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AJES- FACULDADES DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E DE ADMINISTRAÇÃO DO VALE DO JURUENA Curso: FINANÇAS, AUDITORIA E CONTROLADORIA CONTROLADORIA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DA PREFEITURA MUNICIPAL DE COTRIGUAÇU WALQUIRIA SOUZA DOMINGOS PEREIRA ORIENTAÇÃO: MS. CYNTHIA CÂNDIDA CORRÊA JUÍNA-MT 2012

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AJES- FACULDADES DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E DE ADMINISTRAÇÃO DO

VALE DO JURUENA

Curso: FINANÇAS, AUDITORIA E CONTROLADORIA

CONTROLADORIA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DA PREFEITURA

MUNICIPAL DE COTRIGUAÇU

WALQUIRIA SOUZA DOMINGOS PEREIRA

ORIENTAÇÃO: MS. CYNTHIA CÂNDIDA CORRÊA

JUÍNA-MT

2012

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AJES- FACULDADES DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E DE ADMINISTRAÇÃO DO

VALE DO JURUENA

CONTROLADORIA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DA PREFEITURA

MUNICIPAL DE COTRIGUAÇU

WALQUIRIA SOUZA DOMINGOS PEREIRA

ORIENTAÇÃO: MS. CYNTHIA CÂNDIDA CORRÊA

“Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Especialista em Finanças, Auditoria e Controladoria.”

JUÍNA/MT 2012

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RESUMO

Este trabalho demonstra a implantação de uma Unidade de Controle Interno

na Prefeitura Municipal de Cotriguaçu, um sistema de controle interno, bem

sucedido e aplicado com eficiência oferece segurança para que erros possam ser

evitados, ou prontamente descobertos no curso normal das operações rotineiras, de

forma a serem corrigidos imediatamente. O estudo realizado através da exploração

do referencial teórico sobre: Controladoria Pública; posição da Controladoria na

estrutura organizacional; fundamentos para implementação da Controladoria; estudo

de Modelos de Controladorias Municipais em funcionamento no estado de Mato

Grosso . Será apresentado a estrutura administrativa de Cotriguaçu, modelo de

Controladoria eficaz de controle, bem como suas atribuições, a áreas apresentadas

no controle interno serão de contabilidade, financeira, planejamento e elaboração

orçamentária. A metodologia adotada refere-se aos estudos e modelos aplicados

pelo Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso através de instruções normativas

implantadas pelo plano de ação. Este tema foi escolhido pela sua obrigatoriedade

de sua implementação do Controle Interno que não será mais um órgão a fiscalizar

as ações governamentais, que acaba por emperrar a maquina administrativa. Um

controle interno bem estruturado e um aliado ao gestor municipal, evitando que os

problemas ocorram ou garantindo que os ajustes e correções seja realizados

tempestivamente, buscando evitar as falhas, o desperdício ou desvio do dinheiro

publico. Os resultados alcançados com a implantação do Sistema de Controle

Interno “será o somatório das atividades que visa assegurar que os objetivos e

metas seja pleno, obedecendo aos princípios legais em vigor”, contando com a

vantagem de oferecer alternativas de melhoria na atuação de cada setor da

Administração, visando a qualidade, transparência e, sobretudo , a prioridades,

administrativa, tornando-se assim um notável instrumento de modernização ,

buscando acompanhar as transformações sociais e o crescimento da demanda dos

serviços Públicos.

Palavras-chave: Administração pública. Controladoria pública. Controle interno.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 5

CAPITULO I ................................................................................................................ 7

REFERENCIAL TEÓRICO .......................................................................................... 7

1.1 ADMINISTRAÇÃO PUBLICA .......................................................................... 7

1.2 O SISTEMA DE CONTROLE INTERNO ............................................................... 8

1.3 RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO FRENTE AO CONTROLE INTERNO .................................................................................................................. 10

1.4 CONTROLE INTERNO X CONTABILIDADE ..................................................... 11

1.5 CONTROLADORIA PUBLICA ............................................................................. 11

1.6- POSIÇÃO DA CONTROLADORIA NA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL........17

1.7- IMPLEMENTAÇÃO DA CONTR0LADORIA........................................................17

1.8 A RELAÇÃO ENTRE O CONTROLE INTERNO E OS TRIBUNAIS DE

CONTAS.....................................................................................................................19

METODOLOGIA........................................................................................................ 16

CAPÍTULO III ............................................................................................................ 17

APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS ..................................................... 17

3.1 PREFEITURA MUNICIPAL DE COTRIGUAÇU, MATO GROSSO ..................... 17

3.2.1 Atividades desenvolvidas pelas secretarias e departamentos ......................... 18

3.2.1.1 A Secretaria Municipal de Finanças .............................................................. 18

3.2.1.3 Serviço de Contabilidade .............................................................................. 19

3.2.1.4 Serviço de Planejamento e Elaboração Orçamentária: ................................. 20

3.2.1.5 Almoxarifado ............................................................................................. 21

3.2.1.6 Patrimônio .................................................................................................... 22

3.2.1.7- Departamento de Recursos Humanos ......................................................... 22

3.2.1.7.3-Folha de Pagamento .................................................................................. 23

3.3 Avaliações das metas e funções do Controle Interno.................................. 24

3.4- PONTOS DE CONTROLES ESTABELECIDOS ................................................ 27

3.5- AREAS QUE DEVEM SER OBJETO DO CONTROLE ...................................... 28

CONCLUSÃO............................................................................................................ 31

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INTRODUÇÃO

Numa visão global, a administração publica é todo o aparelhamento do

Estado pré ordenado a realização de serviços, visando a satisfação das

necessidades coletivas. (MEIRELLES, 2004, P. 640) , o controle interno tornou-se

um notável instrumento de modernização da Administração Publica, buscando

acompanhar as transformações sociais e o crescimento da demanda dos serviços

Públicos.

Os sistemas de controle publico, definidos constitucionalmente como

Controle Interno, são responsáveis pela avaliação da Gestão dos gestores públicos

e pelas fiscalizações dos programas do governo constantes do Orçamento Fiscal

grande desafio para os administradores públicos municipais, do estado de Mato

Grosso, é a otimização e utilização dos recursos disponíveis, cada vez mais

escassos, frente às despesas públicas cada vez mais crescentes. Atualmente, a

credibilidade administrativa de muitos governantes repercute negativamente na

opinião pública. .

Na gestão pública, nos dias atuais, existem muitos relatórios financeiros,

orçamentários e contábeis que fornecem um grande número de informações, mas

em sua maioria, ainda poucos são utilizados para o processo de tomadas de

decisões.

A responsabilidade pelo gerenciamento transparente das contas públicas

também é de extrema importância para os gestores públicos, pois a sociedade deve

entender o que está sendo feito, isto é, onde estão sendo gasto os recursos públicos

e o que estão fazendo para melhorar os serviços prestados à comunidade.

Diante do exposto, surge a necessidade da Administração Pública

implementar mecanismos de sistemas de informações gerenciais com a

implantação de uma Controladoria no setor publico municipal.

O presente trabalho mostra a Implantação da Unidade de Controladoria na

Prefeitura Municipal Cotriguaçu, baseando-se nas Normativas do Tribunal de Contas

do Estado de Mato Grosso, que possuem normas para a criação dessas unidades

de Controles Internos nos municípios, levando em conta as particularidades do

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Município de Cotriguaçu, e mostrando os resultados que poderemos alcançar depois

de todo o controle implantado.

A controladoria é de grande importância, pois poderá contribuir para que os

gestores públicos busquem cumprir os programas, as metas e as ações de governo

num ambiente de controle, dentro de um cenário transparente, eficiente e legal. A

Unidade de Controladoria Municipal poderá fornecer aos administradores municipais

sistemas de controle que lhes permitam acompanhar de perto o desenvolvimento

dos serviços públicos e assegurarem a correta aplicação dos recursos e a

preservação do patrimônio público.

A justificativa e que o setor público, através da Controladoria pode contribuir

para aumentar a transparência das contas públicas, bem como para cumprir

eficazmente a obrigatoriedade de elaboração e publicação dos relatórios exigidos

pelas seguintes legislações: Lei nº. 4.320/64 (Lei de Orçamento), Lei Complementar

nº. 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), Portarias da Secretaria do Tesouro

Nacional , com foco no controle interno da gestão orçamentária e financeira. A

Controladoria Municipal deve acompanhar a execução dos registros de atos e fatos

contábeis buscando assessorar e colocar todas as informações geradas à

disposição dos gestores públicos para a tomada de decisões.

Em virtude disso podemos questionar: Quais são as áreas que apresentam

as maiores inconformidades administrativas e quais as melhorias necessárias para

se adotar no controle da Administração Publica?

