AJES – FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E … · Segundo José Carlos Marion: A contabilidade é...

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1 AJES – FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÃO DO VALE DO JURUENA PÓS-GRADUAÇÃO EM CONTABILIDADE, AUDITORIA E CONTROLADORIA A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE NA GESTÃO EMPRESARIAL Autor (a): Nara Aparecida Polles [email protected] Orientador: Wilson Antunes de Amorim COLNIZA-MT 2015

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AJES – FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÃO DO

VALE DO JURUENA

PÓS-GRADUAÇÃO EM CONTABILIDADE, AUDITORIA E

CONTROLADORIA

A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE NA GESTÃO

EMPRESARIAL

Autor (a): Nara Aparecida Polles

[email protected]

Orientador: Wilson Antunes de Amorim

COLNIZA-MT

2015

2

AJES – FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÃO DO

VALE DO JURUENA

PÓS-GRADUAÇÃO EM CONTABILIDADE, AUDITORIA E

CONTROLADORIA

A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE NA GESTÃO

EMPRESARIAL

Trabalho apresentado como exigência para a obtenção do título de Pós-Graduação em Contabilidade, Auditoria e Controladoria, da Faculdade de Ciências Contábeis e de Administração do Valo do Juruena – Ajes.

Autor (a): Nara Aparecida Polles

Orientador: Wilson Antunes de Amorim

COLNIZA-MT

2015

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RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo, a elaboração de uma pesquisa,

abordando questões sobre “A Importância da Contabilidade na Gestão

Empresarial”, bem como, discutir assuntos relacionados a evolução das

empresas com a utilização da contabilidade a seu favor. Afinal, por meio da

contabilidade é que a empresa irá decidir de que modo efetuar suas

tributações. Portanto, é essencial uma boa contabilidade para o

desenvolvimento da empresa. Em primeiro momento será explícito no trabalho

o conceito e algumas considerações sobre a Gestão empresarial e as

transformações das empresas decorrentes da evolução da sociedade. Sendo

que, os serviços de uma contabilidade bem estruturada, facilita para que as

tomadas de decisões sobre os investimentos da empresa sejam feitas de uma

forma segura e que não atrapalhem de nenhuma forma o seu desenvolver.

Serão abordadas também, questões acerca das funções básicas do contador,

bem como as áreas de atuação deste profissional. De modo a relacionar o

contador com a administração das empresas, ajudando nas tomadas de

decisões, e servindo na maioria das vezes como subsídio para o sucesso do

negócio. Destarte, fica claro que é indispensável o controle dos negócios da

empresa, para que seja mais fácil de as pessoas responsáveis conduzirem o

empreendimento sem que prejudique de alguma forma seu rendimento, com

gastos excessivos, por exemplo. A colaboração de uma boa contabilidade na

gestão empresarial vai muito além de controlar gastos ou análise mensal, o

contador também auxilia na compra de equipamentos, contratação de

profissionais, marketing e outros artifícios indispensáveis para o aprimoramento

e crescimento do negócio. Com isso, a condição financeira da empresa vai ser

controlada de forma saudável, para que os empresários possam enfrentar os

obstáculos em que a sociedade traz às empresas dia a dia com essa tal

evolução.

Palavras-chave: Gestão Empresarial; Contabilidade; Tomada de Decisões

4

ABSTRACT

This paper aims to draw up a research, addressing issues on "The

Importance of Accounting in Management" as well, discuss issues related to

development of enterprises with the use of accounting in his favor. After all, by

means of accounting is that the company will decide how they make their

assessments. It is therefore essential a good accounting for the company's

development. First time will be explicit in the concept work and some thoughts

on the business management and the transformation of companies arising from

the evolution of society. Whereas those of a well-structured accounting

services, makes it easier for decision-making on the company's investments are

made in a safe and do not interfere in any way shape its development. They are

also addressed questions about the basic functions of the counter, as well as

the areas of expertise of this professional. In order to relate the counter with the

management of the companies, helping in decision making, and serving mostly

as a resource for business success. Thus, it is clear that the control of the

business is essential to make it easier for people responsible for conducting the

project without detrimental somehow their income with excessive spending, for

example. The collaboration of a good accounting in business management goes

far beyond control spending or monthly analysis, the counter also helps in

purchasing equipment, hiring professionals, marketing and other essential

devices for the improvement and business growth. Thus, the financial condition

of the company will be controlled in a healthy way, so that entrepreneurs can

face the obstacles that society brings to businesses everyday with this positive

change.

Key-words: Business management; accounting; Decision-making

5

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...................................................................................................7

1.1.OBJETIVOS ...............................................................................................8

1.1.1.OBJETIVO GERAL ..................................................................................8

1.1.2.OBJETIVOS ESPECÍFICOS ....................................................................8

1.2.PROBLEMÁTICA .......................................................................................8

1.3. PRESSUPOSTOS .....................................................................................9

1.4. CONTEXTUALIZAÇÃO .............................................................................9

1.5. JUSTIFICATIVA .......................................................................................10

1.6. ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................11

2. REFERENCIAL TEÓRICO ..........................................................................12

2.1. ORIGEM DA CONTABILIDADE ...............................................................12

2.1.2. DA PROFISSÃO CONTÁBIL NO BRASIL ............................................13

2.1.3. CONTABILIDADE COMERCIAL ...........................................................14

2.1.4. POSTULADOS CONTÁBEIS ................................................................15

2.2. DOS PRINCÍPIOS DA CONTABILIDADE ................................................17

2.2.1. PRINCÍPIO DA ENTIDADE ...................................................................17

2.2.2. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE .........................................................17

2.2.3. PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE ........................................................18

2.2.4. PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL ........................18

2.2.5. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA ..........................................................19

2.2.6. PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA ................................................................19

2.3. INTRODUÇÃO SOBRE A CONTABILIDADE DE CUSTOS ....................21

2.3.1. RELATÓRIOS CONTÁBEIS .................................................................21

2.3.2. BALANÇO PATRIMONIAL ....................................................................22

2.3.3. ATIVO....................................................................................................22

2.3.4. PASSIVO...............................................................................................23

2.3.6. ESTOQUES ..........................................................................................24

2.3.7. SITUAÇÃO FINANCEIRA E ECONÔMICA DA ENTIDADE .................25

2.4. GESTÃO EMPRESARIAL ........................................................................27

2.4.1. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ......................................................29

2.4.2. DA MISSÃO DA EMPRESA ..................................................................32

6

2.4.3. DAS FUNÇÕES DO CONTADOR NA EMPRESA ................................35

CONCLUSÃO .................................................................................................36

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................38

7

INTRODUÇÃO

Para que possamos adentrar nos fundamentos da contabilidade na

Gestão Empresarial, é necessário se fazer uma breve introdução da

importância da contabilidade nos negócios decorrentes da sociedade em geral.

A contabilidade está presente no meio do ser humano desde o início do

mundo. Quando basicamente, os homens competiam no crescimento de suas

riquezas.

Além de estar presente desde o início do mundo, a contabilidade vem

evoluindo a cada dia que passa, à medida que o desenvolvimento econômico

da sociedade vem sendo cada vez mais notório. Tornando o profissional

contador indispensável.

