AGUARELA DO SILÊNCIO

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Soneto

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Soneto

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Quando o silêncio fala, fala à genteComo a presença de uma mão querida,

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Como um sorriso numa despedida,Como a saudade de um amigo ausente…

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Quando o silêncio fala a pedra senteE, em abraços ternos, toda a vida

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Se expande, docemente colorida,Desde o amanhecer ao sol poente…

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Então, em tons de verde eu deito a alma

E beijo o meu azul ardentemente…

Bebo o vinho vermelho do poente

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E espraio-me na noite e nessa calma,Abarco tudo e todos no presente…

Quando o silêncio fala e a pedra sente…

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Soneto, dicção e formatação de

Maria de Aguiar Marçalo

Maria Inês.