Akadémicos 38

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União que faz força Federação Académica de Leiria 04 e 05 Suplemento do JORNAL DE LEIRIA, da edição 1322, de 12 de Novembro de 2009 e não pode ser vendido separadamente. Ak adémicos 38 ILUSTRAÇÃO: RUI LOBO Nuno Mangas Presidente do IPL “Se tivéssemos uma Universidade, os estudantes poderiam fazer todos os graus académicos em Leiria” 06 e 07 FOTO: ANDREIA ANTUNES

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Edição N.º 38 do Jornal Akadémicos Kapa: Federação Académica de Leiria - União que faz a força

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União que faz forçaFederação Académica de Leiria

04 e 05

Suplemento do JORNAL DE LEIRIA, da edição 1322,de 12 de Novembro de 2009 e não pode ser vendido separadamente.

Akadémicos

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Nuno MangasPresidente do IPL

“Se tivéssemos uma Universidade, os estudantes poderiam fazer todos os graus académicos em Leiria”

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Começo por saudar todos os estudantes do Instituto Politéc-nico de Leiria, desejando-lhes desde já um bom ano de trabalho e sucesso académico norteado pelo respeito mútuo entre estu-dantes e entre estudantes e restante comunidade académica. Os novos estatutos do IPL, que entraram em vigor em Julho de 2008, contemplam a existência de um novo órgão, o Prove-dor do Estudante, eleito por sufrágio universal pela comunidade estudantil do IPL. Ao Provedor do Estudantes compete a função de defender e promover os direitos e os interesses legítimos dos estudantes do IPL. A actividade do Provedor contempla duas vertentes princi-pais. Uma vertente reactiva, atendendo as queixas, petições e participações dos estudantes, referentes à não observância das normas gerais do IPL, que poderão provir directamente dos estu-dantes ou das associações estudantis, e proferir recomendações pertinentes aos órgãos adequados para as atender. Outra ver-tente, mais pró-activa, baseada na realização de recomendações genéricas, destinadas a acautelar os interesses dos estudantes, nos domínios da actividade académica e da acção social. É do conhecimento da comunidade académica que todos os cursos do IPL foram adequados ao modelo de organização de

Bolonha, onde o Ensino se centra na aquisição de competências e no desenvolvimento da capacidade de trabalho autónoma dos estudantes. Este tipo de ensino reforça a autonomia e as com-petências de auto-aprendizagem dos estudantes, factores muito valorizados pelo mercado de trabalho. Contudo, a transição do modelo de ensino dito convencional para o modelo de Bolonha é um processo incompleto. O suces-so desta transição depende da vontade não só da comunidade estudantil como também de todo o corpo docente do IPL e constituí um desafio que se torna imperativo vencer a curto prazo. Se atendermos à forma como têm decorrido as activi-dades lectivas designadas de Orientação Tutorial (OT) perce-bemos, desde logo, que o caminho a trilhar ainda é longo. Os estudantes não aderem em massa a este tipo de actividades. Porquê? Será pela não obrigatoriedade deste tipo de activida-de lectiva? Será pelo pouco interesse que estas actividades despertam aos estudantes? Torna-se pois fundamental debater e reflectir sobre este desafio, a curto prazo, para que possamos dar ainda melhores condições aos nossos estudantes que potenciem a sua inserção no mercado de trabalho, cada vez mais escasso e exigente.

Literatura12 a 15 de NovembroXI Mostra de Doces & Licores Conventuais de AlcobaçaSobejamente conhecida a nível na-cional e internacional, a XI Edição conta com a presença de cerca de 40 participantes, incluindo repre-sentantes estrangeiros de países como: Bélgica, França, Espanha, Polónia e Brasil.

Música14 de Novembro, 22:30Orfeão Velho de LeiriaMailBoxEste “Quarteto de Jazz” apresen-ta improvisações extremistas e conjuntas, não se contentan-do apenas com o Jazz, pelo que mistura vários estilos para criar um som marcante e único.

Literatura19 de Novembro, 21:30Teatro José Lúcio da SilvaOs Monólogos da Marijuana Adaptado de um dos espectáculos mais aplau-didos da off-Broadway Nova-iorquina do ano de 2003, nesta encenação são discutidos os prós, os contras, as contradições, as crenças, as ilusões e todas as questões que se levantam acerca da con-troversa marijuana de uma forma irónica e cheia de humor.

Música20 de Novembro, 21:30Teatro José Lúcio da SilvaAna MouraAna Moura apresenta em Leiria “Leva-me aos Fados”. Este é o quarto álbum de estúdio da fadista, o sucessor do multi-galardo-ado “Para Além da Saudade” (2007). “Leva-me aos Fados” conta com uma lista de participações de luxo de onde se destacam José Mário Branco, Gaiteiros de Lis-boa, Manuela de Freitas, Amélia Muge e Tózé Brito. Tal como os anteriores, tem a produção de Jorge Fernando.

