Alentejo Feel Nature guia web_Arronches_Alentejo

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PERCURSOS EM NATUREZA

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Guia de Percursos Pedestres Alentejo Feel Nature

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  • PERCURSOS EM NATUREZA

  • 2 Alentejo Feel Nature Alentejo Feel Nature 3

    1. ALTO ALENTEJO 4

    2. REAS CLASSIFICADAS DO ALTO ALENTEJO 24

    3. PRODUTOS TRADICIONAIS DE QUALIDADE E GASTRONOMIA 30 DO ALTO ALENTEJO

    4. REDE DE PERCURSOS EM NATUREZA - ALENTEJO FEEL NATURE 32

    NDICE

    5. OUTROS PERCURSOS NO TERRITRIO DA REDE 170

    6. COMER E DORMIR 171

    7. MAPA DO ALTO ALENTEJO COM A REDE ALENTEJO FEEL NATURE 174

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  • 4 Alentejo Feel Nature Alentejo Feel Nature 5

    Esta superfcie foi rasgada por cursos de gua importantes: os rios Caia, Sor e Xvora e vrias ribeiras. Estes, tal como o Tejo e o Sever, vem muitas vezes o seu caminho interrompido e as suas guas retidas em vrias albufeiras: Belver, Caia, Fratel, Maranho, Montargil, Monte Fidalgo e Pvoa. Mas estas so s as maiores. Por toda a parte pequenas represas so elementos que se distinguem na paisagem, potenciam novas atividades agrcolas e contribuem para a manuteno da biodiversidade.

    A secular defesa da fronteira deixou marcas nos horizontes, ainda recortados por linhas de muralhas, pela silhueta de torres vigilantes e por baluartes que j no sendo ameaadores, nos convidam para uma visita.

    terra destes campos e montes do Alto Alentejo - povoados por sobreiros, azinheiras e oliveiras, revestidos por prados ou por cereais e habitados por muitas espcies selvagens raras - que muitos produtos alimentares e a gastronomia, vo buscar os aromas e os sabores que os diferenciam.

    Reunidos no canto nordeste do Alentejo, esto 15 concelhos, com uma populao aproximada de 120.000 habitantes e onde pontuam as cidades de Elvas, Ponte de Sor e Portalegre.

    Quis a histria da Terra dotar este territrio com trs assinalveis formaes geomorfolgicas que por aqui vincam as paisagens.

    A norte, o largo e profundo vale do Rio Tejo, a fazer fronteira com a Beira Baixa. Situao que se estende pelo vale encaixado do Rio Sever, seu afluente da margem esquerda, que tambm serve para vincar os limites com a Extremadura espanhola.

    A Serra de So Mamede, com o seu desenvolvimento noroeste-sudeste ao longo de 40km, detm o nico ponto acima dos 1000 m de altitude a sul do Tejo e enquadra-se num alinhamento que vem da Beira, entra visivelmente no Alentejo pelas Portas de Rdo, e que ainda se prolonga por territrio espanhol.

    O resto uma extensa peneplancie, pontuada aqui e ali por um ou outro monte mais elevado, que algumas manchas de granitos ou de xistos mais resistentes tornam mais ou menos rugosa.

    1 ALTO ALENTEJO

  • 6 Alentejo Feel Nature Alentejo Feel Nature 7

    PORTALEGRE

    Ponte de Sor

    Elvas

    Crato

    Alter do Cho

    Arronches

    Avis

    Castelo de Vide

    Marvo

    Fronteira

    Gavio

    Monforte

    Sousel

    Nisa

    Estremoz

    Vila Velha de Rdo

    Valencia de Alcntara

    Abrantes

    Badajoz

    Rio Tejo

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    Rio Tejo Rio Te

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    Ribeira de Nisa

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    Rio Sever

    Rio Sever

    Barragemda Pvoa

    Barragem de Abrilongo

    Barragem de Montargil

    Barragem do Maranho

    Rio Caia

    Rio Caia

    Rio Xvora

    Barragem do Fratel

    Barragem de Monte Fidalgo

    Barragem de Castelo do Bode

    Barragem de Belver

    Barragem do Caia

    Parque Naturalda Serra de So Mamede

    Monumento Naturaldas Portas de Rdo

    Ribeira de Abrilongo

    Ribeira de Arronch

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    Ribeira de Alfeijs

    Ribeira de Figueir

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    0 5 10 20Km

    E S P A N H A

    EN372

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    Campo Maior

  • 8 Alentejo Feel Nature Alentejo Feel Nature 9

    A NO PERDER

    PONTE ROMANA DE VILA FORMOSA, prxima de Seda (MN - sc. II)CASTELO DE ALTER DO CHO (MN - sc. XIV) ALTER PEDROSO (runas do castelo e povoao) COUDELARIA DE ALTER IGREJA DO CONVENTO DE SANTO ANTNIO, ALTER DO CHO (IIP - scs. XVII - XVIII) CHAFARIZ DA PRAA PBLICA(IIP - sc. XVI)

    APRESENTAO HISTRICA Com origem no povoado romano de Abelterium, fundado sobre um ncleo da Idade do Ferro, foi no governo do primeiro califa do al-Andaluz, Abd al-Rahmann III, que as bases primitivas do castelo foram erguidas, antes da conquista crist por D. Afonso Henriques. Recebeu foral em 1232, no reinado de D. Sancho II, e fica sob influncia do Bispado da Guarda at 1293, quando D. Dinis lhe atribui nova carta de foral. D. Pedro I ordena, em 1359, a reconstruo do castelo. Em 1748 fundada a Coudelaria por D. Joo V.

    APRESENTAO GEOGRFICA Os vrios cursos de gua que afluem caudalosa Ribeira de Seda do cor e frescura a esta zona de plancie onde ao longo do ligeiro ondular dos seus solos arenosos, pores de montado de sobro alternam com os de azinho, sempre com a Serra de So Mamede no horizonte nascente, a um olhar de distncia.

    ALTER DO CHO

    Castelo

    DISTNCIASPORTALEGRE: 29km (IC13)

    LISBOA: 171km (N119)PORTO: 297km (A1 e A13)

    REAS CLASSIFICADAS PRXIMASStio de Importncia Comunitria Cabeo

    Ponte romana de Vila Formosa

    AGENDA ANUAL

    ABRIL CAVALOS E TOIROS Um ms de encontros e atividades a culminar na tradicional corrida de toi-ros no dia 25 de abril. Alter do Cho.

    FESTIVAL DA JUVENTUDE ALTER SUMMER FEST Encontro veraneante para jovens, no Jardim do lamo, com trs noites de msica ao vivo.

    SEMANA GASTRONMICA DO AAFROSemana da Pscoa. Uma semana de cozinha indo-portuguesa, pautada pelos aromas e sabores do aafro.

    Foto

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  • 10 Alentejo Feel Nature Alentejo Feel Nature 11

    APRESENTAO HISTRICA A 30 de julho de 1211, D. Afonso II doou este territrio Milcia dos Freires de vora, sob condio de erguerem um castelo, um convento e um povoado. O Mestre D. Ferno Eanes, primeiro Mestre de Avis, fundou a vila em 1214 e de imediato conduziu a construo do castelo. A sede da Milcia dos Freires de vora foi ento transferida para Avis, onde se transformaria na Ordem Militar de So Bento de Avis, que em 1385 estaria no nascimento da 2 dinastia de Portugal, com a coroao do seu Gro-mestre, D. Joo I.

    APRESENTAO GEOGRFICA Territrio banhado pela albufeira do Maranho, onde as guas da Ribeira de Seda se pacificam e amenizam o calor trrido dos bem conservados montados de sobro e azinho, privilegiando com as suas linhas de gua de abundante biodiversidade, que se destaca pelas espcies de avifauna e bosques ribeirinhos.

    AVIS

    Vista geral de Avis

    DISTNCIASPORTALEGRE: 59km (IC13 e N370)

    LISBOA: 165km (A2, A6 e N370) ou 148km (N251)PORTO: 298km (A1 e A13)

    REAS CLASSIFICADAS PRXIMASStio de Importncia Comunitria Cabeo

    Igreja Matriz e Pelourinho

    A NO PERDER

    CASTELO DE AVIS (MN - sc. XIII)

    NECRPOLE MEGALTICA DA ORDEM / ANTA DA HERDADE DA ORDEM (MN - Neoltico e Calcoltico)

    LPIDE DA IGREJA DE BENAVILA /CAPELA DE NOSSA SENHORA DE ENTRE GUAS (MN - sc. XV)

    IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA ORADA (scs. XV - XVIII)

    ANTAS DO CONJUNTO MEGALTICO DE ERVEDAL (Neoltico e Calcoltico)

    AGENDA ANUAL

    FEIRA MEDIEVAL IBRICA DE AVIS Em maio a vila de Avis viaja at aos sculos XIII e XIV com recriaes histricas de alguns dos factos mais importantes aqui celebrizados.

    FEIRA FRANCANo ltimo fim-de-semana de julho, com msica, artesanato, tasquinhas e exposies. Este um dos eventos mais concorridos da regio.

    APRESENTAO HISTRICA A vila que cinco pontes rodeiam. Foi como Saramago se referiu povoao tomada por D. Afonso Henriques aos Mouros em 1166, perdida e novamente recuperada por D. Sancho II em 1235 e integrada em definitivo no territrio portugus em 1242, com nova reconquista de D. Paio Peres Correia. Em 1255 D. Afonso III concedeu-lhe foral e, tomada pelos castelhanos durante a Crise de 1383-1385, foi de novo resgatada por D. Nuno lvares Pereira em 1384. Privilegiada por monarcas, recebeu em 1475 as cortes reunidas por D. Joo II.

    APRESENTAO GEOGRFICA Concelho parcialmente inserido no Parque Natural da Serra de So Mamede, abenoado pela frescura dos cursos de gua que escorrem das suas encostas sudoeste e que irrigam, que nem artrias, o grande planalto que mais a sul se deixa imergir pela albufeira do Caia. A este, a Ribeira de Abrilongo fronteira natural com Espanha.

    ARRONCHES

    A NO PERDER

    IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA ASSUNO (MN - sc. XVI)

    FORTALEZA DE ARRONCHES (IIP - scs. XIV e XVII)

    IGREJA DO CONVENTO DE NOSSA SENHORA DA LUZ (IIP - sc. XVI)

    FONTE DO VASSALO (IIP - sc. XVIII)

    PINTURAS RUPESTRES DA LAPA DOS GAIVES, HORTAS DE BAIXO (MN - Neoltico e Calcoltico)

    AGENDA ANUAL

    FESTAS DE S. JOO Ao longo do ms de junho. Ruas adornadas com milhares de flores de papel.

    FEIRA DAS ATIVIDADES ECONMICAS DE ARRONCHES 2 fim de semana de julho. Com enfase na gastronomia tradicional.

    REAS CLASSIFICADAS PRXIMASStio de Importncia Comunitria So MamedeParque Natural da Serra de So Mamede

    DISTNCIASPORTALEGRE: 26km (N246)

    LISBOA: 233km (A6)PORTO: 318km (A1)

    Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assuno

    Fonte do Vassalo

  • 12 Alentejo Feel Nature Alentejo Feel Nature 13

    APRESENTAO HISTRICA Apelidada por D. Pedro V como a Sintra do Alentejo, Castelo de Vide era ainda em 1299 um lugar et mais cho q forte. Foi o conflito entre os herdeiros de D. Afonso III, D. Afonso Sanches e D. Dinis, que deu incio histria da vila. D. Dinis, ao subir ao trono em 1279, despoletou a infmia do irmo que ordenaria em Vide, seu patronato, a construo de uma muralha. D. Dinis d cerco vila, terminado somente pela chegada de uma embaixada de Arago com a proposta de casamento do rei com D. Isabel de Arago.

    APRESENTAO GEOGRFICA Castelo de Vide ocupa o flanco norte e nordeste da Serra de So Mamede, estendendo-se para norte pela peneplancie grantica, onde surge o espelho de gua da albufeira da Barragem da Pvoa e para onde se encosta ao Rio Sever. A Serra de So Paulo, em frente vila, uma das partes da Serra de So Mamede.

    CASTELO DE VIDE

    Vista geral

    DISTNCIASPORTALEGRE: 20km (N246) ou 17km (EM523)

    LISBOA: 225km (A1 e A23) ou 212km (N119)PORTO: 289KM (A1)

    REAS CLASSIFICADAS PRXIMASParque Natural da Serra de So MamedeStio de Importncia Comunitria So Mamede

    Sinagoga

    A NO PERDER

    CASTELO DE CASTELO DE VIDE (MN - scs. XIII - XIV)

    MENIR DA MEADA (MN - Neocalcoltico)

    JUDIARIA E SINAGOGA (scs. XIV - XV)

    FONTE DA VILA (IIP - sc. XVI)

    ERMIDA DE NOSSA SENHORA DA PENHA, SERRA DE SO PAULO (sc. XVI)

    IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA DEVESA (scs. XVIII - XIX)

    AGENDA ANUAL

    SEMANA SANTA Semana de celebraes pascais, onde o sagrado e o pago coabitam em festiva harmonia. Bno dos cordeiros. Chocalhada.