O objetivo geral do presente trabalho foi apresentar a implantação e os

resultados de uma Unidade de Controladoria na Prefeitura Municipal de Cotriguaçu

– MT. Considerando a pesquisa bibliográfica, prática através de modelos de

Controladorias em funcionamento no Brasil e levando em conta as particularidades

do Município em estudo, no sentido de identificar inconformidades administrativas e

propondo as mudanças que se fizerem necessárias.

E os objetivos específicos: buscar procedimentos, identificação de

responsabilidade do controle interno através das suas instruções normativas

implantadas; através de conceitos controle interno e demonstrar a sua importância

para a fiscalização da controladoria interna municipal; elaboração dos manuais de

normas, rotinas e procedimentos a serem adotados.

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CAPITULO I

REFERENCIAL TEÓRICO

Para entendimento torna-se necessário resgatarmos o surgimento e a

contribuição do Controle Interno na historia das civilizações.

As áreas exploradas no estudo teórico não representam uma forma definitiva

de estruturação de uma Controladoria, porém, são citadas pela maioria dos

doutrinadores quando elegem as atribuições dessa Unidade. Buscando demonstrar

a realidade de aplicação da Controladoria.

1.1 ADMINISTRAÇÃO PUBLICA

Através da Constituição de 1988 que ainda permanece em vigor que o

município passou a fazer parte do ajuste federativo ficando em igualdade jurídica

com os Estados, a União e o Distrito Federal, passando então a ter sua

própria autonomia.

Por isso, os municípios passaram a assumir novas responsabilidades, e a se

desenvolver lentamente, pois com nova autonomia que lhe foi dada, ele passou a

decidir sobre todos os assuntos de interesse local, sem precisar de aprovação de

Governos Estaduais ou Federais.

Segundo Kohama:

Administração Pública é todo aparelhamento do Estado, preordenado à

realização de seus serviços, visando à satisfação das necessidades

coletivas. Administrar é gerir os serviços públicos; significa não só prestar

serviço executá-lo, como também, dirigir, governar, exercer a vontade com o

objetivo de obter um resultado útil. (KOHAMA, 2008, p. 9)

A Administração Pública é regida por diversos princípios através da

Constituição Federal e das leis criadas em sua função, mais os princípios

constitucionais que são obrigatórios cumprir na Administração seja ela direta ou

indireta são: o princípio da legalidade moralidade, impessoalidade, publicidade e

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eficiência, eles pautam todos os atos administrativos. São encontrados na

Constituição Federal – CF em seu art. 37.

• Legalidade – Assume um importante papel na Administração

Pública, pois ele da garantia e segurança jurídica. Através dela o gestor não pode

simplesmente fazer o que lhe der vontade, ele deverá estar amparado pelas leis.

• Moralidade – Emanada a ética profissional, o administrador ao

tomar decisões e fazer escolhas além de seguir o princípio da legalidade, ele deve

primeiramente consultar sua consciência e seu caráter, deixando ser orientado

pelos seus valores, ética e postura profissional.

• Impessoalidade – Visa atender o interesse público acima de todas

as circunstâncias, tornando a conduta do administrador sempre impessoal,

objetivando sempre os interesses coletivos da sociedade.

• Publicidade – Tem o objetivo de deixar todas as informações em

fácil acesso para a sociedade e os usuários da Administração, todas as decisões

devem ser publicadas no Diário Oficial da União.

• Eficiência – Esta ligado ao dever de Prestar Contas sobre uma

Administração eficiente e eficaz correspondendo a satisfação de toda a

sociedade usuária desses serviços.

1.2 O SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

O Sistema de Controle Interno de uma organização é a combinação

Políticas, procedimentos, sistemas operacionais, de informação e outros

instrumentos mantidos pela administração.

A Fundamentação básica para a existência dos controles internos nos

Municípios são os Arts. 31 e 74 da Constituição Federal.

O Art. 31, por exemplo, delega ao Sistema de Controle Interno Municipal a

missão de exercer a fiscalização dos Municípios, em conjunto com o Controle

Externo, conforme se pode observar:

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Segundo Almeida (2007) no momento em que se desenvolve um sistema de

controle interno, as organizações devem objetivar que este apresente as

características a seguir relacionadas:

a. Confiabilidade;

b. Tempestividade;

c. Salvaguarda de Ativos;

d. Otimização no Uso de Recursos;

e. Prevenção e Detecção de Roubos e Fraudes

Cada organização é única, portanto possui características próprias e

particulares, de forma e modelo que não são pré- fabricados adaptável as suas

peculiaridades particulares e necessidades.

Entretanto pode ser definida uma estrutura básica para implementação do

controle interno, observando os seguintes aspectos fundamentais:

1- Um organograma que estabeleça as relações organizacionais e entre

as áreas componentes de uma organização;

2- A elaboração de manuais de normas e procedimentos, com um sistema

de autorizações de linhas de autoridades claramente definidos, contendo também o

estabelecimento de praticas operacionais e rotinas;

3- Uma estrutura contábil adequada, incluindo técnicas orçamentárias, de

contabilidade em geral, de acompanhamento de execução fiscal, um plano de

contas adequado para a administração publica;

4- Qualificação dos colaboradores compatível com as rotinas e praticas

operacionais, cargos e atribuições a estes vinculados, e adequadamente treinados;

Segundo Attie ( 1998, p. 114):

Um sistema de controle interno, bem sucedido e

aplicado com eficiência oferece razoável segurança para que erros sejam

evitados, ou prontamente descobertos no curso normal das operações

rotineiras, de forma a serem corrigidos imediatamente.

Sendo assim, quando auditor entende que o

sistema de controle interno esta realmente funcionando, ele possuía

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comprovação que as informações fornecidas a esse sistema merecem

confiança.

O autor destaca que os controles internos uma vez implementados, fica a

responsabilidade da administração mante-los sempre atualizados, a fim de

identificar imediatamente a ocorrência de fraudes. Attie (1998, p. 127), faz menção

a este fato , quando deixa registrado:

Em geral, o sistema de controle interno deve permitir detectar todas as

irregularidades. Um bom sistema de controle interno oferece maiores

possibilidades de pronta identificação de fraudes em qualquer que seja a

sua modalidade de identificação. Entretanto, o acordo entre dois ou mais

integrantes da organização pode fazer deteriorar e cair por terra o melhor

sistema de controle interno.

A prevenção deve ser uma preocupação constante, devendo começar a partir

da contratação do quadro de funcionários adequados. Os cuidados devem abranger

as mais diversas áreas da organização, seja através da segurança física do

ambiente computacional, mantendo sempre um bom sistema de backup de arquivos,

restringindo o acesso a determinados dados.

Em geral, um bom sistema de controle interno deve permitir detectar todas as

possíveis irregularidades.

1.3 RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO FRENTE AO CONTROLE INTERNO

A administração é responsável pela implantação do sistema de controle

interno, alem de verificar a sua eficácia e eficiência através dos funcionários,

adaptando-o as novas circunstancia .

Crepaldi (2000, p.212) salienta a importância da administração na

manutenção dos controles internos informando que:

Não adianta a empresa implantar um excelente de controle interno sem que

alguém verifique periodicamente se os funcionários estão cumprindo o que

foi determinado no sistema , ou se o sistema não deveria ser adaptado as

novas circunstancia.

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O autor deixa clara a importância da administração em relação a

manutenção dos controles internos, sendo a mesma responsável pelo planejamento,

instalação e supervisão de todo o sistema adotado na empresa.

Para a entidade programar um bom sistema de controle interno, a mesma

não pode limitar-se a elaboração de manuais e procedimentos. Na realidade a alma

de um bom sistema esta relacionada a qualidade e a segurança nas informações

geradas. Dessa forma, podem- se identificar os principais motivos para sua adoção:

1- Proteger os bens e direitos da entidade;

2- Estimular a obediência as normas internas da organização;

3- Motivar os empregados a eficiência operacional;

4- Aperfeiçoar a qualidade do fluxo de informações.

1.4 CONTROLE INTERNO X CONTABILIDADE

Para que a contabilidade possa refletir de forma adequada as transações da

organização, deverão ter os documentos comprobatórios fornecidos por demais

áreas da empresa. Sendo que esta também deve possuir respaldo de que as

informações ali apresentadas sejam confiáveis, e principalmente controláveis. A

contabilidade pode atuar como órgão fiscalizador, verificando se os controles

internos estão sendo executados. E também pode sugerir suplementação dos

controles existentes.

A contabilidade deve sempre realizar conciliações, com o objetivo de

prevenir que sejam contabilizados dados incorretos existentes. Dessa forma, nas

demonstrações contábeis, serão espelhadas informações adequadas que auxiliam

os gestores nas tomadas de decisões.

1.5 CONTROLADORIA PUBLICA

Para a criação da Controladoria na Administração Pública é de extrema

importância a busca de eficiência e eficácia na gestão de recursos públicos. Para

tanto, é fundamental identificar a posição da Controladoria na estrutura

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organizacional e a descrição de aspectos relacionados a implementação da

Controladoria, os quais serão abordados na sequencia.

