AJITER(EM)REVISTA - 2ª Edição (2012)

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Segunda edição da AJITER(EM)REVISTA, revista institucional da AJITER - Associação Juvenil da Ilha Terceira, publicação com periodicidade anual. A presente edição é referente a 2012.

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ficha técnicaDIRETORA E EDITORA

Ana Isa Cabral

REDAÇÃOAJITER – Departamento de Comunicação e Design

FOTOGRAFIAAJITER

António Araújo * Diário InsularCarlos CarmoPatrícia Rocha

Rodrigo Bento * www.azoresmotorshow.com

PAGINAÇÃO E DESIGNRuben Borges - Design.R

IMPRESSÃOSociedade Terceirense de Publicidade Lda. - Jornal Diário

Insular

TIRAGEM 1000 exemplaresISSN (Edição Impressa) 2182-0201 ISSN (Edição Eletrónica) 2182-021X

DEPÓSITO LEGAL 321743/11/DISTRIBUIÇÃO GRATUITAERC Nos termos da alínea a) do nº1 do artigo 12º do Dec.

Regulamentar nº8/99, de 9 de junho. Esta edição está excluída de Registo.

REVISTA ANUAL AJITER em Revista nº2/ fevereiro 2012

PROPRIEDADEAJITER – Associação Juvenil da Ilha Terceira

Instituição de Utilidade PúblicaPico Redondo, 29, São Bento9700- 211 Angra do Heroísmo

PRESIDENTE Décio Santos

índiceFestival de Sopas

Pág. 4

Seminários “Educação para a Saúde”Pág. 5

Semana da IgualdadePág. 5

Campo de FériasPág. 6

VII Futsal AJITERPág. 7

Fotografar o “VII Futsal AJITER”Pág. 7

Academia da JuventudePág. 8 e 9

Prémio “Ajita-te”Pág. 10

Opinião Ana Rita Seirôco

Pág. 13

Conferência “Açores, Voluntariado Energia para o Futuro”Pág. 14

Opinião Hugo MeloPág. 14

Instituição apoiada por:

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Associativismopor:Ana Isa Cabral

Passado mais um ano de atividades, estamos de volta com a segunda edição da “AJITER em Revista”, prontos para apresentar as iniciati-vas que têm vindo a aproximar cada vez mais jovens e das quais temos recolhido bons frutos.Da AJITER sempre foi objetivo pro-mover um reforço do associativismo entre jovens de modo a integrá-los na comunidade em que se encon-tram inseridos e a melhor forma de aplicar esse método é começando pelas camadas mais juvenis. Daí, considerámos que a terceira edição do Campo de Férias merecia espe-cial destaque na nossa revista, dada a participação de muitos jovens que, alguns de certa forma, se encontram em situações de risco, mas que ob-tiveram resultados muito positivos no nosso projeto de intervenção in-dividual e coletiva.Começando por aí, já podemos faz-er uma boa avaliação de 2011, sem esquecer as outras atividades da associação que tem vindo a revelar-se cada vez mais apelativas e com resultados mais evidentes no pro-gresso pessoal dos jovens da nossa sociedade.Hábitos de Alimentação Saudável através do Festival de Sopas e das ações desenvolvidas com crianças e idosos inseridas nesse mesmo projeto, assim como os Seminários de Educação para a Saúde, que também tiveram a sua quota-parte de interesse nessa vertente.

No desporto, a corrida da Igualdade sensibilizou, como sempre, para um estilo de vida saudável e promoveu a importância da igualdade nas suas diversas vertentes. O já conhecido e sempre bem sucedido Torneio de Futsal - que pela primeira vez con-tou com o limite máximo de equipas femininas - foi o sucesso habitual, assim como a novidade do concurso “Fotografar o VII Futsal AJITER”.A Academia da Juventude juntou várias atividades de âmbitos total-mente distintos e de utilidade, dest-acando-se aqui a criação do Prémio “Ajita-te”, um incentivo aos jovens a

terem iniciativas próprias e de caráter fulminante para o progresso da nossa sociedade.Posto isto, resta-nos apresentar, através da “AJITER em Revista”, as nossas atividades e garantir empen-ho na continuidade do bom trabalho que, até agora, tem vindo a ser de-senvolvido e que tem contribuído, como pretendido, para a integração da camada jovem na sociedade atual.

