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ÁGUA SEU USO E TRATAMENTO Disponibilidade e qualidade da água
O ciclo hidrológico simplificado da água pode ser esquematizado conforme segue:
Quando há precipitação as gotas absorvem o gás carbônico e o oxigênio da atmosfera. No
solo a água incorpora matéria orgânica como: sais minerais, poeira, sílica, areia. Estas matérias
ficam em suspensão na água. Nos mananciais, existe também uma grande variedade de
organismos vivos como, peixes, algas, fungos e bactérias e que, podem alterar a água em sabor,
odor e coloração. Na Terra, a água está distribuída da seguinte forma:
97,12%...................................nos oceanos;
2,15%.....................................nas geleiras;
0,62%.....................................águas subterrâneas;
0,005%...................................lagos e rios;
0,001%...................................umidade atmosférica.
Fontes de água
Demétrio e Regina Célia, 2001
- Águas de degelo: provém da neve, granizo e chuvas, constituindo a fonte de toda água
utilizada no planeta;
- Águas superficiais: é aquela que escoa nos leitos dos rios incluindo ainda toda água em
movimento ou parada, presente na superfície da Terra;
- Águas subterrâneas: é aquela que absorvida pelo solo formando os lençóis de água.
A água usada nas industrias de alimentos e bebidas devem ser potáveis, ou seja, própria
para consumo humano. Daí, as características devem preencher aqueles da potabilidade, com
respeito aos padrões microbiológicos, teores de metais tóxicos e presença de odores e sabores
estranhos.
Quadro: Extraído do livro de José Carlos Derísio, 2000.
Métodos de Purificação da água
Os diferentes métodos utilizados são baseados nos seguintes princípios:
- Filtração lenta em areia;
- Coagulação química e filtração rápida em areia;
- Combinação de remoção de dureza e ferro seguida da coagulação química e filtração da água;
- Remoção da dureza;
- Remoção de manganês e ferro;
- Desinfecção.
Filtração lenta – realizada através da areia pode ser usada quando requer pequena quantidade
de água.
Filtração rápida – também realizada através da areia, é o processo mais comum, envolvendo as
seguintes etapas:
1ª - aeração para remover as substâncias voláteis;
2ª - coagulação química por sulfato de alumínio, sulfato ferroso, sulfato férrico;
3ª - sedimentação do precipitado floculoso formado que arrasta consigo a matéria orgânica e
bactérias.
Esse processo remove de 98 a 99% das bactérias e 99% da turbidez.
Esquema: Extraído do livro de José Carlos Derísio, 2000.
Remoção da dureza – Alguma dureza é até desejável nas indústrias de frutas e hortaliças para
conferir firmeza ao produto. O excesso de dureza neutraliza a ação de detergentes na limpeza. A
dureza da água pode ser removida mediante tratamento com produtos químicos;
Remoção da turbidez – Quando a água é relativamente limpa o processo de remoção da
turbidez é feito aplicando-se sulfato de alumínio para ocorrer floculação, seguido de filtração
rápida. Quando a turbidez é elevada, há necessidade de fazer a pré-sedimentação ou coagulação
e remoção do precipitado para depois efetuar a filtração;
Remoção da cor – A cor dificilmente constitui problema. No geral, está acompanhada de turbidez
e a remoção da mesma resultada na eliminação da cor. A cor indesejável é normalmente dada
pelo excesso de ferro, manganês ou matérias orgânicas presente na água;
Remoção de odor e sabor – Estes fatores resultam da presença de matéria orgânica, minerais
dissolvidos, gás sulfídrico, compostos fenólicos, algas e microrganismos. A remoção de odor e
sabor é feita por aeração, tratamento com carvão ativo;
Remoção de ferro e manganês – O efeito prejudicial desses componentes resultado da
precipitação, mancha castanha escura ou formação de depósitos quando a água é exposta ao ar
ou ao calor. A remoção do ferro é feita por oxidação, precipitação e filtração. O manganês é
oxidado com cloro e o precipitado é removido por filtração;
Remoção de matéria orgânica – No geral, a matéria orgânica está associada a turbidez e ao
odor ou sabor estranho. Sedimentação, supercloração, filtração resultada na retirada da matéria
orgânica, odor, sabor e turbidez;
Desinfecção da água – O uso de gás cloro é comum para esse fim. A adição de cloro destrói
bactérias e torna a água potável. O cloro é adicionado na forma hipoclorito de sódio, hipoclorito
de cálcio, cloraminas.
Esquema: Extraído do livro de José Carlos Derísio, 2000
Uso da água na indústria
A água para qualquer indústria de alimentos é de considerável importância, pelas múltiplas
atividades que desenvolve. Para atendimento desse desempenho, a água deve ter dois
importantes requisitos que são: qualidade e quantidade.
A qualidade se refere ao seu conteúdo microrgânico e as características de sua
composição. Os problemas de qualidade da água, relativo ao seu mau padrão sanitário e ao grau
de dureza, são resolvidos pelos tratamentos que lhes correspondem, porém a questão da
insuficiência de água disponível é irreconciliável com o bom funcionamento da fábrica. Na
indústria a água é utilizada para as seguintes operações: para o processamento, para o preparo
de formulações, cozimento, resfriamento do produto, caldeiras, torres de resfriamento do produto,
caldeiras, torres de resfriamento, etc.
As
operações onde há grande utilização da água nas indústrias são:
Lavagem do Produto – No enlatamento e congelamento das frutas e hortaliças a lavagem
consome grande quantidade de água. Geralmente, usa-se a combinação de imersão do produto
seguida de jatos de “spray”, para a eficiência da limpeza.
Preparo da matéria-prima – Os processos que usam substâncias químicas e calor para a
pelagem das matérias primas, tem um consumo bem reduzido de água e, ainda pode ser
reutilizada para o processo de lavagem da matéria prima.
Lavagem de frascos e resfriamento – As indústrias processadoras de bebidas usam grande
quantidade de água para a lavagem dos fracos. Os equipamentos resfriadores de latas ou
produtos esterilizados consomem grande quantidade de água, normalmente esta água de
resfriamento é reutilizada através de um circuito fechado o que minimiza o consumo.
Uso dos funcionários - Os funcionários da indústria de alimentos e bebidas usam uma
quantidade um tanto maior de água em relação a outras indústrias, por causa da lavagem
frequente das mãos e de outras medidas higiênicas necessárias as operações de processo e
manipulação das matérias primas.
Uso na limpeza geral – A limpeza geral inclui todos os equipamentos de processo, parede, piso,
e todo setor de recepção e descarga de matéria prima. A quantidade de água necessária para
este fim é muito grande. Assim, em laticínios e indústria de produtos cárneros, cerca de 70% da
água é consumida para a limpeza geral.
Produção de vapor – A produção de vapor de água sanitária para processamento é usado para
escaldamento e pelagem de frutas e hortaliças, aquecimento de produtos em tanques de
cozimento com serpentinas. Para os evaporadores na concentração de produtos além do uso de
vapor de água para aquecimento, também há necessidade de torres de resfriamento para
resfriamento de vapores de água eliminado na concentração.
Etapas do tratamento de água
As etapas em geral do tratamento de água podem ser resumidas como:
1). Mistura – Adição de sulfato de alumínio, sulfato ferroso, cal, etc;
2). Floculação – realizada em tanques, onde o Lodo é arrastado e retirado em seguida;
3). Decantação – A água é retirada pela parte superior dos tanques de decantação;
4). Filtração – Processo de separação de todas as substâncias em suspensão na água;
5). Desinfecção – Dosagem de cloro e seus compostos. É a etapa de eliminação de bactérias
patogênicas;
6). Reservatório – liberação da água para o consumo industrial e de uso geral.
A água para a industrialização de alimentos e bebidas deve ser destituída de impurezas,
isenta de bactérias e não extremamente dura. Com esse objetivo, a água de uso industrial deve
ser mantida sob monitoramento permanente para que seja adequada às suas funções na
utilização, levando-se em consideração as causas capazes de torná-la utilizável
Esquema: Extraído do livro de José Carlos Derísio, 2000 no processo industrial.
POLUIÇÃO DA ÁGUA
É a alteração das características ecológicas do meio, isto é, de seus aspectos físicos,
químicos e biológicos.
CONTAMINAÇÃO DA AGUA
É a introdução de elementos no meio hídrico em concentrações nocivas à saúde do
homem.
Água Pura
Água pura, no sentido não existe na natureza, pois sendo um ótimo solvente, jamais é
encontrada em estado de absoluta pureza. Possuem uma série de impurezas que irão imprimir-
lhe características físico-químicas e biológicas. A qualidade da água depende basicamente
dessas características, que irão influir no grau de tratamento a que devem ser submetidas.
Quando a água se precipita sob a forma de chuva, as gotas dissolvem os gases da
atmosfera e carreiam material particulado; ao retirar o gás carbônico da atmosfera, por exemplo,
a água se acidifica aumentando ainda mais sua ação solvente. Ao atingir a terra, parte dessa
água corre sobre a superfície, parte infiltra-se no solo e parte evapora-se; a água que corre
dissolve, em maior ou menor extensão, conforme tempo de contato e grau de solubilidade, os
sais presentes nos minerais existentes no seu caminho, como o carbonato de cálcio e magnésio -
calcários - os quais pela ação do gás carbônico na água, são transformados em bicarbonatos que
passam a ser solúveis.
Acidez da Água
A água é também acidificada quando entra em contato com matérias orgânicas em
decomposição, mais frequentemente de origem vegetal, as quais libertam gás carbônico além de
outros, como gás sulfídrico, amoníaco, etc; posteriormente transformados em nitritos e nitratos.
# a acidez é medida através do pH, e pode ser de 0 a 14, o pH 7,0 é considerado neutro.
Cor da Água
A matéria orgânica em decomposição liberta também substâncias orgânicas coloridas que
são dissolvidas pela água ou postas em fino estado de suspensão, denominado estado coloidal e
que dão cor a água; também o ferro e o manganês associados a estas substâncias podem
ocasionar cor na água.
# A cor da água é medida numa escala de 0 a 100 UC, unidade colorimétrica.
Turbidez da Água
A partir de um certo tamanho, o material em suspensão na água é chamado de turbidez
podendo ser desde partículas de areia, de restos de folhas em suspensão, até mesmo seres
vivos, como algas, protozoários, bactérias que além de turbidez e cor, podem conferir à água
gosto e odor.
# A turbidez é medida por Unidades Nefélometricas de Turbidez - NTU, variando de 0,1 a 1000
NTU.
Impurezas da Água
- Naturais: Constituídas de substâncias encontradas normalmente na atmosfera e solo, em
forma de gases, sais e microrganismos.
- Artificiais: Constituídas de substâncias lançadas na atmosfera ou nas águas por
atividades humanas - poluição do ar, da água, do solo.
Quanto à Aquisição da Impureza da Água
- Pelas águas meteóricas (de chuva): Poeiras, gases da atmosfera (carbônico, sulfídrico,
nítrico), substâncias radioativas.
- Pelas águas de superfície: Argila, silte, algas, microrganismos diversos, sais,
substâncias orgânicas e radioativas.
- Pelas águas subterrâneas: Microrganismos diversos (M.D.), sais, substâncias orgânicas.
Impurezas na água em suspensão ou em solução
- Suspensões Grosseiras: Podem ser flotados ou sedimentados, desde que a água seja
mantida parada.
- Suspensão Fina: Deve ser mantida por um período maior de sedimentação.
- Suspensão Coloidal: Os colóides são mais difíceis de serem removidos por suas
propriedades físicas e químicas.
- Soluções: Algumas impurezas e substâncias coloidais são mais difíceis de serem
removidas.
Quanto à Ocorrência e Principais Efeitos - Solução: Dureza na água, sais de cálcio e magnésio e bicarbonatos causam
alcalinidade, e resíduos na tubulação.
- Suspensão: Com presença de mosquitos, algas específicas, bactérias, larvas e fungos,
podem causar gosto, odor e turbidez;
Argila causa turbidez;
Resíduos industriais e domésticos causam turbidez;
Podem ser causadores de poluição e/ou contaminação da água.
- Soluções: Vegetais em degradação podem causar cor, turbidez, acidez, odor e sabor na
água;
Microrganismos e outros seres vivos na Água
- Algas, fungos, protozoários, peixes, crustáceos, , etc; nem sempre perigosos, podem
causar gosto e odor e mas algas, produzindo toxinas e outros resíduos danificar e bloquear filtros
de uma ETA. (Estação de Tratamento de Água)
- Bactérias: A maioria não é patogênica, mas uma pequena quantidade desse grupo de
seres vivos tem um valor sanitário. As fezes de qualquer pessoa, seja doente ou sadia, contêm
um número grupo de bactérias que não causam normalmente doenças, mas que, pelo contrário,
são até mesmo benéficos por auxiliarem os nossos processos de digestão mas que permite
detectar sujidade pela presença delas.
Valor médio/dia eliminado por uma pessoa é cerca de 200 bilhões destas bactérias; o
grupo coliforme não se reproduz nas águas decorrente à temperatura não agradável que existe
no intestino.
Mas é importante salientar que a presença de 10 a 20 coliformes por litro pode relacionar
em média de possuir 1 “germe” patogênico com isso uma possibilidade de transmitir doença.
Doenças associadas com a água
Primárias: Cólera, Leptospirose, Febre tifóide, Febre paratifóide, Disenteria bacilar,
Amebíase, Esquistossomose;
Dioxina - a substância mais tóxica que existe
A dioxina, espécie de impureza de herbicidas derivados do petróleo; de acordo com o bioquímico Ames, é a substância mais tóxica que existe; sendo o valor máximo permitido é de 6
fentogramas diários (6 x 10-15 g / Kg). A dioxina pode causar câncer, problemas no sistema
imunológico e defeitos congênitos.
A dioxina foi localizada em alimentos na Bélgica, onde criou uma crise política com o
ministro responsável. No Brasil, país que só exportou a dioxina, ainda não esclareceu como
ocorre o controle do depósito, em área de manancial na bacia hidrográfica do Rio Grande,
armazenando toneladas desse produto.
"Um estudo feito em 1988 relatou que mais de 2.100 substâncias nocivas foram
encontradas na água potável dos EUA desde que o Safe Drinking Water Act foi passado, em
1974. Dos produtos químicos encontrados, 97 eram cancerígenos conhecidos, 82 causavam
mutações, 28 causavam toxidade aguda ou crônica, e 23 geravam tumores. As 1.900 substâncias
nocivas restantes não foram testadas adequadamente no que se refere a possíveis efeitos
adversos à saúde. Environment Policy Institute, jan 1988”.
O lixo pode tornar a água não potável
A água de rios e outras fontes podem se interligar com os lençóis freáticos que abastecem
Estações de Tratamento de Água e tais corpos quando contaminadas com substâncias tóxicas
como ácidos (sulfúrico, clorídrico, nitratos), restos de solventes, pinturas, cultivos de bactérias e
outras derivadas de atividades industriais, agrícolas, pecuárias, domésticas ou escolares, já não é
considerada potável.
O lixo deteriora o ambiente aquático e terrestre dos seres vivos
Um corpo d’água contaminada com grande quantidade de matéria orgânica, como restos
de alimentos humanos e animais (derivados de atividades domésticas, agrícolas e pecuária)
propiciam o crescimento desequilibrado de algas. Estas, ao morrer, apodrecem e permitem a
proliferação de bactérias que consomem o oxigênio disponível na água. Os peixes e outros
organismos aquáticos morrem por falta de oxigênio suficiente. Desta maneira, organismos
aquáticos morrem envenenados quando a água em que vivem se encontra contaminada por
substâncias tóxicas como ácidos sais de restos de solventes, pinturas, detergentes etc, estes
provenientes de atividades industriais, domésticas e escolares.