1.6 POSIÇÃO DA CONTROLADORIA NA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Uma questão recorrente é onde a Controladoria deverá estar situada na

estrutura organizacional da entidade, ou seja, se é um Órgão de Linha ou de Staff..

De acordo com Tung (apud CALIJURI, 2004, p. 41), quanto à organização padrão da

Controladoria “não há diferença entre a organização da Controladoria e a dos

demais departamentos da administração publica”, mas cita que “o controller é, antes

de tudo, um executivo de staff cuja função principal é obter e interpretar os dados

que possam ser úteis aos executivos na formulação de uma nova política municipal

e, especialmente, na execução desta política”.

Mas a autora contrapõe citando Catelli (2004, p. 41), “o controller é um

gestor que ocupa um cargo na estrutura de linha porque toma decisões quanto à

aceitação de planos, sob o ponto de vista da gestão econômica”. Autoridade de linha

é a autoridade exercida sobre os subordinados de cima para baixo. Autoridade de

staff é a autoridade para aconselhar, mas não para comandar. “A Controladoria,

implantada com independência funcional, sem nenhuma subordinação hierárquica,

traz inúmeros benefícios ao relacionamento entre o Poder Legislativo, o Poder

Executivo e o Tribunal de Contas.” (SÁ, 2001, p.2).

1.7. IMPLEMENTAÇÃO DA CONTR0LADORIA

A Controladoria para ser implantada no âmbito da Administração Pública

deve ser normatizada através de lei para estabelecer a estrutura organizacional.

Conforme Nakagawa (apud FLORES 2007, p. 8), a implementação da Controladoria

deve começar pelo diagnóstico da organização. De acordo com Flores (2006, p. 25),

devem-se considerar como relevantes os seguintes itens para efeito da

implementação da Controladoria: revisão ou elaboração da estrutura organizacional,

identificação das competências das unidades organizacionais, fluxo dos processos e

os controles internos.

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A estrutura organizacional projeta e organiza os relacionamentos dos níveis

hierárquicos e o fluxo das informações essenciais de uma organização. O

organograma é a forma mais comum de representar a organização e a revisão ou

elaboração da estrutura organizacional tem como objetivo organizar as

competências das unidades administrativas. Flores, explica a revisão ou elaboração

da estrutura organizacional:

A estrutura organizacional é a evidenciação de como órgão ou entidade se

organiza formalmente, fruto de sua departamentalização. Importa à Controladoria o

conhecimento da estrutura organizacional bem como as competências das unidades

administrativas que a compõem para a organização dos controles. (2006, p. 26).

A identificação das competências das unidades organizacionais, de acordo

com Flores (2006, p. 27), é determinante para a Controladoria conhecer o sistema

de informações da organização governamental como forma de suprir o gestor para a

decisão. É necessário a Controladoria conhecer a organização “em movimento” com

os seguintes propósitos: conhecer o processo decisório, elaborar normas de

conduta, estabelecer estrutura de comunicação, criar subsistemas de informação

que incluam registros e relatórios.

“Só é possível a tomada de decisões corretas através da obtenção de

informações corretas. A Controladoria entra no processo decisório apresentando ao

gestor uma simulação de situações que lhe permita estimar o melhor resultado.”

(FLORES, 2006, p. 27).

Assim, conforme Flores (2006, p. 29), a identificação de todos os processos

e das responsabilidades de cada unidade administrativa é de extrema importância

para o conhecimento sobre o sistema de informações do órgão/entidade, pois

permite à Unidade de Controladoria identificar as inconformidades como também

propor revisões.

De acordo com Flores (2006, p. 30-32), a função da Controladoria, é

Identificar e ordenar segundo a gravidade, urgência e tendência, aqueles problemas

que, se resolvidos, poderão trazer em si a solução para outros. Uma das formas de

levantar os problemas das unidades administrativas é através de check-lists de

controle. Essa técnica individualiza os setores e arrola os controles mínimos

considerados necessários para o Funcionamento com eficiência dos sistemas.

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Quanto ao papel do Controlador ele é antes de tudo o responsável pela execução

dos controles. Este coleta e analisa os dados para oferecer alternativas aos gestores

públicos para a tomada de decisões.

Conforme Flores (2006, p. 19), a administração pública ser eficiente e eficaz

é preciso enfrentar o desafio de gerir (organizar, controlar, dirigir e planejar) o seu

sistema de controle. É necessário que os gestores públicos comparem seus

resultados através de mecanismos gerenciais, afim de que possam ser melhorados.

1.8 A RELAÇÃO ENTRE O CONTROLE INTERNO E OS TRIBUNAIS DE

CONTAS

No regime constitucional que vigorou anteriormente à Carta de 1967, todos

os atos relativos à execução de despesas necessitavam de registro prévio junto ao

Tribunal de Contas. Todavia, em face do grande volume de documentos, esse

controle era um ato meramente simbólico, em que, na maioria das vezes, a Corte

de Contas chancelava as despesas encaminhadas para registro. Então, com o

crescimento das atividades estatais, essa espécie de controle restou inviabilizada.

Foi a Constituição de 1967 que incluiu entre as atribuições do sistema de

controle interno a de criar condições indispensáveis para a eficácia do controle

externo e para assegurar regularidade à realização da receita e da despesa (art.

72, inciso I), implicando na necessidade de se estabelecer integração entre os

controles interno e externo.

Além de manter a dualidade de controles – Controle Interno e Controle

Externo –, operando de forma integrada, a Constituição Federal de 1988 novo

ao estabelecer a vinculação entre os sistemas. O parágrafo 1º do art.74 disciplina

que os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de

qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da

União, sob pena de responsabilidade solidária.

Cumpre destacar que, no caso da administração fiscalizada integrar as

esferas estadual ou municipal, essa cientificarão deve ser efetivada ao Tribunal de

Contas Estadual ou Municipal, por força do contido no artigo 75 da Carta

Constitucional de 1988.

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Contudo, é necessário que os responsáveis pelo sistema de controle interno

estejam adequadamente protegidos de constrangimentos e pressões hierárquicas

no cumprimento de sua obrigação constitucional de cientificar o Tribunal de

Contas, caso tomem conhecimento da ocorrência de irregularidades junto à

Administração controlada.

A relação existente entre o controle interno e os Tribunais de Contas deve

ser pautada pela ética, respeito e mútua colaboração, tendo em vista que ambos

exercem as suas atribuições de forma autônoma, mas com o objetivo comum de

zelar pela gestão eficiente dos recursos públicos.

Entretanto, especialmente na esfera municipal, a atuação integrada dos

sistemas, conforme preconizado na Carta Constitucional vigente, ainda não ocorre

na forma e na intensidade necessárias, em razão de que o Poder Executivo não

concede ao controle interno os meios e as condições indispensáveis para a sua

implementação.

Ressalte-se que para o pleno exercício de suas atribuições, as Cortes de

Contas necessitam da adequada atuação do sistema de controle interno, que

situado no seio da Administração, atuando em seu cotidiano, pode deve

acompanhar e analisar a gestão dos recursos públicos, e fornecer ao Controle

Externo os dados e informações necessárias para apurar e julgar

responsabilidades.

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METODOLOGIA

Entende-se que a Metodologia são os procedimentos seguidos para a

consecução do trabalho proposto. Ela tem caráter instrumental, pois se dedica a

orientá-lo em sua definição e ajudar a ampliar seus procedimentos de estudo e

desenvolver a pesquisa desejada.

A presente pesquisa apresentada é, quanto aos fins, de forma descritiva e

explicativa, e quanto aos meios utilizados, de forma bibliográfica e documental.

Quantos aos fins, as pesquisas descritivas e explicativas agem de forma

complementar. E quanto aos meios, os estudos são realizados de forma

bibliográfica, que busca conhecimento e a exposição de forma explicativa sobre o

tema, podendo assim se obter uma leitura clara e um bom entendimento sobre o

fenômeno que fora analisado. Para a sua realização, foram utilizados livros,

dissertações, textos acadêmicos, consultas em leis, constituições, manuais, e de

forma documental, os principais objetos de pesquisa, para verificar principalmente

suas estruturas organizacionais e suas funções.

Sua diferença se da através das fontes, pois enquanto a pesquisa

bibliográfica se baseia totalmente em assuntos descritos pelos autores, a pesquisa

documental estuda a realidade presente da instituição.

O trabalho tem natureza qualitativa e quantitativa, pois tem como objetivo

manter contato direto com o Fenômeno estudado, para buscar o conhecimento das

diversas áreas da administração Pública e as leis que por elas são amparadas,

além da observação do ambiente de trabalho e concomitante a observação

espontânea dos fatos, e em anexo será enviando um modelo de instrução

normativas de exigência feitas do Tribunal de Contas a prefeituras Municipais do

Estado de Mato Grosso para servir de exemplo na sua elaboração ,não saindo do

objetivo principal que é a de implantação de Unidade de Controladoria no Município

de Cotriguaçu.