02 JORNAL DE LEIRIA 12.11.2009

IOLANDA SILvAUma agenda do mês

Director:José Ribeiro [email protected]

Director adjunto:João Nazá[email protected]

coordenadora de redacçãoAlexandra [email protected]

coordenadora PedagógicaCatarina [email protected]

apoio à ediçãoAlexandre [email protected]

secretariado de redacçãoAndré Mendonça, Sara vieira

redacção e colaboradoresAna Arsénio, Andreia Antunes, André Mendonça, Ângela da Mata, David Sineiro, Dora Matos, Élio Salsinha, Inês Lopes, Iolanda Silva, Luís Almeida, Marcelo Brites, Nadir Silva, Sara vieira, Tânia Marques

Departamento GráficoJorlis - Edições e Publicações, LdaIsilda [email protected]

MaquetizaçãoLeonel Brites – Centro de Recursos Multimédia ESECS–[email protected]

Presidente do instituto Politécnico de LeiriaNuno [email protected]

Director da esecsLuís Filipe [email protected]

Directora do curso de comunicação sociale educação MultimédiaAlda Mourã[email protected]

Os textos e opiniões publicados não vinculam quaisquer orgãos do IPL e/ou da ESECS e são da responsabilidade exclusiva da equipa do Akadémicos.

[email protected]

Vai lá, vai...

abertura

carlos rabadãoProvedor do estudante do iPL

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FOTO

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ANDA

SILv

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Ká entre nós

Ingressar no ensino superior pode ser con-siderado um momento agridoce. Por um lado a possibilidade de obter um grau académico elevado e assim melhorarmos as nossas pos-sibilidades futuras de conseguir um emprego melhor. Por outro a eventual mudança de ci-dade e o consequente abandono de costumes, amigos e família. Mas entrar num curso supe-rior é também sinónimo de praxe: conjunto de tradições, usos e costumes de uma comunidade académica. Esta é a versão oficial. No entanto, para alguns, é um conjunto de desrespeitos, imbecilidades e humilhações. A verdade é que nem todos podemos gos-tar do mesmo. E é para isso que existe o termo “anti-praxe”. Concorde-se com ele ou não, este termo, traduzido na prática e à minha letra que-rerá dizer: Eu sou “anti-praxe” porque sou con-tra uns quantos frustrados que não sabem o que são as tradições académicas e só usam o traje para poderem realizar actos de humilhação e de violência barata, “carregando” no caloiro as suas frustrações pessoais. Reconheço, porém, que nem todos os “anti-praxe” o serão por este motivo. Mas gosto de acreditar que sim. Porque a praxe não é para humilhar ou desrespeitar o caloiro. É sim para ajudar o recém-chegado à Universidade a integrar-se no ambiente univer-sitário, a criar amizades e a desenvolver laços de sólida camaradagem para com o seu curso e a sua Academia. No fundo dar-lhes a possibilidade de obterem uma “segunda família”. E isso oferece-se como? Com gritos, berros e “agressões” físicas e psico-lógicas? Não. Oferece-se com um modelo militar, em que os caloiros ficam em sentido, marcham e recebem ordens e insultos como se estivessem na recruta? Não. No entanto esta segunda é um “mal” necessário. Porque considero que em tudo deve haver uma hierarquia, para que as coisas funcionem correctamente. O problema está na forma como se quer impor essa hierarquia e o seu respeito adjacente. É que o respeito não se ganha, conquista-se. E o que vejo, é que muito poucos o sabem conquistar, querendo impô-lo à força e aos gritos, quando se pode fazê-lo com calma e num tom normal, com brincadeiras e jogos que até ajudem a reforçar os laços entre os próprios “praxados”. Porque a ideia é que os ca-loiros respeitem o traje e o possam, mais tarde, vestir com orgulho, temos o dever de os ensinar bem. E, por exemplo, quantos caloiros saberão que o Traje Académico foi criado para simbolizar a igualdade entre todos os estudantes? Poucos ou nenhuns. Mas estes mesmos caloiros talvez saibam os decibéis que ecoam da “esganiçada” do curso “x” que, quase todos os dias, teve perto de lhes conseguir rebentar os tímpanos. E, qual círculo vicioso, para o ano, infeliz-mente, este texto poderá ainda ser actual. É tris-te, mas já é da “praxe”!

