Al. Linhas de Torres, 2 1750-146 LISBOA doroteiasnoticias ... · No dia 01 de Fevereiro, ......

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O Noviciado de Coimbra tem uma nova Postulante: Susana Santos O PUZZLE que virou MOSAICO Paula faz 205 anos… Al. Linhas de Torres, 2 1750-146 LISBOA [email protected] O Bispo de Portalegre-Castelo Branco visitou o Colégio de Abrantes A Casa Paula - Lisboa tem sido muito visitada Covilhã Festas de Natal Encontro de Formação, em Fátima, para as Comunidades inseridas O Colégio do Sardão celebrou 135 anos! Recardães Festa da Catequese

Transcript of Al. Linhas de Torres, 2 1750-146 LISBOA doroteiasnoticias ... · No dia 01 de Fevereiro, ......

O Noviciado de Coimbra tem uma

nova Postulante: Susana Santos

O PUZZLE que virou MOSAICO

Paula faz 205 anos…

Al. Linhas de Torres, 2 1750-146 LISBOA [email protected]

O Bispo de Portalegre-Castelo Branco

visitou o Colégio de Abrantes

A Casa Paula - Lisboa

tem sido muito visitada

Covilhã

Festas de Natal

Encontro de Formação, em

Fátima, para as Comunidades

inseridas

O Colégio do Sardão

celebrou 135 anos!

Recardães

Festa da Catequese

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AA CCOOMMUUNNIIDDAADDEE DDOO NNOOVVIICCIIAADDOO AA CCAAMMIINNHHOO……

Guiadas pelo nosso objectivo que, a partir da Província, nos

ilumina e faz “treinar” o coração no dia-a-dia “para escutar a

voz Deus em tudo e em todos”, e estimuladas pela Carta

anual da Ir Jaci, a Vida vai-nos desafiando…

Entre os vários desafios, têm-nos movido: a experiência

intercomunitária tão fraternalmente vivida no Natal, os

gestos e as palavras concretas do Papa a insistirem no

testemunho da conversão ao estilo de Jesus… As partilhas

familiares nos nossos “serões”, que já são programa

comunitário… Todo o caminho de discernimento

implementado pelo Governo Geral e suas consequências…

Mais e mais desafios… E, na nossa Província, há que valer

“uma por dez…”!

Na nossa Comunidade, verifica-se esta matemática da “Fé inabalável e operativa”: estamos em quase

todas as equipas da Província, nos compromissos assumidos a nível da “Área Europa”, em equipas

congregacionais, e na disponibilidade para equipas e serviços diocesanos, além dos solicitados pela CIRP.

Acolhendo o desafio de ir às periferias, a nossa Comunidade, na pessoa da Irmã mais provecta, a Tina,

comprometeu-se a ir ao Centro de Emprego exercer, o “ministério da escuta”. Duas vezes por semana lá

vai ela encontrar, escutar histórias de vida e dar esperança a quantos ali esperam… E que experiências ela

ali já viveu e partilhou!

Concluímos partilhando o desafio que mais nos falou do “Deus connosco”: a entrada no Postulantado da

Susana Santos.

Chegou aqui na tarde do dia 31 de Janeiro, por

coincidência festa litúrgica de S. João Bosco…

No dia 01 de Fevereiro, todas participámos na Vigília de

Oração do Dia do Consagrado, presidida pelo nosso

Bispo, D. Virgílio, no Carmelo de S. Teresa, às 21 h. Uma

linda vigília, sob o tema “transformados na alegria do

evangelho”.

No dia 02, a Festa da Apresentação do Senhor, tínhamos

marcado o rito da entrada da Susana, para as 16h., com a

nossa Provincial e a Comunidade. Escolhemos a nossa

Paróquia para participarmos na Eucaristia de um dia tão

especial, e lá fomos às 11h. Uma Eucaristia cheia de sinais

que, por si sós, falavam do sentido da nossa vida e

consagração.

Mas… Deus quis ser glorificado no sinal da Fraternidade com a surpresa que preparara para a Susana… A

acompanhar a Lúcia, veio a Guida Ribeirinha e o grupo das Juniores!

A casa encheu-se de “festa” e, a Susana, no momento da sua admissão ao Postulantado, sentiu-se numa

capelinha cheia de Juventude e Alegria, um estímulo à Esperança nesta Hora da Igreja e da nossa

Congregação.

Seguiu-se o habitual lanche em animada conversa até à hora da partida. A Susana, segura na oração-apoio

das Irmãs da Comunidade vizinha, e sustentada pelo “rebento” juvenil, via-se como estava mesmo na

“sua” Casa… IIrrmmãã FFeerrnnaannddaa NNoogguueeiirraa

O DOROTEIAS saúda com alegria esta vida nova e sugere que

acompanhemos a Susana com muita oração e amizade, pedindo a Jesus,

Maria e Paula que lhe concedam a santa perseverança na sua vocação e

uma vida realizada e feliz na nossa Congregação.

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ESE de Paula Frassinetti

Natal de 2012

EEnnccoonnttrroo ddee FFoorrmmaaççããoo ddaass CCoommuunniiddaaddeess iinnsseerriiddaass

Aconteceu no dia 25 de Janeiro, que um grupo de pessoas comprometidas

em vários sectores das paróquias se reuniu em Fátima, vindos uns de mais

longe e outros de mais perto: Bragança, Recardães, Seixal/Arrentela, Alto do

Lumiar/Charneca, S. João Baptista do Lumiar e Algarve/Loulé; ao todo

éramos 35 pessoas, convocadas pela equipa das Comunidades Inseridas,

para o encontro de formação em Fátima.

O tema era “Educar pela via do Coração e do Amor”.

Este encontro foi orientado pela Irmã Maria Antónia e pela Teresa

Albuquerque (Tuxa), que nos propuseram mergulhar e reflectir os temas:

“Coração que aprende a olhar penetrando a realidade;

Coração que se conhece encontrando-se…;

Encontro-me com o coração de Jesus;

Encontro-me com o coração de Paula;

Com Maria, guardar tudo no coração”…

E sobretudo rezar em grupo, partilhar e vivenciar a nossa

prática diária, ao jeito simples de Paula, saboreando um

coração grande, capaz de amar e exprimir gestos

concretos de ternura, de compaixão e de Amor deste

Senhor Jesus e de Santa Paula que a todos nos apaixona

com a sua sabedoria e pedagogia tão actual.

Tomámos consciência das possibilidades que temos na nossa missão de educadores da fé e da

responsabilidade acrescida de cada um dos presentes em ajudar e fazer desabrochar o que há de bom e

melhor em cada criança, adolescente, jovem e adulto, para todos em igreja colocarmos o nosso / seu

“tesouro” dado por Deus ao serviço da transformação do mundo

e da grande família de Deus.

A pergunta tão pertinente: O que levo no coração? Como

queremos que “a via do coração e do amor” assinale o nosso

modo de evangelizar? Foi de facto uma experiência rica para

todos, que muito agradecemos.

O almoço e o lanche, partilhados, foram momentos de convívio

muito bons que nos uniram a todos.

E assim partimos, com alegria e com muita esperança, para as

nossas Comunidades e realidades paroquiais, com o coração

agradecido ao nosso Bom Deus, a Maria nossa Mãe e a Santa

Paula Frassinetti que nos acompanham todos os dias da nossa vida. Irmã Purificação

Rodrigues

DO CARMELO DA GUARDA

Muito queridas Irmãs Doroteias,

O meu coração transbordou de alegria e de acção de graças pela

grande caridade que tivestes com este "pequenino girassol" e por

a terdes sempre orientado para a bússola da Vontade de Deus.