A contabilidade dentro de uma empresa, em seu objetivo científico,

manifesta-se pela conferência do patrimônio e análise das causas das suas

modificações, informando aos usuários sobre aspectos de natureza econômica

e financeira. Essas informações serão utilizadas nas decisões de interesses e

finalidades próprias da empresa.

A precisão das informações é essencial para que sejam utilizadas de

maneira correta, no investimento ou gastos do negócio.

Dessa forma serão abordados diversos tópicos acerca de como gerir

uma empresa a partir da contabilidade empresarial e suas colaborações neste

âmbito.

Vale ressaltar também, que em termos de pós-graduação, é

importantíssimo mensurar a evolução da contabilidade, bem como um pouco

da história da matéria contábil em termos de organizações humanas.

Também serão abordados tópicos acerca dos princípios fundamentais

da contabilidade, para que assim o leitor possa ter uma base de quais são os

objetivos da contabilidade em seu aspecto geral.

Após conhecermos os objetivos e princípios fundamentais da

contabilidade serão relatados alguns conceitos e definições sobre Relatório

Contábil e Balanço Patrimonial.

8

Desse modo, o referencial teórico abordará o quão importante é a

presença de um contador dentro de uma empresa.

Sendo que, com os serviços de uma contabilidade adequada, a

empresa terá uma organização impecável, com ferramentas que colaborarão

para que não ocorra nenhum erro.

1.1. OBJETIVOS:

Os objetivos do trabalho acadêmico estão subdivididos em objetivo

geral e objetivos específicos.

1.1.1 OBJETIVO GERAL

O objetivo geral do trabalho se limita à abordagem das funções do

contador na empresa, bem como sua importância.

1.1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Tendo como base o objetivo geral, os objetivos específicos serão

necessariamente, à verificação dos desígnios da contabilidade, a finalidade

social do contador e os fundamentos da contabilidade na Gestão Empresarial.

1.2. PROBLEMATIZAÇÃO

Em uma determinada empresa, onde são feitos inúmeros movimentos

acerca dos circulações da empresa, tanto quanto dos investimentos, fica

evidente que é indispensável a elaboração de um balanço bem organizado,

feito por um contador, para que assim sejam explícitos os resultados e

demonstrações das origens e aplicações dos recursos.

Desse modo, surge a seguinte questão:

Existem benefícios devido a presença contábil dentro da empresa, e o

quão abrangente é esta área da contabilidade?

9

1.3. PRESSUPOSTOS

Sim. A área da contabilidade beneficia a empresa em todas as formas,

tendo em vista que irá de modo ajudar no planejamento e investimentos da

empresa, sabendo que a função específica do contador é trazer informações

aos usuários da contabilidade, para que a tomada de decisão dentro da

empresa seja eficaz.

Sendo que dessa forma, a análise dos dados, também feita pelo

contador, irá auxiliar o empreendedor a controlar os negócios da empresa.

1.4. CONTEXTUALIZAÇÃO

A contabilidade está cada vez mais presente em nosso meio, pelo fato

de servir como grande suporte na tomada de decisões, tanto nas empresas

como nos negócios em geral.

Segundo José Carlos Marion:

A contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões. Na verdade, ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou de comunicados, que contribuem sobremaneira para a tomada de decisões.1

Além de auxiliar na tomada de decisões, a contabilidade irá permitir

aos empreendedores uma certa avaliação do estado econômico e financeiro da

empresa.

Dessa maneira, são indispensáveis os serviços da contabilidade na

Gestão Empresarial, pois a contabilidade é a essência dos empreendimentos,

pois ajuda no desempenho dos negócios e oferece diretrizes para que o

andamento da empresa seja mais seguro.

José Carlos Marion faz uma menção importante:

A contabilidade surgiu basicamente da necessidade de donos de patrimônio que desejavam mensurar, acompanhar a variação e controlar suas riquezas. Daí, poder-se afirmar que a Contabilidade surgiu em função de um usuário específico, o homem proprietário de patrimônio, que, de posse das informações contábeis, passa a

1 Marion, José Carlos. Contabilidade empresarial. - 12. Ed. – São Paulo: Atlas, 2006, p.23.

10

conhecer melhor sua “saúde” econômico-financeira, tendo dados para propiciar tomada de decisões mais adequadas.2

Essa tal “saúde” refere-se à situação em que se encontra a empresa ou

o patrimônio, em âmbitos financeiros e econômicos, que depende diretamente

das ações do homem alusivas aos negócios.

Sobre a função do contador, Sérgio de Iudícibus e José Carlos Marion

fazem uma alusão importante:

Diante de um leque diversificado de atividade, podemos dizer que a tarefa básica do contador é produzir e/ ou gerenciar informações úteis aos usuários da Contabilidade para a tomada de decisões. Ressalte-se, entretanto, que, em nosso país, em alguns segmentos da nossa economia, principalmente na pequena empresa, a função do contador foi distorcida (infelizmente), estando voltada quase que exclusivamente para satisfazer às exigências do fisco.3

A medida que a utilização da contabilidade na emprese se torna cada

vez mais indispensável, em muitos casos, o contador se torna basicamente

uma espécie de administrador da empresa. O que não seria sua função

específica, mais acaba saindo mais agradável ao empreendedor pelo fato de

contribuir de grande forma ao desenvolvimento total da empresa.

1.5. JUSTIFICATIVA

A escolha pelo tema a ser discutido, se deu pelo fato de que, com a

evolução constante de nossa sociedade, bem como com o crescimento das

empresas de nosso país, o contador se coloca cada vez mais importante na

tomada de decisão das empresas.

Desse modo, a elaboração do trabalho será totalmente voltada a esta

questão, e diretamente relacionada as atuações do contador nas empresas, de

maneira a sistematizar o quão abrangente é esta área da contabilidade, sendo

cada vez mais utilitária e prática para o mundo dos negócios.

2 Marion, José Carlos. Contabilidade empresarial. – 12. Ed. – São Paulo: Atlas, 2006, p.26. 3 Iudícibus, Sérgio de. Introdução à teoria da contabilidade para o nível de graduação/ Sérgio de Iudícibus, José Carlos Marion. – 4. Ed. – São Paulo : Atlas, 2006, p.43.

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1.6. ESTRUTURA DO TRABALHO

O trabalho está organizado por 5 (cinco) capítulos. O primeiro capítulo

será a Introdução, objetivos gerais e específicos, problematização,

contextualização, pressupostos, justificativa e estrutura.

No segundo capítulo será apresentado o referencial teórico, contendo

algumas considerações acerca da Evolução da Contabilidade, bem como o

sucesso da profissão contábil no Brasil.

No terceiro capítulo serão abordados alguns conceitos sobre os

Princípios da Contabilidade e o Balanço Patrimonial, tanto quanto, os

componentes Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, pertencentes a Entidade.

O quarto capítulo irá conter determinadas exposições sobre a Gestão

Empresarial em termos de administração, focando nos objetivos, missão e

planejamentos que as empresas devem ter como base.

Já o quinto capítulo, irá contar as considerações finais e as referências

bibliográficas.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. ORIGEM DA CONTABILIDADE

Existem indícios de que os primeiros relatos de contas foram

registrados à quase 2.000 anos a.C.

