, escolhendo algumas palavras a serem
localizadas pelas crianças;
Práticas Educacionais Inclusivas na área da Deficiência Intelectual
Letramento na matemática e Língua Portuguesa
12. Solicitar aos alunos que expliquem como procederam para encontrar as
palavras solicitadas;
13. Trabalhem com adivinhas, as crianças ficarão motivadas para escrever as
respostas;
14. Dê pequenos textos, com frases fora de ordem para que a crianças as
ordenem e justifiquem porque fizeram de determinada forma;
15. Com as letras móveis, pedir que “montem” a palavra, a frase, a poesia.
Importante deixar só as letras necessárias, nem mais, nem menos, sabendo
que não deve sobrar ou faltar letras – isso para a criança é uma “dica”;
16. Faça atividades de leitura com quadradinhos: a criança deverá ver as
palavras soltas, com alfabeto móvel, e ter que encaixá-las nos quadradinhos,
letra a letra, de todas as palavras apresentadas. Você deve ler com a criança,
em seguida, o que ela construiu;
17. Ofereça palavras e figuras: a criança deverá observar as palavras da lista
para procurar o nome equivalente à figura;
18. Deixe a criança discutir com o colega para encontrar o nome procurado;
19. Ofereça à criança a possibilidade de copiar a palavra considerada correta e
caminhe com ela para ajustar a escrita, se necessário;
20. Preencher cruzadinhas com figuras e palavras também é uma boa atividade.
Na ponta de cada linha de quadradinhos, deve existir uma figura, sempre
observando o mesmo campo semântico. A criança deverá preencher os
espaços com as letras adequadas e discutir o que fez com um colega. Como
variação, esta atividade pode ser realizada em duplas, considerando um
agrupamento produtivo;
21. Para ordenar texto, leia ou informe qual texto será ordenado e, quando for um
texto em versos, por exemplo, recite ou cante com as crianças antes da
atividade;
22. Você, professor, pode escrever junto com a criança, ou a criança com outra
criança, alternando-se a vez de escolher qual letra colocar para formar a
palavra;
23. Pode-se ter os nomes escritos de meninas e meninos da classe, em duas
listas separadas, uma ao lado da outra, para consultar sempre que preciso;
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Letramento na matemática e Língua Portuguesa
24. Deixe as crianças encontrarem os nomes dos colegas que irão fazer uma
determinada tarefa naquele dia;
25. Permita-os encontrar nomes parecidos: Gabriel/Gabriela, Ana Maria/Ana
Laura, Luiz/Luiza etc
26. Possibilite a eles fazerem uma lista de aniversariantes de cada mês; ao
escreverem os nomes dos colegas, perceberão muitas informações sobre o
sistema de escrita,
27. Deixe a sala ser espaço e cenário de alfabetização: as cadeiras e carteiras
devem servir ao tipo de atividade que planejou. Não há regras em sempre
deixá-las em filas ou em duplas/grupos. O mobiliário será distribuído na sala
de acordo com a finalidade do trabalho que você, professor, planejou;
28. Não se esqueça que a sala de aula não pode ser confundida com decoração
de festa infantil. O que isso quer dizer? Quer dizer que personagens infantis
podem ser lindos e agradar as crianças, mas não compõem um ambiente
alfabetizador. Tenha o alfabeto em local visível, tenha nomes escritos em tiras
de cartolinas nos objetos da sala, isto sim, ajuda a criança a “entrar no
mundo” letrado.
Referências CAGLIARE, Luiz Carlos. Alfabetizando sem o BÁ-BÉ-BI-BÓ.BU.São Paulo: Scipione, 2009. COLOMER, Tereza. Ensinar a ler, ensinar a compreender. Porto Alegre: Artmed,2002. ELIAS, Marisa Del Cioppo. De Emílio a Emília: a trajetória da alfabetização. São Paulo: Scipione, 2000. NÓVOA, A.(Org.) Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992. WEISZ, T. O diálogo entre o ensino e a aprendizagem. São Paulo: Ática. 2000.