Os dejetos industriais afetam a água
Calcula-se que são produzidos diariamente milhares de toneladas diárias de dejetos
industriais, dos quais 14.500 têm características perigosas, sendo geradas por processos
petroquímicos e químicos. Alguns exemplos de resíduos perigosos produzidos pela industria são
aqueles que contêm: chumbo, cádmio, mercúrio, arsênico, cromo, benzeno, fenol, prata, pesticida
(DDT, “clordano, heptacloro, linano” etc) e muitos outros mais.
Site acessados 4 de março de 2012: http://www.agua.bio.br/botao_d_I.htm
Site:http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-poluicao-da-agua/poluicao-da-agua-2.php
Efeitos Ecológicos das Modificações no Teor de Nutrientes da Água
A adição de sais nutrientes (fosfatos, nitratos, silicatos) por esgotos, indústrias de adubos,
culturas agrícolas, etc., permite um grande crescimento vegetal tornado a água esverdeada ou
avermelhada, reduzindo assim penetração da luz necessária à fotossíntese. Reduz o teor de
oxigênio dissolvido na água e que é indispensável a todos os seres aeróbicos, na respiração. A
conseqüência disso tudo são sérios problemas para todos os seres vivos, inclusive para os
próprios vegetais. Causa, por exemplo, a morte de peixes por asfixia. A adição excessiva de sais
nutrientes é denominada de eutroficação fertilização excessiva de sais minerais e que em última
análise, leva a profunda modificação em todas as transferências de energia, na qualidade e
composição das comunidades aquáticas.
Efeitos Ecológicos do Aumento da Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO
Posso dizer que quanto maior o volume de esgotos lançados a um determinado rio, maior
será o consumo de oxigênio provocado neste. Isto é, quanto maior for a concentração matéria
orgânica no meio, maior será a proliferação de bactérias, maior a atividade total de respiração e
maior, por conseguinte, a demanda de oxigênio. Mas como essa demanda é provocada sempre
por intermédio de uma atividade biológica ou bioquímica - atividade bacteriana - fala-se em
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), a qual é proporcional à concentração de matérias
orgânicas assimiláveis por bactérias aeróbicas.
Define-se DBO como a quantidade de oxigênio absorvida por um volume de água em cinco
dias na temperatura de 200º C.
Assim, o material dos esgotos, rico em matéria orgânica, e o processo de eutroficação,
provocam forte redução no teor de oxigênio dissolvido e, consequentemente, uma limitação da
respiração e da atividade dos organismos que passam então a ter que utilizar grandes
quantidades de energia para viver.
Efeitos Ecológicos da Presença de Material Particulado na Água
A presença de material particulado na água, devido à erosão da terra, devido às atividades
de lavragem nos solos para aproveitamento agrícola, de drenagem de canais e estuários,
resíduos industriais, domésticos, etc., provoca redução da penetração da luz e da energia
disponível à fotossíntese. É também o aumento da turbidez da água que prejudica a visão dos
animais predadores dificultando sua possibilidade de encontrar as presas. Consequentemente
reduz a transferência de energia dos herbívoros aos carnívoros o aumento de turbidez pode
provocar o enterramento de seres que vivem no fundo das águas (bênton), impedir que as larvas
de diversos animais se fixem ao substrato, provocar a morte de ovos de peixes, enfim, prejudicar
todos os organismos aquáticos, reduzindo sua eficiência ou provocando a sua morte.
Efeitos Ecológicos dos Inibidores
Chamo de inibidores algumas substâncias que, sem causar a morte do organismo,
interferem no bloqueio ou na redução de processos fisiológicos. Essa poluição constitui-se num
dos piores tipos, pois seus efeitos são mais crônicos do que agudos, sendo difícil sua previsão.
Efeitos Ecológicos dos Venenos
Muitas substâncias químicas causam a morte de diversos organismos dos ecossistemas,
às quais chamamos de venenos. Como principais exemplos de venenos, encontramos os
biocidas (pesticidas e herbicidas), as substâncias tóxicas industriais (despejos), resíduos de
mineração, etc.
O mais grave problema causado pelos venenos é a eliminação de algum nível trófico,
determinando uma séria interferência na translocação da energia. Um veneno, se agir, por
exemplo, sobre os herbívoros de uma comunidade não estará matando só os seres, mas também
carnívoros, que deles se alimentam. Os vegetais, não sendo consumidos pelos herbívoros,
proliferação em demasia, modificando assim toda a comunidade.
Efeitos Ecológicos do Aumento Térmico das Águas
Não é somente através de substâncias orgânicas ou inorgânicas, que tanto podem
consumir oxigênio como pode ser tóxico, que se dá a morte dos organismos existentes nas
águas. Isso também acontece quando as águas passam por um processo de aquecimento. Nesse
contexto, ao se aumentar a temperatura das águas de um rio provoca-se uma aceleração dos
processos de decomposição, o que aumenta o consumo de oxigênio, ou seja, com a elevação da
temperatura os poluentes são dissolvidos em maiores quantidades, fenômeno que exige maior
utilização do oxigênio já escasso, e, em virtude da perda do oxigênio das águas, os peixes são
vítimas de grande mortandade. A par disso, há outras causas diretas, como choques térmicos e
paralisação térmica, que também afetam os diversos seres aquáticos, como perda de oxigênio
pela água sempre que sua temperatura é elevada, pois a solubilidade dos gases nos líquidos é
inversamente proporcional à sua temperatura.
Efeitos Ecológicos dos Detritos Sólidos
Em geral, os detritos sólidos são depositados sobre o solo. Tanto que, devido a isso, já se
conferiu aos tempos atuais o nome de "a era do lixo". A sociedade de consumo dos nossos dias
se desfaz mais rapidamente dos seus bens que outrora. Garrafas de vidro ou de plástico, material
de embalagem da mais diversa composição, carros usados, todo tipo de produtos supérfluos –
tudo é simplesmente jogado fora, já que muitas vezes custaria mais caro um concerto do que a
aquisição de um objeto novo. Mais de 90% do lixo doméstico é depositado ao ar livre, sendo que
menos de 10% é incinerado (calcula-se entre 200 e 300 Kg de lixo doméstico per capita por ano).
O maior perigo dos detritos sólidos é que eles poluem as águas subterrâneas. Já se verificou,
conforme Liebmann, que de 30 milhões de m3 de detritos domésticos podem-se extrair cerca de
200 mil toneladas de sais diversos.
Efeitos Ecológicos das Substâncias Radioativas
A poluição radioativa é conseqüência da precipitação resultante das explosões nucleares
ou dos resíduos da indústria atômica, dos quais atualmente não sabemos como nos desfazer. As
precipitações radioativas mais importantes são aquelas do Estrôncio 90, do Iodo 131 e do Césio
137.
O Iodo armazena-se na tireóide e o Estrôncio no esqueleto. O acúmulo de radioelementos
no organismo pode causar danos individuais,como cancerização, ou genéticos, como o aumento da
taxa de mutação e nascimento de descendentes anormais.
Site acessados 4 de março de 2012: Site: http://www.photographia.com.br/efeitos.htm
Referências bibliográficas
. DORST, J. - Antes que a Natureza Morra. Edgard Blucher, 1973.
. ODUM, E.P. – Ecologia. Livraria Interamericana, México, 3ª ed., 1971.
. CETESB – Manual técnico – Técnicas e Controle no tratamento de água – SP, 1977. . MACEDO, J.A.B., - Água e Águas. São Paulo: livraria Varela, 2001. . MEES, J.B.R., - Tratamento de Efluentes Líquido I, UTF, Medianeira, PR, 2006. . BARUFFALDI, R. e MARIA N.OLIVEIRA,M.N. – Fundamentos de Tecnologia de Alimentos – Ateneu – SP, 1998. . Derísio, J.C., INTRODUÇÃO AO CONTROLE AMBIENTAL, 2ª ed. Sigmus
Sumário
Tratamento de Esgotos
Sistemas Anaeróbios
Tanque séptico;
Filtro anaeróbio;
Reator UASB.
Lagoas de Estabilização
Lagoa facultativa;
Lagoa anaeróbia;
lagoa aerada facultativa;
Lagoa de maturação.
Reatores Aeróbios com Biofilme
Filtro biológico percolar.
Disposição no solo
Escoamento superficial no solo.
Lodos Ativados
Flotação
Ultravioleta
Tratamento e disposição do Lodo
Resíduos e Poluição do Solo
Periculosidade de um resíduo;
1. Risco à saúde pública;
2. Risco ao meio ambiente.
Classificação dos Resíduos
Resíduos Industriais
1. Resíduos sólidos;
2. Resíduos líquidos.
Tratamento de resíduos industriais
Processos específicos de tratamentos.
1. Laticínios;
2. Matadores;
3. Conservas de legumes e frutas;
4. Bebidas refrigerantes;
5. Usinas de açúcar;
6. Pescado.
Lodos Residuais das industrias alimentícias
Tratamento do lodo orgânico
Composição do lixo
1. Composição qualitativa;
2. Composição quantitativa ou variação;
3. Peso específico;
4. Quantidade de lixo por pessoa;
5. Coleta e transporte do lixo;
6. Tratamento e / ou disposição final do lixo;
7. Tratamento na fonte de produção;
8. Tratamento e / ou disposição final em instalações centrais;
1. Lançamento no solo;
2. Lançamentos em fontes de água;
3. Alimentação de animais;
4. Redução;
5. Incineração;
6. Tratamento para uso agrícola;
7. Conjugação com o sistema de esgotos sanitários.
Processos de reciclagens de materiais
Importância da qualidade da água na industria de alimentos
1. Qualidade da água para uso na industria;
2. Dureza da água;
3. Alcalinidade;
4. Conteúdo microscópio;
5. Conteúdo de ferro.
Tratamento de Esgotos
Cetesb, 2000.
Os processos de tratamento dos esgotos são formados por uma série de operações
unitárias empregadas para a remoção de substâncias indesejáveis, ou para transformação destas
substâncias em outras de forma aceitável.
A remoção dos poluentes no tratamento, de forma a adequar o lançamento a uma
qualidade desejada ou ao padrão de qualidade estabelecido pela legislação vigente, está
associada aos conceitos de nível e eficiência de tratamento.
O tratamento dos esgotos é usualmente classificado através dos seguintes níveis:
preliminar, primário, secundário e terciário.
Tratamento preliminar tem como objetivo apenas a remoção dos sólidos grosseiros (materiais
de maiores dimensões e areia) por meio de mecanismos físicos de sedimentação.
Tratamento primário visa, por meio de mecanismos estritamente físicos, a remoção de sólidos
sedimentáveis e, em decorrência, parte da matéria orgânica.
Tratamento secundário predomina os mecanismos biológicos, e o objetivo é principalmente a
remoção de matéria orgânica e eventualmente nutriente (nitrogênio e fósforo).
Tratamento terciário: objetiva a remoção de poluentes específicos, ou ainda remoção
complementar de poluentes não suficientemente removidos no tratamento secundário.
A remoção de nutrientes e de organismos patogênicos pode ser considerada como
integrante do tratamento secundário ou do tratamento terciário, dependendo do processo
adotado.
Os principais processos de tratamento de esgotos utilizados na RMBH são:
Sistemas Anaeróbios
O tratamento anaeróbio é efetuado por bactérias que não necessitam de oxigênio para sua
respiração. Há três tipos bastante comuns, o tanque séptico, o filtro anaeróbio e o UASB.
Tanque Séptico
O princípio do processo consiste, basicamente, em uma unidade onde se realizam,
simultaneamente, várias funções: decantação, flotação, desagregação e digestão parcial dos
sólidos sedimentáveis (lodo) e da crosta constituída pelo material flotante (escuma). Sendo, os
tanques sépticos, reatores de fluxo horizontal, tendo lodo passivo em relação à fase líquida, o
processo biológico que ocorre na fração líquida é de pouca importância. O principal fenômeno
que ocorre sobre o efluente é de ação física, através de decantação.
Filtro Anaeróbio
Neste reator a matéria orgânica é estabilizada através de microrganismos que se
desenvolvem e ficam retidos nos interstícios ou aderidos ao meio suporte que constitui o leito fixo
(usualmente pedras ou material plástico), através do qual os esgotos fluem. São, portanto,
reatores com fluxo através do lodo ativo e com biomassa aderida, ou retida, no leito fixo. Os filtros
anaeróbios podem ser de fluxo ascendente ou descendente. Nos filtros de fluxo ascendente, o
leito é submerso e no fluxo descendente, podem trabalhar submersos ou não.
Reator UASB
O princípio do processo consiste na estabilização da matéria orgânica, anaerobiamente,
por microrganismos que crescem dispersos no meio líquido. A parte superior do reator UASB
possui um separador trifásico, que apresenta uma forma cônica ou piramidal, permitindo a saída
do efluente clarificado, a coleta do biogás gerado no processo e a retenção dos sólidos dentro do
sistema. Esses sólidos retidos constituem a biomassa, que permanece no reator por tempo
suficientemente elevado para que a matéria orgânica seja degradada. O lodo retirado
periodicamente do sistema já se encontra estabilizado, necessitando apenas de secagem e
disposição final.
Lagoas de Estabilização
As lagoas de estabilização são sistemas de tratamento biológico em que a estabilização
da matéria orgânica é realizada pela oxidação bacteriológica (oxidação aeróbia ou fermentação
anaeróbia) e/ou redução fotossintética das algas. De acordo com a forma predominante pela qual
se dá a estabilização da matéria orgânica, as lagoas costumam ser classificadas em: facultativas,
anaeróbias, aeradas e de maturação.
Lagoa Facultativa
Neste processo, o esgoto afluente entra continuamente em uma extremidade da lagoa e
sai continuamente na extremidade oposta. Ao longo deste percurso, que demora vários dias, uma
série de eventos contribui para a purificação dos esgotos. Parte da matéria orgânica em
suspensão tende a sedimentar, vindo a constituir o lodo de fundo. Este lodo sofre processo de
decomposição por microorganismos anaeróbios. A matéria orgânica dissolvida, conjuntamente
com a matéria orgânica em suspensão de pequenas dimensões, não sedimenta, permanecendo
dispersa na massa líquida, onde sua decomposição se dá por bactérias facultativas, que têm a
capacidade de sobreviver tanto na presença, quanto na ausência de oxigênio.
Lagoa Anaeróbia
Neste processo, a lagoa possui menores dimensões e maior profundidade. Devido às
menores dimensões e à maior profundidade dessa lagoa, a fotossíntese praticamente não ocorre.
Predominam as condições anaeróbias, pois no balanço entre o consumo e a produção de
oxigênio, o consumo é amplamente superior. As bactérias anaeróbias têm taxa metabólica e de
reprodução mais lenta do que as bactérias aeróbias. Em assim sendo, para um período de
permanência de 2 a 5 dias na lagoa, a decomposição da matéria orgânica é parcial.
Lagoa Aerada Facultativa
Neste processo, consegue-se um sistema predominantemente aeróbio e de dimensões
reduzidas. A principal diferença com relação à lagoa facultativa convencional é quanto à forma de
suprimento de oxigênio. Enquanto na lagoa facultativa o oxigênio é advindo principalmente da
fotossíntese, no caso da lagoa aerada facultativa o oxigênio é obtido através de equipamentos
denominados aeradores. A lagoa é denominada de facultativa pelo fato do nível de energia
introduzido pelos aeradores ser suficiente apenas para a oxigenação, mas não para manter os
sólidos em suspensão na massa líquida. Assim, os sólidos tendem a sedimentar e formar uma
camada de lodo de fundo, a ser decomposta anaerobiamente.
