Álcool

38
Álcool

description

 

Transcript of Álcool

  • 1. lcool

2. O lcoolO lcool (do rabe al-kohul) uma classede compostos orgnicos que possui na suaestrutura um ou mais grupos de hidroxilas, -OH, ligados a carbonos saturados. comumente utilizado comocombustvel, esterilizante, solvente e ocomponenteprincipaldasbebidasalcolicas. 3. Classificao lcoois primriosOs lcoois primrios tm ogrupo hidroxila ou oxidrila ligado a um carbonoprimrio, como por exemplo, o etanol. Suafrmula geral :(Na figura, R representaum radical hidrocarboneto qualquer). 4. lcoois secundrios A frmula geral dos lcoois secundrios :(onde R representa um radical hidrocarboneto qualquer). 5. Os lcoois secundriostmo grupo hidroxila ligado a um carbono secundrio (isto , um tomo de carbono que est ligado a apenas dois outros tomos de carbono), como o caso do 2-propanol: 6. lcooistercirios Oslcooistercirios tmogrupo hidroxila ligado a um carbonotercirio. Como o 2-metil-2-propanol eo trimetilcarbinol. A frmula geral :(Na figura, R representa um radicalhidrocarboneto qualquer). 7. TiposOetanol ou lcool etlico o tipo delcool mais comum. Est contido nasbebidas alcolicas, usado para limpezadomstica e tambm combustvelpara automveis. A frmula do lcooletlico CH3CH2OH. O metanol ou lcool metlico um lcoolque no deve ser ingerido, pois extremamente txico para o fgado. Afrmula do metanol CH3OH. 8. Nofenol, de frmula qumica C6H6O, ahidroxila est ligada a um anelbenznico. Na maioria dos textos, estecomposto no considerado um lcool. lcool anidro um lcool com at 1% degua (j que difcil a obteno delcool totalmente puro), e pode seradicionado gasolina para aumento daoctanagem,atuandocomoantidetonante, para que a gasolinapossa ser comprimida no pisto do motorcarburante ao mximo e no entre emcombusto antes de acionada a vela domotor. 9. Olcool bornlico obtido ligado com ohidroterpendio que corresponde cnfora. O lcool desnaturado umacomposio com o metileno. 10. NomenclaturaAnomenclatura dos lcoois baseada na dos hidrocarbonetos de que derivam: basta substituir a letra o do final por ol. Se essa nomenclatura for ambgua quanto posio da hidroxila, o sufixo ol deve ser por ela precedido. Por exemplo, propan- 2-ol indica um grupo hidroxila ligado ao carbono 2 do propano. Tambm pode ser escrito 2-propanol. 11. Em certos casos pode ser necessrio usar a nomenclatura na forma prefixal. Nesse caso, deve-se usar o prefixo hidrxi. Por exemplo, se tivermos um grupo hidroxila ligado a um anel benznico, podemos usar o nome hidrxibenzeno (essa substncia usualmente conhecida como fenol). 12. Emoutros casos, o lcool possui outros sufixos, dependendo da quantidade de grupos hidroxila.-ol: quando a cadeia possui apenas umgrupo hidroxila.Ex: Etanol (CH3-CH2-OH) 13. -Diol: quando existem dois grupos hidroxilana cadeia carbnica.Ex: Pentano-1,2-diol-Triol: quando a cadeia possui trs gruposhidroxila.Ex: Hexano-1, 2,3-triol. 14. Produo 15. O lcool produzido a partir matrias primas comorigem vegetal que possuem altos ndices de frutose. Aprincipal matria prima utilizada a cana-de-aucar,mas existe tambm o uso de outras matrias comoo milho, a mandioca e o eucalipto. Aps o corte, feito o transporte da matria paraa usina, onde ocorre a lavagem e a moagem seguidada filtragem, de onde so obtidos a garapa e o bagao.A garapa aquecida, formando um lquido viscoso erico em acar, o melao. Depois, adiciona-se aomelao um pouco de gua e cido, de onde obtemos omosto. Aps 50 horas de fermentao 13% do mostotorna-se lcool e enviado para a destilao. 16. Para obter o lcool etlico a partir da mistura feitauma destilao fracionada. Para o lcool puroou anidro, retira-se a gua excedente. O processo consiste naadio de cal vivo mistura que ao entrar em reao com agua forma o hidrxido de clcio que no solvel emlcool, assim formando uma mistura heterognea que separada. O lcool produzido quantificado atravs demedidores de vazo ou tanques calibrados e depois enviadospara o armazenamento, onde aguardam a posterior remoopor meio de caminhes para a comercializao. Cada litro de lcool obtido na destilao produz cerca de 12litros de resduos que e recebem o nome de vinhaa e soaproveitados como fertilizante no prprio canavial. 