Akadémicos 62

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Suplemento integrante da edição nº 4005 de 19 de dezembro de 2013 do semanário REGIÃO DE LEIRIA. Não pode ser vendido separadamente. 62 págs. 6 e 7 págs. 4 e 5 Ricardo Vilão «Acho que nos ofendemos com pouco» FOTO DANIELA CARMO NATAL. A TRADIÇÃO É O QUE ERA?

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Edição N.º 62 do Jornal Akadémicos Kapa: Natal. A tradição é o que era?

Transcript of Akadémicos 62

Suplemento integrante da edição nº 4005 de 19 de dezembro de 2013 do semanário REGIÃO DE LEIRIA. Não pode ser vendido separadamente.

62

págs. 6 e 7

págs. 4 e 5

Ricardo Vilão«Acho que nos ofendemos com pouco»

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DiretorFrancisco Rebelo dos [email protected]

Coordenadores PedagógicosCatarina [email protected]

Paulo [email protected]

Apoio à EdiçãoAlexandre [email protected]

Maquetização e Projeto GráficoLeonel Brites – Centro de Recursos Multimédia ESECS–[email protected]

PaginaçãoAndreia Narciso

Secretariado de RedaçãoDaniela Peralta

Redação e colaboradoresAlexandra Viana, Ana Golegã, Andresa Cardoso, Adriana Meneses, Daniela Carmo, Daniela Peralta, Diana Oliveira, Guilherme Francisco, Inês Rodrigues, Janaína Leite, Mariana Matias, Mariana Lopes, Marta Ferreira, Patrícia Gonçalves, Rita Gonçalves, Sandro Monteiro, Sara Moniz

Presidente do Instituto Politécnico de LeiriaNuno [email protected]

Diretor da ESECSRui [email protected]

Diretora do Curso de Comu-nicação Social e Educação MultimédiaCatarina [email protected]

Os textos e opiniões publicados não vinculam quaisquer orgãos do IPL e/ou da ESECS e são da respon-sabilidade exclusiva da equipa do Akadémicos.

[email protected]

ExPoSIçõES6 de dezembro a 6 de janeiro37 Lojas do Centro Histórico de Leiria

PUNCTUM / Fotografia pelas Ruasdistribuída por 37 espaços comerciais do centro Histó-rico de leiria, esta exposi-ção conta com 37 fotogra-fias impressas do fotógrafo João m. Gil e com quase 70 fotografias de 15 cidadãos expostas on-line.

Até 31 de dezembroCentro de Interpretação Ambiental

Espelhos D’ÁguaExposição de fotografiaorganizada pela escola Superior de educa-ção e ciências Sociais-iPl, esta exposição de Fotografia conta com o apoio da câmara municipal de leiria, da associação de defesa do ambiente e Património da região de leiria, do Saneamento integrado dos municípios do lis e da agência Portuguesa do ambiente. de segunda a sexta-feira, das 09h00-12h30 e das 14h00-17h30.

Até 6 de janeiroRuas da cidade

INCENTIV’ARTEorganizada pela cml, esta iniciativa de natal tem a participação das escolas do 2º e 3º ciclos do ensino Básico e ensino Secundá-rio do concelho de leiria. Pelas ruas pode observar-se esta mostra de esculturas em material reciclado.

Até 3 de janeiroEdifício Banco de Portugal

Exposição de Construções com Peças de Legosapoiada pela Fnac leiriaShopping, esta ex-posição tem como público-alvo todos os que gostam de admirar construções de legos. a exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira. entrada livre (com necessidade de marcação prévia para grupos).

CINEMA26 de dezembro às 18:3030 de dezembro às 21:30teatro Miguel Franco

Viajo porque preciso, volto porque te amode género dramático, este filme foi realizado por Karim ainouz e marcelo Gomes. José renato, de 35 anos, é geólogo e foi envia-do para realizar uma pesquisa que implica atravessar o Sertão do nordeste brasileiro. o seu objetivo é avaliar o possível percurso de um canal que desviará as águas do único rio caudaloso da região. À medida que a viagem de camião se sucede, o personagem principal vai fazendo uma retrospetiva da sua vida. Porém, depois de longos dias de viagem, a sensações de abandono e isolamento cres-cem, fazendo com que o percurso fique cada vez mais difícil de cumprir. k

NãoperkasGuilherme FranciscoVanessa Carreira

dedicamos esta edição número 62 ao natal, ou me-lhor, aos natais, dada a di-versidade de vivências que revestem hoje a quadra. in-dependentemente da forma como cada um escolhe viver o natal, a proximidade de

um novo ano faz da época um tempo de balanços e projetos.

É já longa a lista de edições e de equi-pas akadémicos e muitos têm sido os estudantes que, acreditamos, aqui vão articulando competências para um futu-ro desempenho profissional.

Quem foi integrando o projeto co-nhece as horas de ponta típicas dos dias de fecho, em edições que só podem ser concluídas com articulação de muitos contributos. Fazendo o balanço, será essa a experiência essencial: a de um projeto laboratorial desenvolvido em ambiente real que se pretende próximo da rotina de uma redação, com os mes-mos timings, com as mesmas exigências, com a mesma responsabilidade.

este ano letivo, o akadémicos será distribuído em parceria com o região de leiria. Pretendemos continuar o traba-lho de sempre, neste projeto que se tem constituído como espaço de desenvolvi-mento de competências, naturalmente vocacionado para alunos da licenciatura em comunicação Social e educação mul-timédia, mas aberto a todos os que, nos diferentes cursos do instituto Politécnico

de leiria, pretendam integrar a equipa e colaborar na construção das edições.