Acredito muito firmemente que Deus vos recompensará pela

vossa generosidade, sobretudo por não Lhe terdes negado o

vosso único Isaac!

Ter-vos-ei sempre muito presentes no meu coração e nas minhas

orações, e deixo, como sempre, o meu e nosso abraço cheio de

gratidão e de pleno reconhecimento pela vossa bondade para

com esta vossa filha e

irmã em Cristo

Maria Teresa da Cruz, i.c.d.

"Que o Pai vos abençoe com a sua Omnipotência e o Filho com a

sua Sabedoria e o Espírito Santo com a Caridade!" (SPF)

Mensagem que a Yara mandou já

há meses, agradecendo a presença

doroteia no dia da sua Profissão

Solene, mas que andou perdida e

só chegou agora. A Yara foi a

única vocação que nasceu a partir

da nossa missão em S. Tomé - daí,

considerar-se o Isaac que as

Doroteias aceitaram "dar" ao

Carmelo...

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AABBRRAANNTTEESS –– VViissiittaa ddoo BBiissppoo aaoo CCoollééggiioo

O Senhor D. Antonino Dias, Bispo de Portalegre-Castelo Branco, visitou o

Colégio de N.ª S.ª de Fátima de Abrantes, na sua Visita Pastoral a esta cidade.

A Comunidade Educativa do Colégio de

Nossa Senhora de Fátima acolheu o Senhor

Bispo com imensa alegria.

Chegou pelas 12h30m, acompanhado do

Senhor Cónego José da Graça, para celebrar a

Eucaristia. Na homilia, dirigiu a palavra

particularmente aos alunos, falando-lhes, de

uma maneira muito simples, da necessidade

de cada um ir descobrindo o Projeto de

Deus a seu respeito, para o realizar, e,

através dele, empreender a caminhada à

santidade, já que esse apelo é feito a todos os cristãos.

Após a Eucaristia, houve um tempo de convívio, durante o almoço, com Irmãs, pais, alunos, professoras e

colaboradoras.

No fim da refeição os alunos cantaram umas canções, manifestando a sua alegria pela presença do Senhor

Bispo e o seu desejo de crescerem apoiados em valores cristãos que lhes permitam contribuir para a

construção da grande Família de Deus.

As Irmãs entoaram um cântico em que afirmaram a sua vocação-missão de” Viver e trabalhar na Igreja.”

Por fim o Senhor Bispo, agradecendo, incentivou os alunos a aproveitar bem esta etapa, vivida nesta

“primeira universidade”.

A sua visita de Pastor marcou todos quantos constituem este Centro Educativo pelo modo como se

tornou próximo e pelas mensagens que deixou.

No Salão da Esperança realizaram-se outros encontros: Logo no primeiro dia com a Catequese, no qual

também participaram as nossas crianças e seus Pais, Agrupamento dos Escuteiros, Grupo de Jovens,

num outro encontro os Educadores da Fé dos vários Estabelecimentos de ensino e Instituições, e, por

fim, a Festa do encerramento da Visita Pastoral, que ocorreu na Festividade de São Vicente, com um

cortejo de oferendas a favor das famílias desempregadas, que se realizou a partir da Igreja, após a

Celebração Eucarística. Seguidamente houve um convívio animado pelos jovens, no qual o Senhor Bispo

também esteve presente. Nem faltou um serviço de bar e aquisição dos bens alimentares oferecidos, em

que participou toda a comunidade cristã. Assim terminou a Visita Pastoral.

Irmã Santos Costa

FFaavvoorreess eemm ccaaddeeiiaa nnaa mmaarrggeemm SSuull:: AArrrreenntteellaa –– SSeeiixxaall

Gostamos de partilhar um pouco da nossa vida nesta quadra natalícia, com tantos gestos gratuitos e

solidários que foram mesmo uma cadeia, quer com os vários voluntários quer com os utentes que

beneficiam do apoio e ajuda da Associação “Dá-me a tua mão”, que a Comunidade apoia e desenvolve.

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Iniciámos com a ceia da consoada a 24 de Dezembro, ceia solidária e de porta aberta. Quer os

voluntários, quer os utentes, vieram todos os que queriam e podiam. O bacalhau não podia faltar. Surgiu,

então, a pergunta: “E quem o faz?” A Irmã Arminda foi bater a várias portas que se foram abrindo

conforme a necessidade. Para a ceia da consoada, tivemos o apoio do restaurante da Valenciana e da

pastelaria Açucena. Todos prontos a colaborarem e a darem o seu melhor.

A seguir, veio a passagem de ano: “Quem faz o quê?” A antiga presidente da Junta, sempre pronta a

ajudar, com uma equipa, no Jardim de Infância do Pica-Pau, da paróquia, preparou e ofereceu a ceia com

almôndegas, esparguete e soja. A sobremesa foi oferecida pelo restaurante “Flor da Mata”, e por uma

senhora que já é colaboradora habitual… e vejam a delicadeza desta senhora: ofereceu um gorro feito

por ela com um saquinho de 12 passas, para cada pessoa.

No meio desta azáfama toda, tivemos a recolha e distribuição dos excedentes dos “Pingo-Doce” da

margem sul, com carrinhas a abarrotar. Oferecem, se não queremos, deitam fora… realmente não se

pode dizer não!

Outra maratona: veio uma senhora dizer que a filha nos dava 11 patos. Pergunto logo: “Vivos ou

mortos?” Só podiam ser mortos, mas depois foi preciso depenar… Lá vai a irmã Arminda bater à porta de

outros voluntários. “E agora quem irá fazer o grande tacho de arroz de pato?” Fui a um clube daqui,

nosso vizinho, onde me disseram logo: “Nós também queremos colaborar, não só a servir a ceia de 24,

mas mais alguma coisa”. “Façam arroz de pato” – disse-lhes eu, ao que responderam logo que o fariam

com muito gosto, marcando-o para o dia 15 de Janeiro. As sobremesas vieram dos “Pingo-Doce”: gelados

sem fim, com fatias de bolo.

Em cada ceia, temos à volta de 150 pessoas. De facto, sentimo-nos a proporcionar “favores em cadeia”,

com o contributo de todos. Não queremos deixar de referir, no dia da Família, o lanche abrilhantado

para as pessoas idosas da nossa paróquia. A animar, tivemos o rancho folclórico da paróquia.

Resta-nos um “Bem hajam” a todos quantos colaboraram connosco. Irmã Arminda Oliveira

Comunidade de RECARDÃES

Realizou-se a Festa de Acolhimento da Catequese.

Estiveram reunidas as crianças, os pais, os catequistas e o Senhor

Padre Costa Leite (Pároco da nossa freguesia).

Iniciou-se com um power-point sobre Jesus com as crianças.

Depois todas as crianças leram uma pequenina oração, pedindo a

Jesus que os ajudasse a crescer e a serem amigos. No meio do

salão estava um poster de Jesus envolto em panos amarelos.

As crianças estavam divididas em grupos e cada grupo tinha uma

pedra simbólica (pedra viva). Era chamada uma criança por cada

grupo para levar a pedra até Jesus, formando no final uma cruz

com todas as pedras. As pedras simbolizavam o desejo de todos nós sermos pedras vivas da casa de Jesus.

Seguiram-se várias canções da Catequese que animaram as crianças e os pais. Foi um momento lindo.

Depois de algumas palavras do Sr. Padre Costa Leite aos pais e crianças, as catequistas dividiram-se pelos

respetivos grupos de catequese. No fim fomos para a Igreja, onde continuamos a festa com a Eucaristia.