    FESTIVAL ANDANASNa Barragem da Pvoa. Um festival de msica e dana populares onde aprender mais importante que ver.

    FEIRA MEDIEVAL No 1 fim-de-semana de setembro.

    APRESENTAO HISTRICA Conquistada aos Mouros pela famlia Prez de Badajoz, em 1219, a povoao elevada a vila em 1255 por D. Afonso X, rei de Leo. A assinatura do Tratado de Alcaices, em 1297, integra-a nos domnios da Coroa Portuguesa e, em 1310, D. Dinis comanda a reedificao do seu castelo. Em 1512, D. Manuel I outorga foral vila, que dois sculos depois, em 1732, v dois teros da populao dizimados na sequncia de um incndio causado pela exploso do paiol da torre de menagem. D. Joo V reergueu a vila das runas.

    APRESENTAO GEOGRFICA Encostado a um dos extremos mais orientais da fronteira luso-espanhola no Alentejo, o concelho de Campo Maior limitado e cruzado pelo Rio Caia, pela Ribeira de Abrilongo e pelo Rio Xvora, onde a anterior aflui, frente a Ouguela. Dominam os vales largos e as pequenas elevaes, o que faz com que se im-ponha a peneplancie alentejana. Para sudoeste est Elvas e a sudeste Badajoz.

    CAMPO MAIOR

    A NO PERDER

    CASTELO DE CAMPO MAIOR (MN - scs. XIII - XVI e reconstruo por D. Joo V no sc. XVIII)

    PELOURINHO DE CAMPO MAIOR (MN - sc. XVIII)

    IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA EXPECTAO(IIP - scs. XVI - XVII) - 1570-1646

    CAPELA DOS OSSOS (sc. XVIII) - 1766

    CASTELO DE OUGUELA (IIP scs. XIII - XIV)

    CENTRO DE CINCIA DO CAF

    AGENDA ANUAL

    ROMARIA DE NOSSA SENHORA DA ENXARA Romaria pascal que comea na Sexta--feira Santa, com procisso campal, tourada e divertimentos vrios.

    ROMARIA DE SO JOOZINHO Romaria no dia 23 de junho at Ermi-da de So Joozinho. Venda de fogaas (oferta de bolos, frutas e animais por quem viu promessa cumprida).

    FESTAS DO POVOQuando o povo quer, as ruas de Campo Maior adornam-se de flores. No fim de agosto, incio de setembro.

    REAS CLASSIFICADAS PRXIMASZona de Proteco Especial Campo Maior | Stio de Importncia Comunitria So MamedeStio de Importncia Comunitria Caia

    DISTNCIASPORTALEGRE: 48km (N246 e N371)

    LISBOA: 225km (A6)PORTO: 340km (A1)

    Festas do Povo

    Igreja Matriz e centro histrico vistos do castelo

  • 14 Alentejo Feel Nature Alentejo Feel Nature 15

    APRESENTAO HISTRICA Elvas, a cidade quartel, viu a sua primeira fortificao construda pelos romanos, entrados na Pennsula Ibrica em 218 a.C.. No sc. VIII, ento chamada Ialbax, foi ocupada pelas comunidades islmicas que no sc. XII seriam conquistadas por D. Afonso Henriques. Contudo, s no reinado de D. Sancho II, em 1229, a fortaleza seria definitivamente subjugada. No sc. XIV, D. Afonso IV comanda a construo da 3 linha de muralhas, terminada no reinado de D. Fernando e, em 1513, D. Manuel I eleva Elvas a cidade.

    APRESENTAO GEOGRFICA Concelho encostado fronteira luso-espanhola, que aqui vincada pelo curso do Rio Caia e pelo Rio Guadiana, sendo a primeira terra portuguesa a dar as boas vindas ao grande rio do sul. A albufeira da Barragem do Caia est no limite norte. Uma zona de maiores altitudes, quase atingindo os 500m, ergue-se a noroeste de Elvas.

    ELVAS

    Aqueduto da Amoreira

    DISTNCIASPORTALEGRE:58 km (N246)

    LISBOA: 208km (A6)PORTO: 350km (A1)

    REAS CLASSIFICADAS PRXIMASZona de Proteco Especial Torre da Bolsa | Zona de Proteco Especial So Vicente Stio de Importncia Comunitria Caia

    Fortificaes abaluartadas

    A NO PERDER

    CIDADE-QUARTEL FRONTEIRIA DE ELVAS E SUAS FORTIFICAES Patrimnio Mundial da Humanidade

    AQUEDUTO DA AMOREIRA (MN - scs. XVI - XVII)

    COMPLEXO MEGALTICO DE ELVAS E BARBACENA

    CASTELO DE BARBACENA (IIP - sc. XVI)

    FORTE DE SANTA LUZIA (IIP - sc. XVII)

    PONTE DE NOSSA SENHORA DA AJUDA(IIP - sc. XVI)

    AGENDA ANUAL

    FREEDOM FESTIVAL Meados de agosto. Festival de msica, dana, natureza, ecologia e terapias mdicas no convencionais.

    FEIRA DE SO MATEUSA maior Romaria do Alentejo. No final de setembro, festa devota ao Sr. Jesus da Piedade, com razes no sc. XVI.

    SEMANA GASTRONMICA DAS SOPAS ALENTEJANAS. Maio/junho. Mostra da enorme variedade de sabores e aromas de um dos alimentos to portugus quanto Portugal.

    APRESENTAO HISTRICA As mais de 70 antas registadas no municpio do Crato atestam a presena de povoaes neolticas antes da histria aqui comear a ser contada h mais de 2.500 anos. Fundada por Cartagineses, at conquista de D. Afonso Henriques em 1160, albergou romanos, vndalos, alanos, visigodos e mouros. Em 1232, D. Sancho II doou-a Ordem dos Hospitalrios (Ordem de Malta a partir de 1530), sendo prior Mem Gonalves, outorgante do 1 foral da vila e ao qual se sucedeu, em 1512, o foral doado por D. Manuel I.

    APRESENTAO GEOGRFICA Afastado para ocidente da Serra de So Mamede e com o seu relevo apenas vincado pela passagem da Ribeira de Seda e da Ribeira de Alfeijs, o concelho do Crato integra-se no contnuo da paisagem da peneplancie alentejana.

    CRATO

    A NO PERDER

    IGREJA-FORTALEZA DE SANTA MARIA DA FLOR DA ROSA (MN - sc. XIV)

    ANTA DO CRATO (MN - Neocalcoltico)

    ANTA DA ALDEIA DA MATA (MN - Neocalcoltico)

    IGREJA MATRIZ DO CRATO (IIP - sc. XIII - reformada nos scs. XV e XVII)

    VARANDA DO GRO-PRIOR (IIP - sc. XVI)

    MUSEU MUNICIPAL DO CRATO

    AGENDA ANUAL

    FESTIVAL DO CRATO Final de agosto, msica, artesanato e gastronomia.

    SEMANA SANTA Festividades pascais com tradio mpar onde se destaca a Procisso do Enterro do Senhor da Cana Verde, romaria noturna, na Sexta-feira Santa.

    FESTIVAL DO MARISCOVale do Peso. To longe do mar, mas recheado de delcias martimas, este o festival que move todo o Alto Alentejo em busca dos sabores frescos do oceano em agosto.

    REAS CLASSIFICADAS PRXIMASStio de Importncia Comunitria Nisa-Lage da Prata

    DISTNCIASPORTALEGRE: 23km (IC13)

    LISBOA: 183km (N119) ou 223km (A1 e A23)PORTO: 286km (A1)

    Anta da Aldeia da Mata

    Igreja-fortaleza de Santa Maria da Flor da Rosa

  • 16 Alentejo Feel Nature Alentejo Feel Nature 17

    A NO PERDER

    CASTELO DE BELVER (MN - sc. XIII)

    CAPELA DA NOSSA SENHORA DO PILAR, BELVER (IM)

    ANTA DO PENEDO GORDO, TORRE FUNDEIRA (Neoltico e Calcoltico)

    MUSEU DO SABO, BELVER

    PASSADIO DE ALAMAL

    APRESENTAO HISTRICA So gentes agradecidas e boas, e gosto agora da ideia de estar cercado, quando morto, de gente que na minha vida se atreveu a ser agradecida. Mouzinho da Silveira testifica assim o desejo de ser sepultado em Vale de Gavies, freguesia de Margem. Em 1194, D. Sancho I doou Ordem dos Hospitalrios as terras de Guidintesta (entre o Zzere e o Tejo) sob condio de a erguerem povoaes e um castelo de nome imposto Belver, concludo em 1212, e com funo de servir de linha defensiva s investidas mouras.

    APRESENTAO GEOGRFICA Este um concelho alentejano que tem territrio a norte do Tejo: Belver. O profundo vale do Rio Tejo marca a geografia do territrio a norte, impondo-se para sul a peneplancie talhada pelas linhas de gua, onde se destacam as ribeiras da Salgueira e de Sor.

    GAVIO

    Museu do Sabo

    DISTNCIASPORTALEGRE: 56km (IP2 e N118)

    LISBOA: 170km (A1 e A23) ou 167km (N119)PORTO: 261km (A1 e A13) ou 268km (A1 e IC8)

    Belver

    AGENDA ANUAL

    FEIRA MEDIEVAL EM BELVERNo terceiro fim-de-semana de junho.

    MOSTRA DE ARTESANATO, GASTRONOMIA E ATIVIDADES ECONMICAS. Em julho. Um certame com animao musical e zona de restaurao.

    APRESENTAO HISTRICA Regio rica em vestgios megalticos e romanos, atesta-se a sua ocupao por comunidades pastoris desde o Neoltico. Runas de um antigo balnerio nas Termas da Sulfrea testemunham a romanizao. Lugar de grandes batalhas, foi ao largo de Fronteira, em Atoleiros, que D. Nuno lvares Pereira derrotou, em 1384, as foras castelhanas, garantindo em plena crise de sucesso a soberania portuguesa na regio. A D. Dinis atribuda a fundao do castelo e da vila, com foral doado em 1512 por D. Manuel I.

    APRESENTAO GEOGRFICA O concelho de Fronteira estende-se pela peneplancie alentejana, sendo cruzado pela Ribeira Grande e por outras suas afluentes, que encaminham as suas guas para a albufeira da Barragem do Maranho. As duas povoaes mais importantes - Fronteira e Cabeo de Vide - no dispensam uma visita.

    FRONTEIRA

    A NO PERDER

    IGREJA MATRIZ DE FRONTEIRA (MIP - scs. XVI - XVIII)

    IGREJA DE NOSSA SENHORA DA VILA VELHA (scs. XVI - XVIII)

    NCLEO HISTRICO DE CABEO DE VIDE

    VEIROS: CASTELO (IIP - sc. XIV) E IGREJA DE SO SALVADOR (IIP - sc. XVI)

    COMPLEXO DAS TERMAS DA SULFREA - Cabeo de Vide

    AGENDA ANUAL

    COMEMORAO DA BATALHA DOS ATOLEIROSDia 6 de abril - Visita ao Centro de Interpretao da Batalha e, em alguns anos, recriao histrica da mesma.

    FESTAS EM HONRA DE NOSSA SENHORA DA VILA VELHAEm agosto, em Fronteira, celebraes onde se destaca a largada de gado bravo a partir da meia-noite.

    DISTNCIASPORTALEGRE: 46km (IC13 e N245)

    LISBOA: 171km (N251) ou 198km (A2 e A6)PORTO: 314km (A1)

    Centro de Interpretao da Batalha de Atoleiros

    Pelourinho e Torre do Relgio

    REAS CLASSIFICADAS PRXIMASZona de Proteco Especial Monforte

    REAS CLASSIFICADAS PRXIMASStio de Importncia Comunitria Nisa-Lage da Prata

  • 18 Alentejo Feel Nature Alentejo Feel Nature 19

    A NO PERDER

    VILLA LUSITANO-ROMANA DE TORRE DE PALMA, VAIAMONTE (MN)

    PONTE ROMANA SOBRE A RIBEIRA DE MONFORTE (IIP)

    IGREJA DE SO JOO BAPTISTA (IIP - scs. XVII - XVIII)

    IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DOS MILAGRES, ASSUMAR (MIP sc. XIV)

    APRESENTAO HISTRICA Com mitologias coloridas nos mosaicos da Villa Romana de Torre de Palma e com a pr-histria edificada em antas entre montados, a vila de Monforte foi conquistada aos Mouros por D. Afonso Henriques, em 1139. Arruinada pelas batalhas, foi reconstruida em 1257 por D. Afonso III, que lhe doa carta de foral. Em 1309, D. Dinis comanda a construo do castelo que, na Crise de 1383-1385, tomando a vila o partido de Castela, resiste ao cerco de D. Nuno lvares Pereira. Em 1512, novo foral concedido por D. Manuel I.