Será tempo de saudar a equipa de hoje e as de ontem, os mentores, par-ceiros e colaboradores, as pessoas que, com toda a disponibilidade, dedicação e entusiasmo, têm, nos diferentes momen-tos da vida do projeto, contribuído para já quase uma década de akadémicos.

estamos a trabalhar para que o novo ano traga novas aventuras, envolvendo outros suportes e linguagens.

À comunidade académica e a todos os leitores, o akadémicos deseja um Fe-liz natal e um novo ano repleto de boas concretizações. cá estaremos para re-portar 2014.

CATARINA MENEzESdocente eSecS–iPl

Fim de ano: balançose projetos

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19 dezembro 20133

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A fim de celebrar o Dia Interna-cional da Pessoa com Deficiência, a IV Gala da Inclusão decorreu no dia 7 de Dezembro, no Teatro José Lúcio da Silva e galardoou boas prá-ticas de inclusão em diversas áreas. O prémio para os Media foi entre-gue ao programa da TVI «A Tarde é Sua». Recebido por Fátima Lopes, a apresentadora referiu que o se-gredo para a inclusão é «comunicar com amor». No âmbito da Investi-gação Aplicada, o projeto Vithea foi premiado pelas suas pesquisas em terapia visual para o tratamento da afasia. O Galardão para a Cultura, Desporto e Lazer foi entregue ao Comité Paralímpico de Portugal e o Galardão para as Boas Práticas do Mundo do Trabalho seguiu para o projeto grace que, tal como o projeto Lipor, premiado com o Ga-lardão das Acessibilidades, garante a igualdade de oportunidades para todos. Por último, o concelho da Ba-talha venceu o Galardão de Mérito Regional, graças ao Ecoparque Sen-sorial da Pia do Urso. Procedeu-se ainda à distinção honrosa da Insti-

tuição Malmequeres de Leiria, cujo lema é «integrar com alegria».

Neste evento, organizado pela Câmara Municipal de Leiria e pelo Instituto Politécnico de Leiria, pro-cedeu-se à entrega simbólica dos brinquedos adaptados pelo curso de Engenharia Eletrotécnica da ESTG –IPL às Equipas Locais de Interven-ção Precoce, através do projeto «Mil Brinquedos, Mil Sorrisos».

A atuação do grupo musical 5ª Punkada (um grupo constituído por jovens da Associação da Parali-sia Cerebral de Coimbra) e a dança interpretativa do grupo de dança EPC Dance Company, relembra-ram o valor da compreensão, união e da tolerância. Célia Sousa, coor-denadora do Centro de Recursos para a Inclusão Digital, faz um ba-lanço muito positivo do evento, su-blinhando a sua importância para alertar para a problemática da dife-rença junto dos meios de comunica-ção social. Acrescenta ainda que a gala constitui uma oportunidade de «mostrar ao mundo o que de bom se faz em Leiria». k

IV Gala da Inclusão premeia boas práticas Texto: Marta Ferreira

A Escola Superior de Saúde de Leiria assinalou o seu 40º ani-versário no passado dia 3 de de-zembro com a realização de uma conferência dedicada ao tema “Os desafios para o ensino da saúde em Portugal”.

A sessão teve lugar no audi-tório da ESSLei e em discussão estiveram temáticas como os de-safios da terapia ocupacional e da enfermagem.

A primeira aula desta escola decorreu no dia 3 de Dezembro de 1973 e, até hoje, já formou mais de 2.200 profissionais. Atualmen-te, disponibiliza cinco cursos de licenciatura como dietética, en-fermagem, fisioterapia, terapia

da fala e terapia ocupacional. A oferta formativa tem sido também alargada aos Mestrados.

Estes 40 anos são o fruto de “muito trabalho, muita satisfa-ção, muitos sucessos, alguns in-sucessos mas muita vontade de continuar”, explicou o Diretor da ESSLei, José Carlos Gomes. Micail Barbosa, presidente da associação de estudantes, referiu também que os 40 anos da Esco-la Superior de Saúde “significam o esforço das pessoas que trouxe-ram um ensino de qualidade para a cidade de Leiria”.

Durante a sessão, houve al-guns momentos de descontração, com o momento musical pro-

porcionado pela tuna da escola, Higiatuna, e uma exposição foto-gráfica sobre a história da escola.

O dia encerrou com um jantar comemorativo e com um espetá-culo de gala, de vertente solidária, que reverteu para a Organização de Apoio e Solidariedade para a Integração Social (OASIS).

Para futuro, o Diretor da ESSLei pretende consolidar a posição da escola enquanto entidade de formação de exce-lência na área da saúde, a nível nacional e internacional. Nesse sentido, afirma pretender apro-fundar o “trabalho na investi-gação” e aproximar-se cada vez mais da comunidade”. k

Escola Superiorde Saúde de Leiria comemora 40 anos

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Texto: alexandra Viana e Mariana Matias

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Foi no passado dia 10 de novembro, que a atleta olímpica Telma Santos conquistou mais um troféu. Venceu o Open Internacional de Marrocos, em Badminton. Um título a juntar aos mais de 50 que obteve desde que começou a praticar a modalidade.