Dessa maneira, sabendo que a contabilidade está presente em nosso

meio desde os primórdios, fica evidente que é assunto de determinado grau de

importância para o desenvolvimento do ser humano.

Sobre esse assunto, Sérgio de Iudícibus faz um breve relato:

Não é descabido afirmar que a noção intuitiva de conta e, portanto, de Contabilidade seja, talvez, tão antiga quanto a origem do Homo sapiens. Alguns historiadores fazem remontar os primeiros sinais objetivos da existência de contas a aproximadamente 2.000 anos a.C. Entretanto, antes disso, o homem primitivo, ao inventariar o número de instrumentos de caça e pesca disponíveis, ao contar seus rebanhos, ao contar suas ânforas de bebidas, já estava praticando uma forma rudimentar de Contabilidade.4

Vale ressaltar que a contabilidade teve seu desenvolvimento, um pouco

lento, até o surgimento da moeda.

Com as noções de riquezas, os homens tiveram de ir se aprimorando

em seu objeto de avaliação, lembrando que a contabilidade estevem presente

desde sempre nas organizações, não se ausentando nem mesmo nas menores

delas.

A evolução do capital das entidade, se deu com grande proporção,

sendo este o fator mais importante para o desenvolvimento da matéria contábil.

Vale ressaltar este enunciado importante a que se faz o autor Sérgio

Iudícinus:

É, assim, fácil de entender, passando por cima da Antiguidade, por que a Contabilidade teve seu florescer, como disciplina adulta e completa, nas cidades italianas de Veneza, Gênova, Florença, Pisa e outras. Estas cidades e outras da Europa fervilhavam de atividade mercantil, econômica e cultural, mormente a partir do século XII até o início do século XVII.5

4 Iudícibus, Sérgio de. Contabilidade Gerencial. – 6. Ed. – São Paulo: Atlas, 1998, p.34. 5 Iudícibus, Sérgio de. Contabilidade Gerencial. – 6. Ed. – São Paulo: Atlas, 1998, p.36.

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Já, em termos de evolução brasileira, a contabilidade no Brasil, teve

influência a partir das Escola Italiana.

Uma das primeiras escolas especializadas em ensino de Contabilidade

no Brasil foi criada em 1902, em que recebia o nome de Escola de Comércio

Álvares Penteado.

Vale salientar que poucos fôramos autores brasileiros que leram e

meditaram acerca do pensamento italiano da época.

2.1.2. DA PROFISSÃO CONTÁBIL NO BRASIL

O campo de atuação do profissional contábil é meramente extenso,

tendo perspectivas excelentes acerca do mercado de trabalho, podendo o atuar

em áreas como Contador Geral, Contador de Custos, tanto quanto em cargos

administrativos.

Sobre este assunto, Sérgio de Iudícibus relata o seguinte:

[...] O número de bons profissionais, com ampla visão de administração financeira, é tão escasso, no momento, que os poucos que a possuem e, portanto têm condições de assumir posições de controladores, diretores financeiros, chefes de Departamento de Contabilidade e de Custos, auditores internos e externos, têm obtido remuneração e satisfação profissional muito grande.6

Esse fato de que o profissional contábil tem grande êxito após sua

formação, se dá pela maneira em que o profissional se aperfeiçoa em seu

trabalho, agindo e trabalhando de forma correta, sabendo dos riscos de que

uma má contabilidade pode trazer ao patrimônio da empresa ou entidade.

Segundo Sérgio Iudícibus:

A Contabilidade é tão remota quanto o homem que pensa, ou, melhor dizendo, que conta. A necessidade de acompanhar a evolução dos patrimônios foi o grande motivo para seu desenvolvimento. O surgimento do capitalismo deu impulso definitivo a esta importante disciplina, potencializando seu uso e aumentando sua eficácia. 7

Essa alusão define a importante evolução da contabilidade, em termos

de aperfeiçoamento humano, levando em consideração a eficácia que

proporciona ao gestor da empresa, através das análises.

6 Iudícibus, Sérgio de. Contabilidade Gerencial. – 6. Ed. – São Paulo: Atlas, 1998, p.43. 7 Iudícibus, Sérgio de. Contabilidade Gerencial. – 6. Ed. – São Paulo: Atlas, 1998, p.48.

14

2.2.3. CONTABILIDADE COMERCIAL

Para que possa ser feita uma ligação da contabilidade com a gestão

empresarial, é oportuno que se faça uma breve introdução acerca da

contabilidade comercial, bem como o conceito de comércio e suas origens

históricas.

Sérgio de Iubicídius e José Carlos Marion:

Basicamente entende-se por comércio a troca de mercadorias por dinheiro ou de uma mercadoria por outra. A atividade comercial é inerente à natureza e às necessidades humanas, pois todos temos necessidade e, se não existisse moeda, trocaríamos bens que temos em excesso por outros que não possuímos. A atividade comercial é das mais importantes, pois permite colocar à disposição dos consumidores, física ou economicamente delimitados, grande variedade de bens e serviços, necessários à satisfação das necessidades humanas. Neste sentido, diz-se, também, que o comerciante é a pessoa física ou jurídica que aproxima vendedores e compradores, levando-os a completar uma operação comercial, ou seja, a troca de mercadorias por dinheiro ou por outras mercadorias.8

A atividade comercial, se deu pelo fato da necessidade dos povos

antigos, sendo que o comércio é uma atividade que se originou no Brasil,

desde a época da abertura dos portos, e a partir daí foi se desenvolvendo as

práticas de importações de produtos, oriunda da necessidade de alguns

produtos que no Brasil ainda não eram comercializados.

De acordo com a tradição, as atividades de comércio são atribuídas de

dois tipos: entidades comerciais atacadistas e varejistas.

Esta distinção se dá pelo fato da função econômica de cada uma delas,

dentro do âmbito comercial.

Para afirmar essa definição, Sérgio de Iudícibus e José Carlos Marion

fazem uma menção relevante acerca do assunto:

Assim, por um lado, a clientela preferencial ou característica das empresas atacadistas é constituída por empresas industriais, agrícolas, que utilizam as mercadorias vendidas pelo atacadista, como matéria-prima ou suprimentos, ou outras empresas mercantis intermediárias. É importante notar que a mercadoria vendida por tais entidades nunca vai diretamente ao consumidor individual final. Sempre segue para outras empresas que aplicam mais um trabalho e

8 Iudícibus, Sérgio de e Marion, José Carlos. Contabilidade Comercial. 3. - 7. Ed. – São Paulo: Atlas, 2007, p. 3.

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produzem outro produto ou para empresas mercantis colocadas num grau inferior da cadeia de distribuição.9

Assim sendo, cada tipo de entidade é própria para o seu tipo de

clientela, por exemplo, a entidade atacadista não atende diretamente o

consumidor, isso é próprio da entidade varejista, que no caso, oferece produtos

diretamente voltado para o consumidor.

Há casos também de empresas que trabalham tanto no varejo como no

atacado.

A entidade atacadista, trabalha dessa forma, muitas das vezes para

que o custo de produção e de consumo sejam menores.