17. Bebida Alcolica 18. Bebida alcolica toda a bebida quecontenha lcool etlico, tambm chamadode etanol. 19. ProcessoO lcool produzido pela fermentao de acares contidos em frutas, gros e em caules (como na cana-de-acar). As bebidas alcolicas so classificadas em:fermentadas, destiladase compostas. 20. Exemplos:OrigemBebida Fermentada Bebida DestiladaSumoBagaceira, Armagnac, Brandy, Conhaque,Vinho, Champagnede UvaPisco, Grappa (aguardente de vinho).Caldoda cana-Vinho de cana Cachaa, Rumde-acarCerealCerveja (Cevada), Saqu (Arroz). Bourbon, Gim, Usque, Vodka.SucoTequila, Mezcalde agaveMel HidromelAnisArak, Ouzo, Pastis, Patxaran, Absinto.SucoSidra Calvadosde MaSucoSlivovitz, Schnapsde Ameixa 21. Oabuso precoce da bebidaPesquisas recentes sobre os efeitos dolcool no crebro de adolescentesmostram que essa substncia, consumidanum padro considerado nocivo, afeta asregies responsveis por habilidadescomo memria, aprendizado, autocontrole e principalmente a motivao. 22. HipocampoO hipocampo est ligado aos processos dememorizao e aprendizado. Experimentoscom ratos realizados na UniversidadeDuke, nos EUA, mostraram que, em cobaiasadolescentes, o lcool tornou mais lenta do que emespcimes adultos a atividadedos neurnios envolvidos na formao denovas memrias. Conforme foi aumentada adosagem de lcool, a atividade cessoucompletamente.Em adolescentes humanos, isso pode ser a explicaopara os lapsos de memria durante o abuso do lcool.Antigamente, pensava-se que essa situao ocorriaapenas em adultos. 23. Lobo frontal Olobo frontalestligado concentrao, ao planejamento e iniciativa; essa rea essencial paraqualquer pessoa controlar o impulso e mediras consequncias de seus prprios atos. Um estudo realizado na Universidade daCarolina do Norte submeteu ratos aoequivalente a quatro dias de intensabebedeira. O dano cerebral nas cobaiasadolescentes foi duas vezes maior do quenas adultas. Com base nisso, conclui-se que oconsumo de lcool em larga escala naadolescncia pode levar o adolescente, nafase adulta, a ter dificuldades para, entreoutras coisas, tomar decises e definir o que certo ou errado para si. 24. Efeitos malficos do lcool Segundoa Organizao Mundial de Sade (OMS), estudos apontam que o "consumo baixo ou moderado de lcool" resulta em uma reduo no risco de doenas coronrias. Porm, a OMS adverte que "outros riscos para a sade e o corao associados ao lcool no favorecem uma recomendao geral de seu uso". 25. Foicomprovado que o consumo nomoderado de lcool est associado aum maior risco de doena de Alzheimer eoutras doenas senis, angina de peito,fraturas e osteoporose, diabetes, lceraduodenal, clculo biliar, hepatite A,linfomas, pedras nos rins, sndromemetablica,cncernopncreas,doena de Parkinson, artrite reumtica egastrite. O consumo no moderadotambm pode dificultar a memria e oaprendizado, e at piora a pontuaoem testes de QI. 26. Alm disso, um estudo recente feito na Austrlia demonstra que o consumo de lcool culpado por mais casos de cncer do que se julgaria. Segundo o estudo, mais de 2600 casos de cncer de mama e quase 1300 casos de cncer de boca estariam relacionados com o hbito do consumo de lcool. 27. Etanol no sangueEtanol no sangue EstgioSintomas(gramas/litro)Nenhuma influncia0,1 a 0,5SobriedadeaparentePerda de eficincia,0,3 a 1,2Euforiadiminuio da ateno,julgamento e controle.Instabilidade dasemoes, incoordenao0,9 a 2,5Excitaomuscular. Menor inibio.Perda do julgamentocrticoVertigens, desequilbrio,1,8 a 3,0Confuso dificuldade na fala edistrbios da sensao.Apatia e inrcia geral.2,7 a 4,0EstuporVmitos, incontinnciaurinria e fezes.Inconscincia, anestesia.3,5 a 5,0ComaMorteAcima de 5 MorteParada respiratria 28. Alcoolismo e toxicidade crnicaO alcoolismo uma doena crnica, caracterizada pela dependncia de etanol. Na prtica clnica, constata-se que o alcolatra cada vez mais depende da substncia para viver, desenvolvendo grave dependncia fsica quando este retirado. 