Na altura da Ação de Graças, o Sr. Padre entregou uma pedrinha a cada catequista, dizendo que nós

deveríamos ser as “pedras vivas” e transmitir os ensinamentos de Jesus às crianças, para estas crescerem

cada vez mais no amor a Jesus. Irmã Maria da Conceição Lima

AÇORES - Centro Comunitário Cais do Remar

O Centro Comunitário Cais do Remar é uma valência do Centro Social Paroquial da Maia, Instituição

Particular de Solidariedade Social (IPSS). E tem por Missão o combate à pobreza e exclusão social de

públicos desfavorecidos, coadjuvando os serviços públicos competentes e/ou as Instituições Particulares,

num espírito de solidariedade humana, cristã e social.

A sua intervenção centra-se essencialmente nas freguesias dos Fenais da Ajuda e Lomba de S. Pedro,

Concelho da Ribeira Grande, visto tratar-se de uma realidade com imensas fragilidades nomeadamente:

consumo e tráfico de substâncias psicoativas, consumo de álcool, elevada taxa de desemprego, baixo nível

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de escolaridade, insucesso e absentismo escolar, fraca rede de transportes que dificultam o acesso aos

centros de decisão, aos serviços públicos e outros.

Como forma de minimizar esta problemática, na sua ação, pretende ser um agente facilitador de redes

que permitam à comunidade uma maior informação, acessibilidade aos serviços, emprego, formação,

qualificação e autonomia individual e familiar. Por isso, em colaboração com outras instituições, entidades

públicas e voluntários, para facilitar a criação de redes de interação entre recursos endógenos e exógenos.

Deste modo, os recursos exógenos, ao interagirem com a realidade local, facilitarão aos habitantes a

igualdade de oportunidades e a restituição da dignidade humana. Com esta perspectiva, certamente,

“quebrar-se-á” o ciclo vicioso de ajudas que criam dependências e mantêm a pobreza.

Que fazemos de concreto?

Temos várias atividades a funcionarem no Centro Comunitário e, além disso, fazem-se atendimentos,

encaminhamentos, diligências e criam-se parcerias no sentido de diversificar as respostas, na medida do

possível, às imensas necessidades locais.

Essa “coisa” de trabalho em parceria funciona?

Em algumas situações funciona, como é o caso da SIC Esperança, Cáritas de S. Miguel, Cáritas dos Açores,

Juntas de freguesia e outras Instituições.

Um dos exemplos da parceria com a Cáritas de S. Miguel e Cáritas dos Açores: Um casal jovem, com dois

filhos pequenos, foi apoiado graças a uma intervenção conjunta. A Cáritas de S. Miguel ofereceu material

para o arranjo da casa de banho, do chão da casa e tintas para as paredes. A Cáritas dos Açores através do

fundo de emergência social apoiou na aquisição de electrodomésticos: frigorífico e máquina de lavar. O

Espaço Solidário do nosso Centro Comunitário (loja de venda de roupa usada e outros artigos) emprestou

dinheiro para o arranjo das portas e janelas. Este dinheiro já começou a ser devolvido em janeiro pp, em

prestações de 20,00€ mensais, sem juros. A nossa Comunidade apoiou na aquisição de algumas mobílias

usadas. A Ação Social da Maia prometeu arranjar um esquentador e colchões, estamos a aguardar. Ainda

falta o fogão… havemos de conseguir, basta que façamos a nossa parte que Deus fará a sua.

O que nos diz a esposa e mãe deste agregado familiar?

“O Centro Comunitário Cais do Remar apoiou-me muito. Já deveria ter existido há mais tempo, não só

por mim, mas para as pessoas que estão em pior situação do que eu. Penso que as pessoas deveriam

valorizar mais este espaço e aproveitar as atividades que existem. Por exemplo a costura e a culinária. Se

as pessoas soubessem o valor desta casa estariam cá todas. A mim, pessoalmente, ajudaram-me

encaminhando-me para os apoios da Cáritas, deram-me força quando estava mais desanimada,

orientaram-me nos passos que tinha que dar. Algumas Instituições existentes na nossa freguesia não dão a

orientação e apoio que precisamos, não fazem caso das nossas necessidades. Tenho uma habitação para a

minha família, agora tenho uma vida muito mais calma. O Cais do Remar está a fazer um bom trabalho e

é um grande sucesso. Continuem assim não só para mim, mas também para outras pessoas. Acho que o

Remar poderia melhorar o seu trabalho se criasse mais espaços para jogos com crianças, uma sala mais

ampla para a costura e artes, culinária e outras atividades”.

Qual a opinião das parcerias, nomeadamente a Associação Regional de Reabilitação e Integração

Sociocultural dos Açores (ARRISCA)?

“O Projeto Comunitário na Freguesia dos Fenais da Ajuda teve início em Novembro do ano de 2010,

com uma parceria entre a ARRISCA e o Cais do Remar. Este projeto, aberto à comunidade, visa integrar

indivíduos com a problemática da toxicodependência em programas terapêuticos adequados com vista à

reabilitação. A parceria com o Cais do Remar facilita a aproximação à comunidade, sendo um elemento

primordial na mediação entre técnicos e utentes e um coadjuvante na reabilitação, ao promover o

desenvolvimento de competências pessoais e sociais e a integração ocupacional e de tempos livres”. (D.ra

Catarina Raposo e Dr. Rui Gonçalves)

Que nos dizem os participantes nas atividades do Remar?

“No ano passado participei em algumas formações, e acho muito pertinente, para me manter informada

acerca das problemáticas sociais; para além disso é um espaço de partilha de aprendizagens”. (Alexandra

Amaral, 15 anos)

“Eu gosto muito de frequentar o Apoio Escolar no Remar, porque aprendo muitas coisas, estudo e ajudo

as outras pessoas. (Marlene Lima, 12 anos)

“Gosto muito de trabalhar na agricultura, e no Remar ocupo o meu tempo e faço uma coisa de que

gosto”. (Artur Rita, 43 anos)

“O Malabarismo foi uma conquista, descobri que gosto muito de praticar esta actividade, é uma atividade

diferente para as crianças”. (Bernardo Amaral e Sara Sousa, 8 anos)

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“Desde que frequentamos o Ateliê das Artes, aprendemos a costurar, e agora podemos fazer pequenos

arranjos nas nossas casas, como mudar um fecho e levantar bainhas. Também gostamos muito do

convívio que aqui passamos”. (Maria Rita, 53 anos, Oriana Amaral, 42 anos, Maria Rego, 49 anos)

“Frequento as sessões de Culinária, porque é um meio de convívio. A formadora acolhe muito bem as

formandas e cria um bom ambiente no grupo. O melhor, são as trocas de saberes, nas receitas, nas dicas e

truques que aprendemos para cozinhar bem e rápido. (Maria Rita, 53 anos)

Fica o convite para virem conhecer o nosso Centro Comunitário. Não é possível de forma física? Tudo

tem solução, visite-nos no facebook [email protected]

Fevereiro de 2014, Comunidade dos Açores

FLASHES DA VIDA DA COMUNIDADE

Casa Paula Frassinetti - Lisboa

Neste primeiro período, além do esforço de adaptação mútua, vivemos momentos muito “quentinhos”.

Começamos pela peregrinação ao “Santuário” da Senhora dos Espargos de que já demos notícia.

Pelo S. Martinho fomos visitadas por um grupo de crianças do Paulo VI: trocámos com elas algumas

canções e impusemos-lhes um chapéu, feito pelas irmãs em jornal, para lembrar como habitualmente as

castanhas são vendidas em pacotes feitos de papel de jornal ou listas telefónicas.

Pelo Natal, o mesmo grupo mimou-nos com um pequenino presépio vivo e canções. Nós tínhamos

preparado um pinheirinho com gomas para lhes oferecer acompanhado dos versinhos:

Pinheirinho, pinheirinho,

mas que lindo é

feitinho com gomas,

ó que lindas gomas,

olarilolé.