Dessa forma, trabalhando em grande quantidade, o custo de produção

tende a diminuir. É o caso das empresas de grande porte.

2.2.4 POSTULADOS CONTÁBEIS

Como visto anteriormente sobre a evolução da contabilidade, fica claro

que o mundo com o decorrer do tempo vai se adequando as mudanças e

variações, sendo assim, o homem é sujeito a se acostumar com certas

mutações.

Partindo desse pressuposto, a contabilidade é uma matéria que

abrange uma série de assuntos, desse modo, tão quão importante como os

princípios contábeis, é o assunto relacionado aos Postulados.

Para dar uma breve introdução no assunto, Sérgio de Iudícibus define

o Postulado como sendo:

Um postulado pode ser definido como uma proposição ou observação de certa realidade que pode ser considerada não sujeita a verificação, ou axiomática. Normalmente, a categoria de postulado, em Contabilidade, abarca uma área de atração mais ampla do que a própria disciplina e relaciona-se com aspectos “ambientais” ou que cercam o campo e as condições em que a Contabilidade deve atuar.10

9 Iudícibus, Sérgio de e Marion, José Carlos. Contabilidade Comercial. P.3. – 7. Ed. – São Paulo: Atlas, 2007, p. 3. 10 Iudícibus, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. – 6. Ed. – São Paulo: Atlas, 1998, p. 50.

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De modo que um postulado é considerado uma premissa básica, ou

seja, um suporte para a matéria da contabilidade, sendo assim, o postulado é

imposto de maneira a se definir as diretrizes empresariais.

2.3 DOS PRINCÍPIOS DA CONTABILIDADE

Os princípios da contabilidade foram atualizados pela Resolução CFC

nº 1.282/10, que antes vigoravam na Resolução CFC nº 750/93, que foi e ainda

continua sendo grande referência para a Contabilidade.

O artigo 8º, seu parágrafo único, e os incisos I, II e II, que abordavam

sobre o princípio da atualização monetária na Resolução CFC nº 750/93, foram

revogados por esta resolução.

Será abordado porém, somente o Princípio da Entidade que foi previsto

primeiramente pela Resolução CFC nº 750/93, os demais serão citados da

Resolução CFC nº 1.282/10.

2.3.1 PRINCÍPIO DA ENTIDADE

O princípio da entidade está assegurado na Resolução CFC 750/93,

em seu artigo 4º:

Art. 4º O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, necessita acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

Parágrafo único. O Patrimônio pertence à Entidade, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova Entidade, mas numa unidade de natureza econômico-contábil. 11

O artigo 4º da Resolução, prevê portanto que o patrimônio deve ser

revestido de autonomia, sendo o próprio, um objeto da contabilidade.

11 Conselho Federal de Contabilidade, resolução nº 750 de 31 de Dezembro de 1993

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2.3.2 PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE

O Princípio da Continuidade está previsto no Art. 5º da Resolução CFC

nº 750/93:

“Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.12

Este princípio, assegura que o patrimônio da entidade, depende de

como serão as operações dos negócio realizadas dentro da entidade.

Dependendo portanto da modificação ou não da situação dos negócios.

2.3.3 PPRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE

O Princípio da Oportunidade, se refere ao relatório de todas as

mutações sofridas pelo patrimônio da Entidade.

O Conselho Federal de Contabilidade, em sua Resolução nº 1.282/10,

prevê o Princípio da Oportunidade da seguinte forma:

Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.

Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação.13

Dessa maneira, esse processo de apresentação das informações, é

importantíssimo para o desenvolvimento da empresa, sendo que essas

informações precisam ser de forma incorruptível, seguindo o padrão de ética da

contabilidade.

2.3.4 PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL

É fato que, o Princípio do Registro Pelo Valor Original, como todos os

outros princípios, é de mera importância para a Contabilidade, levando em

consideração o fato pelo qual, rege os fundamentos da contabilidade, e

12 Conselho Federal da Contabilidade, resolução nº 750 de 31 Dezembro de 1993 13 Conselho Federal de Contabilidade, resolução nº 1.282 de 28 de Maio de 2010

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estando porém, previsto de forma clara, na Resolução CFC nº 1.282/10, em

seu artigo 7º:

Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.14

Vale salientar, que para o Princípio do Registro pelo Valor Original, o

patrimônio total da empresa deve ser registrado em moeda nacional,

declarando este, em caso de transações exteriores, fixado em moeda nacional.

2.3.5 PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA

O Princípio da Competência, também está previsto no artigo 9º da

Resolução CFC nº 1.282/10, que aborda a seguinte questão:

Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.

Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.15

O princípio da Competência, está ligado diretamente com a questão da

capacidade da contabilidade de lidar com as variações e mutações do

patrimônio.

Sendo que, este princípio se refere ao momento em que um

componente deixa de fazer parte do patrimônio, transformando-se em

componente modificador.

2.3.6 PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA

O Princípio da Prudência, prevê que quando um componente sofrer

alguma mutação ao patrimônio líquido, apresentando alternativas iguais para

as alterações, se adote o menor valor para o Ativo e maior para o Passivo.

Vale ressaltar que a incerteza, é um atributo que está cada vez mais

presente nas situações do nosso dia-a-dia, cabendo ao Princípio da Prudência,

o auxílio para a resolução de mérito.

14 Conselho Federal de Contabilidade, resolução nº 1.282 de 28 de Maio de 2010 15

Conselho Federal de Contabilidade, resolução nº 1.282 de 28 de Maio de 2010

19

Esse princípio, está previsto também, como os demais, na Resolução

CFC nº 1.282/10, que pressupõe a seguinte redação:

Art. 10. [...]

Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais.16

Portanto, deve-se ter, segundo o Princípio do Prudência, uma certa

cautela, quando se tratam de estimativas acerca dos ativos e passivos, ou

melhor dizendo, em caso de dúvida, quando se calcular os valores novamente,

deve-se optar pelo menor valor, no caso dos ativos, e maior quando se tratar

dos componentes passivos.

2.4 UMA INTRODUÇÃO SOBRE A CONTABILIDADE DE CUSTOS

A contabilidade de custos está relacionada a uma enorme amplitude,

que por via das dúvidas, é de enorme contribuição no desenvolvimento da

empresa, sendo ela relacionada a retirada dos fatores de produção,

depositando-os no processo de produtividade.

De acordo com Sérgio de Iudícibus:

Conquanto os estudiosos sempre encontrem explicações para suas “crenças científicas”, mesmo que não necessariamente corretas, deveríamos esclarecer que o sentido original da palavra custo, aplicada à contabilidade, refere-se claramente à fase em que os fatores de produção são retirados do estoque e colocados no processo produtivo. Possivelmente, não seríamos obrigados a utilizar o termo custo a não ser para: o custo de fabricação deste produto foi de... Pois, ao adquirir-se o fator primário de produção, poderíamos dizer: gastei x reais para adquirir este ativo ou, então, o valor do estoque é de... [...]17

Desse modo, a contabilidade de custo se preocupa com o custo que

pode ter as noções de produtividade, sendo que está relacionada também com

o controle de certos custos e a apresentação de tais ao gestor da empresa.

