Albert Soboul Fichamento

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Albert Soboul – A revolução francesa Fichamento por Albanir Faleiros Machado Neto A revolução resulta na elevação da sociedade burguesa e capitalista na historia da frança. - A revolução tem por característica a realização da unidade nacional do país por meio da destruição do regime senhorial e das ordens feudais privilegiadas. Estabelece uma democracia liberal, e pode ser considerado o modelo clássico da revolução burguesa. - séc. XVIII. Estrutura social da frança permanecia aristocrática. Terra, riqueza, status, poder. Senhores feudais ainda detinham privilégios sociais e econômicos. - Camponeses sujeitos aos poderes senhoriais. - Burguesia já tinha poder sobre as finanças, comércio e indústria. Fornecia a monarqui recursos necessários a marcha do Estado. - Apesar da aristocracia ainda estar no topo da hierarquia social, a burguesia crescia em número, poder econômico, cultura e em consciência. - Os fundamentos ideológicos das luzes, se afirmava como consciência de classe da burguesia. Burguesia classe em ascensão, progressista Já exercia atração sobre as massas populares e setores dissidentes da aristocracia. - Ambição burguesa apoiada pela realidade social e econômica, mas se chocava com o espírito aristocrático das leis e instituição. Para avançar a burguesia precisava romper com os quadros feudais da produção e da troca. - Burguesia revolucionária possuía uma consciência esclarecida de realidade econômica, o que constitui a força que determinaria sua vontade. A burguesia reclamava a liberdade política, econômica, e de empreendimento e do lucro. - O capitalismo exigia a liberdade da pessoa, liberdade dos bens, liberdade do espírito, condição das pesquisas e das descobertas cientificas e técnicas. Nobreza e aristocracia - A aristocracia( aristocracia dissidente) incitou a luta contra o absolutismo para restabelecer a sua preponderância política e salvaguardar privilégios sociais. Tentativa de reforma do antigo Regime. A nobreza e o clero perderam parte de seu privilégio fiscal, mas conservavam uma referência social. As reformas não colocavam em debate a estrutura aristocrática do antigo Regime. - Quando a aristocracia minava o poder real com as reformas, esta acaba arruinando o defensor dos seus privilégios. A Revolta da aristocracia abriu caminho para o terceiro estado. -Terceiro estado: confundido em suas classes, todos os plebeus + ou – 96% da população. Era uma entidade legal que dissimulava elementos sociais e diversificava o curso a revolução.. - Burguesia não era homogênea, alguma de suas frações estavam integradas ao antigo regime e participava de algum modo de seus privilégios. - As categorias sociais englobadas sob o termo geral de terceiro Estado não estavam claramente contratadas. Os pequenos artesãos se opunham aos grandes mercadores, preferiam possuir sua pequena lojinha a trabalhar como assalariado. Essas categorias artesanais acabam possuindo aspirações contraditórias. Nas categorias faltava o espírito de classe. Assim como os artesãos, os assalariados eram incapazes de conceber soluções eficazes que o livra de sua miséria. - O ódio a aristocracia e aos ricos foram os fermentos de unidade das massas .

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Albert Soboul – A revolução francesaFichamento por Albanir Faleiros Machado Neto

– A revolução resulta na elevação da sociedade burguesa e capitalista na historia da frança.– - A revolução tem por característica a realização da unidade nacional do país por meio da

destruição do regime senhorial e das ordens feudais privilegiadas.– Estabelece uma democracia liberal, e pode ser considerado o modelo clássico da revolução

burguesa.– - séc. XVIII. Estrutura social da frança permanecia aristocrática. Terra, riqueza, status, poder.– Senhores feudais ainda detinham privilégios sociais e econômicos.– - Camponeses sujeitos aos poderes senhoriais.

- Burguesia já tinha poder sobre as finanças, comércio e indústria. Fornecia a monarqui recursos necessários a marcha do Estado.- Apesar da aristocracia ainda estar no topo da hierarquia social, a burguesia crescia em número, poder econômico, cultura e em consciência. - Os fundamentos ideológicos das luzes, se afirmava como consciência de classe da burguesia.

– Burguesia classe em ascensão, progressista Já exercia atração sobre as massas populares e setores dissidentes da aristocracia.

– - Ambição burguesa apoiada pela realidade social e econômica, mas se chocava com o espírito aristocrático das leis e instituição.

– Para avançar a burguesia precisava romper com os quadros feudais da produção e da troca.– - Burguesia revolucionária possuía uma consciência esclarecida de realidade econômica, o que

constitui a força que determinaria sua vontade.– A burguesia reclamava a liberdade política, econômica, e de empreendimento e do lucro.– - O capitalismo exigia a liberdade da pessoa, liberdade dos bens, liberdade do espírito,

condição das pesquisas e das descobertas cientificas e técnicas.

Nobreza e aristocracia- A aristocracia( aristocracia dissidente) incitou a luta contra o absolutismo para restabelecer a sua preponderância política e salvaguardar privilégios sociais.

– Tentativa de reforma do antigo Regime. A nobreza e o clero perderam parte de seu privilégio fiscal, mas conservavam uma referência social. As reformas não colocavam em debate a estrutura aristocrática do antigo Regime.