Fomos nós, Irmãs,

que o construímos

com todo o amor

aqui nos reunimos.

P’ra estes meninos

um Natal quentinho

e uma prendinha

no seu sapatinho.

Quase em simultâneo, fomos ‘invadidas’ por todas as crianças da Obra Social Paulo VI que cantavam

animadamente as Boas Festas, até em inglês, conduzidas pelo Jaime.

Um grupo do Colégio Santa Doroteia – 9º ano A – fez-nos viver outra tarde de alegria. Muita música,

com vários instrumentos mas, sobretudo, um violino maravilhoso!

Trocámos os nomes entre grupos, as Irmãs ficaram com

os nomes deles e eles com o nome das Irmãs para

rezarmos uns pelos outros.

Na véspera de Natal passou por cá a Comunidade do

Alto do Lumiar com toda a sua juventude e alegria, a

tocar canções de Natal.

A todos estes grupos de voluntários e a quem os

anima, um obrigada muito grande, pelo testemunho

jovem de alegria e sentido dos outros, que deixaram à

nossa Comunidade.

Esperamos mais visitas…

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CCOOVVIILLHHÃÃ –– FFuunnddaaççããoo IImmaaccuullaaddaa CCoonncceeiiççããoo

Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

Entrámos no mês de dezembro comemorando o Dia

Internacional da Pessoa com Deficiência. O Agrupamento de

Escolas Pêro da Covilhã organizou, para o efeito, uma semana de

Educação Especial, e convidou a Fundação Imaculada Conceição

a participar através de um grupo de crianças que interpretou, em

língua gestual portuguesa, várias músicas sob a orientação da

educadora Fátima Tarouca.

As crianças da nossa Instituição adoraram participar nesta

iniciativa por ser mais uma oportunidade de demonstrarem os

seus conhecimentos na língua gestual portuguesa que eles tanto gostam de praticar.

A caminhada do Advento

Nos finais do mês de novembro iniciámos a

caminhada do Advento. Para uma maior

consciencialização e interiorização desta época,

para nós tão importante, foi criado um placard,

colocado à porta da nossa Instituição, com

motivações para as quatro semanas do mês onde se

apelava a uma ação.

A primeira semana debruçou-se sobre a

importância de Vigiar, e alertámos para a

necessidade de parar e refletir sobre esta época do

ano, convidando os pais a realizar um pequeno

trabalho que consistiu na elaboração de um

coração com mensagem para ser colocado na nossa árvore de

natal.

Na segunda semana fizemos o enfoque na confiança e na

esperança.

A terceira semana incentivou à partilha, convidando os pais e

familiares das nossas crianças a contribuir para um cabaz de

natal, através de géneros alimentícios que foram distribuídos

pelas famílias mais carenciadas da nossa casa e outras

conhecidas.

Finalizámos a quarta semana com as celebrações de natal:

convidámos as crianças e colaboradores a reunir-se na capela e

relembrar a importância de toda este época e como devemos

vivê-la em espírito de harmonia, partilha e amor.

Festa de natal “O Tesouro do Arco-Íris”

No dia 14 de dezembro realizou-se a nossa tão aguardada festa

de natal. Tal como no ano passado, foi realizada no anfiteatro

das sessões solenes da Universidade da Beira Interior que sempre

se disponibiliza a ceder o espaço.

O tema explorado foi o arco-íris e as suas cores relacionando-as

com os vários aspetos do nosso slogan deste ano letivo

“aprender a ver com os olhos do coração”. Assim, a cada sala

correspondia uma das cores do arco-íris e a sua respetiva

interpretação através da dança, teatro e outros géneros.

Foi uma festa muito colorida, cheia de alegria a que os pais e

familiares reagiram de uma forma muito positiva.

Festa dos Reis

Outra das comemorações desta época natalícia foi a nossa Festa dos Reis que decorreu a 3 de janeiro,

uma sexta-feira.

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Nesse dia, reunimos todas as nossas crianças e colaboradoras no nosso salão; interpretada pelas crianças

da Instituição, fizemos uma dramatização da chegada dos Reis Magos ao presépio para presentear e

conhecer o Menino Jesus. São elas que fazem toda a interpretação da vida de Jesus, o que as ajuda a

perceber melhor os verdadeiros objetivos e valores de toda esta época natalícia.

EEssppiirriittuuaalliiddaaddee nnoo HHoossppiittaall PPeeddiiááttrriiccoo ddee CCOOIIMMBBRRAA

Entendo a espiritualidade como a dimensão mais profunda do ser

humano, lá onde habita o Espírito, onde as palavras têm uma carga

nova e, quando saem, dizem o mesmo mas significam um novo modo

de ver, sentir, entender e saborear a realidade.

Partindo deste pressuposto, procuro que a minha presença, diante de

cada pessoa que encontro, a coloque em contacto com essa dimensão

de profundidade, fazendo emergir questões acorrentadas, gritos

sufocados, raivas caladas…

Quando a surpresa duma doença grave atinge uma criança, a vida dos

pais dá uma reviravolta tal que sinaliza um antes e um depois. A vida

é passada a “pente fino”, o que antes era considerado valor agora é

posto em causa, e o essencial que habitava na profundidade, vem à superfície. O mais genuíno expõe-se e

a humanidade torna-se grandiosa, com toda a carga de vulnerabilidade.

Por tudo isto, encontramos crianças com uma maturidade invulgar, adolescentes com uma sabedoria

invejável e adultos que aprenderam a parar e a pensar no tempo.

De facto, o tempo ganha um sentido novo. Há horas eternas geradoras de silêncios profundos, onde as

palavras sobram. Quando entro neste espaço, do silêncio do outro, procuro que as palavras não irritem

mas que a humanidade, ali presente, se sinta acompanhada e não esquecida.

Quando se trata de viver esta dimensão com as crianças, de trazer para fora o que habita na profundidade

de cada uma e dialogar com esse mundo, exige-me brincar às escondidas, encher um balão e jogar, dar

um beijo ou fazer um mimo… trata-se de provocar situações que ajudem a criança a desabrochar a vida

interior e a sentir-se o que verdadeiramente é: CRIANÇA.

Há horas em que a criança não quer brincar porque está zangada, o adolescente não quer falar porque

está revoltado e os pais querem chorar…e é tão sagrado este espaço como aquele em que a criança me

convida a brincar com ela, o adolescente vigoroso e cheio de vida agradece à mãe a presença incansável a

seu lado e os pais agradecem a Deus e aos médicos a vida que vai renascendo.

Estar junto de quem sofre é escutar e tornar audível a Palavra que se forma no silêncio, é aprender a

saborear gestos de Deus: um Deus que ama tanto a Humanidade, que vai ao encontro dela em forma

humana.

Irmã Maria Goreti Faneca, Assistente Espiritual no Hospital Pediátrico

CCoommuunniiddaaddee ddaa 33ªª IIddaaddee -- CCOOIIMMBBRRAA

O “Doroteias” é sempre bem vindo com as nossas notícias de Família, por isso aqui estamos para

comunicar também algumas.

A Comunidade da Residência das Irmãs, de Coimbra, continua a viver com empenho o compromisso de

“treinar” o coração na escuta da Palavra de Deus: na oração pessoal / comunitária e relações fraternas, a

fim de criar uma comunidade fraterna e alegre na nossa situação concreta de fragilidade e limites.