16 Conselho Federal de Contabilidade, resolução nº 1.282 de 28 de Maio de 2010 17 Iudícibus, Sérgio de. Contabilidade Gerencial. - 6. Ed. – São Paulo: Atlas, 1998, p. 113.

20

O contabilidade de custos deve então, conscientizar a empresa com as

observações feitas através do profissional contábil responsável por essa área

na empresa.

2.4.1 RELATÓRIOS CONTÁBEIS

A Lei nº 6.404/76 determina os Relatórios Contábeis como sendo as

demonstrações financeiras ou contábeis feita pelos contadores para a

apresentação da situação financeira e econômica da empresa.

Segundo José Carlos Marion:

Relatório contábil é a exposição resumida e ordenada de dados colhidos pela contabilidade. Objetiva relatar às pessoas que se utilizam da contabilidade (usuários da contabilidade) os principais fatos registrados pela contabilidade em determinado período18

Os Relatórios Contábeis podem ser, de fato projetados ponderando por

diferentes variáveis, o que origina as relações orçamentárias.

2.4.2 BALANÇO PATRIMONIAL

Umas das principais, senão a principal demonstração contábil é o

Balanço Patrimonial.

O artigo 178 da Lei nº 6.404/76, prevê o Balanço Patrimonial:

Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e análise da situação financeira da companhia.19

Dessa maneira, o Balanço Patrimonial age qualitativa e

quantitativamente, elaborando ilustrações de como está, em uma data

específica, o patrimônio e a parte financeira da Empresa.

Com o auxílio do Balanço Patrimonial, serão feitas as demonstrações

para fins de checagem.

Vale ressaltar que o Balanço Patrimonial é composto por:

18 Marion, José Carlos. Contabilidade Empresarial. – 12. Ed. – São Paulo: Atlas, 2006, p.

39. 19

Lei nº 6.404/76. Art. 178

21

Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, todos elencados na Lei nº

6.404/76.

Dessa forma, as colunas das quais o balanço patrimonial é constituído,

são a estrutura geral do patrimônio da entidade.

Esse Balanço Patrimonial é essencial para o controle da empresa, sendo

que vai auxiliar de forma concreta em todos os âmbitos da administração, que

no caso, depende da área contábil.

2.4.3 ATIVO

De modo que o Ativo se refere aos bens e direitos da entidade, então

será ativo, tudo aquilo que pertencer a entidade, representando os benefícios

resultantes para a empresa.

Vale ressaltar, que o Balanço Patrimonial fará a checagem de todo o

patrimônio Ativo da Entidade.

Com essa ideia, José Carlos Marion faz uma menção meramente

importante:

A empresa relatará como ativo só aquilo que for de sua propriedade. Os empregados, por exemplo, não são propriedade da empresa; portanto, não serão evidenciados no ativo. (Na época da escravidão, os escravos constavam do ativo, pois eram propriedades da empresa)20

Vale ressaltar, que esses bens e direitos são somente aqueles em que

a empresa possui total domínio.

Há algumas teorias da Contabilidade Moderna que defendem que

façam parte dos bens ativos de uma empresa, todos aqueles que estão à

disposição da entidade, não necessariamente precisando ser de domínio da

empresa.

20 Marion, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 12. Ed. – São Paulo: Atlas, 2006, p. 42.

22

2.4.4 PASSIVO

O lado Passivo do Balanço Patrimonial se relaciona a todas as

obrigações e dívidas da empresa. Por exemplo: impostos, contas, fornecedores

etc.

O Passivo está dividido em dois grupos: o passivo exigível e o passivo

não exigível. Segundo José Carlos Marion:

O passivo exigível evidencia toda a obrigação (dívida) que a empresa tem com terceiros: contas a pagar, fornecedores de matéria-prima (a prazo), impostos a pagar, financiamentos, empréstimos etc. O passivo é uma obrigação exigível, isto é, no momento em que a dívida vencer, será exigida (reclamada) sua liquidação. Por isso é mais adequado denomina-lo Passivo Exigível.

A obrigação Não Exigível também pode ser vista como uma dívida, só que essa dívida não será reclamada. Enquanto a empresa estiver num processo de continuidade, funcionando, não precisa pagar essa obrigação. Com quem né essa obrigação? Com seus proprietários.21

Esses recursos portanto, representam obrigações que a empresa tem

com terceiros, sendo que terão que ser utilizados alguns ativos para a

liquidação dos passivos.

2.4.5 PATRIMÔNIO LIQUIDO

O Patrimônio Líquido está relacionado totalmente com os recursos que

foram utilizados para o investimento do empreendimento, sendo aplicados na

empresa de forma a se definir como capital, sendo.

De acordo com José Carlos Marion:

O Patrimônio Líquido não só é acrescido com os novos aumentos de Capital, mas também, e isso é mais comum, com os rendimentos resultantes do capital aplicado. Esse rendimento denominamos de Lucro. 22

Esse Lucro, resulta de todas as atividades exercidas na empresa,

como forma de pagamento a todos os investimentos feitos dentro da empresa.

É como se fosse uma remuneração.

José Carlos Marion, faz outra menção importante:

21 Marion, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 12. Ed. – São Paulo: Atlas, 2006, p. 45. 22

Marion, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 12. Ed. – São Paulo: Atlas, 2006, p. 47.

23

De certa forma, o Patrimônio Líquido, como já vimos, também é uma obrigação da empresa com seus proprietários. Todavia, é uma obrigação, geralmente, quando não exigível, isto é, os proprietários não exigem da empresa o reembolso de sua aplicação, pois têm um interesse de continuidade da empresa. Por isso, antigamente, o Patrimônio Líquido era conhecido como Não Exigível.23

Esse Patrimônio Líquido pode ser também, considerado como o Capital

Próprio dos proprietários da empresa.

Vale ressaltar, um utensílio indispensável ao Balanço Patrimonial, que

é a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), na qual irá

detalhar todas as informações e mudanças ocorridas nas contas do Patrimônio

Líquido.

2.3.4. ESTOQUES

Os estoques são um subgrupo referente ao Ativo, que no caso

representa grande significado dentro da empresa.

De acordo com José Carlos Marion:

O grupo de contas Estoques assume grande importância no contexto do Balanço Patrimonial (BP) e seus efeitos são imediatamente sentidos no Patrimônio Líquido. Daí a necessidade de demonstrar sua movimentação na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), principalmente nos Balanços Patrimoniais das empresas comerciais onde o estoque tende a ser o item de maior valor e de intensa movimentação (isso não quer dizer que não seja importante também nas empresas industriais ou mesmo em outras empresas). 24

Esse assunto está relacionado com as empresas comerciais que

possuam fluxo de matérias de consumo, matéria-prima, ou seja, qualquer

produto que possa ser comercializado.

2.3.5. SITUAÇÃO FINANCEIRA E ECONÔMICA DA ENTIDADE

O balanço patrimonial, apresenta de forma clara as situação

patrimonial e financeira da empresa.

Desse modo, José Carlos Marion faz uma implicação importante:

Observamos, até o momento, que o Balanço Patrimonial evidencia a situação patrimonial (Bens, Direitos e Obrigações) da empresa.