    APRESENTAO GEOGRFICA A sul de Portalegre, Monforte v nascer a Ribeira Grande e a alinhar-se para noroeste do concelho um conjunto de modestas altitudes que se estendem por Vaiamonte, Cabeo de Vide (Fronteira) e Alter Pedroso (Alter do Cho). Pelo resto do seu territrio impera a ligeira ondulao de terrenos da peneplancie.

    MONFORTE

    Villa lusitano-romana de Torre de Palma

    DISTNCIASPORTALEGRE: 30km (E802/IP2)

    LISBOA: 199km (A2 e A6) PORTO: 321km (A1)

    Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Milagres, Assumar

    AGENDA ANUAL

    ROMARIA E FESTA RELIGIOSA EM HONRA DE NOSSA SENHORA DOS PRAZERES Segunda-feira de Pascoela, romaria igreja do lugar de Prazeres, a 8km de Monforte.

    APRESENTAO HISTRICA O historiador cordovs Isa Ibn hmad ar-Rzi identifica, no sc. X, a Fortaleza de Ammaia no rochedo onde hoje se aloja Marvo e que se supe ter servido a cidade romana de Ammaia, erguida no sc. I. Ter sido aqui que, no ano de 884, um nobre muladi em rebelio contra o Emirato de Crdova se refugiou. Era Ibn Marun, O Galego, fundador de Marvo. D. Afonso Henriques, nas campanhas de reconquista de 1160-1166, ter conquistado a vila, que teve carta de foral outorgada em 1226, no reinado de D. Sancho II.

    APRESENTAO GEOGRFICA Este o concelho da vertente norte-nordeste da Serra de So Mamede. Integralmente includo no Parque Natural da Serra de So Mamede, domina no seu territrio uma crista quartztica no topo da qual se implantou a vila de Marvo. O Rio Sever faz de fronteira a este e a norte, onde dominam os granitos.

    MARVO

    A NO PERDER

    CASTELO (MN - scs. XIII - XIV) E VILA MURALHADA DE MARVO

    CIDADE ROMANA DE AMMAIA (MN)

    CALEIRAS DE ESCUSA (MN)

    CRUZEIRO DA ESTRELA (MN - sc. XV)

    CONVENTO E IGREJA DE NOSSA SENHORA DA ESTRELA (IIP - sc. XV)

    PONTE DA PORTAGEM E TORRE (sc. XVI)

    ESTAO ARQUEOLGICA ROMANA DA HERDADE DOS POMBAIS (IIP)

    AGENDA ANUAL

    FESTIVAL INTERNACIONAL DE MSICA DE MARVO Final de julho. Msica clssica em re-cantos de Marvo e Cidade romana de Ammaia.

    AL-MOSSASSA - FESTIVAL ISLMICO DE MARVOIncio de outubro. Celebrao das origens da populao.

    FEIRA DA CASTANHAMeados de novembro.

    FESTIVAL DE CINEMA DO MUNDOEm Marvo, com 3 edio em 2015 (data varivel).

    DISTNCIASPORTALEGRE: 21km (N359)

    LISBOA: 235km (A1 e A23) ou 222km (N119)PORTO: 298km (A1)

    Cidade romana de Ammaia

    Castelo de Marvo com neve

    REAS CLASSIFICADAS PRXIMASZona de Proteco Especial MonforteZona de Proteco Especial Veiros

    REAS CLASSIFICADAS PRXIMASParque Natural da Serra de So MamedeStio de Importncia Comunitria So Mamede

  • 20 Alentejo Feel Nature Alentejo Feel Nature 21

    APRESENTAO HISTRICA O nome da cidade implantada na margem direita da Ribeira de Sor tem origem numa primitiva ponte romana, reconstruda em 1822 por D. Joo VI. Apesar do foral doado pela S de vora em 1161, no reinado de D. Sancho I, s no sc. XIV fomentado o povoamento do territrio, por determinao de D. Dinis. Antes de ver reformada a sua carta de foral, em 1514 por D. Manuel I, viu a sua cerca de muralhas ampliada - da qual hoje s restam vestgios - por iniciativa de D. Duarte em 1438, ltimo ano do seu reinado.

    APRESENTAO GEOGRFICA O territrio do concelho envolve, com os seus vastos montados de sobreiro, o trajeto quase reto da Ribeira de Sor e a albufeira da Barragem de Montargil, onde as guas daquela ficam retidas. Os sobreiros fizeram florescer a indstria corticeira, mas os solos frteis e os recursos hdricos do origem a um diversificado mosaico agro-florestal.

    PONTE DE SOR

    Parque da Marginal

    DISTNCIASPORTALEGRE: 62km (IC13 e N119)

    LISBOA: 140km (N119) ou 160km (A1 e N119)PORTO: 270km (A1 e A13)

    Ponte Pedonal

    A NO PERDER

    CAPELA DE SO PEDRO (scs. XVI - XVIII)

    FONTE DA VILA (sc. XVIII)

    PONTE PEDONAL, SOBRE A RIBEIRA DE SOR (sc. XXI)

    CAPELA DA SANTA CASA DA MISE-RICRDIA, GALVEIAS (IIP)

    ALBUFEIRA DA BARRAGEM DE MON-TARGIL

    AGENDA ANUAL

    FESTIVAL SETE SIS SETE LUASFestival de vero que tambm ocorre numa rede de 30 cidades de 10 pases do Mediterrneo e do Atlntico.

    FEIRA DE OUTUBRO Feira anual, com origens no sc. XVI.

    FEIRA DE JANEIRO. 15 de janeiro. Originria de 1854, era no sc. XIX uma feira de gado suno.

    REAS CLASSIFICADAS PRXIMASStio de Importncia Comunitria Cabeo

    APRESENTAO HISTRICA O territrio do atual municpio de Nisa foi doado por D. Sancho I Ordem do Templo em 1199, que aqui ergueu uma fortaleza que ter sido povoada por colonos franceses oriundos de Nice, da o nome Nisa, com o fim de povoar e assim defender a erma regio. O primeiro foral foi concedido pelo Mestre D. Frei Estvo de Belmonte, entre 1229 e 1232, ao que se seguiu, em 1512, novo foral doado por D. Manuel I. Pelo seu papel ao longo da Crise de 1383-1385, D. Joo I atribuiu vila o ttulo de Mui Notvel.

    APRESENTAO GEOGRFICA Este o concelho alentejano mais a norte, quadrante que fica confinado pelos rios Tejo e Sever. A sua geografia marcada pela Serra de So Miguel, em cujo extremo norte esto as Portas de Rdo, e por uma extensa rea de uma plancie ligeiramente acidentada, de onde surgem afloramentos e blocos de granito que so dissimulados por densas reas de sobreiros.

    NISA

    A NO PERDER

    CASTELO DE NISA - PORTA DA VILA E PORTA DE MONTALVO (MN - sc. XIV)

    ANTA DA VILA DE S. GENS (MN - Neoltico e Calcoltico)

    CASTELO DE AMIEIRA DO TEJO (MN - sc. XIV)

    CAPELA DO CALVRIO, AMIEIRA DO TEJO (IIP - sc. XVIII)

    MENIR DO PATALOU

    AGENDA ANUAL

    MOSTRA DE QUEIJOS E PRODUTOS TRADICIONAIS DE TOLOSAEm maio, valorizao e promoo de pro-dutos regionais (Queijo de Nisa - DOP).

    NISA EM FESTA Em agosto, msica e animao noturna.

    TRIBOJAM FESTIVALFestival de improvisao de msica e dana no eco-projeto Triboar, em agosto.

    FEIRA DOS ENCHIDOS DE ALPALHO. Em Alpalho, entre maro/abril. Mostra e degustao de uma produo tradicional de longa data.

    REAS CLASSIFICADAS PRXIMASMonumento Natural das Portas de Rdo | Stio de Importncia Comunitria Nisa - Lage da Prata Stio de Importncia Comunitria So Mamede | GeoPark Naturtejo

    DISTNCIASPORTALEGRE: 35km (IP2 e N18)

    LISBOA: 205km (A1 e A23) ou 191km (N119)PORTO: 257km (A1 e IC8)

    Castelo de Nisa - Porta da Vila

    Anta de S. Gens

  • 22 Alentejo Feel Nature Alentejo Feel Nature 23

    APRESENTAO HISTRICA Lendas ligam o nome da vila a um dos maiores gnios militares da histria de Portugal, o Condestvel D. Nuno lvares Pereira, que entre outras doaes pelos servios prestados coroa, recebe as terras de Sousel por graa de D. Joo I, em 1408. Na realidade, no sculo anterior ao seu nascimento, j D. Afonso III fazia meno aos Reguengos de Sousel, no foral medieval de Estremoz, em 1258. Comenda da Ordem de Avis, foi ao longo do sc. XIII que aqui se fixaram os primeiros habitantes. Recebeu foral manuelino em 1515.

    APRESENTAO GEOGRFICA No limite sul do Alto Alentejo, Sousel est na fronteira com o distrito de vora. A sua paisagem dominada pelo sobreiro e pela oliveira, sob as quais esto estabelecidas vastas pastagens e culturas de sequeiro. O terreno eleva-se a sudeste criando algumas elevaes que passam os 300m de altitude, mas em nenhum ponto atingem os 500m.

    SOUSEL

    Torre do lamo

    DISTNCIASPORTALEGRE: 58KM (E802/IP2)

    LISBOA: 186km (A2 e A6) ou 160km (N251)PORTO: 327km (A1)

    Vista geral de Sousel

    A NO PERDER

    TORRE DO LAMO (sc. XV)

    PONTE DA DOURADA

    POO LARGO (sc. XIX)

    CASA BRANCA (aldeia)

    AGENDA ANUAL

    BNO DO GADO Em maio, em Sousel. Festa do campo e da primavera com bno do gado pelo proco local.

    AGENDA CONFRDICA DA CONFRA-RIA GASTRONMICA DE SOUSELTodos os meses a Confraria Gastro-nmica de Sousel abre as suas portas e convida o pblico a degustar pratos e produtos regionais.

    APRESENTAO HISTRICA Capital do Alto Alentejo, teve o primeiro foral em 1259, doado por D. Afonso III, ao qual se sucedeu o foral manuelino de 1511. Em 1290, D. Dinis comandou a construo da fortaleza e muralhas e em 1299 qualificou a regio como privilgio del Rei e de seu filho primeiro herdeiro. Em 1549, o Papa Paulo III assina a bula que eleva Portalegre a Diocese, sob diligncia de D. Joo III, que a eleva a cidade no ano seguinte. No decorrer do sculo erguem-se o Convento de Santo Antnio (1552) e a S Catedral (1556).

    APRESENTAO GEOGRFICA Portalegre assenta sobre uma plataforma que faz a ligao da peneplancie Serra de So Mamede. O concelho abrange grande parte da serra, com importantes reas de xistos, granitos e quartzitos. Reparte o seu ponto de maior altitude com Marvo. Faz fronteira com Espanha, mas tambm se estende, para oeste e para sul, em amena planura.

    PORTALEGRE

    AGENDA ANUAL

    PORTALEGRE JAZZFESTFevereiro/maro, no Centro de Artes e Espetculos. Festival h muito consagrado, com a mostra do melhor jazz nacional e internacional.

    FEIRA DE DOARIA CONVENTUAL E TRADICIONAL DE PORTALEGREAnualmente em abril. Mostra e divulgao da melhor doaria conventual e do conhecimento a ela associada.

    REAS CLASSIFICADAS PRXIMASStio de Importncia Comunitria So MamedeParque Natural da Serra de So Mamede

    DISTNCIASLISBOA: 227km (A6) ou 230km (A1 e A23)

    PORTO: 294km (A1)

    Praa da Repblica

    Manufatura da Tapearia de Portalegre

    A NO PERDERMURALHAS DO CASTELO DE POR-TALEGRE (MN)

    S DE PORTALEGRE (MN - scs. XVI - XVII - XVIII)

    MOSTEIRO DE SO BERNARDO E CLAUSTRO DO CONVENTO (MN - scs. XVI - XVII - XVIII)

    JANELAS DE CASA NA RUA AZEVEDO COUTINHO (MN - sc. XVI)

    CASTELO DE ALEGRETE (runas e cerca muralhada) (MN - sc. XIV)

    MUSEU DA TAPEARIA DE PORTA-LEGRE - GUY FINO

    REAS CLASSIFICADAS PRXIMASStio de Importncia Comunitria CabeoZona de Proteco Especial de Veiros

  • 24 Alentejo Feel Nature Alentejo Feel Nature 25

    SIC CABEO (Alter do Cho, Avis, Ponte de Sor e Mora) Com 48.607ha, este SIC caracteriza-se por ser uma rea de relevo suave cujo habitat principal o montado de sobro com um sub-coberto pratense aproveitado por uma pecuria extensiva. Assume um papel preponderante na conservao de (Halimium umbellatum var. verticillatum), uma planta endmica, que neste Stio tem mais de 60% da sua rea de distribuio.