Telma Santos nasceu em 1983 e é proveniente de Peniche. Desde muito cedo que lhe foi incutido o gosto pelo desporto, nomeadamente pelo Bad-minton. Foi com o tio (que representou Portugal nos Jogos Olímpicos de Barcelona em 1992) que nasceu a paixão pela modalidade. «Eu ia sempre com ele para o pavilhão, via-o treinar e isso moti-vou-me a experimentar», refere.

No primeiro torneio em que participou, com ape-nas 9 anos, venceu o primeiro título. Desde aí, nunca mais parou de jogar. Entrou para as competições na-cionais e com 12 anos enveredou pelas competições internacionais. A ambição e a paixão pelo desporto levou-a, aos 16 anos, a jogar ao mais alto nível, no escalão de seniores, em torneios mundiais.

Telma Santos explica que a partir daí o sonho

de ir aos Jogos Olímpicos foi sendo cada vez mais real, mas confessa que «precisava de crescer como atleta, precisava de subir no ranking mundial e pre-cisava fazer com que a Federação acreditasse que eu podia realizar este sonho.» Aos 20 anos, come-çou a lutar por um lugar em Pequim. E tudo corria bem até que no meio da qualificação se lesionou com gravidade no joelho e o sonho de participar nos Jogos de 2008 «morreu ali mesmo». Voltaria em 2012. «Recuperei, lutei, acreditei e em 2012 foi possível realizar esse meu grande sonho.»

Quando questionada sobre o que se sente quan-do se chega a um evento mundial desta importân-cia a atleta fica sem palavras. «É inexplicável. É um dos melhores sentimentos do mundo para um atleta. É o prémio máximo.» Telma Santos acres-centa ainda que é uma «honra» «levar a bandeira de Portugal além-fronteiras».

Mas nem tudo é um mar de rosas e o percur-so desta atleta teve também desafios. A falta de apoios foi a principal dificuldade no percurso de

Telma SantosEm nome do Badminton

taktoMoGraFIaaXIaLkoMpUtorIZada

Rita Gonçalves

Trocam a mesa recheada por um Natal a viajar. Deixam o bacalhau, a família e as prendas e rendem-se às malas feitas, ao avião e às pessoas e culturas diferentes. Viajar no Natal, para estes exploradores, é sinónimo de diferentes culturas e tradições. Com 20 anos e a fazer intercâmbio no Brasil, Luciana Silva passará um Natal bem diferente do normal. Natural de Rio Maior, a jovem tem por hábito passar este dia de uma forma bem tradicional e rodeada de família. Porém, a escolha académica deste último se-mestre levou-a até um Natal bem quente. Para Luciana, o Natal é um dia muito especial e «não é fácil estar longe da família nestes momentos», portanto, a solução que arranjou foi «suprimir a ausência, viajando e conhecendo coisas novas». «Vou optar por ficar com alguns amigos numa cidade brasileira», conta a estudante universi-tária. Entusiasmada com a viagem, a jovem es-pera encontrar tradições diferentes e confessa que será «uma experiência única» que não sabe se voltará a repetir.

Novas paisagens, culturas distintas e pesso-as diferentes são o presente de Natal para quem deixa a família em casa. Um Natal à lareira é, para Anthony, coisa de antigamente. Anthony Otey, de 22 anos, docente norte-americano a realizar mobilidade no IPL, passará esta época natalícia em viagem. Israel será o destino e é a primeira vez que celebrará o Natal sem a famí-lia. «Eu imagino ainda como será a sensação!» refere, entusiasmado.

Natal no SkypeEntre as várias vivências do Natal, há também os que se vão perdendo com a crise do país. Virgí-nia Carreira, já com 73 Natais vividos, acha que o Natal «é uma época muito familiar», mas con-fessa-se triste por não ter este ano a família toda reunida. Tem três filhas e estão todas na Alema-nha: «Não havia emprego cá, os mais jovens fo-ram embora do país», conta. Este Natal será com um número de pessoas mais reduzido lá em casa, mas Virgínia conta poder ver as filhas «lá no com-putador» da neta. O bacalhau, esse, não dá para enviar pelo Skype, mas a família estará reunida, mesmo que à distância.

Moisés Espírito Santo, Sociólogo e Professor Universitário, diz que estes que se encontram lon-ge «podem viver a unidade da família com uma «festa» à distância - sem que isso represente menos interesse pela família. Depois, os afetos manifes-tam-se com um telefonema, um e-mail...» Em todo o caso, o Sociólogo explica que «o Natal deixou de ser uma data celebrada com homogeneidade».

A trabalhar numa rádio portuguesa no Canadá, Sérgio Mourato passará o dia de Natal a trabalhar. Um colega tem lá a família e trocou o turno de tra-balho com ele, uma vez que está sozinho no país. Desde Dezembro de 2012 que está a trabalhar fora de Portugal e, por isso, este Natal não será a primei-ra vez longe da família. «No ano passado, recordo--me que o Pai Natal não apareceu à meia-noite, quando começou a nevar, e fui dar uma volta a pé», relembra. Contacta quase diariamente com os

Natais menos tradicionais

natal noutro país, num bar com amigos, em frente ao computador, de viagem marcada ou apenas um dia como todos os outros. Há várias formas de passar a época e há quem opte pelas menos comuns.