Lagoa de Maturação
Este processo possibilita um polimento no efluente de qualquer dos sistemas descritos. O
principal objetivo destas lagoas é a remoção de organismos patogênicos, e não da remoção
adicional de matéria orgânica. Diversos fatores contribuem para a remoção de patógenos, como
temperatura, insolação, pH, escassez de alimento, organismos predadores, competição,
compostos tóxicos, etc. Vários destes mecanismos se tornam mais efetivos com menores
profundidades da lagoa, o que justifica o fato das lagoas de maturação serem mais rasas e
consequentemente requererem grande área de implantação.
Reatores Aeróbios com Biofilme
A matéria orgânica é estabilizada por bactérias que crescem aderidas a um meio suporte
(usualmente pedras ou material plástico). Há sistemas nos quais a aplicação de esgotos se dá na
superfície, sendo o fluxo de esgoto descendente e havendo a necessidade de decantação
secundária; há também sistemas submersos com introdução de oxigênio, com fluxo de ar
ascendente, e fluxo de esgoto ascendente ou descendente.
Filtro Biológico Percolador
Nestes reatores, a matéria orgânica é estabilizada por via aeróbia, por meio de bactérias
que crescem aderidas a um meio suporte, que pode ser constituído de pedras, ripas, material
plástico ou qualquer outro que favoreça a percolação do esgoto aplicado.
Usualmente o esgoto é aplicado por meio de braços giratórios. O fluxo contínuo do esgoto,
em direção ao fundo do tanque, permite o crescimento bacteriano na superfície do meio suporte,
possibilitando a formação de uma camada biológica, denominada biofilme.
O contato do esgoto com a camada biológica possibilita a degradação da matéria orgânica.
A aeração desse sistema é natural, ocorrendo nos espaços vazios entre os constituintes do meio
suporte.
Disposição no Solo
Os esgotos são aplicados ao solo, fornecendo água e nutrientes necessários para o
crescimento das plantas. Parte do líquido é evaporada, parte pode infiltrar pelo solo, e parte é
absorvida pelas plantas. Em alguns sistemas, a infiltração no solo é elevada, e não há efluente.
Em outros sistemas, a infiltração é baixa, saindo o esgoto tratado (efluente) na extremidade
oposta do terreno. Os tipos de disposição no solo mais usuais são: infiltração lenta, infiltração
rápida, infiltração sub-superficial, escoamento superficial e terras úmidas construídas.
Escoamento Superficial no Solo
Esta forma de disposição / tratamento consiste na aplicação controlada de efluentes,
fazendo escoarem no solo, rampa abaixo, até alcançar canais de coleta. A aplicação deve ser
intermitente.
Lodos Ativados
Este processo consiste em um reator onde a grande concentração de biomassa fica em
suspensão no meio líquido. Quanto mais bactérias houver em suspensão, maior será o consumo
de alimento, ou seja, maior será a assimilação da matéria orgânica presente no esgoto bruto. A
biomassa (bactérias) que cresce no tanque de aeração, devido à sua propriedade de flocular, é
removida por sedimentação em um decantador secundário, permitindo que o efluente saia
clarificado. Para garantir a elevada concentração de biomassa no reator, o lodo sedimentado é
recirculado para a unidade de aeração. Este é o princípio básico do sistema de lodos ativados,
possuindo assim, dependendo das variantes, o decantador primário, o tanque de aeração, o
decantador secundário e elevatório de recirculação.
Flotação
Neste processo o ar é dissolvido sob pressão no esgoto a tratar, em um tanque de
pressurização, sendo em seguida liberado no tanque de flotação à pressão atmosférica. O ar
liberado ganha a superfície do tanque, carreando a matéria sólida, que tende a flotar. Esta
matéria flutuante forma umas camadas superiores, que é raspada por um braço raspador
apropriado e coletadas em dispositivos especiais para ser então removida. Em alguns processos
são utilizados produtos químicos para auxiliar a formação dos flocos.
Ultravioleta.
Como as lagoas de maturação, este processo objetiva a remoção de organismos
patogênicos. O esgoto tratado entra em uma das extremidades do reator, passando por um
conjunto de lâmpadas ultravioleta e sai pela extremidade oposta. A energia ultravioleta é
absorvida pelos microrganismos causando alterações estruturais no DNA que impedem a
reprodução. A baixa concentração de sólidos é de grande importância para a eficiência do
tratamento.
Tratamento e Disposição do Lodo
Todos os sistemas de tratamento de esgotos geram sub-produtos: escuma, material
gradeado, areia, lodo primário e lodo secundário.
O material gradeado, a escuma e a areia devem seguir para disposição final em aterro
sanitário. No entanto os lodos primário e secundário necessitam de tratamento antes da
disposição final.
Conceitos retirados diretamente pelo site no dia 27 de fevereiro
http://www.copasa.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=34
O tratamento do lodo tem basicamente dois objetivos: a redução de volume e a redução de
teor de matéria orgânica. Para alcançar estes objetivos, o tratamento do lodo usualmente inclui
uma ou mais das seguintes etapas:
• Adensamento (adensadores por gravidade, flotadores por ar dissolvido, centrífugas e prensas
desaguadoras);
• Estabilização (digestão anaeróbia / aeróbia, tratamento químico por alcalinização, secagem
térmica por peletização);
• Desidratação (leitos de secagem, centrífugas, prensas desaguadoras e filtros prensa).
Importância da qualidade da água na indústria de alimentos
A higiene, a limpeza e a sanitização de todas as etapas do processamento na indústria são
fundamentais para a segurança e qualidade dos alimentos.
Devido à diversificação de produtos, as empresas de alimentos para evitar perdas
econômicas e problemas de saúde pública, necessitam da implantação de programas rígidos de
higiene e sanitização em suas fábricas, quase que específicos para cada produto elaborado.
Programas visando condições ideais de trabalho e eliminação dos microrganismos deteriorantes.
Conforme SBCTA, as principais fontes de contaminação microbiana nos alimentos são:
- Matérias-primas ou ingredientes;
- Trabalhadores;
- Água;
- Ar do ambiente;
- Pragas (insetos e outros seres);
- Equipamentos e instalações.
E para que os programas de higiene, limpeza e sanitização tenham fortes impactos nas
fábricas de processamento de alimentos é necessária que se estude a sua viabilidade, desde a
escolha do local da indústria, do projeto de sua construção e instalação, seus equipamentos, a
seleção de seus empregados, etc., ou seja, observar todos os momentos da realização dos
processos. Tomando-se isso como requisitos básicos para a indústria de alimentos, será
abordado, segundo o mapa conceitual a seguir, os principais tópicos referentes à higiene, limpeza
e sanitização.
A água por sua capacidade de “varrer” superfícies e substâncias das mais diversas
naturezas, de sua capacidade solvente e de manter em soluções elementos heterogêneos, é,
sem dúvida nenhuma, o elemento mais importante para a higienização da indústria de alimentos.
A água destinada às operações de limpeza e sanitização nas indústrias de alimentos
desempenha o papel fundamental na conservação das instalações, removendo os detritos e
sujidades de maquinarias, dos vasilhames e demais utensílios da fábrica em processamento. A
água tem sua ação de limpeza aumentada quando aplicada em altas temperaturas ou aquecida e
aplicada concomitantemente com detergentes de diferentes composições químicas (SBCTA).
Qualidade da água para uso na indústria
Uma eficiente limpeza e sanitização das instalações e equipamentos dependem da
qualidade da água que está sendo aplicada nesses processos. Conforme SBCTA, a análise da
água, de forma a determinar suas características e os tratamentos prévios necessários, é de
fundamental importância. As principais propriedades avaliadas nas análises da água que
fornecem informações essenciais sobre sua qualidade são: sua dureza, a alcalinidade, seu
conteúdo microrgânico e conteúdo de ferro.
Dureza da água A utilização de águas duras pode desfavorecer as operações de limpeza e sanitização dos
equipamentos, utensílios, instalações, etc., pois, podem formar, junto com as sujidades, crostas
das mais diversas características (SBCTA, 2000a).
A condição de dureza é conseqüência da elevada dissolução, na água, de sais de cálcio e
magnésio". A dureza da água pode ser:
- Dureza temporal ou carbonatada: deve-se a presença, na água, de carbonatos e
bicarbonatos de cálcio e de magnésio; pode ser eliminada pelo aquecimento, ebulição;
- Dureza permanente ou não carbonatada: deve-se ao seu conteúdo de sulfatos cloretos e
nitratos de cálcio e magnésio; necessita de tratamento especiais para serem eliminados.
A dureza total corresponde ao conjunto das durezas temporal e permanente. Conforme
SBCTA, a dureza da água é expressa em miligramas de carbonato de cálcio por litro de água ou
por mg de carbonato de cálcio por um litro de água (ppm). Os graus de dureza de águas doces às
classificam em mole, moderadamente dura, dura e muito dura:
1. Água mole: o a 60 ppm;
2. Água moderadamente dura: 60 a 120 ppm;
3. Dura: 120 a 180 ppm;
4. Água muito dura: mais que 180 ppm.
A capacidade dessas águas de produzir maior ou menor porção de espuma, em presença
de sabão, depende de seu teor salino. Os aparelhos e equipamentos da fábrica podem ser
alterados pelas águas duras; isso acontece nas caldeiras a vapor, pasteurizadores, aquecedores
de água, etc., onde, por depósitos de carbono e sulfato de cálcio, se formam densas crostas,
também denominadas de depósitos calcáreos. Também em caldeiras, essas crostas podem
diminuir a propagação do calor e, por redução das vias de passagem, provocar o rompimento dos
canos de ebulição.
Com a formação das crostas, há também, a diminuição da atividade dos agentes de
limpeza devido à interação entre os sais das incrustações com os elementos químicos
(responsáveis pelo princípio ativo dos detergentes e sanitizantes) dos agentes.
Alcalinidade A alcalinidade consiste na reserva de sais minerais que a água possui para neutralizar
possíveis alterações do pH. A alcalinidade total é expressa pelo teor de hidróxidos, carbonatos e
bicarbonatos presentes na água. As principais consequências por excesso de alcalinidade na
água são: corrosão dos equipamentos e neutralização dos ácidos utilizados como agentes
químicos na limpeza.
Conteúdo microscópico A água possui uma flora normal e uma patogênica. Os principais contaminantes que
podem ser encontrados na água são as bactérias, vírus, protozoários e vermes. Esses
contaminantes vão depender da origem dessas águas. Segundo Evangelista, a contaminação da
água é indicada pela quantificação dos microrganismos do grupo coliforme presentes, através da
colimetria. Com a utilização de água contaminada com microrganismos, no enxágüe e limpeza,
poderá provocar a contaminação das superfícies dos equipamentos e utensílios.
Conteúdo de ferro É a quantidade de sais de ferro dissolvido na água. O ferro contido na água pode ter sua
origem de poços, rios e nascentes que passam por regiões ricas em minério de ferro, de matérias
orgânicas, da corrosão de vasilhames e de peças de equipamentos. As principais conseqüências
com a presença de sais de ferro na água são: o aparecimento de manchas na superfície dos
equipamentos, incrustações e / ou camadas barrentas de óxido de ferro (ferrugem) pela ação da
temperatura e evaporação da água.
Evangelista diz que, "todos esses fatores têm sua origem devido a fácil oxidação do ferro
em presença do ar".
E recomendável que a indústria de alimentos, sempre que possível, tenha o seu próprio
tratamento de água, devido aos possíveis problemas que podem vir a ocorrer com sua fonte de
abastecimento com o decorrer do tempo.
Conforme BRASIL (1997), na indústria de alimentos:
Deverá dispor de um abundante abastecimento de água potável, com pressão adequada e
temperatura conveniente, um apropriado sistema de distribuição e adequada proteção contra a
contaminação.
Em caso de necessidade de armazenamento, dever-se-á dispor de instalações apropriadas
e nas condições indicadas anteriormente. Neste caso é imprescindível um controle frequente da
potabilidade da referida água.
O órgão governamental competente poderá admitir variações das especificações químicas
e físico-químicas diferentes das estabelecidas quando a composição da água for uma
característica regional e sempre que não se comprometa a inocuidade do produto e a saúde
pública. O vapor e o gelo utilizados em contato direto com os alimentos ou com as superfícies que
entrem em contato com estes não deverão conter qualquer substância que cause perigo à saúde
ou possa contaminar o alimento.
A água não potável utilizada na produção de vapor, refrigeração, combate a incêndios e
outros propósitos correlatos não relacionados com alimentos deverá ser transportada por
tubulações completamente separadas de preferência identificadas por cores, sem que haja
nenhuma conexão transversal nem sifonada, refluxos ou qualquer outro recurso técnico que as
comuniquem com as tubulações que conduzem a água potável.
Como princípio geral, na manipulação dos alimentos só deverá ser utilizada água potável.
Desde que autorizado pelo órgão competente, poderá utilizar-se água não potável para a
produção de vapor e outros fins análogos, não relacionados com os alimentos.
A água circulada pode ser novamente utilizada desde que tratada e mantida em condições
tais que seu uso não apresente risco para a saúde. O processo de tratamento deverá manter-se
sob constante vigilância. Excepcionalmente, água circulada que não recebeu novo tratamento
poderá ser utilizada naquelas condições em que seu emprego não represente risco à saúde nem
contamine a matéria prima ou produto acabado.
Para a água circulada deverá haver um sistema separado de distribuição que possa ser
facilmente identificado. Nos tratamentos de água circulada e sua utilização em qualquer processo
de elaboração de alimentos deverão ser aprovados pelo órgão competente.
Referências bibliográficas
. DORST, J. - Antes que a Natureza Morra. Edgard Blucher, 1973.
. ODUM, E.P. – Ecologia. Livraria Interamericana, México, 3ª ed., 1971.
. CETESB – Manual técnico – Técnicas e Controle no tratamento de água – SP, 1977. . MACEDO, J.A.B., - Água e Águas. São Paulo: livraria Varela, 2001. . MEES, J.B.R., - Tratamento de Efluentes Líquido I, UTF, Medianeira, PR, 2006. . BARUFFALDI, R. e MARIA N.OLIVEIRA,M.N. – Fundamentos de Tecnologia de Alimentos – Ateneu – SP, 1998. . Derísio, J.C., INTRODUÇÃO AO CONTROLE AMBIENTAL, 2ª ed.
Sumário
Poluição Atmosférica
Introdução;
Geração da poluição;
Problemas gerados pela poluição;
Soluções e desafios;
Curiosidade.
Composição e propriedades do ar
Composição do ar;
Principais Poluidores;
Monóxido de Carbono;
Dióxido de Carbono;
Hidrocarbonetos;
Ozônio e outros oxidantes;
Chumbo.
Efeito Estufa;
Influência de cada gás estufa no agravamento do efeito estufa;
A que distancia a poluição pode ser transportada;
Interação entre qualidade de ar e mecanismos metereológicos;
Doenças respiratórias e Poluição do Ar;
Classificação dos poluentes atmosféricos;
Principais doenças Respiratórias.
Poluição Atmosférica
Introdução
Segundo site sua pesquisa.com
“A partir de meados do século XVIII, com a Revolução Industrial, aumentou muito a
poluição do ar. A queima do carvão mineral despejava na atmosfera das cidades
industriais européias, toneladas de poluentes. A partir deste momento, o ser humano teve
que conviver com o ar poluído e com todas os prejuízos advindos deste "progresso".