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CAPÍTULO III

APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS

3.1 PREFEITURA MUNICIPAL DE COTRIGUAÇU, MATO GROSSO

Em 20 de dezembro de 1991, foi criado o Município de Cotriguaçu, que fica

a Noroeste da Capital do Estado de Mato Grosso, possui cerca de 13.987

habitantes, conforme censo realizado para contagem de população pelo Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE em 2010 ).

A Prefeitura Municipal de Cotriguaçu, Mato Grosso possui um órgão de

Controle Interno, o qual está normatizado pela Lei nº. 021/2007, atual Lei Compl. nº

033/2008 e regulamentada pelo Decreto n.º 452/2007. A seguir apresenta-se,

sinteticamente, o Organograma Geral da Prefeitura Municipal de Cotriguaçu, à

ocupação do cargo de Controlador, deverá ser de livre nomeação do Prefeito

Municipal, devendo ser escolhido profissional dotado de Idoneidade moral e que

possua escolaridade universitária completa e trabalhos técnicos desenvolvidos na

área pública, devera integrar o Plano de Cargos e Salários e ser provido mediante

concurso público, ou seja, deverão ser servidores efetivos do município. A exigência

se dá devido à segurança de um servidor capacitado e que tenha um preparo

adequado para tal responsabilidade. Os cargos da unidade de controle interno

deverão ser preenchidos mediante concurso público. No período de transição até a

nomeação dos aprovados, o gestor deverá recrutar servidores já pertencentes ao

quadro efetivo do ente público e que reúnam as qualificações necessárias para o

exercício das funções de controle interno.

As principais atividades desempenhadas pelos Serviços de Controladoria,

serão descritas na proposta de modelo de Controladoria, haja vista, que são os

setores ligados ao tema proposto desta pesquisa.

O Controle Interno na Administração Pública pode trazer resultados

positivos, ele avalia o cumprimento das metas estabelecidas no planejamento

orçamentário.

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3.2 MODELO DE CONTROLE INTERNO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE

COTRIGUAÇU.

3.2.1 Atividades desenvolvidas pelas secretarias e departamentos

A Unidade de Controladoria esta vinculada ao Gabinete do poder Executivo

Municipal, mais a suas atividades serão em todas as secretarias municipais do

Município, fiscalizando os recursos financeiros da sociedade para aplicação, pelos

órgãos-fins, nos programas de serviços à comunidade local (educação, saúde,

saneamento básico, obras, cultura, segurança, etc.), em cumprimento da

programação do plano governamental.

3.2.1.1 A Secretaria Municipal de Finanças

Tem como competência, criar e executar a política econômica e fiscal do

Município, administrar as receitas e despesas e toda a contabilidade das contas

públicas. Controla e coordena o recebimento das verbas transferidas pelo Governo

Federal e Estadual e pagamento aos fornecedores conveniados. Realiza o censo do

Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre

Prestações de Serviços, emite alvarás de funcionamento, os carnês do Imposto

Predial e Territorial Urbano - IPTU e o Imposto sobre a Transmissão de Bens

Imóveis - ITBI, paga fornecedores e contabiliza toda a movimentação financeira do

Município. Responsável pela fiscalização e arrecadação dos tributos e demais

rendas municipais, cadastro fiscal e controle orçamentário. Incrementar e buscar de

fontes de receitas, através de desenvolvimentos financeiros; licenciamento e

controle das atividades industriais e comerciais; assessoramento geral em assuntos

fazendários, observando a legislação pertinente.

3.2.1.2 Serviço Financeiro

a) controlar as disponibilidades financeiras, consultar saldos bancários,

extrair extratos bancários;

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b) controlar e executar as atividades financeiras, compreendendo a

liquidação e pagamento das despesas;

c) efetuar a manutenção dos cadastros de fornecedores;

d) efetuar aberturas e encerramentos de contas bancárias, bem como

cadastramento de senhas;

e) efetuar as conciliações bancárias e boletins de movimento financeiro;

f) efetuar depósitos bancários;

g) efetuar transferências de dinheiro efetuar entre contas bancárias;

h) responsabilizar-se pela emissão de cheques.

i) controlar a movimentação dos créditos bancários e aplicar os recursos no

mercado financeiro;

j) pesquisar a origem dos valores creditados nas contas da Prefeitura,

emitindo o comprovante de crédito;

k) manter contato com os gerentes de contas, intermediando as transações

financeiras da Prefeitura, bem como outras atividades inerentes.

3.2.1.3 Serviço de Contabilidade

a) efetuar os lançamentos contábeis obedecendo a legislação e as normas

de contabilidade governamental;

b) efetuar os empenhos, liquidações da Prefeitura;

c) conferir, controlar e emitir parecer técnico referente aos processos de

prestação de contas de adiantamentos;

d) executar e supervisionar as atividades contábeis, compreendendo o

controle e conferência das receitas, despesas e o cumprimento das obrigações

fiscais e tributárias, bem como atender os encargos sociais decorrentes das

despesas a serem realizadas;

e) controlar a aplicação dos recursos de convênio, subvenções e auxílios;

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f) executar as prestações de contas de convênios, acordos ou ajustes,

subvenções e auxílios e verificar a correta destinação dos recursos;

g) analisar as demonstrações contábeis, tendo em vista a emissão de

relatórios com o objetivo de cumprir as obrigações legais e de gerar informações

para tomada de decisões;

h) fazer levantamentos, organizar e assinar balanços e balancetes

contábeis;

i) emitir balancete mensal e Relatório Gerencial para Câmara de

Vereadores e Gabinete do Prefeito, e para o tribunal através do programa Aplic ;

j) acompanhar a gestão patrimonial;

k) acompanhar as cláusulas dos contratos, de acordo com a legislação

aplicável a execução dos contratos;

l) elaborar anualmente relatório de gestão econômico-financeira e

patrimonial, através do inventario;

m) conferência e consolidação das escriturações contábeis dos diversos

órgãos municipais;

n) realizar estudos e pesquisas das legislações e normas de contabilidade;

o) controlar a situação da dívida pública municipal, avaliar o montante da

dívida e as condições de endividamento do Município;

p) elaborar os relatórios de gestão fiscal, controlar prazos e fazer o

acompanhamento dos limites conforme dispõe a Lei de Responsabilidade Fiscal;

q) publicar e divulgar os Relatórios Resumidos de Execução Orçamentária e

o Relatório de Gestão Fiscal na Internet, no mural da Prefeitura Municipal e em

Jornal local;

3.2.1.4 Serviço de Planejamento e Elaboração Orçamentária:

O Serviço de Planejamento e Elaboração Orçamentária atualmente está

vinculado a Secretaria Municipal de Administração e Planejamento. Tem como

competência o desenvolvimento e coordenação do processo de planejamento da

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Administração Municipal, servindo como instrumento de apoio a todos os demais

órgãos administrativos do Município.

Trata-se de um Serviço que tem como objetivo abastecer, com seu trabalho, todas

as demais secretarias, fornecendo-lhes informações, colaborando na elaboração de

regulamentos, projetos de leis e alteração de dispositivos legais, quando por

determinação do prefeito. É responsável também pela formalização dos atos

municipais.

3.2.1.5 Almoxarifado

1. Deverá haver a forma e a devida verificação do controle de estoque;

2. Deverá ser elaborada a norma para entrega de material e a exigência de

sua observância;

3. Deverá ser realizado um efetivo controle sobre os produtos de maior

consumo, bem como sobre o nível máximo e mínimo que deve ser mantido no

estoque;

4. Deverá ser analisada se a movimentação (entradas/saídas) é regularmente

passada à Contabilidade;

5. Deverão ser identificado os critérios de avaliação dos itens em estoque no

encerramento de cada exercício;

6. Deverão existir mecanismos de controle dos bens, preenchidos com base

na nota fiscal de mercadoria, quando de sua entrada no almoxarifado e nas

requisições formuladas pelos diversos setores, onde dever ser mencionado o tipo

de material, o nome e assinatura do requisitante e a destinação do mesmo;

7. Os registros de materiais e bens em estoque deverão ser processados em

mecanismos informatizados, de forma individualizada, contendo os seguintes

elementos:

a)data de entrada e saída dos mesmos;

b) especificação do material;

c) quantidade e custo (unitário e total), tanto na entrada, quanto na saída dos bens

deste setor;

d) destinação e especificações dos materiais e bens com base nas requisições;

e) os bens e materiais em estoque no almoxarifado deverão ser avaliados pelo preço

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médio ponderado (art. 106, Inciso III da Lei nº 4.320/64).

f) o valor total dos estoques apurados no encerramento do exercício ou gestão

financeira, deverá ser registrado em conta própria do sistema patrimonial e

demonstrado no Balanço Geral do Município.