Texto: daniela carmo, daniela Peralta e rita Gonçalves

19 dezembro 20135

kapasInês Rodrigues

A Sombra do Vento, lançado em 2001 e escrito por Carlos Ruíz Zafón, mostra-nos uma escrita inde-pendente é sóbria na abordagem à sociedade que retrata. A ação desenrola-se em Barcelona durante o ano de 1957. O personagem Daniel Sempere, fi-lho de um livreiro Barcelonista e órfão de mãe de-vido à cólera no tempo da guerra civil espanhola, é arrastado para um labirinto de intrigas, envolven-do-se num enredo de sedução e de tragédia.

O início da história dá-se quando Daniel, aos onze anos de idade, acorda e não se recorda da cara da mãe, fazendo com que o pai prometa levá--lo a um sítio mágico que virá a mudar a sua vida.

O livreiro leva Daniel ao cemitério dos livros es-quecidos, onde o rapaz terá de escolher uma obra e fazer dela o seu segredo. A Sombra do Vento é a escolha, um livro redigido por um escritor bar-celonês, Julian Caráx, que dizem ter falecido em Paris e esconder uma trágica história de amor. Ao descobrir mais sobre a vida de Julian Caráx, Da-niel apercebe-se que os livros do autor tinham sido queimados e que os poucos que restavam eram procurados por alguém a desejar desaparecer com o autor. Daniel não desiste de procurar quem tenta cometer o crime, sendo que também não desiste de encontrar novos exemplares de escrituras de Caráx. Para isso, envolve-se numa aventura com a ajuda do seu amigo Fermín e com outras perso-nagens, incluindo a irmã de um grande amigo seu, Beatriz Aguillar, por quem acaba por se apaixonar.

É a curiosidade de Daniel em torno de Caráx que o leva a esta tremenda e perigosa aventura entre gerações de famílias. Daniel perde a noção dos caminhos pelos quais entra. Nos últimos ca-pítulos do livro, depois de muitos arrufos entre famílias, Daniel e Beatriz, acabam por ficar jun-tos, descobrindo o segredo de Julian Caráx e toda o mistério que envolvia o escritor desaparecido.

A Sombra do Vento é mais do que um livro, é uma narrativa forte e que vai ao encontro de um certo sentido de misticismo. Novas formas de sentir, de amor, de tragédia e até novas formas de encarar a sociedade. É uma obra completa, com surpresas presentes em cada capítulo. Afi-nal, o mais sedutor deste romance é o enigma que o envolve.k

A Sombra do Vento Carlos Ruiz zafón

Uma história sobre os segredos do coração

familiares através das redes sociais e confessa que estar longe «tem imensas vantagens», pois não tem de comprar prendas para a família, nem as recebe. Sérgio diz-se tradicional e tem «um pequeno pre-sépio em casa», mas refere que «o Natal deveria ser todos os dias. As pessoas têm tendência para ajudar os mais próximos mais nesta época».

Um dia igual aos outrosEstar longe nem sempre é uma desvantagem e cla-ro que há quem ache esta época pouco especial. Paula Telo Alves, de 40 anos, jornalista no Lu-xemburgo, conta que «há alguns anos que o ‘Natal dos expatriados’ se tornou uma tradição», «sem-pre com emigrantes de várias nacionalidades que passam o Natal longe de casa, uns por causa da distância e preço das viagens, outros porque estão a trabalhar nesta época». Detesta o Natal tradicio-nal e prefere visitar a família «em alturas de menos stress e com menos frio», confessa. Relativamente à religião, Paula diz-se ateia e nunca adere ao pre-sépio, à árvore de Natal nem à troca de prendas. Para Paula, o mais vantajoso de estar longe, é que passa um «Natal sem o stress das viagens nem cor-rida-às-prendas, com mais tempo para respirar e numa casa aquecida.»

Sandra Rodrigues tem 38 anos e há 17 que é tes-temunha de Jeová. Para ela, «o que não está assina-lado na Bíblia não é comemorado», por isso, há 17 anos que não comemora o Natal. Afirma que ser testemunha «não é uma religião, é uma forma de vida». «No primeiro ano em que não festejei o Natal,

Telma. «Não é fácil atingir resultados de excelên-cia se não competirmos a alto nível. E para que isso aconteça é preciso ter apoio financeiro.» Com alguma tristeza a desportista explica: «estamos num país que respira futebol e é quase impossível encontrar apoios. O único patrocínio que tenho, a nível de material desportivo, vem do estrangeiro.»

Neste momento, a atleta treina para uma qualifi-cação olímpica e é nisso que está focada. Desenha o futuro em articulação com a modalidade. «Quero ir aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Quero abrir a minha escolinha de Badminton. Quero tirar mestra-do em Treino Desportivo e Alta Competição. Quero fazer com que a modalidade cresça em Portugal.»

Telma Santos agradece à família, aos amigos, ao tio, ao seu treinador, médicos, fisioterapeutas e às suas adversárias que de alguma forma a fize-ram crescer como atleta, não esquecendo de todos os professores, colegas de escola e faculdade que a ajudaram a conciliar o curso de Desporto e Bem--Estar com a alta competição. k

senti alívio», confessa. O consumismo desenfreado típico desta época acabou por ali. O período de fi-nal de dezembro e início de janeiro é passado como qualquer outro dia – nada se altera na rotina, não há decorações de natal nem menus especiais em gran-des doses. Disfruta da sua fatia de bolo-rei e outras comidas da época, que tanto adora, não lhe atri-buindo o significado natalício. Sandra refere que «há diversas maneiras de fazer surpresas aos nossos, em vez de ser naqueles dias em específico».