– - Quando a aristocracia minava o poder real com as reformas, esta acaba arruinando o defensor dos seus privilégios.

– A Revolta da aristocracia abriu caminho para o terceiro estado.– -Terceiro estado: confundido em suas classes, todos os plebeus + ou – 96% da população. Era

uma entidade legal que dissimulava elementos sociais e diversificava o curso a revolução..- Burguesia não era homogênea, alguma de suas frações estavam integradas ao antigo regime e participava de algum modo de seus privilégios.- As categorias sociais englobadas sob o termo geral de terceiro Estado não estavam claramente contratadas.

– Os pequenos artesãos se opunham aos grandes mercadores, preferiam possuir sua pequena lojinha a trabalhar como assalariado. Essas categorias artesanais acabam possuindo aspirações contraditórias.

– Nas categorias faltava o espírito de classe.– Assim como os artesãos, os assalariados eram incapazes de conceber soluções eficazes que o

livra de sua miséria.– - O ódio a aristocracia e aos ricos foram os fermentos de unidade das massas .

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– As más colheitas e a crise econômica decorrente dela, serviram para impulsionar as massas populares, apesar disso elas não se ordenaram como classe distinta, estavam sempre atrás da burguesia. E dessa forma aplicaram os golpes mais duros contra o antigo regime.

– - As massas populares subordinadas a burguesia, e assim aconteceu a aliança contra a aristocracia.

– Os camponeses que em sua maioria já eram homens livres do poder senhorial sofriam a exploração imposta pelo regime feudal e chegam a um estado, grave de miséria por serem cobrados impostos pelos eclesiásticos.

– - Classes populares foram o motor da revolução burguesa.– A revolução nasceu de uma crise econômica.– - Uma grande alta no preço de produtos alimentícios, aumentou a fome nas massas populares, e

gerou revolta.– A alta dos salários não acompanhava a exagerada alta no preço dos alimentos, os gastos com

comida consumiam a maior parte do salário do trabalhador.– - o crescimento demográfico multiplicou as conseqüências da alta dos preços.– As contradições do Antigo Regime, côo a crise econômica e também o aumento demográfico

nas cidades, foram geradores de tensões e criaram uma situação revolucionária.– - A classe dirigente que era impotente para se defender, nada pode fazer quando levantou-se a

imensa maioria da nação, assim se deu a ruptura.

JACQUES SOLÉ - A revolução Francesa em questões.

- A revolução de 1789 resultou do lento enfraquecimento da aristocracia feudal sob o peso do desenvolvimento capitalista

– Historiadores mais atuais, principalmente os do EUA e da Grã-bretanha, passam a pensar de maneira diferente as origens, o desenvolvimento e as conseqüências da Rev. Francesa.

– - Grupos minoritários foram responsáveis pelos principais episódios revolucionários e encontraram profundas oposições nas diferentes regiões do país. A radicalização da Revolução aumentou o número dos descontentes, tanto a seu favor como contra.

– A incapacidade dos responsáveis pela Revolução e que agora eram dirigentes do país, em resolver a crise generalizada e de dar a revolução uma saída legal constitucional, leva ao estabelecimento da ditadura de Napoleão.

– - O autor pretende tirar a Revolução do seu pedestal mítico e devolve-la as suas realidades

complexas

TRIUNFO DAS LUZES

- A influência social do pensamento das luzes no sec. XVIII permanceu muito limitada. Outros temas continuaram a dominar as preocupações culturais. Os gostos intelectuais do povo, continuavam ligados ao sobrenatural, fantástico. Dessa maneira, a nobreza esclarecida era o único grupo capaz de compreender e patrocinar a filosofia das luzes.

– A estreita minoria dirigente dos revolucionários de 1789, herdou e utilizou essa filosofia do séc. XVIII. Portanto , essa filosofia triunfou graças a elite esclarecida da nova ordem, fundando um regime liberal representativo.

– - De maneira geral, até a primavera de 1789 as luzes se mostravam pouco enraizadas numa burguesia profundamente conservadora. A maioria da opinião pública continuava estranha, senão oposta aos novos filósofos.

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– O raqcionalismo das luzes atacava as opiniões da maioria dos franceses. Que continuava tradicionalista, conservador e quase irredutível a mudanças na forma de pensar. A imensa maioria da população francesa continuava alheia ao pensamento das luzes.

– - A tradição institucional era o principal fator que inspirava as atitudes políticas das massas populares. O povo Frances se mostrava muito conservador e pouco radical, momento antes da Revolução que mergulhariam em breve.

- A maioria da população não podia compreender nem compartilhar os princípios impostos pelos novos dirigentes. E ai está o que posteriormente seria o distanciamento entre o povo e seus pretensos representantes.

– Os escritores marginalizados desferiam todo seu ódio contra a igreja e a monarquia. Espalhavam seu material através de panfletos que eram distribuídos clandestinamente. Estes escritores denunciavam a corrupção e os maus hábitos da nobreza.

– Ideologicamente a Revolução se deu mais devido ao ódio contra os grandes do que pela influência intelectual.

Uma vitória da burguesia?