EDITORIALwww.ajiter.pt03facebook.com/ajiter.ptflickr.com/ajiter

Quem sabe destas coisas diz que o mais difícil no lançamento de um novo projeto editorial (como uma revista, por exemplo) não é tanto a execução do primeiro número, mas sim a dos seguintes. Ora diga-se, de passagem, que nós bem podemos corroborar a veracidade de tal afirmação!Perante o sucesso da nossa primeira edição eram grandes os desafios colocados à conceção da se-gunda. Dizemos grandes porque - como saberá quem nos conhece - o inconformismo e a vontade de fazer mais e melhor é um adjetivo que bem nos caracteriza. Assim tínhamos de aceitar o desafio de fazer evoluir o modelo inicialmente criado. Só assim este projeto faz sentido. Por outro lado, a evolução deste modelo só faria sentido se fosse para melhor como aliás, de resto devem por definição ser todas as evoluções.Agarrando esse desafio “pelos cornos” – à boa ma-neira terceirense e perdoem-nos o abuso da lin-guagem – quisemos que a nossa revista falasse mais. E como uma imagem vale mais do que mil pa-lavras, privilegiamos a utilização de imagens em det-rimento de textos mais longos, no que à exposição das nossas atividades respeita.Para além disso, era importante olharmos para os jovens ao nosso redor. Assim entrevistamos o André Leonardo – vencedor da primeira edição do prémio “AJITA-TE” – e lançamos um convite através das re-des sociais para colaborações de jovens açorianos. O Hugo Melo foi um dos que aceitou o desafio. Im-portante, também, é a opinião de quem nos vê de fora e aí pedimos a colaboração da Ana Seirôco. Adicionado a tudo isto, 12 páginas já parecia pouco e então decidimos aumentar esta edição para 16.Finalmente, a última palavra é de agradecimento aos nossos parceiros privados neste projeto. Em ano de intensa crise conseguimos duplicar o valor dos apoi-os angariados. É para nós sinal de confiança e de satisfação com o nosso trabalho. E…Cá estaremos para lhes ajudar a ter o devido re-torno.O balanço final é de que cumprimos o objetivo traça-do. O que acham?

por:Décio Santos

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VIII FESTIVAL DE SOPAS www.ajiter.pt 04

Mais do que um Festival, uma mistura de culturas

O primeiro Festival de Sopas, Culturas e Alimentação Saudável da responsabilidade da AJITER superou as nossas expectativas, não só por terem estado a concurso 33 diferentes sopas, quer de profissionais da restauração como de particulares, como também pelo elevado número de pessoas que responderam à chamada para participar no evento, sobretudo, se tivermos em conta que este evento corria o risco de não se realizar.Tendo sido o festival desta natureza mais bem sucedido de sempre, a satisfação da associação não poderia ser maior, pois o certame, que decorreu no Edifício Cultural de São Bento nos dias 25 e 26 de abril de 2011, apresentou inovações que parecem ter agradado a todos, nomeadamente, a participação de imigrantes e a promoção de hábitos de alimentação saudável, com um prémio destinado à sopa mais saudável.Para além disso, a AJITER e o Centro Social de São Bento acrescentaram mais um dia ao evento de forma a realizar workshops sobre alimentação saudável junto de crianças e idosos.

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“SAÚDE@JUVENTUDE”

Prevenir comportamentos de risco

O projeto “Seminários de Educação para a Saúde 2011 - Saúde@Juven-tude” decorreu entre os meses de março e maio de 2011 e terminou com uma ótima aceitação e participação por parte dos jovens terceirenses, bem como por parte dos pais – novidade nesta edição - destes jovens.Estes seminários tinham como finalidade educar para a saúde através de sessões formativas e informativas, prevenindo comportamentos de risco, promovendo hábitos e estilos de vida saudável e estimular a integração dos jovens na sociedade através da promoção de acesso à informação.Foram realizadas cerca de 15 sessões, em várias freguesias da ilha desti-nadas a jovens e a pais desses mesmos, constituídas por 3 temáticas, no-meadamente, o tema da Nutrição/Alimentação, Prevenção das Depend-ências e Saúde Sexual e Reprodutiva.