Música e amigosFrancisco Sousa fala-nos sobre a sua tradição. Tem 24 anos e desde os 6 que, após a meia-noite, se junta com os amigos da aldeia em volta de uma fogueira. «É tradição na aldeia», conta entusiasma-do com a data que se aproxima. Explica que «as pessoas vão aparecendo. Passamos lá a noite, par-tilhamos comida, bebida».

Moisés Espírito Santo refere que uma das tradições populares mais marcantes era pre-cisamente «a montagem de uma fogueira, o ‘madeiro’, no centro da aldeia onde toda a vizi-nhança convivia», acrescentando que também as dietas «eram muito parecidas dum meio ao outro, onde não faltavam os doces caseiros chamados filhós (feitos com o azeite acabado de sair do lagar).» Hoje, haverá mais tendência para os mais novos aproveitarem o dia «para se ausentarem de casa e do meio para viverem ex-periências diferentes», refere.

E, realmente, depois do jantar em família, não há cá conversas para matar o tempo de Inês até à meia-noite. A jovem opta por se juntar com os amigos e sair à noite. Escolhe o melhor vestido, passa um batom nos lábios e prepara-se para que a festa comece. Inês Freitas, com 22 anos, pre-fere passar a noite de Natal com os amigos «que ao fim ao cabo, são familiares também», conta. Escolhe sair à noite neste dia desde que atingiu a maioridade e desde que se apercebeu «de uma mudança de mentalidades por parte da socieda-de». Procura «alegria, animação e boa disposição» e atribui à época um carinho especial, pois é tem-po de «demonstrações de amor». Sair à noite está nos seus planos para este Natal e, se o local que visitar tiver festa natalícia, irá aderir. «É uma data comemorativa, por isso deve-se comemorar junto de qualquer pessoa, em qualquer lugar.», diz. Fer-nando de Sousa, proprietário do Clube Suite, em Leiria, já se habituou às grandes farras da noite de Natal. Desde 2009 que opta por fazer uma festa alusiva ao Natal e «o público varia entre os 18 e os 50 anos», afirma. Explica que «depois do jantar de Natal, há muita gente que sai para se divertir». k

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seNtado NoMoCHo

Quando descobriu que queria ser comediante?Na primeira vez que, em palco, ouvi uma garga-lhada do público (aos 11 anos). É um vício que fica e nunca se consegue matar. Apenas alimentar. E vai engordando. Fez vários workshops com personalidades como Nicolau Breyner, António Pedro Vas-concelos e tozé Martinho. Como foi a experi-ência de participar nestes workshops?Para quem faz comédia ou drama ou, convenha-mos, qualquer actividade profissional, é muito importante estar constantemente a aprender

coisas novas. Já fiz worshops e cursos de escrita criativa, representação, expressão dramática, improviso (para além de ter – quase - tirado o curso de marketing. Faltam-me duas cadeiras que não só não completei como teimosamente não o pretendo fazer). Já fiz formação em Por-tugal e no estrangeiro. No próximo ano preten-do ir à maior acção de formação para quem faz palestras que acontece nos Estados Unidos. É um investimento grande mas acho que vale a pena para ‘afinar’ a minha palestra. Não po-demos parar de aprender. Por outro lado, te-nha a sensação que embora constantemente em formação, chega um momento em que temos de agir, ir, arriscar, colocar à prova. Gosto de usar a frase: cem ensaios não aprimoram meta-de do que o faz uma ida ao palco. Já existiram momentos na minha vida em que senti que era importante suspender o foco no ‘aprender’ e passá-lo prioritariamente para o ‘agir’ utilizan-do a matéria dada. Parece-me que o segredo é o equilíbrio. A aprendizagem sem uso torna-nos potencialmente geniais e materialmente nulos. O uso sem aprendizagem é potencialmente o caminho para a nulidade.

teve o primeiro contacto com o stand-up co-medy nos EUA. o que o fez ir?Foi justamente para fazer um curso de represen-tação. Mas o dinheiro acabou e a bolsa era insufi-ciente e por isso comecei a fazer várias coisas. Des-de empregado de mesa a cantor de jazz. A comédia surgiu a convite de uns amigos do curso e como forma de ganhar algum dinheiro nos bares. E aca-bei por me apaixonar pela stand-up comedy. Como foi essa primeira experiência?As primeiras vezes são sempre mais sofrimento que prazer. Foi tão constrangedor que já nem me lembro. Limpei da memória. Esperem, lembrei--me…ups, esqueci de novo. Calma, tenho aqui uma lembrança de que..Ah! Não. Era outra coi-sa. Metia arroz de pato. Foi num restaurante. Algures. Não interessa. Não tem a ver. Não me lembro, nem quero lembrar. Mas obrigado pela pergunta. De qualquer forma estou certo que não tem nada a ver com arroz de pato. Nem sei de onde isto do arroz saíu… Na stand-up existem improvisos? Depende dos estilos. Há comediantes que não gostam de improvisar. Mas de uma forma geral há espaço. No meu caso, adoro ir para palco e não saber bem onde vai aquilo parar. Tanto pode ir por onde planeei como pode ir por caminhos que o público me leva. Às vezes acho que vou acabar a falar de solidariedade e acabo a falar em arroz de pato. Ou vice-versa: pato de arroz. o que acha das pessoas terem experiências fora do seu país de origem?Acho que é muito importante. Ver outras culturas e outras maneiras de fazer é sempre enriquecedor. Por exemplo, o arroz de pato na Argent…bem, chega de arroz de pato!