Dura praxe,é praxe?

anDré MenDonça

03JORNAL DE LEIRIA 12.11.2009

Está a dar

A Escola Superior de Educa-ção e Ciências Sociais (ESECS) celebra, este mês, 30 anos de existência, apresentando nas suas instalações uma exposição alusiva às memórias da insti-tuição. Fotografias de época de estudantes, docentes e funcio-nários não docentes, registos

da construção do edifício da Es-cola e alguns objectos relativos à sua actividade, são alguns dos elementos expostos ao público. Fundada em 1979, a ESECS ini-ciou as suas actividades no ano lec-tivo de 1986/87 no edifício actual. Embora as actividades se centrem hoje no Campus 1 do

IPL, junto à Câmara Municipal de Leiria, pela história da ins-tituição recorda-se a presença de um pólo nas Caldas da Rai-nha e as instalações do antigo convento de Santo Estêvão, recuperado hoje como instala-ções da futura Federação Aca-démica de Leiria.

Projecto Geracções

éLio saLsinha

iPL promove co-habitação entre jovens e seniores

comemoração dos 30 anos da esecs

anDré MenDonça

Da eseL à esecs: 30 anos de Memórias

O Instituto Politécnico de Lei-ria (IPL), desenvolveu em con-junto com a Junta de Freguesia de Leiria o projecto “Geracções”, cujo objectivo é promover na ci-dade a co-habitação entre um jovem estudante até aos 30 anos e um sénior com idade superior a 50. Será assim possível aos es-tudantes do IPL habitar numa residência particular onde resi-da uma pessoa sénior que tenha manifestado disponibilidade para acolher um jovem. Este tipo de iniciativa é novi-dade em Portugal, mas “o con-ceito noutros países europeus, nomeadamente em Espanha, encontra-se muito desenvolvido e faz acreditar que é possível ter sucesso”, revela Isabel Varrego-so, coordenadora do projecto. A docente acredita ainda que o projecto é benéfico, tanto para

os jovens, como para os senio-res, uma vez que “aos mais ve-lhos, ajuda a combater o isola-mento e, aos mais novos, oferece a possibilidade de desenvolver valores sociais para melhorar o convívio entre gerações”. Este é o primeiro ano da ini-ciativa e segundo Isabel Var-regoso, “é ainda necessário desmistificar alguns receios de ambos, para que o projecto pos-sa melhorar no futuro”. A nível de financiamento, os casos são analisados individual-mente com base na situação eco-nómica de cada um. Está previs-to que cada estudante contribua para as despesas da casa com um valor que será calculado, tendo por base as despesas das residências de estudantes. Os alunos interessados em participar neste programa po-

derão fazer a sua inscrição junto dos Serviços de Acção Social do IPL, enquanto os idosos se deve-rão dirigir à Junta de Leiria. A se-lecção será feita por uma equipa multidisciplinar, que integrará assistentes sociais e especialistas em gerontologia, a qual “tentará conjugar os interesses dos idosos e dos estudantes”. As manifestações de interes-se ainda não são muitas, mas “o mais importante não é o número de pessoas inscritas, e sim mos-trar que é possível fazer, uma vez que este não é um projecto de grandes massas”, conclui a coordenadora do projecto. O “Geracções” avançará este ano lectivo em regime expe-rimental, abrangendo apenas alunos das Escolas de Leiria do IPL e idosos que residam na fre-guesia de Leiria.

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Desde chás de chocolate com especiarias, a compotas de pês-sego com amareto, encontra-se um pouco de tudo no Sant’Ana Gourmet, uma loja de produtos de excelência, situada no mer-cado Sant’Ana, em Leiria. Segundo Ana Laia, geren-te da loja, são oferecidos neste espaço “produtos alimentares de qualidade superior quando se compara com aqueles que se

encontram nas grandes super-fícies”. Da parte dos fabricantes existe um cuidado especial na confecção e apresentação dos mesmos, mas apesar disso “são produtos simples para se con-sumirem em casa”, acrescenta. Por ser um conceito novo, a afluência ao espaço ainda é algo reduzida, embora seja cada vez mais “crescente”, afir-ma Ana Laia. E sublinha que a

loja “está a cair no hábito das pessoas de Leiria”, pelo que de um modo geral quem por lá passa volta sempre uma se-gunda vez, conclui. A ideia de que os produtos gourmet são só para alguns bolsos não se aplica neste caso. A gerente afirma ter produtos para todos os bolsos, com pre-ços que variam entre um euro e meio a cento e sessenta euros.