CORRIDA DA IGUALDADEEstilo de vida saudável

A Corrida da Igualdade realizou-se a 19 de novembro e foi a terceira etapa do Campeonato de Estrada da Ilha Terceira. Contando com a participação de 77 atletas, a iniciativa da AJITER em parceria com a Associação da Atletismo da Ilha Terceira foi disputada no percurso Alto das Covas/São Ben-to com o intuito de promover a prática desportiva enquanto componente essencial de um estilo de vida saudável e sensi-bilizar a sociedade civil açoriana para a importância da promoção da igualdade, nas suas diversas vertentes.

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III CAMPO DE FÉRIAS

“Açores-Europa”

A terceira edição do Campo de Férias “Açores-Europa” contou com a participação de 23 jovens, com idades compreendidas entre os 12 e os 15 anos de idade, os quais tiveram a oportunidade de participar em atividades de índole diversa, destacando-se as atividades relacionadas com a temática europeia, a sen-sibilização para a valorização e preservação do meio ambiente ou a cidadania e valori-zação das tradições e cultura terceirenses.Os principais objetivos desta atividade pas-savam pela ocupação de tempos livres dos jovens em férias bem como a integração so-cial, prevenção de comportamentos de risco e promoção de hábitos e estilos de vida sau-dável, sendo também uma oportunidade da AJITER trabalhar diretamente com jovens de faixas etárias mais reduzidas bem como esta-belecer uma ligação de proximidade com es-ses jovens.

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VII FUTSAL AJITERO sucesso de sempre...

À semelhança de todas as edições anteriores, a sétima edição do torneio de futsal da AJITER foi mais um sucesso, na medida em que se atingiram os objetivos propostos que, acima de tudo, passavam pelo estímulo à prática desportiva e à promoção de hábitos e estilos de vida saudável. Ao todo, foram dez as equipas que decidiram participar neste torneio, seis delas da componente masculina e quatro da componente feminina, tendo sido a primeira vez na história deste torneio que se conseguiu completar as vagas destinadas às equipas femininas. Para organização esta será uma atividade a manter, tanto quanto possível, possível dada a adesão e interesse que regista todos os anos.

“Fotografar o VII Futsal AJITER”

O concurso fotográfico “Fotografar o VII Futsal AJITER” esteve inserido edição de 2011 do torneio de futsal da responsa-bilidade da AJITER e foi uma iniciativa pioneira na história deste torneio, que surgiu como forma de po-tenciar o evento, atingir novos públicos e novas utilidades.Patrícia Rocha foi a vencedora deste desa-fio, com a fotografia que melhor ilustrou o torneio e o seu espírito, tendo sido premiada com uma viagem a Lisboa.

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A C A D E M I A D A J U V E N T U D EAtividades para todos os gostos!

A Academia da Juventude 2011 decorreu de 21 a 27 de outubro e foi a edição onde se notou maior procura em relação às várias atividades do programa. O lema foi a “Juventude Positiva”.Foram atividades integradas na edição de 2011 passeios de barco, paintball, batismos de mer-gulho, golfe, passeios pedestres, vários workshops e formações, donde se realçaram o Work-shop de “Segurança Rodoviária, Condução Defensiva e Eco-Condução”, a formação sobre “O Novo Acordo Ortográfico” e a “Formação em Técnicas de Empregabilidade”, visto que foram novidades que registaram imensa recetividade.A Academia da Juventude terminou com uma visita de estudo à Base Aérea Nº4 que se revelou igualmente um verdadeiro sucesso.

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Globalmix, Lda.Redes de Gás, Climatizações e Publicidade.

Cruz do Marco, n.º 76Santa Cruz9760-561 Praia da Vitória

[email protected]/Fax: 295 516 788

www.globalmix.pt

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PRÉMIO AJITA-TEPrémio “AJITA-TE” para André Leonardo

André Leonardo nasceu em Angra do Heroísmo onde esteve até aos 18 anos de idade. Jogou basquetebol durante muito tempo, formou-se em gestão de empresas no ISCTE Business School, é um grande interessado em empreendedorismo e não consegue passar muito tempo sem ter uma nova ideia e fazer algo de novo.