23

Marion, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 12. Ed. – São Paulo: Atlas, 2006, p. 47. 24Marion, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 12. Ed. – São Paulo: Atlas, 2006, p. 295.

24

Poderíamos, ainda, numa abordagem específica, atribuir ao Balanço Patrimonial a função (entre outras) de indicador da Situação Financeira da Entidade, ou seja, a capacidade de pagamento da empresa.25

Como dito anteriormente, a situação financeira e econômica da

empresa é analisada pelo profissional contador através do balanço patrimonial,

que, em que pese, é um fator importantíssimo para se atribuir as

demonstrações de como se encontra a empresa, em determinado momento.

Essa situação financeira, tem muito a ver com os gastos feitos, seja em

investimentos de produção ou de qualquer espécie, o que vale ressaltar que

sem essa análise não poderia ser observado.

Para que seja feita essa a análise econômica da empresa, é preciso

que se observe o Patrimônio Líquido da entidade, sendo que com o aumento

do Patrimônio Líquido, faz com que fique ainda mais forte a situação

econômica da empresa.

Como explica José Carlos Marion:

O Patrimônio Líquido poderá ser acrescido, também, com novos aumentos de capital: os proprietários fazem novos investimentos, normalmente, com o objetivo de expandir a empresa. Todavia, há ocasiões em que a situação econômica (e mesmo a situação financeira) é tão precária que os proprietários da empresa contribuem com um aumento de capital (reforço) para tentar equilibrar essa situação. Note que estes aumentos serão contínuos, pois a situação seria desestimulante para os proprietários. 26

Desse modo, fica evidente que com a colaboração dos proprietários da

empresa, os negócios venham a se desenvolver melhor, objetivando assim um

lucro maior aos próprios proprietários que são os beneficiários.

A situação financeira da entidade, resulta e muito de como é feita a

gestão dessa empresa, sendo que o gestor tem que estar atento a todos os

requisitos que não irão beneficiar em nada o desenvolvimento da empresa,

lembrando sempre que os investimentos deverão ser feitos de acordo com o

controle realizado pelo profissional contábil.

Tendo assim, este controle como suporte de que a tomada de

decisão será efetuada da maneira correta.

25

Marion, José Carlos. Contabilidade Empresarial.12. Ed. – São Paulo: Atlas, 2006, p. 79. 26Marion, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 12. Ed. – São Paulo: Atlas, 2006, p. 80.

25

2.5 GESTÃO EMPRESARIAL

A Contabilidade é um dos pilares da Gestão Empresarial, sendo que, o

profissional contábil fornece informações financeiras para que os gestores da

empresa possam exercer sua função de administração dentro da entidade,

levando em conta que o auxílio da contabilidade poderá interferir também em

matéria de lucratividade.

Vale ressaltar, que com as mudanças ocorridas no mundo dos

negócios, tanto quanto, a evolução da tecnologia, o gestor da empresa tem que

ficar ciente de que precisa se adequar a certas mutações, dessa forma, a

contabilidade auxilia o gestor com instrumentos de apoio para com o controle

da empresa, sendo que, na maioria das vezes, é o próprio contador quem

exerce a função de gestor dentro da empresa.

Com a intensa movimentação das empresas de grande porte, é

essencial que sejam utilizados métodos de controladoria, para que a tomada de

decisão seja mais eficaz, levando em conta, todas as necessidades e estrutura

financeira da empresa.

O objetivo da contabilidade, de forma geral, dentro de uma empresa, é

fornecer informações sobre as análises colaborando para o desenvolver da

entidade, considerando a extrema clareza, se tratando das informações

transmitida pelo contador, sendo este, um profissional indispensável dentro da

empresa, levando em apreço todas as demonstrações com que é capaz de

desenvolver.

Para que a empresa tenha um determinado crescimento, são

necessárias algumas técnicas de estratégia para o sucesso do negócio.

Sobre o crescimento da empresa, José Vicente B. de Mello e o coautor

Renato Ribeiro fazem uma alusão importante:

O crescimento interno é conseguido por meio do aumento das vendas, da capacidade de produção e da força de trabalho. Algumas empresas buscam deliberadamente esse caminho para o crescimento, em vez de tomar os rumos alternativos da aquisição de outras empresas. O crescimento interno não inclui apenas o

26

crescimento do mesmo negócio, mas também a criação de novos negócios, seja em direção horizontal ou vertical.27

Nada mais oportuno do que dizer que a empresa está totalmente ligada

a força de trabalho em consonância com a capacidade de produção dos

empreendedores. Pode-se dizer então, segundo conclusões, que esse é a

porta para o desenvolvimento da empresa.

A estratégia é outro ponto forte dentro da entidade, sendo que, irá

estabelecer aos gestores certas diretrizes para colaborar com o crescimento

financeiro da empresa, sem comprometer seu patrimônio. É uma forma de

tática, usada pelos empreendedores para o controle dos negócios.

Para confirmar esse pensamento, José Vicente B. de Mello e o coautor

Renato Ribeiro traduzem a seguinte ideia:

Portanto, a estratégia deve ser usada, em seguida, para gerar projetos estratégicos através de um processo de busca. O papel da estratégia, nessa busca, é primeiro o de focalizar a atenção em áreas definidas pela estratégia e, em segundo lugar, o de excluir as possibilidades não identificadas que sejam incompatíveis com a estratégia.28

O processo de estratégia, se define pela enumeração de projetos a

serem realizados, contando com a possibilidade de inovações dentro da

empresa, afinal na maioria das vezes a inovação é sinônimo de sucesso.

Através da estratégia, é possível que o gestor invista em novos

projetos, que gerarão o aumento do negócio.

Assim sendo, estas estratégias colaboram para que o gestor não venha

a falhar em sua função pela falta de um certo controle ou prevenção.

José Vicente B. de Mello e o coautor Renato Ribeiro elaboraram um

exemplo disso, na obra publicada pela editora Gazeta do Povo:

Algumas empresas optam pelo crescimento através da aquisição de outras organizações. Na integração vertical, envolve o crescimento através da aquisição de outras organizações num canal de distribuição. Quando uma organização adquire outras companhias que a suprem, ela se engaja na integração inversa. A organização que adquire outras empresas que estejam mais próximas dos usuários finais do produto (atacadistas, varejistas) est· engajada na integração direta. A integração vertical é usada para obter maior

27

Cordeiro, José Vicente B. de Mello e Ribeiro, Renato. Gestão Empresarial. Ed. Gazeta do Povo,

2002, p.19. 28

Cordeiro, José Vicente B. de Mello e Ribeiro, Renato. Gestão Empresarial. Ed. Gazeta do Povo,

2002, p. 17.

27

controle sobre uma linha de negócios e aumentar os lucros através de maior eficiência, ou melhor esforço de vendas.29

Vale ressaltar, que todo esse crescimento adquirido pela empresa

através da aquisição de outras organizações, como dito acima pelos referido

autores, é evidente que todo esse planejamento é feito através do profissional

contábil, que irá apresentar as chances de investimento ou não com relação

aos negócios da empresa.

Outro aspecto importante em que o gestor empresarial tem que

observar, antes da elaboração de algum plano ou estratégia de crescimento,

são os objetivos e a missão da entidade.