Entre os produtos mais ven-didos estão os chás, as compo-tas e as bolachas. A oferta dife-rencia-se pelos sabores pouco usuais como chás de frutos com menta e chás de algas, produtos Fauchon (marca francesa iden-tificada como símbolo interna-cional de requinte), chocolates, bombons, patés diversos, espe-ciarias, chutneys e champanhe, somando-se a “excelente quali-

04 JORNAL DE LEIRIA 12.11.2009

Está a dar

À semelhança das gran-des academias, o Instituto Politécnico de Leiria goza agora de uma voz colecti-va, dotada de autonomia estatuária, administrativa e financeira. Resultante da congregação de esforços da Associação de Estudantes (A.E.) da Escola Superior de Educação e Ciências So-ciais (ESECS), Escola Supe-rior de Tecnologia e Gestão (ESTG) e Escola Superior de

Saúde (ESSLEI), a nova Fe-deração Académica de Lei-ria (FAL) afirma pretender constituir-se como uma as-sociação estável, quer a ní-vel financeiro, quer a nível social, de forma a potenciar o associativismo, apoiar o desenvolvimento técnico e cultural dos alunos e forne-cer maiores apoios sociais. A FAL é constituída por uma Comissão Instaladora, responsável por planear e

fazer executar, os ideais, pla-nos e fundamentos da Fede-ração, sempre no espírito da sua fundação e sob as orien-tações da Declaração de In-tenções. Para o presidente do Órgão Executivo da Co-missão Instaladora, João Ro-drigues, 26 anos, a principal preocupação é “haver um espaço comum de trabalho e opiniões”, explicando que o edifício associativo tem ago-ra mais um “andar”.

Que prós e contras? A Federação conta com alguns apoios institucio-nais, como o Instituto Por-tuguês da Juventude (IPJ) e a Câmara Municipal de Lei-ria (CML). André Sousa, 22 anos, presidente da AE da ESTG, considera estes apoios importantes na medida em que “salvaguardam proces-sos como: pedidos de apoio, candidaturas, projectos e apoio ao estudante (pessoal

As Associações de Estudantes da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, da

Escola Superior de Tecnologia e Gestão e da Escola Superior de Saúde criaram a

Federação Académica de Leiria. Objectivo:

unir esforços e desenvolver projectos

em áreas como a cultura, o desporto, a formação ou a acção

social.

associações de estudantescriam Federação académica

esecs, estG, essLei

teXto: sara vieira e tânia MarquesFoto: sara vieira

Konsumo Obrigatório

O “culto do paladar”em Leiria

JoÃo roDriGues PRESIDENTE DA COMISSÃO INSTALADORA DA FAL

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dade a uma a excelente ima-gem”, acrescenta a gerente. Como não podia deixar de ser, estão ainda em destaque os vinhos portugueses. ” Bons vinhos portugueses”, frisa Ana Laia. Reserva Especial Ferreirinha e Cortes de Cima são alguns dos que se po-dem encontrar. Há ainda um whisky chinês “considerado um os melhores do mundo”!

De Karas

05JORNAL DE LEIRIA 12.11.2009

e jurídico)”. No entanto revela que existem dificuldades a superar, cau-sadas nomeadamente pela curta du-ração do mandato. Quem partilha da mesma opinião é João Rodrigues, que realça o esforço dos organismos académicos: “quando um indivíduo é eleito para um cargo é-lhe pedido um esforço quase sobre-humano, para além de estudar, ainda tem de estar a comandar os destinos de 4 mil alunos”. A principal vantagem desta união, para Rui Jordão, 20 anos, Presidente da AE da ESSlei e vice-presidente da Comissão Instaladora da FAL, é “a boa relação que se criou entre as As-sociações de Estudantes” e, em par-ticular, a possibilidade de “desmis-tificar a não participação activa na vida académica na Escola Superior de Saúde”. O Gabinete de Projectos “será uma mais-valia para os alunos”, refere André Sousa, acrescentando que

“normalmente existem projectos com pernas para andar, mas que acabam por terminar aquando do término do respectivo curso”. Pedro Batalha, presidente da AE do Campus 1 do IPL, acredita não existir qualquer desvantagem na criação da Federação, e estima o aumento de poder que cada Asso-ciação irá possuir, “vamos ganhar peso perante o IPL”, declara a voz da ESECS. As associações académicas da Esco-la Superior de Artes e Design (ESAD) e da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM) ainda não estão federadas. Para a constituição da fundação só eram necessárias três associações, aliando-se as mais próximas. O Presidente da Comissão Instaladora diz que “a distância geo-gráfica e emocional é longa”. Mesmo assim, não afasta a ideia de poder existir um intercâmbio com as duas entidades escolares.