Foi o vencedor da primeira edição do Prémio “AJITA-TE” pela or-ganização da “Conferência Internacional de Empreendedorismo – Açores 2011”. Que significado teve este prémio para si? Embora vencer um prémio como este não tenha sido a razão pela qual decidi avançar para este projeto, sinto-me naturalmente satis-feito por ter recebido este prémio, especialmente porque foi o meu primeiro grande projeto e porque era também a primeira edição do prémio. Queria também, mais uma vez, agradecer a todos os pa-trocinadores, entidades parceiras e envolvidos no projeto pois sem eles teria sido impossível concretizar este evento.

Considera importante haver este tipo de iniciativas por parte dos jovens? Porquê? Sem dúvida, embora não se trate especialmente deste tipo de ini-ciativas (eventos/congressos). Trata-se de que os jovens têm de se “mexer” pois o tempo de ficar parado à espera que alguém resolva o problema, que nos arranje emprego, que nos dê uma ajudinha já acabou… Ninguém dá nada a ninguém hoje em dia e tudo o que

queremos conquistar exige muito esforço e dedicação. Portanto façam qualquer coisa se querem realmente algo da vida. Entrem em associações que vão de encontro às vossas crenças, entrem em clubes desportivos, criem as vossas empresas, vão trabalhar/estudar com empenho para atingirem os vossos objetivos! Ajudem! Lutem por um mundo melhor! Agora comecem de uma vez por to-das a colocar a questão no “eu” e não no “eles”, mexam-se de uma vez por todas, lutem e façam realmente acontecer porque “a única coisa que cai do céu é a chuva”.

Que reflexo resultou da “Conferência Internacional de Empreende-dorismo – Açores 2011”, realizada no Centro Cultural e de Congres-sos de Angra do Heroísmo a 9 de abril de 2011? O objetivo deste evento passava sobretudo por alertar os partici-pantes para esta temática, especialmente pelo período económico-social que estamos a passar, e também por alargar os horizontes dos presentes. Tenho plena consciência que estes foram objectivos atingidos, sendo que o feedback que recebi foi precisamente neste sentido - as pessoas saíram de lá com uma maior consciência do que é o empreendedorismo, qual a sua importância e de que lu-tando pelo que se acredita, os resultados aparecem.

Que conselho gostaria de deixar aos nossos jovens? Aos jovens, onde me incluo, quero apenas dizer para sonharem muito, para traduzirem esse sonho em realidade, porque é possível, para agarrarem todas as oportunidades com unhas e dentes, para não se deixarem ir abaixo nas primeiras adversidades, para terem coragem, para lutarem pelo que acreditam e para serem felizes! Por favor vivam a vida com emoção e aproveitem todos os dias como se fossem o último! E é hoje…não amanhã!

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OPINIÃO

É maravilhoso chegar da azáfama do continente e passar uma semana de férias ou em trabalho na ilha Terceira. Há paz, tranqu-ilidade, paisagens e recantos de sonho, gastronomia de elevada qualidade, seres humanos de sorriso no rosto. Um património natural, cultural e social sem igual. Há tempo para parar, pensar, olhar para Portugal e refletir sobre o papel dos Açores e o seu contributo para a nossa afirmação enquanto nação Europeia.Depois de aprofundar alguns temas ligados ao empreendedoris-mo e de apresentar uma sessão sobre técnicas de empregabi-lidade a jovens da ilha Terceira, percebi o quanto era urgente fazer com que os jovens açorianos acreditassem no seu potencial humano, na riqueza dos recursos de que dispõem, que apostas-sem na sua formação técnica e profissional e, acima de tudo, que sentissem que para lá da sua insularidade há um mar de oportu-nidades e desafios à espera que eles arrisquem, inovem, sonhem e desenvolvam novas ideias e produtos únicos no mundo. É extremamente positivo saber que o governo dos Açores, ciente da necessidade de uma cultura empreendedora que fomente a cidadania ativa e um papel efetivamente determinante dos jovens no futuro das suas comunidades, criou nas escolas da região o programa “Educação Empreendedora: O Caminho do Sucesso!”.