Atualmente, quase todas as grandes cidades do mundo sofrem os efeitos daninhos da
poluição do ar. Cidades como São Paulo, Tóquio, Nova Iorque e Cidade do México estão
na lista das mais poluídas do mundo.”
Geração da poluição
A poluição gerada nas cidades de hoje são resultado, principalmente, da queima de
combustíveis fósseis como, por exemplo, carvão mineral e derivados do petróleo ( gasolina
e diesel ). A queima destes produtos tem lançado uma grande quantidade de monóxido de
carbono e dióxido de carbono (gás carbônico) na atmosfera. Estes dois combustíveis são
responsáveis pela geração de energia que alimenta os setores industrial, elétrico e de
transportes de grande parte das economias do mundo. Por isso, deixá-los de lado
atualmente é extremamente difícil.
Problemas gerados pela poluição
Esta poluição tem gerado diversos problemas nos grandes centros urbanos. A
saúde do ser humano, por exemplo, é a mais afetada com a poluição. Doenças
respiratórias como a bronquite, rinite alérgica, alergias e asma levam milhares de pessoas
aos hospitais todos os anos. Outros problemas de saúde são: irritação na pele, lacrimação
exagerada, infecção nos olhos, ardência na mucosa da garganta e processos inflamatórios
no sistema circulatório (quando os poluentes chegam à circulação). Em dias secos e com
poluição do ar alta, é recomendado beber mais água do que o normal, evitar atividades
físicas ao ar livre, utilizar umidificador dentro de casa (principalmente das 10h às 16h) e
limpar o chão de casa com pano úmido).
A poluição também tem prejudicado os ecossistemas e o patrimônio histórico e
cultural em geral. Fruto desta poluição, a chuva ácida mata plantas, animais e vai
corroendo, com o tempo, monumentos históricos. Recentemente, a Acrópole de Atenas
teve que passar por um processo de restauração, pois a milenar construção estava
sofrendo com a poluição da capital grega.
O clima também é afetado pela poluição do ar. O fenômeno do efeito estufa está
aumentando a temperatura em nosso planeta. Ele ocorre da seguinte forma: os gases
poluentes formam uma camada de poluição na atmosfera, bloqueando a dissipação do
calor. Desta forma, o calor fica concentrado na atmosfera, provocando mudanças
climáticas. Futuramente, pesquisadores afirmam que poderemos ter a elevação do nível
de água dos oceanos, provocando o alagamento de ilhas e cidades litorâneas. Muitas
espécies animais poderão ser extintas e tufões e maremotos poderão ocorrer com mais
frequência.
Istoé, 2006
Soluções e desafios
Apesar das notícias negativas, o homem tem procurado soluções para estes
problemas. A tecnologia tem avançado no sentido de gerar máquinas e combustíveis
menos poluentes ou que não gerem poluição. Muitos automóveis já estão utilizando gás
natural como combustível. No Brasil, por exemplo, temos milhões de carros movidos a
álcool, combustível não fóssil, que poluí pouco. Testes com hidrogênio tem mostrado que
num futuro bem próximo, os carros poderão andar com um tipo de combustível que lança,
na atmosfera, apenas vapor de água.
Apenas como curiosidade
São considerados as cidades do mundo com o ar mais poluído: Karachi
(Paquistão), Cairo (Egito), Katmandu (Nepal), Nova Delhi (Índia), Pequim (China),
Lima (Peru) e Arequipa (Peru).
Acesso em 1 de março de 2012. Site: http://www.suapesquisa.com/poluicaodoar/
Composição e propriedades do ar
Denomina-se ar à matéria gasosa que circunda o Globo Terrestre. Ele é, por
conseguinte, a matéria constituinte da atmosfera terrestre. Na verdade ele é formado de
uma mistura de vários elementos e compostos distintos e, embora historicamente a sua
composição tenha sofrido um processo de evolução, pode-se considerar que, para fins
práticos, a sua composição não varia, pelo menos com relação aos seus componentes
principais.
Composição do Ar
Componentes Porcentagem
Nitrogênio 78%
Oxigênio 20%
Argônio 0,9%
gás carbônico (Dióxido de Carbônico) 0,033%
Neônio 0,001%
Hélio 0,0005%
Criptônio 0,0001%
Os elementos e compostos representados acima com exceção do gás carbônico
são invariáveis no ar atmosféricos. O gás carbônico sofre grandes variações de uma
região que pode ser de 0,01 a 0,1%.
Variam também as concentrações normais de vapor d’água, ozônio, dióxido de
enxofre e nitrogênio, amônia e monóxido de carbono (CO).
No ponto de vista de meio ambiente os dois mais importantes são o oxigênio e gás
carbônico.
Principais Poluidores
Monóxido de carbono (CO)
Sintomas associados: Angina Pectoris, Alteração na performance na condução de
veículos, dor de cabeça, fadiga, tontura e coordenação motora e exposição contínua perda
de consciência e morte.
Dióxido de nitrogênio (NO2)
Sintomas associados: Aumento de resistência do ar, Bronquiolite, Bronquite, diminuição
do sistema de defesa contra infecções pulmonares, Pneumonia e desenvolvimento de
enfisema.
Hidrocarbonetos e outros compostos orgânicos voláteis
Sintomas associados: Diminuição dos glóbulos vermelhos, leucemia,alterações no
material genético humano, edema pulmonar, inflamação e pneumonia e por fim a morte.
Ozônio e outros oxidantes fotoquímicos
Sintomas associados: Aumento da resistência à passagem de ar e frequência da
respiração, diminuição da capacidade vital e capacidade imunológica pulmonar, asma,
envelhecimento precoce, agrava as doenças cardíacas crônicas, bronquite, edema
pulmonar.
Chumbo
Sintomas associados: Anemia, distúrbios gastro-intestinais, danos no sistema nervoso e
renal, fadiga, convulsão, perda de apetite, paralisia das pernas e braços.
Efeito Estufa
O efeito estufa ou efeito de estufa é um processo que ocorre quando uma parte da
radiação infravermelha emitida pela superfície terrestre é absorvida por determinados gases
presentes na atmosfera. Como consequência disso, o calor fica retido, não sendo libertado para o
espaço. O efeito estufa dentro de uma determinada faixa é de vital importância pois, sem ele, a
vida como a conhecemos não poderia existir. Serve para manter o planeta aquecido, e assim,
garantir a manutenção da vida.
O que se pode tornar catastrófico é a ocorrência de um agravamento do efeito estufa que
destabilize o equilíbrio energético no planeta e origine um fenômeno conhecido como
aquecimento global. O IPCC (Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas,
estabelecido pelas Organização das Nações Unidas e pela Organização Meteorológica Mundial
em 1988) no seu relatório mais recente[1] diz que a maior parte deste aquecimento,observado
durante os últimos 50 anos, se deve muito provavelmente a um aumento dos gases do efeito
estufa.
Os gases de estufa (dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), Óxido nitroso (N2O), CFC´s
(CFxClx) absorvem alguma radiação infravermelha emitida pela superfície da Terra e radiam por
sua vez alguma da energia absorvida de volta para a superfície. Como resultado, a superfície
recebe quase o dobro de energia da atmosfera do que a que recebe do Sol e a superfície fica
cerca de 30 °C mais quente do que estaria sem a presença dos gases «de estufa».
Um dos piores gases é o metano, cerca de 20 vezes mais potente que o dióxido de
carbono, é produzido pela flatulência dos ovinos e bovinos, sendo que a pecuária representa 16%
da poluição mundial. Cientistas procuram a solução para esse problema e estão desenvolvendo
um remédio para tentar resolver o caso. Na Nova Zelândia pensou-se em cobrar-se taxas por
vaca, para compensar o efeito dos gases emitidos.[2]
Ao contrário do significado literal da expressão «efeito estufa», a atmosfera terrestre não
se comporta como uma estufa (ou como um cobertor). Numa estufa, o aquecimento dá-se
essencialmente porque a convecção é suprimida. Não há troca de ar entre o interior e o exterior.
Ora acontece que a atmosfera facilita a convecção e não armazena calor: em média, a
temperatura da atmosfera é constante e a energia absorvida transforma-se imediatamente na
energia cinética e potencial das moléculas que existem na atmosfera. A atmosfera não reflete a
energia radiada pela Terra. Os seus gases, principalmente o dióxido de carbono, absorvem-na. E
se radia, é apenas porque tem uma temperatura finita e não por ter recebido radiação. A radiação
que emite nada tem que ver com a que foi absorvida. Tem um espectro completamente diferente.
O efeito estufa, embora seja prejudicial em excesso, é na verdade vital para a vida na
Terra, pois é ele que mantém as condições ideais para a manutenção da vida, com temperaturas
mais amenas e adequadas. Porém, o excesso dos gases responsáveis pelo Efeito Estufa, ao qual
desencadeia um fenômeno conhecido como Aquecimento Global, que é o grande vilão.
O problema do aumento dos gases estufa e sua influência no aquecimento global, tem
colocado em confronto forças sociais que não permitem que se trate deste assunto do ponto de
vista estritamente científico. Alinham-se, de um lado, os defensores das causas antropogênicas
como principais responsáveis pelo aquecimento acelerado do planeta. São a maioria e
onipresentes na mídia. Do outro lado estão os "céticos", que afirmam que o aquecimento
acelerado está muito mais relacionado com causas intrínsecas da dinâmica da Terra, do que com
os reclamados desmatamento e poluição que mais rápido causam os efeitos indesejáveis à vida
sobre a face terrestre do que propriamente a capacidade de reposição planetária.
Ambos os lados apresentam argumentos e são apoiados por forças sociais.
A poluição dos últimos duzentos anos tornou mais espessa a camada de gases existentes
na atmosfera. Essa camada impede a dispersão da energia luminosa proveniente do Sol, que
aquece e ilumina a Terra e também retém a radiação infravermelha (calor) emitida pela superfície
do planeta. O efeito do espessamento da camada gasosa é semelhante ao de uma estufa de
vidro para plantas, o que originou seu nome. Muitos desses gases são produzidos naturalmente,
como resultado de erupções vulcânicas, da decomposição de matéria orgânica e da fumaça de
grandes incêndios. Sua existência é indispensável para a existência de vida no planeta, mas a
densidade atual da camada gasosa é devida, em grande medida, à atividade humana. Em escala
global, o aumento exagerado dos gases responsáveis pelo efeito estufa provoca o aquecimento
do global, o que tem consequências catastróficas. O derretimento das calotas polares, dos
chamados "gelos eternos" e de geleiras, por exemplo, eleva o nível das águas dos oceanos e dos
lagos, submergindo ilhas e amplas áreas litorâneas densamente povoadas. O super aquecimento
das regiões tropicais e subtropicais contribui para intensificar o processo de desertificação e de
proliferação de insetos nocivos à saúde humana e animal. A destruição de habitats naturais
provoca o desaparecimento de espécies vegetais e animais. Multiplicam-se as secas, inundações
e furacões, com sua sequela de destruição e morte.
Acesso em 10 de março de 2012. http://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_estufa
Influência de cada gás estufa no agravamento do efeito estufa.
Toda a absorção da radiação terrestre acontecerá próximo à superfície, isto é, nas partes
inferiores da atmosfera, onde ela é mais densa, pois em maiores altitudes a densidade da
atmosfera é baixa demais para ter um papel importante como absorvedor de radiação (exceto
pelo caso do ozono). O vapor de água, que é o mais poderoso dos gases estufa, está presente
nas partes inferiores da atmosfera, e desta forma a maior parte da absorção da radiação se dará
na sua base. O aumento dos gases estufa na atmosfera, mantida a quantidade de radiação solar
que entra no planeta, fará com que a temperatura aumente nas suas partes mais baixas. O
resultado deste processo é o aumento da radiação infravermelha da base da atmosfera, tanto
para cima como para baixo. Como a parte inferior (maior quantidade de matéria) aumenta mais
de temperatura que o topo, a manutenção do balanço energético (o que entra deve ser igual ao
que sai) dá-se pela redistribuição de temperaturas da atmosfera terrestre. Os níveis inferiores
ficam mais quentes e os superiores mais frios. A irradiação para o espaço exterior se dará em
níveis mais altos com uma temperatura equivalente a de um corpo negro irradiante, necessária
para manter o balanço energético em equilíbrio.
As avaliações do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) são os mais
completos resumos do estado da arte nas previsões do futuro do planeta, considerando vários
cenários possíveis.
Comentários
Jamil Chade - O Estado de S. Paulo
GENEBRA - O Rio de Janeiro, cidade que irá sediar os Jogos Olímpicos de 2016 e parte importante da Copa
do Mundo de 2014, tem um índice de poluição do ar três vezes superior aos níveis recomendados pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) e pior que o da cidade de São Paulo. Em uma avaliação inédita com 1,1
mil cidades pelo mundo, a OMS alerta que as cidades de países emergentes são hoje não apenas as que mais
se beneficiam de uma expansão econômica, mas também são as mais poluídas, seja no Brasil, Indonésia,
Coréia, China ou Índia.
São Paulo, apesar de estar em uma situação melhor que a do Rio de Janeiro, não tem
nada a comemorar. A capital paulistana tem um índice duas vezes superior às recomendações da
OMS. No geral, o Brasil também tem uma média de poluição do ar duas vezes superior ao que
estabelece a entidade mundial de saúde.
De 91 países avaliados, o Brasil é o 44° com maior índice médio de poluição do ar. Todo o
Leste Europeu, apesar das acusações de ter uma indústria ainda obsoleta, herança da União
Soviética, já apresenta taxas de poluição do ar mais adequadas que o Brasil. O Brasil é ainda
hoje o nono país do mundo com maior número de mortes por problemas respiratórios.
Entre as 1,1 mil cidades avaliadas, a situação mais preocupante no Brasil é a do Rio, na
144ª colocação entre as mais poluídas, superando Istambul, Tijuana, Seul e Dar Al Salaam. Por
cada metro cúbico de ar, foram encontrada uma taxa de 64 microgramas de poluição. Para a
OMS, o ideal seria uma taxa de apenas 20 por metro cúbico de ar. Um cidadão no Rio respira um
ar seis vezes mais poluído que na Austrália ou Luxemburgo. Essas micropartículas, uma vez no
pulmão, podem passar ao sangue e causar asma, câncer e doenças cardíacas.
Uma parcela do interior paulista ainda seria considerada como o 204° local mais poluído,
rivalizando com Chennai, na China. Mas grande parte do interior paulista tem uma taxa de
poluição perto do que pede a OMS. A região metropolitana de São Paulo vem na 268ª posição
no mundo, com uma taxa de 38 microgramas por metro cúbico. A taxa é quase duas vezes
superior aos níveis recomendados pela OMS, mas está na mesma posição que Paris e Buenos
Aires. São Paulo ainda é mais poluída que Caracas e Roma. Um paulistano respira quatro vezes
mais partículas de poluição que alguém em Ottawa, Dublin ou na Finlândia.
O brasileiro Carlos Dora, coordenador do Departamento de Saúde Pública e Meio
Ambiente da OMS, estima que um dos principais responsáveis por essas taxas é o transporte.
Mas alerta que uma solução deve ser pensada de forma estratégica e adequada a cada cidade.
"O problema da poluição não é isolado. Portanto, uma solução deve ser de uma constelação de
medidas", disse. Segundo ele, uma redução da poluição aos níveis aceitáveis pela OMS
reduziria em 15% o número de mortes anuais na cidade carioca por problemas respiratórios.