29. Nenhumaparte do organismo humano menos atingida dos efeitos nocivos do lcool. Em pessoas saudveis que utilizam o lcool moderadamente, a maioria dos efeitos patolgicos pode ser revertido. Porm, quando consumido com exagero ou em indivduos com patologias prvias, as consequncias nos rgos podem ser graves e irreversveis. 30. Um alcolatra definido como o indivduo que consome mais de quatro drinques por dia, ou seja, 60 g de lcool por dia nos ltimos seis meses. 31. Bebidas mais consumidas e sua concentrao de etanol Quantidade equivalente a um drinque (15 g deBebida etanol) 340 ml (600 ml de cerveja = aprox. 30 g deCerveja (5% de etanol) lcool)Bebidas destiladas 43 ml a 25 ml (1 dose = aproximadamente 15 g(conhaque, usque, vodca, rum e cachaa) de lcool)(40 a 65% etanol). 142 ml (1 garrafa = 5,5 drinques = ~ 82 g deVinho de mesa (11% de etanol) lcool)Vinhos fortificados (vermute, Sherry, Porto) 85 ml (1 dose aproximadamente 7,5 g de(18% de etanol). lcool) 32. Alteraes orgnicas do lcoolNeurolgica - Demncia alcolica,Metablica/renal - Cetoacidose alcolica,degenerao cerebelar, sndrome desndrome hepato renal,Wernicke-Korsakoff, mielinlise pontinahipocalcemia, hipofosfatemia.central.Dermatolgica - Rubor da face, eritemaGastrintestinal - Cirrose, hepatite alcolica, lceras,palmar, olhos vermelhos, edema depancreatite.plpebras, dermatite seborreica.Cardiovascular - Hipertenso arterial,Nutricional - Beribri, pelagra, deficinciamiocardiopatia. de riboflavina e piridoxina.Hematolgico/imunolgico - Aumento deCncer - Boca, esfago, fgado, tireoide,infeces, leucopenia, VCM elevado, coagulaoprstata, reto, pncreas, estmago.prejudicada.Endcrino/reprodutivo - Impotncia, Musculo esqueltico - Gota, miopatia, necrosehipoglicemia, feminilizao em homens.assptica do quadril. 33. lcool Combustvel 34. Olcool combustvel (Etanol) umbiocombustvel produzido, geralmente, apartir dacana-de-acar, mandioca, milho ou beterraba. Ele utilizado desde o incio da indstriaautomotiva, porm, com a utilizao decombustveis fsseis, no comeo dosculo XX, mais barato e abundante, oetanol tornou-seuma opopraticamente ignorada. 35. Autilizao do etanol que sem dvida a mais frequente, e que se iniciou tologo surgissem os primeiros motores acombusto interna, seu uso comocombustvel: a maior parte da produode lcool do mundo destinada a finsenergticos, e a maior parte utilizadapara fins energticos etanol. A primeira experincia de uso do etanolcomo combustvel no Brasil aconteceu noano de 1927. A Usina Serra GrandeAlagoas foi a primeira do pas a produziretanol combustvel. 36. Oprimeiro carro a lcool lanado foi o Fiat 147 em 1978. Da at 1986, o carro a lcool ganhou o gosto popular dos brasileiros, sendo que a quase totalidade dos veculos sados das montadoras brasileiras naquele ano utilizava esse combustvel. 37. Impacto Ambiental Atualmente, h correntes que questionam oimpacto ambiental do lcool combustvel, pelosseveros danos do desmatamento necessrio paraabrir espao monocultura de cana-de-acarepelo efeitonocivo daqueima dapalhada, necessria para se preparar a canapara a produo de lcool. Esses danos hoje j sefazem sentir, apesar da utilizao do lcool sernfima se comparada aos derivados de petrleo.Contudo, a queima da palhada est decaindocom o aumento da mecanizao da lavoura.Tambm se deve levar em conta o fato de que oefeito da queima minimizado pela absoro deCO2 atravs da fotossntese da cana-de-acar. 38. 3 EM M01 Ceclia; Cleber; Gilvan; Guilherme; Kennedy; RafaelMaroto.