    SIC CAIA (Arronches, Campo Maior e Elvas) A grande diversidade de situaes geomorfolgicas e de utilizaes do solo que existem nos seus 31.115ha, criam grande diversidade paisagstica e de ocorrncia de habitats. A presena do rio Caia, as zonas on-duladas de fracos declives ou mesmoplanas que o envolvem, algumas delassazonalmente alagadas, criam condi-es quer para o desenvolvimento de prticas agrcolas intensivas (atravs do Aproveitamento Hidro-agrcola do Caia), quer para a ocorrncia de montados de azinho eolivais tradicionais com sub-cobertode pastagens espontneas, nomeada-mente com a presena de Poetalia bulbosae que se caracteriza como um habitat prioritrio. As linhas de gua so dominadas por salgueiros,

    destacando-se a Salix salvifolia subsp australis, e ainda com a presena do loendro (Nerium oleander). Lontra, rato de cabrera e boga-de--boca-arqueada, so outras espcies relevantes que ocorrem neste SIC.

    SIC GUADIANA JUROMENHA (Elvas) Os 2.501ha deste SIC encostam-se a um troo de 50km de margem do troo transfronteirio do Guadiana. Predomina o azinhal, que alberga importantes valores florsticos. o nico local em Portugal de ocorrncia do Narcissus humilis e o local de maior densidade da sua ocorrncia no mundo. Nos leitos dos cursos de gua torrenciais ocorre o tamujo (Securinega tinctoria), o loendro (Nerium oleander), a Marsilea batardae nos charcos temporrios e nas margens, a Festuca duriotagana e a Salix salvifolia subsp australis. A boga-de-boca--arqueada (Rutilus lemmingii), a cumba (Barbus comiza) e a lontra, so tambm ocorrncias a realar.

    SIC NISA - LAGE DA PRATA (Crato e Nisa) Este SIC estende-se por uma rea de 12.658ha de peneplancie onde apenas contrastam os cabeos povoados por enormes blocos granticos e os vales que encaixam os principais cursos de gua. O carvalho-negral (Quercus pyrenaica) distribui-se por todo este meio fsico,

    Paisagem, Parque Natural da Serra de So Mamede

    Paisagem, ZPE Campo Maior

    2REAS CLASSIFICADAS DO ALTO ALENTEJO

    MONUMENTO NATURAL DAS POR-TAS DE RDO (Nisa e Vila Velha deRdo-Beira Baixa)Criado em 2009, este Monumento Natural abrange uma rea de 965ha, repartidos entre os concelhos de Nisa e Vila Velha de Rdo. A formao geolgica denominada Portas de Rdo o seu aspeto mais marcante. Nas suas escarpas quartzticas nidificam importantes aves rupcolas (o grifo, a cegonha-preta e a guia-de-bonelli) e ocorrem importantes formaes vegetais, nomeadamente os zimbrais. Esta rea Protegida tambm possui aspetos geolgicos e paleontolgicos que a convertem num geostio, bem como um patrimnio arqueolgico que testemunha a presena humana desde h muitos milhares de anos, destacando-se o Conhal do Arneiro, que corresponde a uma explorao de ouro da poca romana.

    So 13 as reas Classificadas existentes no Alto Alentejo:

    1 REDE NACIONAL DE REAS PROTEGIDAS

    PARQUE NATURAL DA SERRA DE SO MAMEDE (Arronches, Castelo de Vide, Marvo e Portalegre) A Serra de So Mamede, que d o nome a este Parque Natural, a formao montanhosa de mais significativa di-menso a sul do Tejo. Pela sua localizao geogrfica e pelo facto de se erguer acima dos 1000m, possui aspetos microclim-ticos exclusivos que permitiram a fixao e sobrevivncia de algumas comunidades animais e vegetais que aqui ocorrem de uma forma quase isolada. A guia-de--bonelli est representada no smbolo desta rea Protegida. , atualmente, uma das aves de rapina mais raras que ocorre no nosso pas.

    2 REDE NATURA 2000 REDE NATURA 2000 (DIRETIVA HABITATS)STIOS DE IMPORTNCIA COMUNITRIA (SIC)

    A biodiversidade e a geodiversidade deste territrio fundamentaram a atribuio de um conjunto de classificaes, ora de mbito nacional, ora inerentes aos regulamentos da Unio Europeia, ora decorrentes de propsitos mais globais.

  • 26 Alentejo Feel Nature Alentejo Feel Nature 27

    quer em povoamentos estremes, quer associado com o sobreiro (Quercus suber) ou com a azinheira (Quercus rotundifolia). Uma das mais importantes especificidades deste SIC relaciona-se precisamente com o carvalho-negral, nomeadamente quando ocorre sob a forma de montado, o que constitui uma raridade a nvel nacional.

    SIC SO MAMEDE (Arronches, Castelo de Vide, Marvo, Portalegre, Elvas, Nisa, e Campo Maior) So 116.114ha de grande diversidade de habitats, alguns prioritrios. A geomorfologia e microclima propiciam o limite sul de distribuio para muitas espcies e comunidades vegetais de preferncias mais atlnticas,

    como acontece nas vertentes norte e oeste, onde se destaca a presena do carvalho-negral (Quercus pyrenaica). As regies mais a sul e viradas a este tm influncia mais mediterrnica e, consequentemente, so o domnio dos montados de sobro e azinho. Este SIC possui cursos de gua importantes para a conservao do saramugo (Anaecypris hispanica) e do raro e ameaado mexilho-de-rio (Unio crassus). Possui tambm a gruta mais importante do pas e uma das mais importantes da Europa, como abrigo de colnias de criao e hibernao de vrias espcies de morcegos.

    ZPE CAMPO MAIOR (Campo Maior) So quase 9.600ha de montado aberto e disperso, zonas agrcolas, principalmente para o cultivo de cereais e onde correm a ribeira de Abrilongo e o rio Xvora. rea importante para a conservao e observao de aves esteprias - abetarda (Otis tarda) e siso (Tetrax tetrax), tambm aqui ocorrem outras espcies de aves que merecem referncia: abutre-preto (Aegypius monachus), milhafre-real (Milvus milvus) e peneireiro-cinzento (Elanus caeruleus). uma importante rea de invernada de grou (Grus grus).

    ZPE MONFORTE (Monforte e Fronteira) Esta ZPE abrange os concelhos de Mon-forte e Fronteira, ocupando uma rea de 1.887,25ha. Predominam as pastagens em regime extensivo e as zonas cerealferas extensivas e semi-intensivas. Tambm ocorrem alguns olivais tradicionais de pequena dimenso e montados de azin-ho disperso, com pastagens e cereal no sub-coberto. Esta rea foi estabelecida com o objetivo de favorecer a conservao das aves esteprias, principalmente a abe-tarda (Otis tarda) e o siso (Tetrax tetrax), que ocorrem como nidificantes. Desta-ca-se ainda a presena de outras espcies de aves de interesse para a conservao como o milhafre-real (Milvus milvus), o tartaranho-caador (Circus pygargus), o peneireiro-cinzento (Elanus caeruleus), a calhandra-real (Melanocorypha calandra), a calhandrinha (Calandrella brachydactyla) e o rolieiro (Coracias garrulus).

    ZPE SO VICENTE (Elvas) rea de pastagens extensivas e de cerealicultura, percorrida por bovinos e ovinos, povoada por montado de azinho muito disperso e pequenos olivais tradicionais. Zona importante para as aves esteprias, abetarda (Otis tarda) e siso (Tetrax tetrax), a primeira nidificando e a segunda ocorrendo com densidade significativa. Regista-se, tambm, uma importante ocorrncia de francelho (Falco naumanni).

    ZPE TORRE DA BOLSA (Elvas) Com 869ha, esta ZPE abrange uma rea agrcola, principalmente orientada para a cultura cerealfera e pastagens, com alguns olivais tradicionais de pequena dimenso e olivais novos de regime intensivo. Foi estabelecida com o objetivo de favorecer a conservao das aves esteprias e algumas aves de rapina. O nome deriva da existncia de uma torre de caractersticas medievais que est junto ao limite norte desta ZPE.

    ZPE VEIROS (Monforte e Estremoz-Alentejo Central)Com cerca de 2.000ha, uma rea de pastagens extensivas e de cerealicultura, aproveitadas por bovinos e ovinos, e com um montado de azinho muito disperso. Corresponde assim a uma zona impor-tante para as aves esteprias - abetarda (Otis tarda) e siso (Tetrax tetrax) -, no-meadamente para a sua reproduo.

    guia-de-Bonelli (Aquila fasciata)

    Paisagem, ZPE Monforte

    REDE NATURA 2000 (DIRETIVA AVES SELVAGENS) ZONAS DE PROTECO ESPECIAL (ZPE)

    Foto

    : Hum

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    amos

  • 28 Alentejo Feel Nature Alentejo Feel Nature 29

    GEOPARK NATURTEJO (Nisa e ou-tros cinco concelhos da Beira Baixa) Abrange o territrio de 6 concelhos: Nisa, do Alto Alentejo e outros 5 da Beira Baixa. De um total de 170 geostios, o Geopark Naturtejo tem preparados para visita 16 geomonumentos, 3 dos quais no concelho de Nisa: o Monumento Natural das Portas do Rdo, os Blocos pedunculados de Arez - Alpalho e a Mina de ouro romana do Conhal do Arneiro. Os blocos pedunculados resultaram do ata-que de agentes erosivos junto superfcie do solo nos afloramentos granticos, tendo estes adquirido a forma de cogumelos.

    O Conhal do Arneiro resultou da atividade mineira desenvolvida nos dep-sitos sedimentares a jusante das Portas do Rdo, a SO da Serra de S. Miguel, para o que foram utilizados os meios hidrulicos desviados da Ribeira de Nisa.

    3 REDE GLOBAL DE GEOPARKS

    PORTALEGRE

    Ponte de Sor

    Elvas

    Crato

    Alter do Cho

    Arronches

    Avis

    Castelo de Vide

    Marvo

    Fronteira

    Gavio

    Monforte

    Sousel

    Nisa

    Estremoz

    Vila Velha de Rdo

    Valencia de Alcntara

    Abrantes

    Badajoz

    Rio Tejo

    Rio Te

    jo

    Rio Guadia

    na

    Rio Tejo Rio Te

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    Ribeira de Nisa

    Ribeira

    de So

    Joo

    Ribeira

    de Sor

    Rio Sever

    Rio Sever

    Barragemda Pvoa

    Barragem de Abrilongo

    Barragem de Montargil

    Barragem do Maranho

    Rio Caia

    Rio Caia

    Rio Xvora

    Barragem do Fratel

    Barragem de Monte Fidalgo

    Barragem de Castelo do Bode

    Barragem de Belver

    Barragem do Caia

    Parque Naturalda Serra de So Mamede

    Monumento Naturaldas Portas de Rdo

    Ribeira de Abrilongo

    Ribeira de Arronch

    es

    Ribeira de Alfeijs

    Ribeira de Figueir

    Ribeira d

    e Seda

    A6

    A23

    IP2

    IP2E

    N2

    IC13

    EN2

    EN246

    EN246

    EN18

    EN118

    EN118

    0 5 10 20Km

    E S P A N H A

    REDE NATURA 2000 (SIC + ZPE)REAS PROTEGIDAS

    EN372

    EN371

    Campo Maior

    Conhal do Arneiro / Portas de Rdo Apanha de azeitona

  • 30 Alentejo Feel Nature Alentejo Feel Nature 31

    Os agro-sistemas do Alto Alentejo so responsveis por produes frutcolas, cerealferas e pecurias que esto na base de uma extraordinria diversidade de produtos tradicionais de qualidade, que parte do segredo do sucesso da sua gastronomia. A escolha pode incidir sobre frutos frescos ou secos como a Cereja de So Julio (DOP), as Ameixas doces dElvas (DOP) ou a Castanha de Marvo (DOP), e produtos regionais de qualidade (azeite, enchidos ou queijos). Saboreie um prato tradicional (gaspacho, sopa de cao, bacalhau dourado, cachafrito de cabrito ou ensopado de borrego) ou uma sobremesa deliciosa (sericaia, boleima ou uma diversificada doaria conventual).