Se esta semente for bem lançada, acredito que em breve as novas gerações de jovens açorianos poderão aperceber-se do quanto o mar e a peculiaridade dos recursos dele provenientes incute nos Açores um papel determinante em muitas áreas, como a da preservação dos ecossistemas, dos recursos, dos estudos e moderação do clima, do fornecimento de proteína, dos trans-portes e infraestruturas, das energias renováveis, do emprego científico e qualificado, do divertimento e de outras atividades económicas, sociais e culturais.Sendo os Açores uma das regiões mais jovens da União Euro-peia é fundamental o trabalho de associações, como a AJITER, que diariamente se decidam a formar, educar, e divertir, apostan-do em novas formas de entreajuda, mobilidade e parcerias que encorajam e reforcem a participação destes jovens na sociedade.É essencial que os jovens açorianos acreditem na sua própria economia local, que identifiquem oportunidades de negócio e de investimento, fixando-se no arquipélago, criando redes de parce-rias férteis assentes na inovação e na exploração criativa de to-dos recursos de que dispõem, fazendo da insularidade um ponto sinérgico e estratégico capaz de promover a sua identidade além fronteiras.

Ana Rita Seirôco nasceu em Lisboa em 1980 e é Licenciada em Gestão de Recursos Hu-manos pela Faculdade de Ciências da Economia e da Empresa da Universidade Lusíada de Lisboa. Atualmente é Gestora de Projectos na Raise It Now e participa na organização de diversos eventos ligados ao empreendedorismo e à economia social.

Açores - Um Mar de Desafios

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Hugo Rodrigo Gomes de Melo nasceu a 23 de março de 1989 e é natural de Angra do Heroísmo, freguesia de São Bento. Está a frequentar o último ano da Licenciatura em Contabilidade no Instituto Superior de Contabilidade e Administração da Universidade de Aveiro.

OPINIÃO

Desmistificando a crise. Pensemos no Estado como uma família de quatro pessoas, o casal e dois filhos. Todos os anos, devido à facilidade em obter crédito, este casal vai de férias sem os filhos, sendo esta uma prática habitual, mesmo sem os empréstimos serem totalmente amortizados de uns anos para os outros. Ora, ir de férias é um investimento sem volta e que neste caso especí-fico, nem beneficiava todos os elementos da família. Como con-sequência, o endividamento deles aumentou a sua capacidade para obter empréstimos tornou-se praticamente nula.Foi exatamente o que ocorreu em Portugal, ao longo destas últi-mas décadas, contraíram-se empréstimos direcionados para in-vestimentos que nem favoreceram a maioria da população, nem trouxeram benefícios suficientes para, pelo menos, se pagarem. O acumular de endividamento levou-nos a esta situação frágil, onde perdemos o acesso ao crédito perante os nossos principais financiadores. Atenção: o endividamento não tem que ser neces-

sariamente mau, desde que o investimento feito com esse capital traga retorno, o endividamento pode ser saudável.Derivado desses factos, tem-se tornado cada vez mais difícil para a geração jovem o acesso ao mercado de trabalho, reali-dade que apesar de se acentuar em Portugal Continental, tam-bém tem vindo a crescer nas Regiões Autónomas, particular-mente nos Açores.De modo a ultrapassar esses obstáculos, temos que nos tornar mais empreendedores, ser criativos e mudar a forma como nos apresentamos ao mercado de trabalho. Já ninguém lê curriculum com dezenas de páginas. É necessário que nos apresentemos às empresas de forma diferente, e que lhes mostremos como é que podemos acrescentar valor à sua organização.Em suma, estamos num período onde temos que procurar gatos pretos dentro de quartos escuros, onde não existem gatos pretos, mas onde efetivamente conseguimos encontrar gatos pretos.

VOLUNTARIADO“Açores, Voluntariado, Energia para o Futuro”

A conferência “Açores, Voluntariado, Energia para o Futuro” realizou-se na Academia da Juventude e das Artes da ilha Terceira no dia oito de outubro, tendo sido desenvolvida para respond-er ao desafio que esteve na génese do Ano Europeu do Voluntariado 2011.O encontro teve como principal obje-tivo impulsionar ações voluntárias nas várias ilhas dos Açores e pretendia cri-ar bases para um impulso sustentável e duradouro da prática do voluntariado no arquipélago. A conferência juntou dirigentes e rep-resentantes de instituições sem fins lucrativos, promotoras de projetos de voluntariado e integradoras de vol-untários. As conclusões estão dis-poníveis no site da AJITER.

Gatos pretos!

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VOLUNTARIADO

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