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Temos tido boas ajudas nesta nossa caminhada: foi com muita alegria que recebemos, na noite de Natal,

as Irmãs da comunidade da Figueira da Foz, da comunidade da Residência universitária e as nossas

vizinhas da comunidade do Noviciado. Alimentámo-nos primeiro todas duma oração feita na nossa

capela e, quando tudo estava preparado, continuámos a alimentar o espírito com a alegria de todas, e o

corpo com uma boa refeição partilhada que é sempre uma “riqueza”. Obrigada, Irmãs, pela vossa

presença.

No primeiro dia de Janeiro, a festa continuou: a comunidade do Noviciado e a nossa, juntamo-nos de

tarde no salão: cantou-se, rezou-se, tiraram-se à sorte as casas por que rezamos, os caminhos, os santos

protetores para nos ajudarem nesta nossa tarefa. No meio de tudo isto, tivemos a presença duma "Mãe de

Paula" a partilhar desta nossa alegria do Deus-Connosco.

Dia quatro, iniciou-se a visita da nossa Coordenadora Provincial, a Irmã Lúcia. Refletindo connosco sobre

o projeto comunitário, exortou-nos a seguir confiantes nesta nossa caminhada.

No dia dois de Fevereiro, dia do Consagrado, tivemos a alegria de assistir ao aumento da comunidade

vizinha com a entrada da Susana no Postulantado. A vida nova na Congregação é uma esperança para

cada uma de nós. À noite, a nossa Irmã Lucinda começou a sentir-se mal, chamou-se a ambulância, a Irmã

Conceição acompanhou-a às urgências. Ainda continua internada no Hospital.

Santa Doroteia foi bem festejada. Este ano, a comunidade do Noviciado e a nossa, tivemos Missa da Santa

celebrada pelo Senhor Padre Dário. Seguiu-se a refeição com a alegria de todos.

A Irmã Teresa continua com a missão da catequese em Santo António dos Olivais e no Centro dos Padres

Franciscanos, e vai comunicando a sua vivência fazendo sentir que a missão é de todas.

Irmã Teresa de Jesus Barreiros

Notícias do Lar dos Trigais - ÉVORA

O que vamos realizando no campo social e apoio a pessoas que vivem sós…

A nossa Paróquia de S. Mamede está situada dentro da muralha, onde existem as casas mais antigas com

moradores cada vez mais envelhecidos e com poucas condições de apoio para a sua situação.

Com um pequeno grupo de Senhoras pertencentes à Pastoral da Saúde e à Legião de Maria, procuramos

detetar os casos mais difíceis, que acompanhamos com visitas de amizade e momentos de reflexão

espiritual em grupo, em dias determinados.

No S. Martinho e no Natal convidamos todos os que podem sair de casa, para um convívio animado e

partilhado pelas crianças da catequese e seus familiares, seguido de um lanche que a todos alegra!...

Regularmente visitamos os que já se encontram em Lares ou temporariamente no Hospital, dando a

conhecer ao resto da Paróquia o seu estado de saúde, motivando à fraternidade da vizinhança, para que

não lhes falte uma presença amiga, um sorriso um presentinho…

No mês de Maio, acompanhadas por grupos de crianças da catequese, temos um tempo de convívio,

oração, partilha de um pequeno lanche, numa das casas das idosas onde há lugar para todos!

Temos promovido também uma Eucaristia especial para os doentes que são trazidos à Paróquia em carros

de familiares e amigos. Aí, têm sido apresentados, no ofertório, os trabalhinhos das “artistas” mais idosas,

muito apreciados por toda a comunidade. São momentos importantes de encontro, de convívio e apoio

espiritual mútuo.

A Pastoral da Saúde-Banco Alimentar está organizada na Paróquia por dois leigos voluntários e uma

Assistente Social que apoiam mensalmente cerca de 70 famílias com cabazes de alimentos que vão

resolvendo alguns problemas das famílias mais carenciadas.

Como comunidade, atendemos e acompanhamos casos pontuais de idas ao hospital, com doentes da

vizinhança e temos sempre lugar à nossa mesa na noite de Natal e de aniversário para uma pessoa doente

e que vive muito só… A porta da nossa casa está sempre aberta a quem precisa de um conselho, de uma

ajuda, para acolher desabafos, dificuldades, desencontros e todas as “surpresas” que vão chegando…

O COLÉGIO DO SARDÃO fez 135 anos!

Dia 19 de Janeiro – Aniversário da Fundação do Colégio

São já 135 anos! Muita vida se semeou, muito trabalho aqui

realizado, muita experiência, muita dedicação, muita ternura

espalhada. Foi um dia celebrado com entusiasmo por toda a

comunidade educativa.

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Começaram os festejos no portão principal, enfeitado de balões azuis e amarelos.

À entrada sorrisos simples de algumas crianças que ofereciam um pedacinho de bolo acompanhada da

frase: “Para fazer festa connosco: é dia de anos”. Os pais que iam chegando ficavam enternecidos com o

gesto.

Por volta das 9.30h seguiram-se os workshops realizados por pais e

filhos. Foram momentos de alegria, festa, divertimento dando largas à

imaginação.

O dia terminou com a Eucaristia dando graças por tanta vida

espalhada, por tanto amor semeado por aquelas Irmãs e leigos que

alimentaram a fé e a esperança nos corações daqueles que lhes foram

confiados para que, como Jesus, “crescessem em sabedoria e em graça”

e viessem a ser pessoas responsáveis e felizes.

Dia 3 de Fevereiro – Bênção das crianças de 3 anos

Celebramos pela primeira vez, no nosso Colégio, a bênção das

crianças dos três anos. A ideia surgiu do grupo da pastoral do

Colégio, foi apresentada ao Educador Sérgio que de imediato anuiu.

Seguiu-se o convite aos pais e aos avós, que de boa vontade

disseram: “aí estaremos”. No dia 3 à hora marcada, estavam todos

reunidos na nossa capela. Os nossos pequeninos vinham pela mão

dos seus pais. Entraram cantando “Ó Jesus da minha vida,

pequenino como eu”. E a cerimónia começou com a simplicidade que todos conhecemos – a simplicidade

das crianças. Cantámos, rezámos, escutámos a Palavra de Jesus de Mc 10, 13-16. Foi explicada e dialogada

com os pequeninos de forma muito breve, pelo Padre Joaquim Santos, que presidiu à cerimónia. Quando os pais levaram os filhos ao altar e foram tocados pelo Sacerdote, desciam muito sensibilizados.

As lágrimas teimavam em correr pelos rostos enternecidos das mães. Já no lugar rezaram em conjunto esta

oração.

Maria, Mãe da ternura, Mãe do Amor,

nos teus braços levas Jesus, o Filho de Deus,

para O ofereceres a Deus Pai, para pedir para Ele a Sua bênção.

Foste acompanhada por José, que ajudou Jesus a crescer. Maria, Mãe do Senhor do mundo, nossa Mãe também,

abençoa os nossos filhos e as nossas famílias,

envolve-nos a todos com o teu manto de bondade e de ternura,

ajuda-nos a viver felizes, e a oferecer em cada dia os nossos filhos

ao Teu cuidado e ao cuidado de Deus nosso Pai. Ámen. (M.C.P.)

Depois, cada família depositou aos pés de Maria uma flor branca. E partiram para suas casas, sob o olhar

de Maria, com um ar feliz e sereno levando consigo a bênção e a paz.

Visita a Israel

O Mário chegou com o seu habitual sorriso e disse: “Fui a Israel, estive no rio Jordão, e trouxe uma

prenda para si, Ir. São, que gostaria se tornasse extensiva a todos, porque pensei em todos. Gostaria que

fizesse com todos nós e com esta água, uma pequena celebração. E assim aconteceu. Rezei o gesto que me

parecia trazer um toque de Deus.