    AGRO-SISTEMAS E PRODUTOS TRADICIONAIS DE QUALIDADE A qualidade dos produtos alimentares est intimamente relacionada com a sustentabilidade da gesto dos agro-sistemas. Aspeto que, no Alto Alentejo, se torna por demais evidente. O montado - de azinheiras, de sobreiros, de carvalho-negral ou misto - determinante para atividade pecuria em regime extensivo. Daqui saem carnes de excelncia, leites que do origem a queijos de eleio, cereais que originam o gostoso po alentejano. Do olival tradicional sai a azeitona que os lagares transformam em ouro verde ou que so o fruto que usamos como entrada de uma refeio, na confeo ou na decorao de vrios pratos. Os soutos de Marvo e Porto da Espada produzem a castanha que anima as festas de outono e que utilizada na confeo de vrios pratos e doces. E, finalmente, nesses agro-sistemas que encontramos as ervas aromticas e condimentares que do toque decisivo ao sabor da gastronomia e doaria: orgos, hortel, poejo, manjerona, salva, acelgas e funcho.

    SERICAIA COM AMEIXAS DOCES DELVAS uma sobremesa imperdvel. um doce de origem conventual no qual, ovos e canela tm papel fundamental. A decorar ou a acompanhar, as Ameixas doces dElvas (DOP) tm que estar presentes.

    QUEIJO DE NISA (DOP) um queijo curado, de pasta semi--dura e com olhos pequenos e com tonalidade branco-amarela. Em produo artesanal obtido por esgotamento lento da coalhada, aps coagulao do leite cru de ovelha da raa Merina Branca, por ao de uma infuso de cardo (Cynara cardunculus L.). Foi, h poucos anos, considerado por uma revista norte-americana, como o melhor queijo do mundo.

    ENSOPADO DE BORREGO As pastagens do montado alimen-tam rebanhos de ovinos que do origem aos borregos utilizados na confeo de alguma da melhor gastronomia do Alto Alentejo. O ensopado conjuga a melhor carne com o melhor po tradicional.

    BOLEIMA DE CASTANHA E MA Bolo tradicional a que a castanha, um aroma de canela e o revesti-mento com fatiado de ma, do um remate de delcia.

    CEREJA DE SO JULIO (DOP)Entre maio e junho, quando cru-zar os vales interiores da Serra de So Mamede, procure entre Porto da Espada e Rabaa, as afamadas Cerejas de So Julio.

    AZEITES DO NORTE ALENTEJANO (DOP)A variedade de oliveira (Olea euro-paea L. var. Europaea) dominante no norte alentejano a Galega. Misturada e intercalada com as variedades Blanqueta e Cobrano-sa gera os frutos que originam um azeite suave com sabor e aroma frutado, de acidez baixa a muito baixa, com cores que oscilam en-tre o amarelo-ouro e o ligeira-mente esverdeado. Sabor indis-pensvel a um paladar requintado, largamente utilizado na cozinha tradicional alentejana em pratos como: aorda, sopa de bacalhau, gaspacho, migas ou sarapatel.

    Prefira a gastronomia do Alto Alentejo Promova as produes locais

    SOPAS Sopa de tomate Sopa de batata Sopa de cachola Sopa de lebre

    CARNES Arroz amarelo com galinha Migas de batata com carne de porco frita Coelho em vinha dalhosEnsopado de Borrego Cachafrito de cabrito

    PEIXES Assada de peixe Sopa de Cao Achig grelhadoBacalhau dourado

    BOLOS E DOCES Rebuados de ovos de Portalegre Bolo tecolamecoBoleima Queijadas de Castelo de Vide Tarte Aramenha

    Sopa de tomate com figos

    3PRODUTOS TRADICIONAIS DE QUALIDADEGASTRONOMIA DO ALTO ALENTEJO

  • 32 Alentejo Feel Nature Alentejo Feel Nature 33

    1 Percursos pedestres de PEQUENA ROTA ALTER DO CHO PR1 ALT - Percurso Olhar sobre a Ribeira de Seda 38

    ARRONCHES PR1 ARR - Percurso da Esperana 42

    CAMPO MAIOR PR1 CMR - Percurso de Ouguela, sentinela da Raia 46PR2 CMR - Percurso dos grous 50PR3 CMR - Percurso raiano entre cal e mel 54

    CASTELO DE VIDE PR1 CVD - Percurso pela Serra de So Paulo 58PR2 CVD - Percurso da Torrinha 62PR3 CVD-MRV - Percurso Castelo de Vide - Marvo 66PR4 CVD - Percurso da Barragem da Pvoa 70PR5 CVD - Percurso das fontes na vila 74

    ELVAS PR1 ELV - Percurso da Torre da Bolsa 78

    MARVO PR1 MRV - Percurso pedestre de Marvo 82PR2 MRV - Percurso pedestre de Galegos 86PR4 MRV - Percurso do contrabando do caf 90

    MONFORTE PR1 MFT - Percurso entre ribeiras 94

    NISA PR1 NIS - Trilho das Jans 98PR2 NIS - Descobrir o Tejo 102PR3 NIS - Olhar sobre a foz 106PR4 NIS - Trilhos do conhal 110PR5 NIS - descoberta de So Miguel 114PR6 NIS - Rota dos audes 118PR7 NIS - Entre azenhas 122PR8 NIS - Trilhos do Moinho Branco 126

    PONTE DE SOR PR1 PSR - Percurso da Ribeira de Sor 130

    PORTALEGRE PR1 PTG - Percurso da Senhora da Lapa 134PR2 PTG - Percurso pedestre do Reguengo 138PR3 PTG - Percurso pedestre de Alegrete 142PR6 PTG - Percurso do Salo Frio 146PR7 PTG-CVD - Percurso de Carreiras 150PR8 PTG - Percurso de Vale Loureno 154

    2 Percursos pedestres de GRANDE ROTANISA GR40 - Caminho Portugus Interior de Santiago - Etapa de Nisa 158

    CASTELO DE VIDE GR41 - Grande Rota de Castelo de Vide 162

    MONFORTE GR42 - Grande Rota dos Montes de Monforte 166

    4REDE DE PERCURSOS EM NATUREZA ALENTEJO FEEL NATURE

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  • 34 Alentejo Feel Nature Alentejo Feel Nature 35

    A Rede de Percursos em Natureza - Alentejo Feel Nature consta atualmente de: 30 Percursos Pedestres de Pequena Rota, com 309km e 3 Percursos Pedestres de Grande Rota, com 126km. No seu conjunto totalizam 435kms.

    Foi promovida pela Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo, atravs do envolvimento de 15 municpios, no mbito da iniciativa PROVERE InMOTION - Alentejo, Turismo e Sustentabilidade.

    Esta rede foi constituda pela recente implementao no terreno de 18 percursos de pequena rota e 3 percursos de grande rota.

    Para alm destes, fazem parte desta rede mais 12 percursos pr-existentes:

    8 que j integravam a rede de Percursos Pedestres de Nisa e 4 que foram implementados pelo Instituto da Conservao da Natureza e Florestas - Parque Natural da Serra de So Mamede.

    Uma caracterstica diferenciadora da rede Alentejo Feel Nature, assenta no facto de o traado de qualquer um dos percursos, de pequena ou grande rota, estar instalado total ou parcialmente dentro dos limites de pelo menos uma das 13 reas classificadas existentes no Alto Alentejo.

    Procura-se, desta forma, promover e valorizar o patrimnio natural existen-te, transformando-o num vetor de desenvolvimento e possibilitando o seu conhecimento pela generalidade do pblico.

    Todo o processo de estabelecimento de novos percursos se desenvolveu com a colaborao do ICNF - Instituto da Conservao da Natureza e Florestas.

    A Rede de Percursos em Natureza - Alentejo Feel Nature uma rede exclusiva do Alto Alentejo.

    Parte significativa do traado dos percursos desta rede desenvolve-se cruzando terrenos privados, cujos pro-prietrios permitiram o seu atravessa-mento. Por isso:

    Respeite a propriedade privada.

    Siga apenas pelo trilho sinalizado.

    Seja afvel com os habitantes locais.

    Todos os percursos atravessam reas de grande sensibilidade ambiental, nomeadamente para a conservao da fauna, da flora e da vegetao:

    Evite fazer rudos desnecessrios.

    Observe a fauna distncia.

    No danifique nem recolha amostras de plantas ou rochas.

    No deixe lixo ou outros vestgios da sua passagem.

    Os percursos permitem o contacto com agro-sistemas onde so desenvolvi-das atividades agrcolas, pecurias e florestais, cuja integridade importa salvaguardar. Um gesto descuidado ou ausncia de um gesto necessrio pode causar graves prejuzos:

    No faa lume e tenha cuidado com as beatas dos cigarros.

    Cuidado com o gado. Embora manso, no gosta da aproximao de estranhos s suas crias.

    Deixe as cancelas como as encontrou. Se estiverem fechadas, confirme que ficam bem fechadas.

    CDIGO DECONDUTA

    Importa que todos os utilizadores da Rede de Percursos em Natureza - Alentejo Feel Nature - tenham presente o seguinte cdigo de conduta.

    APRESEN-TAO

    Foto

    : Man

    uela

    Mur

    teira

  • 36 Alentejo Feel Nature Alentejo Feel Nature 37

    proteja as zonas mais sensveis com adesivo, unte os ps com vaselina e deite p-de-talco nas palmilhas.O vesturio deve ser adaptado em funo da poca do ano e das condies meteorolgicas. sempre vantajoso: usar roupas leves e relativamente claras no vero (cores muito claras atraem os insectos). em dias muito quentes e com elevada exposio solar, use chapu, protetor solar e culos escuros. cales so opo, embora no prote-jam as pernas de eventuais agresses. Recomendam-se calas com fecho clair horizontal, facilmente transfor-madas em cales. no inverno, recomenda-se o uso de um impermevel leve e transpirvel, um bluso, uma camisola de l ou fi-bra polar, umas calas e um gorro ou chapu impermevel. em casos de muito frio, utilize roupa interior transpirvel e de fibras sintticas.

    em qualquer altura do ano, as luvas protegem as mos do frio, da vege-tao e das pedras.Uma mochila essencial para trans-portar o equipamento, a comida e a bebida. Leve consigo: um recipiente com gua (1 litro para cada 6 km de vero e metade no inverno). Evite bebidas aucaradas e de inverno leve bebidas quentes em reci-piente trmico. farnel ligeiro, com alimentos ricos em glucose para lhe proporcionar re-feies energticas. uma lanterna, muito til em zonas com pouca luz ou caso comece a escurecer. uns binculos, fundamentais para observao da avifauna, da paisagem e do caminho ao longe. um kit de emergncia, constitudo por um espelho para fazer sinais, um apito, uma caixa de primeiros-socorros, repe-lente de insectos, fsforos, canivete ou ferramenta multiusos e spray anestsico.

    1 Analise a dificuldade de cada per-curso com base nos elementos forne-cidos, nomeadamente: extenso, perfil altimtrico, desnveis acumulados e na classificao MIDE que lhe atribuda.

    2 Tenha presente as indicaes respei-tantes poca aconselhada e condies meteorolgicas desfavorveis.

    3 Tenha presente o significado que consta da sinalizao instalada ao lon-go do percurso.

    4 Quando estiver a percorrer um percurso utilize a informao que se encontra neste guia. Os dados que aqui constam permitem acompanhar e antever o desenvolvimento do traje-to. Tenha em ateno as indicaes do painel de incio de cada percurso.

    5 Tenha presente o significado da simbologia adotada na apresentao do percurso, nomeadamente para ante-ver o tipo dificuldades e apoios com que pode contar.

    6 A Rede de Percursos em Natureza - Alentejo Feel Nature uma rede de percursos pedestres. Porm, dos percursos integrados na rede, alguns so integralmente ciclveis em BTT, mas outros apenas o podem ser com algumas condicionantes.

    7 Tenha em ateno as recomendaes de vesturio e calado para a realizao dos percursos, de acordo com a poca aconselhada e as condies meteoro-lgicas. Equipamento apropriado e uma mochila completa fazem a diferena em situaes mais difceis.O calado uma das peas mais im-portantes do equipamento, uma vez que so os ps que suportam a maior parte do esforo na caminhada e no tornozelo, no calcanhar e nos dedos que podem surgir os principais proble-mas. Aconselha-se: a utilizao de botas de trekking, leves e confortveis. Usar meias relati-vamente finas, com calcanhares e solas reforadas, e fibras respirveis. sapatilhas de jogging, no havendo muita lama, gua ou irregularidades de grande nvel no percurso. leve sempre um par de meias de reserva. nunca experimente o calado pela primeira vez na caminhada.

    Planeie e prepare a sua viagem e os seus percursos recorrendo aos elementos que constam deste guia, nomeadamente na apresentao de cada percurso.