Que projectos vão ser desenvolvidos? Cultura, desporto, formação e ac-ção social. São estas áreas as privile-giadas no conjunto de projectos que a FAL pretende promover. O papel do departamento cultu-ral é realçar a actividade das tunas (actualmente sete) e dinamizar o te-atro, a literatura, a fotografia, as ar-tes plásticas, etc. Eventos como a Semana Acadé-mica e a Recepção ao Caloiro de-vem ser do interesse de todos, como reforça André Sousa, “entreajuda, trabalho voluntário e camarada-gem era ouro sobre azul na realiza-ção destes eventos”. A vestir a camisola da FAL está o departamento de desporto, que vai dinamizar, ainda mais, a prática desportiva, através da introdução de novas modalidades, como as ar-tes marciais e râguebi. Para Pedro Batalha, presidente da AE da ESECS o desporto é uma área prioritária,

embora confesse que não seja de fá-cil concretização: “actualmente não temos capacidade financeira nem logística para concretizar esse ob-jectivo”. Relativamente a projectos de for-mação, Rui Jordão declara que os planos da FAL para a ESSlei “passam pela aposta na formação extra-cur-ricular”, nomeadamente em cursos de primeiros socorros, sublinhando que tudo o que não seja formação graduada vai ser alvo de atenção. No que respeita ao apoio social, vão ser equacionadas várias possi-bilidades, revela João Rodrigues, aclarando que os apoios também podem ser dados pela autarquia e/ou empresas. Porém, o mais im-portante para o vice-presidente da Comissão Instaladora da FAL é “criar uma estrutura associativa sólida”, dotando a Academia, “de todas as armas necessárias para se fazer ouvir.”

NADIR SILvA

O termo “praxe” não te é desconhecido. 1. Como caracterizas a praxe?Quais são os benefícios da praxe?2. As praxes são sinónimo de…3.

vejo a praxe como uma actividade divertida. Eu tenho dois pontos de vista quanto à praxe. 1. Primeiro, deves levar a praxe de uma forma descontraída, “na desportiva”, isto para te integrares mais facilmente no teu curso, na escola. Segundo, penso que mesmo o facto de te manteres afastado das “praxes” não te vai limitar em nada.Crias novas amizades e conheces novos espaços.2. Uma tentativa de valorização da vida académica.3.

ivo santos ANIMAÇÃO CULTURAL – 1º ANO

FÁtiMa caLaDo COMUNICAÇÃO SOCIAL E EDUCAÇÃO MULTIMÉDIA – 1º ANO

coraLie antunes COMUNICAÇÃO SOCIAL E EDUCAÇÃO MULTIMÉDIA – 1º ANO

Para mim as praxes são um meio de integração na 1. vida de estudante universitário.Consegues adaptar-te de forma mais fácil ao 2. ambiente escolar…conheces outro mundo…Convívio.3.

Provavelmente tenho uma ideia diferente da 1. maioria em relação à praxe. Eu não participei na praxe e penso que muitos rituais são escusados, como por exemplo o facto de gritarem, insultarem os caloiros… A praxe não precisava ser tão agressiva.Permite novos conhecimentos, que podem ser 2. uma mais-valia no futuro.…espírito académico.3.

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“os nossos jovens não podem estar à espera que lhes caia um emprego do céu”

Enquanto estudante uni-versitário, exerceu alguma actividade de destaque? Nos últimos anos de curso de engenharia electrotéc-nica, estive envolvido nas comissões de curso e na pre-paração da queima das fitas, em Coimbra. Formalmente, nunca exerci um cargo de dirigente nas associações académicas.

Como foi o seu percurso profissional até chegar a presidente do IPL? Após terminar o curso in-tegrei, durante dois anos, a equipa do plano estratégico na Comissão de Coordena-ção da Região Centro. Foi um trabalho aliciante de fim de curso e permitiu-me ter uma visão mais abran-gente da região. Regressei a Ourém, de onde sou natural, colaborei com a escola pro-fissional de Pombal e fui res-ponsável por uma disciplina no ISLA, em Leiria. Em 1993 entrei no IPL como assisten-te na ESTG, no departamen-to de Engenharia Electrotéc-nica. Acabei o mestrado e passei a professor adjunto e, em 1997, fui convidado para ser presidente do conselho directivo. Em 2004 ascendi a vice-presidente do IPL, fi-cando responsável por áreas como o ensino à distância, os CET, o desenvolvimento das unidades de investigação e a promoção do empreende-dorismo. Todos os cargos fo-ram muito gratificantes.

O que pensa do elevado número de recém-licencia-dos no desemprego? É difícil quando se acaba uma formação superior e não se entra rapidamente no mercado de trabalho. Quan-do comparo as estatísticas dos últimos anos, verifico que o emprego qualificado está a crescer. É preferível ser-se qualificado, mesmo que isso implique dificulda-des de inserção do mercado de trabalho. As elevadas ta-xas de desemprego não de-

vem ser impedimento para que se prossigam os estudos, vale sempre a pena saber mais. É importante ter qua-lificações, saber pensar, sa-ber estar, saber ser. Apesar de Portugal ter um baixo número de diplomados, tem-se vindo a assistir à promo-ção do empreendedorismo como perspectiva de futuro. As boas ideias normalmente têm futuro. Para isso é ne-cessário criatividade, ino-vação e empreendedorismo. Os nossos jovens não podem estar à espera que lhes caia um emprego do céu. Há acti-vidades conexas às áreas de formação que são boas opor-tunidades de trabalho.