Portanto, o gestor empresarial deve sempre contar com o auxílio do

profissional contábil para a elaboração de análises, para que o próprio gestor

venha a assegurar os verdadeiros objetivos da empresa, que no caso é o

alicerce do sucesso dos negócios.

2.5.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

O planejamento estratégico é de suma importância para a empresa, de

modo que, uma empresa sem o planejamento se torna um negócio sem

direcionamento e parâmetros a seguir.

É importantíssimo que seja feito o planejamento de acordo com os

controles da empresa.

Por isso é de suma importância que o profissional contábil também

faça parte desse planejamento, auxiliando na tomada de decisões.

José Vicente B. de Mello e o coautor Renato Ribeiro fazem uma

menção importante:

O planejamento estratégico é um importante instrumento de gestão para as organizações na atualidade. Constitui uma das mais importantes funções administrativas e é através dele que o gestor e sua equipe estabelecem os parâmetros que vão direcionar a organização da empresa, a condução da liderança, assim como o controle das atividades. O objetivo do planejamento é fornecer aos gestores e suas equipes uma ferramenta que os municie de informações para a tomada de decisão, ajudando-os a atuar de forma

29

Cordeiro, José Vicente B. de Mello e Ribeiro, Renato. Gestão Empresarial. Ed. Gazeta do Povo, 2002,

p.19.

28

pró-ativa, antecipando-se às mudanças que ocorrem no mercado em que atuam.30

Este planejamento pode também, auxiliar na prevenção de certas

mudanças que podem ocorrer com o longo do tempo, sendo como uma

maneira de precaução e prudência para o andamento dos negócios não se

distorcerem, tomando rumos totalmente diferentes dos objetivos da empresa.

Vale ressaltar, que para esse planejamento estratégico é necessário

um diagnóstico norteador segundo os preceitos da empresa, conforme José

Vicente B. de Mello e o coautor Renato Ribeiro afirmam.

O diagnóstico estratégico é o primeiro passo do processo de planejamento e é através dele que a organização ir se municiar das informações que irão nortear o seu direcionamento estratégico. O diagnóstico estratégico pode ser comparado a um radar digital ligado 24 horas por dia, sempre pronto a captar e manter atualizado o conhecimento da empresa em relação ao ambiente e a si própria, visando identificar e monitorar permanentemente as variáveis competitivas que afetam a sua performance. É com base no diagnóstico estratégico que a empresa ir· se antecipar às mudanças e preparar-se para agir em seus ambientes internos e externos. 31

Este diagnóstico norteador, irá apresentar as informações de tudo o

que pode acontecer se as estratégias forem feitas de forma antecipada, sem a

observação de tudo o que realmente a empresa necessita preservar, como os

seus desígnios.

É necessário salientar, que toda organização precisa de recursos, tanto

materiais como recursos, tanto quanto assessoriais, como a força de trabalho

em equipe, por exemplo.

De forma a exemplificar essa organização, José Vicente B. de Mello e

o coautor Renato Ribeiro asseguram:

Toda organização, seja ela privada, governamental ou do chamado Terceiro Setor consiste em um sistema aberto, em constante interação com o meio ambiente. Para sobreviver, as organizações precisam de insumos (recursos humanos, recursos financeiros e materiais), que são transformados em bens e serviços, os quais são colocados no mercado, visando o atendimento de uma determinada necessidade. O atendimento dessa necessidade produz resultados que retroalimentam as organizações (receitas e lucro, no caso da empresa; reconhecimento e efetividade social na promoção do bem comum, no caso do Estado e de entidades do Terceiro Setor). Portanto, a relação com o meio externo constitui um fator-chave da

30

Cordeiro, José Vicente B. de Mello e Ribeiro, Renato. Gestão Empresarial. Ed. Gazeta do Povo, 2002,

p.27. 31

Cordeiro, José Vicente B. de Mello e Ribeiro, Renato. Gestão Empresarial. Ed. Gazeta do Povo, 2002,

p. 28.

29

própria existência das organizações. Por esse motivo, entender de que se compõe esse ambiente e como ele se organiza torna-se essencial para a gestão das empresas.32

O meio ambiente está em constante transformação no dia a dia, e para

isso é preciso que a empresa se adeque a essas mudanças.

Vale destacar, que quando fala-se em meio ambiente, não está só

vinculado ao meio ambiente natural, e sim ao meio ambiente do trabalho, meio

ambiente físico, meio ambiente cultural e por fim artístico.

O meio ambiente do trabalho está relacionado ao campo empresarial,

mais específico ao campo do trabalho, onde a empresa necessita estar atenta

as normas de proteção individual de saúde do empregado, objetivando assim,

o meio ambiente do trabalho justo e saudável, sendo este um dos principais

princípios do artigo 7º da Constituição Federal de 1988.

O meio ambiente natural também é uma preocupação, pois uma

empresa para se instalar em um determinado local é necessário uma licença

prévia de instalação, para com isso a instalação do empreendimento

empresarial não degrade o meio ambiente.

Vale destacar, que no caso do meio ambiente natural ele se liga com o

meio ambiente artístico, ao fato de que, se for feito um empreendimento e este

empreendimento causar dano a algum patrimônio artístico, será obrigatório que

o empreendedor tome medidas mitigadoras.

Conforme disposto no artigo 225 da Constituição Federal:

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

[..]

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;33

Com base neste disposto Constitucional, cumpre ressaltar, que no caso

de municípios com população acima de vinte mil habitantes, é necessário que o

32

Cordeiro, José Vicente B. de Mello e Ribeiro, Renato. Gestão Empresarial. Ed. Gazeta do

Povo, 2002, p. 29. 33

Brasil, República Federativa do. Constituição Federal de 1988. Art. 225.

30

Poder Legislativo municipal elabore uma lei que obrigue todos os

empreendimentos tanto públicos quanto privados, causadores de grande

potencial ofensivo ao meio ambiente urbano, a elaborar previamente um estudo

de impacto de vizinhança e quais as medidas mitigadoras que o gestor

cumprirá.

Portanto, não só o gestor privado, e também o gestor público de

administração pública.

Todas estas prevenções sobre o meio ambiente, fazem parte também

do planejamento de estratégia, até porque sem o planejamento de estratégia,

pode ocorrer de aumentar os gastos da empresa com mudanças futuras, antes

não previstas.

No caso, o aumento de gastos sem necessidade, pode bloquear o

rendimento da empresa. Portanto, é necessário mais uma vez chamar a

atenção à importância do profissional contábil dentro da empresa.

2.5.2 DA MISSÃO DA EMPRESA

No que se refere a missão da empresa, fica claro que é necessário

para que se consolide esta missão, primeiramente um determinado rumo a ser

seguido, para que não fuja também dos objetivos da empresa

Como uma definição importante de missão, José Vicente B. de Mello e

o coautor Renato Ribeiro a definem como sendo:

A missão da empresa consiste na sua razão de ser e determina a sua identidade. Apesar da sua definição ser um elemento essencial para a gestão de qualquer organização, é comum o gestor não conseguir definir com clareza sua missão por confundi-la com o próprio produto/serviço oferecido. Quando isso ocorre, a organização restringe a sua missão à mera produção do bem ou do serviço, não conseguindo enxergar a necessidade à qual atende, o que pode limitar a sua perspectiva em termos de atuação estratégica no mercado.34

Desse modo, é de suma importância que sejam feitas análises prévias

e planejamentos sobre a abertura de qualquer tipo de empreendimento, para

se analisar se é lucrativo ou não.