    ANTES DEPARTIR

    percurso coincidenteGR com PR

    virar esquerda virar direitacaminho erradocaminho certo

    PR Pequena Rota

    GR Grande Rota

    Barragem da Pvoa, Castelo de Vide

    Percurso pedestre, Marvo

  • 38 Alentejo Feel Nature Alentejo Feel Nature 39

    Ribe

    ira d

    e Se

    da

    Ribeira de Alfeijs

    Ribeir

    a de S

    eda

    CHANA

    SEDA

    PR1.1 ALT

    ALTPR1

    EN369

    EN369

    EN369

    EN119

    EN370

    EN370

    23

    4

    5

    1

    Ponte romana de Vila Formosa - Monumento Nacional. Edificada em finais do sc. I / incios do sc. II d.C.. Integrava a via que ligava Olisipo (Lisboa) a Emerita (Mrida).

    PERCURSO OLHAR SOBRE A RIBEIRA DE SEDA

    PR1ALT

    Seda a povoao que serve de ponto de partida para este percurso. O adro da Igreja Matriz, que est orientada para oeste, como que um miradouro: a este, Alter do Cho e Alter Pedroso; a sul, avista-se Evoramonte e para oeste corre a Ribeira de Seda que nasce para nordeste, na Serra de So Mamede, e que a partir daqui iremos acompanhar.

    Aproveitemos para um passeio pela aldeia, encontrando os restos da sua velha cerca de muralhas, e indo at ao seu extremo norte onde, junto Capela de So Joo, outro espao nos serve de miradouro.

    Descemos por uma calada at junto da margem esquerda da Ribeira de Seda, envolvida por magnfica mata ribeirinha. Adiante, aflumos estrada desativada que nos coloca junto da magnfica Ponte Romana de Vila Formosa. Voltamos margem da ribeira que em breve atravessamos por um extenso conjunto de poldras. Passaremos pela Ponte dos Mendes, em xisto, sobre a Ribeira de Alfeijs, de origem incerta, mas cuja feio atual a remete para poca medieval. Cruzamos esta mesma ribeira pouco antes de passarmos pelos pequenos terrenos de cultivo que denunciam a chegada a Chana, onde o percurso termina.

    durao

    3.45H

    distncia

    10.5Km

    desnvel acumulado

    subida

    167m

    altitude mx/mn

    136m

    193m

    dificuldade

    IIfcil

    O grau de dificuldade representado segundo 4 itens diferentes, sendo cada um deles avaliado numa escala de 1 a 5

    (do mais fcil ao mais difcil).

    adve

    rsid

    ade

    do m

    eio

    orie

    nta

    o

    tipo

    de p

    iso

    esfo

    ro

    fsic

    o

    222 3

    Pontos de Interesse 1 Ribeira de Seda 2 Ponte Romana de Vila Formosa 3 Moinho hidralico 4 Ponte dos Mendes 5 Ribeira de Alfeijs

    Stio de Importncia Comunitria Cabeo

    PORTALEGRE

    Sousel

    Crato

    Avis

    MonforteFronteira

    Ponte de Sor

    Carta Militar n 357 e 369(Servio Cartogrfico do Exrcito)

    1:25000

    Percurso pedestre Estrada asfaltada Curso de gua Variante

    Sentido recomendado do percurso: Sul - Norte

    Incio: adro da Igreja Matriz, Seda (GPS: 391126,97N; 74720,29O) Fim: Jardim Pblico, Chana (GPS: 391454,11N; 74907,15O)

    Variante PR1.1 ALTDistncia: 4,9km | Durao: 1h45mPartindo de Seda e atravessando a sua ribeira para a margem direita, o percurso segue no sentido do curso das guas. Na fase inicial cruza novas vinhas e olivais, na Herdade de Vale de Barqueiros. Mais frente, regressa companhia da galeria ripcola da ribeira. Termina no limite entre os concelhos de Alter do Cho e Avis.

    tipo de percurso

    linear

    Informao no local Restaurao Farmcia

    Multibanco Minimercado Paisagem

    10,5Km

    200m

    100

    0 5 6 7 8 94321

    Legenda

    perfil de altimetria nvel de dificuldade

    PR1ALT

    PR1ALT

    0km 2km

  • 40 Alentejo Feel Nature Alentejo Feel Nature 41

    Destaques NATUREZA: ao longo da Ribeira de Seda: salgueiro (Salix atrocinerea), freixo (Fraxinus angustifolia), choupo (Populus spp) e amieiro (Alnus glutinosa). Cegonha-branca (Ciconia ciconia), gara-branca--pequena (Egretta garzetta), gara-real (Ardea cinerea), mergulho-de-crista (Podiceps cristatus), pato-real (Anas platyrhynchos) e frisada (Anas strepera). Lontra (Lutra lutra).

    PATRIMNIO: ponte romana de Vila Formosa. Ponte dos Mendes. Em Seda: castelo (restos da cerca de muralhas) e Igreja Matriz.

    ARTESANATO: correaria; empalhamento em bunho e palhinha; latoaria.

    GASTRONOMIA: arroz amarelo (de aafro) com ensopado de borrego; beldroegas com ovo; gaspacho alentejano. Ervas aromticas: aafro bastardo, louro, coentros, orgos. Licor de aafro.

    Vinhas

    POCA ACONSELHADA O percurso pode ser efetuado em qualquer poca do ano, tendo os seus utilizadores que tomar algumas precaues com as elevadas temperaturas que se podem fazer sentir durante o vero. Durante os perodos de maior precipitao recomenda-se algum cuidado na travessia das poldras das ribeiras de Seda e de Alfeijs. Pontualmente, durante o inverno, a passagem pela Ribeira de Seda poder estar impossibilitada devido ao seu caudal.

    CONTACTOS TEISCmara Municipal de Alter do Cho: +351 245 610 000Posto Municipal de Turismo: +351 245 610 004C. de Sade: +351 245 619 160GNR: +351 245 612 162Bombeiros: +351 245 612 314Junta de Freguesia de Seda: +351 245 636 116Junta de Freguesia de Chana: +351 245 630 020

    RIBEIRA DE SEDA Inicia-se junto a Portalegre, onde resulta da confluncia de outras pequenas ribeiras. Cruza os concelhos de Portalegre, Crato, Alter do Cho, Avis e Mora. retida pela Barragem do Maranho. Quando se junta com a Ribeira de Tera, prximo de Mora, d origem Ribeira da Raia. Aqui possui uma desenvolvida mata

    ribeirinha de salgueiros, freixos e choupos, rvores escolhidas pela cegonha--branca (Ciconia ciconia) para a construir os seus ninhos. Outras aves aquticas lhe fazem companhia. As suas guas e margens so percorridas pela lontra (Lutra-lutra).

    PONTE ROMANA DE VILA FORMOSA Reza a lenda que num pacto com o Diabo, um pastor vendeu a alma em troca de uma ponte para aliviar o seu gado de uma fome mortal. Ao assentar da ltima pedra, nasceu e cantou um galo preto, ao que o Diabo disse Com este no me meto, fugindo sem cumprir o pacto. Diz-se que a pedra ainda l se encontra e que cai todas as vezes que a colocam no seu lugar. Monumento Nacional, a Ponte Romana de Vila Formosa foi edificada em finais do sc. I / incios do sc. II d.C. na via que ligou Olisipo (Lisboa) a Emerita (Mrida), com passagem em Abelterium (atual vila de Alter do Cho - 204 a.C.) citada no Itinerarium Antonino. Ode resistncia, conta milnios de travessias.

    Gaspacho

    Pontos de Interesse

  • 42 Alentejo Feel Nature Alentejo Feel Nature 43

    Ribeira de Abrilongo

    ARRPR1

    ESPERANA

    Hortas de Cima

    Hortas de Baixo

    Vrzea Grande

    Marco

    ESPANHA

    12

    3

    4

    5

    6

    7MI8

    Pinturas rupestres na Lapa dos Gaives. Pinturas em vermelho, laranja e preto, com cerca de 5000 anos, decoram o abrigo natural da Lapa dos Gaives, classificado como Monumento Nacional.

    PERCURSO DA ESPERANAPR1ARR

    Em Esperana, o casario branco - de um s piso e grandes chamins - adorna-se com faixas ora azis, ora ocres, tal como a Igreja de N. Sr. da Esperana, junto qual o percurso se inicia. At Hortas de Cima percorremos piso betuminoso e, a partir da, passamos para caminhos mais acidentados. Alis, todo o percurso est implantado numa zona de transio entre o suave ondulado da peneplancie e o acidentado sobe-e-desce que se estende at s zonas de penhascos agrestes da Serra de So Mamede. No Marco, apercebemo-nos que a fronteira acompanha a linha por onde correm as guas da Ribeira de Abrilongo. Bastam trs passos e estamos em Espanha.O percurso prossegue e embrenha-se numa rea onde parecem ter sido reunidos os maiores sobreiros da regio para formar uma catedral verde. Retomamos o percurso descendo para terrenos mais planos e atingimos Hortas de Baixo. Cruzamos a estrada e subimos at Lapa dos Gaives, onde o Homem de h 5000 anos deixou pintada nas paredes de quartzito a sua arte ou as suas crenas. As vinhas esto a chegar, tirando partido do abrigo que a serra d e da exposio das encostas. De modernas adegas saem vinhos maduros que engarrafados levam os aromas deste percurso.

    5.30H

    distncia

    15.2Km

    dificuldade

    IIIalgo difcil

    tipo de percurso desnvel acumulado

    subida

    178m

    altitude mx/mn

    304m

    408m

    O grau de dificuldade representado segundo 4 itens diferentes, sendo cada um deles avaliado numa escala de 1 a 5

    (do mais fcil ao mais difcil).

    adve

    rsid

    ade

    do m

    eio

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    nta

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    tipo

    de p

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    ro

    fsic

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    222 3

    Pontos de Interesse 1 Casario tpico de Esperana2 Centro de Interpretao da Identidade Local

    Monte da Esperana - Adega e Turismo Rural 3 Antigo posto de fronteira4 Fronteira do Marco

    Casa do Marco - alojamento5 Sobreiral

    Carta Militar n 373(Servio Cartogrfico do Exrcito)

    1:25000

    Percurso pedestre

    Estrada asfaltada

    Curso de gua

    Sentido recomendado do percurso: dos ponteiros do relgio

    Incio e fim: largo da Igreja de Esperana (GPS: 390926,68N; 71133,59O)

    Alojamento

    Restaurao

    circular

    15,2Km0 5 6 7 8 94321 10 11 12 13 14

    400m

    100

    200

    300

    6 Casa tpica em Hortas de Baixo 7 Pinturas Rupestres de Vale de Junco8 Adega Vale de JuncoMI Mesa Interpretativa

    Monte da Esperana - Adega e Turismo Rural Casa do Marco

    Informao no local

    Farmcia

    Legenda

    ESPANHA

    Castelo de Vide

    Marvo

    Nisa

    Ponte de Sor

    Arronches

    Gavio

    PORTALEGRE

    Crato

    Parque Natural da Serra de So Mamede

    perfil de altimetria nvel de dificuldade

    PR1ARR

    PR1ARR

    durao

    0km 1km

  • 44 Alentejo Feel Nature Alentejo Feel Nature 45

    Destaques NATUREZA: os magnficos montados de sobreiros deste percurso servem de refgio a vrias espcies de morcegos - morcego de bechstein (Myotis bechsteinii) e morcego-lanudo (Myotis emarginatus) -, bem como para o escaravelho-longicrnio (Cerambyx cerdo). Aves: trepadeira-azul (Sitta europaea), chapim--azul (Cyanistes caeruleus), guia-cobreira (Circaetus gallicus) e guia-de-asa-redonda (Buteo buteo).

    ARTESANATO: miniaturas de carros de bois e alfaias agrcolas; trabalhos em vime (cestaria).

    GASTRONOMIA: presinhas do alguidar; gaspacho rico e pobre; enchidos; ensopado de borrego; coscores (doce de Natal).

    Pinturas rupestres na Lapa dos Gaives.

    POCA ACONSELHADA O percurso pode ser efetuado em qualquer poca do ano, tendo os seus utilizadores que tomar algumas precaues com as elevadas temperaturas que se podem fazer sentir durante o vero.

    CONTACTOS TEISCmara Municipal de Arronches: +351 245 580 080Posto Municipal de Turismo: +351 245 580 085Centro de Sade:+351 245 589 100GNR: +351 245 580 020Bombeiros: +351 245 583 274Junta de Freguesia de Esperana: +351 245 561 118

    SOBREIRAL O sobreiro (Quercus suber) est designado como a rvore nacional. Estamos numa regio em que o solo e o clima bafejam o seu crescimento e desenvolvimento. Por isso aqui encontramos um denso povoamento de sobreiros adultos, alguns de porte notvel, cujos troncos e ramadas correspondem

    como que a colunas e arcos que estruturam uma catedral verde, com as copas a formarem uma cobertura que nos protege do sol e das chuvas. Os nmeros pintados nos troncos indicam o algarismo das unidades do ano em que a cortia foi retirada pela ltima vez.