Maria Neira, diretora da OMS para Saúde Pública e Meio Ambiente, acredita que o
investimento justamente em transporte público pode ser a solução para reduzir de forma
importante a taxa de poluição do ar. "Essa redução é possível. Basta ver o que os países ricos
fizeram. Há décadas, estavam entre os locais mais críticos do mundo e conseguiram reverter
essa situação com políticas e leis", disse.
Mas questionada sobre a realização dos Jogos Olímpicos no Rio e o impacto da poluição
nos atletas, a diretora da OMS evitou comentar. “Já fizeram os Jogos em Pequim”, respondeu. A
capital chinesa tem um índice de poluição seis vezes superior à meta da OMS.
No Brasil, as cidades de porte grande com melhor qualidade do ar são Curitiba, com uma
taxa de 29 e equivalente a Londres e Belo Horizonte, que no ranking aparece como a metrópole
brasileira melhor colocada, com um ar dentro dos limites que pede a OMS e na 615ª posição das
mais poluídas. A cidade mineira de Ibirité tem uma taxa de poluição que sequer chega ao teto
estabelecido pela OMS, assim como partes do interior de São Paulo. Os dados são baseados em
68 estações de captação do próprio País, mantidas em quatro estados brasileiros.
Emergentes. A avaliação da OMS é de que a contaminação atmosférica mata 1,3 milhão de
pessoas por ano no mundo por doenças respiratórias. Um milhão e cem mil dessas mortes
poderiam ser evitadas se a taxa de poluição fosse reduzida. Dos 91 países avaliados, 80 estão
acima do padrão da OMS. Mas os dados também mostram que são os moradores de países
emergentes com fortes taxas de crescimento que mais são vítimas da poluição do ar. "Em muitas
cidades, a poluição chega a níveis que ameaçam a saúde humana", afirma Maria Neira. Grande
parte das 1,3 milhão de mortes ocorre em países emergentes.
Transporte, plantas de produção de energia e mesmo o aquecimento de casas estão entre
os principais fatores. No topo da lista das cidades mais poluídas estão várias no Irã, Índia,
Paquistão e China, com taxas de até 300 microgramas por metro cúbico. A China também é o
país com o maior número de mortes por doenças respiratórias, com mais de 400 mil vítimas por
ano. Com 23,7 mil mortes, o Brasil é nono colocado no mundo. “Os locais com o crescimento
mais rápido também são os que apresentam maior taxa de poluição”, disse Neira. "Os mais
pobres são hoje os mais vulneráveis", disse.
Com a publicação da lista, a OMS espera mobilizar a sociedade para lutar por um ar mais
adequado. “Muitas das cidades com a pior taxa sequer está na lista”, alertou Dora. "Esperamos
gerar uma pressão pública sobre as autoridades", disse Maria Neira. A diretora também insiste
sobre a necessidade de governos de adotar leis para exigir reduções nas emissões de poluentes.
"Investir nisso permite ao estado reduzir custos com hospitais", disse. “As intervenções não são
caras”, alertou, apontando que para cada 1 dólar investido em reduzir a poluição, 10 são
economizados.
Comentários de Prof. Dr. György Miklós Böhm
Sem dúvida, a doença mais frequente é a inflamação. Durante os episódios de poluição, quando a
CETESB avisa que o ar está ruim, muitas pessoas sentem ardência nos olhos, nariz, garganta, traquéia e, por
vezes, tossem. A inflamação nada mais é do que uma das formas com que os tecidos reagem perante irritantes
químicos, físicos ou microrganismos. Nestas áreas do corpo haverá maior produção de lágrima ou muco e os
tecidos ficam vermelhos. Trata-se de um incômodo maior ou menor, porém que depois de algumas horas cessa
espontaneamente.
Não há muito que fazer: um colírio para lavar o olho e uma pastilha para a garganta traz alívio
embora não sejam realmente necessários. Estas manifestações são as conjuntivites (conjuntiva do olho), rinites
(nariz), faringites, traqueites, bronquites e alveolites (alvéolos pulmonares). Enquanto, agudas e passageiras,
as inflamações não são alterações preocupantes, entretanto, se crônicas transformam-se em doenças que podem
complicar.
OS POLUENTES que causam inflamação são muitos, os mais importantes são : óxidos de
nitrogênio, dióxido de enxofre, hidrocarbonetos, aldeídos, material particulado e oxidantes
fotoquímicos (por exemplo, ozônio).
Se os problemas de saúde parassem por aí, seria muito bom. Entretanto, as sucessivas
reações inflamatórias acabam provocando infecções. Os tecidos aguda e, sobretudo,
cronicamente inflamados perdem suas capacidades de defesa contra os microrganismos que
estão presentes no próprio organismo e no ar que respiramos. O equilíbrio entre o organismo e
estes agentes é mantido por meio de engenhosos sistemas de proteção que garantem a saúde,
porém, quando minados por inflamações crônicas, os microrganismos instalam-se nos tecidos,
proliferam e causam uma infecção. Assim, as faringites, rinites e bronquites, por exemplo, ficam
inflamações infectadas. A mais temível das infecções é a pneumonia, quando as bactérias
atacam os pulmões, que é uma doença grave que necessita de socorro médico. Em crianças e
idosos, as pneumonias podem levar a morte.
A poluição atmosférica das cidades causa câncer? Certamente, alguns poluentes são
cancerígenos, principalmente os hidrocarbonetos policíclico aromáticos. A concentração desta
substância ou de qualquer outro poluente no ar de São Paulo não é suficiente para causar câncer
por si só. Contudo, junto com outros cancerígenos, o cigarro, por exemplo, aumentam a
incidência do câncer pulmonar que, geralmente, não tem cura. O problema da incidência de
neoplasias (câncer) induzidas pela poluição atmosférica de São Paulo precisa ser vigiado porque,
repetimos, existem vários poluentes cancerígenos.
É preciso entender a ação do monóxido de carbono (CO), que muitas vezes é o
responsável pela má qualidade do ar. Essencialmente, trata-se de uma substância que prejudica
a oxigenação dos tecidos e, por isso, é classificado como um asfixiante sistêmico. A substância
que carrega oxigênio aos tecidos é a hemoglobina que está dentro dos glóbulos vermelhos do
sangue (também chamados de hemácias ou eritrócitos). Ao nível dos capilares pulmonares, a
hemoglobina recebe oxigênio do ar que está nos alvéolos e, depois, continua pelos vasos
sangüíneos para levar este elemento vital a todos os tecidos. Lá ele troca o oxigênio por dióxido
de carbono que transporta até aos pulmões para liberá-lo no ar alveolar e carregar-se,
novamente, com oxigênio.
O perigo do CO reside no fato de que impede a oxigenação dos tecidos, que é um
fenômeno biológico complexo e suas manifestações clínicas são complicadas. Todos os órgãos
necessitam de oxigênio, principalmente o sistema nervoso central. Portanto, casos graves de
intoxicação por CO, que jamais ocorrem ao ar livre mas apenas em ambientes fechados
(garagens, túneis longos e mal ventilados), provocam confusão mental, inconsciência, parada das
funções cerebrais e morte. No caso das poluições atmosféricas de São Paulo, a inalação crônica
de CO não é perceptível. No entanto, sabe-se que pode agravar ateroscleroses, principalmente
do coração, sobretudo em fumantes.
É importante saber que nas intoxicações agudas ou crônicas, se a vítima não mais respirar
CO, após vários dias restabelece-se o ciclo normal da oxigenação celular. A absoluta maioria dos
pacientes tem recuperação completa e sem seqüelas, se definitivamente afastados da poluição
por CO.
A que distância a poluição pode ser transportada?
Se você olhar para a fumaça que sai de uma chaminé, verá que em poucos dias do ano ela
sobe verticalmente. Na maior parte das vezes ela se inclina, porque o ar ao redor da chaminé
está em movimento. Mesmo quando parece haver apenas uma brisa próxima ao solo, nas
camadas mais altas o vento pode ser bem mais forte.
A poluição que sai das chaminés é levada pelo vento. Uma parte dela pode permanecer no
ar durante uma semana ou mais, antes de se depositar no solo. Nesse período ela pode ter
viajado muitos quilômetros. Mesmo um vento fraco de 16 km/h poderia transportá-la para além de
1600 km em cinco dias. Quanto mais a poluição permanece na atmosfera, mais a sua
composição química se altera, transformando-se num complicado coquetel de poluentes que
prejudica o meio ambiente.
Nas mais importantes áreas industriais do Hemisfério Norte, o vento predominante (aquele
que sopra com maior freqüência) vem do oeste. Isso significa que as áreas situadas no caminho
do vento, que sopra dessas regiões industriais, recebem uma grande dose de poluição. Cerca de
3 milhões de toneladas de poluentes ácidos são levados a cada ano dos Estados Unidos para o
Canadá. De todo o dióxido de enxofre precipitado no leste canadense, metade dele provém das
regiões industriais situadas no nordeste dos EUA. Na Europa, a poluição ácida é soprada sobre a
Escandinávia, vinda dos países circunvizinhos, especialmente da Grã-Bretanha e do Leste
Europeu.
Os poluentes gerados no Pólo Petroquímico de Cubatão (SP) freqüentemente são levados
para o litoral norte de São Paulo (Ubatuba, Caraguatatuba), onde ocorre a chuva ácida. O dióxido
de enxofre da Termelétrica de Candiota (RS) precipita-se no Uruguai.
O vapor produzido por usina termelétrica é inofensivo, mas a fumaça resultante da queima
dos combustíveis fósseis causa a chuva ácida.
Fogueiras e chaminés industriais lançam fuligem no ar, escurecendo edifícios e
ocasionando densa neblina em regiões de climas úmidos. Atualmente as queimadas contribuem,
de forma decisiva, para o aumento da poluição.
A explosão da usina nuclear de Chernobyl desprendeu radiação que atingiu vários países
do oeste europeu. Como resultado, algumas renas da Noruega e Lapônia não puderam ser
consumidas pelo homem.
Toda combustão elimina dióxido de carbono e sua quantidade está cada dia maior na
atmosfera do planeta, retendo o calor que escaparia para o espaço. Esse fenômeno é conhecido
como "efeito estufa" e está provocando um maior aquecimento da Terra. O perigo está na
possibilidade de as camadas polares degelarem, o que causaria uma elevação no nível dos
mares. Se isso acontecer, o clima do planeta será alterado, principalmente no que se refere à
distribuição das chuvas. A vida terrestre estaria ameaçada, pois se o clima sofresse uma
mudança abrupta, os seres vivos não teriam tempo suficiente para uma adaptação necessária à
sua sobrevivência.
A fumaça que se desprende da queima de combustível fóssil contém óxidos de enxofre e
nitrogênio, que reagem com a umidade do ar, gerando o ácido sulfúrico e o nítrico. A fumaça é
então carregada pelo vento, até encontrar um local úmido, formando ácidos que caem sob a
forma de chuva – a chuva ácida –, que pode matar peixes de rios e lagos, e é responsáveis pela
morte de árvores em grandes áreas da Europa, Escandinávia, norte dos Estados Unidos e
Canadá.
Interação entre qualidade de ar e mecanismos metereológicos
A atmosfera pode ser considerada o local onde ocorrem, permanentemente, reações
químicas. Ela absorve uma grande variedade de sólidos, gases e líquidos, provenientes de
fontes, estacionárias (industriais e não-industriais), móveis (transportes aéreos, marítimos e
terrestres, em especial os veículos automotores) e de fontes naturais (mar, poeiras cósmicas,
arraste eólico, etc.). Essas emissões podem se dispersar, reagir entre si, ou com outras
substâncias já presentes na própria atmosfera. Estas substâncias ou o produto de suas reações
finalmente encontram seu destino num sorvedouro, como o oceano, ou alcançam um receptor
(ser humano, outros animais, plantas, materiais).
A concentração real dos poluentes no ar depende tanto dos mecanismos de dispersão
como de sua produção e remoção. Normalmente a própria atmosfera dispersa o poluente,
misturando-o eficientemente num grande volume de ar, o que contribui para que a poluição fique
em níveis aceitáveis. As velocidades de dispersão variam com a topografia local e as condições
atmosféricas locais.
Em suma, é a interação entre as fontes de emissão de poluentes atmosféricos e as
condições meteorológicas que define a qualidade do ar.
Acesso em 09 de março de 2012 . Fonte: www.feema.rj.gov.br
Doenças Respiratórias x Poluição do Ar
Classificação dos poluentes atmosféricos
a). Quanto ao estado físico:
. Material particulado;
. Gases e vapores.
b) Quanto à origem:
. Primários (1º);
. Secundários (2º).
c). Quanto à classe química:
. Orgânicos;
. Inorgânicos.
-Quanto à fonte:
. Naturais;
. Antropogências.
Principais doenças respiratórias Acessado em 8 de março: http://engolindoosol.tripod.com/doencas.html
“As doenças respiratórias são a 3ª causa de mortes no mundo todo, ganhando da AIDS
e só perdendo para as doenças cardiovasculares e os derrames.
Dividimos este capítulo em 3 tópicos gerais:
- Infecções respiratórias causadas pelos vírus:
resfriado e gripe.
- Infecções respiratórias causadas pelas bactérias:
Sinusite, bronquite, bronquiolite, pneumonia, meningite, febre reumática, escarlatina,
glomerulonefrite, amigdalite, faringite, tuberculose, difteria e (doenças causadas por fungos).
C- Doenças respiratórias que não são causadas por microrganismos (alergias respiratórias):
Rinite alérgica e asma.
Infecções respiratórias causadas pelos vírus
Essas doenças, a priori, não devem ser tratadas com antibióticos, mas poderão sempre
ser prevenidas ou tratadas com as técnicas alternativas citadas.
Resfriados e gripes
Resfriados e gripes são provocados por vírus que são parasitas intracelulares obrigatórios,
isto é, dependem das células vivas para se multiplicarem e são bem menores do que as
bactérias.
Os vírus são cerca de cem vezes menores do que as bactérias e não chegam a constituir
uma célula como estas. Eles são formados apenas por um ácido nucleico envolto por
uma cápsula de proteína e alguns biólogos nem os consideram um ser vivo, pois estes só se
comportam como tal quando estão no interior das células.
Os menores vírus medem cerca de 10 a 20 nanômetros (1nm=1 milhão de vezes menor do que
1 milímetro), o que já é um fator facilitador da sua entrada no interior das células das mucosas.
Resfriados e gripes são causados por vírus diferentes, assim, os sintomas que causam no
organismo também serão diferentes. A grande maioria dos resfriados é provocada pelos
rhinovírus e pelos coronavirus, já a gripe é provocada pelos ortomixovirus da influenza dos tipos
A, B ou C, sendo que os do tipo A é que provocam as epidemias e pandemias de gripe.
O rhinovírus (rhis=nariz), o mais comum de todos e responsável pela maioria dos
resfriados possui, pelo menos, 115 sorotipos diferentes já identificados na natureza, daí a
dificuldade em se produzir uma vacina contra o resfriado. Porém, este vírus confere uma
imunidade de mais de dois anos ao organismo e provavelmente, sua ação se restrinja às
mucosas das vias aéreas devido ao fato dele crescer melhor a 33°C (temperatura da
mucosa), ao invés dos 37°C (temperatura do corpo humano).
Já o coronavirus, responsável por apenas 15% dos resfriados, possui somente dois
sorotipos, mas, em compensação, confere uma imunidade de apenas um ano.
Como disse, o vírus da gripe possui 3 sorotipos básicos identificados, permitindo,
assim, a confecção de vacinas feitas de vírus já mortos e que funcionam como antígenos,
provocam a formação de anticorpos (elementos de defesa) no organismo; por isso existem
vacinas para a gripe e não para o resfriado.