3.2.1.6 Patrimônio

Deverá ser instituído uma comissão para inventariar os bens pertencentes ao

Patrimônio, tanto os permanentes, quanto os temporários.

2. Deverá ser realizada uma conferência e atualização dos bens no mínimo uma

vez por ano.

3 Cada unidade administrativa ou setor deverá designar um servidor efetivo como

responsável, que deverá assinar o Termo de Responsabilidade.

3.2.1.7- Departamento de Recursos Humanos

3.2.1.7.1Admissão

1. Verificar a legalidade da admissão;

2. Exigir os documentos previstos na lei específica.

a) Fotocópia do documento de identidade, que deverá ser conferida com o original;

b) Fotocópia do Titulo de Eleitor, que deverá ser conferida com o original;

c) Fotocópia do CPF, que deverá ser conferida com o original;

d) Comprovante de endereço residencial, datado do mês da admissão;

e) Carteira de trabalho para os celetistas;

f) Número PIS/PASEP cadastrados ou documento comprobatório – extrato do não

cadastramento;

j) Fotografia 3x4 colorida, datada do mês da admissão;

k) Carteira de motorista, quando necessária para o exercício do cargo;

l) Comprovante de escolaridade, na forma exigida, para o exercício do cargo;

m) Carteira da entidade de classe, na forma exigida para o exercício do cargo;

n) Comprovante de pagamento da anuidade do órgão de classe, na forma exigida

para o exercício do cargo;

o) Certidão de nascimento ou casamento, fotocópia e original para conferência; de

18 (dezoito) anos para os estatutários e 14 (quatorze) anos para os celetistas;

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p) Certidão de nascimento dos filhos menores;

3.2.1.7.2 Verificar a apresentação das certidões exigidas em lei própria, atualizadas:

a) Atestado de bons antecedentes, datados do mês da admissão;

b) atestado de Cartório Eleitoral, datado do mês da admissão, com a data da última

votação;

c) Declaração firmada sob as penas da lei, de que não possui acumulo ilegal de

cargos ou proventos;

d) Declaração do Imposto de Renda do ano de ingresso, para os cargos que a lei

exige.

e) Ao contratar ou nomear deverá ser efetuado o imediato cadastro no sistema;

f) Remeter o mais breve possível a documentação ao Tribunal de Contas/PR.

g)Nos concursos e processos seletivos, após o julgamento deverá ser anotada a

resolução.

3.2.1.7.3-Folha de Pagamento

1. Verificar se o crescimento do valor da folha de pagamento atende a todos os

requisitos previstos na Constituição Federal, na Lei nº 4320/64 e na Lei

Complementar nº 101/00 – LRF, além do contido na legislação municipal;

2. Na elaboração das folhas de pagamento observar se foram utilizados os recursos

próprios de forma devida e correta, dentro dos limites estipulados nas legislações

próprias;

3. Verificação dos limites de legalidade para o pagamento dos servidores efetivos,

comissionados e contratados,

4. A elaboração de folhas de pagamento separadas para os casos determinados em

lei.

5. A apropriação e o recolhimento dos encargos patronais e dos servidores;

6. O rigoroso controle na distribuição e descontos dos vales-transporte;

7. O correto repasse dos valores devidos ao Fundo de Previdência dos servidores

municipais, além dos valores do parcelamento;

8. O correto desconto e o controle dos repasses dos valores devidos a Associação

dos Servidores de Pinhais - ASEPI;

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9. A observância dos limites legais para o pagamento das horas extras, além dos

demais requisitos previstos na norma municipal;

10. O controle dos servidores que realizam horas extras, evitando a habitualidade

das mesmas;

11. O efetivo controle da lotação dos servidores, evitando e coibindo os desvios de

funções;

12. O correto e efetivo controle das férias e do abono pecuniário;

13. O correto e efetivo controle das faltas e atrasos;

14. Efetivo controle dos valores devidos nas rescisões e no Pedido de Desligamento

Voluntário – PDV, fazendo constar nos respectivos termos, o número do decreto ou

portaria e a data da publicação das mesmas;

15. O efetivo controle das promoções funcionais, com a verificação das notas e a

existência de disponibilidades funcionais;

16.Controle dos pagamentos de pensões alimentícias;

17. Controle dos descontos funcionais;

18. A cobrança e o efetivo controle do uso dos crachás, desde a confecção até o

correto uso.

19. Nos pedidos de empenho, para pagamento de exoneração ou do Pedido

Desligamento Voluntário – PDV deverá constar o número da Portaria ou Decreto.

3.3 Avaliações das metas e funções do Controle Interno

A Unidade de Controladoria no Município de Cotriguaçu terá como

competências: conduzir a transparência das contas públicas; cumprir os programas,

as metas e ações de controle, dentro de um cenário transparente, eficiente e legal,

fornecendo aos administradores municipais de Cotriguaçu, sistemas de controle que

lhes permitam acompanhar o desenvolvimento dos serviços públicos; assegurar a

correta aplicação dos recursos e orientar permanentemente os gestores públicos.

A função de organizar e gerir os controles e informações, apoiar a gestão,

preocupar-se com planos e orçamentos, medir e analisar os resultados das unidades

organizacionais e das pessoas, organizarem-se internamente, otimizar processos de

trabalhos internos, criar e analisar indicadores de desempenho contábeis,

financeiros, físicos, de programas de governo ou processos internos, área fim ou

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meio, ou seja, exercer o controle contábil, financeiro, patrimonial, operacional e

orçamentário das entidades da Administração Direta, Indireta e dos Fundos.

O Controlador terá como função suprir os administradores públicos de

informações gerenciais e oferecer opções quando estes tiverem que tomarem

alguma decisão.

Para auxilio o Tribunal implantou o guia de implantação das normativas para

todos os setores, departamentos da administração publica municipal, conforme

cronograma abaixo:

O Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso , no uso das suas

atribuições que lhes são conferidas pelo art. 70 c/c 75 da Constituição

Federal e pelo art. 47, da Constituição Estadual, combinados com art. 3° da

Lei Complementar n 269, de 29/01/2007,e;

Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso – TCE/MT:

Art. 1° Aprovar o “Guia para Implantação do

Sistema de Controle Interno na Administração Pública”

anexo a esta resolução, da qual passa a fazer parte integrante.

Art. 2° Determinar aos Poderes e órgãos do Estado

e dos Municípios de Mato Grosso, que ainda não tenham implantado

sistema de controle interno, que o façam até 31-12-2007, mediante lei

específica, observando as recomendações apresentadas no Guia

mencionado no artigo anterior.

Art. 3º O sistema de controle interno no Estado

deverá abranger os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, o Ministério

Público, a Defensoria Pública e o Tribunal de Contas do Estado e,

nos Municípios, os Poderes Executivo e Legislativo, incluindo, em

todos os casos, a Administração Pública direta e indireta.

§ 1° Deverá ser encaminhada pelos Chefes

dos Poderes Executivos, no balancete do mês em que for publicada,

cópia da lei instituidora do sistema de controle interno e de eventuais

alterações legislativas.

§ 2° O plano de ação para a implementação do

sistema de controle interno, no âmbito de cada Poder ou órgão mencionado

no caput deste artigo, deverá ser encaminhado no respectivo balancete do

mês de agosto/2007.

§ 3° A partir do mês de setembro de

2007, deverá constar dos respectivos balancetes mensais o relatório

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de avaliação do cumprimento do plano de ação a que se refere o parágrafo

anterior.

Art. 4º Deverá integrar o processo de contas

anuais do respectivo órgão o parecer técnico conclusivo da unidade de

controle interno sobre as contas.

Parágrafo único. Os Poderes e órgãos referidos,

nesta resolução, estão desobrigados de apresentar o relatório mensal e

o pronunciamento conclusivo trimestral do sistema de controle interno.

Art. 5° O Manual de Rotinas Internas e

Procedimentos de Controle a que se refere o Guia anexo a esta

Resolução deverá ser concluído até o final do exercício de

2011, observando a seguinte ordem de prioridades para a

normatização das atividades relativas aos sistemas administrativos

a seguir dispostos:

I - até 31-12-2008

a) Sistema de Controle Interno;

b) Sistema de Planejamento e Orçamento e

c) Sistema de Compras, Licitações e Contratos

II – até 31-12-2009

a) Sistema de Transportes;

b) Sistema de Administração de Recursos Humanos;

c) Sistema de Controle Patrimonial;

d) Sistema de Previdência Própria;

e) Sistema de Contabilidade;

f) Sistema de Convênios e Consórcios;

g) Sistema de Projetos e Obras Públicas.

h) Sistema de Contabilidade;

i) Sistema de Convênios e Consórcios;

j) Sistema de Projetos e Obras Públicas

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III – até 31-12-2010

a) Sistema de Educação;

b) Sistema de Saúde;

c) Sistema de Tributos;

d) Sistema Financeiro;

e) Sistema do Bem-Estar Social

III – até 31-12-2011

a) Sistema de Comunicação Social;

b) Sistema Jurídico;

c) Sistema de Serviços Gerais;

d) Sistema de Tecnologia da Informação;

e) Sistema do Bem-Estar Social

De acordo com o manual de rotinas do tribunal de contas implantado pelo

tribunal de contas , a prefeitura municipal de Cotriguaçu, através da Controladoria

realizou todas as rotinas estabelecidas nos prazos estipulados;

Em anexo estamos enviando, modelo da estrutura de uma instrução

normativa os quesitos básicos para sua elaboração.