    CASA TPICA EM HORTAS DE BAIXO O casario alm Tejo destaca-se pela sua modesta geometria retangular e pelo enquadramento subtil com que se deixa assentar entre montados e olivais, numa camuflagem adaptativa caiada, nica no pas. O branco cal que o reveste reflete os intensos e persistentes raios solares, deixando assim o interior rasteiro das casas mais aprazvel para se estar. O contorno colorido das portas e janelas, alm de moldura esttica, afasta os mal amados mosquitos. J a chamin retangular evidencia a cozinha sob o teto coberto por alaranjadas telhas de barro.

    Casa tpica em Hortas de Baixo

    Pontos de Interesse

  • 46 Alentejo Feel Nature Alentejo Feel Nature 47

    Ribeira de Abrilongo

    Rio Xvora

    Rio Xvora

    PR1CMR

    PR3CMR

    EN373

    OUGUELA

    2

    1

    5

    6

    7

    8

    9

    104 3

    Castelo de Ouguela. No topo de uma pequena elevao, o velho castelo, depois fortaleza, mantm a sua atitude vigilante.

    PERCURSO DE OUGUELA, SENTINELA DA RAIA

    PR1CMR

    O escasso casario de Ouguela, o seu castelo e a fortaleza que posteriormente lhe foi adossada, esto no incio deste percurso. Descobrir a paisagem envolvente a partir do caminho de ronda pode ser a preparao para esta caminhada. Mas antes, a Cisterna e a Casa do Governador, no interior do castelo, e a Fonte de Ouguela, no seu exterior, tm tambm que satisfazer a nossa curiosidade.Partimos para oeste onde, camuflado pelo olival tradicional, encontramos aquele que foi um ponto avanado de vigilncia da fortaleza: Atalaia de S. Pedro. Descemos agora este cabeo em direo s margens da Ribeira de Abrilongo onde um conjunto numeroso de poldras nos ajuda na travessia. Ao longo da galeria ripcola acompanhamos o curso das suas guas at ao ponto em que engrossam as do Rio Xvora. Da antiga ponte romana j quase nada resta. Mas uma nova travessia permite-nos uma visita ao Santurio de N. Sr. da Enxara. De regresso a Ouguela passamos pelo Centro Ambiental do Xvora, cujas instalaes foram posto fronteirio para controlo de homens e mercadorias.

    2.15H

    distncia

    5.9Km

    dificuldade

    Imuito fcil

    tipo de percurso desnvel acumulado

    subida

    74m

    altitude mx/mn

    196m

    270m

    O grau de dificuldade representado segundo 4 itens diferentes, sendo cada um deles avaliado numa escala de 1 a 5

    (do mais fcil ao mais difcil).

    adve

    rsid

    ade

    do m

    eio

    orie

    nta

    o

    tipo

    de p

    iso

    esfo

    ro

    fsic

    o

    222 2

    PORTALEGRE

    Sousel

    Campo Maior

    Crato

    Avis

    Monforte

    Alter do Cho

    Fronteira

    Arronches

    ESPANHA

    Ponte de Sor

    Carta Militar n 386 e 387(Servio Cartogrfico do Exrcito)

    1:25000

    Percurso pedestre

    Estrada asfaltada

    Curso de gua

    Interseo de percurso

    Incio e fim: Praa da Repblica, Ouguela (GPS: 390447,11N; 70152,81O)

    Sentido recomendado do percurso: dos ponteiros do relgio

    Informao no local

    circular

    400m

    100200300

    0 54321 5,9Km

    Zona de Proteco Especial Campo Maior

    Paisagem

    Pontos de Interesse 1 Contacto geolgico 2 Fonte de Ouguela3 Casa do Governador4 Cisterna5 Atalaia de S. Pedro6 Galeria ripcola

    7 Saramugo 8 Runas da ponte romana9 Santurio de N. Sr. da Enxara10 Centro Ambiental do Xvora

    Antigo posto de fronteira

    Legenda

    perfil de altimetria nvel de dificuldade

    PR1CMR

    durao

    0km 1km

    Elvas

    PR1CMR

  • 48 Alentejo Feel Nature Alentejo Feel Nature 49

    Destaques NATUREZA: destaque para as galerias ripcolas da Ribeira de Abrilongo e do Rio Xvora, com salgueiros, freixos e tamujo (Flueggea tinctoria) - um arbusto exclusivo dos cursos de gua mediterrnicos do SO da Pennsula - osis perfeitos para aves como o rouxinol--comum (Luscinia megharynchos) e a felosa-poliglota (Hippolais polyglotta). No Xvora ocorre o saramugo (Anaecypris hispanica), um ameaado peixe ibrico. No olival tradicional junto a Ouguela destaque para o alcaravo (Burhinus oedicnemus), o milhafre-real (Milvus milvus) ou o peneireiro-cinzento (Elanus caeruleus).

    PATRIMNIO: castelo (scs. XIII-XIV) e fortaleza abaluartada (sc. XVII) de Ouguela. Igreja de Ouguela. Fonte Santa (Ouguela).

    ARTESANATO: ferro forjado; flores de papel; objetos em carto (arado, foice, pratos); loua de barro pintada mo.

    GASTRONOMIA: gros com carne; azeitona (DOP). Doaria (sericaia com ameixas, tosquiados, bolos amassados, ngados e tortilhas de amndoa, gro e gila).

    Castelo de Ouguela

    POCA ACONSELHADA O percurso pode ser efetuado em qualquer poca do ano, tendo os seus utilizadores que tomar algumas precaues com as elevadas temperaturas que se podem fazer sentir durante o vero. Recomenda-se precauo com o nvel das guas em perodo de cheia ou forte pluviosidade.

    CONTACTOS TEISCmara Municipal de Campo Maior: +351 268 680 300Posto Municipal de Turismo: +351 268 689 367Centro de Sade: +351 268 699 700GNR: +351 268 680 390Bombeiros: +351 268 686 227Junta de Freguesia de So Joo Baptista: +351 268 688 860

    ANTIGO POSTO DE FRONTEIRA / CONTRABANDO Um pouco por toda a raia alentejana encontramos histrias e lendas de contrabando. Enaltecendo ou revisitando memrias de um passado portugus e espanhol de pobreza, fome e escassez, o contrabando surgiu como soluo ludibriosa para o alterar de condies e histrias de

    vida rduas. As linhas de fronteira eram controladas pela guarda fiscal e pelos carabineros que, escondidos no mato hostil da regio, surpreendiam bala os contrabandistas que de um lado e do outro se aventuravam na perigosa misso da mercantilizao ilegal, focada no caf, produto sem torrefao no lado espanhol. Carabineros! Carabineros! era o alerta que ecoava pela raia.

    GALERIA RIPCOLA Galeria ripcola a vegetao que acompanha as margens dos cursos de gua. Apesar da regio ter forte influncia mediterrnica, ao longo das linhas de gua permanentes encontramos espcies atlnticas como, por exemplo, neste setor da Ribeira de Abrilongo, o freixo (Fraxinus angustifolia) e os salgueiros (Salix spp). Associadas a estas encontramos outras espcies como a cana-do-reino (Arundo donax), o tamujo (Flueggea tinctoria) e o loendro (Nerium oleander). Neste habitat frondoso, hmido e fresco, abrigam-se aves, como o rouxinol-bravo (Cettia cetti), o rouxinol-comum (Luscinia megarhynchos), a toutinegra-de-barrete-preto (Sylvia atricapilla), o guarda-rios (Alcedo atthis) e o papa-figos (Oriolus oriolus).

    Runas da ponte romana

    Pontos de Interesse

  • 50 Alentejo Feel Nature Alentejo Feel Nature 51

    Rio

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    SANTURIO DA N. SR. DA ENXARA

    ESPANHA

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    1

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    Grou (Grus grus). Benvindo a um dos poucos locais do pas onde os grous so regularmente avistados durante o seu perodo de invernada, do incio de novembro ao final de fevereiro.

    PERCURSO DOS GROUS PR2CMR

    um percurso linear que se desenvolve quase encostado linha de fronteira, num dos pontos mais a este do territrio portugus, este percurso tem o seu incio junto igreja (sc. XVIII) do Santurio de N. Sr. da Enxara, j na margem esquerda do Rio Xvora.Desenvolve-se ao longo de uma extensa rea de montado pouco denso, em terreno praticamente plano. Esta rara configurao provoca, nos perodos do ano mais pluviosos, que as incipientes linhas de gua temporrias criem situaes de encharcamento dos solos, por dificuldade de drenagem. O percurso desenvolve-se ao longo de um estrado em terra batida, mas, para facilitar a observao de aves, est dotado de um observatrio.De facto, um percurso essencialmente dirigido para o birdwatching, atividade para a qual a poca do ano, o equipamento, a discrio e o silncio so fatores determinantes para o sucesso de qualquer sesso de observao. um dos poucos locais no pas especialmente indicado para, entre novembro e fevereiro, observar grous, uma espcie invernante que se alimenta em reas de montado aberto e plano.

    Legenda

    1.45H

    distncia

    4.7Km

    dificuldade

    Imuito fcil

    tipo de percurso desnvel acumulado

    subida

    8m

    altitude mx/mn

    201m

    213m

    O grau de dificuldade representado segundo 4 itens diferentes, sendo cada um deles avaliado numa escala de 1 a 5

    (do mais fcil ao mais difcil).

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    211 2

    Carta Militar n 387(Servio Cartogrfico do Exrcito)

    1:25000

    Percurso pedestre

    Estrada asfaltada

    Curso de gua Sentido recomendado do percurso:

    Oeste - Este

    Incio: Santurio de N. Sr. da Enxara, Ouguela (GPS: 390451,21N; 70059,24O) Fim: prximo da Lagoa da Garrota, Ouguela (GPS: 390404,26N; 65844,49O) Informao no local

    linear

    0 4321

    400m

    100

    200

    4,7Km

    Paisagem

    Pontos de Interesse 1 Santurio de N. Sr. da Enxara2 Avifauna 3 Vegetao ribeirinha

    4 Observatrio5 Os grous e o montado 6 ZPE

    PORTALEGRE

    Sousel

    Campo Maior

    Crato

    Avis

    Monforte

    Alter do Cho

    Fronteira

    Arronches

    ESPANHA

    Ponte de Sor

    Zona de Proteco Especial Campo Maior

    perfil de altimetria nvel de dificuldade

    PR2CMR

    PR2CMR

    durao

    0km 1km

    Elvas

  • 52 Alentejo Feel Nature Alentejo Feel Nature 53

    Vegetao ribeirinha

    Destaques NATUREZA: o habitat principal o montado de azinho aberto ou intermdio, com pastagens naturais de uso extensivo. Nas linhas de gua sazonais, ncleos de tamujo (Flueggea tinctoria), um arbusto exclusivo dos cursos de gua mediterrnicos do SO da Pennsula Ibrica. Aves de rapina: guia--cobreira (Circaetos gallicus), o tartaranho-caador (Circus pygargus), o milhafre-preto (Milvus migrans). Primavera: o abelharuco (Merops apiaster) e o alcaravo (Burhinus oedicnemus). No inverno: grous (Grus grus).

    ARTESANATO: ferro forjado; flores de papel; objetos em carto (arado, foice, pratos); loua de barro pintada mo.

    GASTRONOMIA: gros com carne; azeitona (DOP). Doaria (sericaia com ameixas, tosquiados, bolos amassados, ngados e tortilhas de amndoa, gro e gila).

    POCA ACONSELHADA O percurso pode ser efetuado em qualquer poca do ano, tendo os seus utilizadores que tomar algumas precaues com as elevadas temperaturas que se podem fazer sentir durante o vero e ao piso enlameado ou mesmo alagado durante o inverno ou nos perodos de maior precipitao.

    CONTACTOS TEISCmara Municipal de Campo Maior: +351 268 680 300Posto Municipal de Turismo: +351 268 689 367Centro de Sade: +351 268 699 700GNR: +351 268 680 390Bombeiros: +351 268 686 227Junta de Freguesia de So Joo Baptista: +351 268 688 860

    OS GROUS E O MONTADO O grou (Grus grus) uma ave pernalta que atinge 1m de comprimento e 2,20m de envergadura de asas. Nidifica no norte da Europa e desloca--se em bandos para sul, durante o inverno, para se estabelecer em grupos numerosos, junto de lagos e campos abertos. A zona fronteiria de Ouguela representa uma das mais importantes reas de invernada desta

    ave em Portugal. Aqui, onde a paisagem plana e aberta, com montados de azinho de densidade intermdia e com pastagens naturais, centenas de grous (adultos e imaturos) encontram o local ideal para descansar e procurar alimento (sobretudo bolotas) e assim passarem um inverno ameno e seguro.