Sintomas do resfriado (após o vírus ter penetrado a membrana mucosa):
Os sintomas do resfriado são bem mais brandos do que os da gripe e se localizam
principalmente no nariz e na garganta. A grande maioria dos resfriados começa pela garganta,
passando inicialmente à narina correspondente do lado da garganta afetada.
Às vezes, o resfriado é tão fraco que congestiona apenas uma das narinas, mas
geralmente ambas acabam sendo comprometidas.
.
Portanto, ao sentir um ponto na garganta ou esta arranhar, procure se precaver logo,
principalmente com a técnica nº 3 da Reversão: cortando de imediato o frio, agasalhando-se
mais, evitando e afastando-se das intempéries climáticas e das causas ambientais.
Aplique também a técnica nº 4 da hiperventilação para debelar a dor de garganta que
normalmente ocorre antes do resfriado.
No resfriado, a febre, quando existe, geralmente é baixa, mas pode chegar aos 38°C ou
um pouco mais, principalmente durante o período inicial, por isso, ficamos também muito mais
sensíveis ao frio, como na gripe.
Os resfriados duram de 2 a 7 dias, provocando catarro e coriza e geralmente garganta
inflamada, mas atenção: o nariz nunca deve ser assoado com muita força para não favorecer as
principais complicações bacterianas, as sinusites e otites, que podem aparecer ao final
do resfriado e, por vezes, devem ser tratadas com os antibióticos.
A técnica n° 1 da exposição da garganta ao sol debela o problema acima, dispensando
os antibióticos ou ajudando a sua ação, mas atenção: esta técnica, como já enfatizamos, só
deve ser usada para combater o catarro residual no final da infecção e com a garganta já
recuperada, não mais inflamada.
Sintomas da gripe (após o vírus ter penetrado a membrana mucosa).
São bem mais fortes do que os do resfriado e se estendem pelo corpo todo, provocando
prostração, abatimento, sensação de mal estar geral, dores musculares e algumas vezes, até
dores abdominais, com vômitos e/ou diarréias. Nariz e garganta também são atacados e a febre
geralmente é muito alta, podendo chegar aos 40ºC, provocando calafrios, dor de cabeça, tosse e
fraqueza. A doença pode perdurar por mais de uma semana.
As gripes, ao contrário dos resfriados, provocam epidemias na população, principalmente
nos meses frios, porém podem ser evitadas por meio de vacinas, que devem ser aplicadas em:
crianças, idosos, cardíacos, aidéticos, diabéticos, doentes renais, reumáticos, doentes
pulmonares e nos agentes da saúde.
Para facilitar a identificação rápida, se é uma gripe ou um resfriado, podemos resumir tudo
nos 6 sintomas mais importantes:
SINTOMAS RESFRIADO GRIPE
Febre:
Ausente ou rara
Comum, (39º a 40º C)
Cefaléia (dor de
cabeça): ausente comum
Mal estar geral:
discreto
Comum, severo e duradouro.
Faringite (dor de
garganta): comum Menos comum
Secreção nasal:
Comum e abundante
Menos comum, pouca
Vômito e/ou diarréia: raro comum
É importante também diferenciar os sintomas de uma gripe dos de uma amigdalite ou
faringite, pois ambas provocam febre alta.
Nas amigdalites não há quase corrimento nasal ou catarro intenso, mas, geralmente,
pontos brancos de pus na garganta. As amigdalites podem ser confundidas com as gripes, no
entanto devem ser tratadas com antibióticos, pois são causadas por bactérias, ao contrário das
gripes que são causadas por vírus. Para a antibioticoterapia no caso das amigdalites,
recomendamos sempre consultar um médico.
Porém, ambas as doenças podem ser, muitas vezes, evitadas com a técnica nº 3 da
Reversão associada à n° 4 da Hiperventilação, se as mesmas forem aplicadas
preventivamente, logo ao início dos sintomas.
Somente 20% das dores de garganta são causadas por bactérias, sendo a grande
maioria causada por resfriados e gripes, devendo-se então ter sempre o cuidado de não tomar
antibióticos desnecessariamente, principalmente as crianças, pelos efeitos colaterais destes.
A Vacina é contra a contra gripe e não contra resfriados:
A vacina é um bom recurso preventivo contra a gripe, pois faz com que nosso organismo
produza anticorpos contra alguns tipos de vírus da gripe. Contudo, ela não imuniza o organismo
contra todos os vírus, conferindo apenas cerca de 50% de imunização; sendo assim,
principalmente para os idosos, além da vacinação anual, estes devem ficar atentos e aplicar a
técnica de nº 3 da Reversão logo aos primeiros sintomas.
Comentário:
Se você tomou a vacina, você só ficará imunizado para 50% dos casos de gripe e não do resfriado,
que são provocados por outros tipos de vírus e, portanto, continuará a ficar resfriado normalmente, como se
nunca tivesse tomado a vacina.
Como no Brasil se confunde muito resfriado com gripe, muitas pessoas acham que a vacina
não surte efeito por esse motivo.
De qualquer modo, mais uma razão para complementar a vacina com as nossas técnicas;
neste caso, além de pegar menos gripes, pegará também menos resfriados.
A complicação mais séria da gripe é a pneumonia, descrita mais adiante, mas outras
complicações podem surgir, principalmente nos cardíacos, hipertensos e portadores de problema
renais.
A Técnica da Reversão
Acessado em 8 de março: http://engolindoosol.tripod.com/doencas.html
É importante lembrar novamente que você pode reverter a maior parte dos resfriados ou
gripes iminentes, se estiver consciente dos sintomas iniciais e aplicar a técnica da Reversão,
normalmente, associada também à Hiperventilação para combater as dores de garganta (veja as
técnicas e o quadro geral).
Isto é de grande proveito, principalmente para os idosos, mais vulneráveis às complicações
bacterianas.
Com a aplicação desta técnica, mesmo que o vírus acabe penetrando no organismo este,
geralmente, atuará mais de forma mais branda e a fase infecciosa será mais fraca, não
causando maiores transtornos.
Sintomas da iminência de um resfriado.
Queda da temperatura do corpo, mãos e pés frios, calafrios nas costas e na barriga e
espirros fortes e profundos.
Isto pode ocorrer de forma repentina, principalmente no inverno ou mesmo no verão ou em
outras estações, principalmente na virada do tempo, na entrada de frentes frias. Aplique
consciente e imediatamente a técnica n°3 e terá cerca de 80% de chances de reverter o resfriado.
É preciso enfatizar que, neste ponto, o vírus tendo adsorvido a mucosa,
provavelmente alguma carga viral conseguiu ultrapassar esta barreira e já consegue produzir
alguns sintomas característicos da doença; frio, espirros, queda de temperatura corporal; no
entanto, tudo isso pode ser revertido pelo calor. Ademais, temos sempre circulando no sangue
células especiais, denominadas de “natural killers” que, se ajudadas pelo calor, pelo equilíbrio
elétrico do corpo e pelo afastamento dos fatores adversos ambientais, poderão liquidar toda
a carga viral.
O vírus da gripe penetra a membrana das células da mucosa através do fenômeno de
endocitose, ou seja, a própria membrana celular engloba o vírus com seu capsídeo (ácido
nucléico e capa protéica viral) para o interior da célula, liberando depois, o material genético do
vírus no núcleo celular.
Se a técnica pelo calor, (aliada à Hiperventilação do nariz e da garganta) for aplicada a tempo, o
resfriado poderá ser revertido.
Conselhos importantes sobre resfriados e gripes e suas relações com as nossas técnicas naturais.
Caso não consiga reverter o resfriado ou a gripe e contraia a infecção, continue a se
manter sempre aquecido, isto é muito importante e tente repousar mais; ingira sucos de frutas
naturais e evite o vento, o frio e a umidade.
Manter o calor é fundamental, tanto para prevenir quanto para curar e evitar as
complicações bacterianas, como as pneumonias e outras.
Não adianta tomar remédios, antibióticos e se expor às intempéries sem agasalhos.
Há registros de pessoas saudáveis e até muito fortes que contraíram um resfriado ou uma
gripe e faleceram de pneumonia dupla por mero descuido.
Não pegamos mais resfriados no inverno ou nos dias mais frios pelo fato de ficarmos
mais em aglomerados em ambientes fechados, como é largamente preconizado, mas sim
devido ao próprio frio e às instabilidades que favorecem as infecções.
Essa teoria foi criada para explicar o maior número de resfriados no inverno do que no
verão, quando ainda se acreditava que o frio não predispunha a essas doenças, porém, no calor
do verão, os aglomerados, festivais etc. nada causam a mais.
Então, mais importante do que evitar aglomerados é se manter aquecido, pois é muito
mais fácil pegar resfriados estando isolado
e no frio intenso da serra limpa do que aquecido e portanto, protegido, na multidão
contaminada.
Gripes e resfriados são doenças do frio, mas podem ser predispostas por desequilíbrios
das mucosas também no verão e o nosso maior aliado contra elas não é somente o repouso,
apesar deste ajudar, mas, principalmente, a manutenção do calor corpóreo.
O tempo estável e os dias ensolarados também ajudam não só a evitar essas doenças
como também a curá-las pela ação direta da radiação eletromagnética do sol na atmosfera, no
solo, nos objetos e no próprio corpo.
Por exemplo: já foi verificado que a parte da areia da que pega menos sol devido à sombra
projetada dos prédios nas praias contem uma quantidade de germes muito maior do que a parte
que pega sol o dia todo.
Em comunidades especiais e isoladas que vivem em locais muito secos e frios, como os
esquimós, pode até existir uma situação em que haja uma explosão de resfriados ou gripes
durante o verão, como conseqüência das alterações climáticas bruscas, associadas à presença
de um novo vírus mutante na comunidade. Entretanto, em condições normais de temperatura e
umidade é sabido que o frio é o fator mais agressivo na quebra da resistência orgânica contra os
vírus da gripe e do resfriado, seguido das instabilidades climáticas.
A sensibilidade aos fatores climáticos ou ambientais varia muito de pessoa a pessoa e
existem pessoas mais ou menos resistentes. Contudo, mesmo as mais resistentes acabam
contraindo mais infecções ao se exporem às condições ambientais adversas e muitas acabam se
tornando mais cautelosas com a idade.
O fato de estarmos ou não exercendo uma atividade física também é muito importante com
relação aos fatores climáticos; por exemplo: um goleiro estará sempre mais sujeito às
instabilidades climáticas do que os jogadores da linha. Então, uma boa maneira de não
contrairmos infecções ao sermos surpreendidos pelo frio, chuvas ou outras intempéries é nos
mantermos sempre em atividade física, não ficando parados e aumentando assim o calor
corpóreo.
Os vírus da gripe e do resfriado são veiculados normalmente através do ar a partir de
portadores assintomáticos ou de pessoas já doentes, através de espirros ou da própria fala.
Mas, podem também ser disseminados a partir de objetos já contaminados e principalmente,
pelas mãos.
Por isso, é muito importante lavar sempre as mãos com sabonete, principalmente ao entrar
em casa e antes das refeições.
Crie este simples hábito em sua casa com seus filhos e estará evitando, além das
infecções citadas, outras doenças bacterianas e parasitárias perigosas.
Febre.
Após ter pego um resfriado ou uma gripe, a coisa mais importante a fazer é manter o
calor do corpo e você vai sentir que o próprio organismo lhe pede isso, ao alterar a regulagem de
seu “termostato” através do hipotálamo.
Principalmente durante a gripe, você vai ficar muito sensível ao frio devido à febre alta,
que é uma defesa do organismo para melhor combater o vírus com o calor do corpo. Por isso, a
febre não deve ser muito evitada, a não ser quando passar dos 38.5ºC, para aliviar o mal estar
geral e proteger o cérebro.
Paradoxalmente, no início da infecção viral temos observado que a temperatura do corpo
pode estar mais baixa que a temperatura normal, que se situa em torno dos
36.7ºC. Normalmente, ela pode baixar até 36.3ºC, facilitando a penetração dos vírus nas
células das mucosas e isto pode deve ser produzido pela própria ação do vírus.
É exatamente nesse momento que deve ser aplicada a técnica nº 3 da Reversão. Não
temos certeza, mas é possível que o próprio vírus produza inicialmente esta queda na
temperatura, facilitando sua penetração nas mucosas, daí a técnica da Reversão térmica ser tão
importante e eficaz neste momento. Depois, o calor deve ser mantido até que passe qualquer
sensação de frio e comecemos a suar com o excesso de agasalhos ou procedimentos para fazer
a reversão.
Vitamina C.
Nenhuma vitamina ou mineral isolado são específicos para combater os vírus.
Após ter contraído um resfriado, o ideal é ingerir bastante líquido, de preferência sucos de
frutas para fluidificar as secreções e o catarro, a fim de que estes possam ser melhor
eliminados e também para facilitar a movimentação dos cílios da mucosa.
O mineral zinco isolado também não demonstrou ter qualquer eficácia contra resfriados e
gripes.
Ao invés de tomar doses elevadas de vitamina C artificial, que contém somente a
vitamina, é preferível tomar um suco de acerola ou de laranja, pois estes contém outras
vitaminas e ainda sais minerais, fitoquímicos e outras substâncias nutracêuticas (que combatem
as doenças) variadas e importantes.
Essas substâncias agem em conjunto, sinergicamente, como antioxidantes que atuam nos
radicais livres, favorecendo o combate ao vírus do resfriado e da gripe e ainda potencializam a
ação da vitamina C e de outras vitaminas.
A vitamina C, apesar de ser um poderoso anti oxidante, não previne ou cura sozinha
resfriados e gripes.
Então, para prevenir ou curar resfriados e gripes, prefira ingerir uma ou duas laranjas ao
dia ou, por exemplo, sucos de laranja ou acerola frescos, do que 1g de vitamina C pura na
sua forma medicamentosa, que é quase toda eliminada pelo organismo.
Em seu livro o Dr. Póvoa nos dá um exemplo interessante, no caso do brócolis, de como
as substâncias denominadas nutracêuticas nos protegem contra doenças: "temos no
brócolis vitamina C, ácido fólico, cálcio e ferro. Mas há também o sulfarofano e o indol, que são
substâncias que protegem contra o câncer".
Então, dificilmente um remédio artificial será mais rico e saudável do que um
alimento natural e isto obviamente se aplica à vitamina C isolada ou mesmo associada a um
único mineral. Mil vezes o calor e o repouso para prevenir ou curar resfriados e gripes do que
gramas de vitamina C artificial, além de sair muito mais barato.
Comentário
Existe hoje um consenso entre os cientistas de que as vitaminas e os sais minerais devem ser ingeridos
através da alimentação, desde que a pessoa seja saudável, não tenha nenhuma carência e se alimente
corretamente.
Importante salientar também que os suplementos vitamínicos não são controlados da mesma forma
que os medicamentos, nem nos EUA. As dosagens recomendadas são apenas estimadas e existem doenças
graves, como a cirrose medicamentosa e outras que pode ser agravadas pelo excesso de vitaminas, fora o
trabalho imposto ao organismo para eliminar os excessos.
Injeções.
Não se deve tomar nenhum medicamento injetável para gripes e resfriados, que estão até
proibidos e nenhuma farmácia deveria aplicar injeções no caso de gripes e resfriados, mesmo
que a garganta esteja irritada .
Os analgésicos, antipiréticos ou antialérgicos tomados por via oral estão liberados,
mas na dosagem correta e para melhorar o estado geral; estes funcionam como paliativos.
Como vimos, os antibióticos não fazem nenhum efeito contra os vírus da gripe ou
do resfriado e só devem ser tomados quando houver complicações bacterianas e a conselho
médico.