E a celebração surgiu. Juntamo-nos na nossa capela junto do altar. Os símbolos

do batismo estavam ali. A pia batismal, o círio, a toalha, a concha e a água

trazida do rio Jordão.

Contemplamos os símbolos, rezamos o texto de S. Lucas sobre o batismo de

Jesus, tornamos presente o dia do nosso batismo, fizemos juntos a profissão de

fé, rezamos pelas famílias e pelos pequeninos da família. Cada um disse o nome

dos seus filhos e netos. Ficamos em silêncio a pedir por cada um. Depois foi a

vez do gesto. Tocamos a água em silêncio. As lágrimas corriam por todos os

rostos, Deus passou como a brisa e falou: “O Espírito Santo esteja convosco

como no dia da criação, deixai-vos conduzir por Ele e sereis felizes.” Terminou

esta pequena e significante celebração. Foi um momento muito breve mas cheio de beleza e sentido.

Ir. Maria da Conceição F. Pinto

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EESSCCOOLLAA CCAATTÓÓLLIICCAA

O Cardeal Zenon Grocholewski, Prefeito da Congregação para a Educação Católica, apresentou no dia

19.12.2013 em conferência de imprensa, no Vaticano, o documento “Educar para o diálogo intercultural

na escola católica – Viver juntos para uma civilização do amor”, dizendo: “No título estão concentradas

as palavras-chave”. Até parece que também quer que se eduque “pela via do coração e do amor”!

A Congregação para a Educação Católica está a preparar importantes iniciativas para o 50º aniversário da

Gravissimum educationis – o documento do Concílio Vaticano II - que se vai celebrar em 28 de outubro de

2015.

Segundo o Anuário estatístico da Igreja, em 2011 havia no mundo 209.670 escolas católicas que

educavam 57.617.936 alunos nos cinco Continentes, situando-se a maior parte no continente africano

(62.082) e sentindo-se na Europa a sua diminuição (51.065 em 2008 e 49.876 em 2011).

Vem isto a propósito para louvarmos o Senhor, porque estamos a fazer as estatísticas de 2013,

constatando que:

Nos 12 CENTROS ESCOLARES que temos em Portugal, procuramos educar “pela via do coração e do

amor”

155 alunos nas Creches

824 alunos nos Jardins de Infância

721 alunos no 1º Ciclo

374 alunos no 2º Ciclo

474 alunos no 3º Ciclo

263 alunos no Ensino Secundário

527 alunos no Ensino Superior

Portanto, um total de 3.373 alunos

Com 33 Irmãs e 297 leigos em atividades docentes; 36 Irmãs e 306 leigos em atividades não docentes.

Em 4 centros com ATIVIDADES DE TEMPOS LIVRES temos 412 alunos acompanhados por 2 Irmãs e

13 leigos docentes, 9 Irmãs e 19 leigos não docentes.

Pelos CENTROS DE ESPIRITUALIDADE do Linhó e Sardão passaram 1465 adultos, 714 jovens, 162

crianças e 1045 pessoas em acampamentos.

Nos LARES UNIVERSITÁRIOS de Coimbra e Évora temos 20 jovens.

Atingimos ainda mais de dois mil jovens nas atividades de CATEQUESE, EMRC, grupos de reflexão e

outros serviços à promoção humana.

AANNAA MMAARRIIAA BBRRIITTOO,, eedduuccaaddoorraa ddaa EEssccoollaa PPaauulloo VVII

Queridas irmãs,

Queremos partilhar com todas a notícia que enviámos aos pais sobre o falecimento da nossa Educadora

Ana Maria Brito, que nos deixou muitas saudades pelo seu jeito simples e sereno de viver a vida.

“Caros pais

Informamos todos os pais que a Educadora Ana Maria Brito, Colaboradora deste

Centro Educativo, faleceu após doença prolongada.

A Ana Maria trabalhou sempre com crianças do Jardim de Infância e, nos últimos

tempos, dedicou-se ao trabalho na área das Ciências Experimentais com as crianças

mais crescidas.

A Direcção, Colegas, Pais e Antigos Alunos, testemunham a qualidade do seu trabalho,

a sua serenidade, a delicadeza, amizade e cuidado com cada um/uma.

O nosso Centro Educativo ficou mais enriquecido com a vida da Ana Maria entre

nós.”

A Direcção

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Alguns testemunhos:

Sou mãe de uma menina, agora com 13 anos, que foi aluna da Ana Maria.

Quem teve o privilégio de conhecer a Educadora Ana Maria Brito vai lembrar para sempre a dedicação e

carinho que tinha pelos nossos meninos.

Todos nós ganhámos pelos momentos partilhados com a Ana Maria, por tudo o que nos deu.

Fica no nosso coração para sempre.

Ana Silva, mãe de Rita Pedrosa e Tiago Mesquita ( sala 7)

Ana! Relembro-te no 1º ano do curso de educadoras da ESELx, carita expectante com tudo o que querias

aprender, serena, calma, intensa.

Eu dava a disciplina de “Modelos e Processos Pedagógicos”. Turma buliçosa aquela, cheia de energia

positiva, irreverente e inteligente, desafiando os professores a fazerem melhor. Tu, no meio do grupo,

serena, calma, intensa. Face de Menina.

Depois de um excelente estágio convidaram-te a ficares no Paulo VI, o espaço da construção da tua

profissionalidade num contexto humanizante e respeitador de quem tu eras. Tu no meio da “praça” do

Paulo VI a interagir com meninos e pais, a construir uma verdadeira equipa pedagógica com as colegas, a

receber futuros educadores de infância na tua sala, para eles aprenderem contigo. Sempre serena, calma,

intensa, rosto fresco de Menina-Mulher.

A doença invadiu-te, a vida tornou-se a prazo, o sofrimento provou-te, sempre no Paulo VI, a tua “casa

profissional”: serena, calma, intensa, rosto de Mulher-Dorida.

Deixas uma neta-bebé a prolongar-te, na tua família e no Paulo VI. Que seja como a Avó: serena, calma

intensa... e que, ao seu ritmo, se vá tornando em Menina-Mulher.

Que Deus te acolha, lá na dimensão de Infinito que pressentimos. A vida bonita que levaste far-se-á

presente à nossa saudade de ti.

Teresa Vasconcelos, tua professora na ESELx

E muitos mais email’s vão chegando a falar desta Ana Maria Brito, Educadora excelente, que deixa em

todos nós a gratidão e a saudade. Bem-hajas, Ana Maria, e um “até já” a descansares em DEUS.

Irmã Purificação Rodrigues

AAccoonntteecceeuu...... AAccoonntteeccee...... AAccoonntteecceerráá......

De 1 a 3 de Março haverá uma experiência

espiritual e de voluntariado na Figueira da Foz

destinada aos nossos antigos alunos e aos atuais

a partir do 8º ano. O preço da estadia são 35

euros, sendo as viagens por conta própria.

No dia 8 de março a ESEPF, no âmbito das

comemorações do seu 50º aniversário, vai

dedicar o dia aos muitos alunos que nela se

formaram. Será o Dia do Antigo Aluno. Contam

com a presença de muitos para, em clima festivo, conviver e celebrar.

A Irmã Helena Cardoso chega de Moçambique

para consultas médicas a 2 de Março.

As Mães de Paula vão ter um Convénio

Internacional em Roma, de 7 a 10 de março. A

Ir. Casimira deverá acompanhar as Mães

Portuguesas. De 10 a 13 ficarão ainda reunidas

as Mães Nacionais.

Celebram as Bodas de Ouro: a Irmã Pilar

Moreira (Figueira) a 21 de Março; a Irmã

Odete Valério (Porto-Vilar) a 6 de Abril.