34

Cordeiro, José Vicente B. de Mello e Ribeiro, Renato. Gestão Empresarial. Ed. Gazeta do

Povo, 2002, p. 33.

31

O lucro é como se fosse uma perspectiva a ser alcançada por qualquer

empresa, sendo assim, faz parte também de sua missão, que na realidade

envolve questões associadas produção de bens e serviços, buscando sempre

o sucesso do negócio.

Para que seja feita a abertura de qualquer empreendimento, é

necessária que os gestores invistam em divulgar de forma clara a missão e

objetivos da empresa, de forma a pensar no futuro da organização.

Vale salientar que a missão da empresa deve atender as necessidades

dos clientes, sendo definida através do que é buscado pelos clientes em

determinados empreendimentos.

Sem esquecer dos rumos que serão traçados ao colocar nos planos e

objetivos da empresa os próprios clientes que são a base do sucesso do

empreendimento.

2.4.3. DAS FUNÇÕES DO CONTADOR NA EMPRESA

Sendo o contador, responsável pela parte econômica, financeira e

patrimonial da empresa, fica claro de que é o mesmo quem irá informar à

entidade no que diz respeito aos recursos utilizados dentro da empresa, afinal,

as informações transferidas pelos contadores são essenciais em questão do

próprio desenvolvimento da empresa, sendo estas informações, fatores

importantíssimos para a administração da entidade.

Dentro da empresa, o contador desempenha diversas funções, como:

analista financeiro, planejador tributário, contador geral, e até mesmo exerce

cargos na área administrativa, sendo que o contador pode ser também auditor

interno, contador gerencial, atuário e contador de custos, dentre outras funções

cabíveis a este profissional.35

Como dito anteriormente, o profissional contador tem como fim,

fornecer informações que irão de modo auxiliar na tomada de decisões,

tornando assim a contabilidade como uma ferramenta de total auxílio na gestão

empresarial. 35

SZUSTER, Natan. Contabilidade geral: introdução à Contabilidade Societária. 2. Ed. – São Paulo: Atlas, 2008, p. 23.

32

Destarte, fica claro que a contabilidade não se restringe apenas em

auxiliar de gestão, sendo esta, um aparelho de dirigir negócios, bem como

empresas e patrimônios distintos.

Desse modo, o profissional contábil tem a função de controlar os

fenômenos que descendem do patrimônio da empresa, desvendando os

motivos que ocasionaram a perda de certa parte do patrimônio.

No que diz respeito a função social da contabilidade, o profissional

contábil oferece enormes benefícios para a sociedade em geral, levando em

consideração a diminuição dos riscos no que se refere aos investimentos dos

recursos. Sem esquecer que, com a contribuição da contabilidade, é evidente

que as ações feitas pelos indivíduos de uma sociedade, no que se refere as

entidades, tendem a terem maior êxito, pelo fato de estar sempre relacionada à

busca da perfeição dos negócios.

Esta função social está ligada ao benefício que o contador apresenta

em determinada coletividade, e de modo, este bem está relacionado aos

elementos sociais da contabilidade, que tem como missão, o evidente sucesso

da empresa. Dessa maneira, cabe a este profissional, relatar às empresas, a

autêntica importância do balanço social, em termos de crescimento dos

negócios.

33

CONCLUSÃO

Concluo que o estudo acerca da evolução da contabilidade, bem como,

o balanço patrimonial e também a gestão empresarial, foi de grande proveito

para o meu aprendizado.

Sendo que estes são preceitos fundamentais para a minha formação,

afinal sem estas bases de nada sou exercendo a minha profissão.

A evolução da contabilidade vem se desenvolvendo a muito tempo, o

que só ocasiona o aprimorando das técnicas contábeis ao longo do tempo.

O balanço patrimonial é um requisito muito importante para a empresa,

que deve contar com o profissional de contabilidade para desenvolver essa

técnica.

A Lei nº 6.404/76 dispõe sobre alguns requisitos acerca das

demonstrações das fianças.

Sendo que estas demonstrações são os requisitos mais utilizados

pelos profissionais contábeis, sendo estes, um referencial importantíssimo para

o empreendimento.

A Lei nº 6.404/76, exemplifica de forma clara, alguns dispositivos

acerca do Balanço Patrimonial, Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. Todos

estes, sendo relacionados a gestão empresarial.

Já a gestão empresarial é algo de extrema relevância para o mundo

dos negócios, afinal uma boa gestão pode definir o rumo em que o

empreendimento irá tomar.

Muitas vezes, o profissional contábil por seus conhecimentos acercas

do controle da empresa, acaba se tornando uma espécie de administrador, o

que é muito comum acontecer nos tempos de hoje, principalmente com a

correria no dia a dia das empresas.

É importante ressaltar sobre o planejamento estratégico dentro da

empresa, pois contribui de forma muito eficaz no desenvolver dos negócios,

também influenciando na tomada de decisões.

34

Enfim, o profissional contábil, auxilia de forma ampla nas relações da

empresa, de modo a ser a base do desenvolvimento do empreendimento,

ajudando no planejamento estratégico, bem como nas demonstrações

financeiras e na tomada de decisão da empresa sobre determinado assunto ou

investimento.

Vale ressaltar também a importância da análise da situação financeira

e econômica da empresa, de modo que irá propiciar ao gestor, uma

determinada confiança na tomada de decisões.

Concluo também que, a empresa como sua missão, deve objetivar o

bem dos clientes, sendo que, a missão de fato também tem a ver com os

objetivos buscados pela empresa.

O profissional contábil deve ser valorizado por sua profissão, afinal com

a evolução dos negócios, e a corria do mundo, consegue propiciar a empresa

um controle eficaz, sendo de modo, indispensável para a gestão empresarial.

35

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CORDEIRO, José Vicente B. de Mello e Ribeiro, Renato. Gestão

Empresarial. Ed. Gazeta do Povo, 2002

IUDÍCIBUS, Sérgio de e Marion, José Carlos. Contabilidade Comercial. – 7.

Ed. – São Paulo: Atlas, 2007.

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade Gerencial. – 6. Ed. – São Paulo: Atlas,

1998.

IUBIDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. - 8. Ed. – São Paulo: Atlas,

2006.

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de Balanços. – 9. Ed. – São Paulo: Atlas,

2008.

MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. – 12. Ed. – São Paulo:

Atlas, 2006.

SILVA, Alexandre Alcantara da. Estrutura, análise e interpretação das

demonstrações contábeis. – São Paulo: Atlas, 2007.

SZUSTER, Natan. Contabilidade geral: introdução à Contabilidade

Societária. 2. Ed. – São Paulo: Atlas, 2008.

Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/ConstituicaoCompilado.htm.

Acessado em: 10/08/2015, ás 12h 05 min.