Licenciou-se em engenha-ria e agora exerce cargos de gestão. Sente saudade de algo relacionado com a sua área? Não sinto saudades por-que muitas das actividades que desenvolvo no Instituto estão relacionadas com a en-genharia. A minha forma-ção é uma mais-valia e sin-to-me totalmente realizado, pois gosto daquilo que faço. É meio caminho andado gos-tarmos daquilo que fazemos para termos um bom desem-penho nas nossas funções. Às vezes do que sinto mais falta é do contacto com os estudantes e de dar aulas, mas era complicado compa-tibilizar os horários. Sempre que sou contactado pelos estudantes procuro recebê- -los. É uma forma de estar, de sentir um pouco da insti-tuição e das suas preocupa-ções e anseios.

Quais os desafios que se colo-cam, neste momento, ao IPL? São muitos (risos). O gran-de desafio é a qualificação do corpo docente e o objectivo é que metade atinja o grau de doutoramento. Com isto, vamos poder garantir mais qualidade no ensino, na in-vestigação e desenvolvimen-to (I&D) e na transferência de conhecimento para o ex-terior. Felizmente acho que

06 JORNAL DE LEIRIA 12.11.2009

Sentado no mochoSentou, vai ter k explicar

nuno Mangas, Presidente do IPL

O novo presidente do IPL, Nuno Mangas,

mostra-se satisfeito com todo o seu

percurso na instituição e sente-se confiante

em relação ao futuro. Os estudantes são

sempre a sua principal preocupação e garante

que fará os possíveis para que os actuais

desafios sejam ultrapassados.

teXto: inês LoPesFotos: anDreia antunes

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alcançaremos este objectivo até ao final de 2010. Vamos apostar na bolsa de emprego, nos está-gios, no aumento de cursos em regime pós-laboral e especiali-zação tecnológica, bem como no ensino à distância e nos mestrados. Por outro lado, há desafios ao nível da qualidade do Instituto e esta é uma tarefa de melhoria contínua.

No contexto de crise económica nacional, o IPL poderá ver o seu campo de actuação limitado? Espero que não. Não conhe-cemos, ainda, o orçamento para 2010. O número de estu-dantes que recorreram à bolsa é superior ao ano anterior e há dificuldades no pagamento das propinas. Temos procurado en-contrar respostas para essas ne-cessidades. No próximo ano, se a taxa de inflação for negativa, o valor da propina não aumen-tará, antes pelo contrário. Ape-sar da incerteza de como será o próximo ano, espero que a ins-tituição consiga ultrapassar di-ficuldades socioeconómicas que possam surgir. Se a instituição trabalhar em conjunto vamos seguramente conseguir.

Como pensa apoiar os alu-nos na inserção no mercado de trabalho? Principalmente através da criação de mais estágios cur-riculares. Com a entrada em vigor do processo de Bolonha, muitos cursos perderam os seus estágios e a intenção é recu-perá-los. Estes são um óptimo instrumento de inserção e per-

mitem um primeiro contacto entre a entidade empregadora e o estudante. Em 2009, o nú-mero de ofertas de emprego foi muito significativo. No entanto, muitas vezes há um desconhe-cimento dessas mesmas ofertas. A nossa divulgação é um papel importante neste domínio.

Que novas infra-estruturas são esperadas no IPL? Está em construção a segunda fase do edifício pedagógico e uma cantina residência junto à ESTM, em Peniche. Na ESAD.CR, proce-de-se à requalificação do edifício pedagógico e à reconversão do antigo hospital para biblioteca e espaços de exposições. Em Leiria, na ESECS, está em curso a cons-trução do pavilhão destinado a trabalhos de grupo, que será con-cluído no próximo ano. Ao longo dos anos demos um grande salto qualitativo, mas é evidente que continua a haver necessidades e dificuldades. O meu compromis-so aqui é identificá-las junto da direcção das escolas e encontrar soluções. É o meu compromisso e é a minha preocupação.

Como é que a presidência espera apoiar a Federação Académica? O IPL cedeu alguns dos espa-

ços no antigo Convento Santo Estevão, em Leiria, para as ac-tividades da Federação. Iremos apoiar ao nível financeiro, atra-vés da acção social escolar, que tem também como objectivo a gestão de actividades culturais. A Federação Académica de Lei-ria é uma mais-valia e espero que venha trazer outra dimen-são às actividades desenvolvi-das pelas associações de estu-dantes. Estas vão continuar a existir e a desempenhar as suas funções e a Federação terá um papel agregador.