Além disso, nos casos das complicações citadas, ao invés dos antibióticos você poderá
utilizar, ao final da infecção e com a garganta já sadia, a técnica nº1 para o tratamento de
eventuais sinusites ou otites bacterianas.
Transmissão dos resfriados e gripes.
Resfriados e gripes são doenças de início repentino e são contagiosas, isto é, os vírus
podem ser transmitidos de pessoa a pessoa através de gotículas de salivas ou perdigotos,
aerossóis de espirros, por via aérea, pelas mãos ou por material infectado pelos vírus, como
lenços, etc.
Contatos muito íntimos como espirros e beijos na boca com as pessoas infectadas
também facilitam a transmissão de vírus ou bactérias pela alta carga viral ou bacteriana
veiculada, mas isso não significa que ficaremos irremediavelmente resfriados.
Cobaias humanas já foram diretamente infectadas com novos vírus mutantes do resfriado
e não contraíram a doença, o que reforça a teoria de que as mucosas íntegras são fundamentais
para se evitar a infecção.
Só para lembrar: as doenças virais da infância, também transmissíveis pelo ar, como
o sarampo, caxumba, catapora e rubéola, são todas controláveis através de procedimentos de
imunização – a vacinação preventiva.
Infecções respiratórias causadas por bactérias. (retomando)
Consideramos aqui as principais complicações bacterianas relacionadas aos resfriados e
à gripe:
Na ordem: sinusite, bronquite, pneumonia, meningite, febre reumática, escarlatina,
glomerulonefrite, amigdalite, faringite e tuberculose.
Estas doenças podem ser tratadas com antibióticos ou
quimioterápicos, conquanto o tratamento venha sempre acompanhado de
uma orientação médica.
Consideramos ao final as alergias respiratórias, incluindo a rinite alérgica e a asma.
Finalmente, incluímos um tópico especial sobre os antibióticos, fármacos em geral e a
automedicação, devido às conseqüências envolvidas.
Sinusite.
É a mais comum das complicações do resfriado e geralmente ocorre ao final deste.
A sinusite é uma inflamação das cavidades dos ossos da face (seios) que se comunicam
com a cavidade nasal e provoca dor acima dos olhos e nos maxilares e que se agrava ao abaixar
a cabeça, além de produzir catarro ou muco espesso e às vezes mau cheiro.
É muito comum a sinusite ser confundida com uma rinite alérgica, porém a última não é
provocada por microrganismos e não há, portanto, uma infecção, mas sim, apenas uma
reação alérgica ao frio, ventos ou à umidade.
Porém tanto as rinites como as sinusites podem ser bem tratadas com a técnica nº 1 da
exposição da garganta ao sol, sem precisar o concurso dos antibióticos, que nem sempre
conseguem atingir o alvo, além de poder produzir alguns efeitos colaterais. O tratamento pode
também ser associado à medicação com os antibióticos, aumentando as chances de cura. De
qualquer forma, obtivemos sempre ótimos resultados somente com a técnica nº 1 aplicada às
sinusites e rinites.
Otite.
As otites (dor de ouvido) ocorrem geralmente no ouvido médio e logo após os resfriados
devido à comunicação existente entre a cavidade nasal e o ouvido. Isto se dá em decorrência do
catarro residual do resfriado: há dor e, por vezes, ruídos que incomodam. Nos dois casos e a
garganta não estando mais inflamada, aplica-se a técnica nº 1.
No caso dos bebês, deve-se tomar muito cuidado no banho para não deixar entrar água
nos ouvidos. As crianças devem aprender desde cedo a tirar a água dos mesmos, após os
banhos de piscina ou de mar: deita-se do lado do ouvido atingido pelo ruído da água, introduzindo
o dedo indicador no ouvido e vibrando o mesmo lá dentro até aliviar.
Geralmente este procedimento funciona. Em caso negativo, deve-se pingar mais tarde o
remédio apropriado que absorve a umidade e evita as infecções.
Durante os resfriados deve-se tomar o cuidado de não assoar com força e constantemente
o nariz, o que favorece às sinusites e otites.
A sinusite verdadeira não deve ser confundida com a rinite alérgica que, apesar de poder
apresentar o mesmo sintoma da dor, não tem catarro com pus ou muco espesso, por não ser
provocada por bactérias, mas por agentes alérgicos tais como o frio, a poluição, ventos etc.,
havendo apenas um corrimento claro e líquido.
Bronquite e bronquiolite.
É comum, após um resfriado e gripes, o aparecimento de uma inflamação nos brônquios, a
bronquite, com o surgimento de tosse que pode ser catarral ou seca. A tosse seca persistindo por
mais tempo, pode estar associada também a um fator alérgico, mas geralmente, é provocada
por bactérias.
Em todos os casos de bronquites, sinusites, otites, e após um resfriado ou gripe, a técnica
nº 1 será sempre recomendada, desde que a garganta não esteja mais inflamada.
Na maioria dos casos evita-se, assim, ter que tomar os antibióticos. A técnica n°1, além de
abreviar a cura, apressa o desaparecimento dos sintomas bacterianos ou alérgicos.
Tem sido chamado de "bronquiolite" a inflamação dos brônquios que ocorre em crianças
até os 3 anos e principalmente em bebês de 3 a 6 meses no tempo frio e mormente nos
prematuros ou nos que não mamaram no peito.
Os sintomas da bronquiolite são: inapetência tosse intensa, febre baixa, vômitos (crianças),
dor de ouvido (crianças), olhos vermelhos (conjuntivite), batimento das asas do nariz e cianose
(cor azulada) no quadro respiratório grave. Os sintomas geralmente duram uma semana e a
respiração tende a melhorar somente após o 3° dia.
Esta doença é provocada pelo vírus sincicial respiratório (VSR), que pode ser do grupo
parainfluenza, influenza ou o adenovírus e ataca o aparelho respiratório atingindo os brônquios e
os alvéolos pulmonares, podendo provocar um comprometimento respiratório grave que pode
levar à internação, pela gravidade do quadro.
Nos adultos, a infecção é geralmente leve, assemelhando-se a uma gripe ou um forte
resfriado e a contaminação da doença se dá sempre através do ar ou de mãos ou objetos
contaminados.
Esta doença ocorre quase que exclusivamente no inverno ou na entrada de frentes frias,
no outono, caracterizando-se em mais uma doença do frio e as técnicas n° 2 e 3 da fricção e da
reversão são altamente recomendadas, já que não existe um tratamento com medicação.
Normalmente se dá apenas a imunoglobulina anti-VSR para ajudar o próprio organismo a
combater o vírus. Por essa e por outras, recomenda-se sempre a amamentação dos bebês,
quando os anticorpos da mãe são passados para o filho, aumentando assim a imunização
natural num período em que o sistema imunológico das crianças ainda está imaturo.
Pneumonia ou Pneumonia pneumocócica.
São as complicações mais graves e comuns dos resfriados e das gripes e ainda, de
bronquites, asmas, coqueluches ou após uma doença grave qualquer, como o sarampo. Trata-se
de uma doença aguda e repentina, como o resfriado, sendo mais comum em crianças e em
idosos acima de 65 anos.
Provavelmente os mecanismos de implantação dos pneumococos nos pulmões sejam
semelhantes aos que ocorrem nas mucosas nasal e faríngea, a partir de estragos produzidos
pelos vírus. Assim sendo, o calor também é fundamental para preveni-la e as nossas técnicas
naturais nº 2 e 3 podem ser utilizadas com sucesso.
Já existem vacinas grátis para os idosos, mas não muito eficientes, sendo ainda o calor o
nosso maior aliado.
Sintomas da Pneumonia.
Febre alta, acompanhada de calafrios e tremores (pode não haver febre principalmente nos
adultos), dor no tórax, falta de ar, tosse, muco amarelo esverdeado, catarro sanguinolento e
respiração rápida e superficial, às vezes com chiado.
Dados recentes da OMS indicam que a pneumonia é a infecção que mais mata crianças
nos países subdesenvolvidos, e a desnutrição, a falta de cuidados e de higiene são os maiores
responsáveis.
As quatro doenças que mais matam crianças de até cinco anos no mundo todo são:
pneumonia, 19%; diarréias, 17%; malária 8% e septicemia (infecção generalizada), 10%; o que
perfaz 54% das mortes, o restante ficando com os partos prematuros e asfixia no nascimento, o
que nos dá um total de 73% dos 10 milhões de óbitos de crianças a cada ano no mundo.
A pneumonia é também a principal causa de morte durante as epidemias ou pandemias de
gripe em todo mundo.
Nas epidemias de gripe, apenas 1/3 dos óbitos devem-se propriamente ao vírus, o restante
é devido às complicações bacterianas, como a pneumonia.
Portanto, estando um adulto com gripe e febre alta por mais de 72 horas, desconfie
também de pneumonia; procure um médico e aplique logo as técnicas 2 e 3, pois quanto mais
rápido for diagnosticada a doença, mais chances de salvar o paciente com a antibioticoterapia.
Em todos os casos de resfriados e gripes, os cuidados com a conservação do calor
corporal, principalmente nas crianças e à noite, enquanto dormem, são fundamentais para
prevenir as complicações bacterianas que causam pneumonia e outras doenças respiratórias.
Principalmente nas cidades cuja altitude é elevada, a temperatura à noite pode cair muito.
Bebês e crianças perdem calor mais rápido do que adultos e se não estiverem bem agasalhados
e bem nutridos podem desenvolver a doença. Portanto, para estas recomendamos sempre a
fricção no peito no caso de tosse e a reversão quando necessária, mantendo sempre o calor do
corpo durante a noite.
Já nas regiões litorâneas devemos ficar atentos às frentes frias com vento úmido do mar,
que também podem também abrir as portas para a meningite.
Meningite
Depois da pneumonia, a meningite é a mais grave complicação de resfriados e gripes. É a
doença mais traiçoeira em nosso meio e acomete principalmente crianças e jovens já resfriados
ou gripados.
A bactéria, o meningococo, na maioria das vezes, se aproveita de um forte resfriado para
penetrar a mucosa, geralmente no clima frio, na entrada de frentes frias e nas mudanças
climáticas bruscas.
A infecção pode ser causada também por vírus, protozoários ou fungos, mas a forma
bacteriana, a meningite meningocócica, é a mais comum e geralmente a que produz as
epidemias de meningite.
Não se sabe ainda exatamente como e porque a bactéria, que normalmente se encontra
em 5% da população, consegue repentinamente transpor a barreira das mucosas e invadir as
meninges. Achamos muito provável que a meningite bacteriana seja também favorecida pela
ação dos vírus que provocam a infecção inicial, um resfriado ou uma gripe, pois geralmente ela
acompanha estes.
Sintomas da meningite.
Geralmente há um forte resfriado com excessiva secreção nasal, febre, vômitos fortes,
rigidez ou dor na nuca e nas costas; cefaléia forte (dor de cabeça), alterações na pele com
petéqueas, (manchas vermelhas ou roxas e erupções) geralmente na região do peito ou nas
pernas e tornozelos. Finalmente, falta de apetite, falta de ar, apatia, sudorese intensa, alterações
da consciência, convulsões e coma.
Aos primeiros sintomas, procure imediatamente um médico ou um hospital. Mantenha o
corpo do paciente aquecido, aplicando as técnicas nº 2 e 3. Não havendo médico, vá a uma
farmácia e ministre o antibiótico específico e mantenha o paciente aquecido. O antibiótico é a
penicilina.
A taxa de portadores assintomáticos do meningococo na mucosa da garganta pode chegar
a 30 % na população sadia, disseminando, assim, a doença principalmente entre as crianças, o
segmento mais atingido da população.
Existem vacinas preventivas específicas, mas não para todos os tipos sorológicos do
meningococo e a nossa técnica nº 1 da exposição da garganta ao sol sempre poderá ajudar a
prevenir a doença nos casos de surtos epidêmicos, atuando sem especificidade em quaisquer
tipos bacterianos, pois o meningococo na garganta é sensível ao calor e à radiação.
Porém, uma vez que a bactéria consiga romper a barreira das mucosas e se instalar no
organismo, passando às meninges e produzindo a doença, o único recurso que restará são os
antibióticos e/ou quimioterápicos.
Além do meningococo, temos a bactéria Haemophilus influenzae, que causa a maioria das
complicações bacterianas das vias aéreas superiores pós resfriados e gripes, como: sinusites,
otites, faringites, traqueites e laringites e também pode causar a meningite e, em caso de surtos
epidêmicos, poderá ser prevenida com antibióticos e/ou com a técnica natural n°1.
A melhor prevenção é então procurar evitar os resfriados, gripes e as infecções na
garganta, aplicando-se as quatro técnicas de acordo com o proposto. Entretanto, ocorrendo um
aumento no número de casos de meningite bacteriana em comunidades, escolas, quartéis,
hospitais ou qualquer outro aglomerado populacional, a técnica nº1, da exposição do sol na
garganta, poderá ser aplicada preventivamente como uma opção aos antibióticos ou
conjuntamente, pois que existem pessoas alérgicas aos antibióticos, sem mencionar seus efeitos
colaterais.
Febre reumática, escarlatina e glomerulonefrite
A febre reumática ou reumatismo infeccioso, a escarlatina e a glomerulonefrite são
infecções das vias aéreas provocadas pela bactéria Streptococus pyogenes. Da mesma forma
que em outras infecções já vistas, o microrganismo causador se localiza na garganta e
eventualmente pode invadir o organismo a partir de desequilíbrios na mucosa provocando
inicialmente a chamada faringite estreptocócica.
Sintomas da febre reumática.
Dor de garganta e febre muito alta. A dor de garganta pode durar uma semana ou mais e
a febre pode ser em torno de 40º C. Nos casos não tratados, após a fase inicial, advém a fase
crônica da doença e a bactéria recrudesce.
Isso ocorre duas ou três semanas após a infecção primária, provocando surtos febris
vespertinos, calafrios, inflamação nas articulações e nos músculos involuntários, nódulos sob a
pele e, finalmente, degeneração das válvulas cardíacas, caracterizando a febre reumática ou
reumatismo infeccioso.
Os portadores assintomáticos podem chegar a 20%. As infecções também incidem mais no
clima frio e a mais comum em nosso meio é a febre reumática, que pode ser prevenida com a
técnica n° 1.
Se a bactéria não for bem combatida, pode migrar da garganta e se localizar em outras
regiões do corpo, produzindo uma toxina que provoca, principalmente nas crianças entre 3 e 10
anos, uma reação de hipersensibilidade de seu sistema imunológico à toxina bacteriana citada.
No caso da febre reumática, a bactéria inflama as articulações e as válvulas do coração, o
que pode depois obrigar o paciente a sofrer cirurgias corretivas. Pode também provocar sinusites,
otites, infecção nos pulmões e nas articulações e ainda atacar os rins provocando a
glomerulonefrite.
Um médico deve ser procurado para dar orientação e para aplicar o antibiótico específico.
Acreditamos que, no caso dos surtos, a infecção possa ser prevenida com a técnica n° 1, mas
como no caso da meningite, são necessários ainda estudos complementares para confirmação.
Nos EUA, ocorrem pelo menos 250 mil casos de faringite estreptocócica ou escarlatina por
ano, o que pode provocar a febre reumática.
Nos países subdesenvolvidos estima-se que a doença seja responsável por 25% a 50% de
todas as afecções cardiovasculares, ocorrendo sempre nos mais jovens e onerando o sistema de
saúde pública.