Além do teatro, e da comédia, fez também um pouco de rádio. Como surgiu essa opor-tunidade?Foi um produtor, chamado Victor Espirito Santo, que me conheceu e achou que eu tinha potencial. Acabei por fazer rádio sete anos seguidos. Com intervalos para comer e beber água. E hei-de lá voltar. Adoro rádio. Muito mais que televisão. tem já um grande reconhecimento a nível na-cional. Ainda sente nervosismo antes de en-trar em palco? Como o ultrapassa?Sempre. Ultrapasso, como que por magia, quando entro no palco. Nem eu sei explicar como passo do nervosismo e ansiedade para a calma e paz no palco. Mas acontece e como funciona nem quero saber.

tem algum ídolo humorístico? Quem? Vários. Muitos. Destaco o Eddie Izzard. Para

descobriu muito jovem o seu dom para o humor e para o teatro. ricardo Vilão vive do palco e da stand-up. Fez participações especiais em vários festivais, campanhas publicitárias e séries de televisão. atualmente, desenvolve projetos como «os improváveis» e «lX comedy club». desejos para 2014? Tem… mas não revela.

UMa paLavra vida

UMa peça de teatro «o doente imaginário» do Moliére

UM FILMe Braveheart

UM MoMeNto este

UMa CIdade Babilónia

UM ídoLo eddie Izzard

UM soNHo está na lista, não posso revelar.

kUrtas

RicARdo

Adoro ir para palco e não saber bem onde vai aquilo parar.

«

Entrevista e Foto: Janaína leite e Mariana lopes

HumORIStAVilão

kULtosAdriana Meneses

19 dezembro 20137

Warm Bodies ou, na versão portuguesa, San-gue Quente, chegou às salas de cinema num misto de comédia e romance. Baseado no li-vro do escritor americano isaac marion, Warm Bodies relata a história de uma américa pós--apocalíptica, depois do rastro de destruição deixado por guerras e desastres naturais. lá, habitam zombies, seres humanos e esquele-tos, separados entre o bem e o mal por um grande muro. ninguém podia imaginar é que os zombies tivessem tanta humanidade.

dirigido por Jonathan levine, o filme mos-tra que o amor não tem padrões. os chama-dos mortos-vivos (zombies) não têm memó-ria e aquilo que os rege é a fome por carne humana. mas «r» (nicholas Hoult) é diferente – assim que mata o namorado de Julie (Teresa Palmer), ganha por ela um instinto de prote-ção. a sua relação fará os dois entrarem numa batalha por um amor quase impossível, inclu-sive aos olhos do seu pai, interpretado pelo incontornável John malkovich.

a história mantém um toque de humor, durante uma experiência que seria, no míni-mo, dramática. Graças à excelente interpre-tação de nicholas Hoult, «r» dá vida a um zombie adolescente que age de forma tão estranha que se torna engraçada. nessa sua singularidade, «r» acabará por ser a peça--chave para a relação entre humanos e os seus semelhantes.

os reais inimigos dos humanos, os esque-letos, descobrem que a humanidade está a voltar aos zombies, e tentam impedir que isso aconteça. no entanto, «r» e os seus amigos começam a ter de novo comportamentos de humanos: sonham e sentem.

num convívio harmonioso entre humanos e zombies, que de zombies vão tendo cada vez menos, este é um filme apaixonante, que encontra nos sentimentos o potencial para o renascimento da humanidade.

o filme tem sido descrito como tendo uma relação com o romance de Shakespeare, ro-meu e Julieta, tendo em conta a correspon-dência dos nomes, «r» e Julie.

Para os fãs de zombies, este filme traz uma nova perspetiva do seu aspeto e da sua manei-ra de agir, mantendo-se, ainda assim, fiel às suas particularidades, que serão certamente apreciadas pelos fãs mais conservadores. k

mim, o comediante mais inteligente do mundo. Em Portugal tenho a sorte de ser amigo ou conhe-cer (e já ter trabalhado) com a todos os meus ído-los em comédia. Não desfio a lista com medo de me esquecer de algum. Para além de que, no que diz respeito a listas, desfiar é das actividades mais cansativas. Ainda se fosse percorrer a lista, agora desfiar, não. Definitivamente: não. tem existido uma nova geração de humoris-tas, acha que há mercado para todos? Há. Enquanto houver pessoas diferentes haverá comediantes diferentes e público para todos. Já alguma vez lhe aconteceu as pessoas não se rirem de uma piada? Como reagiu?Sim, às vezes acontece, os públicos são todos diferen-tes. Quando acontece sigo para a próxima. Lá diz o povo, esse sábio poeta: ‘água mole em pedra dura…’ Como adquire inspiração para preparar os seus textos de apresentações?A pensar no que tenho para dizer. Não sei se acre-dito na inspiração como uma deusa que vem numa nuvem quando lhe apetece. Acredito no trabalho e na imaginação. E isso tem mais a ver com método do que com algo de sobrenatural.