3.4- PONTOS DE CONTROLES ESTABELECIDOS

1. Recomendar a edição de manual de rotinas de trabalho das diversas

unidades administrativas;

2. Se as rotinas de trabalho estão sendo obedecidas;

3. A existência de segregação de funções;

4. Programação de fluxo de caixa;

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5. A escrituração regular do livro da tesouraria, com o devido fechamento de

saldos;

6. A escrituração do livro de contas-correntes bancárias;

7. A emissão de um boletim diário de caixa;

8. Elaboração de um fluxo de caixa compatibilizando recebimentos e

pagamentos;

9. A conciliação regular dos saldos bancários;

10. O instrumento de delegação para a assinatura de cheques;

11. A regularidade dos comprovantes de pagamentos;

12. Devem ser mantidos atualizados: fichas de Controle orçamentário,

Balancetes, Diário, Razão, etc. Todos devem permanecer com seus registros

atualizados, impressos ou informatizados, encadernados e devidamente rubricados

pelo responsável;

13. Verificar se estão autorizados por lei;

14. Verificar se houve prestação de contas no prazo legal;

15. Verificar se foi empenhado em dotação própria;

16. Verificar se o limite do objeto não foi extrapolado;

17. Verificar se o pedido não importa em fracionamento do objeto;

18. Verificar se o Pedido de Empenho atende a todos os requisitos exigidos

em regulamentação própria;

19. Se a despesa está corretamente efetuada;

20. Se o ordenador de despesas assinou a Nota de Empenho.

3.5- AREAS QUE DEVEM SER OBJETO DO CONTROLE

1- Execução Orçamentária e Financeira:

a) Contabilidade – Visa examinar , ainda na vigência do exercício financeiro, a

correção técnica da escrituração, a legitimidade dos atos e fatos que deram origem

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aos lançamentos, a formalização da documentação comprobatória. Detectando as

falhas porventura verificadas no sistema orçamentário, permitindo o seu prévio

saneamento.

b) Financeiro – Visa verificar a regularidade e a correção dos recebimentos e

pagamentos efetuados pelos agentes arrecadadores e pagadores, com a

conferência de saldos e cumprimento das normas internas. Busca-se evitar dados

incorretos, incompletos , valores que não condizem com a realidade.

c) Créditos Orçamentários e Adicionais- Visa verificar a efetiva existência de créditos

para a realização da despesa, a regularização e a correção da abertura e utilização

dos créditos adicionais, com a observâncias de todas as normas e preceitos legais.

Evita-se desta forma, a realização de despesas sem crédito.

2 Receita – Visa verificar os lançamentos, a cobrança e arrecadação das receitas

municipais, compatibilizando-os com a legislação pertinente. Evita-se a sonegação

das receitas públicas, a renúncia de receitas.

3- Despesas: Busca verificar se na realização dos gastos públicos estão sendo

observados os princípios constitucionais devidos. Havendo distorções pode-se

adotar as medidas corretivas tempestivamente.

a) Pessoal – Visa controlar os gastos com pessoal , os registros, as admissões , os

limites e percentuais utilizados.

b) Bens Permanentes – Visa apurar com exatidão o montante dos bens

permanentes, os seus valores, a sua atualização.

c) Bens em almoxarifado – Visa apurar ou mesmo retificar o montante dos bens

armazenados no almoxarifado.

d) Licitações , Contratos, Convênios, Acordos e Ajustes – Visa apurar a regularidade

do processamentos dos mesmos, sem vícios, trazendo vantagens e segurança para

a Administração Municipal.

e) Obras e Reformas – Visa verificar se as obras construídas e os serviços de

engenharia executados estão dentro da normalidade, tanto no aspecto documental,

no aspecto da execução física, detectando as possíveis irregularidades e apontando

de imediato as medidas saneadoras.

f) Operações de Crédito – Objetiva o cumprimento dos limites e condições relativas a

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realização de operações de Crédito realizadas.

g) Suprimentos de Fundos – Verifica a correta aplicação dos recursos entregues a

servidores, mediante observância à lei municipal instituidora para realizar dispêndios

que não possam subordinar-se ao processo normal da despesa.

h) Contribuições – Verifica a correta aplicação dos recursos.

Estes pontos de controles foram realizados para prevenção, e o controlador

poder analisar a atual situação que se encontra a prefeitura, podendo emitir seus

relatórios dando o parecer necessário para que o gestor tome todas as suas

decisões e não cause danos ao patrimônio publico municipal, através deste controle

acredito que se tem alcançado os objetivos as metas estabelecidas por essa

unidade, sabemos que e um trabalho difícil e um caminho longo a percorrer mais

que os primeiros passos já foram dados para que se faça uma boa administração

onde quem tem a ganhar com essas decisões são os funcionários e povo de

Cotriguacu

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CONCLUSÃO

Conforme relatado no presente trabalho diante os estudos realizados em

diversas obras referentes a controle interno nas organizações que a atividade possui

fundamental para obtenção de controles internos funcionais, colaborando

diretamente com a gestão administrativa oferecendo maior segurança para a

entidade.

Os controles internos eficientes permitem cumprir as atividades das

organizações de maneira eficaz e com a mínima utilização de recursos. Cabe a

administração responsabilidade de organizar, dirigir, controlar e implementar os

controles internos da organização.

O foco do presente trabalho foi apresentar a implantação e os resultados de

uma Unidade de Controladoria na Prefeitura Municipal de Cotriguaçu - MT,

considerando a pesquisa bibliográfica, prática através de modelos de Controladorias

em funcionamento no Brasil e levando em conta as particularidades do Município em

estudo.

A Controladoria no setor governamental é a área que orienta, acompanha,

avalia a execução de atos e fatos administrativos, de forma a proteger o patrimônio

da administração pública buscando a eficiência e a eficácia, de forma que atinja o

melhor resultado, zelando sempre pela transparência.

No decorrer do trabalho, observou-se através do referencial teórico que os

benefícios advindos de uma Unidade de Controladoria são inquestionáveis, pois os

controles prévios e concomitantes, além de garantirem o menor custo, asseguram a

correta aplicação dos recursos, prevenindo a ineficiência na administração pública,

contribuindo para o cumprimento da missão do ente público.

Nesta proposta a Controladoria Municipal de Cotriguaçu, MT exercerá os

controles nas áreas contábeis, financeiros, patrimoniais, recursos humanos,

operacionais e orçamentários das entidades da Administração Direta, Indireta e dos

Fundos, reduzindo ao máximo o trabalho da Auditoria através de melhorias

contínuas nos processos e nos controles internos.

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Também se pôde observar através deste estudo, que a criação de um Órgão

de Auditoria é de extrema importância na Administração Pública, tendo como função

principal encontrar fraudes, erros, desperdícios ou abusos na administração, além

de praticar trabalhos preventivos de orientações aos gestores públicos. Em

obediência ao princípio da segregação de funções, a Auditoria não deve ficar

subordinada ao Órgão de Controladoria, ficando diretamente vinculada ao Prefeito,

de forma totalmente independente. Como o Município de Cotriguaçu, MT é de

pequeno porte, sugere-se que se institua uma Comissão, de no mínimo duas

pessoas, para exercer as atividades desta Unidade. Recomenda-se que faça parte

desta Comissão o Contador Público, o Controlador Público e um Servidor do quadro

efetivo do Município, designado pelo Prefeito.

As atribuições a serem apresentadas neste artigo, devem ser

regulamentadas através de Lei e Decreto com a finalidade de organizar os limites de

atuação dos Órgãos da Prefeitura, fazendo com que esses cumpram com suas

responsabilidades. Sugere-se que futuramente seja implantada a contabilidade de

custos, vinculada à Unidade de Controladoria, pois este instrumento é fundamental

para o controle dos custos dos serviços oferecidos à sociedade.