Familiares de Irmãs falecidos:

- No dia 14 de Fevereiro faleceu, em Coimbra, uma irmã da nossa Irmã Maria da Trindade Videira que

pertencia às “Criaditas dos Pobres”. Há uns tempos, o coração estava muito debilitado, mas ultimamente

parecia melhor. Limpou e arrumou a loiça com boa disposição, e surgiu a surpresa inesperada. Ainda foi

para o hospital, mas certamente já sem vida. A Missa de corpo presente foi na Sé velha no dia 17, às 10h.

Eram 9 irmãs, já só vive a nossa querida Irmã Maria da Trindade Videira (Coimbra).

- Uma irmã da Irmã Alice Assunção (Pinhel). Era a mais velha e já estava acamada há uns meses. Vivia em

Stº Tirso.

- Faleceu no hospital de Santa Maria da Feira uma irmã da Irmã Rosa Rocha (Residência de Santa

Doroteia). A sua saúde estava já muito fragilizada. Tinha 88 anos e ficara viúva este verão.

- Uma irmã da Irmã Ana Fonseca (Casa Provincial). Era a mais velha de 9 irmãos, e tinha feito de 'mãe'

dos irmãos mais novos.

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DDoo BBoolleettiimm IIll FFrraassssiinnoo,, ddee IIttáálliiaa::

UUmmaa nnoovviiddaaddee:: PPrroojjeettoo AAmmiiggaass ddee PPaauullaa

O projeto, iniciado pelo Natal, foi pensado para ajudar raparigas e mulheres jovens dos 15 aos 25 anos

que terminaram a escola média e, por diversas situações, não têm possibilidade de continuar os estudos.

Cada semana o grupinho... em crescimento!!! Encontra-se e com a animação da Ir. Drane e da Ir. Denada,

divide a manhã que tem disponível em duas partes: 1 - tempo de formação: higiene e conhecimento

próprio, temas de atualidade, formação religiosa e espiritual; 2 - trabalhos de mãos e criatividade.

A Escola de Villa Paula celebrou o encerramento do Ano da FÉ com uma cerimónia muito

sugestiva mas familiar, na Catedral de Roma.

A pé, todas as turmas, acompanhadas pelos Professores, se dirigiram à Basílica de São João de Latrão,

onde esteve também um grande número de Pais.

Partiram às 8:30, caminhando apressados pela via Ápia, no meio de transeuntes que paravam a olhar.

Fizeram uma celebração em que professaram a fé, recitando o Credo.

No regresso à escola estavam todos muito contentes e satisfeitos pela bela manhã passada com alegria e

harmonia na casa do Senhor, e sobretudo por estarem juntos.

A Escola de Villa Paula está de Parabéns: fez 80 anos no dia 11 de fevereiro.

Institutos Doroteus

Como a Boa Notícia de Jesus nos é anunciada a 4 vozes, distintas mas concordantes, por Mateus, Marcos,

Lucas e João, assim hoje sentimos claramente como a intuição apostólica da Obra de Santa Doroteia

encontrou 4 estradas para incarnar e exprimir a paixão de educar para o Reino.

Assim poderemos sintetizar a experiência vivida no domingo, 15 dezembro 2013, em Bolonha Villa São

José (uma casa dos Jesuítas), no encontro alargado dos quatro Institutos de Santa Doroteia.

Durante a manhã, uma representante de cada Instituto apresentou “o Rosto da Pia Obra, hoje” na sua

própria Congregação evidenciando os seus elementos de atualidade.

Interessante escutar como, a partir de uma raiz comum, foram encontradas diferentes manifestações:

a dimensão da proximidade e da amizade,

a possibilidade de trabalhar em complementaridade com os Leigos,

o ter associados os lugares do quotidiano com os da educação para a fé,

a valorização da mulher,

a preferência apostólica pelos jovens pobres e não só...,

o sentir com a Igreja.

A História de um Deus que consegue sempre surpreender-nos…

Conta-nos como Rita - uma antiga companheira de escola da Irmã Sílvia, atual Provincial da Itália - aos 50

anos, casada e com duas filhas, cansada de ser contabilista, resolveu estudar ciências religiosas.

Escolheu para tese: O projeto educativo de Santa Paula Frassinetti é ainda atual e em que medida??

E foi surpreendente compreender a sua extraordinária atualidade que se resume em fazer nosso o

mandamento de Jesus: “ama o próximo como a ti mesmo”, procurando vivê-lo também na relação

educativa.

Dividi o trabalho em três partes – conta Rita:

1. No primeiro capítulo realcei o esforço da Igreja na educação diante dos desafios do mundo

contemporâneo, indicando alguns núcleos principais da nossa cultura: relativismo, niilismo,

fragilidade das relações, perda do sentido moral, crise da família e apresentei a escola católica como

uma resposta à emergência educativa. Uma escola que ajuda a fazer a síntese entre ciência e fé, entre

fé e vida, através da cultura, mas que hoje vive algumas dificuldades.

2. No segundo capítulo analisei o projeto educativo de Santa Paula e do seu Instituto baseando-me nas

suas Constituições, nos Testemunhos extraídos da Positio super Virtutibus, nas Memórias e nas Cartas.

... Paula nasce em 1809 em Génova, vê o drama do seu tempo e sente a urgência de se empenhar em

contribuir para curar as chagas sociais. O Estado não intervinha e ela funda numerosas escolas dando-

lhes um cunho inaciano, contemplativo-ativo.

O seu interesse estava voltado sobretudo para a educação feminina porque entendia apoiar as

famílias numa tarefa particularmente importante, acreditava que a mulher poderia influir muito na

sociedade e ser agente de transformação.

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A sua linha pedagógica pode ser definida via do coração e do amor, porque Santa Paula acredita

muito no estilo educativo, por isso insiste muito sobre a formação das alunas cujas formadoras

deviam ter três qualidades:

Familiaridade, isto é, capacidade de acolher como mães.

Amabilidade, isto é, olhar de bondade para com a educanda, aquilo que a pedagogia moderna

chama empatia.

Exemplaridade, isto é, capacidade de incarnar os valores a transmitir.

A isto acrescentava-se a importância da vigilância e da correção fraterna sempre com suave firmeza.

Santa Paula entende a educação como formação global, ou melhor, como atenção à pessoa na sua

complexidade com as suas necessidades físicas, psíquicas e espirituais. O aspeto fundamental é o

cuidado da espiritualidade, isto é, a educação da fé, da fé responsável a par das disciplinas

tradicionais e da aprendizagem de um trabalho.

Paula põe ainda o acento na importância da colegialidade, ou seja, de criar alianças educativas.

3. Dediquei o terceiro capítulo à reflexão acerca da atualidade e da profecia do projeto educativo de

Santa Paula. O tempo em que viveu Paula era, em certos aspetos diverso do nosso, mas não muito.

Nós vivemos num tempo iniciado em 1800 do qual vemos os frutos mais maduros. Penso na pobreza

quer material quer espiritual, na fraca moralidade, na secularização, no anticlericalismo, nas

dificuldades das famílias e nas necessidades dos nossos jovens que não mudaram.

Paula é atual ao intuir a importância da escola para criar personalidades fortes.

O seu projeto é atual por ter compreendido a importância da educação da mulher.