Quais são os assuntos mais fáceis para fazer piadas?O humor serve-se de referências. Todos aqueles em que a referência seja perceptível para quem ouve. Não vale de nada ter uma boa piada se as pessoas não sabem do que estamos a falar. Para um matemático, uma piada com o quadrado da hi-potenusa pode ter muita graça mas, para mim, que nunca fui forte a matemática, nem por isso (até porque, confesso, tive de ir ver o que é o quadrado da hipotenusa ao Google. O que, notei agora, faz com que eu já pudesse achar graça a uma piada sobre o tema que de repente passei a dominar in-validando o que disse anteriormente. É isto a vida e o humor, uma constante contradição). E os seus temas favoritos?Gosto das grandes questões: o amor, a sorte e a tem-peratura ideal para cozinhar uma pizza no micro--ondas. Entre outros grandes temas relacionados com utensílios de cozinha e arroz de pato (cá está, o chamado running gag – arroz de pato - que, pela repetição e descontextualização provoca, eventual-mente, o sorriso no leitor. É técnica, não vem numa nuvem com o epíteto de inspiração. Já o uso da pa-lavra epíteto foi pura inspiração. Sei porque vinha numa nuvem de fumo que vislumbrei agora mesmo).

Como é o Ricardo Vilão fora dos palcos? É uma seca. Eu, que tenho de conviver com ele todos os dias, garanto que é verdade. Para além de o tipo ter uma desagradável obsessão por arroz de pato.

Como reagem as pessoas quando o veem na rua? Estão sempre à espera de ouvir uma piada? Isso acontece. E é chato. Não acontece em mais ne-nhuma profissão. Nós não encontramos um ami-go que é cozinheiro e pedimos que nos asse ali um frango (reparem que agora fugi de repetir a expres-são ‘arroz de pato’ para não cair no desnecessário uso abusivo do recurso humorístico). Com os co-mediantes acontece. Por isso é que nós passamos muito tempo em casa, suponho. Grande parte das vezes a assar frangos (jamais a fazer arroz de pato!). Acha que os portugueses precisam de rir mais?Tenho a sensação que o português (se é que se pode classificar assim, colocando tudo no mesmo saco) gosta de rir. Especialmente dos outros. A capaci-dade de nos rirmos de nós próprios, enquanto seres defeituosos - e acredito que somos todos - é que nos vai faltando. O que quero dizer é simplesmente isto: quando a piada toca ao vizinho do lado dá direito a gargalhada, quando nos toca a nós dá direito a re-clamação indignada. Acho que nos ofendemos com pouco (já o senti na pele quando escrevia na im-prensa). E, se por acaso o leitor se ofendeu com esta acusação, acaba de me dar razão. Se não se ofendeu, provavelmente concorda, o que me dá igualmente razão. Em suma: tenho razão. E como é bom tê-la. Aliás, como bom português, ficaria ofendido se a não tivesse. O que me dá razão novamente. Chamo a atenção para o facto de ter conseguido o invejável número de três auto-imputados momentos em que a razão está do meu lado no mesmo parágrafo. Não me lembro de nenhum parágrafo que o tenha con-seguido tantas vezes em tão pouco tempo. Que conselho daria a um jovem em início de carreira?Aguenta! Procura intervir socialmente através do humor?Às vezes, quando estou bem disposto. Agora a sé-rio: quando se tem a sorte de as pessoas ouvirem o que temos para dizer acredito que também há uma certa responsabilidade com as mensagens que se transmitem. Tento ter. Acha que a piada, ou melhor, o humor tem uma ligação importante para a «fórmula do su-cesso» que a sociedade tanto requer (viverem bem e menos pessimistas, por exemplo)? Rir tem. Mas nem só o humor faz rir. A mim, por exemplo, a política nacional faz-me rir. Mas isso sou eu. Quanto ao ser pessimista acho que, de fac-to, somos bastante. Só não sei é se rir é a única panaceia para esse mal. Parece-me que é mesmo a mudança de atitude. Que pode ser feita a rir ou chorar, desde que seja feita. Quais são os seus projetos futuros? Ser feliz. tem alguma lista de desejos para 2014?Tenho. Mas dizem que dá azar revelar. Reconheço que não acredito no azar. Nem na sorte, esse verso da moeda. Mas acredito piamente em jogar pelo seguro. Por isso, jogando pelo seguro, não revelo, desculpem lá.

Nota do Entrevistado «Estas respostas não estão escritas ao abrigo do Novo Acordo Ortográfico. Porque não.» k

a entreViSta Foi realizada Por e-Mail.

O Amigável Mundo dos ZombiesWarm Bodies

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Ix FÓRUM INTERNACIoNAL DE SINoLoGIA«china: tradição e modernidade» é o tema do nono Fórum internacional de Sinologia. entre 20 e 22 de fevereiro de 2014 vão ser explora-das várias vertentes desse país como a filoso-fia, a cultura, a economia e a sociedade.

esta edição vai acontecer na escola Supe-rior de educação e ciências Sociais e é orga-nizada pelo instituto Português de Sinologia, pelo instituto Politécnico de leiria e pela câ-mara municipal de leiria. a inscrição é gratui-ta e pode ser feita em www.ipsinologia.com.