Recomendamos que os Gestores Públicos valorizem cada vez mais os

sistemas de controle internos e as suas Auditorias Internas, pois seus serviços

contribuem para o crescimento ordenado da organização, evidenciando

irregularidades na entidade e favorecendo uma gestão com bases sólidas através da

segurança oferecida por suas seguintes adoções:

a) Que se implemente uma política de capacitação permanente e

continuada aos seus auditores internos, de forma a dar condições e

conhecimentos para efetuarem um bom trabalho, principalmente na área de

recursos humanos;

Podemos concluir que desde a implantação do controle o município de

Cotriguaçu apresenta outra realidade, fato demonstrado através da aprovação das

contas juntamente com TCE- Tribunal de Contas do Estado que o principal

fiscalizador dos municípios, diminuindo a rescendência dos erros apontados pelo

Tribunal, corrigindo as falhas encontradas, achando soluções de acordo com a

realidade do município, através das instruções normativas implantadas corrigimos

vários problemas apresentados, dando suporte para que o administrador tome a

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decisão mais apropriada para as situações que se encontrarem dentro da

Administração Publica Municipal.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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COLUCI, Marcos Roberto. Controle Interno nas Prefeituras Municipais. Revista Contabilidade e Informação, Porto Alegre, n. 15-19, p. 79-83, jan. 2004..

CONTE, Nelson Carlos. Transparência e participação popular na gestão municipal: os gestores públicos diante da Lei de Responsabilidade Fiscal..

CRUZ, Flávio da. Auditoria governamental. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE MATO GROSSO ,Manual do Sistema de Controle Interno

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ANEXO

MODELO PADRAO E QUESITOS BASICOS PARA ELABORAÇÃO DAS

NSTRUÇÕES NORMATIVAS

I - FINALIDADE

Disciplinar os padrões, responsabilidades e procedimentos para elaboração,

emissão, implementação e acompanhamento de Instruções Normativas a serem

observadas, objetivando a execução de ações de controle (Norma das Normas).

II – ABRANGÊNCIA

Abrange todas as unidades da estrutura organizacional da Câmara

Municipal, quer como executoras de tarefas quer como fornecedoras ou recebedoras

de dados e informações em meio documental ou informatizado.

III – CONCEITOS

1. Instrução Normativa

Documento que estabelece os procedimentos a serem adotados objetivando

a padronização na execução de atividades e rotinas de trabalho que devem

processar de forma constante e periódica.

2. Manual de Rotinas Internas e procedimentos de Controle

Coletânea de Instruções Normativas que tem por objetivo veicular as

informações necessárias a execução das atividades.

3. Fluxograma

Demonstração gráfica das rotinas de trabalho relacionada a cada sistema

administrativo, com a identificação das unidades executoras.

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4. Alteração

Modificações efetuadas em qualquer capítulo da Instrução Normativa com a

finalidade de aperfeiçoar e/ou adequar e/ou racionalizar o procedimento e/ou rotina.

5. Atualização

Modificações efetuadas em qualquer capítulo da Instrução Normativa

decorrente de alterações na legislação vigente e/ou normas técnicas.

6. Sistema

Conjunto de ações que, coordenadas, concorrem para um determinado fim.

7. Sistema Administrativo

Conjunto de atividades afins, relacionadas a funções finalísticas ou de apoio,

distribuídas em diversas unidades da organização e executadas sob a orientação

técnica do respectivo órgão central, com o objetivo de atingir algum resultado.

8. Ponto de Controle

Aspectos relevantes em um sistema administrativo, integrantes das rotinas

de trabalho ou na forma de indicadores, sobre os quais, em função de sua

importância, grau de risco ou efeitos posteriores, deva haver algum procedimento de

controle.

9. Procedimentos de Controle

Procedimentos inseridos nas rotinas de trabalho com o objetivo de assegurar

a conformidade das operações inerentes a cada ponto de controle, visando restringir

o cometimento de irregularidades ou ilegalidades e/ou preservar o patrimônio

público.

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10. Sistema de Controle Interno

Conjunto de procedimentos de controle inseridos nos diversos sistemas

administrativos, executados ao longo da estrutura organizacional sob a

coordenação, orientação técnica e supervisão da unidade responsável pela

coordenação do controle interno.

IV – BASE LEGAL

A presente Instrução Normativa integra o conjunto de ações, de

responsabilidade do Chefe do Poder Legislativo, no sentido de implementação do

Sistema de Controle Interno da Câmara Municipal de Cotriguaçu/MT, sobre o qual

dispõe os artigos 74 da Constituição Federal, 59 da Lei Complementar nº 101/2000 e

8º da Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso,

V – ORIGEM DAS INSTRUÇÕES NORMATIVAS

As Instruções Normativas fundamentam-se na necessidade da padronização

de procedimento e do estabelecimento de procedimentos de controle, tendo em vista

as exigências legais ou regulamentares, as orientações da administração e as

constatações da unidade responsável pela coordenação de controle interno na

Câmara Municipal, decorrentes de suas atividades de auditoria interna.

Cabem à unidade que atua como órgão central de cada sistema

administrativo, que passa a ser identificada como “Unidade Responsável” pela

Instrução Normativa, a definição e formatação das Instruções Normativas inerente

ao sistema.

As diversas unidades da estrutura organizacional que se sujeitam à

observância das rotinas de trabalho e dos procedimentos de controle estabelecidos

na Instrução Normativa passam a ser denominadas “Unidades Executoras”.

VI – RESPONSABILIDADES

1. Da Unidade Responsável pela Instrução Normativa:

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• promover discussões técnicas com as unidades executoras e

com a unidade responsável pela coordenação do controle interno, para definir

as rotinas de trabalho e identificar os pontos de controle e respectivos

procedimentos de controle, objetos das Instruções Normativas, a ser

elaboradas;

• obter a aprovação da Instrução Normativa, após submetê-la à

apreciação da unidade de controle interno e promover sua divulgação e

implementação;

• manter atualizada, orientar as áreas executoras e supervisionar

a aplicação da Instrução Normativa.

2. Das Unidades Executoras:

• Atender as solicitações da unidade responsável pela Instrução

Normativa na fase de sua formatação, quanto ao funcionamento de

informações e à participação no processo de elaboração;

• Alertar a unidade responsável pela Instrução Normativa sobre

alterações que se fizerem necessárias nas rotinas de trabalho, objetivando

sua otimização, tendo em vista, principalmente, o aprimoramento dos

procedimentos de controle e o aumento da eficiência operacional;

• Manter a Instrução Normativa à disposição de todos os

funcionários da unidade, zelando pelo fiel cumprimento da mesma;

• Cumprir fielmente as determinações da Instrução Normativa, em

especial quanto aos procedimentos de controle e quanto à padronização dos

procedimentos na geração de documentos, dados e informações.

3. Da Unidade Responsável pela Coordenação do Controle Interno:

• Prestar o apoio técnico na fase de elaboração das Instruções

Normativas e em suas atualizações, em especial no que tange à identificação

e avaliação dos pontos de controle e respectivos procedimentos de controle;

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• Através da atividade de auditoria interna, avaliar a eficácia dos

procedimentos de controle inerentes a cada sistema administrativo, propondo

alterações nas Instruções Normativas para aprimoramento dos controles ou

mesmo a formatação de novas instruções Normativas;

• Organizar e manter atualizado o manual de procedimentos, em

meio documental e/ou em base de dados, de forma que contenha sempre a

versão vigente de cada Instrução Normativa.

VII – FORMATO E CONTEÚDO DAS INSTRUÇÕES NORMATIVAS

O formato do presente documento serve como modelo-padrão para as

Instruções Normativas, que deverão conter os seguintes campos obrigatórios:

1. Na identificação:

1.1. Número da Instrução Normativa

A numeração deverá ser única e seqüencial para cada sistema

Administrativo, como a identificação da sigla do sistema antes do número e aposição

do ano de sua expedição.

1.2. Indicação da Versão

Indica o número da versão do documento, atualizado após alterações.

Considera-se nova versão somente o documento pronto, ou seja, aquele

que, depois de apreciado pela unidade responsável pela coordenação do controle

interno, será encaminhado à aprovação.

1.3. Aprovação

A aprovação da Instrução Normativa ou suas alterações será sempre do

Chefe do Legislativo, salvo delegação expressa deste.

Formato da data: .../...../20...

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1.4. Ato de Aprovação

Indica o tipo e número de ato que aprovou o documento original ou suas

alterações.

Sempre que a Instrução Normativa motivar efeitos externos à administração,

ou nas situações em que seja conveniente maior divulgação, a aprovação deverá

ocorrer através de Decreto Legislativo.

1.5. Unidade Responsável

Informa o nome da unidade responsável pela Instrução Normativa

(Departamento, Diretoria ou denominação equivalente), que atua como órgão central

do sistema administrativo a que se referem as rotinas de trabalho objeto do

documento.

2. No conteúdo:

2.1. Finalidade

Especificar de forma sucinta a finalidade da Instrução Normativa, que pode

ser identificada mediante uma avaliação sobre quais os motivos que levaram à

conclusão da necessidade de sua elaboração.

Dentro do possível, indicar onde inicia e onde termina a rotina de trabalho a

ser normatizada.

Exemplo: “Estabelecer procedimentos para aditamento (valor e prazo) de

contratos de aquisição de materiais e contratação de obras ou serviços, desde o

pedido até a publicação do extrato do contrato”.