A via do coração e do amor, recorda Santa Paula, ensina que não se entra no saber senão através do

amor. Creio que hoje ainda é mais necessário do que no passado, se considerarmos o nosso tempo

caraterizado por uma recusa de toda a verdade absoluta em nome da liberdade reconhecida a cada

pessoa. Mas se a verdade for a verdade do amor, então isso permite encontrar o outro, que nos aparecerá

semelhante a nós. Concluí a minha investigação considerando como a atualidade e a importância do

projeto educativo de Santa Paula se radica diretamente na sua figura, aquela personalidade que emerge

forte e fascinante das Cartas que dirigia às suas Irmãs. É uma mulher da santidade quotidiana, concreta,

fiel cada dia à sua vocação, liberta interiormente, com grande sentido de responsabilidade diante de Deus

e dos irmãos, mas também consciente dos seus limites por isso se confia a Deus e à Igreja.

O seu projeto educativo está todo atravessado pela paixão educativa, por isso ela parece dizer-nos que

educar não é uma profissão mas uma missão, uma vocação. Só nestes termos a educação parece possível,

construtiva e bela, porque significa participar na criação de um mundo melhor.

OO ““PPuuzzzzllee ddee PPaauullaa”” nnoo BBrraassiill

A pedido da Directora Educacional do Colégio de Santa Doroteia - Belo Horizonte, Maria Cristina Rosa,

enviámos uns livros de Santa Paula, aos quais juntámos o «Puzzle de Paula». Ficaram entusiasmadíssimas e

pediram licença à Irmã Diana Barbosa para publicar, usando português do Brasil e dando uma nova

apresentação. O livro foi publicado... mas o 'puzzle' virou 'mosaico'... A contracapa tem uns dados

biográficos da autora. E dizem à Irmã Barbosa: Segue um link para o acesso a um pequeno vídeo

apresentando o “seu – nosso” puzzle – mosaico! http://www.escoladeleigos.com.br/Puzzle_de_Paula_final.wmv

PPeennssaammeennttooss ddee SSaannttaa PPaauullaa ssoobbrree aa MMUULLHHEERR

Recomendo que se dê às alunas uma educação sólida e não superficial. (Carta 869, 17)

A instrução moral é necessaríssima, mas deve estar unida à prática, porque de contrário

saberão falar da virtude, mas não a saberão praticar. (Carta 191, 6)

Formando as meninas, a Pia Obra pode formar a metade da geração que surge. Se esta

crescer boa, sendo tão grande a influência da educação das mães sobre os filhos,

também a outra metade deverá necessariamente melhorar. (Const 1851, 207)

… devem considerar que, segundo o curso ordinário da Providência, as meninas educadas

nas nossas Casas se destinam a ser esposas e mães de família. E quanto bem não pode fazer uma mulher

verdadeiramente cristã, uma mãe de família solidamente cristã, virtuosa e cumpridora dos próprios

deveres! Quantos esposos, que vivem longe de Deus e esquecidos da fé, podem ser retirados do vício e da

desordem, e reconduzidos à virtude, mediante os exemplos, os cuidados, o bom senso, a suavidade e as

orações duma esposa solidamente cristã! (Const 1851, 250)

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Pode ainda afirmar-se que a ordem e a disciplina no seio da família, a paz e o decoro entre os membros

e, sobretudo, a educação inicial dos filhos, dependem principalmente das mães, sendo através delas que

se transmitem à geração seguinte o amor e a prática da religião. (Const 1851, 251)

[Na Capela da Casa Geral, Paula quis] cinco frescos de Gagliardi, sendo um no arco do antigo corpo da

capela, representando Santa Doroteia na glória, e quatro nos penachos da cúpula, representando as

quatro mulheres célebres, figuras de Nossa Senhora: Jael, Abigaíl, Judite e Ester. (Memórias pág. 256)

PPaappaa FFrraanncciissccoo

Papel da mulher

A Igreja reconhece a indispensável contribuição da mulher na sociedade, com uma sensibilidade, uma

intuição e certas capacidades peculiares, que habitualmente são mais próprias das mulheres que dos

homens. … Mas ainda é preciso ampliar os espaços para uma presença feminina mais incisiva na Igreja.

Porque «o génio feminino é necessário em todas as expressões da vida social; por isso deve ser garantida a

presença das mulheres também no âmbito do trabalho» e nos vários lugares onde se tomam as decisões

importantes, tanto na Igreja como nas estruturas sociais. (A Alegria do Evangelho, 103)

Na Igreja, as funções «não dão justificação à superioridade de uns sobre os outros». Com efeito, uma

mulher, Maria, é mais importante do que os Bispos. Aqui está um grande desafio para os Pastores e para

os teólogos, que poderiam ajudar a reconhecer melhor o que isto implica no que se refere ao possível

lugar das mulheres onde se tomam decisões importantes, nos diferentes âmbitos da Igreja. (Idem, 104)

Mensagem para a Quaresma 2014

… ofereço-vos algumas reflexões com a esperança de que possam servir para o caminho pessoal e

comunitário de conversão. Como motivo inspirador tomei a seguinte frase de São Paulo: «Conheceis bem

a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, Se fez pobre por vós, para vos enriquecer com

a sua pobreza» (2 Cor 8, 9). O Apóstolo escreve aos cristãos de Corinto encorajando-os a serem generosos

na ajuda aos fiéis de Jerusalém que passam necessidade. A nós, cristãos de hoje, que nos dizem estas

palavras de São Paulo? Que nos diz, hoje, a nós, o convite à pobreza, a uma vida pobre em sentido

evangélico?

… A caridade, o amor é partilhar, em tudo, a sorte do amado. O amor torna semelhante, cria igualdade,

abate os muros e as distâncias. Foi o que Deus fez connosco.

…. A pobreza de Cristo é a maior riqueza: Jesus é rico de confiança ilimitada em Deus Pai.

…. A riqueza de Deus não pode passar através da nossa riqueza, mas sempre e apenas através da nossa

pobreza, pessoal e comunitária, animada pelo Espírito de Cristo.

… Queridos irmãos e irmãs, possa este tempo de Quaresma encontrar a Igreja inteira pronta e solícita

para testemunhar, a quantos vivem na miséria material, moral e espiritual, a mensagem evangélica, que se

resume no anúncio do amor do Pai misericordioso, pronto a abraçar em Cristo toda a pessoa.

Mensagem para o Dia Mundial da Juventude (13 Abril 2014)

… A próxima etapa da peregrinação intercontinental dos jovens será em Cracóvia, em 2016. Para

cadenciar o nosso caminho, gostaria nos próximos três anos de reflectir, juntamente convosco, sobre as

Bem-aventuranças que lemos no Evangelho de São Mateus (5, 1-12). Começaremos este ano meditando

sobre a primeira: «Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu»

… Jesus prega o caminho da vida; aquele caminho que Ele mesmo percorre, ou melhor, que é Ele mesmo,

e propõe-no como caminho da verdadeira felicidade.

… As Bem-aventuranças de Jesus são portadoras duma novidade revolucionária, dum modelo de

felicidade oposto àquele que habitualmente é transmitido pelos mass media, pelo pensamento dominante.

… Vemos aqui a escolha da pobreza feita por Deus: sendo rico, fez-Se pobre para nos enriquecer com a

sua pobreza (cf. 2 Cor 8, 9). É o mistério que contemplamos no presépio, vendo o Filho de Deus numa

manjedoura; e mais tarde na cruz, onde o despojamento chega ao seu ápice.

… procurai ser livres em relação às coisas. O Senhor chama-nos a um estilo de vida evangélico

caracterizado pela sobriedade, chama-nos a não ceder à cultura do consumo.

… todos necessitamos de conversão em relação aos pobres. Devemos cuidar deles, ser sensíveis às suas

carências espirituais e materiais. A vós, jovens, confio de modo particular a tarefa de colocar a

solidariedade no centro da cultura humana.

…os pobres não são pessoas a quem podemos apenas dar qualquer coisa. Eles têm tanto para nos

oferecer, para nos ensinar.