Que vantagens terão os alu-nos na possível passagem do IPL a Universidade? O facto de se chamar Instituto Politécnico de Leiria, por lei, limita a sua actividade. O Instituto deve estar limitado pelas suas compe-tências e não por estar inserido no subsistema dos institutos politéc-nicos. Se tivéssemos uma Univer-sidade, os estudantes poderiam ter a oportunidade de fazer todos os graus académicos em Leiria, o que não acontece actualmente. Assim que o IPL tenha todas as condições e requisitos que a lei exige, deve exigir a sua passagem a Universidade. Não é um proces-so fácil, vai exigir grande consen-so entre toda a comunidade aca-démica. Ao passarmos a Universi-dade, a imagem social do IPL mu-dará, também. Quando se defende esta transição não é para deixar de fazer o que já fazemos, muito pelo contrário, é para acrescentar valências. É uma perspectiva de acrescentar valores e competên-cias e não retirar.

07JORNAL DE LEIRIA 12.11.2009

Kultos

Sacanas Sem Lei:The Inglorious ‘Basterds’

DaviD sineiro

É importante ter qualificações, saber pensar, saber estar, saber ser.

Kurtas

uma obra arquitectónicaSagrada Família em Barcelona

um políticoSá Carneiro

um livro Os Maias, de Eça de Queirós

A máquina de publicidade montada à volta de Sacanas Sem Lei certamente fez com que a existência do filme não fosse desconhecida para a maioria da população. O que pode ainda não ser do conhecimento geral é que o mais recente filme de Quentin Tarantino é uma obra fasci-nante e única. É numa França ocupada pelo exército Nazi que se passa esta longa-metragem que fala muito mais sobre o próprio cinema do que so-bre a Segunda Guerra Mundial. Não se trata de realizar um tratado sobre História ou de contar um determinado feito. É pura ficção num cená-rio real. Mas uma ficção que celebra o cinema em toda a sua plenitude. O estilo de Tarantino é incontornável em cada cena com os planos estilizados, as conversas banais e os comporta-mentos inesperados a saltarem à vista. É possí-vel que muito do que aqui se apresenta só seja aceite mesmo por ser um filme do realizador de Pulp Fiction e Reservoir Dogs, outro qualquer seria considerado demasiado pretensioso por apresentar uma obra destas. Talvez agora que o filme se tornou um enorme sucesso de bilhe-teira os produtores possam olhar para ele e ver que nem sempre seguir as regras de ouro de Hollywood é essencial. As influências são demais para contar, mas o título talvez remeta para uma das mais im-portantes, The Inglorious Bastards, um filme ita-liano de 1978, realizado por Enzo Castellari, e que também conta a história de um particular grupo de soldados americanos. O nome do filme é também o nome de um pequeno grupo de soldados americanos que fo-ram lançados de pára-quedas em França com a única missão de matar Nazis. Esqueçam tudo o que foi aprovado na convenção de Genebra, estes soldados de origem judia vão fazer aos na-zis muito pior do que eles fizeram ao seu povo, e dar o mote para um filme violento e cru.

As representações principais são geniais, e muito poderia falar de Brad Pitt (Sete Anos no Tibete / Tróia) como o Lt. Aldo Raine e do seu perfeito italiano, no entanto, é Christoph Waltz que fica com o estrelato. Um actor exce-lente numa representação que merece todos os prémios a que possa concorrer. Um oficial nazi que ninguém compreende, um homem que dá calafrios a qualquer espectador. Sublime. Também digna de menção é Mélanie Laurent, a “Uma Thurman” de Basterds, num papel de uma judia que é dona de um cinema, uma per-sonagem de aparente fraqueza mas com uma grande força interior. Há também que chamar a atenção para a música, ou não fosse este um filme de Quentin Tarantino, um génio no que toca a escolher músicas para os seus filmes. Não há palavras que façam jus à grandeza deste filme. Tarantino, estás perdoado pelo De-ath Proof! 10/10

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Foi na passada sexta-feira, 30 de Ou-tubro, que teve lugar o “Encontro Inter-geracional”, no recinto da Recepção ao Caloiro de Leria, o qual contou com a pre-sença de cerca de 150 idosos, vindos dos vários Centros de Dia da região de Leiria. Os estudantes do IPL efectuaram no local a realizar diversas actividades de anima-ção em conjunto com os seniores, dando-lhes a conhecer um local normalmente

frequentado somente por estudantes. Com esta actividade, a Federação Aca-démica de Leiria (FAL) quis “aproximar a cidade aos estudantes e dar a conhecer um espaço que é deles, e que foi constru-ído por eles”, referiu Margarida Coelho, Directora do Departamento Jurídico da FAL. “Os estudantes também podem dar muito de si à cidade e, não apenas a cidade aos estudantes”, assim como, “desmistifi-

car o que é a Recepção ao Caloiro, evento que algumas pessoas não vêm com bons olhos”, acrescentou. Este encontro contou também com a presença de estudantes trajados que fa-laram da importância de vestir um traje académico e do respeito que se deve ter para com ele. A iniciativa terminou com um lanche oferecido a todos os idosos presentes.