DESEMPREGO, ENDIVIDAMENTO,MAIS CORTES... E AGORA?«e agora?» é a pergunta que vai receber mui-tas respostas no dia 17 de janeiro de 2014, no Teatro miguel Franco, mercado Sant’ana, em leiria. esta sessão aberta, com o nome «desemprego, endividamento, mais cortes… e agora?», tem como objetivo encontrar solu-ções e dicas úteis para enfrentar as dificulda-des económicas do dia-a-dia.

começa às 21h30 e conta com a presença de anselmo crespo (jornalista da Sic), José Ferreira (jornalista e especialista na área da economia), natália nunes (representante da deco Proteste) e Henrique neto (empresário da região de leiria).

a entrada é livre e é uma organização do ter-ceiro ano da licenciatura de relações Huma-nas e comunicação organizacional da escola Superior de educação e ciências Sociais e da câmara municipal de leiria.

CoNFERÊNCIA INTERNACIoNAL DE INVESTIGAçÃo, PRÁTICAS E CoNTExToS EM EDUCAçÃoJuntar os investigadores, professores, estu-dantes e decisores da área da educação para promover discussões e debates que contribu-am para o avanço da área da educação é o grande propósito da conferência internacio-nal de investigação, Práticas e contextos em educação (iPce).

Vai realizar-se dia 9 e 10 de maio de 2014 na escola Superior de educação e ciências Sociais do instituto Politécnico de leiria, mas a entrega dos artigos, relatos e posters deve de ser realizada até ao dia 7 de fevereiro. mais informações em http://ipce2014.ipleiria.pt. k

a FeCHar

oNLINeAna GolegãDiana oliveiraSara Moniz

http://www.promofans.pt

http://www.gettyimages.pt

Patrícia Gonçalves

Decorreu no passado dia 4 de de-zembro, a quinta edição do troféu de Karting do Instituto Politécni-co de Leiria. A competição, aberta a todos os estudantes do Instituto, teve lugar no Euroindy, na Bata-lha, e contou com 27 participantes.

André Rezende foi o grande vencedor da corrida individual, seguido de Jorge Baptista e Carlos Silva. Maria Delgado e Daniela Bastos foram as atletas femininas com melhor classificação.

Para além da habitual corrida individual, a novidade desta edi-

ção foi uma corrida final coleti-va. Em primeiro lugar ficaram os atletas Manuel Cordeiro, João Abel e Rui Teixeira, seguidos de André Rezende, Jorge Batista e Carlos Silva e a fechar o pódio Maria Delgado, Mário Rodrigues e Telmo Gil.

Para além dos troféus con-quistados, os atletas menciona-dos vão representar o IPLeiria no Campeonato Nacional Univer-sitário de Karting por equipas e individual a realizar-se em Vila Real e Évora, respetivamente. k

IPL lança livro inclusivoO Instituto Politécnico de Leiria lançou, no dia 3 de dezembro o livro multiformato Todos Diferentes, Todos Animais. Com texto da auto-ria de Liliana Gonçalves, design e ilustrações de Leonel Brites e tradução e adaptação para pictogramas de Célia Sousa, a obra é o re-sultado do envolvimento de um conjunto de colaboradores de vários serviços do Instituto Politécnico de Leiria aos quais se juntaram outros colaboradores externos à instituição.

O livro, que pretende tocar simultanea-mente o lúdico e o didático, pretende servir de estímulo a atitudes mais inclusivas e à criação de conteúdos acessíveis a crianças com neces-sidades especiais. O objetivo foi o de constituir

um exemplo de como o livro pode ser aberto a novos leitores e a novas leituras.

Braille, relevo e interpretação em língua Gestual Portuguesa e em Símbolos Picto-gráficos para a Comunicação transformam o livro num instrumento multiformato e inclusivo, essencial para desenvolver ativi-dades de leitura com crianças com necessi-dades educativas especiais, ou com crianças em idade pré-escolar.

O livro impresso é composto pela história original e pela mesma em versão pictográfi-ca, possui ainda um código QR que remete para um site – todosdiferentes.ipleiria.pt – onde são disponibilizadas as versões audio-livro/videolivro em Língua Gestual Portu-guesa (LGP). A obra teve o apoio da Caixa de Crédito de Leiria. k

Vencedores da corrida por equipas. da esquerda para a direita: rui Teixeira, manuel cordeiro e João abel.

Fonte: euroindy

O Instituto Politécnico de Lei-ria teve a maior representação de sempre nas nomeações para os Prémios Melhor do Ano da Federação Académica Desporto Universitário (FADU). Ao todo quatro nomeações em cinco ca-tegorias possíveis: Ricardo Ne-ves (escalada), candidato a Me-lhor Atleta Masculino; Daniela Cardoso (atletismo), candidata a Melhor Atleta Feminina; equi-pa de andebol feminino, Melhor Equipa Feminina; Marco Afra

(andebol feminino), candidato ao troféu de Melhor Treinador.

A gala de atribuição dos tro-féus teve lugar no passado dia 12 de dezembro, na cidade Univer-sitária, em Lisboa. Embora ne-nhum dos candidatos do Institu-to tenha sido premiado nas suas categorias, Cândida Bairrada, coordenadora do setor de Des-porto do IPLeiria, não deixou de destacar a excelente época e o reconhecimento prestado pela FADU nas suas nomeações. k

V Troféu de Karting do IPLeiria

Atletas do IPLeiria entre os melhores do ano no desporto universitário nacional

Texto: Sandro Monteiro