Se houver ainda um “exantema” ou avermelhado da pele que acompanha a faringite, a
doença é a escarlatina e se na segunda fase há sangue na urina, está caracterizada a
glomerulonefrite dos rins. As três podem ser prevenidas com a técnica n°1
Amigdalites e faringites (dor de garganta):
São infecções das amídalas ou da garganta provocadas por vários tipos de bactérias e não
pelos vírus. Diferentemente de gripes e resfriados, que são causadas por vírus, estas podem ser
tratadas com antibióticos.
A grande maioria das faringites (90%) são provocadas pelo Streptococus pyogenes.
Sintomas das faringites ou amigdalites bacterianas
Geralmente provocam febre muito alta (40°C ou mais), , mas é preciso ficar atento, pois
somente cerca de 20% das inflamações de garganta são provocadas pelas bactérias, devendo-
se ter o cuidado para não tomar antibióticos desnecessariamente, pois podem ser causadas por
um simples resfriado ou uma gripe.
As infecções da garganta são muito comuns na infância e geralmente são causadas pelo
vírus de um resfriado ou de uma gripe. Neste caso teremos, além da alteração febril, sintomas
tais como: congestionamento nasal, catarro etc. Os antibióticos só devem ser aplicados caso
ocorram complicações bacterianas.
Nas amigdalites a bactéria é geralmente o Streptococus pyogenes beta hemolítico.
Após o surto inicial da doença ela pode provocar a febre reumática em 3% dos casos não
tratados. Os fatores climáticos e ambientais também influem decisivamente nessas infecções: o
frio, o vento e a umidade são fatores predisponentes, sendo o calor do corpo e o equilíbrio
eletrônico das mucosas fundamentais para a prevenção e o tratamento.
Nas amigdalites, faringites ou traqueites já instaladas as melhores atitudes são: evitar falar
muito e em clima frio manter o corpo aquecido através das técnicas 2 e 3, procurando logo um
especialista em caso de febre alta (sem os sintomas de resfriado ou gripe).
Novamente, técnica nº1 da aplicação do sol na garganta não deve ser aplicada com a
mesma inflamada, mas sim com a garganta saudável.
Tuberculose
É uma doença lenta e progressiva e que geralmente se estabelece no organismo antes
mesmo do aparecimento dos sintomas. Ocorre nos pulmões, mas pode ocorrer em outros
órgãos, sendo que o ser humano é o reservatório quase que exclusivo da bactéria Micobacterium
tuberculosis ou “Bacilo de Koch” na natureza.
Sintomas da tuberculose.
Tosse crônica persistente e com catarro, principalmente ao acordar, febre vespertina,
perda de apetite e de peso, fadiga, mal estar geral e suores noturnos, dores vagas no tórax.
Nos casos mais graves há eliminação de sangue pela tosse, a pele fica pálida e pode até
haver rouquidão.
A tuberculose é transmitida pelo ar ou através de objetos contaminados, como lenços
infectados ou copos, xícaras e talheres mal lavados. Além do Micobacterium tuberculosis há o
Micobacterium bovis, que é um patógeno do gado, mas que também é transmitido ao homem
através do consumo do leite “in natura”, não pasteurizado ou não fervido.
Existem, atualmente, 10 a 15 milhões de pessoas infectadas pela bactéria só nos EUA,
embora a maioria nunca vá desenvolver a doença. São 26 mil novos casos da doença a cada ano
e dados recentes sugerem que ela está novamente em ascensão após um período de declínio.
No Brasil, a doença se apresenta com cerca de 40 casos por 100 mil habitantes/ano.
Em alguns países subdesenvolvidos, a tuberculose ainda é a principal causa de óbitos,
agravada agora pela grande incidência da Aids.
Recentemente, constatou-se que a tuberculose voltou a ficar fora de controle na África,
cujos casos têm aumentado num percentual de 4% ao ano e isso se deve principalmente à
infecção combinada ao vírus da Aids.
De acordo com a OMS, em 2003, 1,7 milhões de pessoas morreram da doença no mundo
todo e o Brasil está incluído na lista dos países mais afetados. Existem ainda focos preocupantes
da doença em prisões e hospitais onde cepas bacterianas mais resistentes podem se
desenvolver.
A bactéria da tuberculose se aloja nos alvéolos pulmonares e evolui lentamente. Após um
mês, a sua presença já pode ser evidenciada pelo teste da tuberculina (P.P.D.). Se o teste der
positivo em 48 horas, significa que a pessoa já foi infectada pela bactéria, mas isso não quer dizer
que já esteja ou que vá ficar doente, mas sim, que entrou em contato com o microrganismo.
A infecção primária pode passar despercebida até que um exame radiológico diagnostique
a doença. Só com a evolução desta aparecem os sintomas já descritos, mas nas crianças a
positividade ao teste já é sinal de alerta, pois a incidência da doença é maior nelas e nos adultos
jovens.
É necessário tratamento médico, pois o bacilo forma tubérculos encapsulados nos alvéolos
pulmonares e se um vaso sanguíneo se rompe, este pode invadir a corrente sanguínea sendo
transportado para todo o corpo, formando tubérculos em outros locais. A morte sobrevém quando
há danos suficientes nos pulmões ou em outros órgãos vitais do organismo.
Existem muitas reincidências da doença devido às dificuldades do tratamento, que dura
mais de um ano e é feito com agentes antimicrobianos.
Antes do advento dos antibióticos ou de quimioterápicos específicos, o tratamento da
doença consistia em manter o paciente em clínicas especializadas (sanatórios), geralmente
situados em locais altos e de clima seco e saudável e a Suíça era o país que oferecia as
melhores condições.
No Brasil havia também ótimos locais, mas um dos segredos do tratamento era a
helioterapia, ou seja, a exposição do paciente à ação benéfica do sol.
Com o surgimento dos antibióticos, essa prática quase desapareceu, entretanto
recomendamos a radiação solar preventiva através da técnica nº 1 da exposição da garganta
ao sol.
Difteria.
A difteria é causada pelo bacilo diftérico ou Corinaebacterium difteriae, que é uma bactéria
que também se localiza na faringe e produz uma toxina que necrosa os tecidos, além de fabricar
uma falsa membrana que, num estágio avançado da doença, pode vir a bloquear a traquéia,
sufocando a vítima.
A exotoxina circula no sangue, atacando os rins, o sistema nervoso e o coração e a doença
é típica de climas mais temperados ou frios, cuja taxa de portadores assintomáticos é de 5% a
10% nas áreas endêmicas.
Porém, esta doença, que já foi muito comum nos EUA e na Europa, quase não mais
ocorre devido aos antibióticos e à vacinoterapia.
No Brasil, a doença é muito rara e da mesma forma que as doenças bacterianas da
nasofaringe, poderá em casos isolados ou em surtos epidêmicos, ser prevenida com a
aplicação da técnica nº 1 da radiação solar na garganta.
Doenças causadas por fungos.
Observação: por serem doenças relativamente raras, incluímos as doenças respiratórias
causadas pelos fungos no capítulo das doenças bacterianas e fizemos apenas uma rápida
abordagem sobre o assunto.
Várias infecções das vias aéreas inferiores (pulmões) são causadas pelos fungos
transmitidos pelo ar, que são encontrados no solo ou na vegetação morta.
Os esporos (formas resistentes) ou fragmentos de hifas são inalados ou podem ainda
entrar no corpo por intermédio de um ferimento ou de uma lesão na pele, podendo causar
infecção nos pulmões. Eventualmente, se espalham pelo corpo e produzem uma infecção
generalizada que normalmente é muito perigosa.
Felizmente, possuímos boa resistência contra os fungos, a não ser quando estamos
debilitados por alguma doença como a AIDS, tuberculose, câncer, diabete e leucemia.
Como esses fungos se localizam geralmente nos pulmões, fica difícil sua prevenção com
as nossas técnicas, porém podemos, no caso da inalação das hifas, que são menos resistentes
do que os esporos, utilizar a técnica n° 1 preventivamente, enquanto estas ainda estiverem
localizadas na mucosa da garganta.
As doenças causadas por fungos mais comuns são: Histoplasmose, Blastomicose,
Criptococose e as Coccidioidomicoses.
DOENÇAS RESPIRATÓRIAS TRANSMITIDAS PELO AR E QUE NÃO SÃO CAUSADAS POR MICRORGANISMOS - ALERGIAS RESPIRATÓRIAS.
Alergias respiratórias, rinite, asma e bronquite asmática: considerações gerais e suas
relações com as nossas técnicas naturais.
“O sol é o maior antialérgico que existe e nenhum ácaro resiste a ele”.
As pessoas mais alérgicas devem sempre que possível colocar lençóis e fronhas ao sol ou
pelo menos deixar que a radiação solar penetre no quarto.
Os ácaros sobrevivem captando água da atmosfera e quanto mais escuro e úmido for o
ambiente melhor para eles.
Sol e tempo seco são melhores que qualquer aparelho para eliminá-los e a técnica n°1 é
especial para isso, pois descongestiona as vias respiratórias, aumentado a ventilação nas vias
aéreas superiores, além de aquecer e equilibrar o trato respiratório.
Os cômodos devem ser mantidos fechados somente no tempo chuvoso ou úmido, e
durante o tempo seco e ensolarado deve-se arejar bem o quarto durante o dia, principalmente
durante o inverno, procurando deixar a roupa de cama exposta ao sol da manhã.
Durante a noite, a pessoa deve sempre se proteger do frio e da umidade excessivos.
Na rinite alérgica não há infecção por microrganismos; e há somente desconforto pelo
corrimento nasal, coceira e espirros. Evite coçar ou espremer o nariz, o que provoca maior reação
alérgica.
A rinite é uma inflamação da mucosa do nariz e ocorre em quatro entre dez pessoas,
adultos e crianças. As causas são variadas: frio e umidade excessivos, poeira, poluição, produtos
químicos irritantes, pólen de plantas e alimentos.
Existe ainda a rinite medicamentosa, pois as pessoas costumam usar medicamentos
nasais em excesso.
Os sintomas da rinite são: prurido ou coceira nasal, obstruçao nasal (nariz entupido)
corrimento nasal (coriza), espirros, olhos lacrimejantes, olfato prejudicado e dores de cabeça.
O ar condicionado também pode provocar reações alérgicas em pessoas sensíveis, mas
raramente produz infecções, a não ser por fungos e quando os filtros se encontram
empoeirados. Normalmente somos bastante resistentes aos fungos.
Qualquer ventilação direta (como por ventiladores) também pode desequilibrar
eletricamente o corpo e as mucosas e os ventos muito frios podem desencadear uma rinite ou
sinusite, além de problemas nos nervos faciais.
A principal medida a ser tomada é afastar-se ou proteger-se dos fatores desencadeantes
das alergias e dos desequilíbrio elétricos do corpo: poeiras, ácaros, ventilação direta, poluição,
frio, frentes frias, umidade, ventos e correntezas. No caso, as técnicas naturais de 1 a 4 podem
ser utilizadas para prevenir ou para debelar a alergia, principalmente a mais comum, provocada
pelo frio e pela umidade excessiva.
Existe uma ciência nascente que associa os fatores climáticos às dores articulares,
reumatismos, dores de cicatrizes ou cirúrgicas. Cada vez mais se relaciona o clima às doenças
infecciosas, alérgicas e às dores reumáticas e articulares, que parecem ter um ponto em comum,
além das suas causas intrínsecas - o fator ambiental.
Nas bronquites alérgicas, além de todas as causas citadas, temos o cigarro como o grande
fator desencadeante.
A asma tem um componente genético ou congênito, mas pode ser sempre agravada ou
desencadeada pelo frio, fumaça, poluição, poeiras, ácaros, pêlos de animais domésticos e até
pelo ar mais frio e rarefeito, ou mesmo por fortes emoções.
Há relatos de casos fatais com excursionistas asmáticos. Estes devem se proteger bem
antes de se aventurarem pelas montanhas. Nesses casos, as técnicas naturais de 1 a 4 podem
minimizar situações desagradáveis, salvando vidas, principalmente as técnicas 2 e 3 da
Fricção e da Reversão.
Os distúrbios elétricos favorecem a ação dos agentes alérgicos, desequilibrando a
membrana mucosa das vias aéreas. As moléculas dos agentes irritantes (alérgenos), ligam-se
mais facilmente às moléculas do tecido epitelial mucoso em condições climáticas favoráveis.
As infecções das vias aéreas, resfriados e gripes, mais comuns no frio, predispõem
também às alergia e aos ataques de asma devido à irritação do aparelho respiratório e ao
congestionamento, principalmente em crianças. Logo, todas as atitudes que previnem as
infecções são indicadas para se evitar as crises de asma.
A asma:
Existem cerca de 20 milhões de asmáticos, só no Brasil, quer dizer, 10% da população e as
crianças representam 25% do total e que são obrigados a controlar a doença, fazendo uso de
medicamentos corticóides orais e esteróides inalantes, que com o tempo podem se tornar
perigosos. A asma é responsável por 23 % das faltas escolares a cada ano.
Os sintomas da asma são: tosse, falta de ar, chiado e aperto no peito e os principais
fatores que provocam as crises são: mudanças bruscas de temperatura, frio, poeira doméstica,
cigarro e poluição atmosférica.
A doença não tem cura e deve ser controlada
As técnicas da Fricção, da Exposição da Garganta ao Sol, e da Reversão devem ser
usadas preventivamente e certamente poderão fazer diminuir o número de óbitos que ocorrem
anualmente (cerca de 180 mil no mundo todo e 2 mil só no Brasil), além de restringir a
utilização dos fármacos e das inalações e seus efeitos colaterais.
O mundo dos micróbios.
Convivemos em equilíbrio com as bactérias, vírus e outros microrganismos. Só no
intestino carregamos cerca de 50 trilhões de bactérias, a grande maioria útil e fundamental à
nossa saúde, sendo que, no corpo de um homem adulto existe até 100 trilhões de bactérias
de, pelo menos, mil espécies diferentes. Além disso, entramos constantemente em contato com
milhares de outros micróbios através do ar, da poeira e dos objetos.
Na verdade, não devemos nos preocupar exageradamente com o asseio, com práticas de
limpeza excessivas, como veiculam os meios de comunicação, a não ser naqueles ambientes
ou situações específicas, que exijam esses procedimentos. Há quem diga hoje que, nós
mamíferos, existimos e evoluímos apenas para albergar esses microrganismos
Nos primórdios da vida, as bactérias abriram os caminhos metabólicos para que, muito
tempo depois, pudéssemos sobreviver bem adaptados aos ecossistemas, e os vírus vieram
como resultado dessas interações.
Bactérias muito primitivas aprenderam a fixar o nitrogênio do ar um bilhão de anos antes
que o oxigênio livre pudesse ser produzido à partir da fotossíntese das cianobactérias e
permitisse a plena evolução dos seres mais complexos; foi assim que a vida começou na
Terra a partir dos microrganismos.
Devemos, pois, saber viver com sabedoria e em equilíbrio com esses microrganismos,
sem evitá-los de um modo exagerado e sabendo que, mais do que tentar combatê-los dentro do
nosso organismo, é preciso aprender a preveni-los e a conviver em harmonia com eles
mantendo-os fora do nosso corpo e utilizando menos os antibióticos, que produzem efeitos
colaterais e induzem à resistência bacteriana.
A própria evolução dos seres vivos está sendo vista hoje, menos como uma competição
e mais como uma cooperação entre as variadas espécies e o nosso organismo como uma
verdadeira simbiose entre células e bactérias.
Como bem diz a neurocientista, Candace Pert: "as células brancas do sangue (sistema
imunológico) são como pedacinhos do cérebro flutuando pelo corpo".
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Referências bibliográficas
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