Federação académica de Leiriaorganiza ”encontro intergeracional”

08 JORNAL DE LEIRIA 12.11.2009

A Fechar

ânGeLa Da Mata

iPL no 7.º campeonato europeuuniversitário de Futebol

teXto: MarceLo brites

Wroclaw (Polónia) foi palco, durante este Verão, do 7º Campeonato Europeu Universi-tário de Futebol, o qual reuniu as 14 melho-res equipas em campo. Depois do sucesso das Universíadas, o Ins-tituto Politécnico de Leiria (IPL) marcou a sua terceira presença num europeu de futebol, passando a ser a equipa portuguesa com mais presenças na prova (2003, 2007 e 2009). As ambições do IPL para este europeu eram altas. Melhorar o 8.º lugar parecia um objecti-vo algo elevado, porém, havia a esperança de se poder colocar nos primeiros lugares. O primeiro sinal de dificuldade surgiu com o sorteio, tendo ficado num grupo com equipas muito promissoras: Turquia (uma candidata à final, que ficou pelo caminho), Azerbeijão (uma surpresa) e Espanha (defen-sivamente eficazes e muito consistentes). A representação portuguesa acabou por se co-locar no 13.º lugar, imediatamente antes do Chipre, que ocupou o ultimo lugar, falhan-do-se assim algumas das expectativas. No jogo de despedida, de atribuição dos 13.º e 14.º lugares, houve golos e muita luta.

Apito final e vitória do IPL, perante a Uni-versidade do Chipre, por 4-3, com golos de Joel Domingues(8’), Ruben Sousa(10’, 28’) e de Ricardo Rodrigues(26’). A vitória do campeonato coube à equipa vinda da Ucrânia representada pela Terno-pil Pedagogical University, disputando a final com uma equipa do mesmo país. Em entrevista, Miguel Jerónimo, Adminis-trador dos Serviços de Acção Social do IPL, faz um balanço positivo da campanha, e não deixou descartada a possibilidade do IPL vir a organizar uma futura edição deste campeo-nato, candidatando-se aos Europeus Univer-sitários em 2012. Este foi um campeonato recheado de boas equipas Universitárias, sendo de des-tacar o companheirismo e animação pro-porcionados, dentro e fora de campo, pela equipa do IPL. No âmbito do desporto, Miguel Jerónimo anunciou que este ano se prevê arrancar com a modalidade de hóquei em patins, bem como reactivar algumas das modalidades que fo-ram suspensas no último ano lectivo.

DR

internetes

útil Este é o local certo para qualquer estudante. Aqui encontram-se todas as in-formações acerca de licen-ciaturas, pós-graduações e mestrados. O acesso aos exames nacionais do Ensino Secundário é também outra área interessante do site.

http://aeiou.guiadoestudante.pt

agradável Conhecido como “gé-nio da Internet”, o Akinator é um site muito divertido, onde o objectivo é pensar numa personagem e depois responder às perguntas que nos são colocadas. Por in-crível que pareça, o génio adivinha quase sempre em quem pensamos.

http://pt.akinator.com

Últimas

ciclos de cinema e Debate Entre 4 de Novem-bro e 2 de Dezembro, o grupo PAR, da ESAD.CR, Campus 3, em Caldas da Rainha, exibe cinco filmes, debatendo as suas matérias. A próxima sessão tem data de 4 de Novembro, com a exibição de “Fanny & Alexander”(1982), de Ingmar Bergman. O debate será conduzido pela Prof. Margarida Tavares.

sorrisos pela inclusão O Centro de Recur-sos para a Inclusão Digital (CRID) propõe “1000 brinquedos por 1000 sorrisos”, uma campanha que procura recolher brinquedos movidos a pilhas, de forma a poderem ser adaptados e transformados num “brinquedo especial”. Destinados a crianças portadoras de defici-ência, os brinquedos deverão ser entregues na ESECS (Campus 1 do IPL), no espaço do CRID.

iii congresso interna-cional de turismo A Escola Superior de Turismo e Tecno-logia do Mar (ESTM/IPL), em Peniche, acolhe o III Congres-so Internacional de Turismo de Leiria e Oeste, nos dias 25 e 26 de Novembro de 2009, sob o tema “A Imagem e a Sustenta-bilidade dos Destinos Turísticos”. Pretende debater experiências nacionais e interna-cionais ligadas às po-líticas de valorização turística dos territó-rios, a sua competiti-vidade, sustentabili-dade e promoção.

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