2.2 Abrangência

Identificar o nome das unidades executoras. Quando os procedimentos

estabelecidos na Instrução Normativa devem ser observados, mesmo que

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parcialmente, por todas as unidades da estrutura organizacional, esta condição deve

ser explicitada.

2.3. Conceitos

Têm por objetivo uniformizar o entendimento sobre aos aspectos mais

relevantes inerentes ao assunto objeto da normatização.

Especial atenção deverá ser dedicada a esta seção nos casos da Instrução

Normativa abranger a todas as unidades da estrutura organizacional.

2.4. Base legal e regulamentar

Indicar os principais instrumentos legais e regulamentares que interferem ou

orientam as rotinas de trabalho e os procedimentos de controle a que se destina a

Instrução Normativa.

2.5 Responsabilidades

Esta seção destina-se à especificação das responsabilidades especificas da

unidade responsável pela Instrução Normativa (órgão central do respectivo sistema

administrativo) e das unidades executoras, inerentes à matéria objeto da

normatização.

Não se confundem com aquelas especificadas no item VI deste documento.

2.6. Procedimentos

Tratam da descrição das rotinas de trabalho e dos procedimentos de

controle.

2.7. Considerações finais

Esta seção é dedicada á inclusão de orientação ou esclarecimentos

adicionais, não especificadas anteriormente, tais como:

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• Medidas que poderão ser adotadas e/ou conseqüências para os

casos de inobservâncias ao que está estabelecido na Instrução Normativa;

• Situações ou operações que estão dispensadas da observância

total ou parcial ao que está estabelecido;

• Unidade ou pessoas autorizadas a prestar esclarecimentos a

respeito da aplicação da Instrução Normativa.

2.8. Procedimentos para Elaboração das Instruções Normativas

Com base na análise preliminar das rotinas e procedimentos que vêm sendo

adotadas em relação ao assunto a ser normatizado, deve-se identificar, inicialmente,

as diversas unidades da estrutura organizacional que têm alguma participação no

processo e para cada uma, quais as atividades desenvolvidas, para fins da

elaboração do fluxograma.

Também devem ser identificados e analisados os formulários utilizados para

o registro das operações e as interfaces entre os procedimentos manuais e os

sistemas computadorizados (aplicativos).

A demonstração gráfica das atividades (rotinas de trabalho e procedimentos

de controle) e dos documentos envolvidos no processo, na forma de fluxograma,

deve ocorrer de cima para baixo e da esquerda para direita, observando-se os

padrões e regras geralmente adotados neste tipo de instrumento, que identifiquem,

entre outros detalhes, as seguintes ocorrências:

• Inicio do processo (num mesmo fluxograma pode haver mais de

um ponto de início, dependendo do tipo de operação);

• Emissão de documentos;

• Ponto de decisão;

• Junção de documentos;

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• Ação executada (analise, autorização, checagem de

autorização, confrontação, baixa, registro, etc.) além das atividades normais,

inerente ao processo, devem ser indicados os procedimentos de controle

aplicáveis.

As diversas unidades envolvidas no processo deverão ser segregadas por

linhas verticais, com a formação de colunas com a identificação de cada unidade ao

topo. No caso de um segmento das rotinas de trabalho ter que ser observado por

todas as unidades da estrutura organizacional, a identificação pode ser genérica,

como por exemplo: “área requisitante”.

Se uma única folha não comportar a apresentação de todo o processo,

serão abertas tantas quantas necessárias, devidamente numeradas, sendo que

neste caso devem ser utilizados conectores, também numerados, para que possa

ser possível a identificação da continuidade do fluxograma na folha subseqüente, e

vice-versa. Procedimento idêntico deverá se adotado no caso da necessidade do

detalhamento de algumas rotinas específicas em folhas auxiliares.

O fluxograma, uma vez consolidado e testado, orientará a descrição

das rotinas de trabalho e dos procedimentos de controle na Instrução Normativa e

dela fará parte integrante como anexo.

As rotinas de trabalho e os procedimentos de controle na Instrução

Normativa deverão ser descritos de maneira objetiva e organizada, com o emprego

de frases curtas e claras, de forma a não facultar duvidas ou interpretações dúbias,

com uma linguagem essencialmente didática e destituída de termos ou expressões

técnicas, especificando o “como fazer” para a operacionalização das atividades,

identificando os respectivos responsáveis e prazos.

Deverá conter, porém, os detalhamentos necessários para a clara

compreensão de tudo que deverá ser observado no dia-a-dia, em especial quanto

aos procedimentos de controle cuja especificação não consta do fluxograma.

Incluem-se neste caso, por exemplo:

• Especificação dos elementos obrigatórios em cada documento;

• Destinação das vias dos documentos;

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• Detalhamento das análises, confrontações e outros

procedimentos de controle a serem executados em cada etapa do processo;

• Relação de documentos obrigatórios para a validação da

operação;

• Aspectos legais ou regulamentares a serem observados;

• Os procedimentos de segurança em tecnologia da informação

aplicáveis ao processo (controle de acesso lógico ás rotinas e bases de

dados dos sistemas aplicativos, crítica nos dados de entrada, geração de

cópias back-up, etc.).

Quando aplicáveis, os procedimentos de controle poderão ser descritos

à parte, na forma de “check list”, que passarão a ser parte integrante da Instrução

Normativa como anexo. Neste caso, a norma deverá estabelecer qual a unidade

responsável pela sua aplicação e em que fase do processo deverá se adotado.

No emprego de abreviaturas ou siglas, deve-se identificar o seu

significado, por extenso, na primeira vez que o termo for mencionado no documento

e, a partir daí, pode ser utilizada apenas a abreviatura ou sigla, como por exemplo:

Departamento de Recursos Humanos – DRH; Tribunal de Contas do Estado – TCE.

Dentro do possível, a especificação das rotinas de trabalho e dos

procedimentos de controle deverá ser agrupada, inicialmente, por unidade

executora, que serão identificadas por algarismo romano. Dentro de cada área,

serão especificas as atividades inerentes a cada tipo de situação ou operação, que

serão identificadas por letras maiúsculas.

Dependendo da matéria a ser normatizada e diante da possibilidade de

uma melhor organização e compreensão das rotinas e procedimentos a serem

observados, nada impede que a forma de organização anteriormente proposta seja

invertida ou alterada.

Seja qual for a forma adotada, a especificação das ações, em qualquer

etapa do processo, deverá ser apresentada em seqüência numérica.

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Uma vez concluída a versão final da Instrução Normativa ou de sua

atualização, a minuta deve ser encaminhada à unidade responsável pela

coordenação do controle interno, que aferirá a observância desta norma e avaliará

os procedimentos de controle, podendo propor alterações, quando cabíveis.

Devolvida a minuta pela unidade de coordenação do controle interno à

unidade responsável pela Instrução Normativa, esta a encaminhará para aprovação

e, posteriormente, providenciará sua divulgação e implantação.

2.9. Procedimentos para Alteração e/ou Atualização de Instrução

Normativa

As Instruções Normativas devem ser alteradas ou atualizadas sempre

que fatores organizacionais, legais ou técnicos assim exigirem.

Independente da aprovação das adaptações que se fizerem

necessárias nas Instruções Normativas, a Unidade competente comunica

oficialmente aos usuários envolvidos no processo, sempre que houver alterações na

legislação vigente, normas técnicas ou administrativas, determinando prazo pra

adequação e implantação dos novos procedimentos.

Para toda e qualquer alteração ou atualização de procedimentos e

rotinas normatizadas, a unidade administrativa competente deve protocolar a

solicitação para elaborar a minuta da Instrução Normativa com as modificações

necessárias, anexando o embasamento legal, técnico ou administrativo e

encaminhá-la a Unidade de Controle Interno.

Após o encaminhamento, o processo segue no mesmo trâmite.

2.10. Procedimentos para Revogar Instrução Normativa

Caso haja direito fundamentado na legislação pátria e interesse da

Unidade Administrativa em revogar a Instrução Normativa, deve-se proceder da

seguinte forma:

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a) protocolar a solicitação devidamente justificada na Unidade de Controle

Interno que após analise;

b) remeterá a Assessoria Jurídica para analise e emissão de parecer;

c) enviado ao chefe do Legislativo ou para este que for delegado para

rubrica e assinatura.

2.11. Considerações Finais

As entidades da administração indireta e a Câmara de Vereadores,

como unidades orçamentárias e órgãos setoriais do Sistema de Controle Interno do

Município, sujeitam-se à observância da presente Instrução Normativa, excetuando,

no caso da segunda, as atividades inerentes à função legislativa.

Os esclarecimentos adicionais a respeito deste documento poderão ser

obtidos junto à Unidade de Coordenação do Controle Interno que, por sua vez,

através de procedimentos de auditoria interna, aferirá a fiel observância de seus

dispositivos por parte das diversas unidades da estrutura organizacional.