    AVIFAUNA As aves so o tema principal deste percurso, pela grande diversidade de espcies ao longo de todo o ano. Residentes: cegonha-branca (Ciconia ciconia), pega-azul (Cyanopica cyanus), alcaravo (Burhinus oedicnemus), siso (Tetrax tetrax), cotovia-de-poupa (Galerida cristata), trigueiro (Emberiza calandra), peneireiro-cinzento (Elanus caeruleus) e tartaranho-caador (Circus pygargus). Visitantes de primavera: guia-cobreira (Circaetus gallicus), abelharuco (Merops apiaster), cuco-canoro (Cuculus canorus), codorniz (Coturnix coturnix), milhafre-preto (Milvus migrans), peneireiro-das-torres (Falco naumanni), andorinha-durica (Cecropis daurica) e rolieiro (Coracias garrulus). Invernantes: abibe (Vanellus vanellus), petinha-dos-prados (Anthus pratensis) e centenas de grous (Grus grus) que aqui encontram refgio e alimento.

    Abelharuco (Merops apiaster)

    Pontos de Interesse

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  • 54 Alentejo Feel Nature Alentejo Feel Nature 55

    ESPANHA

    Ribeir

    a de A

    brilon

    go

    Barragemdo Abrilongo

    Rio Xvora

    PR2CMR

    N. SR. DOS DEGOLADOS

    OUGUELA

    EN371

    EN371

    1

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    6

    Ouguela

    Centro de Interpretao da Natureza, Mel e Biodiversidade (Herdade dos Ades). Um projecto por um futuro sustentvel.

    PERCURSO RAIANO ENTRE CAL E MEL

    PR3CMR

    Dos baluartes de Ouguela procuramos divisar para ocidente o local onde termina este percurso. Partimos descendo por estrado que, entre olivais tradicionais, rpido nos coloca na margem da Ribeira de Abrilongo, que atravessamos passando de poldra em poldra. Durante um quilmetro seguimos contra a corrente tendo a ribeira e a sua mata ripcola como companhias. Depois afastamo-nos at linha de fronteira. O solo adquire tons avermelhados, indiciando alguma alterao na geologia local. Logo iremos encontrar as runas de antigos fornos que permitiam transformar pedras calcrias em cal. De seguida, alinhamos com o traado da fronteira, sempre vigiados pelas oliveiras que se alinham do lado de c. Uma vez mais atravessamos a Ribeira de Abrilongo e entramos na Herdade dos Ades. Para alm do excelente montado, quando atingimos o Centro de Interpretao da Natureza, Mel e Biodiversidade, percebemos que a gesto empresarial da herdade est orientada para vincados propsitos ambientais: do MPB (Modo de Produo Biolgico) conservao da biodiversidade e sensibilizao ambiental. Despedimo-nos deste centro e rumamos para Degolados, no final do percurso. Estamos a 8km de Campo Maior.

    5.45H

    distncia

    15.7Km

    dificuldade

    IIIalgo difcil

    tipo de percurso desnvel acumulado

    subida

    131m

    altitude mx/mn

    203m

    306m

    O grau de dificuldade representado segundo 4 itens diferentes, sendo cada um deles avaliado numa escala de 1 a 5

    (do mais fcil ao mais difcil).

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    222 3

    Carta Militar n 386(Servio Cartogrfico do Exrcito)

    1:25000

    Percurso pedestre Estrada asfaltada Curso de gua Interseo de percurso

    Sentido recomendado do percurso: Este - Oeste

    Incio: Praa da Repblica, Ouguela (GPS: 390447,11N; 70152,81O) Fim: Nossa Senhora da Graa dos Degolados (GPS: 390336,46N; 70714,57O)

    linear

    Informao no local Alojamento Farmcia

    Multibanco Minimercado Paisagem

    Legenda

    Pontos de Interesse 1 Ouguela2 Geomorfologia do vale da Ribeira de

    Abrilongo 3 Antigas caleiras 4 Linha de fronteira

    5 Herdade dos Ades 6 Centro de Interpretao da Natureza, Mel e

    Biodiversidade

    400m

    100

    200

    300

    0 108642 15,7Km2 14

    ElvasSousel

    Campo Maior

    Crato

    Avis

    Alter do Cho

    Fronteira

    Arronches

    ESPANHA

    Ponte de Sor

    Zona de Proteco Especial Campo Maior

    perfil de altimetria nvel de dificuldade

    PR3CMR

    PR3CMR

    durao

    0km 2km

  • 56 Alentejo Feel Nature Alentejo Feel Nature 57

    Herdade dos Ades

    Destaques NATUREZA: SIC* Caia e So Mamede. Galeria ripcola da Rib de Abrilongo, com choupos, amieiros, freixos, salgueiros e loendros (Nerium oleander), toutinegras--de-barrete-preto (Sylvia atricapila), rouxinol-bravo (Cettia cetti), rouxinol-comum (Luscinia megharhynchos) e guarda-rios (Alcedo atthis). No seu curso, o pequeno e raro saramugo (Anaecypris hispanica), peixe exclusivo da bacia do Guadiana.

    *Stio de Importncia Comunitria.

    PATRIMNIO: Ouguela: castelo / fortaleza abaluartada; igreja (com pintura mural setecentista representando So Joo Baptista); Fonte Santa.

    ARTESANATO: ferro forjado; flores de papel; objetos em carto (arado, foice, pratos); loua de barro pintada mo.

    GASTRONOMIA: gros com carne; azeitona (DOP). Doaria (sericaia com ameixas, tosquiados, bolos amassados, ngados e tortilhas de amndoa, gro e gila).

    POCA ACONSELHADA O percurso pode ser efetuado em qualquer poca do ano, tendo os seus utilizadores que tomar algumas precaues com as elevadas temperaturas que se podem fazer sentir durante o vero. Recomenda-se precauo com o nvel das guas em perodo de cheia ou forte pluviosidade.

    CONTACTOS TEISCmara Municipal de Campo Maior: +351 268 680 300Posto Municipal de Turismo: +351 268 689 367C.de Sade: +351 268 699 700GNR: +351 268 680 390Bombeiros: +351 268 686 227Junta de Freguesia da N. Sr. da Graa dos Degolados: +351 268 685 153Junta de Freguesia de So Joo Baptista: +351 268 688 860

    LINHA DE FRONTEIRA Aqui passa a linha imaginria com 1241 quilmetros que - praticamente desde 1297, quando D. Dinis e Fernando IV de Castela e Leo assinaram o Tratado de Alcaices - separa administrativa e politicamente Portugal e Espanha. Na impossibilidade de estabelecer essa linha com um risco,

    a fronteira pontuada por robustos marcos granticos - os Marcos de Fronteira - que estabelecem o seu alinhamento.

    ANTIGAS CALEIRAS O xido de clcio, mais conhecido por cal, uma das matrias mais importantes e tpicas da construo no Alentejo. obtida por decomposio trmica de calcrio, a 900C. Depois utilizada na preparao das argamassas fluidas que servem para caiar e que marcam a paisagem urbana da regio. O casario ergue-se branco e as igrejas e fontanrios, rebocados pela mesma argamassa, alternam em cor com os cinzas cristalinos dos granitos. Era em torno das antigas caleiras que tinham lugar as funes de extrair, produzir e transformar o calcrio na esbranquiada substncia. Aquecida num forno a lenha escavado no solo em poo cilndrico e revestido a tijolo e pedra xistosa, a rocha transformava-se na cal viva que reveste a regio.

    Sericaia com ameixa

    Pontos de Interesse

    Foto

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  • 58 Alentejo Feel Nature Alentejo Feel Nature 59

    Ribeira de So Joo

    PR5CVD

    PR5CVD

    GR41

    GR41

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    M523

    EN246-1

    M1008

    M524

    EN246-1

    Brejo

    Quinta de S. Pedro

    Sr. da Luz

    CASTELODE VIDE

    8

    PORTA PARQUE

    DO

    Ermida de N. Sr. da Penha. No topo do afloramento rochoso, um local de culto, um miradouro do Alto Alentejo.

    PERCURSO PELA SERRA DE SO PAULO

    PR1CVD

    O percurso inicia-se em Castelo de Vide, junto Igreja de N. Sr. dos Remdios, desenvolvendo-se em suave descida at cruzar as linhas de gua que daro origem Ribeira de S. Joo. Deixada a zona urbana, sobe-se ao longo da encosta nordeste da Serra de So Paulo. A dado ponto apercebemo-nos do desalinhamento do afloramento de quartzitos que denuncia uma falha geolgica com deslizamento oblquo. Passo a passo aumenta a amplitude das vistas sobre a vila. A Fonte Santa ponto para descanso e fruio da paisagem.A partir daqui o percurso utiliza um troo muito bem conservado de calada medieval, que nos ajuda a atingir o seu ponto culminante: a Ermida de N. Sr. da Penha. O local permite a contemplao da paisagem que, de oeste a este, se estende at longnquos horizontes. Aqui, os mais aventureiros podem usufruir de uma via ferrata.Retomamos o percurso em descida pela estrada municipal, mas em breve passamos para uma antiga calada que nos levar at Alminha de S. Paulo. Em suave descida atingimos a Fonte Nova, junto da EN246. Com cuidado atravessamos esta via e continuamos at encontrarmos a Ribeira de S. Joo, que j no o fio de gua que encontrmos na parte inicial do percurso. Iniciamos uma ltima subida que nos colocar no centro de Castelo de Vide.

    3.30H

    distncia

    9.2Km

    dificuldade

    IIfcil

    tipo de percurso desnvel acumulado

    subida

    235m

    altitude mx/mn

    481m

    691m

    O grau de dificuldade representado segundo 4 itens diferentes, sendo cada um deles avaliado numa escala de 1 a 5

    (do mais fcil ao mais difcil).

    adve

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    221 3

    ESPANHA

    Castelo de Vide

    Marvo

    Nisa

    Ponte de Sor

    Arronches

    Gavio

    PORTALEGRECrato

    Carta Militar n 335(Servio Cartogrfico do Exrcito)

    1:25000

    Percurso pedestre Estrada asfaltada Curso de gua Interseo de percurso Pista dowhill Via ferrata

    Sentido recomendado do percurso: dos ponteiros do relgio

    Incio e fim: junto Capela de N. Sr. dos Remdios (GPS: 392438,25N; 72700,77O)

    Informao no local Alojamento Farmcia Restaurao

    Multibanco Minimercado Paisagem Posto de Turismo

    circular

    Centro de acolhimento ao caminheiro (GPS: 392459,39 N; 072718,75O)

    Legenda

    Parque Natural da Serra de So Mamede

    700m

    100

    300

    500

    0 54321 9,2Km6 7 8

    perfil de altimetria nvel de dificuldade

    PR1CVD

    PR1CVD

    1 Fonte do Regalo 2 Circuito de manuteno 3 Falha geolgica de

    Castelo de Vide4 Calada medieval 5 Fonte Santa

    6 Calada medieval 7 Downhill 8 Ermida de N. Sr. da Penha 9 Via Ferrata 10 Calada medieval

    11 Alminha de So Paulo 12 Fonte Nova 13 Igreja do Sr. Do Bonfim 14 Fonte do Cortio 15 Alminha de Santo Andr

    Pontos de Interesse

    durao

    0km 1km

  • 60 Alentejo Feel Nature Alentejo Feel Nature 61

    Falha geolgica de Castelo de Vide

    Destaques NATUREZA: andorinho-plido (Apus pallidus), rabirruivo-de-testa-branca (Phoenicurus phoenicurus), papa-figos (Oriolus oriolus), melro-azul (Monticola solitarius), pica-pau-malhado-pequeno (Dendrocopos minor) e guia-calada (Hieraaetus pennatus). Destaque tambm para dois anfbios exclusivos da Pennsula Ibrica: o trito-de-ventre-laranja (Lissotriton boscai) e a r-ibrica (Rana iberica).

    PATRIMNIO: castelo de Castelo de Vide; Forte de S. Roque; Igreja Matriz de Santa Maria da Devesa; Judiaria; Sinagoga .

    ARTESANATO: bordados; talegos (bolsas bordadas em linho); arte de trabalhar o ferro forjado, madeira, cortia e chifre (miniaturas); azulejaria; tecelagem.

    GASTRONOMIA: sarapatel; cachafrito; molhinhos em tomatada; alhada de cao; fgado moda de Castelo de Vide; pezinhos de coentrada; enchidos. Doaria (boleima, broas de mel, enxovalhada - tradicional da Pscoa -, queijadas de requeijo).

    POCA ACONSELHADA O percurso pode ser efetuado em qualquer poca do ano, tendo os seus utilizadores que tomar algumas precaues com as elevadas temperaturas que se podem fazer sentir durante o vero e ao piso escorregadio no inverno.

    CONTACTOS TEISCmara Mun